Biologia – 2ª Série Resumo – Anelídeos Data: 26 de março de 2008 Anelídeos Características Triblásticos, celomados, protostômios, com simetria bilateral, metamerizados. Primeira ocorrência de celoma verdadeiro; primeira ocorrência de sistema circulatório – fechado. Primeira ocorrência de sistema respiratório - branquial em poliquetas. Habitat: aquático ou terrestre úmido em oligoquetas, aquático nos demais. Hábito: vida livre ou ectoparasitas. Classificação Aquetas ou Hirudíneas –sem cerdas, presença de clitelo – Hirudo medicinalis ou sanguessuga. Oligoquetas – poucas cerdas, presença de clitelo – minhocas. Poliquetas – muitas cerdas apoiadas em parapódios – minhocas do mar. Fisiologia Revestimento: Epiderme simples, úmida, mucosa com células vivas e ricamente vascularizada permite as trocas gasosas por difusão. Locomoção: Movimento peristáltico: onda de contração propagada coordenadamente em estruturas tubulares. A contração da musculatura circular promove um alongamento, seguida da contração de musculatura longitudinal que promove o encurtamento daquele segmento. Esta onda, em anelídeos, propaga-se da região anterior para a região posterior. Alimentação: os oligoquetas são detritívoros, comem terra e aproveitam restos de matéria orgânica lá misturados. Digestão: extracelular. Tubo digestório completo: boca, esôfago, moela (porção dilatada do intestino, muito musculoso, responsável pela digestão mecânica), intestino com tiflosole (prega longitudinal que aumenta a superfície de absorção). O alimento é aspirado por uma faringe musculosa e levado pelo esôfago a uma moela musculosa, onde o alimento é triturado. O intestino é tubular, lá o alimento é digerido extracelularmente. O alimento digerido é absorvido, com auxílio da tiflosole e cai na corrente sanguínea. O que não foi digerido sai pelo ânus. A cavidade celomática atua como auxiliar no transporte de nutrientes, gases e resíduos do metabolismo entre o sistema circulatório e as células do organismo. Sistema Circulatório: Primeira ocorrência de sistema circulatório. O sistema circulatório é fechado, ou seja, o sangue só circula no interior de vasos sanguíneos. Na região dorsal do corpo, pode ser visto externamente, por transparência, um vaso longitudinal dorsal, localizado sobre o intestino. Algumas dilatações destes vasos constituem corações que impulsionam o sangue pelos vasos sanguíneos. Sangue com hemoglobina, em alguns exemplares com hemocianina. Respiração: difusão simples na pele, surgem brânquias nos poliquetas. Excreção: um par de nefrídeos por segmento – funis Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 1/2 Biologia – 2ª Série Resumo – Anelídeos Data: 26 de março de 2008 ciliados que filtram os excretas diretamente do celoma e do sangue, desembocam em poros excretores no anel seguinte. Sistema Nervoso centralizado Na extremidade anterior do corpo, há dois gânglios cerebrais ou supra-esofágicos que, por meio de um anel periesofágico, se comunicam com dois gânglios subesofágicos. Seguem- se 2 cordões nervosos ventrais e um par de gânglios por segmento. Sistema Sensorial Mecanoceptores, quimioceptores e higroceptores na pele. Reprodução As minhocas possuem uma dilatação sobre os 14.º, 15.º e 16.º anéis, chamada clitelo, que tem participação no ato da reprodução sexuada. A reprodução ocorre por fecundação cruzada entre dois indivíduos que se unem pela região de clitelo. As minhocas se posicionam encostando ventre com ventre, a região anterior de uma voltada para a região posterior da outra. Nessa ocasião, uma minhoca deposita espermatozóides no receptáculo seminal da outra. Após a troca de espermatozóides, os animais se separam. O clitelo é uma banda glandular, que secreta um casulo dentro qual são eliminados os óvulos maduros. O casulo desliga-se do clitelo e desloca-se para a extremidade anterior, ali, recebendo espermatozóides da outra , ocorre a fecundação dos óvulos. Apesar de hermafrodita, a minhoca realiza fecundação cruzada. Após a fecundação, o casulo separa-se do corpo. Em seu interior, os óvulos fecundados se desenvolvem e originam minhocas jovens sem estágio larval, o que caracteriza o que se chama de desenvolvimento direto. Esta estrutura é, obviamente, uma adaptação à vida em meio terrestre, onde as larvas aquáticas não sobreviveriam. Alguns poliquetas fazem reprodução assexuada por esquizogênese (fragmentação do corpo com desenvolvimento de cada pedaço em um novo indivíduo). Mais comumente, a reprodução é sexuada. Neste caso, é comum o desenvolvimento indireto com larva trocófora. Imagens: marcobueno.net biosonialopes.editorasaraiva.com.br LAURENCE, J. Biologia: Invertebrados. São Paulo. Ed. Nova Geração. 2002 Colégio I. L. Peretz - Morá Anita 2/2