josé saramago - Casa de Sarmento

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Sociedade Martins Sarmento
HOMENAGEM
A
JOSÉ SARAMAGO
Prémio Nobel da Literatura’ 1998
CATÁLOGO
1998
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A NOSSA HOMENAGEM
A atribuição do Prémio Nobel ao Escritor José Saramago propiciou a realização
desta homenagem.
Como velha Instituição de cultura, a Sociedade Martins Sarmento não podia
deixar de se associar a todos quantos se têm regozijado com este êxito da literatura
portuguesa, personificado na pessoa de José Saramago.
Não queremos, no entanto, deixar de sublinhar a poderosa contribuição da obra
saramaguiana para esta projecção internacional da nossa cultura, não esquecendo que a
atribuição do Nobel e todas as suas implicações constituirão também um importante
estímulo à leitura no nosso país.
Considerámos que a forma mais eficaz de homenagear o nosso Escritor seria falar
sobre a sua Obra e, por isso, convidámos o Dr. José Manuel Mendes, Presidente a
Associação Portuguesa de Escritores para nos falar sobre “A Obra Literária de José
Saramago” e, ao mesmo tempo, oferecer no Átrio da nossa Sede uma Exposição com a
totalidade das primeiras edições das obras de José Saramago.
Como remate, apresenta-se este Catálogo que consideramos um registo importante
para quantos se interessam pela nossa cultura.
JSS
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A OBRA
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1. Exposição Bibliográfica
1. O ano de 1993. Lisboa: Editorial Futura, 1975.
2. O ano de 1993. Lisboa: Caminho, 1987.
3. O ano da morte de Ricardo Reis: romance. Lisboa: Editorial Caminho, 1984.
4. Os apontamentos. Lisboa: Empresa de Publicidade Seara Nova, 1976.
5. Os apontamentos: crónicas políticas. 2ª edição. Lisboa: Caminho, 1990.
6. A bagagem do viajante. Lisboa: Editorial Futura, 1973.
7. Cadernos de Lanzarote: diário I. Lisboa: Caminho, 1994.
8. Cadernos de Lanzarote: diário II. Lisboa: Caminho, 1995.
9. Cadernos de Lanzarote: diário III. Lisboa: Caminho, 1996.
10. Cadernos de Lanzarote: diário IV. Lisboa: Caminho, 1997.
11. Cadernos de Lanzarote: diário V. Lisboa: Caminho, 1998.
12. O conto da ilha desconhecida. Lisboa: Expo´98; Assírio & Alvim, 1977.
13. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editora Arcádia, 1971.
14. Ensaio sobre a cegueira: romance. Lisboa: Caminho, 1995.
15. O evangelho segundo Jesus Cristo: romance. Lisboa: Caminho, 1991.
16. História do cerco de Lisboa: romance. Lisboa: Caminho, 1989.
17. In nomine Dei: teatro. Lisboa: Caminho, 1993.
18. A jangada de pedra: romance. Lisboa: Caminho, 1886.
19. Levantado do chão: romance. Lisboa: Editorial Caminho, 1980.
20. Manual de pintura e caligrafia: ensaio de romance. Lisboa: Moraes editores, 1976.
21. Memorial do Convento: romance. Lisboa: Editorial Caminho, 1982.
22. A noite. Lisboa: Editorial Caminho, 1979.
23. Objecto quase: contos. Lisboa: Moraes Editores, 1978.
24. Objecto quase: contos. 2ª edição. Lisboa: Editorial Caminho, 1984.
25. As opiniões que o DL teve. Lisboa: Empresa de Publicidade Seara Nova, 1974.
26. O ouvido. In: “Poética dos cinco sentidos”. Lisboa: Livraria Bertrand, 1979.
27. Os poemas possíveis. 2ª edição revista e emendada. Lisboa: Editorial Caminho,
1982.
28. Provàvelmente Alegria. Lisboa: Livros Horizonte, 1970.
29. Que farei com este livro? Lisboa: Editorial Caminho, 1980.
30. A segunda vida de Francisco de Assis: teatro. Lisboa: Caminho, 1987.
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31. Terra do pecado. Lisboa: Editorial Minerva, 1947.
32. Terra do pecado. Lisboa: Caminho, 1997.
33. Todos os nomes: romance. Lisboa: Caminho, 1997.
34. Viagem a Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 1981.
2. O escritor em Guimarães
34. Biblioteca Fixa nº 127 da Fundação Calouste Gulbenkian (Out.-Nov.1976):
Colóquio de Saramago Literatura a caminho do socialismo durante as
comemorações do 10º Aniversário da sua fundação.
35. Biblioteca Municipal Raul Brandão (8 Nov.1997):
Lançamento do romance Todos os nomes.
36. Um autógrafo... a Santos Simões.
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O ESCRITOR
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1. Comunicado pela Academia Sueca
Academia Sueca : Comunicado à imprensa
O Secretário permanente 8 de Outubro de 1998
Prémio Nobel da Literatura 1998: José Saramago
" que, com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna
constantemente compreensível uma realidade fugidia "
O português José Saramago faz 76 anos de idade em Novembro. É um prosador
oriundo da classe trabalhadora que só atingiu a celebridade quando cumpriu os 60
anos. Desde então alcançou a notoriedade e tem visto a sua obra ser frequentemente
traduzida. Vive presentemente nas ilhas Canárias.
“Manual de Pintura e Caligrafia : um romance", que saiu em 1977, ajuda-nos a
entender o que viria a acontecer mais tarde. No fundo, trata-se do nascimento de um
artista, tanto o do pintor como o do escritor. O livro pode, em grande parte, ser lido
como uma autobiografia mas, na sua intensidade, encerra também o tema do amor,
assuntos de natureza ética, impressões de viagens e reflexões sobre a relação entre o
indivíduo e a sociedade. A libertação alcançada com a queda do regime salazarista
transforma-se numa imagem final portadora de abertura.
"Memorial do Convento", de 1982, é o romance que o vai tornar célebre. É um texto
multifacetado e plurissignificativo que tem, ao mesmo tempo, uma perspectiva
histórica, social e individual. A inteligência e a riqueza de imaginação aqui
expressadas caracterizam, de uma maneira geral, a obra saramaguiana. A ópera
"Blimunda", do compositor italiano Corghi, baseia-se neste romance.
"O Ano da Morte de Ricardo Reis", publicado em 1984, é um dos pontos altos da sua
produção literária. A acção passa-se formalmente em Lisboa no ano de 1936, em
plena ditadura, mas possui um ambiente de irrealidade superiormente evocado. Este
ambiente de irrealidade é acentuado pelas repetidas visitas do falecido poeta
Fernando Pessoa a casa da personagem principal (que é extraída da produção
pessoana) e das suas conversas sobre os condicionalismos da existência humana.
Juntos deixam o Mundo após o seu último encontro.
Em "A Jangada de Pedra", publicada em 1986, o escritor recorre a um estratagema
típico. Uma série de acontecimentos sobrenaturais culmina na separação da
Península Ibérica que começa a vogar no Atlântico, inicialmente em direcção aos
Açores. A situação criada por Saramago dá-lhe um sem-número de oportunidades
para, no seu estilo muito pessoal, tecer comentários sobre as grandezas e
pequenezas da vida, ironizar sobre as autoridades e os políticos e, talvez muito
especialmente, com os actores dos jogos de poder na alta política. O engenho de
Saramago está ao serviço da sabedoria.
Existem todas as razões para também mencionar "História do Cerco de Lisboa", de
1989, um romance sobre um romance. A história nasce da obstinação de um revisor
ao acrescentar um não, um estratagema que dá ao acontecimento histórico um
percurso diferente e, ao mesmo tempo, oferece ao autor um campo livre à sua grande
imaginação e alegria narrativa, sem o impedir de ir ao fundo das questões.
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"O Evangelho segundo Jesus Cristo", de 1991, romance sobre a vida de Jesus
encerra, na sua franqueza, reflexões merecedoras de atenção sobre grandes
questões. Deus e o Diabo negoceiam sobre o Mal. Jesus contesta o seu papel e
desafia Deus.
Um dos romances destes últimos anos aumenta consideravelmente a estatura literária
de Saramago. É publicado em 1995 e tem como título "Ensaio sobre a Cegueira". O
autor omnisciente leva-nos numa horrenda viagem através da interface que é formada
pelas percepções do ser humano e pelas camadas espirituais da civilização. A riqueza
efabulatória, excentricidades e agudeza de espírito encontram a sua expressão
máxima, de uma forma absurda, nesta obra cativante. "Queres que te diga o que
penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem,
cegos que, vendo, não vêem."
O último dos seus romances, "Todos os Nomes", sairá este Outono, em tradução
sueca. Trata-se de uma história sobre um pequeno funcionário público da
Conservatória dos Registos Centrais de dimensões quase metafísicas. Ele fica
obcecado por um dos nomes e segue a sua pista até ao seu trágico final.
A arte romanesca multifacetada e obstinadamente criada por Saramago, confere-lhe
um alto estatuto. Em toda a sua independência Saramago invoca a tradição que, de
algum modo, no contexto actual, pode ser classificada de radical. A sua obra literária
apresenta-se como uma série de projectos onde um, mais ou menos, desaprova o
outro mas onde todos representam novas tentativas de se aproximarem da realidade
fugidia.
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2. Biografia
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia
16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais
emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua
vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido
numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos
secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No
seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras
profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor,
tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance (“Terra do Pecado”), em
1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa
editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como
crítico literário na Revista “Seara Nova”.
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal “Diário de Lisboa” onde foi
comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento
cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de
Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do “Diário de
Notícias”. Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
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3. Memorial de José Saramago
1922
Nasce a 16 de Novembro, em Azinhaga, Ribatejo.
1924
Acompanha a sua família para Lisboa.
1929
Aquando da sua inscrição na Escola Primária da Rua Martins Ferrão, descobre-se um
erro na sua certidão de nascimento. O funcionário do Registo acrescentou SARAMAGO, a
alcunha da família, como seu apelido. Desta forma, José é o primeiro Saramago da
família Meirinho Sousa.
1930
Muda-se para a Escola Primária do Largo do Leão.
1932
Matricula-se no Liceu Gil Vicente.
1933
O seu primeiro livro, O Mistério do Moinho, de um autor inglês, é-lhe ofertado por sua
mãe.
1934
Devido à falta de recursos económicos da sua família, é obrigado a transferir-se para a
Escola Industrial Afonso Domingues.
1939
Acaba os estudos de Serralharia Mecânica na Escola Industrial Afonso Domingues.
Consegue o primeiro trabalho nas oficinas do Hospital Civil de Lisboa.
1940
É um frequentador nocturno da Biblioteca do Palácio das Galveias, donde, sem
nenhuma instrução, lê tudo o que pode.
1942
Ocupa um cargo nos serviços administrativos do Hospital Civil de Lisboa.
1943
Trabalha na Caixa de Abono de Família do Pessoal da Industria da Cerâmica.
1944
Contrai matrimónio com a pintora Ilda Reis.
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1947
Publica a sua primeira novela, Terra do Pecado.
Nasce a sua filha, Violante.
1949
Clarabóia é o título de uma novela que nunca chegou a ser publicada. Apesar da editora,
que entretanto recusou, fazer-lhe uma proposta de edição, passado 40 anos. Saramago
optou por deixar esta obra inédita.
1950
Trabalha na Companhia de Seguros Previdente.
1955
Como colaborador, exerce funções no sector de produção da Editorial Estúdios Cor.
1959
Abandona a Companhia de seguros, para trabalhar exclusivamente na Editorial Estúdio
Cor. Ocupa o lugar de editor literário, deixado em aberto por Nataniel Costa aquando do
início da sua carreira diplomática.
1966
Publica o seu primeiro livro de poesia, Os Poemas Possíveis.
1968
Colabora como crítico Literário na revista Seara Nova.
1969
Torna-se membro do Partido Comunista Português.
1970
Divorcia-se de Ilda Reis.
Publica Provavelmente Alegria (poesia) e reúne as crónicas publicadas no diário A
Capital, sob o título Deste Mundo e do Outro.
1971
Abandona a Editorial Estúdios Cor.
1972
Exerce funções de editorialista no Diário de Notícias.
1973
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Publica A Bagagem do Viajante, segundo volume de crónicas publicadas nos jornais, A
Capital e Jornal do Fundão.
Antes de abandonar o Diário de Notícias, dirige o seu Suplemento Literário.
1974
Orienta a revista Arquitectura.
Edita o seu primeiro volume de crónicas políticas.
A seguir ao 25 de Abril, é chamado para trabalhar no Ministério de Comunicação
Social.
1975
É nomeando director-adjunto do Diário de Notícias. A 25 de Novembro, fica no
desemprego, situação que o leva a tomar uma das decisões mais importantes de sua
vida: decidiu dedicar-se exclusivamente à escrita. Enquanto continuava com as
traduções, a sua única fonte de rendimentos fixa.
Publica O Ano de 1993, o seu, até à data, último livro de poemas.
1976
Faz uma recompilação das crónicas publicadas no Diário de Notícias.
Durante alguns meses muda-se para Lavre, Montemor-O-Novo, local onde convive com
os trabalhadores da União Cooperativa de Produção Boa Esperança. Deste relacionamento
nascerá Levantado do Chão.
1977
Publica Manual de Pintura e Caligrafia (novela).
1978
Escreve um livro de contos, Objecto Quase (contos).
1979
É atribuído o Prémio da Associação de Críticos Portugueses à sua nova peça de teatro, A
Noite.
É publicada a obra colectiva, Os Cinco Sentidos, na qual distintos autores escrevem sobre
os sentidos. Ficando José Saramago com O Ouvido.
1980
Publica o livro que marca o inicio do estilo saramaguiano, Levantado do Chão. É-lhe
atribuído o Prémio Cidade de Lisboa.
Publica outra peça de teatro: Que Farei com Este Livro?
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1981
É publicado o livro Viagem a Portugal, sendo este resultado de uma viagem que fez
pelo país, encomendada pelo Círculo de Leitores.
1982
Recebe dois prémios: PEN Clube Português e o Literário do Município de Lisboa, pelo
seu novo êxito, Memorial do Convento.
1984
Publica O Ano da Morte de Ricardo Reis, livro galardoado com o Prémio do PEN Clube
Português e com o Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus.
1985
Condecorado Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada.
É-lhe atribuído o Prémio da Crítica pelo conjunto da sua obra.
1986
Publica A Jangada de Pedra.
1987
Edita A Segunda Vida de Francisco de Assis (teatro).
De Itália recebe duas distinções: Prémio Grinzane-Cavour (Alba), pela obra O Ano da
Morte de Ricardo Reis, e o doutoramento «Honoris Causa» da Universidade de Turim.
1988
Casa com Pilar del Río, jornalista espanhola.
1989
Edita História do Cerco de Lisboa.
1990
Estreia da ópera Blimunda, no Teatro Alla Scala de Milão. Música de Azio Corghi
baseado no libreto extraído de Memorial do Convento.
1991
Publica aquela que foi, talvez, a novela mais polémica de toda a sua obra, Evangelho
segundo Jesus Cristo e recebe o Grande Prémio de Novela da Associação Portuguesa de
Escritores.
Vence o Prémio Bracati (Zafferana, Itália).
Recebe o doutoramento «Honoris Causa» da Universidade de Sevilha.
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Condecorado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas (França).
A sua obra completa é editada, em três tomos, pela Editorial Lello.
1992
O Governo veta a candidatura da sua novela Evangelho segundo Jesus Cristo ao prémio
Literário Europeu.
Recebe dois prémios transalpinos: Prémio Internacional Ennio Faiano (Pescara) por
Levantado do Chão, e o Prémio Internacional Literário Mondello (Palermo).
1993
Muda-se para Lanzarote, Canárias.
Publica In Nomine Dei, a sua quarta peça de teatro, pela qual recebe o Grande Prémio
de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores.
Torna-se membro do Parlamento Internacional de Escritores, com sede em Estrasburgo.
É consagrado com dois prémios: Prémio The Independent de ficção estrangeira para a
tradução inglesa de O Ano da Morte de Ricardo Reis, e o Prémio Vida Literária da
Associação Portuguesa de Escritores.
Estreia a ópera Divara, no Teatro de Münster, Alemanha. Com música de Azio Corghi
baseado no libreto extraído de In Nomine Dei.
1994
Publica o primeiro volume do seu diário, Cadernos de Lanzarote.
É membro da Academia Universal das Culturas, de Paris.
Associa-se à Academia Argentina de Letras.
Torna-se membro do Patronato de Honra da Fundação César de Manrique, de
Lanzarote.
Sócio honorário da Sociedade Portuguesa de Autores.
1995
Publica Ensaio sobre a Cegueira.
É o vencedor do Prémio Camões.
Publica o segundo volume de Cadernos de Lanzarote.
Doutorado «Honoris Causa» pela Universidade de Manchester (Grã-
-Bretanha).
Sobe ao palco da Igreja de São Marco, a peça La Morte de Lázaro, com música de Azio
Corghi baseado nas obras In Nomine Dei, Evangelho segundo Jesus Cristo e Memorial
do Convento.
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Recebe o Prémio Consagração da Sociedade Portuguesa de Autores.
1996
Viaja até ao Brasil para receber o Prémio Camões.
Publica o diário III de Cadernos de Lanzarote.
(Baseada na biografia feita por Pílar del Rio)
4. Distinções
Prémios
Obras de José Saramago distinguidas:
Em Portugal
Prémio da Associação de Críticos Portugueses "A Noite", 1979
Prémio da Associação de Críticos Portugueses "A Noite", 1979
Prémio Cidade de Lisboa "Levantado do Chão", 1980
Prémio PEN Clube Português "Memorial do Convento", 1982
Prémio Literário Município de Lisboa, 1982
Prémio PEN Clube Português "O Ano da Morte de Ricardo Reis" , 1984
Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus "O Ano da Morte de Ricardo Reis",
1984
Prémio da Crítica pelo Conjunto da Obra, 1985
Grande Prémio de Novela da Associação Portuguesa de Escritores, "Evangelho segundo
Jesus Cristo", 1991
Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores "In Nomine Dei",
1993
Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, 1993
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Prémio Consagração SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), 1995
Prémio Camões, 1995
Em Itália
Prémio Grinzane-Cavour "O Ano da Morte de Ricardo Reis", 1987
Prémio Bracati, Conjunto da Obra, 1992
Prémio Internacional Ennio Flaiano "Levantado do Chão", 1992
Prémio Internacional Literário Mondello, Conjunto da Obra1992
Em Inglaterra
Prémio do jornal The Independent "O Ano da Morte de Ricardo Reis", 1993
Condecorações
Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal), 1985
Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas (França), 1991
Doutoramentos
Doutor "Honoris Causa" pela Universidade de Turim (Itália), 1991
Doutor "Honoris Causa" pela Universidade de Sevilha (Espanha), 1991
Doutor "Honoris Causa" pela Universidade de Manchester (Inglaterra), 1994
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Agradecimentos:
Dr. J. Santos Simões
Drª Cristina Fernandes
Livraria Luís Pinto dos Santos
Ricardo Costa
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Título:
A obra literária de José Saramago
Organização:
Maria José Marinho de Queirós Meireles
Composição:
Alexandra e Ana Maria / SMS
Depósito legal nº 129877/98
ISBN 972-8078-61-7
Direitos reservados por: Sociedade Martins Sarmento
 SOCIEDADE MARTINS SARMENTO
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