SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE Em 2016, no período

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Boletim Epidemiológico Nº 08 - 2016
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE
Em
2016,
no
período
de
(03/01/2016
a
12/03/2016),
semana
epidemiológica 01 a 10, foram notificados 4.774 casos suspeitos de dengue no
Estado do Acre. Desses, 146 (3,1%) confirmados (112 pelo critério laboratorial
e 34 pelo critério clínico epidemiológico), 1.062 (22,2%) descartados, 3.465
(72,6%) estão em investigação e ou aguardando resultado laboratorial e 101
(2,1%) foram encerrados como inconclusivos por terem excedido o tempo
oportuno de encerramento (60 dias).
No mesmo período, em 2015 registrou-se 6.506 casos suspeitos, destes
3.760 (57,8%) foram confirmados como dengue, 02 confirmados como dengue
com sinais de alarme, 01 dengue grave, 2.380 (36,6%) descartados e 363
(5,6%) foram encerrados como inconclusivos.
Observa-se então, um decréscimo em 2016, de 26,6% nas notificações no
Estado. (Gráfico 1).
O gráfico 02 apresenta a distribuição por município de notificação de
casos suspeitos de dengue, mantendo maior incidência em 2016, os
municípios de Rio Branco com 3.095 (64,8%), Assis Brasil com 492(10,3%) e
Cruzeiro do Sul com 412 (8,6%) casos.
Na análise comparativa de casos notificados de dengue por semana
epidemiológica nos anos de 2015 e 2016 conforme gráfico 03, a semana
07/2016 apresentou maior indicador com 658 casos, correspondendo a 13,8%
das notificações de todo o período considerado (03/01/2016 a 12/03/2016). No
mesmo período do ano anterior, o aumento ocorreu na semana 03, com
947(14,6%) das notificações.
Gráfico 01 - Número de casos notificados de dengue, segundo
critério de classificação, Acre. (2015 a 2016)
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
3.760
3.465
2.380
2015
1.062
2016
363
146
3
Dengue
Dengue Grave/sinais
de alarme
Descartado
Investigação
101
Inconclusivo
Fonte: SINAN
*Dados sujeitos a alterações
Gráfico 02 - Número de casos notificados de dengue, por
município de residência, Acre. (2015 a 2016)
6000
5.011
5000
2015
4000
3.095
2016
3000
2000
1000
492
900
412
208
9
144
0
Fonte: SINAN
*Dados sujeitos a alterações
Gráfico 03 - Número de casos notificados de dengue, por
semana epidemiológica, Acre.
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2015
2016
SE 01
SE 02
Fonte: SINAN
*Dados sujeitos a alterações
SE 03
SE 04
SE 05
SE 06
SE 07
SE 08
SE 09
SE 10
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA FEBRE CHIKUNGUNYA
Conforme gráfico 04, no Acre, em 2016 até a semana 10 (03/01/2016 a
12/03/2016) foram notificados 453 casos, sendo a capital do estado Rio
Branco, o município a apresentar o maior número de casos (369),
correspondendo a 81,5%. No mesmo período do ano anterior, foram
registrados 04 casos de febre chikungunya, todos notificados no município de
Rio Branco.
Quando analisamos por semana epidemiológica 01 a 10 (03/01/2016 a
12/03/2016), o maior índice de notificações ocorreu na semana 06/2016 com
77(17,0%) casos, apresentando uma queda considerável nas semanas
seguintes.
No
ano
de
2015,
só
houve
notificações
nas
semanas
epidemiológicas 05 e 06/2015.
Gráfico 4 - Número de casos notificados de Febre
Chikungunya, segundo município de residência, Acre.
369
400
350
300
250
200
150
2015
100
50
1
25
0
Fonte: SINAN NET
*Dados sujeitos a alteração
2016
6
20
1
2
4
5
4
2
1
17
Gráfico 5 - Número notificados de Febre Chikungunya,
por semana epidemiológica, Acre.
90
77
80
70
70
56
60
58
47
50
47
33
40
26
30
22
17
20
10
3
1
5
6
0
0
1
2
3
4
7
8
9
10
Fonte: SINAN NET
*Dados sujeitos a alteração
Dos 457 casos notificados entre 2015 e 2016, 08 (1,8%) foram
descartados pelo laboratório de referência Instituto Evandro Chagas – IEC e os
outros
449(98,2%)
estão
aguardando
resultado
e
sob
investigação
epidemiológica. É importante destacar que o Laboratório de Referência Instituto
Evandro Chagas, atende as regiões Norte e Nordeste do Brasil, o que justifica
um período mais prolongado para emissão da liberação dos resultados.
O Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN, a partir de
março/2016 está realizando exames para diagnóstico de Febre Chikungunya
de amostras de pacientes suspeitos da doença enviados pelas unidades de
saúde do Estado. Das 162 amostras analisadas, 10 (6,2%) apresentaram
positividade e 152 estão descartados.
Dos confirmados, 02 são importados (quando a pessoa é contaminada
em outra cidade) e 08 são autóctones (adquiridos no Estado de residência),
sendo: 06 no município de Rio Branco, 01 Manoel Urbano, 01 Cruzeiro do Sul,
01 Brasiléia e 01 Assis Brasil (mapa 01).
Mapa 01 – Número de casos confirmados laboratorialmente de Febre Chikungunya por
município de residência do Estado do Acre, 2016.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ZÍKA VÍRUS
No Acre, em 2015 na semana epidemiológica 45 (08/11/2015 a
14/11/2015) foram notificados os primeiros casos suspeitos por Zika vírus no
Estado, da semana 45 a 52 (08/11/2015 a 02/01/2016) resultou em um total de
42 casos suspeitos, todos no município de Rio Branco.
Em 2016, da semana epidemiológica 01 a 10 (03/01/2016 a 12/03/2016)
registrou-se um total de 591casos suspeitos, distribuídos nos municípios de
Bujari, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Manuel Urbano, Plácido de Castro,
Porto Acre, Rodrigues Alves, Sena Madureira, Xapuri e Rio Branco, conforme
gráfico 6.
Dos 633 casos notificados entre 2015 e 2016, 2 (0,3%) foram descartados
pelo laboratório de referência – IEC, 630 (99,7%) seguem em investigação
epidemiológica e laboratorial, e 01 (0,2%) foi confirmado laboratorialmente,
comprovando a circulação autóctone do vírus no Acre, uma vez que a paciente
não viajou para fora do estado.
Analisando o gráfico 07 por semana epidemiológica, em 2015 e 2016
observa-se um crescimento significativo no número de notificações, a partir da
semana epidemiológica 04, onde a maior incidência foi na semana
epidemiológica 09 (28/02/2016 a 05/03/2016) com 120 casos.
Gráfico 6 - Número de casos notificados de ZikaV por
município de residência, Acre.
600
557
500
400
300
2015
200
2016
100
4
1
2
1
0
0 1
1
0
18
0
3
3
0
42
0
.
Fonte: Planilha paralela/ SINAN/NET
Gráfico 7 - Número de casos notificados de ZikaV, por semana
epidemiológica, Acre.
140
120
120
111
100
92
80
2015
63
60
2016
37
40
44
43
36
28
20
10
3
45
1
3
2
46
47
48
12
17
6
5
51
52
0
Fonte: FORMSUS e SINAN
49
50
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MICROCEFALIA
Em novembro de 2015 o Ministério da Saúde confirmou a relação de
ZikaV com o aumento dos casos de microcefalia.Considerando o aumento dos
casos de microcefalia no Brasil, a partir de janeiro de 2016 o Ministério da
Saúde preconiza a notificação e investigação de todos os nascidos vivos com
microcefalia sugestivos de qualquer infecção congênita, e não somente
relacionado ao ZikaV. É importante destacar que existem outros agentes
infecciosos causadores de microcefalia, bem como: sífilis, toxoplasmose, HIV,
citomegalovírus, herpes dentre outros.
Em virtude de tais orientações, o Acre vêm monitorando e investigando
desde de dezembro de 2015 todos os casos de microcefalia,
nos 22
municípios do estado. Em 10 de março de 2016, o MS/SVS, apresentou uma
nova versão do Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia
e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC) com o objetivo de notificar e
investigar todos os nascidos vivos com microcefalia e/ou alterações do sistema
nervoso central sugestivo de qualquer infecção congênita, e não somente
relacionado ao ZikaV.
No Acre, conforme gráfico 08, as suspeitas de microcefalia iniciaram na
semana epidemiológica nº48/2015, com 11 suspeitas.
Em 2016 da semana 01 até a semana 10 (03/01 a 12/03), foram
notificados 19, totalizando 30 suspeitos, sendo 27 casos residentes no Acre e 3
casos importados do Estado de Rondônia. Todos estão em investigação
epidemiológica e laboratorial para confirmação ou descarte.
Mapa 02 – Número de casos notificados de microcefalia por município de
residência do Estado do Acre, 2015 e 2016.
Fonte: Resp/MS
Gráfico 08 - Número de casos notificados de
microcefalia por semana epidemiológica, Acre
6
5
2015
5
4
2016
4
4
3
3
3
2
2
2
2
2
1
1
1
1
0
SE 48
Fonte: Resp/MS
SE 49
SE 50
SE 51
SE 52
SE 01
SE 02
SE 03
SE 04
SE 05
SE 06
SE 07
SE 08
SE 09
ORIENTAÇÃO AS GESTANTES:
Ter a gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos
os exames recomendados pelo seu médico;
Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
Não utilizar medicamentos sem a orientação médica evitarem contato
com pessoas com febre, exantema ou infecções;
Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos
transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros(retirada de
recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de
armazenamento de água);
Proteger de mosquitos, adotando medidas como manutenção de portas
e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e
utilização de repelentes indicados para gestantes.
SITUAÇÃO ENTOMOLOGICA
Com Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)
declarada pelo Ministério da Saúde – MS em 12 de novembro de 2015; foi recomendada
a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Visando à execução de todas as atividades estabelecidas pelo Ministério da Saúde,
dentre elas, a realização de 03 ciclos mensais de visita domiciliar nos meses de
fevereiro, março e abril. Alguns municípios do estado estão realizando as ações
juntamente com o exército e a defesa civil. Na tabela abaixo podemos observar o
andamento das atividades nos ciclo de visita domiciliar nos municípios do Estado do
Acre realizados nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Este acompanhamento é feito através de envio diário de planilhas para alimentação
de um sistema aberto pelo Ministério da Saúde, alguns municípios até o momento não
encaminharam informações para análise pela Sala Estadual de Comando e Controle
para enfrentamento do Aedes aegypti, deixando o sistema sem as devidas informações.
Índice de Infestação Predial nos município do estado do Acre, LIRAa realizado em
Novembro de 2015.
Tabela 1 - Distribuição dos imóveis trabalhados, por municípios de
residência, 2016.
MUNICÍPIO
Acrelândia
Total de
t
Imóveis
Imóveis
% de Cobertura
trabalhados 1°
do
1° Ciclo
ciclo
Imóveis
Trabalhados
2°
2° ciclo
% de Cobertura do
Ciclo
3543
3351
94,6
1471
41,5
Assis Brasil
1192
994
83,4
0
0,0
Brasiléia
8.181
9704
118,6
3560
44,5
Bujari
3250
995
30,6
0
0,0
Capixaba
2428
854
35,2
0
0,0
Cruzeiro do Sul
29248
27932
95,5
11405
39,0
Epitaciolândia
5925
0
0,0
0
0,0
Feijó
5619
0
0,0
0
0,0
Mâncio Lima
2391
598
25,0
0
0,0
Manoel Urbano
2200
741
33,7
0
0,0
Plácido de Castro
4989
4990
100,0
3337
66,9
Porto Acre
4984
1595
32,0
0
0,0
Rio Branco
173229
149514
86,3
0
0,0
Rodrigues Alves
2040
0
0,0
0
0,0
Sena Madureira
8194
4314
52,6
0
0,0
Senador Guiomard
6402
1585
24,8
0
0,0
Tarauacá
8711
5873
67,4
0
0,0
Xapuri
4879
5197
106,5
3007
61,6
78,7
22.780
8,2
Total
277.405
218.237
AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA VIGILÂNCIA EM SAÚDE/SESACRE
A Diretoria de Vigilância em Saúde, em parceria como o Setor de
Humanização da SGA, demais Secretarias Estaduais e Órgãos Federais, estão
realizando um conjunto de atividades relativas ao combate ao vetor do vírus da
Dengue, Chikungunya e ZikaV, o Aedes aegypti.
As ações estão sendo desenvolvidas em diversos setores. As
atividades são realizadas, através de dramatização, músicas, palestras e
distribuição de panfletos/cartazes chamando a atenção sobre as formas de
transmissão, medidas preventivas e diferenças básicas entre Dengue,
Chikungunya e ZikaV, o objetivo é formar multiplicadores no combate ao Aedes
aegypti.
RIO BRANCO-AC, 21 de março de 2016
Elaboração
Antônia Zacarias Campêlo
Eliane Alves Costa
Renata Meireles
Erika Rodrigues de Abreu
Maria Lima
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