COLÉGIO ESTADUAL YVONE PIMENTEL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Sebastião Malucelli, 1312 – CEP 81050-270 Fone/Fax:3246-3945/3248-6033/3346-4230 Curitiba – Paraná Entre Dois Mundos Sabemos por meio da mídia que o Brasil está na vanguarda das pesquisas do tratamento contra o câncer, e que nos últimos anos temos desenvolvido tecnologia de ponta que derrubou muitos mitos sobre a doença cujo até mesmo o nome era temeroso pronunciar. Por outro lado, a mesma imprensa veiculou que população brasileira tem acesso precário ao tratamento contra esta doença. Apenas para efeito de comparação, ainda que isto seja complexo, devemos considerar que a despeito de todos os problemas relativos a distribuição de renda, guerras, e pobreza generalizada e escassez de recursos, bem como a falta de acesso e produção de tecnologias que assola o continente africano, o Brasil tem padrões bastante semelhantes aos dos africanos em relação ao tratamento de câncer em geral. Um robô coloca moléculas de DNA em placas de vidro que, sub metidas à ação de raios ultravioletas, produzem reação química capaz de distinguir os genes das células sadias das doentes. Instrumentos identificam mutações genéticas nas células, equipamentos que fazem sequenciamento do DNA em larga escala. Considerações tecnológicas que configuram um cenário típico de primeiro mundo, parte da rotina dos pesquisadores dos institutos de pesquisa brasileiro de tecnologias biomoleculares e celulares, que são reconhecidos internacionalmente. Os pesquisadores do Projeto Genoma Humano do Câncer superam em termos de resultados os laboratórios das grandes potências mundiais, como os EUA, Inglaterra, Alemanha, Suíça entre outras. Nossos laboratórios conseguiram em menos de um ano identificar mais de um milhão de sequencias de genes de tumores comuns no Brasil. Contudo, se este ambiente é criado nos laboratórios brasileiros, uma avaliação estatística demonstra que há um precipício crescente entre o conhecimento científico e o tratamento destes doentes no Brasil. Dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), apontam que ao passo que na Europa e nos EUA um paciente de câncer de intestino vive em média vinte meses após o período crítico da doença, no Brasil, a sobrevida é de apenas doze meses. De acordo com o (INCA) Instituto Nacional de Câncer, a sobrevida nos países desenvolvidos, após cinco anos de tratamento é de 74% dos pacientes nos casos de câncer de mama, enquanto no Brasil e nos países em desenvolvimento é no máximo de 51%. Nos caso do câncer de pulmão, a sobrevida nos países desenvolvidos é de 21% e nos países subdesenvolvidos é de 10%. Diante da situação apresentada, e para dar continuidade a discussão sobre o acesso aos benefícios da ciência, devemos nos perguntar por que o acesso às tecnologias de ponta não chegam às camadas populares da sociedade numa realidade em que o Brasil possui tecnologia avançada. Pesquise o seguinte problema: se o Brasil está na vanguarda da produção de tecnologia na luta contra o câncer, o que impede a diminuição do índice de mortalidade entre os pacientes em tratamento? Responda em seu caderno 1. O juramento de Hipócrates ainda é válido para os médicos e para a sociedade? Justifique sua resposta. 2. Quais os valores presentes no juramento de Hipócrates? 3. Quais questões você retiraria ou acrescentaria no juramento de Hipócrates? Justifique sua resposta. 4. Opte por uma das alternativas abaixo justificando sua escolha: a) A ciência deve estar a serviço do bem comum, portanto, é a sociedade que deve ditar ou determinar os caminhos que a ciência deve percorrer. b) Na busca de resultados, os cientistas devem ser livres de impedimentos morais, religiosos e políticos para fazer qualquer experiência, utilizando-se de qualquer método, pois com entraves morais não há avanço científico.