PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA ACERCA DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DE UBERLÂNDIA (MG) RESUMO: A parada cardio-respiratória corresponde a principal e mais grave manifestação de urgência dentro de um consultório odontológico, haja vista elevada morbimortalidade. Uma vez comprovados os efeitos benéficos conferidos de um correto atendimento na ressuscitação cardiorrespiratória, o presente estudo busca investigar o nível de instrução e capacitação dos profissionais de odontologia atuantes na atenção primária a saúde de Uberlândia no ano de 2014 em relação ao suporte básico de vida. Será realizado um estudo analíticotransversal mediante questionário aplicado a 102 profissionais, entre dentistas, técnicos e auxiliares de saúde bucal, no período de janeiro a dezembro de 2014, tendo como pontos de coleta as 58 unidades de atenção Primária Saúde de Uberlândia. Os dados obtidos serão inseridos no banco de dados eletrônico, sendo os dados quantitativos descritos através de média e desvio padrão, e os dados categóricos, por frequências e percentuais. Após os dados serão então submetidos à análise crítica. É fundamental que os profissionais de odontologia sejam responsáveis integralmente pela saúde do paciente no momento da consulta odontológica, sendo capacitado e equipado para reconhecer e tratar imediatamente os quadros clínicos, caracterizados como urgentes e emergentes. PALAVRAS-CHAVES: Parada cardio-respiratória; Profissionais de odontologia; Atenção primária a saúde. I – INTRODUÇÃO Embora não sejam comuns, as situações de emergência podem ocorrer na Clínica odontológica de modo imprevisível, sem obedecer a regras ou padrões definidos. A expressão emergência, do latim emergentia, pode ser empregada para traduzir uma “situação crítica, acontecimento perigoso ou dificuldade súbita”. Diferentemente a palavra urgência vem do verbo “urgir” que tem o sentido de “não aceitar demora”, entretanto no campo da medicina encontra-se uma diferença fundamental entre a urgência e a emergência (NUNES, 2010). Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Define-se por emergência a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato (ROMANI, 2009). Segundo Lucio (2012) as emergências médicas podem acontecer com qualquer indivíduo, independente do sexo e da idade, e em diferentes circunstâncias, seja antes (na sala de espera), durante ou após o tratamento odontológico, ou até mesmo fora do ambiente do consultório, por exemplo, em ambiente domiciliar ou social (LÚCIO, 2012). Em todo o mundo, ocorrem cerca de 20 mil emergências na cadeira do cirurgião-dentista (CD) por ano. No Brasil, ocorrem 50 emergências por dia em consultórios odontológicos. Os cirurgiões-dentistas executam diversos procedimentos restauradores e reabilitadores, sendo que estes muitas vezes são realizados em pacientes com doenças sistêmicas variadas e de diversas faixas etárias, incluindo-se os pacientes idosos que, devido aos avanços da Medicina no tratamento e controle de várias doenças, cada vez mais têm tido possibilidade de procurar os cuidados do odontólogo. É importante lembrar ainda que o tratamento odontológico tem se tornado mais acessível para boa parte da população. Além 2 disso, como todos sabemos, procedimentos mais invasivos e extensos são cada vez mais rotineiros e nestas intervenções associadas com maior manipulação do paciente as complicações clínicas sistêmicas são mais prováveis. Comisso a possibilidade de ocorrência de situações de emergências médicas, durante o atendimento odontológico, é real e, portanto, é fundamental que o cirurgião dentista como profissional de saúde responsável integralmente (MERLY, 2010). Além disso, alguns fatores podem contribuir para elevar a incidência desses episódios: o aumento do número de idosos que procuram tratamento odontológico, a tendência de se prolongar a duração das sessões de atendimento e até mesmo os avanços da terapêutica médica, de fato com relação a esse último fator, sabe-se que atualmente o homem possui maior expectativa de vida em virtude dos novos métodos de diagnóstico e modalidades terapêuticas. Como consequência, tem-se constatado que indivíduos diabéticos, hipertensos, cardiopatas, asmáticos ou portadores de desordens renais ou hepáticas são, nos dias de hoje, pacientes regulares dos cirurgiões-dentistas (SOUZA, 2007). Na tentativa de se prevenir situações emergenciais são imprescindíveis à realização de uma pré-avaliação da saúde geral do paciente e seu estado emocional antes do atendimento odontológico, conhecendo os riscos da utilização das drogas a serem empregadas e minimizando o trauma emocional, haja vista que o atendimento odontológico está atrelado ao medo, que é fonte de aumento da ansiedade, levando ao estresse. Por sua vez o estresse pode elevar o número de ocorrências de emergências médicas. Uma boa anamnese fornecerá ao profissional, condições adequadas para desempenhar os procedimentos de forma segura (LÚCIO, 2012). Nesse sentido, Merly (2010) acrescenta que os cirurgiões dentistas devem estar atentos e lembrar que pacientes portadores de doenças sistêmicas, como os cardiopatas, diabéticos, dentre outros, bem como indivíduos ansiosos, usuários de drogas ou de determinados medicamentos, são mais propensos a desenvolverem complicações clínicas que evoluam com uma emergência ou urgência na cadeira do consultório odontológico. Isto não significa que os pacientes saudáveis estejam 3 livres de apresentarem tais complicações. Assim, devem-se realizar exames clínicos detalhados para a obtenção do máximo de informações sobre a saúde geral do paciente, nos pacientes com doenças sistêmicas estabelecer contato com o médico solicitando pareceres para orientação e liberação para realização de procedimentos odontológicos sempre por escrito, além de trabalharmos com controle da ansiedade e sempre avaliando os sinais vitais antes, durante e ao término das consultas (MERLY, 2010) Além disso, para um correto atendimento, o profissional e sua equipe devem estar preparados, com conhecimento acerca de manobras básicas do Suporte Básico de Vida (SBV), além de um adequado preparo psicológico, posto que esses eventos representam uma fonte de tensão, devendo ser enfrentados com cautela para que não se aumente a morbidade e letalidade (LÚCIO, 2012). Baseando-se nos dados apresentados e também nos equipamentos de emergência que são obrigatórios segundo a lei nº 233/ 2001, os cirurgiõesdentistas devem elaborar um protocolo próprio para o atendimento das principais urgências e emergências que podem acontecer durante a sua prática clínica (AHA, 2006). Caputo (2010) destaca que o treinamento em suporte básico de vida é imprescindível ao profissional, mas a maior preocupação dos profissionais ainda é com a atualização e capacitação técnica odontológica, apenas. Geralmente, a atenção do profissional está dirigida apenas às novas técnicas, materiais e equipamentos para o consultório, deixando, de lado, a sua maior missão, que é a de cuidar da saúde e vida de seu paciente (CAPUTTO, 2010) Para isso é fundamental, segundo Merly (2010), uma formação acadêmica do odontólogo para enfrentar as principais situações de emergência que podem ocorrer durante um procedimento odontológico, com existência de uma disciplina específica, associada a um estágio hospitalar em setor de emergência de um hospital. Associa-se a isso o treinamento específico de auxiliares e técnicos de saúde bucal no auxílio aos cirurgiões dentistas nessas situações, permitindo o domínio da rotina de atendimento emergencial pré-hospitalar baseada nos 4 protocolos estabelecidos para o BLS (Suporte Básico a Vida), para o restabelecimento e manutenção das funções vitais (MERLY, 2010). Nesse sentido, Caputo (2010), destaca que a partir de 2001, através da Resolução CFO 22/2001, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), a disciplina de Emergência Médica consta da área conexa de todos os cursos de especialização, tendo como carga horária mínima 15 horas (Resolução CFO 25/2002), podendo ser ministrada por médico ou cirurgião-dentista, sendo este necessariamente especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Entretanto, verifica-se que na prática, mesmo sendo obrigatória, nos cursos de pós-graduação, nem todos a ministram. Dentro da graduação, esta disciplina não é obrigatória e, quando ministrada, normalmente é realizada de forma superficial e resumida dentro da própria disciplina de Cirurgia (CAPUTO, 2010). Devemos destacar ainda, que é fundamental para o tratamento emergencial o preparo dos consultórios odontológicos em relação à disponibilidade de equipamentos como Airway Manteinance Breathing Unit (AMBU), desfibriladores, máscaras ou cateteres e garrafas de oxigênio, dentre outros, bem como de material e medicamentos como corticoides, ansiolíticos, anti-hipertensivos, vasodilatadores coronarianos, glicose hipertônica, entre outros. Estes equipamentos de emergência devem estar disponíveis, revisados e renovados para serem facilmente alcançados e utilizados quando necessário (MERLY, 2010). Caputo (2010) destaca que além das imputações civis e criminais que possa acarretar ao profissional, a omissão configura falta ética, sujeitando o profissional a sanções que podem ir desde a advertência até perda do diploma. Além da esfera civil, o profissional também pode ser enquadrado na esfera criminal; esta, por sua vez possui pressupostos mais rígidos. Para que se comprove a culpa do profissional, seus atos devem estar incluídos nas modalidades de imprudência, imperícia ou negligência, e poderá ser condenado, criminalmente, pelos delitos de lesões corporais culposas ou mesmo por homicídio doloso (CAPUTO, 2010). 5 Assim, o cirurgião-dentista, como profissional da área da saúde, deve ter a consciência de que está lidando com vidas humanas, e, com isso, assumir os riscos e as responsabilidades inerentes à profissão. Devem, pois, procurar uma formação profissional adequada, para que os problemas de ordem técnica, ética e legal sejam minimizados na sua prática (CAPUTO, 2010) A reação vaso-vagal, a crise hipertensiva e a hipoglicemia são as alterações mais comuns durante o atendimento odontológico. Angina do peito infarto agudo do miocárdio e parada cardíaca são mais raros. A reação de toxicidade aos anestésicos locais provocada por injeção intravascular ou dose excessiva do anestésico é outro problema que deve chamar atenção do Cirurgião Dentista (MERLY, 2010). Segundo Sousa (2007) as principais manifestações em um consultório odontológico de caráter de urgência são síncope; hiper-ventilação; crise asmática; crise hipertensiva; angiodema; crise convulsiva; angina pectoris, e as de emergência são alergia a medicamentos; infarto agudo do miocárdio; parada cardíaca; parada respiratória; choque anafilático) (SOUSA, 2007). Nesse sentido, a parada cardio-respiratória (PCR) é a principal e mais grave manifestação de urgência dentro de um consultório odontológico. A PCR é situação dramática, em que o tempo é variável importante, estimando-se que, a cada minuto que o indivíduo permaneça em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida sejam perdidos. O treinamento dos profissionais de saúde no atendimento da PCR pode ter implicações prognósticas favoráveis (PAZIN, 2003). Assim, as medidas adotadas em uma parada cardio-respiratória devem ser comprovadamente eficazes, e iniciadas no menor intervalo de tempo possível. O profissional da saúde deve estar apto a reconhecer, diagnosticar e executar manobras, instituindo o tratamento adequado (FIGUEIRAS FILHO, 2006). O objetivo deste trabalho foi verificar o nível de conhecimento e capacitação dos profissionais de odontologia atuantes na rede pública de Uberlândia, atuantes na atenção primária de saúde no ano de 2014, constatando sua preparação param numa eventualidade, diante de uma parada cardiorespiratória 6 II – METODOLOGIA: O presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Foi realizado estudo analítico-transversal com profissionais de odontologia, dentistas, técnicos e auxiliares de saúde bucal, atuantes na rede pública de Uberlândia, no período de janeiro a dezembro de 2014. Os pontos de coleta foram as unidades de atenção Primária Saúde, dispostos em 50 unidades Básicas de Saúde da Família e 8 Unidades Básicas de Saúde. Os pontos de coleta e número de profissionais em cada unidade podem ser vistos abaixo, no Quadro 01. Unidade de Atenção Primária Categoria Profissional Quantidade Profissionais Unidade Básica de Saúde da Dentistas 20 Família Auxiliar de Saúde Bucal 19 Unidade Básica de Saúde Dentistas 36 Auxiliar de Saúde Bucal 14 Técnico de Saúde Bucal 13 Quadro 01:Profissionais de odontologia da Atenção Primária a Saúde Dados fornecidos pelo SCNES (13/08/2013) Os dados foram obtidos mediante questionário elaborado para avaliar o nível de conhecimento sobre a sequência correta das manobras de ressuscitação cardiorrespiratória, aplicado aos profissionais. Para o desenvolvimento da pesquisa serão distribuídos questionários, juntamente com um termo de consentimento livre e esclarecido. O questionário consistiu de 25 perguntas. O grupo estudado de profissionais será de ambos os gêneros e distintas idades. Os questionários serão aplicados e analisados exclusivamente pelos executantes da pesquisa. Não serão considerados acertos parciais. 7 Os dados serão, então, inseridos no banco de dados eletrônico, utilizando o programa Epi-Info versão 6.0. A digitação será feita duas vezes para a realização do teste de consistência. Os dados quantitativos serão descritos através de média e desvio padrão, e os dados categóricos, por frequências e percentuais. As variáveis quantitativas serão comparadas utilizando o test de Sudent ou qui-quadrado. Para comparação de resultados será então realizada um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, BBO, Google Scholar. A estratégia de busca será as seguintes palavras-chave no idioma português, obtidas de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DesCs): “tratamento de emergência”, “identificação da emergência”, “odontologia”. Do mesmo modo, será buscado na base de dados internacionais, utilizando as mesmas palavras, porém em língua inglesa, de acordo com o Medical SubjectHeadings (Mesh): “emergencytreatment”, “emergencyidentification”, “dentistry”. Foi apresentado neste trabalho resultados parciais referentes a questionários aplicados a profissionais das Unidades Básicas de Saúde do Setor Oeste de Uberlândia. III – RESULTADOS: Foi inicialmente aplicado o questionário em unidades de atenção Primária Saúde do setor oeste de Uberlândia, dispostas em 6 Unidades Básicas de Saúde. A análise dos dados desta pesquisa revelou que, de um total de 31 profissionais atuantes, aos quais foram entregues os questionários, apenas 21 profissionais responderam ao mesmo, representando 67,74% do total. Quanto ao perfil dos entrevistados, 19 (90,47%) eram do gênero feminino e 2 (9,53%) eram do gênero masculino (Figura 1). A maioria dos entrevistados, com 9 profissionais (42,85%), se encontra na faixa etária de 40 a 50anos, seguido por 8 50 a 60anos com 7 profissionais (33,33%) e por 30 a 40anos com 4profissionais (19,04%). A faixa de tempo de exercício profissional na Atenção Primária a Saúde que tiveram maior prevalência foram de 20 a 30anos de atuação, com 47,61% (10 profissionais) e de 0 a 5anos com 19,04% (4 entrevistados). A faixa de 5 a 10 anos foi a que apresentou menor porcentagem com 4,76%, correspondente a apenas 1profissional. Quanto aos profissionais que responderam ao questionário, 4 (19,04%) eram Auxiliares de Saúde Bucal, 9 (42,85%) eram Técnicos em Saúde Bucal e 8 (38,09%) eram dentistas. Quanto ao Treinamento em Suporte Básico de Vida, 11 profissionais (52,38%) responderam ter formação acadêmica curricular em emergências médicas e apenas 2 entrevistados (9,52%) afirmaram ter tido capacitação profissional. Dentre as respostas obtidas, apenas 1 profissional (4,76%) afirmou que já presenciou uma parada cardio-respiratória no consultório odontológico, mas todos os profissionais afirmarão não terem realizado manobras de Suporte Básico. Destes entrevistados, apenas 78,09% emitiram respostas consideradas corretas, e 21,91% deram respostas erradas. Num estudo comparativo e individualizado de cada grupo participante da pesquisa, pode-se notar que o maior 9 índice de acertos foi alcançado pelos Auxiliares de Saúde Bucal, visto que dos 4 entrevistados, 87,5% emitiram respostas corretas. Em seguida, vêm os Dentistas, dos quais dos 8 entrevistados 77,5% de acertos. Por último, encontramos os Técnicos em Saúde Bucal, dos quais 9 profissionais 74,44% responderam corretamente. IV – DISCUSSÃO: Segundo Sousa (2007) as urgências e emergências no consultório odontológico, como parada cardio-respiratória, devem ser prevenidas a partir de uma adequada anamnese, exame físico cuidadoso e eventuais exames complementares; conduzindo a melhor determinação da oportunidade operatória pelo cirurgião dentista em nível ambulatorial. Somando-se a isso o cirurgiãodentista (como profissional da área da saúde), deve estar preparado para reconhecer e instituir medidas de pronto atendimento, na ocorrência das situações de urgências e emergências (SOUSA, 2007). O diagnóstico deve ser feito com a maior rapidez possível e compreende a avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso (PAZIN, 2003). A responsividade deve ser investigada com estímulo verbal e tátil. O estímulo verbal deve ser efetuado com voz firme e em tom alto, que garanta que a vítima seja capaz de escutar o socorrista. O estímulo tátil deve ser firme, sempre contralateral ao lado em que se posiciona o socorrista, para evitar que o mesmo seja agredido, involuntariamente, por pacientes semiconscientes. Se não houver resposta, considera-se que a vítima esteja em situação potencialmente letal, devendo ser assegurado atendimento médico de emergência. Esse conceito dá suporte ao chamado por ajuda (PAZIN, 2003). Após avaliar a responsividade, procede-se à verificação da respiração. A vítima inconsciente apresenta relaxamento da musculatura da base da língua, que cai sobre a entrada da via aérea, o que implica que toda vítima inconsciente 10 tem a via aérea obstruída. Além desse fator, outros, como corpos estranhos, edema das vias aéreas ou secreções, podem contribuir para a obstrução das vias aéreas. Frente a esse conhecimento, a primeira providência para se testar a respiração é a manobra de desobstrução das vias aéreas. Existem duas manobras básicas para isso: hiperextensão da cabeça e elevação do mento, ou elevação da mandíbula. Após a abertura das vias aéreas, o socorrista deve aproximar o rosto da face da vítima e VER se há expansão do tórax, OUVIR se há eliminação de arpelas vias aéreas e SENTIR se o fluxo expiratório vai de encontro ao seu próprio rosto. Se houver respiração efetiva, não se trata de PCR, sendo provável que outras causas de depressão de nível de consciência estejam presentes (PAZIN, 2003) Caso não seja detectada respiração efetiva, a permeabilidade das vias aéreas deve ser investigada, no intuito de descartar a possibilidade de corpo estranho obstruindo a via aérea inferior, não visível à inspeção da cavidade oral. Procede-se à realização de duas ventilações de resgate, que podem ser efetuadas por respiração boca-a-boca ou através de dispositivo bolsa-valva-máscara, no ambiente hospitalar. Comprovada a existência de corpo estranho, deve-se realizar a manobra de Heimliche, consistindo em compressões ascendentes na região epigástrica da vítima. Na maioria dos casos, a expansão do tórax será obtida e pode-se passar para o teste do pulso (PAZIN, 2003). O pulso deve ser investigado no sítio carotídeo, por ser o último a desaparecer e o primeiro a ser restabelecido numa situação de instalação e reversão de PCR. Além disso, tem a vantagem da proximidade do socorrista. Dez segundos são suficientes para se comprovar a ausência de pulso, com exceção feita aos pacientes hipotérmicos, para os quais um tempo maior (30 a 40 seg) pode ser necessário. Caso o pulso esteja presente, trata-se de parada respiratória isolada. Nesse caso, deve-se garantir o suporte ventilatório provisório (boca-aboca ou bolsa-valva-máscara) até que o acesso definitivo à via aérea (intubação orotraqueal) possa ser providenciado. Na ausência de pulso, constata-se o diagnóstico de PCR: não-responde, não-respira e não-tem-pulso. Uma vez 11 constatado o diagnóstico, deve ser reforçado o pedido por ajuda e iniciam-se as manobras de suporte básico de vida (PAZIN, 2003). O pedido de ajuda inclui a solicitação de desfibrilador e de suporte avançado de vida. O preenchimento desses dois quesitos é variável, dependendo do contexto (pré ou intra-hospitalar) da PCR. No adulto, o pedido de ajuda deve ter prioridade sobre o atendimento da vítima, significando que se o socorrista estiver sozinho, deve abandonar a vítima e acionar o sistema de emergência. Tal recomendação está embasada no fato de o único tratamento disponível para a principal causa de PCR, no adulto, constituir-se no desfibrilador. Já, na criança e no lactente, como a principal causa é hipóxia, o pedido de ajuda deve suceder o suporte ventilatório inicial (PAZIN, 2003). Segundo Caputo (2009), se o Cirurgião Dentista estiver sozinho no consultório, ligar para o Serviço de Emergência antes de iniciar as manobras de Suporte Básico Vida e se houver pessoal auxiliar, este deverá ligar para o Serviço de Emergência enquanto o Cirurgião Dentista realiza o Suporte Básico a Vida. Ao telefonar a pessoa deverá saber informar adequadamente o local da emergência, número do telefone, qual o tipo de emergência, número de pessoas que precisam de ajuda, o tipo de socorro está sendo prestado à vítima (RCP, desfibrilação, medicamentos) e desligar somente quando o telefonista autorizar (CAPUTO, 2009). O Suporte Básico de Vida é uma sequência de ações que devem ser realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência cardiorrespiratória primária ou secundária, e que são cruciais para a sobrevivência do paciente. O principal objetivo é suprir oxigênio ao cérebro e ao coração até que o atendimento médico especializado e definitivo chegue e restaure a atividade normal do coração e a ventilação do paciente. Desta forma o SBV previne a parada ou insuficiência respiratória e ou cardíaca, pelo rápido reconhecimento e rápida intervenção, sustentando a circulação e a ventilação da vítima com a reanimação cardiopulmonar (RCP). Por meio dessas manobras se consegue manter 25% de 12 débito cardíaco enquanto o Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC) chegue para continuar o atendimento (CAPUTO, 2009). O suporte básico de vida compreende ventilação e massagem cardíaca. Deve ser instituído o mais precocemente possível, e só deve ser interrompido emtrês situações: para se proceder à desfibrilação, para a realização da intubação oro-traqueal e para a infusão de medicação na cânula oro-traqueal (PAZIN, 2003). VIAS AÉREAS (A – Airway) Se o paciente estiver ainda na cadeira odontológica, ele deverá ser colocado na posição de decúbito dorsal horizontal, na própria cadeira e deve-se proceder à abertura das vias aéreas por meio da inclinação da cabeça e elevação do mento, esta manobra poderá ser realizada com o auxílio do encosto de cabeça da cadeira hiper-estendendo o mesmo, para conseguir o mesmo movimento da cabeça. Todo e qualquer objeto que esteja dentro da cavidade oral do paciente deve ser removido, incluindo próteses e aparelhos removíveis, e toda secreção deverá ser removida com o auxílio de sucção (CAPUTO, 2009). Para realizarmos a abertura das vias aéreas avaliamos se há ou não presença de trauma craniano e ou cervical, caso não haja, a manobra de eleição é a inclinação da cabeça e elevação do mento. Ela é realizada apoiando uma mão sobre a testa da vítima e fazendo uma firme pressão com a palma, levando a cabeça para trás. Com a outra mão colocamos os dedos sobre a parte óssea do mento, elevando a mandíbula, deslocando o mento para frente. Nesta posição vamos proceder à avaliação da respiração do paciente observando a expansão do tórax para sabermos se há movimentos respiratórios. Caso haja uma suspeita de trauma craniano ou cervical, usamos a técnica de tração da mandíbula. Esta técnica não causa extensão do pescoço. Para a realização devemos colocar uma mão de cada lado da cabeça da vítima e apoiar os cotovelos sobre a superfície rígida. Segurar os ângulos mandibulares e os elevar com ambas as mãos deslocando a mandíbula para frente (CAPUTO, 2009). 13 RESPIRAÇÃO (B – Breathing) Determinar se existe respiração ou se ela é inadequada, para isso o paciente deve estar em decúbito dorsal horizontal com as vias aéreas abertas. Observar a expansão do tórax ouça se há saída de ar durante a expiração e sinta o fluxo de ar. Para facilitar a memorização deste passo lembre-se VER, OUVIR e SENTIR. Este exame não deve demorar mais do que 10 segundos (CAPUTO, 2009). Verificar se o paciente não apresenta uma respiração agônica, onde existe um grande esforço e não há troca adequada de oxigênio. A respiração normal varia de 12 a 16 respirações por minuto. Se o paciente não estiver respirando ou apresentar uma respiração inadequada deverá ser ventilado. Este processo poderá ser realizado na cadeira. Em caso de dúvida se o paciente está ou não respirando, deve se aplicar ventilação imediatamente. A respiração de resgate ou ventilação de resgate pode ser feita de diversas maneiras: Respiração boca-a-boca; respiração boca-nariz; respiração boca-máscara; ambu (CAPUTO, 2009) Assim, a ventilação pode ser executada por métodos não assistidos, como a ventilação boca-a-boca, ou com métodos assistidos, ou seja, utilizando-se dispositivos intermediários, como a bolsa-valva-máscara. A ventilação boca-aboca garante maior volume corrente, enquanto que os métodos indiretos são vantajosos ao garantirem maior aporte de oxigênio. Independente da técnica utilizada, é importante que a ventilação seja realizada na frequência de 10 a 12 incursões por minuto e com volume em torno de 8 a 10 ml/kg de peso (na prática, corresponde ao menor volume capaz de expandir o tórax da vítima). Essas precauções visam reduzir a ocorrência de distensão gástrica, regurgitação e aspiração brônquica de conteúdo gástrico (PAZIN, 2003). Quando o paciente recuperar a respiração e os sinais normais de circulação (pulso, respiração normal, tosse ou movimento), durante ou após a reanimação, continuar a manter as vias aéreas abertas até que o paciente esteja 14 alerta suficiente para proteger suas vias aéreas por si mesmo. Caso a respiração e a circulação continuem adequados, colocar o paciente na posição de recuperação (CAPUTO, 2009). A posição de recuperação é utilizada em pacientes inconscientes, mas que respiram e têm circulação. O paciente é colocado em decúbito lateral modificado, Esta posição previne a obstrução das vias aéreas pela queda da língua bem como por secreções como sangue, muco ou vômito. O Cirurgião Dentista deve permanecer o tempo todo ao lado do paciente, monitorando seus sinais enquanto aguarda o SME (CAPUTO, 2009). CIRCULAÇÃO (C – Circulation) Verificar o pulso carotídeo, pois é o último que desaparece na parada cardio-respiratória. Este exame não deve demorar mais do que 10 segundos. Após este tempo se não tiver certeza da presença de pulsação, iniciar imediatamente as compressões torácicas (CAPUTO, 2009). A compressão torácica consiste na aplicação de pressão seriada e rítmica sobre a metade inferior do esterno. Essas compressões geram fluxo sanguíneo ao aumentar a pressão intratorácica e ao comprimir diretamente o coração. Ao comprimir o coração o sangue oxigenado pela respiração de resgate atinge o cérebro e outros órgãos vitais durante vários minutos até a desfibrilação. A frequência de compressões é de 80 a 100 por minuto, sendo que está relacionada mais com a velocidade do que com o número de compressões aplicadas em um minuto. A relação compressão-ventilação no adulto, preconizada hoje pela AHA é 30:2 (trinta compressões para 2 ventilações), pois oferece maior número de compressões torácicas por minuto e com isso uma melhor perfusão coronariana do que a relação usada anteriormente que era 15:2 (quinze compressões e duas ventilações). Dados atualizados de 2006 da AHA (CAPUTO, 2009). 15 A força média de compressão para quem a está realizando está entre 33 e 55 quilos aproximadamente. Para se conseguir esta força de compressão é só deixar que o peso do tórax faça esta força. A força aplicada não deve vir do braço do socorrista e o mesmo não deve dobrar seu braço durante as compressões, para evitar um maior desgaste, devido à energia gasta com a força que deverá realizar (CAPUTO, 2009). Esta manobra de reanimação não deve ser realizada com o paciente na cadeira, o mesmo deverá ser removido e colocado sobre uma superfície rígida. Caso não tenha condições de ser removido da cadeira, deverá ser colocada sob suas costas uma tábua ou outra superfície rígida para não diminuir a efetividade das compressões torácicas (CAPUTO, 2009). O tempo em que o tecido nervoso tolera a falta de oxigênio é de no máximo quatro minutos, sendo assim há pouco tempo para suprir esta necessidade. O êxito do SBV está relacionado com o tempo entre a parada cardíaca e o início das compressões, este tempo deve ser de um a quatro minutos, e também está relacionado com o tempo de seguimento dessas manobras, de oito a dez minutos. O SBV mesmo sendo realizado nessas condições, tem um percentual de apenas 40% de sucesso quando realizado fora do âmbito hospitalar (CAPUTO, 2009). A massagem cardíaca externa compreende compressões torácicas, realizadas sobre a porção central do esterno. Tais compressões empurram o esterno para o interior do tórax, comprimindo o coração contra a coluna e favorecendo o seu esvaziamento. São capazes de restabelecer apenas 10 a 20% do débito cardíaco. O socorrista deve posicionar a região hipotênar das mãos sobre o centro do esterno da vítima, com os braços estendidos, e proceder às compressões. O fulcro do movimento deve ser centrado no quadril e não nos cotovelos ou ombros do socorrista. A frequência de compressões deve ser de 100 por minuto. O emprego da técnica correta de massagem cardíaca externa reduz a ocorrência de fraturas de costela. Devido às calcificações de cartilagens costocondrais, comuns em pessoas de faixa etária mais avançada, na qual a PCR é 16 mais frequente, apesar de o risco ser reduzido com o emprego de técnica correta, ele não é totalmente eliminado. Técnica correta também aumenta a eficácia da massagem e torna o procedimento menos cansativo para o socorrista. A eficácia da massagem pode ser avaliada pela palpação de pulsos arteriais centrais (femoral ou carotídeo) concomitante às manobras. Ao se intercalar em compressões com ventilação, deve-se obedecer à regra de 15 compressões para cada 2 ventilações (PAZIN, 2003). Para realizar a correta posição das mãos durante as compressões devemos seguir os seguintes passos: 1) Expor o tórax da vítima. A vestimenta deve ser aberta ou cortada; 2) O socorrista deve se posicionar ao lado direito do paciente, utilizar dois ou três dedos da mão esquerda para localizar o rebordo costal mais próximo de si; 3) Deslizar os dedos pelo rebordo costal para cima até o ponto onde as costelas se encontram na parte inferior do osso esterno, chamado apêndice xifoide; 4) Colocar a região hipotênar (base da palma da mão) direita, sobre a metade inferior do osso esterno, dois dedos acima do apêndice xifoide. A primeira mão, deve ser posicionada por cima da segunda; 5) Os dedos podem estar entrelaçados ou esticados, mas afastado do tórax, pois a transmissão da força deve ser realizada pela região hipotênar (CAPUTO, 2009). A técnica de compressão deve ser realizada com os braços estendidos, cotovelos travados em posição e os ombros em linha reta com as mãos. O impulso gerado deve ser transmitido diretamente ao osso esterno, e o fulcro estar localizado na região pélvica do socorrista. Para haver efetividade nas compressões o esterno deve ser comprimido cerca de 4 a 5 cm, em um adulto de tamanho médio (CAPUTO, 2009). Quando do atendimento por dois socorristas, onde um está responsável pelas compressões e o outro pela ventilação, no momento em que há uma pausa na realização das compressões para a realização da ventilação o socorrista não deverá retirar sua mão do tórax da vítima, a fim de manter a correta posição das mesmas para o próximo ciclo de compressões. As compressões realizadas corretamente podem causar picos de pressão sistólica (de 60 a 80 mm Hg), mas a 17 pressão diastólica é baixa. O débito cardíaco (volume de sangue bombeado por um ventrículo por unidade de tempo) gerado pelas compressões é cerca de 1/4 a 1/3 do normal e vai diminuindo com a RCP prolongada. Devem-se realizar três ciclos (30 compressões e 2 ventilações), após reavaliar a respiração e circulação, se não houver sinal de respiração ou pulso, deve-se continuar com a RCP, sem parada para nova reavaliação, até o SME chegar (CAPUTO, 2009). Para se prosseguir no atendimento, após a instituição das manobras de SBV, deve-se ter noçãoda modalidade de PCR. Existem três modalidades de PCR, sendo que as situações de assistolia e atividade elétrica sem pulso apresentam características muito próximas, permitindo que o atendimento seja resumido em, praticamente, duas situações: fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso, cuja ênfase deve ser a desfibrilação, e assistolia/atividade elétrica sem pulso, caracterizadas por busca de uma etiologia (PAZIN, 2003). Em paciente com pulso, mas sem respiração espontânea ou com respiração inadequada, execute respiração boca-a-boca até que o suporte avançado de vida esteja disponível para garantir uma via aérea definitiva. Se o paciente apresentar ventilação e circulação espontâneas efetivas, garanta a permeabilidade da via aérea. Uma das maneiras de fazê-lo é colocar o paciente em posição de resgate (PAZIN, 2003). A posição de resgate visa permitir que a via aérea fique desobstruída, ao impedir que a língua se desloque posteriormente e ao favorecer a drenagem de secreções. Há vários tipos de posicionamento da vítima, que podem ser implementados desde que não impliquem em riscos para o paciente (por exemplo, se há suspeita de trauma cervical, a mobilização pode implicar em dano medular). O posicionamento da vítima em posição intermediária, entre o decúbito dorsal e o decúbito lateral (o mais próximo possível do decúbito lateral), é recomendado pelas novas diretrizes. Reavalie, constantemente (a cada minuto), o paciente, quanto à persistência de ventilação e circulação. A posição de resgate deve permitir o fácil reposicionamento em decúbito dorsal, caso surja, novamente, parada cardíaca. Mude o paciente de posição (inverta do lado do decúbito) a cada 18 30 min, para evitar danos à circulação do membro superior, que está posicionado inferiormente, apoiando a cabeça (PAZIN, 2003). Nos casos em que se dispuser de DEA, mantenha o aparelho ligado e os eletrodos aderidos ao tórax do paciente, mesmo após o retorno da circulação espontânea. O aparelho executará a análise do ritmo a cada minuto até que o suporte avançado de vida esteja disponível (PAZIN, 2003). V – CONCLUSÃO: O aumento do número de idosos na população tem tido como consequência o aumento do número de idosos que procuram tratamento odontológico, haja vista que atualmente o homem possui maior expectativa de vida em virtude dos novos métodos de diagnóstico e modalidades terapêuticas. Como consequência, tem-se constatado que indivíduos diabéticos, hipertensos, cardiopatas, asmáticos ou portadores de desordens renais ou hepáticas são, nos dias de hoje, pacientes regulares dos cirurgiões-dentistas. Nesse sentido, uma vez evidenciado que a parada cardio-respiratória é uma situação dramática, responsável por morbimortalidade elevada e que o tempo é variável importante, as medidas adotadas devem ser comprovadamente eficazes, e iniciadas no menor intervalo de tempo possível. Assim, o profissional da saúde deve estar apto a rapidamente reconhecer, diagnosticar e executar manobras, instituindo o tratamento adequado e padronizado dessa situação clínica, contribuindo para implicações prognósticas favoráveis. Uma vez comprovados os efeitos benéficos conferidos de um correto atendimento na ressuscitação cardiorrespiratória, o presente estudo busca investigar o nível de instrução e capacitação dos profissionais de odontologia atuantes na atenção primária a saúde de Uberlândia no ano de 2014 em relação ao suporte básico de vida. 19 VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: American Heart Association. Aspectos mais relevantes das Diretrizes da AHA sobre ressuscitação cardiopulmonar e atendimento cardiovascular de emergência. V.16, N.4, Dez/05-Fev/06. Caputo, IGC. Emergências médicas em consultório odontológico: implicações éticas e legais para o cirurgião-dentista. / IsamaraGeandra Cavalcanti Caputo. – Piracicaba, SP: [s.n.], 2009. Caputo, IGC; Bazzo, GJ; Silva, RHA; Junior, ED. Vidas em risco: emergências médicas em consultório odontológico. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.3, p. 51-58, jul./set. 2010. Carlini, JL; Medeiros, U. Emergências médicas no consultório odontológico. 2012. Disponível em: http:// www.joaocarlini.com.br/imagens/emer.pdf. Acessado em: 18/08/2013. Guedes, NG; Chaves, FB; Moreira, RP; Cavalcante, TF; Chaves, ES; Araujo, TL. Crises hipertensivas em portadores de hipertensão arterial em tratamento ambulatorial. Rev Esc Enferm USP 2005; 39(2):181-8. Erazo, GAC. Manual de Urgências em pronto-socorro. 7ª edição. Editora Medsi, 2002 Filgueiras Filho e cols. Avaliação do conhecimento geral de médicos emergencistas de hospitais de salvador – Bahia sobre o atendimento de vítimas com parada cardio-respiratória. ArqBrasCardiol, 2006; 87:634-640 Lúcio, PSC; Barreto, RC. Emergências Médicas no Consultório Odontológicos e a insegurança dos profissionais. Revista brasileira ciências da Saúde 16(2):267-272, 2012. Merly, F. O Cirurgião-dentista e as emergências médicas no consultório: Será que estamos preparados para enfrentar este problema? Rev. bras odontol., Rio de janeiro, v. 67, n.1, p.6-7, jan./jun. 2010. Monnazzi, MS; Prata, DM; Vieira, EH; Gabrielli, AMC; Carlos, E. Emergências e Urgências Médicas. Como proceder? RGO, 49 (1): 7-11, jan/fev/mar, 2001 Nunes, RJA. A importância das emergências médicas para o cirurgião dentista. Rafael Jose Andrade Nunes. Orientador: Marcos Antônio de Farias Paiva. João Pessoa – 2010. Trabalho de Conclusão de Curso de Odontologia. 20 Curso de Graduação em Odontologia. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2010. Passos, VMA; Assis, TD; Barreto, SM. Hipertensão Arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Epidemiol. Serv. Saúde v.15 n.1 Brasília mar. 2006 Pazin Filho A; Santos JC; Castro RBP; Bueno CDF; Schmidt. A. Parada cardiorespiratória (PCR). Medicina, Ribeirão Preto, 36: 163-178, abr./dez. 2003 Romani, HM; Sperandio, JA; Sperandio, JL; Diniz, MN; Inácio, MA. Uma visão assistencial da urgência e emergência no sistema de saúde. Revista Bioética17 (1): 41 – 53, 2009. Silva, EL; Avaliação do nível de conhecimento do uso de protocolos de urgência ou emergência médica na clínica odontológica. Dissertação apresentada á Universidade Federal do Pará para obter o título de Mestre pelo programa de pós-graduação em odontologia, 2006. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Sociedade Brasileira de alergia e imunopatologia, Sociedade Brasileira de Pediatria. II Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Brasília: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 1999. 1-161. Solé,D; Naspitz,C,K; Epidemiologia da asma: Estudo ISAAC (Internactional Study of Asthma and Allergies in Childhood. Revista brasileira de alergia e imunopatologia. 1998. Disponível em: http://www.asbai.org.br. Acessado em: 24/08/2013. Souza, CM; Martins, MH; Nicolau, RA. Atualidades no atendimento ambulatorial em situações de urgências e emergências em clínica odontológica. Anais do XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, Curso de Odontologia da faculdade de ciência da saúde, São Jose dos Campos, 2007. 1388-1390. Zago e cols. Ressuscitação Cardiorrespiratória: Atualização, Controvérsias e Novos Avanços. Arq Bras Cardiol volume 72, (nº 3), 1999 World Health Organization. Population aging; a public health challenge. Geneva: WHO; 1998. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol2007; 89:24-79 21 ANEXO I Termo de Consentimento Livre Esclarecido Título: PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA ACERCA DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DE UBERLÂNDIA (MG) Você está sendo convidado (a) a participar da pesquisa “Parada Cardiorepiratória: avaliação e capacitação dos profissionais de Odontologia acerca do Suporte Básico de Vida na Atenção Primária à Saúde de Uberlândia (MG)” por atuar junto a Atenção Primária a Saúde. Os avanços na área da saúde ocorrem através de estudos, por isso a sua participação é importante. O objetivo deste trabalho será verificar o nível de conhecimento e capacitação dos profissionais de odontologia atuantes na atenção primária à Saúde no ano de 2014, constando sua preparação para numa eventualidade, diante de uma parada cardio-respiratória. Caso você participe será necessário que assine este Termo e responda um questionário que aborde o tema. Não será feito nenhum procedimento que lhe traga qualquer desconforto ou risco à sua vida. Você poderá obter as informações que desejar e poderá não participar da pesquisa ou retirar seu consentimento a qualquer momento. Pela sua participação no estudo, você não receberá qualquer valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua responsabilidade. Eu, __________________, declaro haver recebido os esclarecimentos acima e que pude fazer perguntas e esclarecer minhas dúvidas a respeito do assunto. Aceito participar da pesquisa acima referida, sob a responsabilidade da pesquisadores Ronaldo Aleixo da Silva Junior e Thaís Fraga Soares e orientação da Prof. Dr. Mario A. M. C. Ferrari, conforme os critérios apresentados no termo de consentimento, sabendo que minha participação é inteiramente voluntária. Uberlândia, _______ de _______________________de 20 ___. Assinatura do entrevistado: ________________________________________ 22 ANEXO II Questionário 1) Iniciais de seu nome: __________________________________________ 2) Data da entrevista: ____________________________________________ 3) Data de nascimento: ___________________________________________ 4) Idade (anos):_________________________________________________ 5) Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 6) Estado Civil: ( ) Solteiro (a)( ) Casado (a)( ) Viúvo (a)( ) Separado (a)/ Divorciado (a)( ) União Estável 7) Maior titulação acadêmica: ( ) Ensino médio (2º grau)( ) Graduação completa( ) Graduação incompleta( ) Mestrado( ) Doutorado 8) Formação acadêmica:( ) Técnico (a) em Higiene Dental( ) Odontólogo (a) ( ) Outro 9) Ano de formatura: ____________________________________________ 10) Tempo de atuação na Atenção Primária a Saúde: __________________ 11) Número de vínculos empregatícios que possui: __________________ 12) Durante o período de sua formação curricular/ acadêmica teve aulas de emergências médicas: ( ) Sim( ) Não 13) Possui curso de capacitação em emergências médicas: ( ) Sim( ) Não 14) Já presenciou uma parada cardio-respiratório: ( ) Sim( ) Não 15) Já teve que realizar manobras de suporte básico a vida (manobras de ressuscitação cardio-respiratória):( ) Sim ( ) Não 16) Qual sinal mais evidente caracteriza uma parada respiratória? a) ( ) Cianose b) ( ) Inconsciência c) ( ) Ausência de movimentos respiratórios d) ( ) Pele fria e amarelada e) ( ) Não sei 23 17) Como verificar se a vítima está respirando? a) Olhando o movimento do peito ou da barriga e/ou aproximando a mão ou o rosto da boca/nariz da pessoa para sentir a saída do ar b) tampa o nariz e vê se ela reage c) não sei 18) Como é possível facilitar a respiração da vítima, caso não haja suspeita de fratura na coluna vertebral? a) levantando o queixo da vítima b) levantando a cabeça da vítima c) abaixando a cabeça da vítima d) sentando a pessoa e) não sei 19) Como se realiza a respiração boca-a-boca? a) inclinando a cabeça da vítima para trás e abrindo a boca. Após encher o peito de ar, assopro na boca da vítima b) inclinando a cabeça da vítima p/trás, tampando o nariz e abrindo a boca. Após encher o peito de ar, assopro dentro da boca da vítima, protegendo a minha boca c) assopra dentro da boca da pessoa d) não sei 20) Para o diagnóstico inicial de PCR, o que deve ser avaliado? a) ( ) Ausência de pulso e respiração b) ( ) Traçado do ECG c) ( ) Presença de um desmaio d) ( ) Inconsciência e) ( ) não sei 24 21) Qual pulso é o mais apropriado para verificarmos os batimentos cardíacos de um adulto? a) ( ) Pulso Poplíteo b) ( ) Pulso Braquial c) ( ) Pulso Carotídeo d) ( ) Pulso Apical e) ( ) Não sei 22) Qual a posição em que deve estar a vítima para que se possa realizar a massagem cardíaca? a) ( ) Deitada de costas, em superfície plana e dura, com a cabeça um pouco inclinada para trás b) ( ) Deitada de costas, em superfície macia e confortável, a cabeça retificada c) ( ) Em qualquer posição d) ( ) Deve permanecer da maneira como desmaiou 23) Qual é o local adequado para realizar a massagem cardíaca? a) ( ) dois dedos antes do fim do osso que está no meio do peito b) ( ) sobre o coração c) ( ) no meio do peito d) ( ) em qualquer lugar e) ( ) não sei 24) Qual a sequência recomendada? A - Compressão torácica; B - Desfibrilação; C- Abertura de vias aéreas; D – Ventilação a) ( ) D – A - B – C c) ( ) C – D – A – B b) ( ) A – B – D – C d) ( ) B – C – A – D e) ( ) Não sei 25) Qual a relação compressão/ ventilação atual, se o paciente está em PCR e não foi ainda intubado? a) ( ) 30/2 b) ( ) 15/02 c) ( ) 5/1 d) ( ) 15/01 25