Geografia População DISTRIBUIÇÃO, CRESCIMENTO E ESTRTURA POPULACIONAL TEORIAS DEMOGRÁFICAS Thomas Robert Malthus Neomalthusiano Marxista ou Reformista TEORIAS DEMOGRÁFICAS MALTHUSIANISMO: Preocupado com o aumento da população devido as melhores condições sanitárias e socioeconômicas, o que proporcionou a redução da mortalidade na Europa (início do século XIX), o inglês Thomas Robert Malthus (1776 – 1834) formulou a teoria de que: O CRESCIMENTO POPULAR OCORRIA EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (1,2,4,8,16,32,...) E A PRODUÇÃO DE ALIMENTO DESENVOLVIA-SE NUM RITMO ARITIMÉTICO (1,2,3,4,5,...) Sua teorias estava errado pois ele não contava com as técnicas modernas de produção de alimento, métodos contraceptivos, mulher inserida no mercado de trabalho o que levou a uma redução populacional. A fome e a miséria mundial resulta da má distribuição de alimento e não de sua escassez. TEORIAS DEMOGRÁFICAS NEOMALTHUSIANISMO: Após a Segunda Guerra Mundial houve novamente um “boom” no crescimento populacional, defendiam medidas rigorosas de controle da natalidade, segundo o qual o Estado criariam medidas de planejamento familiar, como solução para o crescimento populacional. Propagandas da política do “ FILHO ÚNICO” na China TEORIAS DEMOGRÁFICAS TEORIAS MARXISTAS OU REFORMISTAS: Contrárias as outras teorias, aplicando os conceitos socialistas criados por Karl Marx, atribuem ao capitalismo a responsabilidade pela superpopulação. Defendem o planejamento familiar espontâneo, o que dependeria de uma reformulação socioeconômica, ampliando ao o acesso a melhor qualidade de vida, com uma distribuição de renda mais justa, a população iria conquistar autonomia e condições para planejar sua estrutura familiar, reduzindo e até eliminando a miséria. POPULAÇÃO MUNDIAL E A SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL Números da População Mundial: 2009 – 7 Bilhões de Habitantes 2050 – 9 Bilhões de Habitantes GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL Ásia: 4,160 bilhões de habitantes África: 1,031 bilhão de habitantes América: 934,3 milhões de habitantes Europa: 749,6 milhões de habitantes Oceania: 37,1 milhões de habitantes Antártica: 4 mil habitantes (no verão) e 900 habitantes (no inverno) No gráfico percebemos uma separação entre América do Norte e América do Sul. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL A população não se reparte de forma homogênea sobre os continentes devido aos seguintes fatores: Desertos CONDIÇÕES NATURAIS HISTÓRICOS-CULTURAIS ECONÔMICAS Faixa de Gaza Industrialização DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL A população mundial também encontra-se mal distribuída pelo território, áreas anecúmenas são pouco habitadas como áreas com climas rigorosos, seja em áreas polares ou desertos, e também em áreas com eleva altitude. POPULAÇÃO ABSOLUTA E POPULAÇÃO RELATIVA População absoluta – refere-se ao número total de habitantes de uma cidade, região ou país. População relativa – pode ser chamada também de densidade demográfica e é obtida dividindo-se o número de habitantes pela área em que eles vivem (nº hab/Km2). Segundo o censo demográfico realizado no ano 2010 o Brasil possui: 190.755.799 habitantes ( 5º lugar no mundo ) e a sua Densidade Demográfica é de 22 hab/km2 Chegamos a conclusão que o Brasil é um país: MUITO POPULOSO, pois a sua população absoluta (total) do Brasil é grande porém POUCO POVOADO pois a densidade demográfica do nosso país é baixa em torno de 22,0 hab/Km. BRASIL POPULOSO MAS POUCO POVOADO DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA A população brasileira encontra-se mal distribuída pelo território, concentrando-se, por motivos históricos e econômicos, em áreas próximas ao litoral. Avançando para o interior do país encontramos densidades cada vez menores, com grandes vazios demográficos na Amazônia. FASES DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DEMOGRAFIA – NATALIDADE E MORTALIDADE TAXA DE NATALIDADE É a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o número de habitantes. TAXA DE MORTALIDADE É a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. CRESCIMENTO VEGETATIVO Taxa de Natalidade – Taxa de Mortalidade CV Positivo CV Negativo Nasce mais do que morre Morre mais do que nasce Países subdesenvolvidos Países desenvolvidos ÍNDICES DO BRASIL PRIMEIRA FASE DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Caracteriza-se por ter elevadas taxas de natalidade e mortalidade, ligadas à cultura dos filhos serem mão-de-obra ocasionando uma alta natalidade, e baixas ou mesmo nenhuma condições de saneamento resultando em epidemias tendo um alto índice de mortalidade, o que faz a população crescer muito pouco. A Europa passou por ela antes de 1760 O Brasil passou por ela antes de 1940 CRESCIMENTO VEGETATIVO BAIXO SEGUNDA FASE DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Ocorre um decréscimo da mortalidade, como consequência das melhorias alimentares e sanitárias, a evolução da medicina (combate às doenças como Cólera e Malária no Brasil), a urbanização e a expectativa de vida. No entanto, a alta taxa de natalidade é mantida, o que acarreta um intenso crescimento populacional (explosão demográfica). A Europa passou por ela entre 1760 a 1880 O Brasil passou por ela entre 1940 a 1970 CRESCIMENTO VEGETATIVO ALTO TERCEIRA FASE DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Nessa fase temos a queda acelerada da taxa de natalidade devido a educação familiar ao acesso a métodos anticoncepcionais, a entrada da mulher no mercado de trabalho e a manutenção da taxa de mortalidade fixando o modelo urbano. A Europa passou por ela entre 1880 a 1940 O Brasil está no ciclo final dessa fase. CRESCIMENTO VEGETATIVO MODERADO QUARTA FASE DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Observa-se nessa fase baixas taxas de natalidade devido ao alto custo de se criar filhos e a opção de manter o padrão de vida e baixas taxas de mortalidade com consequente queda do crescimento populacional ou sua estagnação. Há consequências: aumento da proporção de idosos podendo ocasionar um rombo na previdência; encolhimento da população e necessidade de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário. Alguns países da Europa como a Alemanha e Itália estão nessa fase. CRESCIMENTO VEGETATIVO BAIXO GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL Tivemos na história dois momentos marcantes de crescimento populacional, que mudaram pensamentos e abriu a discussão sobre a relação do homem com o planeta. PRIMEIRA EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA A Europa passou por ela entre 1760 a 1880 SEGUNDA EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA O Brasil passou por ela entre 1940 a 1970 GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL GEOGRAFIA HUMANA – POPULAÇÃO MUNDIAL O período de maior crescimento foi após a 2ª. Guerra Mundial, principalmente nas décadas de 1950 e 1960 , período denominado “ Baby Boom”. Este crescimento foi predominantemente nos países subdesenvolvidos. MACROCEFALIA URBANA Fenômeno que produz cidades completamente desprovidas de infraestrutura e planejamento, o que provoca marginalização, sub-moradia, aumento da violência, criminalidade, desemprego, doenças que são favoráveis à reprodução de outros problemas. Considerada como a maior arma letal contra a qualidade de vida. O NÚMERO DE HABITANTES É MAIOR DO QUE A CIDADE COM SUA INFRAESTRUTURA PODE ABSORVER, DESSA FORMA A QUALIDADE DE VIDA BAIXA. PIRÂMIDES ETÁRIAS Países Subdesenvolvidos Países em Desenvolvimento Países Desenvolvidos REVISÃO PIRÂMIDES ETÁRIAS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PAÍSES DESENVOLVIDOS Base larga o que indica uma grande concentração de população jovem e topo estreito que indica baixa concentração de idosos e baixa expectativa de vida. A base começa a estreitar o que indica uma diminuição do crescimento vegetativo e nascimentos e o corpo largo o que indica o predomínio da população adulta. A base estreita o que indica baixa taxa de crescimento vegetativo e nascimento e o aumento da população idosa. PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL PIRÂMIDE ETÁRIA DO BRASIL Fatores para a queda na taxa de natalidade: 1) Inserção da mulher no mercado de trabalho. 2) Maiores despesas com os filhos no mundo globalizado. 3) Métodos Anticoncepcionais 4) Urbanização Fatores para a queda na taxa de mortalidade: 1) Aumento da expectativa de vida 2) Melhores padrões sanitários 3) Desenvolvimento das ciências médicas e da assistência hospitalar 4) Elevação no nível educacional da população 5) Urbanização ESTRUTURA ECONOMICA, IDH E DESLOCAMENTO POPULACIONAL OCUPAÇÃO POPULACIONAL NOS SETORES DE SERVIÇOS Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário ESTRUTURA OCUPACIONAL DA POPULAÇÃO Setores da Economia: Setor Primário -Atividades diretamente ligadas a natureza, como agropecuária e extrativismo. - Atividades de base para o desenvolvimento das demais. - Faz parte da economia típica de países subdesenvolvidos fornecedores de matéria prima. - Em países desenvolvidos este ramo utiliza-se de tecnologia Setor Secundário -Caracterizada pelas industrias e atividades de transformação. - Movimenta a maior parcela da economia em países desenvolvidos e constitui-se o símbolo do capitalismo. Setor Terciário -Toda atividade relacionada ao comércio e a prestação de serviço. - Seu crescimento absorve uma grande massa de trabalhadores. Setor Quaternário - Se incluso englobaria atividades relacionadas a pesquisa cientifica e inovações tecnológicas. ESTRUTURA OCUPACIONAL DA POPULAÇÃO CRESCIMENTO POPULACIONALNO BRASIL POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA): Composta pelos empregados e desempregados de setores formais da economia. POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE INATIVA (PEI) OU POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA): Corresponde à população inapta ou sem vínculos com a economia formal, como idosos, crianças, donas-de-casa sem remuneração, portadores de necessidades especiais e estudantes. EXERCITO DE RESERVA: Grande contingente de pessoas desempregadas que estão a disposição dos empregadores por salários mais baixos do que a PEA. DESEMPREGO E SUBEMPREGO DESEMPREGO CONJUNTURAL: É aquele que mediante a crises econômicas, a oferta de empregos diminui, e as empresas deixam de contratar funcionários. DESEMPREGO ESTRUTURAL: Quando a mão-de-obra é substituída pelas máquinas. SUBEMPREGO: Atividades de baixíssima remuneração, sem garantias legais e geralmente exercidas em condições precárias. TRABALHO INFANTIL Os graves problemas sociais e econômicos que atingem os países subdesenvolvidos promovem a exploração do trabalho infantil para completar a renda familiar, muitas vezes as crianças deixam a escola para trabalhar e na fase adulta, a falta de preparo e a competitividade no mercado de trabalho formal desemprego e subemprego. agravam ainda mais os índices de DINÂMICA POPULACIONAL MOVIMENTO HORIZONTAL IDH IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são: Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada. Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior. Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população; reflete as condições de saúde e dos serviços de saneamento ambiental. IDH Os países com maiores IDH do mundo são: IDH De acordo com dados divulgados em novembro de 2011 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,71, valor considerado elevado, atualmente ocupa o 84° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso. IDH Os vizinhos latino-americanos também superam nosso país. Chile está em 44º lugar, Argentina em 45º, Uruguai em 48º e Cuba em 51º. Na comparação com os Brics, grupo de países emergentes, o mais desenvolvido é a Rússia (66º), seguido de Brasil (84º), China (101º) e Índia (134º). DADOS DO IDH BRASILEIRO ESPERANÇA DE VIDA 73,5 anos MÉDIA DE ANOS DE ESCOLARIDADE 7,2 anos ANOS DE ESCOLARIDADE ESPERADOS 13,8 anos RENDA NACIONAL BRUTA R$10,162 TIPOS DE MIGRAÇÕES A migração é o deslocamento da população em um número representativo. É um movimento tão antigo quanto a quanto à humanidade e quase sempre como causa temos os seguintes aspectos: Econômicos Religiosos Políticos Sanitários Tipos de movimentos migratórios: a) Migrações definitivas – o migrante permanece para sempre no local de destino. b) Migrações temporárias – período indefinido, mas com retorno ao local de origem. Subdivisão das migrações temporárias: a) diárias (pendular ou commuting); b) Lazer (turismo); c) Sazonais (transumância); d) nomadismo; c) Tempo indeterminado. Classificação das migrações a) Migrações Internas (dentro do país): • Êxodo Rural (campo-cidade) • Pendular (diária) • Transumância (sazonal) • Migração rural-rural • Migração urbana-urbana • Migração urbana-rural • Migração inter-regional • Migração intra-regional b) Migrações Externas (internacionais): • Espontâneas (vontade do migrante); • Forçadas (contra a vontade do migrante). • Observação: saída do país (emigração) entrada no país (imigração) Causas das migrações: • • • • • Política (desterritorialização); Religiosa (peregrinação); Conflitos étnico-raciais; Naturais (fenômenos naturais); Econômicos (fatores estruturais ou conjunturais) Conseqüências das migrações: • Contribui com o processo de ocupação; • Contribui com o processo de miscigenação e difusão cultural; • Contribui com o desenvolvimento, quando for de mão-de-obra qualificada (fuga de cérebro); • Concorrência com a mão-de-obra local, gera o xenofobismo; • Solução para problemas estruturais para o país de emigração. Responda: • • • • • • • Come se configura a estrutura ocupacional da sociedade? Para que serve uma pirâmide etária? Quais são os setores de atividade econômica das pessoas? Quais são os tipos de migrações? Como são classificadas as migrações? Quais são as causas das migrações? Quais são as conseqüências das migrações?