GRAMÁTICA Resoluções das atividades Aula 11 subordinativa se e o advérbio não, respectivamente. A assertiva III apresenta as orações dos itens I e II reconstruídas de acordo com a norma-padrão. Colocação pronominal Atividades para sala Atividades propostas 01 B 01 D A alternativa A acerta ao afirmar que “o autor quis criticar as padronizações da chamada linguagem culta”, mas não há emprego de ironia, que é o recurso de se afirmar o contrário do que se diz. Há, sim, a exploração de humor. A alternativa B não está correta, pois um dos interlocutores não domina a norma-padrão da língua, infringindo o que prescreve a gramática normativa. Está incorreta também a alternativa C, que trata do título da crônica: a titulação sugere um diálogo informal e espontâneo, ao qual um dos interlocutores tenta imprimir um tom mais formal e culto. Em E, mesmo com a discordância quanto à necessidade de emprego de uma modalidade mais formal da língua, observam-se movimentos de ambas as partes no sentido de um entendimento mútuo, o que contraria a afirmação de que os interlocutores “se fecham em si mesmos”. Assim, está correta a alternativa D, que afirma ser elitista, na concepção das personagens, o emprego rigorosamente formal dos pronomes, o que foi explicitamente declarado pelo interlocutor contestado e implicitamente apontado pelo interlocutor mais purista, ao declarar: “Fale como quiser”. 02 D A concordância entre o sujeito vós e o verbo podíeis, o emprego dos objetos direto e indireto representados pela contração entre lhe e o e a colocação pronominal seguindo o padrão da gramática normativa indicam que a linguagem empregada é culta. 03 D 02 E O cronista cria um diálogo para, de maneira bem humorada, discutir a aceitabilidade social dos padrões linguísticos que infringem a norma-padrão, sem que haja qualquer referência à condição social dos interlocutores, tampouco à variação linguística ao longo do tempo. A crítica se concentra na adequabilidade das construções linguísticas aos contextos comunicativos: como se trata de uma conversa informal, o interlocutor contestado emprega, de início, um padrão mais espontâneo e distenso de linguagem. 03 C A ambiguidade decorre do emprego do vocábulo o, utilizado pelo falante como pronome oblíquo, em uso inadequado para a norma-padrão, por estar iniciando uma oração, e entendido pelo ouvinte como um artigo definido, o que o faz perguntar: “Que mato?”. O termo verbal tê-la-ia contém o pronome oblíquo a em situação de mesóclise, pois, ao segmentar a desinência indicativa do futuro do pretérito do infinitivo do verbo ­ter (ia), a letra r é suprimida e acrescenta-se l ao pronome oblíquo: tê(r) + la + ia. Assim, é correta a alternativa D. 04 A A expressão “pegá eles sem calça” sugere a situação de surpresa que a estratégia de jogo produziria sobre o adversário, a qual, de acordo com a norma-padrão, deveria ser substituída por “pegá-los desprevenidos”. Por não haver palavra atratora de próclise, a construção do item A está correta. Nos itens B e D, os verbos no futuro do pretérito e no futuro do presente, respectivamente, sem fator de próclise, determinam a mesóclise. Nas alternativas C e E, o pronome indefinido ninguém e o interrogativo quem, respectivamente, atraem o pronome oblíquo, determinando a próclise. 05 C No trecho: “[...] para reconhecer o caráter ampliado das mudanças econômicas e tecnológicas que afetariam, com maior ou menor impacto, todas as sociedades do planeta [...]”, o complemento do verbo afetariam é “todas as sociedades do planeta”. Como se trata de um termo não preposicionado, o pronome correspondente é as. No segmento analisado, o verbo é antecedido pelo pronome relativo que, palavra atrativa do pronome oblíquo. Assim, a construção adequada seria “que as afetariam”. 06 A 04 A As assertivas I e II explicam a construção proclítica em decorrência das palavras atrativas, a conjunção No primeiro trecho em análise, o verbo no futuro do pretérito, em início de oração, exige a mesóclise, que se forma com a colocação do pronome oblíquo no meio do verbo. Pré-Universitário – Livro 3 1 GRAMÁTICA Há, porém, dois pronomes (me e o) que devem ser contraídos (mo) para atender à norma-padrão. A segunda ocorrência permanece como está, em colocação proclítica, por tratar-se de oração subordinada adverbial condicional. Na terceira ocorrência, o advérbio não é palavra atrativa do pronome oblíquo, determinando a construção sintática “mas não o sabes”. 07 E O preenchimento das lacunas aceitaria as seguintes construções: “Os técnicos haviam-no preparado / o haviam preparado bem para os jogos, mas, tentando precaver-se / tentando se precaver contra nova derrota, pediam que treinasse ainda mais”. A colocação pronominal nas duas lacunas atende às normas para as locuções verbais. No primeiro caso, o verbo principal no particípio limita as possibilidades de colocação do pronome para antes do verbo auxiliar, em construção mais espontânea e coloquial, ou para o meio da locução, ligando-o com hífen ao verbo auxiliar. No segundo caso, por se tratar de locução verbal logo após uma vírgula, a próclise não é possível. Assim, o pronome deve vir preferencialmente depois do verbo principal no infinitivo ou, em construção mais informal, no meio da locução. 08 A Na alternativa A, o advérbio não atrai o pronome oblíquo. A alternativa E está incorreta por não atender à mesma regra (“Não te contarei a última novidade”). Em B e D, pronome indefinido e o pronome relativo, respectivamente, são fatores de atração do pronome oblíquo (“Queremos que todos se sintam felizes” e “As cartas que nos enviaram serão respondidas brevemente”). A alternativa C está incorreta porque o período se inicia com o pronome oblíquo, que deveria aparecer em posição enclítica (“Empresta-me o lápis?”). 09 C Em I e IV, a presença, respectivamente, da conjunção integrante que e do pronome interrogativo quem atrai o pronome oblíquo, determinando a próclise. Em II, apesar de aparecer um advérbio, ocorre uma pausa marcada, na escrita, pela vírgula, o que determina a colocação mesoclítica, pois o verbo está no futuro do presente. Em III, a oração inicia com verbo, o que também determina a ênclise. 10 A Os verbos ajudar, julgar e condenar são transitivos diretos e regem complemento não preposicionado. As lacunas referentes a eles são adequadamente preenchidas pelo pronome oblíquo o. O verbo pedir é transitivo direto e indireto: o pronome indefinido nada preenche a função de objeto direto, deixando o outro espaço para o objeto indireto, representado pelo pronome lhe. Em todas as ocorrências, os pronomes devem aparecer antes do verbo, pois são atraídos por palavras de sentido negativo (o advérbio não e o conectivo nem). 2 Pré-Universitário – Livro 3