Curso Regular de Microeconomia

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Aula 00
Curso Regular de Microeconomia
Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho
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Curso Regular de Microeconomia
Teoria e exercícios comentados
Profs Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 00
AULA 00 (demonstrativa) – Conceitos fundamentais de
economia. Oferta, demanda e elasticidades.
SUMÁRIO RESUMIDO
Apresentação
1. Demanda
2. Oferta
3. Equilíbrio
4. Elasticidades
5. Resumão da aula
6. Questões por banca
7. Lista das questões apresentadas
8. Gabarito
PÁGINA
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05
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53
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Olá caros(as) amigos(as),
É com grande satisfação que lançamos este Curso regular de
Microeconomia formatado especialmente para atender às necessidades
daqueles que se preparam para os concursos que cobrem a matéria de
Microeconomia.
Comentaremos questões das três principais bancas examinadoras
(Cespe, ESAF e FCC) e também das bancas menores (FGV e Cesgranrio,
por exemplo). Assim, nosso curso será totalmente adaptado para que
você consiga aprender a matéria. Nosso intuito com esse curso não é
torna-lo um especialista em determinada banca, mas sim focar sua
preparação no aprendizado da famigerada Microeconomia. Nesta aula
demonstrativa, você poderá atestar isso. Ainda estamos coletando as
questões destas bancas, mas podemos afirmar que teremos, no mínimo,
600 questões comentadas ao longo do curso (provavelmente, vamos
ultrapassar esse número, mas, no mínimo, teremos essas 600 questões).
E teremos questões recentíssimas, do ano de 2014!
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Para quem não me conhece, meu nome é Heber Carvalho, sou
bacharel em Ciências Militares, formado pela AMAN (Academia Militar das
Agulhas Negras). Após pouco mais de 08 anos no Exército, fui aprovado
no concurso para Auditor Fiscal do Município de São Paulo (AFTM-SP, 4º.
Lugar). Paralelamente, ministro aulas de Economia e matérias
relacionadas (Economia do Trabalho, Economia Brasileira, Micro e
Macroeconomia) em cursos preparatórios de São Paulo e outras capitais,
no Eu Vou Passar e aqui no Estratégia Concursos. Também sou autor
do livro “Microeconomia Facilitada”, publicado pela editora Método.
E o meu nome é Jetro Coutinho, sou bacharel em Administração
pela Universidade de Brasília (2011). Estudo para concursos desde o
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segundo semestre de 2009, quando fiz o concurso de Técnico do Banco
Central, ainda durante o 4º semestre da faculdade. Após ser nomeado,
concluí os estudos na UnB e, desde então, venho estudando para um
concurso específico: O Tribunal de Contas da União. Nesse caminho, fui
aprovado, dentro das vagas, para Analista de Finanças e Controle da
Secretaria do Tesouro Nacional – Área Econômico-Financeira. No entanto,
não assumi o Tesouro, pois tomei posse no concurso que sempre sonhei:
Tive uma imensa benção, que foi ser aprovado para o Tribunal de Contas
da União em 13º Lugar de um total de 18 vagas para Brasília. Isso aos 22
anos de idade. Já estudei muito a ciência econômica, tanto para a
faculdade e para o meu TCC quanto para concursos. O professor Heber
me convidou para formarmos, então, uma parceria para trazer ao aluno
um excelente curso de Economia aqui no Estratégia.
Falemos um pouco sobre o conteúdo e a metodologia de nosso
curso, começando pelo primeiro.
MICROECONOMIA: Conceitos fundamentais de economia. Oferta, demanda e
elasticidades. Fatores que afetam a demanda e a oferta. Classificação de bens:
normais, inferiores, bens de Giffen, substitutos e complementares. Aspectos
algébricos e mais avançados da demanda, oferta e elasticidades. Excedente do
consumidor, produtor. Eficiência Econômica. Bem-estar e peso morto.
Classificação de bens: normais, inferiores, bens de Giffen, substitutos e
complementares. Excedente do consumidor. Teoria do consumidor: restrição
orçamentária, equilíbrio do consumidor. Curvas de indiferença. Teoria da
Produção. Função de produção e suas propriedades. Isoquantas. Rendimentos
de escala. Economia de escopo. Curvas de isocusto. Teoria dos custos. Custo de
produção. Custo marginal, custo médio, custo variável, custo fixo. Custos de
curto e longo prazo. Introdução ao estudo das Estruturas de mercado e o
modelo de concorrência perfeita. Estruturas de mercado (parte II): Monopólio e
Concorrência imperfeita (concorrência monopolística, oligopólio). Curva de
Possibilidades de Produção. Falhas de Mercado. Tributação e impacto da carga
tributária na atividade econômica. Teoria dos Jogos. Mercado de fatores de
produção.
Como o conteúdo é vasto, torna-se bastante difícil reunir uma
bibliografia que cubra todos os tópicos do edital com o foco e a
objetividade necessários (fora que seriam necessários uns 05 a 06 livros,
no mínimo) ao bom concurseiro. Nossa proposta é facilitar o seu trabalho
e reunir toda a teoria e inúmeros exercícios comentados, no que tange a
todos estes assuntos em um só material. O curso contará com muitas
questões das bancas examinadoras, para que você veja como é o
estilo de cada uma, mas priorizando o aprendizado.
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Verificando as questões de Microeconomia aplicadas em 2014 e
2013, podemos perceber que as bancas têm exigido um conhecimento
teórico bastante sedimentado. Ou seja, o aluno tem que, realmente, ter
uma boa noção de todo o conteúdo. Outra observação importante em
relação às provas de Micro é que a maior parte das questões tem cobrado
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o conhecimento teórico da matéria (em detrimento das questões de
cálculo). No entanto, às vezes, entender os cálculos expostos durante as
aulas, assim como os gráficos, é fundamental para o correto
entendimento da teoria.
Neste sentido, o nosso curso levará em conta as duas abordagens
(teórica e algébrica/gráfica), e a lista de exercícios selecionada ao final de
cada aula procurará trazer questões que treinam os dois lados do
concurseiro: o lado teórico, e aquele lado que exige os “algebrismos”.
O curso funcionará da seguinte forma: ao longo da teoria, serão
apresentadas questões de diversas bancas examinadoras, mas com a
indicação somente do cargo concorrido e do órgão no qual o concurso
aconteceu. A ideia dessas questões ao longo da teoria é focar o seu
estudo na apreensão dos conceitos e no aprendizado da matéria.
No final da aula, após o resumo, teremos listas com
aproximadamente 15 questões cada, divididas por banca examinadora.
Assim, teremos, uma lista do Cespe, uma da ESAF, uma da FCC e assim
por diante. Com essas listas de exercícios divididos por banca
examinadora, você pode escolher em qual banca quer se especializar e,
assim, fazer os exercícios da respectiva banca (obviamente que
recomendamos que façam todas as listas). Vale ressaltar que se a banca
não tiver pelo menos 15 exercícios sobre o assunto estudado na aula,
colocaremos todas as questões dessa banca na lista.
Nosso curso não exigirá conhecimentos prévios. Portanto, se
você nunca estudou, ou está iniciando seus estudos em Economia, fique
tranquilo pois nosso curso atenderá aos seus anseios perfeitamente. Se
você já estudou os temas, e apenas quer revisá-los, o curso também será
bastante útil, pela quantidade de exercícios comentados que teremos, o
que lhe permitirá uma excelente revisão do conteúdo. Em relação aos
exercícios, serão, no mínimo, 600 questões comentadas.
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Esse curso abordará todo o conteúdo abaixo descrito:
AULA 00
(19/10)
AULA 01
(23/10)
AULA 02
(25/10)
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Conceitos fundamentais de economia. Oferta, demanda e
elasticidades. Fatores que afetam a demanda e a oferta.
Classificação de bens: normais, inferiores, bens de Giffen,
substitutos e complementares.
Aspectos algébricos e mais avançados da demanda, oferta e
elasticidades. Excedente do consumidor, produtor.
Eficiência Econômica. Bem-estar e peso morto. Classificação
de bens: normais, inferiores, bens de Giffen, substitutos e
complementares. Excedente do consumidor.
Teoria do consumidor: restrição orçamentária, equilíbrio
do consumidor. Curvas de indiferença.
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AULA 03
(27/10)
AULA 04
(29/10)
AULA 05
(30/10)
AULA 06
(05/11)
AULA 07
(12/11)
AULA 08
(19/11)
AULA 09
(26/11)
AULA 10
(05/12)
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Teoria da Produção. Função de produção e suas
propriedades. Isoquantas. Rendimentos de escala.
Economia de escopo. Curvas de isocusto.
Teoria dos custos. Custo de produção. Custo marginal, custo
médio, custo variável, custo fixo. Custos de curto e longo
prazo.
Introdução ao estudo das Estruturas de mercado e o modelo
de concorrência perfeita.
Estruturas de mercado (parte II): Monopólio e Concorrência
imperfeita (concorrência monopolística, oligopólio)
Curva de Possibilidades de Produção. Falhas de Mercado.
Tributação e impacto da carga tributária na atividade
econômica.
Teoria dos Jogos.
Mercado de fatores de produção.
Teremos, em média, 60 a 70 páginas totais por aula (algumas aulas
podem chegar a 100 páginas). Mas sabemos que as aulas em PDF trazem
muitas questões comentadas, resumos, lista das questões sem os
comentários, gabarito, etc, etc. Assim, de uma aula de 60 a 70 páginas,
sobra mesmo uma média de 35 páginas de teoria pura por aula, já
que o resto são aqueles itens citados no início do parágrafo. Também
ressaltamos que haverá algumas aulas um pouco maiores (aulas 02 e 08,
por exemplo).
Antes de começar a aula, segue 01 aviso:
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são
clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os
cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)
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Agora sim, podemos começar.
E aí, todos prontos? Então, aos estudos!
Profs. Heber e Jetro
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1. DEMANDA
A demanda ou procura de um bem é simplesmente a quantidade
deste bem que os consumidores/compradores desejam adquirir a
determinado preço, em determinado período de tempo.
Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de
demanda de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os
consumidores desejam comprar à medida que muda o preço unitário. A
primeira pergunta que vem à cabeça é a seguinte: Como seria esta
curva?
Para descobrir o “jeito” ou formato da curva, devemos saber qual a
relação que existe entre as variáveis que constam no gráfico em que ela
está. No gráfico da curva de demanda, temos a quantidade de bens
demandados no eixo X (eixo horizontal ou eixo das abscissas), e temos o
preço do bem no eixo Y (eixo vertical ou eixo das ordenadas), conforme
vemos na figura 01. Então, temos que descobrir qual a relação existente
entre o preço do bem e a quantidade demandada.
Imaginemos um bem qualquer. Vamos adotar, como exemplo, o
bem Cerveja (Eita, Heber...). O que aconteceria com a quantidade
demandada de cervejas caso seu preço estivesse bastante baixo? O que
aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preço
estivesse alto? As respostas são bastante óbvias: teríamos alta e baixa
quantidade demandada, respectivamente.
A conclusão a que chegamos é a seguinte: a quantidade
demandada ou procurada de um bem varia inversamente em relação ao
seu preço. Em outras palavras, quanto mais caro está o bem, menos ele é
demandado. Quanto mais barato está o bem, mais ele é demandado. Esta
é a milenar lei da demanda, e qualquer um de nós quando vai ao mercado
fazer compras aplica esta lei, ainda que inconscientemente.
Pois bem, voltando à curva de demanda, como ela seria? Quando as
duas variáveis do gráfico atuam em sentido inverso, isto é, uma aumenta
e a outra diminui e/ou vice-versa, como é o caso dos preços e
quantidades demandadas, a curva do gráfico terá inclinação para baixo.
Pegue como exemplo a seguinte função de demanda (QD = quantidade
demandada e P = preço) de cervejas e seu respectivo gráfico:
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QD = 14 – 2P
(esta equação é apenas um exemplo)
Profs. Heber e Jetro
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Preço
s
6
A
Curva de demanda:
QD = 14 – 2P
Figura 01
B
2
2
10
Quantidade
de produtos
Veja que no ponto A o preço é 6 e a quantidade demandada é 2
cervejas (QD = 14 – 2P  QD = 14 – 2.6 = 14 – 12 = 2). À medida que
reduzimos o preço de 6 para 2, a quantidade demandada aumentou de 2
para 10 (QD = 14 – 2P  QD = 14 – 2.2 = 14 – 4 = 10). Ou seja,
enquanto o preço cai, a quantidade demandada sobe. Temos uma relação
inversa e quando isto acontece, a curva tem sua inclinação para baixo.
Existem várias outras maneiras de expressar que a curva tem sua
inclinação para baixo e que existe uma relação inversa entre a variável do
eixo Y e a variável do eixo X. Você tem que estar familiarizado com todas
estas nomenclaturas. Assim, podemos dizer que a curva de demanda tem
inclinação para baixo, decrescente, descendente ou negativa.
Do ponto de vista algébrico, sabemos que a curva de demanda será
decrescente pelo sinal negativo do número/coeficiente que multiplica
alguma das variáveis. Assim, na equação da demanda apresentada, QD =
14 – 2P, o sinal negativo que multiplica a variável P (Preço) garante a
relação inversa entre QD e P, indicando que quando uma variável
aumenta, a outra diminui e vice-versa, orientando, assim, a inclinação
decrescente da curva de demanda.
Você pode estar se perguntando se esta regra ou lei (preço
aumenta  demanda cai) é válida indistintamente para todos os bens da
economia. Será que existe algum tipo de bem cujos consumidores
decidam aumentar a demanda a partir de um aumento de preço? Ou
reduzir a demanda depois de uma redução de preço? A resposta é sim!
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 Exceção à lei da demanda: existe um tipo de bem que não
obedece à lei da demanda: é o bem de Giffen. Ele é a única
exceção para a lei da demanda. Para este bem, aumentos de preço
geram aumentos de quantidade demandada e reduções de preço
geram redução de quantidade demandada. Então veja que as
variáveis preço e quantidade demandada caminham no mesmo
sentido, indicando que a curva de demanda do bem de Giffen terá
inclinação positiva, direta, ascendente ou crescente. O paradoxo
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de Giffen é uma situação muito difícil de ser verificada na prática.
Como exemplo deste tipo de bem, temos os bens de baixo valor,
mas que possuem elevada importância no consumo do indivíduo.
Por exemplo, suponha uma situação em que temos uma família
pobre diante da ocorrência de um aumento no preço do pão. Como
a renda da família é bastante baixa, o aumento do preço do pão
fará com que sobre menos renda para o consumo de outros bens,
de forma que a família optará por aumentar o consumo de pães.
Neste caso singular, ocorre o paradoxo de Giffen e o pão será um
bem de Giffen, pois o aumento de preços provocou aumento das
quantidades demandadas.
Vimos, então, neste tópico que a quantidade demandada de um
bem depende de seu preço e que essa relação é inversa, ocasionando
uma curva de demanda negativamente inclinada, decrescente,
descendente ou com inclinação para baixo. Vimos também que o
raciocínio deve ser inverso se o bem for de Giffen.
Por fim, devo dizer que a ideia da curva de demanda é nos mostrar
a disposição de compra do consumidor. Ou seja, a curva de demanda nos
mostra qual seria a quantidade demandada de determinado produto, para
cada nível de preço. Desta forma, entenda que a curva de demanda nos
mostra a quantidade de determinado bem que o consumidor está
disposto a adquirir. Não significa, necessariamente, que o consumidor
está efetivamente comprando aquela quantidade de bens.
1.1. Fatores que afetam a demanda
A demanda de um bem depende de uma série de outros fatores que
vão além simplesmente do preço deste bem:
 Preço: já visto no item de introdução à Demanda.
 Renda do consumidor: na maioria das vezes, o aumento de
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renda provoca o aumento da demanda.
 Preços de outros bens: se o consumidor deseja adquirir arroz,
ele também verificará o preço do feijão, já que o consumo destes
bens é associado. O mesmo ocorre com o preço do DVD e do
aparelho de DVD. Quando o consumo de um bem é associado ao
consumo de outro bem, dizemos que estes bens são
complementares. De forma oposta, quando o consumo de um
bem substitui ou exclui o consumo de outro bem, dizemos que
estes bens são substitutos ou sucedâneos. É o que acontece,
neste último caso, com a manteiga e a margarina, refrigerante e
suco, carne bovina e carne de frango, etc.
Profs. Heber e Jetro
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 Outros fatores: aqui entram os gostos, hábitos e expectativas
dos consumidores que podem variar devido a inúmeros fatores.
Exemplos: a demanda de protetores solar aumenta no verão, a
demanda de carvão para churrasco é maior no Sul do Brasil, a
demanda por camisas da seleção brasileira aumenta em época
de copa do mundo, a não realização de concursos públicos
diminui a demanda de cursos, etc. Assim, podemos listar como
outros fatores:
1) Expectativas dos consumidores: quanto à renda futura
(se eles esperam que sua renda vá aumentar, a demanda
tende a aumentar). Quanto ao comportamento futuro dos
preços (se eles esperam que os preços vão aumentar, a
demanda tende a aumentar, para evitar comprar produtos
mais caros no futuro). Quanto à disponibilidade futura de
bens (se o consumidor acredita que determinada
mercadoria poderá faltar futuramente no mercado, ele
poderá aumentar a demanda por esse bem, precavendo-se
de sua falta no futuro).
2) Mudança no número de consumidores no mercado: o
aumento de consumidores aumenta a demanda pelo
consumo de bens. Exemplo: os comerciantes de Campos
do Jordão (SP) ou Gramado (RS) compreendem
perfeitamente que, durante as férias escolares de inverno,
no meio do ano, há substancial aumento da demanda por
praticamente todos os serviços locais. Isso ocorre devido
ao aumento no número de consumidores. Com o término
das férias, as famílias retornam às suas origens e a
demanda pelos serviços se reduz.
3) Mudanças demográficas: a demanda por muitos
produtos está, por exemplo, estreitamente ligada à
composição etária da população, bem como à sua
distribuição pelo país. Exemplo: lugares onde a população
é composta em sua maioria por jovens apresentarão maior
demanda por produtos associados a esse público (calças
jeans, restaurantes fast food, danceterias, etc).
4) Mudanças climáticas: a demanda por produtos
estritamente ligados à estação mais quente (óculos de sol,
sungas de banho, etc) são mais demandadas no verão e
menos demandadas no inverno.
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A demanda de um bem, portanto, depende não só dos vários
fatores listados acima, mas, sobretudo, da ação conjunta deles. Para que
os economistas consigam analisar a influência de uma variável na
demanda, utiliza-se a suposição de que todas as outras variáveis
permanecem constantes. No jargão econômico é utilizada a hipótese do
coeteris paribus, que quer dizer: todo o restante permanecendo
constante.
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Por exemplo, ao afirmamos que o aumento da renda, coeteris
paribus, aumenta a demanda de um bem, estamos afirmando que
devemos considerar isoladamente o aumento de renda na demanda. Esta
observação é muito importante para questões de concursos públicos.
Assim, quando uma questão solicitar as implicações sobre a demanda
oriundas de algum acontecimento, deve-se raciocinar exclusivamente
sobre aquele acontecimento em especial. Alerto ainda que a hipótese do
coeteris paribus deve ser sempre adotada quando formos resolver as
questões de concurso, ainda que a banca examinadora não mencione
expressamente a hipótese no enunciado da questão.
1.2. Alterando a demanda
Vamos analisar agora como os fatores do item anterior afetam a
curva de demanda:
a) PREÇOS: quando os preços dos produtos sobem, a quantidade
demandada cai, e vice-versa. A principal conclusão a que
chegamos é que a mudança de preços ocasiona deslocamentos
NA curva de demanda, AO LONGO DA CURVA.
Preços
Figura 02
P2
Deslocamento sobre
a curva de demanda
P1
D
Q2
Q1
Quantidades
Na figura 02, acima, vimos que o aumento de preços (de P1 para
P2) provocou uma redução na quantidade demandada (de Q1
para Q2). Para que isto ocorresse a curva de demanda não
precisou sair do lugar, pois nos deslocamos na curva, sobre a
curva ou, ainda, ao longo da curva de demanda.
00000000000
b) RENDA DO CONSUMIDOR: para os bens ditos normais,
aumentos de renda dos consumidores, coeteris paribus, provocam
aumento da demanda (veja que estamos falando em aumento da
demanda e NÃO aumento da quantidade demandada1). Veja,
1
Normalmente, por questões didáticas, fazemos uma diferenciação entre os significados de
Q
demanda,
P
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graficamente, o que acontece com a curva de demanda de um bem
normal após um aumento de renda dos consumidores:
Bem normal: após o
aumento de renda, D1
se desloca para D2
Fig. 03
P
D2
D1
D1
Q1
Q1
Q2
Após o aumento de renda, TODA a curva de demanda se desloca
para a direita, indicando maiores quantidades demandadas ao
mesmo nível de preços. Caso tenhamos um bem inferior, que,
por definição, é o bem cuja demanda diminui quando o nível de
renda do consumidor aumenta, o raciocínio é diferente. Neste
caso, aumentos de renda farão com que a curva de demanda se
desloque para a esquerda, indicando menor demanda. Como
exemplo, temos a carne de segunda. Após um aumento de
renda, o consumidor tende a diminuir o consumo da carne de
segunda e a aumentar o consumo de carne de primeira (melhor
qualidade). Veja, graficamente, o efeito de um aumento de
renda para um bem inferior2:
Bem inferior: após
o
aumento
de
renda,
D1
se
desloca para D2
Fig. 04
P
D1
D1
Q1
D2
Q2
00000000000
Q1
É
geralmente é adotada nos manuais acadêmicos da matéria.
2
Aqui, nós exemplificamos a carne de segunda como sendo um bem inferior. Mas, na verdade, a
definição de bem inferior depende do consumidor de que estamos tratando. No caso de você que
está lendo este curso, acredito que tenha ficado bastante claro que a carne de primeira seria um
bem normal e a carne de segunda seria um inferior. No entanto, pense em uma pessoa
extremamente pobre que só tem dinheiro para comer ovo frito, todo dia. Para ela, aumentos de
renda podem fazer com que ela reduza o consumo de ovo frito e aumente o consumo de carne de
segunda. Assim, para este consumidor mais pobre, em decorrência do seu nível de renda e de sua
estrutura de preferências, o ovo frito é que será o bem inferior, e a carne de segunda será o bem
normal. Assim, a definição de bem inferior depende da renda do consumidor e da sua estrutura de
preferências (veremos isso mais profundamente na aula de teoria do consumidor).
Profs. Heber e Jetro
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Conclusão: então, vimos que o aumento de renda provocará
aumento da demanda, se o bem for normal; e redução da
demanda, se o bem for inferior. Se uma questão de concurso
informar apenas que há aumento de renda, sem mencionar se o
bem é normal ou inferior, considere que o mesmo é normal, que é a
regra geral adotada.
c) PREÇOS DE OUTROS BENS:
1) Bens substitutos: os preços de outros bens relacionados
podem influenciar a demanda de um bem X. Quando o consumo
de um bem relacionado exclui o consumo de outro bem, dizemos
que estes bens são substitutos. É o que acontece, por exemplo,
com a carne bovina e a carne suína. O que acontecerá com a
demanda de carne suína se o preço da carne bovina se elevar? A
lei da demanda diz que a quantidade demandada de carne
bovina irá diminuir. Como as carnes bovina e suína são
substitutas, os consumidores irão substituir o consumo de carne
bovina por carne suína, por conseguinte, a demanda por carne
suína aumentará em virtude do aumento de preços da carne
bovina. Veja, graficamente, o resultado sobre a curva de
demanda de carne suína após o aumento do preço de um bem
substituto:
Após o aumento
de preço de um
bem substituto
Fig. 05
P
D2
D1
Q1
Q1
D1
Q2
Caso haja diminuição do preço de um bem substituto ocorrerá
justamente o raciocínio inverso. Tomemos como exemplo
novamente o exemplo das carnes bovina e suína. O que
acontecerá com a demanda de carne suína se o preço da carne
bovina for reduzido? A lei da demanda nos diz que a quantidade
demandada de carne bovina aumentará. Como os bens são
substitutos, a maior demanda de carne bovina implicará
obrigatoriamente uma menor demanda de carne suína. Observe,
graficamente, o resultado provocado sobre a curva de demanda
de carne suína após a diminuição de preços da carne bovina:
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Profs. Heber e Jetro
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Após redução de
preço de um bem
substituto, D1 se
desloca para D2
Fig. 06
P
D1
D1
D2
Q1
Q1
Q2
Então, temos as seguintes conclusões considerando os bens X e
Y sendo substitutos:
PY aumenta  QDY diminui  QDX aumenta ao mesmo nível de
preços  curva de demanda de X se desloca para a direita
PY diminui  QDY aumenta  QDX diminui ao mesmo nível de
preços  curva de demanda de X se desloca para a esquerda
2) Bens complementares: quando o consumo de um bem é
associado ao consumo de outro bem, dizemos que estes são
complementares. É o que ocorre com o arroz e o feijão, terno e
gravata, pão e manteiga, etc. O que acontecerá com a demanda
de feijão se o preço do arroz diminuir? A lei da demanda nos diz
que, com a diminuição do preço do arroz, a quantidade
demandada de arroz deve aumentar. Como o consumo dos bens
é complementar, o maior consumo de arroz deve aumentar a
demanda de feijão, já que as pessoas geralmente comem arroz
com feijão. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de
demanda de um bem após a diminuição de preço de outro bem
que seja complementar àquele:
Após a redução de
preço de um bem
complementar
Fig. 07
00000000000
D2
P
D1
D1
Q1
Q1
Q2
Caso ocorra um aumento de preço de um bem complementar, o
raciocínio é justamente o inverso. O que acontecerá com o
consumo de feijão se o preço do arroz aumentar? A lei da
demanda nos diz que a quantidade demandada de arroz deve
diminuir. Esta diminuição do consumo de arroz vai provocar a
diminuição do consumo de feijão, tendo em vista os bens serem
complementares. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de
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demanda de um bem após o aumento do preço de um bem que
seja complementar àquele:
Após o aumento do
preço de um bem que
seja complementar
Fig. 08
P
D1
D1
D2
Q2
Q1
Q1
Para concluir, temos as seguintes relações para os bens X e Y,
complementares:
PY aumenta  QDY diminui  QDX também diminui ao mesmo
nível de preços  curva de demanda de X se desloca para a
esquerda.
PY diminui  QDY aumenta  QDX também aumenta ao mesmo
nível de preços  curva de demanda de X se desloca para a
direita.
d) OUTROS FATORES: aqui, conforme já comentado, podemos ter
infinitas variáveis que influenciam a curva de demanda de um
bem. Entre elas, podemos destacar o clima (demanda de óculos
de sol aumenta no verão e diminui no inverno), a época (no
Natal, a demanda da grande maioria dos bens aumenta), a
publicidade e propaganda (ter uma grande modelo como garotapropaganda pode impulsionar a demanda de determinada marca
de roupas), o tamanho do mercado (se há um aumento do
número de consumidores devido a um movimento migratório,
por exemplo, a demanda pela maioria dos bens será maior), etc.
Aqui neste item, a exemplo do que aconteceu nos itens b) e c),
estamos falando do deslocamento da curva de demanda como
um todo, de forma que ela se desloca para a direita ou para a
esquerda. Apenas para exemplificar, imagine a curva de
demanda do bem cerveja. O que aconteceria com esta curva de
demanda caso fosse anunciada uma descoberta científica de que
a cerveja previne câncer, ataques do coração e impotência?
(Heber: seria incrível, não?! Jetro: Para de viajar, mano...) A
demanda por cerveja aumentaria e TODA a curva de demanda
de cerveja se deslocaria para a direita, no sentido de aumento do
consumo:
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Após o anúncio
da descoberta
Fig. 09
P
D2
D1
D1
Q1
Q1
Q2
Importante: Mudanças no preço de um bem X
provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a
curva de demanda (a curva fica no mesmo lugar),
enquanto qualquer mudança em quaisquer outros
fatores que não seja o preço do bem provoca
deslocamento DA curva de demanda (a curva inteira
sai do lugar).
(ECONOMISTA - EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA) Dada uma
curva de demanda de um bem X, tudo o mais constante, é correto
afirmar que, quando aumenta o(a):
(A) preço do bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a
esquerda.
(B) preço de um bem complementar ao bem X, a curva de demanda do
bem X desloca-se para a esquerda.
(C) preço de um bem substituto do bem X, a curva de demanda do bem
X desloca-se para a esquerda.
(D) preço do bem X, a curva de demanda do bem X desloca-se para a
direita.
(E) renda do consumidor, a curva de demanda do bem X desloca-se para
a direita, se este bem for inferior.
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COMENTÁRIOS:
Por alternativas:
a) Incorreta. Quando aumenta o preço do bem X, a curva de demanda
não é deslocada (ocorre deslocamento ao longo da curva).
b) Correta. Quando aumenta o preço de um bem complementar de X,
haverá redução na demanda deste bem complementar. Como o consumo
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de X e do bem complementar são associados, haverá, também, redução
da demanda de X, fazendo com que sua curva seja deslocada para a
esquerda.
c) Incorreta. Quando aumenta preço de um bem substituto de X, haverá
redução na demanda deste substituto, o que provocará aumento da
demanda de X, deslocando sua curva de demanda para a direita.
d) Incorreta. Idem ao erro da letra a.
e) Incorreta. Quando aumenta a renda do consumidor e o bem é inferior,
haverá redução na demanda deste bem, deslocando sua curva de
demanda para a esquerda.
GABARITO: B
(ECONOMISTA – MPE/AM) - O deslocamento, para a direita, da
curva da demanda de um determinado bem e provocado pelo
aumento:
(A) do número de empresas concorrentes
(B) da renda do consumidor
(C) da quantidade de matéria-prima
(D) da utilização de tecnologia avançada pelos produtores
(E) da qualificação técnica do consumidor
COMENTÁRIOS:
O aumento da renda dos consumidores provoca deslocamento para a
direita da curva de demanda.
O aumento do número de empresas concorrentes, da quantidade de
matéria-prima e da tecnologia desloca a curva de oferta para a direita.
A qualificação técnica do consumidor, a priori, não altera a curva de
demanda.
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GABARITO: B
(ANTAQ - Especialista em Regulação de Serviços Públicos de
Telecomunicações – Área Economia) - O paradoxo de Giffen, que
constitui uma exceção à regra geral da demanda, é consistente
com a existência de uma curva de demanda positivamente
inclinada para determinados bens.
COMENTÁRIOS:
Moleza, não?! Todo bem de Giffen possuirá a curva de demanda
positivamente inclinada, o que significa que aumentos de preço
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provocarão aumentos das quantidades demandadas, e vice-versa.
GABARITO: CERTO
(Economista – ECT) A demanda do consumidor é definida como a
quantidade de bens e serviços que o consumidor está disposto a
adquirir em determinado período de tempo. A demanda
representa o desejo de comprar um bem, e não a sua efetiva
realização.
COMENTÁRIOS:
A curva de demanda nos mostra a quantidade de determinado bem que o
consumidor está disposto a adquirir. Não significa, necessariamente,
que o consumidor está efetivamente realizando a compra daquele bem.
GABARITO: CERTO
Nos últimos anos, observou-se o crescimento substancial do
mercado de produtos agrícolas orgânicos, impulsionado pela
disseminação de hábitos de vida mais saudáveis. Quanto ao
funcionamento desse mercado, julgue os itens.
(Analista de Controle Externo – TCE/AC) Estudos científicos que
mostram
que
os
benefícios
de
exercícios
físicos
são
potencializados pelo consumo de produtos orgânicos aumentam a
quantidade demandada, porém, não alteram a posição da curva
de demanda de mercado para esses bens.
COMENTÁRIOS:
Os estudos científicos que mostram os benefícios do consumo de
produtos orgânicos agem na expectativa e no gosto dos consumidores,
no sentido de aumentar a demanda por esses produtos. Assim, devemos
deslocar toda a curva de demanda para a direita, havendo, portanto,
alteração de sua posição (lembre que somente alterações no preço, em
que há deslocamento ao longo da curva, mantêm a curva no mesmo
lugar).
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GABARITO: ERRADO
(Analista - MPU) - A demanda de um bem normal num mercado
de concorrência perfeita é função decrescente
a) do número de demandantes do bem.
b) do preço dos insumos utilizados em sua fabricação.
c) do preço do bem complementar.
d) do preço do bem substituto.
e) da renda dos consumidores.
COMENTÁRIOS:
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Função decrescente é uma função em que as variáveis caminham em
sentidos opostos, isto é, quando uma aumenta e necessariamente a
outra diminui, e vice-versa. Assim, devemos procurar, dentre as
alternativas, aquela que aumenta e, em razão disso, a demanda diminui;
ou aquela que diminui e, em consequência, a demanda aumenta.
O único item que possui uma relação inversa, indireta ou decrescente em
relação à demanda de um bem normal, conforme quer o enunciado, é o
preço do bem complementar. Quando o preço deste bem (complementar)
aumenta, a sua demanda diminui, provocando também redução na
demanda do bem que lhe é complementar, já que o consumo é
associado. Ou seja, a demanda de um bem normal é função decrescente
do preço do bem complementar: este aumenta e aquela diminui e viceversa.
GABARITO: C
2. OFERTA
A oferta de um bem é simplesmente a quantidade deste bem que os
produtores/vendedores desejam vender a determinado preço, em
determinado período de tempo.
Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de oferta
de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os vendedores
desejam vender à medida que muda o preço unitário.
Nós vimos, no estudo da curva de demanda, que quanto maior for o
preço, menores serão as quantidades demandadas pelos consumidores.
No entanto, do ponto de vista da oferta, devemos mudar a forma de
raciocínio, isto porque quem dita a oferta são os produtores e não mais os
consumidores.
Do ponto de vista dos produtores, quanto maior for o preço de um
bem melhor será. Maiores preços indicam maiores lucros e maiores serão
os incentivos para aumentar a produção. Desta forma, há uma relação
diretamente proporcional entre os preços e as quantidades ofertadas.
Assim, o gráfico da curva de oferta terá inclinação para cima, ascendente,
crescente ou positiva.
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Imagine a seguinte função de oferta (QO = quantidade ofertada e P
= preço) e seu respectivo gráfico:
QO = 1 + 2P
(esta equação é um mero exemplo)
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Preço
s
B
6
Curva de oferta:
QO = 1 + 2P
Figura 10
2
A
13
5
Quantidade
de produtos
Veja que no ponto A o preço é 2 e a quantidade ofertada é 5 (Q O =
1 + 2P  QO = 1 + 2.2 = 5). À medida que aumentamos o preço de 2
para 6, a quantidade ofertada aumentou de 5 para 13 (QO = 1 + 2P  QO
= 1 + 2.6 = 13). Ou seja, enquanto o preço sobe, a quantidade ofertada
sobe. Temos uma relação direta e quando isto acontece, a curva tem sua
inclinação para cima, crescente ou ascendente.
Do ponto de vista algébrico, sabemos que a curva de oferta será
ascendente pelo sinal positivo do número/coeficiente que multiplica as
duas variáveis. Assim, na equação de oferta apresentada, QO = 1 + 2P, o
sinal positivo que acompanha as variáveis QO e P garante a relação direta
entre QO e P, indicando que, quando uma variável aumenta, a outra
também aumenta e vice-versa, orientando, assim, a inclinação crescente
da curva de oferta.
2.1. Fatores que afetam a oferta
Similarmente à demanda, a oferta é influenciada por vários fatores
além do preço:
 Preço do bem: já visto.
00000000000
 Custos de produção: quanto maiores os custos de produção,
menor o estímulo para ofertar o bem ao mesmo nível de preços.
Quanto menores os custos de produção, maior será o estímulo
para ofertar o bem. Como exemplo de custos de produção,
podemos apresentar os tributos, salários dos empregados, taxas
de juros, preço das matérias-primas, etc.
 Tecnologia: o aumento de tecnologia estimula o aumento da
oferta, tendo em vista que o desenvolvimento da tecnologia,
geralmente, implica reduções do custo de produção e aumento
da produtividade.
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 Preços de outros bens: se os preços de outros bens (que usam
o mesmo método de produção) subirem enquanto o preço do
bem X não se altera, obviamente, os produtores procurarão
ofertar aquele bem que possui o maior preço e lhe trará maiores
lucros.
 Outros fatores: aqui, a exemplo da demanda, temos uma
infinidade de fatores que podem alterar a oferta. Apenas para
citar um exemplo, uma superoferta de qualquer produto agrícola
pode ter sido causada por uma excelente safra, devido a boas
condições climáticas no campo. Outro exemplo: a expectativa de
aumento da demanda por um bem também leva os produtores a
aumentar a oferta deste bem, visando maiores lucros (um
produtor, meses antes do Natal, já começa a produzir mais
mercadorias, em razão da expectativa de aumento da demanda
durante o mês de dezembro).
Da mesma maneira que ocorre na curva de demanda, alterações de
preços provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta (ela continua
no mesmo lugar). Alterações nos custos de produção, tecnologia, preços
de outros bens e outros fatores provocam deslocamentos de toda a curva
de oferta.
O método de raciocínio é idêntico ao da curva de demanda. Quando
tivermos alguma alteração no sentido de aumentar a oferta, ela como um
todo será deslocada para a direita, com exceção de alteração nos preços
em que o deslocamento será ao longo da curva. Exemplo: vejamos na
figura 11 o que acontece com a curva de oferta caso o governo decida
fazer um corte de tributos sobre a produção:
O1
Fig.
Após o corte
de tributos
O1
O2
00000000000
P
Q1
Q1
Q2
Observe que fatores que aumentam a oferta provocam
deslocamentos para a direita, assim como ocorre na curva de demanda. A
diferença básica é que, na curva de oferta, além de ser deslocada para a
direita, a curva também é deslocada para baixo. Isto acontece porque a
curva de oferta tem inclinação para cima ou ascendente, já a curva de
demanda tem inclinação para baixo ou descendente.
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Memorize apenas que aumentos de oferta ou de demanda fazem
com que estas curvas se desloquem para a direita, caminhando, no eixo
das abscissas do gráfico, para maiores quantidades demandadas ou
ofertadas.
Se a curva irá para cima ou para baixo, isto dependerá da
inclinação da curva. Como a curva de demanda é descendente, seu
deslocamento será para a direita e para cima. Como a curva de oferta é
ascendente, seu deslocamento será para a direita e para baixo. Caso haja
reduções de oferta ou demanda, o raciocínio é inverso.
3. O EQUILÍBRIO
Agora que estudamos a demanda e oferta de bens, podemos definir
o preço e quantidade de equilíbrio de mercado. É importante destacar que
qualquer resultado do mercado de bens, seja no preço ou quantidade de
equilíbrio, é fruto da interação entre as forças de demanda e oferta.
Parafraseando o economista Alfred Marshall, um dos pioneiros no estudo
da demanda e oferta: “é necessário tanto a demanda como a oferta para
determinar resultados econômicos, da mesma forma como são
necessárias as duas lâminas de uma tesoura para cortar um tecido.”
Pois bem, dadas duas curvas, uma de demanda e outra de oferta, o
preço e a quantidade de equilíbrio estarão exatamente no ponto onde a
demanda iguala a oferta:
Preço
s
Figura 12
Curva de oferta
E
PE
Curva de demanda
00000000000
QE
Quantidade
de produtos
No caso acima, o ponto E é o ponto exato em que, a determinado
nível de preços, PE (Preço de equilíbrio), as quantidades ofertadas são
iguais às quantidades demandadas. Isto quer dizer que o mercado está
em equilíbrio, não há excesso de demanda nem de oferta.
Veja agora o que acontece caso seja praticado um preço menor ou
maior que o preço de equilíbrio:
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Figura 13
PREÇO MENOR
PREÇO MAIOR
Preço
s
Excesso
O
O
P1
E
PE
Escassez
PE
P0
D
QO
QE
QD
D
QD
QE
QO
Quantidade
de produtos
No gráfico da esquerda, temos um preço P0 abaixo do equilíbrio.
Neste caso, a quantidade ofertada QO é menor que a quantidade
demandada QD. A diferença entre a quantidade demandada QD e a
quantidade ofertada QO representa a escassez no mercado deste bem.
Para restabelecer o equilíbrio, o preço deve ser elevado para que a
quantidade ofertada aumente e a quantidade demandada diminua.
No gráfico da direita, temos um preço P1 acima do equilíbrio. Neste
caso, a quantidade ofertada QO é maior que a quantidade demandada QD.
A diferença entre a quantidade ofertada QO e a quantidade demandada QD
representa o excesso no mercado deste bem. Para restabelecer o
equilíbrio, o preço deve ser reduzido para que a quantidade ofertada
diminua e a quantidade demandada aumente.
3.1. Alterando o equilíbrio e a dinâmica de formação dos preços
Agora que sabemos os diversos fatores que alteram a demanda e a
oferta, bem como que o preço e quantidade de equilíbrio são atingidos
quando a oferta iguala a demanda, vamos utilizar os conhecimentos
adquiridos para saber quais os reflexos sobre o preço e quantidade de
equilíbrio após o surgimento de fatores que alteram a demanda ou a
oferta de bens. Veremos apenas alguns exemplos para clarear o
raciocínio.
00000000000
Desde já, gostaria de dizer que não é aconselhável decorar nada do
que será dito, mas apenas aprender o método de raciocínio e a forma
com que as curvas são deslocadas, ora para a direita, ora para a
esquerda. Aprender esta sistemática é a nossa meta, pois é ela que nos
permitirá resolver as questões de prova com maior segurança.
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Exemplo 1: Qual o efeito
bem X, transacionado em
serão estudados com mais
o aumento do preço de um
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sobre preço e quantidade de equilíbrio de um
um mercado competitivo (os mercados ainda
detalhes mais à frente em nosso curso), após
bem Y, substituto de X?
Figura 14
Preço
s
Novo
equilíbrio
O
Equilíbrio
inicial
E2
O
PE2
E1
PE1
PE1
E1
D2
D1
QE1
D1
Quantidade
de produtos
QE1
QE2
Após o aumento de preço de Y, pela lei da demanda, a quantidade
demandada de Y diminui. Como X e Y são substitutos, os consumidores
substituirão o consumo de Y pelo consumo de X, isto é, a demanda de X
aumenta, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de X
para a direita (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento,
temos um novo ponto de equilíbrio E2, onde temos novo preço de
equilíbrio PE2 e nova quantidade de equilíbrio QE2. Conclusão: o aumento
de preço de um bem substituto Y provoca aumento de preços e
quantidades transacionadas do bem X.
Exemplo 2: Qual o efeito sobre preço e quantidade de equilíbrio de um
bem X, transacionado em um mercado competitivo, após o aumento do
preço de um bem Y, complementar de X?
Figura 15
Preço
s
Novo
equilíbrio
00000000000
O
Equilíbrio
inicial
O
E1
PE1
PE1
E1
E2
PE2
D1
D1
QE1
Profs. Heber e Jetro
Quantidade
de produtos
D2
QE2
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QE1
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Após o aumento de preço de Y, pela lei da demanda, a quantidade
demandada de Y diminui. Como X e Y são complementares, os
consumidores, ao diminuírem o consumo de Y, também diminuem o
consumo de X, isto é, a demanda de X diminui, provocando o
deslocamento de toda a curva de demanda de X para a esquerda (de D 1
para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de
equilíbrio E2, onde temos novo preço de equilíbrio PE2 e nova quantidade
de equilíbrio QE2. Conclusão: o aumento de preço de um bem
complementar provoca redução de preços e quantidades transacionadas
do bem X.
Exemplo 3: Qual o efeito sobre preço e quantidade transacionada do
bem X, transacionado num mercado competitivo, após um aumento de
tributação sobre a produção?
Figura 16
Novo
equilíbrio
Preço
s
PE1
Equilíbrio
inicial
O2
O1
O1
PE2
E2
PE1
E1
E1
D
D
QE1
QE2
QE1
Quantidade
de produtos
Aumentos de tributação sobre a produção aumentam os custos de
produção e, como estamos falando em produção, este aumento de
tributos influencia a oferta e não a demanda. Mais precisamente, reduzirá
a oferta. Esta diminuição da oferta provoca deslocamento de toda a curva
de oferta para a esquerda. Observe que, pelo fato da curva de oferta ser
positivamente inclinada, ela será deslocada para a esquerda e para cima
(de O1 para O2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo
ponto de equilíbrio E2, onde temos novo preço e quantidade de equilíbrio,
PE2 e QE2, respectivamente. Conclusão: o aumento de tributação sobre a
produção provoca aumento de preços e redução de quantidades
transacionadas. ( tome cuidado! Se o aumento de tributação for sobre a
renda das pessoas, esta tributação vai alterar a demanda e não a oferta).
00000000000
Exemplo 4: Qual o efeito sobre preço e quantidade transacionada do
bem X, transacionado num mercado competitivo, após o desenvolvimento
de uma nova tecnologia de produção?
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Figura 17
Preço
s
PE1
Novo
equilíbrio
O1
Equilíbrio
inicial
PE1
E1
O1
O2
E1
PE2
E2
D
D
QE1
QE1
Quantidade
de produtos
QE2
Desenvolvimento de tecnologia afeta a produção, desta forma,
influenciará a oferta. Mais precisamente, haverá aumento de oferta e a
curva será deslocada para a direita. Isto acontece pois a tecnologia
diminui os custos e aumenta a produtividade, elevando, assim, a oferta.
Em virtude de a curva ser ascendente, ela, além de se deslocar para a
direita, será deslocada também para baixo (de O1 para O2). Como
resultado, teremos novo preço e quantidade de equilíbrio, PE2 e QE2,
respectivamente. Conclusão: o desenvolvimento de nova tecnologia
provocará
redução
nos
preços
e
aumento
das
quantidades
transacionadas.
Exemplo 5: Quais as consequências de um congelamento de preços,
abaixo do equilíbrio, por parte do governo?
Figura 18
Preço
s
O
Equilíbrio
inicial
PE1
O
Escassez
PE1
E1
E1
00000000000
PE2
O2
D2
D
QE1
Quantidade
de produtos
D
QOF QE1
QDEM
Antes de tudo, devemos atentar para o fato que foi falado tão
somente sobre alteração de preços. Desta forma, não haverá
deslocamento de nenhuma das duas curvas. Haverá, apenas,
deslocamento ao longo das curvas, conforme indicado pelas setas no
gráfico. Assim, quando o preço cai de PE1 para PE2, estaremos, no lado da
oferta, no ponto O2, com as quantidades ofertadas QOF. No lado da
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demanda, estaremos no ponto D2 com as quantidades demandadas QDEM.
Observe que, pelo fato de o preço estar abaixo do equilíbrio 3, as
quantidades demandadas superam as quantidades ofertadas, havendo,
portanto, escassez de bens (vocês se lembram dos congelamentos de
preços na década de 80 e das filas nos açougues, supermercados,
padarias, etc?).
Com estes 05 exemplos, pudemos observar o efeito isolado de um
aumento ou redução da demanda, aumento ou redução da oferta, e
simples alteração de preço. No entanto, preste bem atenção, estes efeitos
não devem ser decorados. Eles foram colocados apenas para efeito de
ilustração do método de raciocínio, e é esta sistemática de raciocínio que
você deve adquirir e, de forma nenhuma, a simples memorização dos
efeitos.
Dica estratégica:
Ao se deparar com um problema em que você
tenha que descobrir, a partir de um
acontecimento, os efeitos sobre o preço e
quantidade de equilíbrio de determinado bem,
siga os passos abaixo:
1 – primeiro, verifique se este acontecimento é uma simples alteração de
preço. Se for, haverá deslocamento ao longo da curva, provocando
escassez se o preço estiver abaixo do equilíbrio, ou excesso se o preço
estiver acima do equilíbrio.
2 – depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta.
Mudanças na renda do consumidor e nos preços de bens que tenham o
consumo relacionado provocam deslocamentos da curva de demanda.
Mudanças nos custos de produção (salários, tributos, taxa de juros,
preços de matérias-primas), tecnologia e nos preços de bens que tenham
a produção relacionada provocam deslocamentos da curva de oferta.
3 – verifique para onde vai determinada curva, se para a direita ou
esquerda. Aumentos, sejam na demanda ou oferta, irão deslocar as
curvas para a direita, no sentido de aumento de quantidades
transacionadas, que estão representados no eixo horizontal, das
abscissas. Reduções, sejam na demanda ou oferta, irão deslocar as
curvas para a esquerda.
00000000000
4 – após deslocar as curvas, verifique, por si só, as consequências sobre
o novo preço e quantidade transacionada do bem.
Esteja habituado a esta sequência e forma de pensar, pois elas são
muito úteis na hora de raciocinar durante as questões.
3
Quando isto acontece o governo fixar um preço limite abaixo do equilíbrio , dizemos que está
ocorrendo uma política de preços máximos. Por outro lado, quando o governo fixa um limite
mínimo de preço, que é fixado acima do equilíbrio, temos uma política de preços mínimos.
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(ECONOMISTA - BNDES) – O gráfico abaixo mostra, em linhas
cheias, as curvas da demanda e da oferta no mercado de maçãs.
Considere que maçãs e pêras são bens substitutos para os
consumidores. Se o preço da pêra aumentar e nenhum outro
determinante da demanda e da oferta de maçãs se alterar, podese afirmar que
(A) a curva de demanda por maçãs se deslocará para uma posição como
AB.
(B) a curva de oferta de maçãs se deslocará para uma posição como CD.
(C) as duas curvas, de demanda e de oferta de maçãs, se deslocarão
para posições como AB e CD.
(D) o preço da maçã tenderá a diminuir.
(E) não haverá alteração no mercado de maçãs.
COMENTÁRIOS:
Se o preço da pêra aumentar, sua demanda será reduzida. Como pêra e
maçã são substitutas no consumo, a redução da demanda de pêra
provocará aumento da demanda de maçãs. Assim, haverá deslocamento
para a direita da curva de demanda de maçãs (segmento AB do gráfico).
00000000000
GABARITO: A
(PETROBRÁS – ECONOMISTA JUNIOR) – A figura abaixo mostra a
demanda (D) e a oferta (S) de maçãs, bem como o preço e a
quantidade de equilíbrio do mercado (p* e q*, respectivamente).
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Suponha que os consumidores considerem a pêra um bem
substituto da maçã. Um aumento do preço da pêra altera
(A) o preço de equilíbrio no mercado de pêras, apenas.
(B) o preço de equilíbrio no mercado de maçãs para um valor maior que
p*.
(C) a quantidade de equilíbrio no mercado de maçãs, para um valor
menor que q*.
(D) a curva de oferta de maçãs, apenas.
(E) a curva de demanda por maçãs para uma posição como AB na figura.
COMENTÁRIOS:
Um aumento do preço da pêra irá reduzir sua demanda e aumentar a
demanda de maçãs, deslocando sua curva de demanda para a direita. O
novo equilíbrio mostrará preços e quantidades de equilíbrio maiores no
mercado de maçãs.
GABARITO: B
(ANTAQ - Especialista em Regulação de Serviços Públicos de
Telecomunicações – Área Economia) Um servidor recém-nomeado
da ANTAQ foi testado pelo seu supervisor, que lhe pediu que
desenhasse um gráfico da curva de oferta de transportes
aquaviários, demonstrando uma elevação na quantidade ofertada
decorrente do aumento de preço desse tipo de serviço. Nessa
situação hipotética, para atender corretamente à solicitação
recebida, o referido servidor deve apresentar um gráfico com
deslocamento da curva de oferta para a direita.
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COMENTÁRIOS:
A simples alteração no preço do serviço provocará deslocamento AO
LONGO da curva, isto é, não haverá deslocamento da curva inteira.
GABARITO: ERRADO
(Analista - MPU) O deslocamento para a esquerda da curva de
oferta de um bem num mercado de concorrência perfeita pode ser
ocasionado, tudo o mais constante, por
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a) uma diminuição do preço do bem substituto.
b) um aumento do número de consumidores do bem.
c) um aumento do preço do bem complementar.
d) uma redução dos preços dos insumos utilizados em sua fabricação.
e) um aumento da tributação indireta.
COMENTÁRIOS:
As alternativas a, b e c deslocam a curva de demanda de um bem e não
a curva de oferta. A redução dos preços dos insumos (assertiva D)
estimula a oferta, deslocando-a para a direita. Por outro lado, o aumento
da tributação indireta desestimula a oferta, deslocando-a para a
esquerda.
Nota  Nós temos a tributação direta e a indireta. A direta é aquela em
que os tributos incidem sobre as pessoas e/ou patrimônio, enquanto a
indireta é aquela em que eles incidem sobre a produção. São exemplos
de tributos diretos: Imposto de renda, IPTU, IPVA, etc. Tributos
indiretos: IPI, ICMS, ISS. Nesse sentido, a tributação que influencia a
oferta é a tributação indireta, uma vez que são os tributos indiretos que
incidem sobre a produção, alterando a oferta. Os tributos diretos alteram
a demanda, através da influência que exercem sobre a renda. Por
exemplo, o aumento da alíquota do Imposto de renda tende a deslocar a
curva de demanda para a esquerda, porque é o mesmo que redução de
renda do consumidor. Assim, os tributos diretos influenciam a demanda,
enquanto os indiretos influenciam a oferta. Se a questão não mencionar
expressamente qual o tipo de tributo, raciocine como sendo tributo
indireto (sobre a produção).
GABARITO: E
(Auditor - ICMS/BA) É um fator que pode concorrer para elevação
do preço de equilíbrio de um determinado bem no mercado:
(A) a redução de tributos indiretos sobre suas vendas.
(B) o aumento de sua produção.
(C) a diminuição da renda dos consumidores.
(D) a concessão de um subsídio à sua produção.
(E) o aumento do preço de um bem substituto.
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Comentários:
Para haver elevação do preço de equilíbrio, deve haver algum destes dois
acontecimentos:
- deslocamento para a direita e para cima da curva de demanda; ou
- deslocamento para a esquerda e para cima da curva de oferta.
Ou seja, deve haver, dentre as alternativas, algum fator que provoque
aumento da demanda ou redução da oferta. A alternativa correta é a
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letra E. O aumento do preço de um substituto faz sua quantidade
demandada ser reduzido. Tendo em vista a substituição no consumo, a
demanda do outro bem - que lhe é substituto – aumenta.
A
A
A
A
letra
letra
letra
letra
“A” nos narra um exemplo de aumento da oferta.
“B” nos narra um exemplo de aumento da oferta.
“C” nos narra um exemplo de redução da demanda.
“D” nos narra um exemplo de aumento da oferta.
Gabarito: E
4. ELASTICIDADES
No início da aula, vimos que a demanda de um bem depende dos
preços, da renda do consumidor, dos preços de bens relacionados e de
outros fatores. De modo semelhante, a oferta de um bem depende dos
preços, dos custos de produção, da tecnologia e igualmente de inúmeros
outros fatores. Também aprendemos a utilizar as curvas de oferta e
demanda para prever como o preço e a quantidade mudam, em virtude
da alteração de inúmeras variáveis.
Por exemplo, se os preços dos computadores aumentam, a
quantidade demandada cairá e a quantidade ofertada de computadores
aumentará. Isto já é algo que intuímos com certa facilidade. Contudo,
muitas vezes desejamos saber quanto vai aumentar ou quanto vai cair a
demanda ou a oferta. Até que ponto a demanda por computadores poderá
ser afetada? Muito ou pouco? Se os preços aumentarem 20%, em
quantos % a quantidade demandada diminuirá? Por outro lado, qual seria
a variação da oferta de computadores se os preços aumentassem
somente 10%, em vez de 20%? Utilizamos as elasticidades para
responder a perguntas como essas.
Em “economês”, elasticidade significa sensibilidade. A
elasticidade mede o quanto uma variável pode ser afetada por outra. Há
muitos tipos de elasticidades e todas envolvem basicamente o mesmo
raciocínio.
00000000000
Em primeiro lugar, elas medem a mudança percentual na
quantidade. Em segundo lugar, a variação de alguma variável
provocou essa mudança percentual a que estamos nos referindo.
Por exemplo, se essa variável foi o preço, e ele provocou uma mudança
na quantidade demandada, temos a elasticidade preço da demanda. Se
essa variável foi a renda, e ela provocou uma mudança na demanda,
temos a elasticidade renda da demanda. Em terceiro lugar, dividimos as
variações percentuais das duas variáveis em análise.
Assim, a elasticidade será sempre a fração ou a divisão do efeito
(mudança percentual na quantidade) pela causa (também medida em
percentual). Por exemplo, suponha que uma mudança de 5% nos preços
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tenha causado um aumento de 15% na oferta. Como ficará a
elasticidade?
No denominador, sempre colocamos a causa; no numerador,
sempre colocamos o efeito ou a consequência. Neste caso, quem causou
a variação na oferta foi o aumento de preços. Então, colocamos a causa
no denominador e o efeito no numerador. Ou seja, teremos a variação
percentual do preço no denominador e a variação percentual da
quantidade ofertada no numerador. Neste exemplo, teremos a seguinte
expressão para a elasticidade preço da oferta (EPO):
Dica estratégica: Lembre-se do seguinte: o efeito na quantidade é
medido em cima (numerador) e a causa na
base (denominador). Segue uma dica de
memorização: “Chegar ao fundo das coisas nos
revela a causa”: fundo = denominador = causa.
Se ainda ficou um pouco um confuso, não se preocupe, pois com as
explicações dentro de cada tipo de elasticidade, a tendência é que o
assunto vá ficando cada vez mais claro. Agora, vejamos em detalhes os
vários tipos de elasticidades.
4.1. ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA (EPD)
Esta é a mais importante das elasticidades. A elasticidade
preço da demanda (EPD) indica a variação percentual da
quantidade demandada de um produto em função da variação
percentual de 1% no seu preço. De modo menos técnico, é a variação
percentual da demanda de um bem em função da variação percentual do
preço. Assim, temos:
00000000000
EPD =
Onde Q significa variação (Q2 – Q1), e % Q significa esta variação
dividida pelo seu valor original para obtermos o percentual desta
variação (exemplo: se tínhamos 20 bens demandados e agora temos 24,
o Q = 24 – 20 = 4, já a variação percentual será % Q = 4/20 = 0,2 ou
20%). Assim, o desenvolvimento da expressão da EPD será:
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EPD =
A elasticidade preço da demanda é geralmente um número
negativo. Quando o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade
demandada em geral cai, e, dessa forma, o valor de Q/ P é negativo, e,
portanto, EPD é um valor negativo. No entanto, é muito cansativo nos
referirmos sempre a uma elasticidade “menos” isso ou “menos” aquilo, o
que faz com que a situação comum seja nos referirmos à magnitude da
elasticidade preço da demanda – isto é, utilizamos o seu valor absoluto,
ou o seu módulo. Por exemplo, se EPD=-1, dizemos simplesmente que a
elasticidade é igual a 1. Isso é muito comum de acontecer nas provas.
Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades
demandadas dos bens A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos
preços:
Tabela 1
Momento 1
Momento 2
Demanda de A
PA
QDA
10
100
11
80
Demanda de B
PB
QDB
10
100
11
95
Demanda de C
PC
QDC
10
100
11
90
Veja que, em todos os casos, aumentamos os preços dos produtos
em 10%, mas as variações nas quantidades demandadas foram
diferentes. Isto significa que as elasticidades são diferentes para os três
bens, afinal a demanda de cada bem reage de um jeito diferente às
variações nos preços. Segue abaixo o cálculo das elasticidades:
DEMANDA ELÁSTICA,
EPD > 1
EPDA =
EPDB =
EPDC
00000000000
DEMANDA INELÁSTICA,
EPD < 1
ELASTICIDADE UNITÁRIA,
EPD = 1
=
Veja que, dos três bens, o mais sensível à variação de preços é o
bem A. O aumento de 10% nos preços reduziu as quantidades
demandadas em 20%, ou seja, há bastante sensibilidade. Quando a EPD é
maior que 1, isto é, a queda nas quantidades demandadas é
percentualmente superior ao aumento de preços, dizemos que a demanda
é elástica aos preços.
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Já com relação ao bem B, o aumento de 10% nos preços provocou
redução de 5% nas quantidades demandadas, ou seja, há pouca
sensibilidade. Quando EPD é menor que 1, isto é, a queda nas quantidades
demandadas é percentualmente inferior ao aumento de preços, dizemos
que a demanda é inelástica aos preços.
Quando EPD é igual 1, isto é, a queda nas quantidades demandadas
é percentualmente igual ao aumento de preços, dizemos que a
elasticidade preço da demanda é unitária. É importante ressaltar que o
mesmo raciocínio é válido para reduções nos preços, com a diferença, é
claro, que tais reduções provocarão aumento nas quantidades
demandadas ao invés de diminuição.
As razões pelas quais as elasticidades preço demanda variam de um
bem para outro são as mais variadas possíveis. Podemos estabelecer as
seguintes relações existentes entre os bens e suas respectivas
elasticidades:
 Quanto mais essencial o bem, mais inelástica (ou menos
elástico) será a sua demanda: se o bem for essencial para o
consumidor, aumentos de preço irão provocar pouca redução de
demanda, ou seja, EPD será menor que 1. Imagine, por exemplo, a
insulina – remédio para tratar o diabetes. É evidente que se o preço
deste bem aumentar não haverá muita variação na demanda, pois é
um bem essencial para aquelas pessoas que o consomem.
 Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será a sua
demanda: se o bem tiver muitos substitutos, o aumento de seus
preços fará com que os consumidores adquiram os bens substitutos,
desta forma, a diminuição das quantidades demandadas será grande.
Imagine, por exemplo, a margarina. Se o preço dela aumentar,
naturalmente, as pessoas irão consumir mais manteiga, de modo que
a diminuição das quantidades demandadas de margarina será
grande, ou seja, há alta elasticidade em caso da existência de bens
substitutos.
00000000000
 Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais inelástica
será a demanda do bem: uma caneta das mais simples custa R$
1,00 e pode durar bastante tempo. Se seu preço aumentar para R$
1,30, seu consumo não diminuirá significativamente, pois o produto é
muito barato, quase irrelevante no orçamento das famílias. Por outro
lado, se o preço dos automóveis aumentar 30%, haverá grande
redução das quantidades demandadas.
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 No longo prazo, a elasticidade preço da demanda tende a ser
mais elevada que no curto prazo: um aumento de preços de
determinado produto pode não causar significativas mudanças nas
quantidades demandadas, a curto prazo, pois os consumidores levam
um tempo para se ajustar ou para encontrar produtos substitutos.
Por exemplo, se o preço do feijão aumentar, é possível que no curto
prazo não haja grandes variações na demanda; entretanto, no longo
prazo, as donas de casa já terão desenvolvido novas receitas que
não usem mais o feijão ou descoberto produtos substitutos (a
lentilha, por exemplo). Desta forma, no longo prazo, o Q será bem
maior, indicando maiores elasticidades no longo prazo.
 Quanto maior o número de possibilidades de usos de uma
mercadoria, tanto maior será sua elasticidade: se um produto
possui muitos usos, então, será natural que o número de substitutos
que ele possui também seja alto, pois em cada uso que ele possui
haverá alguns substitutos. No total, então, se um produto possui
muitos usos, haverá um grande número de substitutos. Assim,
quanto mais usos tem um bem, maior é a sua elasticidade, pois mais
substitutos ele terá. Por exemplo, um produto como a lã - que é
usada na produção de roupas, tapetes, estofamentos, e outros - terá,
para cada uso que possui, alguns substitutos. Se somarmos todos os
seus usos, haverá, no total, muitos substitutos, o que aumenta a sua
elasticidade.
4.1.1. A elasticidade preço da demanda e o gráfico da demanda
Para fins “didáticos”, utilizamos curvas menos inclinadas (mais
deitadas ou horizontais) para indicar alta elasticidade, e curvas mais
inclinadas (mais verticais) para indicar pouca elasticidade. Veja abaixo:
CURVAS DE DEMANDA ELÁSTICA E INELÁSTICA
Figura 19
00000000000
Preço
s
P=P2 - P1
P1
Q=Q2 - Q1
P2
Q=Q2 - Q1
Q1
Q2
Quantidade
de produtos
a) DEMANDA ELÁSTICA
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Q1 Q2
b) DEMANDA INELÁSTICA
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Veja que, na curva “a”, uma pequena alteração nos preços ( P
pequeno) causou uma grande alteração nas quantidades demandadas
( Q grande). Na curva “b”, esta mesma alteração de preço causou uma
alteração nas quantidades demandadas bem menor ( Q pequeno). Isto é,
na curva “a”, a elasticidade preço da demanda é alta, enquanto na curva
“b”, a elasticidade é baixa.
Isto que eu ensinei é um pouco errado e, como eu disse
inicialmente, aplica-se somente para fins didáticos. No próximo tópico,
nós entenderemos porque é errado. Mas, agora, o importante é que você
entenda que, para fins didáticos, representamos curvas planas quando
queremos mostrar alta elasticidade, e curvas mais verticais quando
queremos representar baixa elasticidade.
4.1.2. A elasticidade preço e a demanda linear
Apesar do que falamos no item precedente sobre curvas planas e
verticais representando alta e baixa elasticidade, respectivamente, isto
não é correto do ponto de vista técnico, matemático. Nós usamos este
artifício apenas para fins didáticos.
A mesma curva de demanda geralmente apresenta várias
elasticidades. Por exemplo, suponha a equação da demanda Q = 14 – 2P,
representada na figura 20. Para esta demanda linear4, uma variação
unitária nos preços induz à mesma resposta em termos de quantidades
demandadas. Um aumento/redução de R$ 1,00 causará uma
redução/aumento de 2 quantidades demandadas em qualquer lugar da
curva. Veja:
Figura 20
Preços
A
6
5
4
00000000000
3
B
2
1
2
4
6
8
10
12
Quantidades
4
Demanda linear é aquela cuja representação gráfica é uma linha reta, que é derivada de uma
equação de 1º grau. Ao mesmo tempo, observe que a reta (ou linha) apresentada na figura é a
representação gráfica da equação da demanda que colocamos como exemplo: Q=14 2P.
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Entretanto, as mesmas respostas ao longo da curva em termos de
variações unitárias não implicam variações percentuais iguais. Para
clarificar, observe o ponto A da figura 2. Um declínio de R$ 1 nos preços,
quando a base é R$ 6, representa uma redução de 17% nos preços
(1/6=0,167), enquanto um acréscimo de 2 produtos demandados,
quando a base é 2, representa um aumento de 100% na demanda. Ou
seja, no ponto A, ao reduzirmos os preços em R$ 1,00, a elasticidade é
alta (EPDA = % Q/% P = 100/17 6).
No ponto B, um declínio de R$ 1 nos preços, quando a base é R$ 2,
representa uma redução de 50% nos preços (1/2=0,5), enquanto um
acréscimo de 2 produtos demandados, quando a base é 10, representa
um aumento de 20% na demanda (2/10=0,2). Ou seja, no ponto B, a
elasticidade é baixa (EPDB = % Q/% P = 20/50 0,4).
Assim, a extremidade superior de uma curva de demanda em linha
reta mostrará uma elasticidade maior do que a extremidade inferior. Além
disto, uma curva de demanda linear será elástica em certas extensões e
inelástica em outras, conforme é mostrado na figura 21:
Figura 21
Preços
A
EPD= ∞
EPD > 1  Demanda elástica
OA/2
EPD = 1
C
EPD < 1  Demanda inelástica
O
OB/2
B
EPD= 0
Quantidades
00000000000
No ponto A da curva, ao preço onde a quantidade demandada é
igual a zero5, temos a máxima elasticidade possível (EPD=∞), enquanto
no ponto B da curva temos a menor elasticidade possível (EPD=0). No
ponto C, ponto médio da curva, temos elasticidade unitária (EPD=1). Estas
relações são válidas para qualquer demanda linear (a demanda precisa
ser linear, ou seja, temos uma “curva” de demanda que é, na verdade,
uma linha reta).
E
preço proibitivo
dade demandada pelos
consumidores é igual a zero. Ou seja, é o preço que proíbe o consumo, ou ainda, é o valor de P que
torna Q=0.
5
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4.1.3. Casos especiais da elasticidade preço da demanda
A figura 22 apresenta dois casos especiais da elasticidade preço da
demanda. São casos que fogem à regra. O gráfico 22.a apresenta uma
curva de demanda infinitamente elástica (EPD=∞). Neste caso, os
consumidores vão adquirir a quantidade que puderem (qualquer
quantidade) a determinado preço, P*. No caso de um ínfimo aumento nos
preços, a quantidade demandada cai a zero (grande diminuição da
quantidade demandada  % Q grande e % P pequena); da mesma
maneira, para qualquer ínfima redução de preço, a quantidade
demandada aumenta de forma ilimitada (% Q grande e % P pequeno).
Nos dois casos, teremos uma % Q bastante alto dividida por uma ínfima
% P, de tal forma que EPD será bastante alta, tendendo ao infinito.
O gráfico 22.b apresenta uma curva de demanda completamente
inelástica, os consumidores adquirirão uma quantidade fixa Q*, qualquer
que seja o preço (como as quantidades demandadas serão sempre Q*,
% Q=0  como % Q é 0, EPD será 0 também).
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
Figura 22
Preço
s
P*
D
E
D
a) DEMANDA
INFINITAMENTE ELÁSTICA
Qtde
00000000000
E
Q*
b) DEMANDA
COMPLETAMENTE INELÁSTICA
Estes dois conceitos são bastante teóricos e é bastante difícil
visualizar algum exemplo prático. No caso da demanda infinitamente
elástica, podemos imaginar um produto com muitos substitutos e que
seja transacionado em um mercado com altíssimo grau de concorrência
entre as firmas produtoras, em que qualquer aumento de preço fará com
que o produto perca toda sua demanda.
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No caso da demanda completamente inelástica (também chamada
de demanda anelástica6), podemos exemplificar através da visualização
de um remédio que não possui substitutos e que, caso os pacientes não o
tomem, a morte será certa. Assim, o mercado consumidor deste remédio
consumirá sempre a mesma quantidade, Q*, a qualquer nível de preços.
4.1.4. Relação entre EPD e a Receita Total (RT) das firmas
A receita/renda total dos produtores (RT) ou das firmas corresponde
às quantidades vendidas (Q) multiplicadas pelos seus respectivos preços
(P). Logo, RT = P x Q. Vale ressaltar que a RT é o mesmo que dispêndio
total dos consumidores (DT), já que o valor total que os consumidores
gastam é igual àquele que os produtores auferem de receita. Assim,
RT=DT e as considerações entre a EPD e a RT são as mesmas entre EPD e
DT. Seguem abaixo as relações entre a RT e a EPD:
 Demanda elástica: se a demanda do bem é elástica (sensível à
variação dos preços), um aumento do preço reduzirá a receita
total das firmas. Como EPD>1, qualquer aumento percentual de
preços provocará uma redução percentual maior nas quantidades
demandadas. Pegue como exemplo o bem A da tabela 1, cuja EPD é
maior que 1, portanto, elástica. No momento 1, temos
RT=100x10=1000. No momento 2, temos RT=11x80=880. Esta
redução na RT aconteceu porque a redução percentual nas
quantidades demandadas (-20%) foi maior que o aumento
percentual no preço (+10%), devido ao fato da demanda ser elástica
(EPD>1). O raciocínio inverso também é válido: uma diminuição do
preço elevará a receita total das firmas, pois o aumento percentual
das quantidades demandadas será maior que a redução percentual
dos preços.
 Demanda inelástica: se a demanda do bem é inelástica (pouco
sensível à variação dos preços), um aumento do preço
aumentará a receita total das firmas. Como EPD<1, qualquer
aumento percentual de preços provocará uma redução percentual
menor nas quantidades demandadas. Pegue como exemplo o bem B
da tabela 1, cuja EPD é menor que 1, portanto, inelástica. No
momento 1, temos RT=10x100=1000. No momento 2, temos
RT=11x95=1045. Este aumento na RT aconteceu porque o aumento
percentual dos preços (+10%) foi maior que a redução percentual
das quantidades demandadas (-5%), devido ao fato da demanda ser
00000000000
6
Cuidado para não confundir demanda anelástica com demanda inelástica. Anelasticidade significa
ausência de elasticidade (completamente inelástica), enquanto inelasticidade significa elasticidade
menor que a unidade (EPD<1).
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inelástica (EPD<1). O raciocínio inverso funciona da mesma maneira:
uma redução de preços diminuirá a receita total, pois a redução
percentual dos preços será maior que o aumento percentual das
quantidades demandadas.
 Demanda com elasticidade unitária: se a elasticidade é
unitária, a variação percentual do preço é igual à variação
percentual das quantidades demandadas, de tal maneira que
não há alteração na receita total quando variamos os preços.
Pegue como exemplo o bem C da tabela 1. No momento 1, temos
RT=1000. No momento 2, temos RT=11x90=990 1000 (o motivo
das RTs não terem sido exatamente iguais deve-se ao fato de
estarmos usando a maneira mais simples de calcularmos a EPD a
partir de dados extraídos de tabela, e não a maneira mais precisa,
que envolve o uso das derivadas e de equações da demanda. Este
cálculo mais preciso não é necessário para o nosso estudo, pelo
menos por enquanto). Como conclusão, alterações de preços de bens
com elasticidade unitária não provocam alterações na receita total
dos produtores.
4.2. ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA (ERD)
A elasticidade renda da demanda mede a sensibilidade da
demanda a mudanças de renda. Ela indica a variação percentual
da quantidade demandada de um bem em função da variação
percentual de 1% na renda. Ou em outras palavras, de modo menos
técnico e mais prático, é a variação percentual da demanda de um bem
em função da variação percentual da renda. Assim, temos:
ERD =
Onde R é a renda. Desenvolvendo a fórmula, temos:
00000000000
ERD =
A princípio, podem parecer complicadas estas fórmulas, mas, em se
tratando de elasticidades, lembre-se sempre de que no numerador
teremos sempre a variação percentual das quantidades. Isto vale
para toda a elasticidade, seja da demanda ou da oferta. O que mudará,
em cada caso, é que às vezes teremos quantidades demandadas, outras
vezes, quantidades ofertadas. Nesse caso (elasticidade renda da
demanda), teremos a variação percentual das quantidades demandadas
no numerador, pois estamos falando da elasticidade renda da demanda.
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No denominador, temos a causa da alteração da demanda. A causa, nesta
situação, é a alteração da renda. Então, na fórmula da elasticidade renda
da demanda, ficamos com a alteração percentual da demanda no
numerador e a alteração percentual da renda no denominador.
O coeficiente (o número) que expressa a elasticidade renda da
demanda pode ser positivo, negativo ou nulo. Dependendo do valor,
podemos inferir algumas conclusões acerca do bem.
Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades
demandadas dos bens A, B, C e D quando aumentamos a renda de seus
consumidores:
Tabela 2
Momento 1
Momento 2
Bem A
RA
QDA
100 1000
110 1050
Quantidade
Bem B
RB
QDB
100
1000
110
1150
demandada
Bem C
RC
QDC
100
1000
110
1100
Bem D
RD
QDD
100
1000
110
900
Veja que, em todos os casos, aumentamos a renda dos
consumidores em 10% (de 100 para 110), mas as variações nas
quantidades demandadas foram diferentes. Isto significa que as
elasticidades renda são diferentes para os quatro produtos, já que cada
um reage de um jeito diferente às variações na renda de seu consumidor.
Seguem os cálculos da ERD para cada bem:
ERDA =
ERDB =
00000000000
ERDC =
ERDD =
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Veja que, para os bens A, B e C, a elevação da renda provocou
aumento da demanda, porém em intensidades diferentes. Quando o
aumento de renda provoca aumento na demanda e, por conseguinte, a
ERD é maior que ZERO, dizemos que o bem é normal. É o caso dos bens
A, B e C.
Por outro lado, quando o aumento de renda leva à redução da
demanda e, por conseguinte, a ERD é menor que ZERO, dizemos que o
bem é inferior. É o caso do bem D. Assim:
 Se ERD > 0, então o bem é normal;
 Se ERD < 0, então o bem é inferior.
Ainda em relação aos bens normais, dependendo do valor do
coeficiente da elasticidade renda, podemos chegar a outras conclusões.
Se ERD>1, isto significa que o aumento de renda provoca um
aumento na demanda mais que proporcional ao aumento na renda. Em
outras palavras, o aumento na demanda é percentualmente maior que o
aumento na renda. É o caso do bem B, onde um aumento de 10% na
renda provocou aumento de 15% na quantidade demandada. Estes bens
com ERD>1 são chamados de bens superiores (ou bens de luxo).
Geralmente bens supérfluos, como joias e casacos de pele, por exemplo,
possuem ERD>1. Ao mesmo tempo, dizemos que a demanda por esse bem
é elástica em relação à renda7. Apenas para finalizar em relação a estes
bens, vale frisar que à medida que a renda aumenta, a participação do
consumo destes bens no orçamento do consumidor aumenta8.
Se ERD<1 – e, ao mesmo tempo, maior que ZERO –, isto significa
que o aumento de renda provoca um aumento na demanda, mas este
aumento na demanda é percentualmente menor que o aumento da renda.
É o caso do bem A, onde um aumento de 10% na renda provocou
aumento de apenas 5% na demanda. Neste caso, dizemos que a
demanda é inelástica à renda.
Se ERD=1, isto significa que a demanda por esse bem tem
elasticidade unitária à renda. Ou ainda, o bem tem elasticidade-renda
unitária, o que é a mesma coisa dita de outra maneira.
00000000000
Vale destacar que qualquer bem com ERD>0 será bem normal.
Assim, um bem de luxo (ou bem superior), com ERD>1, nada mais é que
um tipo de bem normal.
7
O raciocínio é o mesmo daquele apresentado no estudo da elasticidade preço da demanda. O que
muda agora é que a elasticidade é em relação à renda, e não mais em relação ao preço. Assim, caso
ERD>1, a demanda é elástica à renda, e não mais aos preços.
8
Isto é verificado pelo fato de que a quantidade demandada do bem aumenta em uma proporção
maior que a renda, quando ERD>1. Logo, a participação do consumo daquele bem no orçamento
daquele consumidor será aumentada quando a renda se elevar.
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Se ERD<0, isto significa que o aumento de renda provoca redução
na demanda do bem. É o caso do bem D, onde um aumento de 10% na
renda provocou redução de 10% na demanda. Neste caso, dizemos que o
bem tem elasticidade renda da demanda negativa. Estes bens são
chamados de bens inferiores. É o caso, por exemplo, de produtos de
baixa qualidade ou baixo valor agregado.
Temos, ainda, finalizando, o caso da elasticidade renda igual a
ZERO (ERD=0). No caso do coeficiente da elasticidade ser nulo, diz-se que
demanda é perfeitamente inelástica (ou anelástica) à renda. Isto é, a
demanda permanece constante, independente de qualquer alteração na
renda do consumidor. Estes bens são chamados de bens de consumo
saciado. Temos, como exemplo mais próximo dessa situação, o sal de
cozinha e a pimenta. São bens cujo consumo ou demanda não se altera
em resposta a mudanças na renda do consumidor.
Resumindo, então:
Valor de ERD
ERD > 1
0 < ERD < 1
ERD = 1
ERD > 0
ERD < 0
ERD = 0












Situação
Bem superior ou de luxo
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem inferior
Elasticidade renda da demanda
Bem de consumo saciado
Elasticidade renda da demanda
elástica
inelástica
unitária
positiva
negativa
nula
4.3. ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA (EXY)
00000000000
Conforme aprendemos ao longo da aula, a quantidade demandada
de uma particular mercadoria é afetada não somente pelo seu preço ou
pela renda do consumidor, mas também pelo preço dos bens relacionados
a ela. Se os bens estão relacionados, então eles são classificados como
substitutos ou complementares. A mudança no preço de um bem, caso
ele seja substituto ou complementar, pode afetar a quantidade
demandada de outro bem.
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a
mudança no preço de um produto provoca na quantidade demandada de
outro produto, coeteris paribus. Se tivermos dois bens, X e Y, a
elasticidade-preço cruzada da demanda será:
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Exy =
No caso acima, estamos mensurando qual o efeito que variações no
preço de Y provocam nas quantidades demandadas de X. Embora pareça
confuso, lembro-lhes mais uma vez que todas as fórmulas das
elasticidades têm como numerador a variação percentual de quantidades
e, no denominador, a variação percentual do fator (neste caso, é o preço
do bem relacionado – o preço de Y) que provoca alteração nas
quantidades.
De acordo com o sinal do coeficiente, os bens podem ser
classificados em substitutos, complementares e independentes.
a) EXY > 0, bens substitutos
Exemplo: um aumento no preço de Y provoca uma elevação9 na
quantidade demandada do bem X. Suponha que o preço do bem Y se
eleve de R$ 1,00 para R$ 1,50, provocando um aumento na quantidade
demandada do bem X de 10 para 12 unidades. Teremos:
Exy =
Esse resultado indica que EXY>0, portanto, X e Y são bens
substitutos. Neste exemplo, um aumento de, digamos, 10% no preço de
Y provoca um aumento de 4% na quantidade demandada de X, coeteris
paribus (com todos os outros fatores que influenciam a demanda
permanecendo constante).
Dados retirados da economia norte-americana, por exemplo,
mostram que a elasticidade-preço cruzada entre Coca-cola e Pepsi,
quando o preço da Coca-cola muda, é de 0,80. Isto é, quando o preço da
Coca-cola aumenta 10%, a quantidade demandada de Pepsi aumenta em
8%. Aliás, não é necessário realizar pesquisas, nem estudar Economia,
para saber que estes bens são substitutos, de tal maneira que a
elasticidade cruzada entre Coca e Pepsi será positiva.
00000000000
Quanto maior o valor da elasticidade cruzada de bens substitutos,
maior é o grau de substituibilidade entre os bens. Por exemplo, o valor da
elasticidade cruzada entre Coca-cola e Pepsi deve ser bem maior que o
valor da elasticidade cruzada entre Coca-cola e Whisky, indicando que
estes últimos não são tão substitutos quanto Coca e Pepsi.
9
Pela lei da demanda, um aumento no preço de Y reduz a sua demanda. Como X e Y são substitutos
no consumo, as pessoas demandarão maiores quantidades de X, como resposta ao aumento de
preços do bem Y.
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b) EXY < 0, bens complementares
Exemplo: um aumento no preço de Y provoca uma redução10 na
quantidade demandada do bem X. Suponha que o preço do bem Y se
eleve de R$ 1,00 para R$ 1,50, provocando uma redução na quantidade
demandada do bem X de 10 para 08 unidades. Teremos:
Exy =
Esse resultado indica que EXY<0, portanto, X e Y são bens
complementares. Um aumento de, por exemplo, 10% no preço de Y
provoca uma redução de 4% na quantidade demandada de X, coeteris
paribus (com todos os outros fatores que influenciam a demanda
permanecendo constante).
Dados retirados da economia norte-americana, por exemplo,
mostram que a elasticidade-preço cruzada entre Alimentos e
Entretenimento, quando o preço da Alimentação muda, é de –0,72,
indicando uma complementaridade no consumo de Alimentação e
Entretenimento. Isto é, divertir-se mais (entretenimento) está associado
a aumentar o consumo de Alimentação, e vice-versa, de tal maneira que
a elasticidade cruzada entre alimentos e entretenimento será negativa.
Quanto maior é o valor absoluto (módulo) da elasticidade cruzada
da demanda de dois bens, maior é o grau de complementariedade entre
os bens. Por outro lado, quanto mais próximo de zero é o valor da
elasticidade cruzada da demanda entre dois bens, menor é o grau de
complementariedade.
c) EXY = 0, bens independentes
Quando o aumento no preço de Y não provoca nenhuma alteração
na quantidade demandada do bem X, estes bens são de consumo
independente. Em palavras mais informais: o consumo de um não tem
nada a ver com o consumo do outro.
00000000000
Suponha que o preço do feijão se eleve de R$ 2,00 para R$ 3,00 o
Kg. Mesmo após essa elevação do preço do feijão, a quantidade
demandada de Ferraris continuará em, digamos, 100 unidades ao ano no
Brasil. Assim:
10
Pela lei da demanda, um aumento no preço de Y reduz a sua demanda. Como X e Y são
complementares no consumo, as pessoas demandarão também menores quantidades de X, já que o
consumo de um pressupõe o consumo do outro.
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Exy =
ç
ã
Como EXY=0, feijão e Ferrari são bens independentes.
Então, resumindo:
Valor de EXY
EXY > 0
EXY < 0
EXY = 0
Relação entre X e Y
 Bens substitutos
 Bens complementares
 Bens independentes
4.4. ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA (EPO)
Aqui, o raciocínio é semelhante (na verdade, quase igual!) àquele
feito na análise da elasticidade preço da demanda. A diferença é que a
elasticidade preço da oferta mede a sensibilidade da quantidade
ofertada em resposta a mudanças de preço. A fórmula é a mesma, com
a ressalva de que no numerador temos, em vez de as quantidades
demandadas, as quantidades ofertadas. Assim:
EPO =
Onde % QO significa variação percentual das quantidades ofertadas
e % P significa variação percentual dos preços. Ao contrário da EPD, em
que temos resultados negativos e usamos o módulo do coeficiente para
expressar a elasticidade, na EPO, o resultado é naturalmente positivo, já
que há uma relação direta entre os preços dos produtos e as quantidades
ofertadas. Quanto o preço aumenta, a quantidade ofertada também
aumenta, e vice-versa.
Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades
ofertadas de A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos preços:
00000000000
Tabela 3
Momento 1
Momento 2
Oferta
PA
10
11
de A
QOA
100
120
Oferta de B
PB
QOB
10
100
11
105
Oferta de C
PC
QOC
10
100
11
110
Em todos os casos, aumentamos os preços dos produtos em 10%,
mas as variações na oferta foram diferentes, em virtude de distintas
sensibilidades (elasticidades). Seguem os cálculos:
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OFERTA ELÁSTICA,
EPO > 1
EPOA =
EPOB =
OFERTA INELÁSTICA,
EPO < 1
EPOC =
ELASTICIDADE UNITÁRIA,
EPO = 1
Casos especiais da elasticidade preço da oferta
A figura 23 apresenta dois casos especiais da elasticidade preço da
oferta. O gráfico 23.a apresenta uma curva de oferta infinitamente
elástica (EPD=∞). Neste caso, os produtores vão ofertar a quantidade que
puderem (qualquer quantidade) a determinado preço, P*. No caso de
uma ínfima redução nos preços, a quantidade ofertada cai a zero (grande
diminuição da quantidade ofertada  Q grande e P pequeno); da
mesma maneira, para qualquer ínfimo aumento de preço, a quantidade
ofertada aumenta de forma ilimitada ( Q grande e P pequeno). Nos dois
casos, teremos um Q bastante alto dividido por um P ínfimo, de forma
que EPO será bastante alta, tendendo ao infinito.
O gráfico 23.b apresenta uma curva de oferta completamente
inelástica (anelástica), os produtores ofertarão uma quantidade fixa Q*,
qualquer que seja o preço (como as quantidades ofertadas serão sempre
Q*, Q será sempre igual a 0  como Q=0, EPO será 0 também).
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA
00000000000
Figura 23
Preço
s
O
O
P*
a) OFERTA
INFINITAMENTE ELÁSTICA
Profs. Heber e Jetro
Qtde
Q*
b) OFERTA
COMPLETAMENTE INELÁSTICA
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A elasticidade da oferta e o tempo
Assim como na demanda, a oferta tende a ser mais elástica no
longo prazo. Caso haja alguma alteração de preços, no curto/curtíssimo
prazo, nem sempre é possível aos produtores ajustarem a oferta dos
produtos. Na agricultura, por exemplo, os fazendeiros podem esperar até
um ano ou mais para ajustar a quantidade ofertada de seus produtos
agrícolas, em virtude das épocas de plantio, colheita e venda. Assim,
durante esse curto intervalo de tempo em que não é possível ajustar a
oferta, ela será inelástica.
Em longo prazo, a resposta em quantidade ofertada para uma
alteração de preços é maior, porque em período mais longo os produtores
podem variar os seus recursos produtivos, aumentando/diminuindo a
produção conforme a necessidade. Logo, concluímos que quanto maior for
o período de tempo, maior deverá ser a elasticidade da oferta.
A elasticidade preço da oferta e a oferta linear
Nós vimos que demandas lineares apresentam, ao longo de suas
curvas, infinitos valores de elasticidade. Esses valores podem variar de 0
a ∞, dependendo da posição em que se esteja na curva (reta) de
demanda.
Quando a oferta é linear, contudo, isso ocorre de modo diferente,
conforme a figura abaixo:
Figura 24
Preços
(p)
EPO > 1  Oferta elástica
00000000000
EPO = 1  Elasticidade unitária e constante
EPO < 1  Oferta inelástica
p>0
A
Quantidades
O
p<0
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B
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Veja que, no caso da oferta linear, o valor da elasticidade
dependerá do valor do intercepto da curva de oferta no eixo onde está o
preço (eixo vertical). A regra é simples:
 Se o intercepto for positivo (a curva de oferta intercepta o eixo
de preços quando p>0), a oferta será elástica. É o caso da curva de oferta
que passa pelo ponto A. Como o preço que está no ponto A é um valor
positivo, a oferta é elástica em qualquer ponto da curva de oferta.
 Se o intercepto for negativo (a curva de oferta intercepta o eixo
de preços quando p<0), a oferta será inelástica. É o caso da curva de
oferta que passa pelo ponto B. Como o preço que está no ponto B é um
valor negativo, a oferta é inelástica em qualquer ponto da curva de
oferta.
 Se o intercepto da curva de oferta passar pela origem do gráfico
(ponto O, quando p=0 e q=0), a elasticidade será unitária e constante.
Ou seja, em qualquer ponto da curva de oferta, teremos EPO=1.
Importante ressaltar que nos casos em que a oferta é elástica ou
inelástica, a elasticidade é variável ao longo da curva. Ela só será
constante no caso em que a oferta passa pela origem do gráfico. Outro
importante aviso é que estas regras dependem apenas do valor do
intercepto da curva de oferta. Ou seja, não importa se as curvas são
muito ou pouco inclinadas. Assim, uma curva que passa pelo ponto O,
terá EPO=1, independente de sua inclinação. Veja:
Figura 25
EPO = 1  Elasticidade unitária e constante
para as duas curvas de oferta. Observe que
isso ocorre pelo simples fato das duas
curvas interceptarem a origem do gráfico,
independente da inclinação das mesmas.
Preços
00000000000
Quantidades
O
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(Analista - MPU) Quanto à função demanda, é correto afirmar:
a) uma diminuição do preço do bem, tudo mais constante, implicará
aumento no dispêndio do consumidor com o bem, se a demanda for
elástica em relação a variações no preço desse bem.
b) se essa função for representada por uma linha reta paralela ao eixo
dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita.
c) se essa função for representada por uma linha reta negativamente
inclinada, o coeficiente de elasticidade- preço será constante ao longo de
toda essa reta.
d) se a demanda for absolutamente inelástica com relação a modificações
no preço do bem, a função demanda será representada por uma reta
paralela ao eixo das quantidades.
e) uma diminuição do preço do bem deixará inalterada a quantidade
demandada do bem, a menos que também seja diminuída a renda
nominal do consumidor.
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas.
a) Correta. Em primeiro lugar, as considerações realizadas no decorrer
da aula entre a receita total dos produtores (RT) e a EPD valem também
para a relação entre o dispêndio total do consumidor (DT) e a EPD, isto
porque RT=DT. A redução do preço do bem provocará aumento da
quantidade demandada. Se a demanda é elástica (EPD>1), a quantidade
demandada aumentará em percentual maior que a redução de preço, de
forma que o dispêndio do consumidor será aumentado. Como DT=PxQ, e
Q aumenta em proporção maior que a redução de P, DT aumentará.
00000000000
b) Incorreta. Neste caso, a EPD=0. Ver figura 22, b.
c) Incorreta. A curva de demanda linear tem EPD variável ao longo de
toda a sua reta.
d) Incorreta. Quando a EPD é absolutamente inelástica, a curva de
demanda é paralela ao eixo dos preços.
e) Incorreta. A redução do preço tende a aumentar a quantidade
demandada, salvo se EPD=0 ou for bem de Giffen. Como não foi feita
nenhuma ressalva, a assertiva está errada.
GABARITO: A
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(REFAP – ECONOMISTA JUNIOR) A elasticidade renda da
demanda por certo bem é menor que 1. Isso significa,
necessariamente, que:
(A) aumentos na renda diminuem a quantidade demandada do bem.
(B) aumentos da renda aumentam a quantidade demandada do bem.
(C) a variação percentual da quantidade demandada do bem é menor
que o aumento percentual da renda.
(D) o bem é superior.
(E) o bem é inferior.
COMENTÁRIOS:
Se a ERD<1, podemos ter as seguintes situações:
0<ERD<1
ERD<0
ERD=0
 bem normal
 bem inferior
 bem de consumo saciado
Assim, simplesmente com a informação de que a ERD<1, não podemos
afirmar, com certeza, se o bem é inferior (veja que o enunciado usou a
palavra necessariamente). A alternativa E está incorreta, portanto.
A alternativa D também está incorreta, pois quando o bem é superior (ou
de luxo), a ERD>1.
A alternativa A está incorreta, pois quando ERD<1, pode haver casos em
que aumentos na renda aumentam a quantidade demandada do bem
(isso ocorre quando ERD>0).
A alternativa B está incorreta, pois quando ERD<1, pode haver casos em
que aumentos da renda diminuem a quantidade demandada do bem (isso
ocorre quando ERD<0).
A alternativa C é a única correta. Se ERD=
e ERD<1, então,
00000000000
necessariamente, a variação percentual da quantidade demandada do
bem deve ser menor que a variação percentual da renda (o numerador
deve ser menor que o denominador para que ERD seja menor que 1).
GABARITO: C
(ECONOMISTA – MPE/AM) - Num sistema econômico hipotético,
um setor industrial produz os bens A e B. Em decorrência do
aumento da alíquota do Imposto de Importação da principal
matéria-prima utilizada na produção do bem B, foi necessária a
elevação de seu preço de venda.
Sabe-se que:
I. Elasticidade cruzada da demanda do bem A em relação ao bem
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B: 80%;
II. Quantidade do bem A antes da elevação do preço de B: 30.000
unidades;
III. Preço do bem B antes do aumento: $ 3,00;
IV. Variação no preço do bem B: 50%.
De acordo com as informações acima, pode-se afirmar que a
variação na quantidade demandada do bem A, em função da
elevação do preço do bem B, corresponde a:
(A) 12 000 unidades
(B) 15 000 unidades
(C) 24 000 unidades
(D) 42 000 unidades
(E) 45 000 unidades
COMENTÁRIOS:
Segue a expressão da elasticidade cruzada da demanda:
Exy =
% Pb = 0,5 (50%)
EXY = 0,8 (80%)
0,8 =
A quantidade de A antes da elevação do preço de B era 30.000. Como
houve variação positiva de 40%, então, a variação será:
0,4 x 30.000 = 12.000
GABARITO: A
00000000000
Nos últimos anos, observou-se o crescimento substancial do
mercado de produtos agrícolas orgânicos, impulsionado pela
disseminação de hábitos de vida mais saudáveis. Quanto ao
funcionamento desse mercado, julgue os itens.
(Analista de Controle Externo – TCE/AC) Supondo-se que esses
produtos sejam bens normais, o aumento na renda dos
consumidores reduzirá o consumo, para qualquer nível de preço
desses alimentos.
COMENTÁRIOS:
Para os bens normais, aumentos na renda provocam aumento da
demanda. Há, portanto, aumento no consumo quando há aumento de
renda (p/ bens normais).
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GABARITO: ERRADO
(Analista - MPU) - Em relação à elasticidade-preço da demanda, é
correto afirmar que:
a) quanto maior o número de substitutos do bem, sua demanda tende a
ser menos elástica.
b) se a demanda for inelástica, a variação percentual da quantidade
procurada é maior, em módulo, que a do preço de mercado.
c) se a curva de demanda do bem for linear, a elasticidade-preço é
constante qualquer que seja o preço de mercado.
d) quanto maior a essencialidade do bem para o consumidor, mais
elástica será sua demanda.
e) se a demanda for elástica, um aumento do preço de mercado tenderá
a reduzir a receita total dos produtores.
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas,
a) Incorreta. Quanto maior o número de substitutos do bem, sua
demanda tende a ser mais elástica.
b) Incorreta. Se a demanda for inelástica, a variação percentual da
quantidade procurada é menor, em módulo, que a do preço de mercado.
c) Incorreta. Se a curva de demanda do bem for linear, a elasticidadepreço é variável qualquer que seja o preço de mercado.
d) Incorreta. Quanto maior a essencialidade do bem para o consumidor,
mais inelástica será sua demanda.
e) Correta. Se a demanda é elástica, o aumento de preço reduz a
quantidade demandada em proporção superior ao aumento de preço.
Como RT=PxQ, e Q diminui mais que proporcionalmente ao aumento de
P, haverá redução de RT.
00000000000
GABARITO: E
(Analista - MPU) - A participação dos gastos do bem X no
orçamento das famílias tende a diminuir quando a renda dos
consumidores aumenta. Logo, pode-se concluir, com certeza, que
a elasticidade-renda da demanda do bem X é
a) negativa e maior que 1, em módulo.
b) negativa e menor que 1, em módulo.
c) igual a 1.
d) menor que 1.
e) positiva e maior que 1.
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COMENTÁRIOS:
Se a renda aumenta mais que proporcionalmente à participação do bem
X no orçamento, então ERD<1, já que ERD=% Q/% R.
Nota  Os gastos do bem X são igual QxP e a participação dos gastos no
orçamento é (QxP)/R, onde R é a renda ou o orçamento.
Devemos considerar que P é constante (lembre-se da hipótese do
coeteris coeteris paribus, tudo o mais permanecendo constante). Pelos
dados da questão, sabemos que a renda aumenta em proporção maior
que QxP. Como P é constante, então renda (R) aumenta em proporção
maior que Q, o que nos garante ERD<1.
GABARITO: D
...................
Bem pessoal, por hoje é só!
Esperamos que tenham gostado da nossa aula demonstrativa. Vemo-nos
na aula 01.
Abraços e bons estudos!
Heber Carvalho e Jetro Coutinho
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RESUMÃO DA AULA
- Regra geral, é negativamente inclinada, o que significa
que a quantidade demandada varia inversamente em
relação ao preço. Exceção à lei da demanda: Bem de
Giffen.
- Fatores que afetam a demanda:
Preço: Deslocamento AO LONGO da curva. Se o preço
subir, a quantidade demandada cai e vice-versa.
DEMANDA
Renda: Regra geral, aumento de renda provoca aumento da
demanda. Deslocamento DA curva. Se o bem for normal,
aumento de renda causa aumento da demanda. Se o bem for
inferior, aumento de renda causa redução da demanda.
Outros fatores: Expectativas dos consumidores (quanto à
renda, aos preços futuros e à disponibilidade futura de
bens); Mudança no número de consumidores no mercado;
Mudanças Demográficas e Climáticas. Deslocamento DA
curva
Demanda e o preço de outros bens
– Bens Substitutos
PY aumenta  QDY diminui  QDX aumenta ao mesmo nível de
preços  curva de demanda de X se desloca para a direita
PY diminui  QDY aumenta  QDX diminui ao mesmo nível de preços
 curva de demanda de X se desloca para a esquerda
00000000000
– Bens Complementares
PY aumenta  QDY diminui  QDX também diminui ao mesmo nível
de preços  curva de demanda de X se desloca para a esquerda.
PY diminui  QDY aumenta  QDX também aumenta ao mesmo nível
de preços  curva de demanda de X se desloca para a direita.
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- É positivamente inclinada, o que significa que há uma
relação direta entre quantidade ofertada e preço.
- Fatores que afetam a oferta:
Preço: Deslocamento AO LONGO da curva. Se o preço
subir, a quantidade ofertada aumenta.
Custo de produção: Quanto maiores os custos de
produção, menor a oferta. Deslocamento DA curva.
Tecnologia: Aumento de tecnologia estimula aumento da
oferta, pois há aumento de produtividade. Deslocamento
DA curva.
OFERTA
Preços de outros bens: Se os preços de outros bens
subirem enquanto o preço do bem X não se altera, os
produtores procurarão ofertar o bem com maior preço.
Deslocamento DA curva.
Outros fatores: Expectativas dos produtores quanto ao
aumento da demanda, por exemplo. Deslocamento DA
curva.
Elasticidade
EPD =




Quanto mais essencial o bem, mais inelástica será sua demanda;
Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será sua demanda;
Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais inelástica será a demanda do bem;
No longo prazo, a elasticidade preço da demanda tende a ser mais elevada que no curto
prazo;
00000000000
Elasticidade-preço da demanda e Receita Total (RT)
Valor de EXY
EPD > 1
EPD < 1
EPD = 1
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Elasticidade e Receita Total (RT)
 Elástica. Aumento no preço reduz RT
 Inelástica. Aumento no preço aumenta
RT
 Unitária. Não há alteração na RT.
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EPD e demanda linear
A
EPD= ∞
EPD > 1  Demanda elástica
EPD = 1
C
OA/2
EPD < 1  Demanda inelástica
EPD= 0
O
OB/2
B
Quantidades
Elasticidade-Renda da demanda
 ERD =
Valor de ERD
ERD > 1
0 < ERD < 1
ERD = 1
ERD > 0
ERD < 0
ERD = 0












Situação
Bem superior ou de luxo
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem normal
Elasticidade renda da demanda
Bem inferior
Elasticidade renda da demanda
Bem de consumo saciado
Elasticidade renda da demanda
00000000000
elástica
inelástica
unitária
positiva
negativa
nula
Elasticidade-preço cruzada da demanda
 Exy =
Valor de EXY
EXY > 0
EXY < 0
EXY = 0
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Relação entre X e Y
 Bens substitutos
 Bens complementares
 Bens independentes
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LISTA DE QUESTÕES - ESAF
01. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere três bens
denominados bem A, bem B e bem C. Os três bens são
transacionados em mercados em concorrência perfeita e possuem
ofertas independentes, isto é, a curva de oferta de cada um desses
bens não é afetada pelos preços dos outros dois bens. Além disso,
o bem A é substituto do bem C e o bem B é complementar do bem
C. Então:
a) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma
redução no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
b) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma
redução na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
c) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na
quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.
d) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no
preço de equilíbrio no mercado do bem B.
e) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na
quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.
Comentários:
Todas as alternativas tratam das possíveis consequências de uma
elevação ou uma redução no custo de produção do bem C. Pois bem,
vejamos o que acontece em cada caso:
1) Redução no custo de produção de C
Uma redução no custo de produção do bem C deslocará a curva de oferta
de C para a direita e para baixo, fazendo o seu preço de equilíbrio
diminuir.
00000000000
A redução no preço de C faz sua quantidade demandada aumentar. Como
os bens A e C são substitutos, a demanda de A será reduzida
(deslocamento da curva de demanda de A para a esquerda e para baixo).
Este deslocamento da curva de demanda de A faz:
-
a quantidade de equilíbrio do bem A diminuir;
o seu preço de equilíbrio do bem A diminuir.
Ao mesmo tempo, teremos reflexos no equilíbrio do mercado do bem B.
Como os bens B e C são complementares, o aumento na quantidade
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demandada de C provocará aumento da demanda de B (deslocamento da
curva de demanda de B para a direita e para cima). Este deslocamento da
curva de demanda de B faz:
-
a quantidade de equilíbrio de B aumentar;
o preço de equilíbrio de B aumentar.
2) Elevação no custo de produção de C
Uma elevação no custo de produção do bem C deslocará a curva de oferta
de C para a esquerda e para cima, fazendo o seu preço de equilíbrio
aumentar.
O aumento no preço de C faz sua quantidade demandada diminuir. Como
os bens A e C são substitutos, a demanda de A será aumentada
(deslocamento da curva de demanda de A para a direita e para cima).
Este deslocamento da curva de demanda de A faz:
-
a quantidade de equilíbrio do bem A aumentar;
o seu preço de equilíbrio do bem A aumentar.
Ao mesmo tempo, teremos reflexos no equilíbrio do mercado do bem B.
Como os bens B e C são complementares, a redução na quantidade
demandada de C provocará redução da demanda de B (deslocamento da
curva de demanda de B para a esquerda e para baixo). Este
deslocamento da curva de demanda de B faz:
-
a quantidade de equilíbrio de B diminuir;
o preço de equilíbrio de B diminuir.
Feita a análise, vamos verificar as alternativas:
a) Incorreta. Uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a
uma diminuição na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a
um aumento no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
00000000000
b) Incorreta. Uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar
a um aumento na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a
uma diminuição no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
c) Correta.
d) Incorreta. Uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a
uma diminuição no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a um
aumento no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
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e) Incorreta. Uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a
uma redução no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a um
aumento na quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.
Gabarito: C
02. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Com relação ao mecanismo de
funcionamento de mercado é correto afirmar que
a) em se tratando de um bem normal, um aumento na renda dos
consumidores levará a uma redução na quantidade de equilíbrio desse
bem.
b) a curva de demanda de um determinado bem desloca-se para a
esquerda quando o preço desse bem aumenta.
c) um aumento na renda dos consumidores induz uma redução nos
preços de equilíbrio dos bens inferiores.
d) todo bem de Giffen é um produto importado.
e) a posição da curva de oferta de um bem não depende dos preços dos
insumos empregados em sua produção.
Comentários:
a) Incorreta. O aumento de renda desloca a curva de demanda para a
direita e para cima, aumentando a quantidade de equilíbrio desse bem.
b) Incorreta. Quando o preço do bem aumenta, temos um deslocamento
ao longo da curva de demanda. Não temos um deslocamento da curva
(ela fica no mesmo lugar).
c) Correta. Se o bem é inferior, então, um aumento de renda faz sua
demanda diminuir. Assim, deslocamos a curva de demanda deste bem
para a esquerda e para baixo após um aumento de renda. O resultado
são preços e quantidades de equilíbrio menores.
d) Incorreta. Absurda! O bem de Giffen é aquele que nega a lei da
demanda (pode ou não ser importado).
00000000000
e) Incorreta. A posição da curva de oferta depende sim dos preços dos
insumos empregados em sua fabricação. O aumento dos preços dos
insumos desloca a curva de oferta para a esquerda e para cima; a
redução dos preços dos insumos desloca a curva de oferta dos insumos
para a direita e para baixo.
Gabarito: C
03. (ESAF - ANALISTA DE ORÇAMENTO – 2001) - Considere a
seguinte curva de demanda linear:
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Considerando
= valor absoluto da elasticidade preço da
demanda, podemos então afirmar que:
a) será igual a 0,5 no ponto médio da curva
b) terá valor constante em todos os pontos da curva
c) será infinito no ponto em que q = 0
d) será igual a 1 no ponto em que p =0
e) será infinito tanto no ponto em que q = 0 quanto no ponto em que p
=0
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos na figura 21, a EPD não é constante ao longo da curva de
demanda linear. Quanto p=0 (ponto B da figura 21), EPD=0. Quando q=0
(ponto A da figura 21), EPD=∞. No ponto médio da curva de demanda
linear (ponto C da figura 21), EPD=1.
GABARITO: C
04. (ESAF – GESTOR/MPOG – 2002) – A curva de oferta mostra o
que acontece com a quantidade oferecida de um bem quando seu
preço varia, mantendo constante todos os outros determinantes
da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva da
oferta se desloca. Indique qual das variáveis abaixo, quando
alterada, não desloca a curva da oferta.
a) Tecnologia
b) Preços dos insumos
c) Expectativas
d) Preço do bem
e) Número de vendedores
00000000000
COMENTÁRIOS:
Quando o preço do bem varia, a curva de oferta não é deslocada, ocorre
apenas deslocamento ao longo da curva (ela fica no mesmo lugar).
GABARITO: D
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05. (ESAF – AFC/STN - 2000) – Caso haja uma geada na região
que produz a alface consumida em uma cidade, pode-se prever
que, no curto prazo, no mercado de alface dessa cidade,
a) a curva de demanda deverá se deslocar para esquerda em virtude da
elevação nos preços, o que fará com que haja uma redução na
quantidade demandada.
b) a curva de oferta do produto deverá se deslocar para a esquerda, o
que levará a um aumento no preço de equilíbrio e a uma redução na
quantidade transacionada.
c) a curva de oferta se deslocará para a direita, o que provocará uma
elevação no preço de equilíbrio e um aumento na quantidade demandada.
d) não é possível prever o impacto sobre as curvas de oferta e de
demanda nesse mercado, uma vez que esse depende de variáveis não
mencionadas na questão.
e) haverá um deslocamento conjunto das curvas de oferta e de demanda,
sendo que o impacto sobre o preço e a quantidade de equilíbrio
dependerá de qual das curvas apresentar maior deslocamento.
COMENTÁRIOS:
A geada na região certamente reduzirá a oferta de alface. Essa redução
de oferta desloca toda a curva de oferta para a esquerda e para cima. O
novo equilíbrio mostrará preços maiores e quantidades transacionadas
menores. O desenho gráfico é idêntico ao realizado na figura 16.
GABARITO: B
06. (ESAF - ANALISTA BACEN – 2001) – Uma empresa vende seu
produto a preços diferenciados para dois grupos de consumidores.
Supondo- se que essa empresa seja maximizadora de lucro, podese inferir que:
a) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga
o maior preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da
demanda do grupo de consumidores que paga o menor preço por esse
produto.
b) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga
o menor preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da
demanda do grupo de consumidores que paga o maior preço por esse
produto.
c) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o maior preço pelo
produto são em menor número do que os consumidores que pagam o
menor preço pelo produto.
d) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o menor preço
pelo produto são em menor número do que os consumidores que pagam
o maior preço pelo produto.
e) A diferenciação de preços e a maximização de lucros não são
compatíveis.
00000000000
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COMENTÁRIOS:
Uma empresa que é discriminadora de preços (cobra, para o mesmo
produto, preços diferentes dos consumidores) venderá o produto a preços
maiores para o consumidor que apresentar a menor elasticidade preço da
demanda (demanda mais inelástica).
O raciocínio é este: os consumidores mais inelásticos, após qualquer
aumento de preços, reduzirão o consumo em menor proporção que os
consumidores mais elásticos (mais sensíveis). Desta forma, quando a
firma aumenta o preço, ocorrem duas situações para os dois grupos de
consumidores:
 O grupo de consumidores elásticos reduzirá a quantidade
demandada em um percentual maior que o aumento de preços, de
forma que a receita total da firma será reduzida, após o aumento de
preços.
 O grupo de consumidores inelásticos reduzirá a quantidade
demandada em um percentual menor que o aumento de preços, de
forma que a receita total da firma será aumentada.
Diante do exposto, concluímos que os consumidores mais inelásticos
(elasticidade mais baixa) pagarão preços maiores pelo produto. Da
mesma maneira, os consumidores mais elásticos (maior elasticidade)
pagarão preços menores. Ou seja, quanto maior a elasticidade do
consumidor, menor será o preço que ele pagará.
GABARITO: B
07. (ESAF – GESTOR/MPOG - 2003) – Com base no conceito de
elasticidade-cruzada da demanda, é correto afirmar que:
a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é negativa.
b) os bens A e B são complementares se a elasticidade-cruzada da
demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.
c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade- cruzada da
demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.
d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é positiva.
e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é zero.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 4.3, através da elasticidade cruzada da demanda
podemos descobrir a relação entre dois bens. Isto é, se eles bens
independentes no consumo, substitutos ou complementares.
Quando EAB > 0, os bens são substitutos.
Quando EAB < 0, os bens são complementares.
Quanto EAB = 0, os bens são de consumo de independente.
GABARITO: D
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08. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) –
Considerando-se uma curva de demanda linear, é correto afirmar
que a elasticidade-preço da demanda
a) é constante ao longo da curva.
b) tem valor unitário para todos os pontos da curva.
c) é igual a zero no ponto médio da curva.
d) tenderá ao infinito se o preço for igual a zero.
e) será maior quanto maior for o preço do bem.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a figura 21, vemos que, quando preço=0, EPD=0. À
medida que aumentamos o preço, a EPD também aumenta até o ponto em
que a curva de demanda intercepta o eixo Y do gráfico, onde a EPD=∞.
Assim, concluímos que, na curva de demanda linear, a EPD será tanto
maior quanto maior for o preço do bem.
GABARITO: E
09. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) – Considere o
valor absoluto das elasticidades. Quanto maior for o número de
substitutos de um determinado bem,
a) mais próximo de zero estará a elasticidade-preço da demanda.
b) menor tenderá ser a elasticidade-preço da demanda.
c) menor tenderá ser a elasticidade-renda da demanda.
d) maior tenderá ser a elasticidade-preço da demanda.
e) mais próximo de um estará a elasticidade-renda da demanda.
COMENTÁRIOS:
Quanto mais substitutos tiver um bem, mais o consumidor reduzirá o seu
consumo após um aumento do seu preço; uma vez que ele substituirá o
seu consumo por outros bens similares (substitutos). Como a elasticidade
mede a sensibilidade com que ocorre essa redução na quantidade
demandada, sabemos que, quanto mais substitutos tiver o bem, maior
será essa redução na quantidade demandada. Por conseguinte, quanto
mais substitutos, maior é a elasticidade. Maiores detalhes, ver item 4.1
da aula.
00000000000
GABARITO: D
10. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) – Considere as
três curvas de demanda representadas graficamente a seguir.
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Com base nessas informações, é correto afirmar que
a) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função
representada pelo gráfico (a), é igual a um.
b) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função
representada pelo gráfico (b), é igual a zero.
c) o gráfico (c) representa uma demanda por bens
infinitamente elástica.
d) o gráfico (a) representa uma demanda por bens
absolutamente inelástica.
e) as elasticidades-preço da demanda relacionadas às
gráficos (a) e (b) são idênticas em valores absolutos.
de demanda
de demanda
de procura
de procura
funções dos
COMENTÁRIOS:
O gráfico da figura a mostra uma curva de demanda completamente
inelástica (EPD=0). Neste gráfico, qualquer variação de preços não muda
as quantidades demandadas, indicando total falta de sensibilidade da
demanda (ausência de elasticidade ou EPD=0).
O gráfico da figura b mostra uma curva de demanda infinitamente elástica
(EPD=∞). Qualquer variação de preços provocará enorme variação nas
quantidades demandadas.
O gráfico da figura c apresenta uma curva de demanda comum, onde, a
priori, não temos como determinar a elasticidade sem conhecer a função
de demanda que originou essa curva.
00000000000
GABARITO: D
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QUESTÕES - FCC
11. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Os formuladores de políticas
públicas, muitas vezes, desejam influenciar a quantidade de
cigarros consumidos pela população em função dos efeitos
adversos do fumo sobre a saúde. A política por eles utilizada pode
atingir esse objetivo de duas maneiras:
I. Comunicados públicos, alertas obrigatórios nas embalagens de
cigarros e proibição de publicidade de cigarros na Televisão e em
Rádio.
II. Elevação do imposto sobre fabricação e consumo dos cigarros.
A Curva de Demanda terá, de acordo com as políticas I e II
utilizadas, os comportamentos expressos em:
Política I
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
B) Desloca a curva de demanda
para a esquerda.
C) Desloca a curva de demanda
para a direita.
D) Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
E) Desloca a curva de demanda
para a direita.
A)
Política II
Desloca a curva de demanda para a
direita.
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
Desloca a curva de demanda para a
direita.
Desloca a curva de demanda para a
esquerda.
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
Comentários:
Observe que o enunciado quer saber o que vai acontecer com a curva de
demanda.
00000000000
Pois bem, a política I vai atuar nos gostos e preferências dos
consumidores, fazendo a curva de demanda ser deslocada por inteiro
para a esquerda. Só por aí, já matávamos a questão. Gabarito: letra B.
A política II atua sobre a curva de oferta. O imposto deslocará a curva
de oferta para cima e para a esquerda (e a curva de demanda vai ficar no
mesmo lugar). Observe que, ao deslocarmos a curva de oferta, estamos
também nos deslocando ao longo da curva de demanda. O ponto de
equilíbrio vai mudar, se deslocando ao longo da curva de demanda.
Gabarito: B
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12. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Considere as seguintes
assertivas relativas à elasticidade − preço da demanda:
I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior
que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente
mais que o preço.
II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é
menor que 1, o que significa que a quantidade varia
proporcionalmente menos que o preço.
III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa
por determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da
demanda.
IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II, III e IV.
(B) I e II, apenas.
(C) III e IV, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e IV, apenas.
Comentários:
A assertiva III é errada, pois curvas mais horizontais indicam maior
elasticidade preço da demanda. Conforme vimos na figura 19.
00000000000
Por fim, a assertiva IV está errada, pois, quanto mais vertical é a curva
de demanda, menor será elasticidade preço da demanda.
Gabarito: B
13. (FCC – ICMS/SP – 2013) - Considere:
I. Se a elasticidade-preço da demanda de um bem X é, em módulo,
menor que 1, uma das possíveis explicações para o fato é a
existência no mercado de um grande número de bens substitutos
para o bem X.
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II. Se a demanda do bem X for expressa pela função Q=15000P-2,
onde Q representa a quantidade demandada e P, o preço de
mercado, então a elasticidade-preço da demanda do bem X, em
módulo, é constante e igual a 2
III. Se os bens X e Y forem complementares, então a elasticidadecruzada da demanda do bem X em relação ao preço do bem Y é
positiva.
IV. Se a elasticidade-preço for constante e maior que 1 ao longo
de toda a curva da demanda, um aumento de preço diminuirá o
dispêndio total dos consumidores com o bem.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) II, III e IV.
Comentários:
I. Incorreta. Se a EPD é menor que 1, então, o bem possui demanda
inelástica. Uma possível explicação é a existência de poucos substitutos.
II. Correta. Veremos esse assunto (que é mais avançado) na próxima
aula.
III. Incorreta. Se os bens X e Y são complementares, então, a
elasticidade-cruzada da demanda tem que ser negativa.
IV. Correta. Se a EPD é maior que 1, então, a demanda é elástica. Isto é,
um pequeno aumento de preço gera uma grande redução na quantidade
demandada do bem. Como o dispêndio dos consumidores (ou receita dos
produtores) é P x Q, então, a redução da quantidade demandada ganha
do aumento de preço, fazendo com que o resultado (P x Q) seja menor,
após o aumento de preço.
00000000000
Gabarito: C
14. (FCC – Economista – Fhemig – 2013) - Um estudo determinou
que a função de demanda por um determinado bem é linear, com
a seguinte especificação: Qd =a−bP Onde Qd é a quantidade
demandada do bem; P é seu preço; e a e b são parâmetros
positivos. A elasticidade-preço da demanda por esse bem, ao
longo da função de demanda, é
(A) monotonamente crescente.
(B) unitária.
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(C) constante, mas diferente de 1.
(D) monotonamente decrescente.
(E) variável, sem direção definida.
Comentários:
Para curvas de demanda linear (formato: Q = a – b.P), a EPD é variável ao
longo da curva (vai de infinito a zero):
Preços
A
EPD= ∞
EPD > 1  Demanda elástica
OA/2
EPD = 1
C
EPD < 1  Demanda inelástica
O
OB/2
B
EPD= 0
Quantidades
Para a demanda linear, a EPD é monotonamente decrescente
(significa que ela decresce com a quantidade em “um tom”, em uma
direção única).
Quando Q=0, EPD=∞ ... a partir daí, quando Q aumenta, a EPD sempre
decresce (ou decresce monotonamente – em uma direção somente).
Gabarito: D
15. (FCC – Analista de Regulação – Economista – ARCE – 2012) - A
curva de demanda
(A) em hipótese alguma poderá ter inclinação positiva.
(B) tem sua elasticidade-preco determinada pelo nível geral de precos da
economia.
(C) pode se deslocar em função de alterações na renda do consumidor.
(D) não altera sua posição em função da modificação nos precos de bens
substitutos e complementares.
(E) tem elasticidade-preco constante, qualquer que seja o seu formato.
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Comentários:
a) Incorreta. A curva de demanda poderá ter, em casos raros, inclinação
positiva. Isto acontece quando temos um bem de Giffen (aquele bem
cujo “preço” e “quantidade demandada” são positivamente relacionados).
b) Incorreta. A curva de demanda tem sua elasticidade preço
determinada pelo preço do bem de que trata a curva de demanda (não é
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pelo índice geral de preços da economia). Esse índice geral de preços
mostra o nível de preços dos bens de toda a economia (todos os bens),
de uma forma total, agregada.
c) Correta.
d) Incorreta. Vimos que alterações nos preços de bens relacionados
(substitutos ou complementares) são fatores que fazem a curva de
demanda ser deslocada.
e) Incorreta. A única curva de demanda que elasticidade preço constante
é a que possui o formato em hipérbole equilátera (Veremos isso na aula
01). Os outros formatos de curva de demanda possuem elasticidade
variável ao longo da curva. Como exemplo, temos a demanda linear,
apresentada na figura 21 (onde a EPD varia de 0 a
ao longo da curva).
Gabarito: C
16. (FCC – Analista de Controle Externo – TCE/AP – 2012) - O
preço de equilíbrio de mercado do bem X é R$ 120,00 a unidade.
Ocorre uma elevação do preço do bem Y, substituto de X, em
função de uma redução na sua quantidade ofertada no mercado.
Esse fato, tudo o mais constante, provoca o deslocamento da
curva de
a) oferta do bem X para a esquerda de sua posição original e consequente
aumento de seu preço.
b) demanda do bem Z, complementar de Y, para a esquerda de sua
posição original e consequente aumento de seu preço.
c) demanda do bem Z, complementar de Y, para a direita de sua posição
original e consequente diminuição do preço de Z.
d) demanda do bem X para a direita de sua posição original e
consequente aumento de seu preço.
e) demanda do bem X para a esquerda de sua posição original e,
simultaneamente, da oferta do bem X para a direita de sua posição
original, de modo que é impossível prever a priori qual será o efeito no
preço de X.
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Comentários:
Antes de sair tentando rascunhar a questão, é sempre interessante dar
uma olhada nas alternativas. Elas são um guia, mostrando por que
caminho devemos trilhar nosso raciocínio.
Observando as alternativas, percebemos que o dado numérico (PX=120)
passado pelo enunciado pela questão é irrelevante. Outro dado
irrelevante é saber por que o houve elevação do preço de Y (a questão
disse que foi por que a oferta de Y foi reduzida, mas nem precisamos
desta informação).
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Temos que focar o raciocínio na seguinte situação:
Aumento do preço de Y, que é um bem substituto de X.
Pois bem, quando o preço de Y aumenta, sua quantidade demandada é
reduzida. Como X e Y são substitutos, a demanda de X será aumentada,
pois os consumidores trocarão o consumo de Y por X. Assim, a curva de
X é deslocada para a direita e para cima. Isto provocará:
-
Aumento no preço de X
Aumento na quantidade de equilíbrio
Só por aqui (trechos em negrito), já podemos verificar que a alternativa D
está correta.
No entanto, vamos ver os erros das outras alternativas:
a) Incorreta. A mudança de preço de bem substituto no consumo é fator
que afeta a demanda (não afeta a curva oferta).
b) Incorreta. Se Y e Z são complementares e o preço de Y é aumentando
(provocando queda no consumo11 de Y), então, o consumo de Z também
será reduzido, já que o consumo dos bens é associado. Assim, a curva de
demanda do bem Z, complementar de Y, vai para a esquerda de sua
posição original e há consequente redução de seu preço.
c) Incorreta. Se Y e Z são complementares e o preço de Y é aumentando
(provocando queda no consumo de Y), então, o consumo de Z também
será reduzido, já que o consumo dos bens é associado. Assim, a curva de
demanda do bem Z, complementar de Y, vai para a esquerda de sua
posição original e há consequente diminuição de seu preço.
e) Incorreta. Vimos que a demanda do bem X vai para a direita de sua
posição original. Já a curva de oferta fica no mesmo lugar, uma vez que a
alteração do preço de bem substituto no consumo é fator que altera a
demanda.
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Gabarito: D
17. (FCC – Analista Econômico – Copergás – 2011) - A demanda
do consumidor por um determinado bem
(A) pode ser positivamente inclinada, caso se trate de um bem de Giffen.
(B) é derivada a partir de um mapa de preferências do consumidor com
curvas de indiferença côncavas.
(C) é obtida considerando-se que o consumidor tem renda infinita.
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Nest
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(D) não é afetada pela demanda desse consumidor por outros bens.
(E) pode ser representada por uma reta horizontal, visto que esse
consumidor é muito pequeno ante o tamanho do mercado.
Comentários:
(A) Correta.
(B) Incorreta. Veremos isso de forma mais apropriada na teoria do
consumidor (Aula 02), mas a demanda do consumidor é derivada a partir
de um mapa de preferencias com curvas de indiferença convexas.
(C) Incorreta. A curva de demanda é obtida a partir do ótimo do
consumidor (veremos na aula 02), considerando-se que o consumidor
possui renda finita (possui restrição orçamentária). Não se preocupe, pois
estudaremos isso mais à frente em nosso curso.
(D) Incorreta. As mudanças nos preços de bens relacionados afetam sim
a curva de demanda.
(E) Incorreta. Pode ser representada por reta horizontal, no caso em que
a demanda é totalmente elástica aos preços. Isso, geralmente, acontece
quando temos infinitas empresas (produtores) no mercado, de tal forma
que uma empresa (e não um consumidor) é muita pequena ante o
tamanho do mercado.
Se essa letra E também ficou complicada, não se preocupe, pois veremos
isso com mais detalhes na aula 05.
Gabarito: A
18. (FCC – Analista Superior II – Economista – Infraero – 2011) A respeito da curva de demanda, ́ correto afirmar:
(A) A inclinação da curva de demanda de mercado é positiva porque,
quanto maior o número de consumidores, maior a quantidade demandada
de determinado bem.
(B) A declividade negativa da curva de demanda individual do consumidor
pode ser explicada pelos efeitos renda e substituição.
(C) Os aumentos de renda provocam deslocamentos da curva de
demanda individual do consumidor para a esquerda, no caso de bens
normais.
(D) A redução de precos de bens substitutos leva ao deslocamento da
curva de demanda de mercado para a direita.
(E) Se a curva de demanda individual de um consumidor por um
determinado bem tiver inclinação positiva, então necessariamente a curva
de demanda de mercado desse bem também terá inclinação positiva.
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Comentários:
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(A) Incorreta. Na verdade, a inclinação da curva de demanda é negativa
porque, quanto maior o preço, menor a quantidade demandada de
determinado bem.
(B) Correta. Não se preocupe, pois também estudaremos isso mais à
frente no curso (na aula 02).
(C) Incorreta. Os aumentos de renda provocam deslocamentos da curva
de demanda individual do consumidor para a esquerda, no caso de bens
inferiores.
(D) Incorreta. A redução de precos de bens substitutos leva ao aumento
na quantidade demandada do bem substituto. Em razão disso, a demanda
do outro bem é diminuída, provocando um deslocamento da curva de
demanda de mercado para a esquerda.
(E) Incorreta. Veremos essa também na aula 02 (teoria do consumidor).
Gabarito: B
19. (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/RO – 2010) - ́
correto afirmar:
(A) Na curva de possibilidades de produção, elaborada para dois bens, a
diminuição da produção de um dos bens, necessária para aumentar a
produção de uma unidade do outro, é cada vez menor ao longo da curva.
(B) O mercado de um bem X está em equilíbrio quando a quantidade
demandada desse bem for inferior ̀ quantidade ofertada desse bem.
(C) Quando o preço de um bem Y, substituto do bem X, aumenta, tudo o
mais constante, a curva de demanda do bem X se desloca para a direita
de sua posição original.
(D) Se a demanda de um bem X for elástica, qualquer que seja o nível de
preço considerado para esse bem, um aumento no preço de equilíbrio do
bem X provocará um aumento do gasto dos consumidores com o bem.
(E) Se a renda dos consumidores aumentar e a quantidade demandada do
bem X diminuir, a elasticidade-renda desse bem é nula.
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Comentários:
(A) Incorreta. Estudaremos a Curva de Possibilidades de Produção apenas
na aula 06, ok!? Mas saiba que, na curva de possibilidades de produção,
elaborada para dois bens, a diminuição da produção de um dos bens,
necessária para aumentar a produção de uma unidade do outro, é cada
vez maior ao longo da curva (devido aos custos de oportunidade
crescentes).
(B) Incorreta. O mercado de um bem X está em equilíbrio quando a
quantidade demandada desse bem for igual ̀ quantidade ofertada desse
bem.
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(C) Correta.
(D) Incorreta. Para bens de demanda elástica, o aumento de preço faz a
quantidade demandada cair em um nível percentual maior que o aumento
de preço. Assim, o aumento de preço provoca queda no gasto dos
consumidores (ou receita dos produtores), uma vez que o gasto é igual a:
Gasto = Quantidades X Preços
Então, se a demanda é elástica, a redução nas quantidades é superior,
percentualmente, ao aumento de preços. Assim, o gasto diminui.
(E) Incorreta. Se a renda dos consumidores aumentar e a quantidade
demandada do bem X diminuir, a elasticidade-renda desse bem é
negativa (e o bem é inferior).
Gabarito: C
20. (FCC – Analista Trainee – Economista – METRO – 2010) - Uma
curva de demanda tem elasticidade constante e igual, em módulo,
a 2. Um aumento do preço de equiĺbrio provocaŕ, nesse mercado,
(A) diminuição do gasto total dos consumidores com o bem.
(B) redução da quantidade procurada menor, percentualmente, que o
aumento do preço.
(C) aumento da receita total dos produtores.
(D) aumento da quantidade procurada em percentual maior que o
aumento do preço.
(E) a maximização da receita dos produtores.
Comentários:
Se o bem possui demanda elástica (maior, em valor absoluto, que 01
unidade), então, um aumento de preço provoca redução no gasto total
dos consumidores ou na receita total dos produtores. Está correta,
portanto, a letra A.
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Isto acontece porque a redução na quantidade demandada será superior
em percentual ao aumento de preços.
Gabarito: A
21. (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEFAZ/SP
2010) - Alterações no preço de um bem comercializado em uma
estrutura de mercado de concorrência perfeita ocorrem
(A) ao longo da curva de demanda, quando se modifica a quantidade de
consumidores no mercado.
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(B) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera
a renda dos consumidores.
(C) ao longo da curva de demanda, quando se altera o preço de bens
complementares.
(D) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera
o preço dos insumos de produção desse bem.
(E) ao longo da curva de demanda, quando se modificam as preferências
dos consumidores.
COMENTÁRIOS:
Por alternativas,
a) Incorreta. Quando se modifica a quantidade de consumidores no
mercado, ocorre deslocamento de toda a curva de demanda e não ao
longo dela.
b) Correta. Quando se altera a renda dos consumidores ocorre
deslocamento da curva de demanda, o que provoca alterações no preço
de um bem comercializado, conforme nos cita o enunciado da questão.
c) Incorreta. Quando se altera o preço de bens complementares, há
deslocamento de toda a curva de demanda e não ao longo dela.
d) Incorreta. Quando se altera o preço dos insumos de produção do bem,
há deslocamento da curva de oferta e não da curva de demanda.
e) Incorreta. Quando se modificam as preferências dos consumidores, há
deslocamento de toda a curva de demanda.
GABARITO: B
22. (FCC – Auditor - TCE/AL - 2008) - Se a elasticidade preço da
demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto significa que:
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos
produtores de cigarro.
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda
por cigarros.
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 8%.
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 10%.
e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.
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COMENTÁRIOS:
A EPD do cigarro é menor que 1, logo, é inelástica. Assim, caso o preço
aumente, haverá redução na quantidade demandada, porém, esta
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redução será em percentual menor que o aumento de preço, já que
EPD<1. Portanto, correta a assertiva E.
Quando a demanda é inelástica, aumentos de preços aumentam a receita
total dos produtores. Incorreta a assertiva A.
A questão deu o valor da EPD e não da ERD. Portanto, incorreta a
assertiva B.
Incorreta a assertiva C: EPD =

Incorreta a assertiva D: EPD =

GABARITO: E
23. (FCC – Auditor – TCE/AL – 2008) – Considere o mercado
competitivo de soja. Um aumento do preço de fertilizantes
agrícolas vai provocar:
(A) uma quantidade de equilíbrio final no mercado de soja superior à
quantidade de equilíbrio inicial.
(B) um preço de equilíbrio final de soja inferior ao preço de equilíbrio
inicial.
(C) um deslocamento da curva de demanda por soja.
(D) um deslocamento da curva de oferta de soja.
(E) aumento na oferta de farelo de soja.
Comentários:
O mercado considerado pela questão é o da soja (ou farelo de soja). O
fertilizante agrícola é um insumo utilizado na produção da soja. Assim,
quando o preço do fertilizante aumenta, isto vai provocar um
deslocamento da curva de oferta soja para a sua esquerda e para cima.
00000000000
Isto, por sua vez, vai provocar aumento de preço e redução na
quantidade de equilíbrio.
Analisando as alternativas, nota-se que a única viável de ser assinalada é
a letra D.
Gabarito: D
24. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO – 2008) - A
curva de demanda de mercado de um bem normal se desloca para
a esquerda de sua posição original. Uma das causas posśveis ́ o
aumento do
(A) preço do bem substituto.
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(B) poder aquisitivo real dos consumidores.
(C) número de consumidores.
(D) preço do próprio bem.
(E) precos de um bem complementar.
Comentários:
A única correta é a letra E. O aumento do preço do bem complementar
faz a quantidade demandada deste bem diminuir. Logo, a demanda do
bem que lhe é complementar também vai diminuir, de tal maneira que a
curva de demanda será deslocada para a esquerda de sua posição
original.
O aumento dos fatores listados nas alternativas A, B e C fazem a curva de
demanda ser deslocada para a direita. Já o aumente do preço (letra D)
não desloca a curva de demanda de sua posição original (ela fica no
mesmo lugar).
Gabarito: E
25. (FCC – ICMS/SP – 2006) - Em relação à oferta e demanda de
um bem X em um mercado de concorrência perfeita, é correto
afirmar:
a) A diminuição do preço do bem Z, substituto de X, deslocará a curva de
demanda de X para a direita.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de X, se a sua curva
de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço da
demanda for infinita.
c) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a
curva de demanda de X para a direita.
d) Se a proporção da renda gasta na aquisição de um bem X aumenta à
medida que diminui a renda do consumidor, então o bem X é um bem
normal.
e) A curva de oferta de um bem X, caso seja representada por uma reta
que passa pela origem dos eixos cartesianos, terá elasticidade-preço
constante e igual a 1 (um).
00000000000
Comentários:
Nesta questão, vejamos alternativa por alternativa:
a) Incorreta. A diminuição do preço do bem Z provoca aumento da
quantidade demandada de Z. Como Z é substituto de X, haverá redução
na demanda de X, deslocando a curva de demanda de X para a
esquerda.
b) Incorreta. Esse item será comentado apenas na próxima aula. Nela,
falaremos da situação em que ocorre a maximização da receita total dos
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produtores (ou gasto total dos consumidores). De qualquer forma, já
saiba que isto ocorre quando EPD=1, e não quando EPD= .
c) Incorreta. Um aumento no preço do bem Y provoca redução na
quantidade demandada de Y. Como Y é complementar de X, haverá
redução na demanda de X, deslocando a curva de demanda de X para a
esquerda.
d) Incorreta. Assertiva difícil, osso duro! Vejamos:
Se a proporção da renda gasta na aquisição de um bem X aumenta à
medida que diminui a renda do consumidor, então, isto pode significar 02
coisas (uma ou outra):
1) o consumo do bem aumenta com a redução da renda (ou seja, o
bem é inferior, neste caso);
2) o consumo do bem diminui com a redução da renda, mas o
consumo diminui em um percentual menor que a redução da renda
(exemplo: renda diminui 20%, mas o consumo do bem diminui
somente 10%). Neste caso, o bem é normal (pois renda e consumo
são diretamente relacionados; isto é, redução de renda gera
redução de consumo).
Observe, então, que o bem pode ser inferior ou normal. Assim, a
assertiva é incorreta pois estatui de forma categórica que o bem será
normal, necessariamente.
e) Correta. Conforme foi mostrado nas figuras 24 e 25 da aula.
Gabarito: E
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QUESTÕES - CESPE
26. (CESPE/Unb – ANTAQ - Especialista em Regulação de Serviços
Públicos de Telecomunicações – Área Economia – 2009) O gráfico
que relaciona a demanda de determinado bem com o preço de
outro bem, que seja substituto ou concorrente do primeiro,
apresenta uma inclinação crescente.
COMENTÁRIOS:
Para sabermos se a inclinação de um gráfico é crescente (positiva) ou
decrescente (negativa), devemos conhecer a relação entre a variável do
eixo das abscissas (eixo horizontal) e a variável do eixo das ordenadas
(eixo vertical). Se a relação for direta (uma variável aumenta, a outra
aumenta também), a inclinação será crescente. Caso contrário será
decrescente.
Vamos analisar a relação que existe entre o preço de um bem (Y) e a
demanda de outro bem que seja substituto (bem X), que são as variáveis
do gráfico citado pela questão. Caso o preço de Y aumente, pela lei da
demanda, haverá redução nas quantidades demandadas de Y. Como X e Y
são substitutos, haverá aumento na demanda de X. Ou seja, há uma
relação direta: aumenta o preço de Y, aumenta a demanda de X.
Portanto, o gráfico que relaciona a demanda de um bem com o preço de
outro bem que seja seu substituto possui inclinação crescente.
GABARITO: CERTO
27. (CESPE/Unb – Economista – ECT – 2011) - A relação indireta
entre o preço de um bem de consumo e o desejo de produzi-lo é
verificada na curva de oferta. Isso decorre do fato de que, ceteris
paribus, um aumento no preço de mercado do referido bem tende
a aumentar a lucratividade das empresas, estimulando-as a elevar
a produção desse bem.
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COMENTÁRIOS:
O único erro da assertiva está logo em seu início, onde fala em relação
indireta entre o preço de um bem de consumo e o desejo de produzi-lo.
Na curva de oferta, a relação entre preço e quantidade ofertada é direta,
e não indireta como foi postado.
GABARITO: ERRADO
Acerca do estudo da oferta e da demanda, que constitui um
importante tópico da ciência econômica, julgue os itens.
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28. (Cespe/UnB – Economista – ECT – 2011) O preço de equilíbrio
de mercado representa a interação entre oferta e demanda. A
ocorrência do preço de equilíbrio pressupõe que os agentes
possuam perfeita informação sobre o mercado.
COMENTÁRIOS:
O equilíbrio do mercado é alcançado quando a curva de oferta se iguala à
curva de demanda. Nessa situação, a quantidade demandada e a
quantidade ofertada serão iguais, o que irá equilibrar o mercado. A
afirmação que o preço de equilíbrio pressupõe que os agentes possuam
perfeita informação sobre o mercado é correta, pois todos os
consumidores devem possuir o mesmo nível de informação para que os
preços sejam ajustados até atingirem o preço de equilíbrio.
GABARITO: CERTO
29. (Cespe/UnB – Economia – ALCE – 2011) A curva de oferta
pode se deslocar para a direita ou para a esquerda, de acordo com
a influência exercida por fatores como mudanças no preço dos
insumos, alterações tecnológicas e mudanças nas expectativa. Em
casos de aumento do preço de insumos, essa curva se deslocará
para a direita.
COMENTÁRIOS:
A primeira afirmação está corretíssima. No entanto, no caso de aumento
do preço dos insumos, a curva de oferta se deslocará para a esquerda e
não para a direita, o que torna o item errado.
GABARITO: ERRADO
30. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) O preço de equilíbrio
ocorre se a demanda e oferta são iguais, de forma que cada
comprador disposto a pagar o preço encontre um vendedor
disposto a vender ao mesmo preço.
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COMENTÁRIOS:
Quando o número de compradores é igual ao número de vendedores, a
quantidade demandada é igual à quantidade ofertada e o mercado está
em equilíbrio. Assim, não existirá nem excesso de oferta nem excesso de
demanda, pois as quantidades são iguais. Nessa situação, os
compradores e os vendedores estarão dispostos a comprar e vender,
respectivamente, ao mesmo preço: o preço de equilíbrio.
GABARITO: CERTO.
31. (Cespe/UnB – Economia – SEGER/ES – 2013) Em se tratando
dos bens de giffen, a curva de demanda é positivamente inclinada.
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COMENTÁRIOS:
Como vimos no início da aula, a regra geral é que a demanda tenha
inclinação negativa. A exceção é o bem de giffen que não segue essa
regra e tem a curva de demanda positivamente inclinada.
GABARITO: CERTO.
32. (Cespe/UnB – Economia – Seger/ES – 2013) Todo bem
inferior é, por definição, um bem de Giffen.
COMENTÁRIOS:
É justamente o contrário! Todo bem de Giffen, é por definição, um bem
inferior. Mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.
GABARITO: ERRADO.
Em relação aos efeitos preço, renda e substituição em uma
microeconomia, julgue os itens seguintes.
33. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Dois bens são
complementares se a elasticidade-preço cruzada da demanda é
positiva.
COMENTÁRIOS:
Dois bens serão complementares se a elasticidade-preço cruzada da
demanda for negativa.
GABARITO: ERRADO
34. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Quando a
elevação do preço do bem causa redução da
quantidade
demandada, diz-se que o bem é inferior.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Nesse caso, o bem é um bem normal.
GABARITO: ERRADO
35. (Cespe/UnB – Economia – SEGER/ES – 2013) Um bem é
considerado inferior se a queda do preço do bem gera redução da
quantidade demandada.
COMENTÁRIOS:
Lembra da nossa aula? A análise de um bem ser inferior ou superior é
feita quando estamos estudando a elasticidade-renda da demanda. Assim,
o item está incorreto, pois um bem é considerado inferior se o aumento
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da renda (e não a queda do preço) provoca queda na quantidade
demandada do bem. No caso do bem inferior, a Erd é menor que 0.
GABARITO: ERRADO.
36. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) A elasticidade-preço
da demanda, que determina como a quantidade demandada de um
bem depende dos preços, é a razão entre a variação percentual
dos preços e a variação percentual da quantidade demandada.
COMENTÁRIOS:
Esse item é a cara do Cespe. Se não lermos com atenção erraremos a
questão. Na verdade, a elasticidade-preço da demanda é a razão entre a
variação percentual da quantidade demandada e a variação percentual
dos preços, nessa ordem. O Cespe inverteu a ordem e, por isso, o item
está errado.
GABARITO: ERRADO.
37. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) A elasticidade-preço
da oferta é determinada por dois fatores: a disponibilidade de
insumos e o tempo. A elasticidade tende a ser maior quando os
produtores têm mais tempo para responder as alterações de
preço.
COMENTÁRIOS:
De fato, a oferta tende a ser mais elástica (ou menos inelástica) no longo
prazo. Nem sempre, os produtores conseguem alterar a oferta no curto
prazo, pois às vezes a alteração da oferta demanda alguns ajustes que
levarão algum tempo. No longo prazo, os produtores conseguem variar
com mais liberdade os fatores de produção para adequar a produção
conforme a necessidade. No caso dos agricultores, por exemplo, que têm
um tempo de plantio para cada produto, não é possível ajustar a oferta
em um curto espaço de tempo. Se, do dia para a noite, a demanda de
soja cair bruscamente, os produtores não poderão alterar sua oferta
rapidamente, pois já tiveram o trabalho do plantio e colheita de soja
(curto prazo). Assim, eles só poderiam ajustar a oferta no próximo plantio
(que nesse exemplo seria o longo prazo).
00000000000
GABARITO: CORRETO.
38. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2009)
- Os preços mais elevados cobrados por esses produtos reduzem
tanto a elasticidade preço como a elasticidade renda da demanda
por esses produtos.
COMENTÁRIOS:
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),
A fórmula da EPD (EPD=
mostra que o
aumento do preço (P – em negrito) aumenta o valor da elasticidade
preço da demanda. Só por aí, está errada a assertiva. Ademais, a
elasticidade renda da demanda (ERD =
)
mede a variação das quantidades demandadas em função da variação da
renda. Ou seja, como se vê, alterações de preço, coeteris paribus, não
influenciam o valor da elasticidade renda da demanda.
GABARITO: ERRADO
39. (CESPE/Unb – Especialista em Regulação – ANAC – 2012) - A
elasticidade preço da demanda, que determina como a quantidade
demandada de um bem depende dos preços, é a razão entre a
variação percentual dos preços e a variação percentual da
quantidade demandada.
COMENTÁRIOS:
Cuidado! Esta questão inverteu a razão que nos dá o valor da elasticidade
preço da demanda. O correto é o seguinte:
A elasticidade-preço da demanda é a razão entre a variação percentual da
quantidade demandada e a variação percentual dos preços.
GABARITO: ERRADO
40. (CESPE/Unb – Especialista em Regulação – ANAC – 2012) - A
elasticidade preço da oferta é determinada por dois fatores: a
disponibilidade de insumos e o tempo. A elasticidade tende a ser
maior quando os produtores têm mais tempo para responder às
alterações de preço.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Exato! Conforme vimos no final da aula, estão entre os fatores que
determinam a elasticidade preço da oferta: o tempo e a disponibilidade de
insumos. Quanto maiores estes (o tempo e a disponibilidade de insumos),
maior será a elasticidade preço da oferta.
GABARITO: CERTO
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QUESTÕES – OUTRAS BANCAS
41. (FGV – Analista de Gestão/Economista – COMPESA – 2014)
Seja a curva de demanda linear do tipo y = c – d*p, em que y é a
quantidade demandada, p é o preço e c e d são parâmetros fixos e
positivos. Assinale a opção que indica a faixa de preço, na qual o
consumidor escolhe a quantidade y na parte inelástica da
demanda.
(A) Apenas quando p = c/2d.
(B) Apenas quando p = 0.
(C) Apenas quando p > c/d.
(D) Apenas quando p < c/2d.
(E) Apenas quando p > c/2d.
Comentários:
A curva de demanda linear apresentada é bastante semelhante à curva
que vimos em aula, na figura 21.
Antes de partimos para a análise na figura 21, é necessário entendermos
plenamente o que a questão está perguntando. A questão quer saber qual
a faixa de preço em que os consumidores escolhem quantidades na parte
inelástica da demanda.
Em outras palavras, qual o preço que fará com que a quantidade torne a
demanda inelástica?
Segue abaixo a figura 21:
A
EPD= ∞
EPD > 1  Demanda elástica
00000000000
OA/2
EPD = 1
C
EPD < 1  Demanda inelástica
EPD= 0
O
OB/2
B
Quantidades
Pela figura 21, podemos perceber que a demanda será inelástica entre os
pontos C e B. Para que a quantidade demandada esteja entre os pontos C
e B o preço terá que ser menor que OA/2.
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O problema da questão é que ela trocou os interceptos do gráfico e, por
isso, temos que identificar nas alternativas, qual corresponde ao preço
OA/2.
Vamos, então, calcular os novos interceptos e adaptar a figura 21 à
questão.
Intercepto do eixo vertical:
Temos que a curva de demanda é Y = c – d.p; Fazendo y = 0, teremos:
0 = c – d.p; agora, passamos o C para o outro lado da equação.
Teremos:
-c = -d.p; por fim, passamos o –d dividindo para isolar o p.
P=
Ou seja, quando Y for 0, P será =
Agora, o outro intercepto (do eixo horizontal). Faremos os mesmos
passos, mas isolaremos o Y e faremos P = 0.
Y = c – d.p; agora, vamos substituir P = 0:
Y = c – d.0; como d.0 = 0, temos que:
Y=c
Ou seja, quando P = 0, Y = c.
Vamos, agora, adaptar a figura 21 a essa questão? Ficará assim:
EPD= ∞
00000000000
C/D
EPD > 1  Demanda elástica
C/2D
EPD = 1
E
EPD < 1  Demanda inelástica
EPD= 0
O
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C/2
C
Quantidades
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Assim, vimos que C/2D é ponto médio do eixo vertical. Se esse bem for
vendido ao preço C/2D e for consumido com a quantidade C/2, esse bem
estará em equilíbrio e terá EPD = 1.
Para que o bem seja transacionado na parte inelástica da demanda, o
preço do bem deverá ser MENOR que C/2D.
Dessa forma, correta a alternativa D.
Gabarito: D
42. (FGV - 2008 – ICMS/RJ) - Uma seca no Centro-Oeste reduz a
produção de soja. Ao mesmo tempo, é divulgado um estudo que
mostra que o consumo de derivados de soja eleva o risco de
problemas cardíacos. Com base nesses dois eventos, a respeito do
preço e da quantidade de equilíbrio no mercado de soja, é correto
afirmar que:
(A) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com
o preço.
(B) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(C) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o que ocorre
com o preço.
(D) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(E) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
com as informações do enunciado.
COMENTÁRIOS:
A questão nos passa duas informações:
1 – Seca no Centro-oeste reduz a produção de soja: tal acontecimento
reduzirá a oferta, deslocando a sua curva para a esquerda e para cima
(curva O2, vermelha).
00000000000
2 – Estudo mostra que consumo de derivados de soja eleva o risco de
problemas cardíacos: o estudo agirá nas preferências dos consumidores e
desincentivará o consumo de soja, provocando o deslocamento da curva
de demanda para a esquerda e para baixo (curva D2, azul).
Veja graficamente os deslocamentos das curvas de oferta e demanda
resultantes dos acontecimentos narrados no enunciado:
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O2
Preços
Equilíbrio
inicial
O1
O1
PE1
PE2
E1
PE1
E2
E1
D1
QE1
D2
Quantidades
QE2
D1
QE1
Após a interação e o novo equilíbrio, verificamos que, com certeza, a
quantidade transacionada será reduzida (QE1  QE2). Quanto ao preço,
não temos certeza. No desenho que eu fiz, por acaso, houve redução de
preço, mas poderia também haver aumentou de preço ou a sua
manutenção no mesmo patamar. Isto porque a redução da oferta provoca
aumento de preços, ao passo que a redução da demanda provoca
diminuição de preços. Ou seja, em relação ao nível de preços, um
acontecimento anula o outro e não é possível saber, a priori, qual será o
efeito vencedor.
GABARITO: A
43. (FGV – ICMS/RJ – 2011) - As recentes chuvas na região
serrana do Rio de Janeiro reduziram a produção de verduras. Ao
mesmo tempo, o governo realiza uma campanha para divulgar os
benefícios de uma alimentação rica em verduras.
Com base nesses dois eventos, a respeito do preço e da
quantidade de equilíbrio no mercado de verduras, é correto
afirmar que
(A) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
com as informações do enunciado.
(B) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com
o preço.
(C) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(D) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(E) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o ocorre com o
preço.
00000000000
COMENTÁRIOS:
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Temos dois acontecimentos a serem analisados:
1 – As recentes chuvas deslocam a curva de oferta para a esquerda e
para cima, reduzindo as quantidades e aumentando os preços;
2 – A companha realizada pelo governo desloca a curva a curva de
demanda para a direita e para cima, aumentando as quantidades e
aumentando os preços.
Juntando os dois acontecimentos, vemos que ambos provocam aumento
de preços. Em relação às quantidades, não é possível determinar o que
ocorre, pois as chuvas reduzem as quantidades, ao passo que a
campanha aumenta as quantidades, não sendo possível, a priori, saber
qual será o efeito resultante.
GABARITO: C
44. (FGV – ECONOMISTA – CODEBA/BA – 2010) - Se a partir de
uma posição de equilíbrio estável a oferta de uma mercadoria
cresce, enquanto que a demanda do mercado permanece
constante,
(A) o preço de equilíbrio decresce.
(B) as quantidades de equilíbrio sobem.
(C) ambos os preços e as quantidades de equilíbrio decrescem.
(D) o preço de equilíbrio sobe, mas a quantidade de equilíbrio desce.
(E) ambos os preços e as quantidades de equilíbrio sobem.
COMENTÁRIOS:
Se a oferta de uma mercadoria cresce, a curva de oferta é deslocada para
a direita e para baixo. Considerando que a demanda não muda, o novo
equilíbrio apontará preço de equilíbrio menor e quantidade de
equilíbrio maior, em virtude do aumento da oferta.
00000000000
GABARITO: B
45. (FGV – ECONOMISTA – CODEBA/BA – 2010) - Considere um
mercado competitivo de um bem normal que esteja operando em
seu ponto de equilíbrio. O que acontecerá com o preço e a
quantidade de equilíbrio se houver um aumento de renda da
população e um aumento nos preços dos insumos para o produto
desse mercado, mantido tudo o mais constante?
(A) O preço aumenta, e a quantidade diminui.
(B) O preço aumenta, e a quantidade aumenta.
(C) O preço diminui, e nada se pode afirmar sobre a variação na
quantidade.
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(D) O preço aumenta, e nada se pode afirmar sobre a variação na
quantidade.
(E) O preço diminui, e a quantidade aumenta.
COMENTÁRIOS:
O aumento de renda, para um bem normal, deslocará a sua curva de
demanda para a direita e para cima, fazendo aumentar os preços e as
quantidades de equilíbrio.
O aumento nos preços dos insumos deslocará a curva de oferta para a
esquerda e para cima, fazendo aumentar os preços e reduzir as
quantidades de equilíbrio.
Como resultado final, sabemos com certeza que os preços aumentarão,
pois o aumento de demanda e a redução de oferta apontam neste mesmo
sentido. Em relação às quantidades, nada se pode afirmar, pois o
aumento de demanda aumenta as quantidades de equilíbrio, mas a
redução da oferta as faz diminuir, não sendo possível afirmar qual é o
resultado final.
GABARITO: D
46. (FGV – ECONOMISTA – CAERN – 2010) – Aqueles bens que
têm sua demanda reduzida quando o preço de outro bem
relacionado aumenta podem ser chamados de bens
A) complementares
B) inferiores
C) normais
D) substitutos
E) de Giffen
COMENTÁRIOS:
00000000000
Questão bastante simples! A resposta é a letra A.
Dois bens são complementares quando o consumo de um deles pressupõe
o consumo do outro (exemplo: DVD e aparelho de DVD). Neste caso, o
aumento no preço de um dos dois bens fará diminuir não só a sua própria
demanda, mas também reduzirá a demanda do outro bem, uma vez que
o consumo é associado ou complementar. Por exemplo, se o preço dos
aparelhos de DVDs aumentar, sua demanda será reduzida.
Consequentemente, a demanda de DVDs também será reduzida, pois
menos pessoas terão aparelhos de DVDs, em virtude da alta de seu
preço.
GABARITO: A
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47. (FGV – ECONOMISTA – CAERN – 2010) – Com base na
elasticidade preço da demanda, considere um produto cuja
quantidade demandada reduziu-se em 30% quando o preço
aumentou de R$ 2,00 para R$ 2,40. Esse produto é um bem
(A) equilibrado.
(B) elástico.
(C) perfeitamente elástico.
(D) inelástico.
(E) perfeitamente inelástico.
COMENTÁRIOS:
O valor da elasticidade será:
DEMANDA ELÁSTICA,
EPD > 1
EPD =
Obs: a variação percentual do preço é de 20%, pois o preço aumenta de
R$ 2,00 para R$ 2,40 (0,40 equivalem a 20% de R$ 2,00).
GABARITO: B
48. (FGV – ECONOMISTA – CODESP – 2010) - Os bens que têm sua
demanda reduzida quando o preço de outro bem relacionado cai
podem ser chamados de bens
a) complementares.
b) inferiores.
c) normais.
d) substitutos.
e) de Giffen.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Quando a demanda de um cai em virtude da redução de preço de outro
(isto é, aumento da demanda), isto significa que estes bens são
substitutos.
GABARITO: D
49. (FGV – ECONOMISTA – BADESC – 2010) - Com relação à
classificação de bens como normais, inferiores, de Giffen,
substitutos e complementares, analise as afirmativas a seguir.
I. Para bens complementares a elasticidade-preço cruzada da
demanda é negativa.
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II. Em bens de Giffens a demanda é infinitamente elástica e,
portanto, um aumento de preços faz com que sua demanda
permaneça constante, em vez de cair como em um bem normal.
III. Para bens normais, um aumento no preço do produto eleva o
excedente dos consumidores cuja área está abaixo da curva da
demanda.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTÁRIOS:
I. Correta.
II. Incorreta. Bem de Giffen é o bem que nega a lei da demanda, ou seja,
um aumento de preços faz com que sua demanda AUMENTE. Ademais, o
bem que obedece à lei da demanda não é chamado de bem normal. O
bem normal é aquele que tem sua demanda aumentada em virtude do
aumento de RENDA dos consumidores.
III. Incorreta. Como já foi comentado na assertiva II, bem normal é
aquele bem que tem sua demanda aumentada em virtude do aumento de
renda. Ademais, quando o preço de um produto aumenta, o excedente
dos consumidores é REDUZIDO.
GABARITO: A
50. (FGV - BADESC – ECONOMISTA – 2010) - No ano de 2009, a
renda do Sr. Rozier aumentou de $ 30.000 para $ 45.000. Nesse
ano, suas compras de livros aumentaram de 20 para 25.
A elasticidade-renda da demanda do Sr. Rozier para o consumo de
livros é:
a)0,25.
b)0,50.
c)1,00.
d)2,00.
e)4,00.
00000000000
COMENTÁRIOS:
ERD =
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A variação percentual da renda é igual a +50%, pois ela aumentou de
30.000 para 45.000 [(45000 – 30000)/30.000=0,5].
A variação percentual da quantidade é igual a +25%, pois ela aumentou
de 20 para 25 [(5/20)=0,25].
Então,
ERD =
GABARITO: B
51. (FGV – AUDITOR – TCM/RJ – 2008) - Uma geada na Flórida
reduz a produção americana de laranjas. Ao mesmo tempo, é
divulgado um estudo que mostra que o consumo de suco de
laranja reduz os riscos cardíacos. Com base no trecho acima, a
respeito do preço e quantidade de equilíbrio no mercado de
laranjas, pode-se concluir que:
A) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
B) o preço e a quantidade aumentarão.
C) o preço cairá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
D) o preço e a quantidade cairão.
E) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
somente com as informações fornecidas.
COMENTÁRIOS:
A geada na Flórida reduzirá a oferta de laranjas, de tal forma que a curva
de oferta de laranjas será deslocada para cima e para a esquerda, no
sentido de aumento dos preços e redução da quantidade.
00000000000
O estudo que mostra os efeitos benéficos do suco de laranja para a saúde
aumentará a demanda, de tal forma que a curva de demanda será
deslocada para cima e para a direita, no sentido de aumento dos preços e
aumento da quantidade.
Analisando os dois acontecimentos, chegamos à conclusão que, com
certeza, haverá aumento de preços. Em relação à quantidade, não
temos meios de afirmar o que ocorrerá, pois um acontecimento
aumenta a quantidade (o estudo), ao passo que outro acontecimento
reduz a quantidade (a geada).
GABARITO: A
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52. (FGV – ICMS/RJ – 2007) Em mercados concorrenciais, o preço
de equilíbrio faz com que a quantidade demandada se iguale à
ofertada. Suponha que a curva de oferta de um determinado bem
seja perfeitamente elástica e que tal bem seja considerado normal
pelos consumidores. Caso a renda dos consumidores aumente (e
tudo o mais permaneça constante), pode-se afirmar que o preço e
a quantidade de equilíbrio deverão, respectivamente:
(A) aumentar e permanecer inalterada.
(B) diminuir e aumentar.
(C) permanecer inalterado e aumentar.
(D) aumentar e diminuir.
(E) diminuir e permanecer inalterada.
COMENTÁRIOS:
Se a curva de oferta for perfeitamente elástica (figura 23.a), ela será
paralela ao eixo das quantidades (eixo X).
Caso a renda dos consumidores aumente, a curva de demanda será
deslocada para a direita e para cima. O novo equilíbrio, considerando que
a curva de oferta é horizontal, mostrará que haverá quantidade maior e o
preço não se alterará.
GABARITO: C
53. (FGV – ICMS/RJ – 2007) Pode-se afirmar que um indivíduo
considera um bem inferior se:
(A) uma redução no preço do bem faz o consumo do indivíduo diminuir.
(B) um aumento no preço de um bem substituto faz seu consumo
aumentar.
(C) a renda do indivíduo diminui quando o preço do bem aumenta.
(D) o indivíduo decidir não consumir o bem.
(E) uma redução em sua renda faz seu consumo do bem aumentar.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Bem inferior é aquele em que o aumento de renda provoca redução na
sua demanda ou no seu consumo.
GABARITO: E
54. (FGV - ECONOMISTA Jr. - POTIGÁS - 2006) - A elasticidade
cruzada da demanda de dois bens é positiva. É correto concluir
que os referidos bens são classificados como:
a) substitutos.
b) complementares.
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c) supérfluos.
d) inferiores.
e) necessários.
COMENTÁRIOS:
Se a elasticidade cruzada é positiva, os bens são substitutos.
GABARITO: A
55. (FGV – ECONOMISTA – POTIGÁS – 2006) - A função Procura
depende dos fatores abaixo enumerados, à exceção de um.
Assinale-o.
A) atitudes e preferências dos consumidores
B) alterações na estrutura tecnológica
C) número de consumidores potenciais
D) preços dos bens substitutos
E) preços dos bens complementares
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item referente à oferta, a tecnologia é um fator que
altera a oferta e não a demanda/procura. Portanto, incorreta a assertiva
B, pois alterações na estrutura tecnológica alteram a função Oferta e não
função Procura/demanda.
GABARITO: B
56. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - Conforme o
estudo da Lei da oferta, assinale a alternativa correta.
(A) Uma curva típica de oferta evidencia, coeteris paribus, que as
Quantidades ofertadas de um Bem “i” (Qsi) crescem ̀ medida que os
Preços desse bem “i” (Pi) diminuem.
(B) Na teoria da oferta existe uma relação direta ou diretamente
proporcional entre o Preço do bem “i” (Pi) e a Quantidade ofertada desse
bem “i” (Qsi), coeteris paribus, ou seja, mantendo-se as outras variáveis
pertinentes à teoria da oferta constantes.
(C) A forma da curva de oferta normal implica que, coeteris paribus,
quanto maior o Preço do bem “i” (Pi), maior a Quantidade demandada
desse bem “i” (Qdi).
(D) A Quantidade ofertada é a quantidade máxima de um bem ou serviço,
que os compradores estão dispostos a vender por certo preço, num
intervalo fixo de tempo.
(E) Uma curva típica de oferta implica que, coeteris paribus, quanto maior
o preço do bem “i” (Pi) menor a Quantidade ofertada desse bem “i” (Qsi),
coeteris paribus.
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COMENTÁRIOS:
Vamos à análise por alternativas:
a) Incorreta. Uma curva típica de oferta evidencia, coeteris paribus, que
as Quantidades ofertadas de um Bem “i” (Qsi) crescem ̀ medida que os
Preços desse bem “i” (Pi) aumentam.
b) Correta.
c) Incorreta. A forma da curva de oferta normal implica que, coeteris
paribus, quanto maior o Preço do bem “i” (Pi), maior a Quantidade
ofertada desse bem “i” (Qdi).
d) Incorreta. A Quantidade ofertada é a quantidade máxima de um bem
ou serviço, que os produtores/vendedores estão dispostos a vender
por certo preço, num intervalo fixo de tempo.
e) Incorreta. Uma curva típica de oferta implica que, coeteris paribus,
quanto maior o preço do bem “i” (Pi) maior a Quantidade ofertada desse
bem “i” (Qsi), coeteris paribus.
GABARITO: B
57. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - De acordo com o
estudo da Teoria da Demanda e com relação às curvas de
demanda, assinale a alternativa correta.
(A) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da
demanda são: Preço do bem “i” (Pi); Preço de outros bens (Pn); Preço
dos fatores de produção e a Tecnologia (T), em um dado período de
tempo.
(B) A curva de Demanda (Do) é representada graficamente por meio de
uma reta ou curva ascendente da esquerda para a direita.
(C) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a esquerda formando a
curva de Demanda (D1), quando ocorrer um aumento da Renda Real do
consumidor (coeteris paribus).
(D) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da
demanda são: Preço do bem “i” (Pi); Preço dos bens substitutos (Ps);
Preço dos bens complementares (Pc): Renda (R) e o Gosto do consumidor
(G), em um dado período de tempo.
(E) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a direita formando a curva
de Demanda (D1), quando ocorrer uma redução da Renda Real do
consumidor (coeteris paribus).
00000000000
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas:
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a) Incorreta. A assertiva citou as variáveis mais relevantes à teoria da
oferta e não da demanda.
b) Incorreta. A curva de demanda é descendente da esquerda para a
direita. Ascendente é a curva de oferta.
c) Incorreta. Quando a renda real12 do consumidor aumenta, a curva de
demanda se desloca para a direita. Veja a figura 03.
d) Correta.
e) Incorreta. Quando ocorre redução da renda real do consumidor, a
curva de demanda se desloca para a esquerda.
GABARITO: D
58. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - Com referência à
Elasticidade-preço da demanda (Epd), assinale a alternativa
correta.
(A) Quando a Elasticidade-preço da demanda (Epd) for maior do que 1,
Epd > 1, a demanda é inelástica.
(B) A Elasticidade-preço da demanda (Epd) mede a sensibilidade da
oferta a variações no preço.
(C) Uma curva de demanda retilínea possui Elasticidade-preço da
demanda (Epd) menor do que 1, Epd < 1, na parte acima do Ponto Médio
do segmento.
(D) Quando a Elasticidade-preço da demanda (Epd) for menor do que 1,
Epd < 1, a demanda é elástica.
(E) Uma curva de demanda retilínea possui Elasticidade-preço da
demanda (Epd) igual a 1, no Ponto Médio do segmento.
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas,
00000000000
a) Incorreta. Quando Epd>1, demanda é elástica.
b) Incorreta. Epd mede a sensibilidade da demanda a variações no preço.
c) Incorreta. Epd<1 na parte abaixo do ponto médio do segmento (ver
figura 21).
d) Incorreta. Quando Epd<1, demanda é inelástica.
e) Correta. Ver figura 21.
12Ao
longo do curso, explicaremos a diferença entre renda real e renda nominal. Por
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GABARITO: E
59. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - De acordo com a
Elasticidade-renda da demanda (Erd), assinale a alternativa
correta.
(A) A Elasticidade-renda da demanda (Erd) é a relação entre a razão
percentual da quantidade demandada da mercadoria, dada uma variação
percentual no preço dessa mercadoria.
(B) Quando a Elasticidade-renda da demanda (Erd) for positiva e maior
do que 1, Erd > 1, significa que o bem é inferior.
(C) Quando a Elasticidade-renda da demanda (Erd) for positiva e maior
do que zero, Erd > 0, e também, menor do que 1, Erd < 1, significa que o
bem é normal.
(D) Quando a Elasticidade-renda da demanda for menor do que zero, Erd
< 0, significa que o bem é superior.
(E) Quando a Elasticidade-renda da demanda for positiva e maior do que
zero, Erd > 0, e também, menor ou igual a 1, Erd ≤ 1, significa que o
bem é inferior.
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas,
a) Incorreta. Erd é a relação entre a razão percentual da quantidade
demandada da mercadoria, dada uma variação percentual na renda
dessa mercadoria.
b) Incorreta. Quando Erd>1, o bem é de luxo ou superior.
c) Correta. Ver quadro do item 3.2.
d) Incorreta. O bem é superior quando Erd>1.
e) Incorreta. O bem é inferior quando Erd<0.
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GABARITO: C
60. (FUNIVERSA - Economista - EMBRATUR - 2011) - Com relação
à lei da demanda e da oferta, assim como aos deslocamentos das
curvas de demanda e da oferta, assinale a alternativa correta.
(A) Ocorrendo uma redução de demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá uma redução das quantidades transacionadas, e os
preços, também, reduzirão.
(B) Ocorrendo uma expansão da demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá um aumento nas quantidades transacionadas, e os preços
diminuirão.
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(C) Existe uma relação direta ou diretamente proporcional entre o preço
do bem e a quantidade demandada desse bem, coeteris paribus.
(D) Existe uma relação indireta ou inversamente proporcional entre o
preço do bem e a quantidade ofertada desse bem, coeteris paribus.
(E) Ocorrendo uma redução de demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá uma redução nas quantidades transacionadas, enquanto
os preços aumentarão.
COMENTÁRIOS:
(A) Correta. A redução de demanda desloca a sua curva para a esquerda
e para baixo. O resultado será a redução dos preços e das quantidades
transacionadas de equilíbrio.
(B) Incorreta. Ocorrendo uma expansão da demanda, sua curva será
deslocada para a direita e para cima, aumentando os preços e as
quantidades transacionadas de equilíbrio.
(C) Incorreta. A relação entre preço e quantidade demandada é indireta,
ou indiretamente proporcional (isto é, quanto maior o preço, menor a
quantidade demandada).
(D) Incorreta. A relação entre preço e quantidade ofertada é direta, ou
diretamente proporcional (isto é, quanto maior o preço, maior a
quantidade ofertada).
(E) Incorreta. A redução de demanda desloca a sua curva para a
esquerda e para baixo. O resultado será a redução dos preços e também
das quantidades transacionadas de equilíbrio.
GABARITO: A
61. (FUNIVERSA - Economista - EMBRATUR - 2011) - Acerca da
elasticidade-renda da demanda (Erd), assinale a alternativa
correta.
(A) A mercadoria é um bem normal quand Erd < 0, portanto, negativa, ou
seja, com um aumento da renda, a quantidade demandada da mercadoria
diminui.
(B) A mercadoria é um bem inferior quando Erd > 1, portanto positiva,
isto é, ocorre quando a quantidade demandada da mercadoria sobre
proporcionalmente mais que a renda.
(C) O bem é normal quando Erd = 0, pois variações na renda não alteram
o seu consumo.
(D) A situação em que 0 < Erd < = 1 ocorre quando um aumento na
renda ocasionar um aumento na quantidade consumida em uma
proporção menor ou igual à do aumento na renda. Nessa condição,
portanto, a mercadoria é um bem superior.
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(E) A Erd é a razão entre a variação percentual da quantidade demandada
da mercadoria e a variação percentual da renda do consumidor, coeteris
paribus.
COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, vamos definir a elasticidade renda da demanda: é a
razão entre a variação percentual da quantidade demandada da
mercadoria e a variação percentual da renda do consumidor, coeteris
paribus. Portanto, já podemos afirmar que a alternativa E está correta.
Vejamos os erros das outras alternativas:
(A) Incorreta. Bem normal, por definição, é o bem que tem sua demanda
aumentada depois de um aumento de renda. Neste caso, a Erd será
maior que 0, pois as variações percentuais caminharão sempre no mesmo
sentido (aumenta renda --> aumenta demanda; diminui renda -->
diminui demanda).
(B) Incorreta. Bem inferior, por definição, é o bem que tem sua demanda
reduzida depois de um aumento de renda. Neste caso, a Erd será menor
que 0, pois as variações percentuais caminharão sempre no sentido
inverso (aumenta renda --> diminui demanda; diminui renda -->
aumenta demanda).
(C) Incorreta. Na letra A, já definimos que, para o bem normal, Erd > 0.
Bens que possuem Erd = 0 são chamados de bens de consumo saciado.
Para estes, a variação da renda não implica variações em sua demanda.
(D) Incorreta. Bem superior é aquele cuja demanda aumenta em
proporção maior que o aumento de renda. Neste caso, a variação
percentual da demanda é maior que a variação percentual da renda, o
que nos dá uma Erd maior que 1 quando o bem é superior (Erd > 1).
(E) Correta.
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GABARITO: E
62. (FUNIVERSA – Economista – EMBRATUR – 2011) – A respeito
da elasticidade preço da procura (Epp) e da elasticidade preço da
oferta (Eps), assinale a alternativa correta.
(A) Quando Epp for maior que 1, |Epp|>1, a procura é inelástica.
(B) Quando Eps for maior que 1, |Eps|>1, a oferta é inelástica.
(C) Quando Epp for maior que 1, |Epp|>1, a procura é elástica.
(D) Quando Epp for menor que 1, |Epp|<1, a procura é elástica.
(E) Quando Eps for menor que 1, |Eps|<1, a procura é elástica.
COMENTÁRIOS:
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Questão bastante simples, ainda mais se levarmos em consideração que
foi aplicada em uma prova para economistas. Vou partir diretamente para
a análise das alternativas:
(A) Incorreta. Quando Epp for maior que 1, |Epp|>1, a procura é
ELÁSTICA.
(B) Incorreta. Quando Eps for maior que 1, |Eps|>1, a oferta é ELÁSTICA.
(C) Correta.
(D) Incorreta. Quando Epp for menor que 1, |Epp|<1, a procura é
INELÁSTICA.
(E) Incorreta. Quando Eps for menor que 1, |Eps|<1, a procura é
INELÁSTICA.
GABARITO: C
63. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – CEB – 2010) - Segundo o
estudo da Teoria da Oferta e com relação às curvas de Oferta,
assinale a alternativa correta.
(A) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da oferta
são: Preço do bem “i” (Pi); Preço de outros bens (Pn); Preço dos fatores
de produção ( m) e a Tecnologia (T), em um dado período de tempo.
(B) A curva de oferta (So) desloca-se para a esquerda formando a curva
de oferta (S1), quando ocorrer uma redução no preço da matéria-prima.
(C) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da oferta
são: Preço do bem “i” (Pi); Preço dos bens substitutos (Ps); Preço dos
bens complementares (Pc): Renda (R) e o Gosto do consumidor (G), em
um dado período de tempo.
(D) A curva de oferta (So) é representada graficamente por meio de uma
reta ou curva descendente da esquerda para a direita.
(E) A curva de oferta (So) desloca-se para a direita formando a curva de
oferta (S1), quando ocorrer um aumento no preço da matéria-prima.
00000000000
COMENTÁRIOS:
Vamos às alternativas,
a) Correta. Apenas ressalto que o preço dos fatores de produção13
significam os custos de produção, por isso, eles influenciam a curva de
oferta.
b) Incorreta. A curva de oferta (So) desloca-se para A DIREITA
formando a curva de oferta (S1), quando ocorrer uma redução no preço
da matéria-prima.
13
Nas aulas sobre produção e custos, falaremos bastante sobre os fatores de produção.
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c) Incorreta. As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria
da DEMANDA são...
d) Incorreta. A curva de DEMANDA (So) é representada...
e) Incorreta. A curva de oferta (So) desloca-se para A ESQUERDA
formando a curva de oferta (S1)....
GABARITO: A
64. (CEPERJ – Economista – CEDAE/RJ – 2009) – Para um bem
normal X, considere os dados abaixo:
Preço
R$ 5,00
R$ 10,00
Quantidade
1000
500
Por meio do cálculo da elasticidade preço da demanda no arco,
pode-se afirmar que a demanda do produto é:
A) infinitamente elástica
B) elástica
C) inelástica
D) perfeitamente inelástica
E) preço unitária
COMENTÁRIOS:
Para esta questão, temos:
P = (10 – 5) = 5
Q = (500 – 1000) -500
Observe que a questão fala da elasticidade no arco. Assim, os valores de
preço e quantidade que utilizaremos serão:
00000000000
P = (5 + 10)/2 = 7,5
Q = (1000 + 500)/2 = 750
Agora, basta substituir os valores encontrados na fórmula da EPD:
Como foi dito na aula, consideramos o valor absoluto (ignoramos o sinal
de menos) da elasticidade (EPD=1), de tal forma que podemos afirmar
que a demanda do produto tem elasticidade preço unitária.
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GABARITO: E
65. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – Sobre o coeficiente de elasticidade preço da demanda
pode-se afirmar que:
A) ele é igual à inclinação da curva de demanda.
B) ele é igual à variação da quantidade demandada dada uma variação do
preço do bem.
C) ele é igual à variação percentual da quantidade demandada dada uma
variação percentual no preço do bem.
D) ele é sempre igual a um.
E) ele mede a reação do consumidor frente a alterações na sua renda.
COMENTÁRIOS:
A) Incorreta. Os valores da inclinação e do coeficiente de EPD são:
çã
Veja que são coisas diferentes. A inclinação da curva de demanda não é
igual à elasticidade preço da demanda.
Obs: se você não entendeu porque a inclinação da curva de demanda é
igual a P/ Q, não se preocupe. Falaremos sobre isso no início da
próxima aula.
B) Incorreta. Pelo que foi dito na assertiva, teríamos uma EPD desta
forma:
00000000000
Mas o correto seria isto:
Ou seja, faltou o termo variação “percentual”.
C) Correta.
D) Incorreta. Absurda!
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E) Incorreta. Mede a reação do consumidor frente a alterações nos
preços.
GABARITO: C
66. (CEPERJ – Economista – CEDAE/RJ – 2009) – Considerando
um bem com demanda inelástica em relação a variações em seu
preço, pode-se afirmar que:
A) uma queda no seu preço, ceteris paribus, manterá constante o
dispêndio do consumidor com o bem.
B) sua curva de demanda será uma reta paralela ao eixo dos preços.
C) sua curva de demanda será paralela ao eixo das quantidades.
D) uma queda no seu preço, ceteris paribus, provoca aumento no
dispêndio do consumidor com o bem.
E) um aumento no seu preço, ceteris paribus, provoca um aumento no
dispêndio total do consumidor com o bem.
COMENTÁRIOS:
Esta questão relaciona a elasticidade preço da demanda e a receita total
dos produtores (que é o mesmo que o dispêndio do consumidor).
Se a demanda é inelástica, isto significa que uma queda no preço fará a
quantidade demandada aumentar em um percentual menor que a queda
de preço. Ou seja, se o preço cair, o dispêndio do consumidor cai (que é o
mesmo que falar que a receita do produto cai).
Por outro lado, com a demanda inelástica, se o preço aumenta, isto
significa que a quantidade demandada será reduzida em um percentual
menor que o aumento de preço. Ou seja, neste caso, ocorrerá um
aumento no dispêndio total do consumidor. Portanto, correta a assertiva
E.
Vejamos agora os erros das outras assertivas:
00000000000
A) Incorreta. O dispêndio será constante no caso de uma elasticidade
preço unitária.
B) Incorreta. Este é o caso da demanda perfeitamente elástica, e não da
demanda inelástica.
C) Incorreta. Este é o caso da demanda completamente inelástica, e não
da demanda inelástica.
D) Incorreta. Uma queda no preço provocará redução no dispêndio do
consumidor.
GABARITO: E
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67. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – Um consumidor cuja renda é de R$ 500 adquire 20
unidades de um determinado bem. Quando sua renda se eleva
para R$ 700, ele passou a comprar 30 unidades. O tipo de bem
adquirido pelo consumidor é um:
A) bem normal
B) bem inferior
C) bem de consumo saciado
D) bem de luxo
E) bem de Giffen
COMENTÁRIOS:
Observe que a renda aumentou em 40% e o consumo aumentou em
50%. Ou seja, temos, neste caso, uma elasticidade renda da demanda:
Ou seja, temos ERD>1 e o bem é, portanto, de luxo. Isto significa que
quando a renda cresce o consumo do bem cresce em proporção maior
que o aumento de renda.
Alguns autores definem como bem normal aquele com ERD>0, e
simplesmente ignoram o conceito do bem de luxo. Conforme vimos
acima, estes autores não interessam para a banca! Assim:


se tivermos 1>ERD>0, o bem é normal;
se ERD>1, o bem é de luxo (ou superior).
GABARITO: D
68. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – No caso de bens substitutos, o coeficiente de
elasticidade preço-cruzada da demanda será sempre:
A) maior que zero
B) menor que zero
C) igual a zero
D) igual a um
E) maior que um
00000000000
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos, se os bens são substitutos, a elasticidade preço-cruzada
será sempre positiva (ou maior que zero).
GABARITO: A
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69. (CEPERJ – Analista de Planejamento e Orçamento –
SEPLAG/RJ – 2010) – Um bem de luxo possui coeficiente de
elasticidade renda da demanda:
A) igual a um
B) igual a zero
C) menor do que zero
D) maior do que um
E) maior do zero e menor do que um
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos na questão passada, um bem de luxo possui ERD>1.
GABARITO: D
70. (FUNDATEC – Economista – Pref. Gravataí – 2006) - O cálculo
do coeficiente da elasticidade-preço da demanda de um bem
normal resulta
A) das variações percentuais das quantidades demandadas como uma
relação direta às variações percentuais dos preços.
B) do deslocamento da curva de demanda do consumidor para o bem em
decorrência da variação de sua renda nominal.
C) das alterações da função de demanda do bem em reação às variações
de sua renda real.
D) das variações percentuais das quantidades demandadas como uma
relação inversa às variações percentuais dos preços.
E) das variações das quantidades demandadas em relação às mudanças
nas preferências.
Comentários:
Questão simples. Bastava saber o conceito (ou a fórmula) da elasticidade
preço da demanda, que significa as variações percentuais da quantidade
demandada em resposta a uma mudança de preço. Valendo ressaltar que
esta relação entre quantidade demandada e preço é uma relação inversa
(uma variável aumenta, a outra diminui; e vice-versa).
00000000000
Gabarito: D
71. (FUNDATEC – Economista - DETRAN/RS – 2009) – As
afirmações seguintes dizem respeito à demanda de um
consumidor individual por um descrito como normal:
I. Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará
maximizando a utilidade.
II. Ocorrendo elevação da renda real do consumidor, toda a curva
de demanda se deslocará para a direita.
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III. Ocorrendo uma redução do preço relativo do bem, o
consumidor poderá obter um nível mais elevado de utilidade, que
corresponde a um ponto na mesma curva de demanda.
Quais estão corretas?
(A) apenas I.
(B) apenas II.
(C) apenas III.
(D) apenas I e II.
(E) I, II e III.
Comentários:
I. Correta. Um ponto ao longo da curva de demanda significa que, para
um dado preço, o consumidor extrai a máxima utilidade possível se
consumir uma determinada quantidade do produto. Assim, um ponto ao
longo da curva de demanda significa um ponto onde o consumidor
maximiza sua utilidade (ou satisfação).
II. Correta. Se a renda aumenta (e o bem é normal), a curva de demanda
se desloca para a direita.
III. Correta. Se o preço diminui, o consumidor consegue consumir
maiores quantidades de determinada mercadoria, alcançando, assim,
mais satisfação (ou utilidade). Por isso, a assertiva é certa.
PS: esta assertiva III (e a I também) é melhor entendida quando
estudamos “teoria do consumidor”. No entanto, este assunto não está
previsto no edital da CAGE/SEFAZ/RS. Por isso, não podemos nos dar ao
luxo de estudar um tema grande como a teoria do consumidor apenas
para esclarecer um ponto ou outro do estudo da demanda. Assim, não se
preocupe tanto se esta assertiva III não ficou tão clara como deveria ;-)
Esta questão do concurso do DETRAN/RS foi cobrada em concurso para
economista.
00000000000
Gabarito: E
72. (FUNDATEC – Economista - DETRAN/RS – 2009) – A
elasticidade preço da demanda por insumos será tanto mais
elástica quanto
(A) maior for o preço do produto em cuja produção o insumo é utilizado.
(B) mais substitutos o insumo tiver.
(C) menor for a elasticidade preço de outros insumos.
(D) menos substitutos o insumo tiver.
(E) menor for a elasticidade preço da demanda do produto em cuja
produção o insumo é utilizado.
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Comentários:
Esta questão trata de um assunto mais complexo do que parece! A
questão trata da elasticidade preço de insumos (ou fatores de produção).
Na aula 02, falaremos o que são fatores de produção (ou insumos). A
elasticidade preço de insumos geralmente é vista quando se estuda o
mercado de trabalho (pois o trabalho é um insumo/fator de produção).
Em materiais para concurso, eu só ministro este tema na matéria
Economia do Trabalho (que é cobrada no concurso de Auditor Fiscal do
Trabalho). Em livros de Microeconomia, o tema é estudado (quando se
toca no assunto) lá no final do livro.
De qualquer forma, utilizando a mesma lógica que vimos na aula, onde
estudamos a elasticidade preço de um bem (e não dos insumos),
podemos resolver a questão facilmente. Nós vimos que, quanto mais
substitutos um bem tiver, mais elástica é a sua demanda em relação ao
preço. Sendo assim, a letra B é o gabarito (e a D está errada).
Agora, vamos tentar entender os erros das letras A, C e E. Lembrando
que esta questão foi retirado de um concurso exclusivo para economista e
estamos explicando um tópico mais avançado (que não consta no edital,
mas que julgo relevante explicar ;-).
Um insumo (veremos melhor a definição na aula 02) é algo que as
empresas utilizam para viabilizar sua produção. Por exemplo, uma
máquina pode ser considerada um insumo.
Já a elasticidade preço deste insumo seria a variação percentual da
quantidade demandada de máquinas/insumos em resposta a uma
mudança no preço desta máquina. Ou seja, é rigorosamente a mesma
lógica da elasticidade preço de um bem.
A elasticidade preço de um insumo (no nosso exemplo, a máquina)
depende, dentre outros fatores, do seguinte:
00000000000
1) da elasticidade preço do bem que a máquina fabrica;
2) da competição com outros insumos (substitutos).
(1) Se o preço da máquina (insumo) aumentar, este aumento de custo
será repassado para o preço do produto fabricado pela máquina. Se a
elasticidade preço do produto que a máquina fabrica for elevada, haverá
uma grande redução da quantidade demandada deste produto. Ou seja, a
empresa detentora da máquina ou insumo vai vender menos produtos.
Isto quer dizer que ela acabará reduzindo a produção e, por conseguinte,
comprando menos máquinas (afinal, a máquina serve para produzir o
bem; se o bem passa a ser menos vendido, reduz-se a compra destas
máquinas). Isto será tanto mais relevante quanto maior a elasticidade
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preço da demanda. Assim, quanto maior a EPD do produto em cuja
produção o insumo/máquina é utilizado, maior será também a
elasticidade preço do insumo.
Por isso, está errada a letra E.
2) Um determinado insumo possui concorrentes. Por exemplo, a máquina
de que falamos no nosso exemplo pode ter concorrentes ou substitutos
(por exemplo, pode ser outra máquina, de porte diferenciado ou de outra
marca). Quanto mais concorrentes um insumo tiver, mais elástica será a
sua demanda. Este raciocínio é idêntico àquele apresentado para o
mercado de bens! Portanto, quanto menos substitutos tiver o insumo,
menos elástica será a sua demanda. Desta forma, está errada a letra C.
Por fim, falta só comentarmos a letra A.
Quanto maior o preço de um bem, mais elástica tende a ser sua demanda
(ele deve ter maior peso no orçamento do consumidor). Assim, quanto
maior o preço de um bem, mais elástica tende a ser sua demanda.
Conforme explicamos em (1), quanto mais elástica é a demanda do bem
produzido pelo insumo, mais elástica também é a demanda por este
insumo. Ou seja, segundo nossa argumentação, a letra A também estaria
certa. No entanto, nossa argumentação de que preços elevados indicam
alta EPD pode ser refutada em alguns casos (a situação em que um bem
essencial é caro... mesmo sendo caro, ele baixa EPD, por ser essencial).
Por isto, nesta questão, a melhor alternativa para marcarmos (e que foi o
gabarito definitivo) era a letra B.
A letra A até poderia ser considerada certa, mas com alguma refutação,
enquanto a letra B é, indiscutivelmente, certa.
Gabarito: B
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA
01. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere três bens
denominados bem A, bem B e bem C. Os três bens são
transacionados em mercados em concorrência perfeita e possuem
ofertas independentes, isto é, a curva de oferta de cada um desses
bens não é afetada pelos preços dos outros dois bens. Além disso,
o bem A é substituto do bem C e o bem B é complementar do bem
C. Então:
a) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma
redução no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
b) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma
redução na quantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem B.
c) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na
quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.
d) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no
preço de equilíbrio no mercado do bem B.
e) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma
elevação no preço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na
quantidade de equilíbrio no mercado do bem B.
02. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Com relação ao mecanismo de
funcionamento de mercado é correto afirmar que
a) em se tratando de um bem normal, um aumento na renda dos
consumidores levará a uma redução na quantidade de equilíbrio desse
bem.
b) a curva de demanda de um determinado bem desloca-se para a
esquerda quando o preço desse bem aumenta.
c) um aumento na renda dos consumidores induz uma redução nos
preços de equilíbrio dos bens inferiores.
d) todo bem de Giffen é um produto importado.
e) a posição da curva de oferta de um bem não depende dos preços dos
insumos empregados em sua produção.
00000000000
03. (ESAF - ANALISTA DE ORÇAMENTO – 2001) - Considere a
seguinte curva de demanda linear:
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Considerando
= valor absoluto da elasticidade preço da
demanda, podemos então afirmar que:
a) será igual a 0,5 no ponto médio da curva
b) terá valor constante em todos os pontos da curva
c) será infinito no ponto em que q = 0
d) será igual a 1 no ponto em que p =0
e) será infinito tanto no ponto em que q = 0 quanto no ponto em que p
=0
04. (ESAF – GESTOR/MPOG – 2002) – A curva de oferta mostra o
que acontece com a quantidade oferecida de um bem quando seu
preço varia, mantendo constante todos os outros determinantes
da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva da
oferta se desloca. Indique qual das variáveis abaixo, quando
alterada, não desloca a curva da oferta.
a) Tecnologia
b) Preços dos insumos
c) Expectativas
d) Preço do bem
e) Número de vendedores
05. (ESAF – AFC/STN - 2000) – Caso haja uma geada na região
que produz a alface consumida em uma cidade, pode-se prever
que, no curto prazo, no mercado de alface dessa cidade,
a) a curva de demanda deverá se deslocar para esquerda em virtude da
elevação nos preços, o que fará com que haja uma redução na
quantidade demandada.
b) a curva de oferta do produto deverá se deslocar para a esquerda, o
que levará a um aumento no preço de equilíbrio e a uma redução na
quantidade transacionada.
c) a curva de oferta se deslocará para a direita, o que provocará uma
elevação no preço de equilíbrio e um aumento na quantidade demandada.
d) não é possível prever o impacto sobre as curvas de oferta e de
demanda nesse mercado, uma vez que esse depende de variáveis não
mencionadas na questão.
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e) haverá um deslocamento conjunto das curvas de oferta e de demanda,
sendo que o impacto sobre o preço e a quantidade de equilíbrio
dependerá de qual das curvas apresentar maior deslocamento.
06. (ESAF - ANALISTA BACEN – 2001) – Uma empresa vende seu
produto a preços diferenciados para dois grupos de consumidores.
Supondo- se que essa empresa seja maximizadora de lucro, podese inferir que:
a) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga
o maior preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da
demanda do grupo de consumidores que paga o menor preço por esse
produto.
b) A elasticidade preço da demanda do grupo de consumidores que paga
o menor preço pelo produto é maior do que a elasticidade preço da
demanda do grupo de consumidores que paga o maior preço por esse
produto.
c) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o maior preço pelo
produto são em menor número do que os consumidores que pagam o
menor preço pelo produto.
d) Os consumidores que pertencem ao grupo que paga o menor preço
pelo produto são em menor número do que os consumidores que pagam
o maior preço pelo produto.
e) A diferenciação de preços e a maximização de lucros não são
compatíveis.
07. (ESAF – GESTOR/MPOG - 2003) – Com base no conceito de
elasticidade-cruzada da demanda, é correto afirmar que:
a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é negativa.
b) os bens A e B são complementares se a elasticidade-cruzada da
demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.
c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade- cruzada da
demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.
d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é positiva.
e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada da demanda do
bem A em relação ao bem B é zero.
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08. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) –
Considerando-se uma curva de demanda linear, é correto afirmar
que a elasticidade-preço da demanda
a) é constante ao longo da curva.
b) tem valor unitário para todos os pontos da curva.
c) é igual a zero no ponto médio da curva.
d) tenderá ao infinito se o preço for igual a zero.
e) será maior quanto maior for o preço do bem.
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09. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) – Considere o
valor absoluto das elasticidades. Quanto maior for o número de
substitutos de um determinado bem,
a) mais próximo de zero estará a elasticidade-preço da demanda.
b) menor tenderá ser a elasticidade-preço da demanda.
c) menor tenderá ser a elasticidade-renda da demanda.
d) maior tenderá ser a elasticidade-preço da demanda.
e) mais próximo de um estará a elasticidade-renda da demanda.
10. (ESAF - ANALISTA MPU – ECONOMISTA – 2004) – Considere as
três curvas de demanda representadas graficamente a seguir.
Com base nessas informações, é correto afirmar que
a) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função
representada pelo gráfico (a), é igual a um.
b) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função
representada pelo gráfico (b), é igual a zero.
c) o gráfico (c) representa uma demanda por bens
infinitamente elástica.
d) o gráfico (a) representa uma demanda por bens
absolutamente inelástica.
e) as elasticidades-preço da demanda relacionadas às
gráficos (a) e (b) são idênticas em valores absolutos.
de demanda
de demanda
de procura
de procura
funções dos
11. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Os formuladores de políticas
públicas, muitas vezes, desejam influenciar a quantidade de
cigarros consumidos pela população em função dos efeitos
adversos do fumo sobre a saúde. A política por eles utilizada pode
atingir esse objetivo de duas maneiras:
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I. Comunicados públicos, alertas obrigatórios nas embalagens de
cigarros e proibição de publicidade de cigarros na Televisão e em
Rádio.
II. Elevação do imposto sobre fabricação e consumo dos cigarros.
A Curva de Demanda terá, de acordo com as políticas I e II
utilizadas, os comportamentos expressos em:
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Política I
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
B) Desloca a curva de demanda
para a esquerda.
C) Desloca a curva de demanda
para a direita.
D) Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
E) Desloca a curva de demanda
para a direita.
A)
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Política II
Desloca a curva de demanda para a
direita.
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
Desloca a curva de demanda para a
direita.
Desloca a curva de demanda para a
esquerda.
Resulta em um movimento ao
longo da curva de demanda.
12. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Considere as seguintes
assertivas relativas à elasticidade − preço da demanda:
I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior
que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente
mais que o preço.
II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é
menor que 1, o que significa que a quantidade varia
proporcionalmente menos que o preço.
III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa
por determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da
demanda.
IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II, III e IV.
00000000000
(B) I e II, apenas.
(C) III e IV, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e IV, apenas.
13. (FCC – ICMS/SP – 2013) - Considere:
I. Se a elasticidade-preço da demanda de um bem X é, em módulo,
menor que 1, uma das possíveis explicações para o fato é a
existência no mercado de um grande número de bens substitutos
para o bem X.
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II. Se a demanda do bem X for expressa pela função Q=15000P-2,
onde Q representa a quantidade demandada e P, o preço de
mercado, então a elasticidade-preço da demanda do bem X, em
módulo, é constante e igual a 2
III. Se os bens X e Y forem complementares, então a elasticidadecruzada da demanda do bem X em relação ao preço do bem Y é
positiva.
IV. Se a elasticidade-preço for constante e maior que 1 ao longo
de toda a curva da demanda, um aumento de preço diminuirá o
dispêndio total dos consumidores com o bem.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) II, III e IV.
14. (FCC – Economista – Fhemig – 2013) - Um estudo determinou
que a função de demanda por um determinado bem é linear, com
a seguinte especificação: Qd =a−bP Onde Qd é a quantidade
demandada do bem; P é seu preço; e a e b são parâmetros
positivos. A elasticidade-preço da demanda por esse bem, ao
longo da função de demanda, é
(A) monotonamente crescente.
(B) unitária.
(C) constante, mas diferente de 1.
(D) monotonamente decrescente.
(E) variável, sem direção definida.
15. (FCC – Analista de Regulação – Economista – ARCE – 2012) - A
curva de demanda
(A) em hipótese alguma poderá ter inclinação positiva.
(B) tem sua elasticidade-preco determinada pelo nível geral de precos da
economia.
(C) pode se deslocar em função de alterações na renda do consumidor.
(D) não altera sua posição em função da modificação nos precos de bens
substitutos e complementares.
(E) tem elasticidade-preco constante, qualquer que seja o seu formato.
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16. (FCC – Analista de Controle Externo – TCE/AP – 2012) - O
preço de equilíbrio de mercado do bem X é R$ 120,00 a unidade.
Ocorre uma elevação do preço do bem Y, substituto de X, em
função de uma redução na sua quantidade ofertada no mercado.
Esse fato, tudo o mais constante, provoca o deslocamento da
curva de
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a) oferta do bem X para a esquerda de sua posição original e consequente
aumento de seu preço.
b) demanda do bem Z, complementar de Y, para a esquerda de sua
posição original e consequente aumento de seu preço.
c) demanda do bem Z, complementar de Y, para a direita de sua posição
original e consequente diminuição do preço de Z.
d) demanda do bem X para a direita de sua posição original e
consequente aumento de seu preço.
e) demanda do bem X para a esquerda de sua posição original e,
simultaneamente, da oferta do bem X para a direita de sua posição
original, de modo que é impossível prever a priori qual será o efeito no
preço de X.
17. (FCC – Analista Econômico – Copergás – 2011) - A demanda
do consumidor por um determinado bem
(A) pode ser positivamente inclinada, caso se trate de um bem de Giffen.
(B) é derivada a partir de um mapa de preferências do consumidor com
curvas de indiferença côncavas.
(C) é obtida considerando-se que o consumidor tem renda infinita.
(D) não é afetada pela demanda desse consumidor por outros bens.
(E) pode ser representada por uma reta horizontal, visto que esse
consumidor é muito pequeno ante o tamanho do mercado.
18. (FCC – Analista Superior II – Economista – Infraero – 2011) A respeito da curva de demanda, ́ correto afirmar:
(A) A inclinação da curva de demanda de mercado é positiva porque,
quanto maior o número de consumidores, maior a quantidade demandada
de determinado bem.
(B) A declividade negativa da curva de demanda individual do consumidor
pode ser explicada pelos efeitos renda e substituição.
(C) Os aumentos de renda provocam deslocamentos da curva de
demanda individual do consumidor para a esquerda, no caso de bens
normais.
(D) A redução de precos de bens substitutos leva ao deslocamento da
curva de demanda de mercado para a direita.
(E) Se a curva de demanda individual de um consumidor por um
determinado bem tiver inclinação positiva, então necessariamente a curva
de demanda de mercado desse bem também terá inclinação positiva.
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19. (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/RO – 2010) - ́
correto afirmar:
(A) Na curva de possibilidades de produção, elaborada para dois bens, a
diminuição da produção de um dos bens, necessária para aumentar a
produção de uma unidade do outro, é cada vez menor ao longo da curva.
(B) O mercado de um bem X está em equilíbrio quando a quantidade
demandada desse bem for inferior ̀ quantidade ofertada desse bem.
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(C) Quando o preço de um bem Y, substituto do bem X, aumenta, tudo o
mais constante, a curva de demanda do bem X se desloca para a direita
de sua posição original.
(D) Se a demanda de um bem X for elástica, qualquer que seja o nível de
preço considerado para esse bem, um aumento no preço de equilíbrio do
bem X provocará um aumento do gasto dos consumidores com o bem.
(E) Se a renda dos consumidores aumentar e a quantidade demandada do
bem X diminuir, a elasticidade-renda desse bem é nula.
20. (FCC – Analista Trainee – Economista – METRO – 2010) - Uma
curva de demanda tem elasticidade constante e igual, em módulo,
a 2. Um aumento do preço de equiĺbrio provocaŕ, nesse mercado,
(A) diminuição do gasto total dos consumidores com o bem.
(B) redução da quantidade procurada menor, percentualmente, que o
aumento do preço.
(C) aumento da receita total dos produtores.
(D) aumento da quantidade procurada em percentual maior que o
aumento do preço.
(E) a maximização da receita dos produtores.
21. (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEFAZ/SP
2010) - Alterações no preço de um bem comercializado em uma
estrutura de mercado de concorrência perfeita ocorrem
(A) ao longo da curva de demanda, quando se modifica a quantidade de
consumidores no mercado.
(B) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera
a renda dos consumidores.
(C) ao longo da curva de demanda, quando se altera o preço de bens
complementares.
(D) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera
o preço dos insumos de produção desse bem.
(E) ao longo da curva de demanda, quando se modificam as preferências
dos consumidores.
22. (FCC – Auditor - TCE/AL - 2008) - Se a elasticidade preço da
demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto significa que:
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos
produtores de cigarro.
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda
por cigarros.
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 8%.
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 10%.
e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.
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23. (FCC – Auditor – TCE/AL – 2008) – Considere o mercado
competitivo de soja. Um aumento do preço de fertilizantes
agrícolas vai provocar:
(A) uma quantidade de equilíbrio final no mercado de soja superior à
quantidade de equilíbrio inicial.
(B) um preço de equilíbrio final de soja inferior ao preço de equilíbrio
inicial.
(C) um deslocamento da curva de demanda por soja.
(D) um deslocamento da curva de oferta de soja.
(E) aumento na oferta de farelo de soja.
24. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO – 2008) - A
curva de demanda de mercado de um bem normal se desloca para
a esquerda de sua posição original. Uma das causas posśveis ́ o
aumento do
(A) preço do bem substituto.
(B) poder aquisitivo real dos consumidores.
(C) número de consumidores.
(D) preço do próprio bem.
(E) precos de um bem complementar.
25. (FCC – ICMS/SP – 2006) - Em relação à oferta e demanda de
um bem X em um mercado de concorrência perfeita, é correto
afirmar:
a) A diminuição do preço do bem Z, substituto de X, deslocará a curva de
demanda de X para a direita.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de X, se a sua curva
de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço da
demanda for infinita.
c) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a
curva de demanda de X para a direita.
d) Se a proporção da renda gasta na aquisição de um bem X aumenta à
medida que diminui a renda do consumidor, então o bem X é um bem
normal.
e) A curva de oferta de um bem X, caso seja representada por uma reta
que passa pela origem dos eixos cartesianos, terá elasticidade-preço
constante e igual a 1 (um).
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26. (CESPE/Unb – ANTAQ - Especialista em Regulação de Serviços
Públicos de Telecomunicações – Área Economia – 2009) O gráfico
que relaciona a demanda de determinado bem com o preço de
outro bem, que seja substituto ou concorrente do primeiro,
apresenta uma inclinação crescente.
27. (CESPE/Unb – Economista – ECT – 2011) - A relação indireta
entre o preço de um bem de consumo e o desejo de produzi-lo é
verificada na curva de oferta. Isso decorre do fato de que, ceteris
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paribus, um aumento no preço de mercado do referido bem tende
a aumentar a lucratividade das empresas, estimulando-as a elevar
a produção desse bem.
Acerca do estudo da oferta e da demanda, que constitui um
importante tópico da ciência econômica, julgue os itens.
28. (Cespe/UnB – Economista – ECT – 2011) O preço de equilíbrio
de mercado representa a interação entre oferta e demanda. A
ocorrência do preço de equilíbrio pressupõe que os agentes
possuam perfeita informação sobre o mercado.
29. (Cespe/UnB – Economia – ALCE – 2011) A curva de oferta
pode se deslocar para a direita ou para a esquerda, de acordo com
a influência exercida por fatores como mudanças no preço dos
insumos, alterações tecnológicas e mudanças nas expectativa. Em
casos de aumento do preço de insumos, essa curva se deslocará
para a direita.
30. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) O preço de equilíbrio
ocorre se a demanda e oferta são iguais, de forma que cada
comprador disposto a pagar o preço encontre um vendedor
disposto a vender ao mesmo preço.
31. (Cespe/UnB – Economia – SEGER/ES – 2013) Em se tratando
dos bens de giffen, a curva de demanda é positivamente inclinada.
32. (Cespe/UnB – Economia – Seger/ES – 2013) Todo bem
inferior é, por definição, um bem de Giffen.
Em relação aos efeitos preço, renda e substituição em uma
microeconomia, julgue os itens seguintes.
33. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Dois bens são
complementares se a elasticidade-preço cruzada da demanda é
positiva.
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34. (Cespe/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) Quando a
elevação do preço do bem causa redução da
quantidade
demandada, diz-se que o bem é inferior.
35. (Cespe/UnB – Economia – SEGER/ES – 2013) Um bem é
considerado inferior se a queda do preço do bem gera redução da
quantidade demandada.
36. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) A elasticidade-preço
da demanda, que determina como a quantidade demandada de um
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bem depende dos preços, é a razão entre a variação percentual
dos preços e a variação percentual da quantidade demandada.
37. (Cespe/UnB – Economia – ANAC – 2012) A elasticidade-preço
da oferta é determinada por dois fatores: a disponibilidade de
insumos e o tempo. A elasticidade tende a ser maior quando os
produtores têm mais tempo para responder as alterações de
preço.
38. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2009)
- Os preços mais elevados cobrados por esses produtos reduzem
tanto a elasticidade preço como a elasticidade renda da demanda
por esses produtos.
39. (CESPE/Unb – Especialista em Regulação – ANAC – 2012) - A
elasticidade preço da demanda, que determina como a quantidade
demandada de um bem depende dos preços, é a razão entre a
variação percentual dos preços e a variação percentual da
quantidade demandada.
40. (CESPE/Unb – Especialista em Regulação – ANAC – 2012) - A
elasticidade preço da oferta é determinada por dois fatores: a
disponibilidade de insumos e o tempo. A elasticidade tende a ser
maior quando os produtores têm mais tempo para responder às
alterações de preço.
41. (FGV – Analista de Gestão/Economista – COMPESA – 2014)
Seja a curva de demanda linear do tipo y = c – d*p, em que y é a
quantidade demandada, p é o preço e c e d são parâmetros fixos e
positivos. Assinale a opção que indica a faixa de preço, na qual o
consumidor escolhe a quantidade y na parte inelástica da
demanda.
(A) Apenas quando p = c/2d.
(B) Apenas quando p = 0.
(C) Apenas quando p > c/d.
(D) Apenas quando p < c/2d.
(E) Apenas quando p > c/2d.
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42. (FGV - 2008 – ICMS/RJ) - Uma seca no Centro-Oeste reduz a
produção de soja. Ao mesmo tempo, é divulgado um estudo que
mostra que o consumo de derivados de soja eleva o risco de
problemas cardíacos. Com base nesses dois eventos, a respeito do
preço e da quantidade de equilíbrio no mercado de soja, é correto
afirmar que:
(A) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com
o preço.
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(B) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(C) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o que ocorre
com o preço.
(D) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(E) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
com as informações do enunciado.
43. (FGV – ICMS/RJ – 2011) - As recentes chuvas na região
serrana do Rio de Janeiro reduziram a produção de verduras. Ao
mesmo tempo, o governo realiza uma campanha para divulgar os
benefícios de uma alimentação rica em verduras.
Com base nesses dois eventos, a respeito do preço e da
quantidade de equilíbrio no mercado de verduras, é correto
afirmar que
(A) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
com as informações do enunciado.
(B) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com
o preço.
(C) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(D) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
(E) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o ocorre com o
preço.
44. (FGV – ECONOMISTA – CODEBA/BA – 2010) - Se a partir de
uma posição de equilíbrio estável a oferta de uma mercadoria
cresce, enquanto que a demanda do mercado permanece
constante,
(A) o preço de equilíbrio decresce.
(B) as quantidades de equilíbrio sobem.
(C) ambos os preços e as quantidades de equilíbrio decrescem.
(D) o preço de equilíbrio sobe, mas a quantidade de equilíbrio desce.
(E) ambos os preços e as quantidades de equilíbrio sobem.
00000000000
45. (FGV – ECONOMISTA – CODEBA/BA – 2010) - Considere um
mercado competitivo de um bem normal que esteja operando em
seu ponto de equilíbrio. O que acontecerá com o preço e a
quantidade de equilíbrio se houver um aumento de renda da
população e um aumento nos preços dos insumos para o produto
desse mercado, mantido tudo o mais constante?
(A) O preço aumenta, e a quantidade diminui.
(B) O preço aumenta, e a quantidade aumenta.
(C) O preço diminui, e nada se pode afirmar sobre a variação na
quantidade.
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(D) O preço aumenta, e nada se pode afirmar sobre a variação na
quantidade.
(E) O preço diminui, e a quantidade aumenta.
46. (FGV – ECONOMISTA – CAERN – 2010) – Aqueles bens que
têm sua demanda reduzida quando o preço de outro bem
relacionado aumenta podem ser chamados de bens
A) complementares
B) inferiores
C) normais
D) substitutos
E) de Giffen
47. (FGV – ECONOMISTA – CAERN – 2010) – Com base na
elasticidade preço da demanda, considere um produto cuja
quantidade demandada reduziu-se em 30% quando o preço
aumentou de R$ 2,00 para R$ 2,40. Esse produto é um bem
(A) equilibrado.
(B) elástico.
(C) perfeitamente elástico.
(D) inelástico.
(E) perfeitamente inelástico.
48. (FGV – ECONOMISTA – CODESP – 2010) - Os bens que têm sua
demanda reduzida quando o preço de outro bem relacionado cai
podem ser chamados de bens
a) complementares.
b) inferiores.
c) normais.
d) substitutos.
e) de Giffen.
49. (FGV – ECONOMISTA – BADESC – 2010) - Com relação à
classificação de bens como normais, inferiores, de Giffen,
substitutos e complementares, analise as afirmativas a seguir.
I. Para bens complementares a elasticidade-preço cruzada da
demanda é negativa.
II. Em bens de Giffens a demanda é infinitamente elástica e,
portanto, um aumento de preços faz com que sua demanda
permaneça constante, em vez de cair como em um bem normal.
III. Para bens normais, um aumento no preço do produto eleva o
excedente dos consumidores cuja área está abaixo da curva da
demanda.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
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(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
50. (FGV - BADESC – ECONOMISTA – 2010) - No ano de 2009, a
renda do Sr. Rozier aumentou de $ 30.000 para $ 45.000. Nesse
ano, suas compras de livros aumentaram de 20 para 25.
A elasticidade-renda da demanda do Sr. Rozier para o consumo de
livros é:
a)0,25.
b)0,50.
c)1,00.
d)2,00.
e)4,00.
51. (FGV – AUDITOR – TCM/RJ – 2008) - Uma geada na Flórida
reduz a produção americana de laranjas. Ao mesmo tempo, é
divulgado um estudo que mostra que o consumo de suco de
laranja reduz os riscos cardíacos. Com base no trecho acima, a
respeito do preço e quantidade de equilíbrio no mercado de
laranjas, pode-se concluir que:
A) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
B) o preço e a quantidade aumentarão.
C) o preço cairá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
D) o preço e a quantidade cairão.
E) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
somente com as informações fornecidas.
52. (FGV – ICMS/RJ – 2007) Em mercados concorrenciais, o preço
de equilíbrio faz com que a quantidade demandada se iguale à
ofertada. Suponha que a curva de oferta de um determinado bem
seja perfeitamente elástica e que tal bem seja considerado normal
pelos consumidores. Caso a renda dos consumidores aumente (e
tudo o mais permaneça constante), pode-se afirmar que o preço e
a quantidade de equilíbrio deverão, respectivamente:
(A) aumentar e permanecer inalterada.
(B) diminuir e aumentar.
(C) permanecer inalterado e aumentar.
(D) aumentar e diminuir.
(E) diminuir e permanecer inalterada.
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53. (FGV – ICMS/RJ – 2007) Pode-se afirmar que um indivíduo
considera um bem inferior se:
(A) uma redução no preço do bem faz o consumo do indivíduo diminuir.
(B) um aumento no preço de um bem substituto faz seu consumo
aumentar.
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(C) a renda do indivíduo diminui quando o preço do bem aumenta.
(D) o indivíduo decidir não consumir o bem.
(E) uma redução em sua renda faz seu consumo do bem aumentar.
54. (FGV - ECONOMISTA Jr. - POTIGÁS - 2006) - A elasticidade
cruzada da demanda de dois bens é positiva. É correto concluir
que os referidos bens são classificados como:
a) substitutos.
b) complementares.
c) supérfluos.
d) inferiores.
e) necessários.
55. (FGV – ECONOMISTA – POTIGÁS – 2006) - A função Procura
depende dos fatores abaixo enumerados, à exceção de um.
Assinale-o.
A) atitudes e preferências dos consumidores
B) alterações na estrutura tecnológica
C) número de consumidores potenciais
D) preços dos bens substitutos
E) preços dos bens complementares
56. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - Conforme o
estudo da Lei da oferta, assinale a alternativa correta.
(A) Uma curva típica de oferta evidencia, coeteris paribus, que as
Quantidades ofertadas de um Bem “i” (Qsi) crescem ̀ medida que os
Preços desse bem “i” (Pi) diminuem.
(B) Na teoria da oferta existe uma relação direta ou diretamente
proporcional entre o Preço do bem “i” (Pi) e a Quantidade ofertada desse
bem “i” (Qsi), coeteris paribus, ou seja, mantendo-se as outras variáveis
pertinentes à teoria da oferta constantes.
(C) A forma da curva de oferta normal implica que, coeteris paribus,
quanto maior o Preço do bem “i” (Pi), maior a Quantidade demandada
desse bem “i” (Qdi).
(D) A Quantidade ofertada é a quantidade máxima de um bem ou serviço,
que os compradores estão dispostos a vender por certo preço, num
intervalo fixo de tempo.
(E) Uma curva típica de oferta implica que, coeteris paribus, quanto maior
o preço do bem “i” (Pi) menor a Quantidade ofertada desse bem “i” (Qsi),
coeteris paribus.
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57. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - De acordo com o
estudo da Teoria da Demanda e com relação às curvas de
demanda, assinale a alternativa correta.
(A) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da
demanda são: Preço do bem “i” (Pi); Preço de outros bens (Pn); Preço
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dos fatores de produção e a Tecnologia (T), em um dado período de
tempo.
(B) A curva de Demanda (Do) é representada graficamente por meio de
uma reta ou curva ascendente da esquerda para a direita.
(C) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a esquerda formando a
curva de Demanda (D1), quando ocorrer um aumento da Renda Real do
consumidor (coeteris paribus).
(D) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da
demanda são: Preço do bem “i” (Pi); Preço dos bens substitutos (Ps);
Preço dos bens complementares (Pc): Renda (R) e o Gosto do consumidor
(G), em um dado período de tempo.
(E) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a direita formando a curva
de Demanda (D1), quando ocorrer uma redução da Renda Real do
consumidor (coeteris paribus).
58. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - Com referência à
Elasticidade-preço da demanda (Epd), assinale a alternativa
correta.
(A) Quando a Elasticidade-preço da demanda (Epd) for maior do que 1,
Epd > 1, a demanda é inelástica.
(B) A Elasticidade-preço da demanda (Epd) mede a sensibilidade da
oferta a variações no preço.
(C) Uma curva de demanda retilínea possui Elasticidade-preço da
demanda (Epd) menor do que 1, Epd < 1, na parte acima do Ponto Médio
do segmento.
(D) Quando a Elasticidade-preço da demanda (Epd) for menor do que 1,
Epd < 1, a demanda é elástica.
(E) Uma curva de demanda retilínea possui Elasticidade-preço da
demanda (Epd) igual a 1, no Ponto Médio do segmento.
59. (FUNIVERSA - ECONOMISTA – CEB - 2010) - De acordo com a
Elasticidade-renda da demanda (Erd), assinale a alternativa
correta.
(A) A Elasticidade-renda da demanda (Erd) é a relação entre a razão
percentual da quantidade demandada da mercadoria, dada uma variação
percentual no preço dessa mercadoria.
(B) Quando a Elasticidade-renda da demanda (Erd) for positiva e maior
do que 1, Erd > 1, significa que o bem é inferior.
(C) Quando a Elasticidade-renda da demanda (Erd) for positiva e maior
do que zero, Erd > 0, e também, menor do que 1, Erd < 1, significa que o
bem é normal.
(D) Quando a Elasticidade-renda da demanda for menor do que zero, Erd
< 0, significa que o bem é superior.
(E) Quando a Elasticidade-renda da demanda for positiva e maior do que
zero, Erd > 0, e também, menor ou igual a 1, Erd ≤ 1, significa que o
bem é inferior.
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60. (FUNIVERSA - Economista - EMBRATUR - 2011) - Com relação
à lei da demanda e da oferta, assim como aos deslocamentos das
curvas de demanda e da oferta, assinale a alternativa correta.
(A) Ocorrendo uma redução de demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá uma redução das quantidades transacionadas, e os
preços, também, reduzirão.
(B) Ocorrendo uma expansão da demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá um aumento nas quantidades transacionadas, e os preços
diminuirão.
(C) Existe uma relação direta ou diretamente proporcional entre o preço
do bem e a quantidade demandada desse bem, coeteris paribus.
(D) Existe uma relação indireta ou inversamente proporcional entre o
preço do bem e a quantidade ofertada desse bem, coeteris paribus.
(E) Ocorrendo uma redução de demanda e mantendo-se inalterada a
oferta, ocorrerá uma redução nas quantidades transacionadas, enquanto
os preços aumentarão.
61. (FUNIVERSA - Economista - EMBRATUR - 2011) - Acerca da
elasticidade-renda da demanda (Erd), assinale a alternativa
correta.
(A) A mercadoria é um bem normal quand Erd < 0, portanto, negativa, ou
seja, com um aumento da renda, a quantidade demandada da mercadoria
diminui.
(B) A mercadoria é um bem inferior quando Erd > 1, portanto positiva,
isto é, ocorre quando a quantidade demandada da mercadoria sobre
proporcionalmente mais que a renda.
(C) O bem é normal quando Erd = 0, pois variações na renda não alteram
o seu consumo.
(D) A situação em que 0 < Erd < = 1 ocorre quando um aumento na
renda ocasionar um aumento na quantidade consumida em uma
proporção menor ou igual à do aumento na renda. Nessa condição,
portanto, a mercadoria é um bem superior.
(E) A Erd é a razão entre a variação percentual da quantidade demandada
da mercadoria e a variação percentual da renda do consumidor, coeteris
paribus.
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62. (FUNIVERSA – Economista – EMBRATUR – 2011) – A respeito
da elasticidade preço da procura (Epp) e da elasticidade preço da
oferta (Eps), assinale a alternativa correta.
(A) Quando Epp for maior que 1, |Epp|>1, a procura é inelástica.
(B) Quando Eps for maior que 1, |Eps|>1, a oferta é inelástica.
(C) Quando Epp for maior que 1, |Epp|>1, a procura é elástica.
(D) Quando Epp for menor que 1, |Epp|<1, a procura é elástica.
(E) Quando Eps for menor que 1, |Eps|<1, a procura é elástica.
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63. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – CEB – 2010) - Segundo o
estudo da Teoria da Oferta e com relação às curvas de Oferta,
assinale a alternativa correta.
(A) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da oferta
são: Preço do bem “i” (Pi); Preço de outros bens (Pn); Preço dos fatores
de produção ( m) e a Tecnologia (T), em um dado período de tempo.
(B) A curva de oferta (So) desloca-se para a esquerda formando a curva
de oferta (S1), quando ocorrer uma redução no preço da matéria-prima.
(C) As variáveis consideradas mais relevantes e gerais à teoria da oferta
são: Preço do bem “i” (Pi); Preço dos bens substitutos (Ps); Preço dos
bens complementares (Pc): Renda (R) e o Gosto do consumidor (G), em
um dado período de tempo.
(D) A curva de oferta (So) é representada graficamente por meio de uma
reta ou curva descendente da esquerda para a direita.
(E) A curva de oferta (So) desloca-se para a direita formando a curva de
oferta (S1), quando ocorrer um aumento no preço da matéria-prima.
64. (CEPERJ – Economista – CEDAE/RJ – 2009) – Para um bem
normal X, considere os dados abaixo:
Preço
R$ 5,00
R$ 10,00
Quantidade
1000
500
Por meio do cálculo da elasticidade preço da demanda no arco,
pode-se afirmar que a demanda do produto é:
A) infinitamente elástica
B) elástica
C) inelástica
D) perfeitamente inelástica
E) preço unitária
65. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – Sobre o coeficiente de elasticidade preço da demanda
pode-se afirmar que:
A) ele é igual à inclinação da curva de demanda.
B) ele é igual à variação da quantidade demandada dada uma variação do
preço do bem.
C) ele é igual à variação percentual da quantidade demandada dada uma
variação percentual no preço do bem.
D) ele é sempre igual a um.
E) ele mede a reação do consumidor frente a alterações na sua renda.
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66. (CEPERJ – Economista – CEDAE/RJ – 2009) – Considerando
um bem com demanda inelástica em relação a variações em seu
preço, pode-se afirmar que:
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A) uma queda no seu preço, ceteris paribus, manterá constante o
dispêndio do consumidor com o bem.
B) sua curva de demanda será uma reta paralela ao eixo dos preços.
C) sua curva de demanda será paralela ao eixo das quantidades.
D) uma queda no seu preço, ceteris paribus, provoca aumento no
dispêndio do consumidor com o bem.
E) um aumento no seu preço, ceteris paribus, provoca um aumento no
dispêndio total do consumidor com o bem.
67. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – Um consumidor cuja renda é de R$ 500 adquire 20
unidades de um determinado bem. Quando sua renda se eleva
para R$ 700, ele passou a comprar 30 unidades. O tipo de bem
adquirido pelo consumidor é um:
A) bem normal
B) bem inferior
C) bem de consumo saciado
D) bem de luxo
E) bem de Giffen
68. (CEPERJ – Técnico em Administração e Finanças – EMATER/RJ
- 2009) – No caso de bens substitutos, o coeficiente de
elasticidade preço-cruzada da demanda será sempre:
A) maior que zero
B) menor que zero
C) igual a zero
D) igual a um
E) maior que um
69. (CEPERJ – Analista de Planejamento e Orçamento –
SEPLAG/RJ – 2010) – Um bem de luxo possui coeficiente de
elasticidade renda da demanda:
A) igual a um
B) igual a zero
C) menor do que zero
D) maior do que um
E) maior do zero e menor do que um
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70. (FUNDATEC – Economista – Pref. Gravataí – 2006) - O cálculo
do coeficiente da elasticidade-preço da demanda de um bem
normal resulta
A) das variações percentuais das quantidades demandadas como uma
relação direta às variações percentuais dos preços.
B) do deslocamento da curva de demanda do consumidor para o bem em
decorrência da variação de sua renda nominal.
C) das alterações da função de demanda do bem em reação às variações
de sua renda real.
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D) das variações percentuais das quantidades demandadas como uma
relação inversa às variações percentuais dos preços.
E) das variações das quantidades demandadas em relação às mudanças
nas preferências.
71. (FUNDATEC – Economista - DETRAN/RS – 2009) – As
afirmações seguintes dizem respeito à demanda de um
consumidor individual por um descrito como normal:
I. Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará
maximizando a utilidade.
II. Ocorrendo elevação da renda real do consumidor, toda a curva
de demanda se deslocará para a direita.
III. Ocorrendo uma redução do preço relativo do bem, o
consumidor poderá obter um nível mais elevado de utilidade, que
corresponde a um ponto na mesma curva de demanda.
Quais estão corretas?
(A) apenas I.
(B) apenas II.
(C) apenas III.
(D) apenas I e II.
(E) I, II e III.
E
72. (FUNDATEC – Economista - DETRAN/RS – 2009) – A
elasticidade preço da demanda por insumos será tanto mais
elástica quanto
(A) maior for o preço do produto em cuja produção o insumo é utilizado.
(B) mais substitutos o insumo tiver.
(C) menor for a elasticidade preço de outros insumos.
(D) menos substitutos o insumo tiver.
(E) menor for a elasticidade preço da demanda do produto em cuja
produção o insumo é utilizado.
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GABARITO - ESAF
01 C
02 C
03 C
08 E
09 D
10 D
04 D
05 B
06 B
07 D
GABARITO - FCC
11 B
12 B
18 B
19 C
25 E
13 C
20 A
14 D
21 B
15 C
22 E
16 D
23 D
17 A
24 E
GABARITO – CESPE
26 C
27 E
28 C
33 E
34 E
35 E
40 C
29 E
36 E
30 C
37 C
31 C
38 E
32 E
39 E
45
52
59
66
46
53
60
67
47
54
61
68
GABARITO –
41 D
42
48 D
49
55 B
56
62 C
63
69 D
70
OUTRAS
A
43
A
50
B
57
A
64
D
71
BANCAS
C
44
B
51
D
58
E
65
E
72
B
A
E
C
B
D
C
C
E
A
E
A
D
B
A
E
A
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