O DIREITO DE SER ATEU POR WILLIAM PEREIRA DA SILVA [email protected] [email protected] A aflição humana em relação a sua existência na terra como ser vivo e que função ou razão existem para o sentido da vida aqui neste mundo deixa nossos pensamentos e sentimentos confusos, angustiados diante de tantas teorias e explicações sobre o que somos de onde viemos e para onde vamos. Perguntas sem respostas é o que mais temos. Verdades impostas que com o passar do tempo não passam de mitos, fantasias e por que não dizer; verdadeiras mentiras criadas para os seres humanos terem domínios sobre os outros exercendo seu poder e manipular mentes humanas por séculos e séculos. Com uma formação católico-cristã a influencia exercida sobre minha personalidade torna-se quase como imposição começar analisando a questão da vida dentro dos parâmetros da concepção bíblica sobre o mundo e tudo que nele existe. Não foi tarefa fácil chegar a conclusões que hoje tenho e passo a tê-las como convicções próprias de haver muito enganos e mentiras na exposição dos fatos bíblicos que são impostas a maioria da população mundial, como verdades imutáveis que congregam muitos adeptos a uma crença de um Deus único, todo poderoso, que devemos temê-los para não chegar ao fogo do inferno. Tenho hoje uma grande tendência a fazer parte da categoria de seres humanos que os crédulos determinam de ATEUS, mesmo tendo enraizado na alma, espírito, pensamento, ou seja, lá o que for, uma forte carga de pensamentos que me leva a pensar num Deus e que luto constantemente para tirar essa idéia inculcada no meu cérebro. Nascemos e pouco a pouco vamos tomamos consciência do mundo a nossa volta, tudo já está pronto, somos recebidos e educados para aceitar tudo que nele está. Nossas mentes são preparadas para atuar dentro dos costumes e culturas daqueles que se encontram numa determinada época e lugar, num determinado tempo e espaço. Todos se organizam para influenciar esses novos seres a sua maneira de pensar e agir, são passados conhecimentos de geração para geração durante décadas, milênios. Aqueles que nasceram num ambiente familiar de católicos serão treinados para serem católicos, aqueles que nasceram num ambiente familiar de protestantes terão grande influencia para tornarem-se protestantes. Aqueles que nasceram no oriente médio ou noutra região qualquer terão sua cultura e costumes da região com seus próprios deuses e crenças e assim sucessivamente em todos os lugares, em todos os tempos desde que se tem conhecimento do ser humano na face da terra. Podemos afirmar que sua maneira de crer num Deus é uma imposição criada por aqueles que já se encontram na vida, no mundo. Mesmo tendo suas dúvidas na crença deste ou daquele Deus somos induzidos a crer no que eles acham que é ou não verdadeiro, Deus é mais uma imposição de que uma verdade absoluta. Há mais dúvidas do que razão na lógica dos fatos. Para os cristãos, “No início, Deus criou o céu e a terra” Nos seis dias seguintes, Deus trabalhou muito: por volta do terceiro dia, criou o dia e a noite, os mares, a terra e as plantas; por volta do quinto dia, as estrelas, o sol e a lua, as criaturas do mar e os pássaros. No sexto dia, ele fez os animais e o ponto alto de sua criação: os seres humanos. Deixou o sétimo dia para descansar - por isso, os domingos são sagrados para os cristãos. Depois de criar o céu e a terra, Deus admira a sua obra. Para um homem sem cultura, ignorante, uma pessoa comum esta teoria será aceita sem questionamentos, mas quando estudamos e pesquisamos o cosmo, quando lemos à história do universo dentro de uma concepção do Big Bang, quando estudamos astronomia e nos aprofundamos num pensamento mais filosófico esta afirmação bíblica da criação do mundo torna-se um mito, uma estória sem um mínimo de fundamento e dar-se-ia para sentir que quem criou esta concepção tinha uma mentalidade muito inferior aos conhecimentos da criação e leis que regem o universo conhecido hoje. Deus não esclareceu a eles a dimensão incomensurável do universo, aquilo que existe e não sabemos o tamanho, se é que tem tamanho, e propriamente o que é. Diversas são as concepções da criação do mundo ou do universo, em alguma época ou em algum lugar sempre houve uma concepção da criação do mundo e do homem. Temos mitos criados ao longo dos tempos, uns tão engraçados que se tornaram fora de cogitação, e se compararmos a história da bíblia com esses mitos ela torna-se tão irrelevantes quanto às outras. A PALAVRA DO DEUS ATUM Os antigos egípcios, cuja civilização durou mais de dois milênios, criaram mitos bem complicados. Eles acreditavam que o universo começou quando o deus atum surgiu, simplesmente chamando seu próprio nome. Em seguida, atum vomitou seu irmão e sua irmã, Shu e Tefnut, que, por sua vez, geraram o deus Geb(que simboliza a terra) e a deusa Nut (O céu). Todos os egípcios nasceram dos filhos de Nut e Gem. Todo o ato da criação foi presenciado pelo olho que tudo vê, sem interferências. Na mitologia egípcia, os amantes Geb (a terra) e Nut (o céu) são separados um do outro, para que possam existir os dias. À noite, eles voltam a se unir. O OVO COSMICO Para os antigos chineses, o universo surgiu de um imenso ovo cósmico contendo o yin-yang. Ali existiam todas as coisas e seu exato oposto. Dentro do yi-yang estava o deus P’na-ku: seus olhos transformaram-se no sol e na lua; sua respiração, no vento; seus cabelos, nas arvores e plantas; sua carne, na terra; seu suor, em chuva; e por fim os vermes que corroeram seu corpo transformaram-se em seres humanos. Em outra versão do mito chinês da criação, Pan-Kou-Che, o Criador, esculpia sua grande obra em meiio ao redemoinho de nuvens. QUETZALCOATL E TEZCATLIPOCA Os astecas do México tinham muitas lendas sobre a criação. Uma delas fala dos deuses Quetzalcoatl e Tezcatlipoca, que retiraram a deusa Coatlicue dos Céus e dividiram-na em duas partes, criando o céu e a terra. Seu corpo transformou-se em montanhas e vales, seus cabelos em plantas. Mas Coatlicue estava infeliz com o que havia acontecido e exigia freqüentes sacrifícios de corações humanos. Em outro mito, Tezcatlipoca atrai um monstro marinho para a supeerficie e fica gravemente fereida. Seu corpo transforma-se na terra. PRAJAPI E O OVO DE OURO Muitos dos mitos de origem da cultura Hindu têm como protagonista deuses que surgem ao proferirem seus nomes. Outros descrevem grandes oceanos e alguns envolvem ovos cósmicos. De acordo com uma das lendas, um oceano gerou um ovo de ouro. Após um ano, Prejapati surgiu do ovo. Ele descansou em sua casca durante mais um ano, antes de tentar falar. O primeiro som que ele emitiu tornou-se a terra; o segundo, o céu; e o terceiro; as estações. TEMPO DOS SONHOS DOS ABORÍGINES Na cultura aborígine australiana, temos o “Tempo dos sonhos”; uma era na qual seus ancestrais partia em jornadas, criando “sonhos” que se se transformavam em pessoas, lugares sagrados e tradições. Os ancestrais muitas vezes tinham a forma de lagartos; aquecidos pelo sol, tornavam-se humanos. O deus dos aborígines Dieri fez o primeiro ser humano na forma de um lagarto, mas percebeu que ele só seria capaz de andar quando sua cauda fosse cortada. Os ancestrais do tempo dos sonhos são celebrados em expressivas pinturas rupestres. VOLTANDO A GÊNESE O livro gênese tem fatos absurdos tirando a veracidade total da história narrada e apresentando divergências enormes. Lendo alguns trechos poderemos sentir esses disparates. Adão conheceu Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu a luz à Caim, e disse “Possui um homem com a ajuda do Senhor”. E deu em seguida à luz a Abel, irmão de Caim. Abel tornou-se pastor e Caim lavrador. Passado algum tempo, ofereceu Caim frutos da terra em oblação ao Senhor: Abel, de seu lado, ofereceu dos primogênitos do seu rebanho e das gorduras dele; e o Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oblação, mas não olhou para Caim, nem para seus dons. Caim ficou extremamente irritado com isso e o seu semblante tornou-se abatido. O Senhor disse-lhe: “Porque estás irado? E por que está abatido o teu semblante? Se praticares o bem, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te, mas se procederes o mal,o pecado estará a tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás dominalo”. Caim disse então a Abel seu irmão: “vamos ao campo.” Logo que chegaram ao campo. Caim atirou-se sobre o seu irmão e matou-o. O Senhor disse a Caim: “Onde está teu irmão Abel” – Caim respondeu:”Não sei! Sou porventura eu o guarda do meu irmão?” O Senhor disse-lhes: Que fizeste! Eis a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra. De ora em diante, serás maldito e expulso da terra, que abriu sua boca para beber de tua mão o sangue do teu irmão. Quando cultivares, ela te negará teus frutos. E tu serás peregrino e errante sobre a terra. Caim disse ao Senhor: “Meu castigo é grande demais para que eu possa suportar. Eis que me expulsais agora deste lugar, e eu devo ocultar-me longe de vossa face, tornando-me um peregrino errante sobre a terra. O primeiro que me encontrar matar-me-á.” E o Senhor respondeu-lhe: “ Não! Mas aquele que matar Caim será punido sete vezes. “ O Senhor pôs em Caim um sinal, para que se alguém o encontrasse, não o matasse. Caim retirou-se da presença do Senhor, e foi habitar, na região de Nod, ao oriente do Éden. Caim conheceu sua mulher. Ela concebeu e deu a luz Henoc. E construiu uma cidade... Vejamos, Deus criou Adão e Eva que geraram Caim e Abel. Por que Deus inventou de preferir a um dos dois? Por que não agradou ao dois para haver paz e não motivar a inveja? Que pecado cometeu Caim antes de matar seu irmão, ele somente ficou irritado, provocação feita por Deus, não foi de Abel. QUEM ERA A MULHER QUE CAIM ENCONTROU NA REGIÃO DE NOD, AO LESTE DO ORIENTE? Quem era o povo desta mulher se no mundo só tinha Adão, Eva e Caim? Abel tinha morrido. Adão e Eva só geraram mais filho depois, cujo nome era Set. Deus ordenava um castigo e num simples pedido mudava de opinião colocando um sinal na testa de Caim para beneficiá-lo? Para continuidade da espécie humana teria de haver relações sexuais entre mãe e filhos, pai e filhas e irmãos e irmãs (incesto), o que não seria permitido devido o homem ter sido criado com leis morais imposta por Deus e sabemos que geneticamente é extremamente prejudicial ao desenvolvimento humano causando deformações genéticas? CONSIDERAÇÕES SOBRE A BÍBLIA Toda a bíblia segue nesta linha em que sempre encontramos absurdos tornando os fatos sempre suspeitos de ter sido inventadas sendo apenas alegorias, mitos, invenções, mentiras. O dilúvio narra que Nóe colocou um casal de cada espécie dentro da arca e que a água da chuva encobriu todo o mundo. O mundo para o povo da época era somente aquela região em que viviam. Lendo a história em outros livros sabemos da concepção de mundo no século XV. Na Europa se acreditava que o mundo fosse como um prato e que a água caia num vazio. Não sabiam se existiam outros continentes, se havia terras no outro lado das águas dos mares. O mundo era apenas a região em que viviam. Quem inventou o dilúvio não tinha conhecimento do mundo e das espécies que habitavam o planeta, eram pessoas limitadas em conhecimentos. Existem teorias que o dilúvio foi apenas uma grande cheia num rio da Mesopotâmia e uma família com um velho patriarca experiente anunciou a cheia e instruiu o povo da região para construírem um grande barco (Arca), juntarem seus animais domésticos, preparar-se para a grande cheia com temporais que iriam acontecer. Se o mundo era uma concepção local então a dilúvio realmente aconteceu para eles. Alguns estudiosos da Bíblia mostram trechos de diversos livros como êxodo, Deuteronômio, II Crônicas, Mateus, que nos deixam realmente confusos com as intenções do Deus JEOVÁ. O autor Huascar Terra do Vale extraiu alguns momentos da escrituras sagradas do antigo e do novo testamento e coloca-nos para uma reflexão dessas citações bíblicas; A Bíblia é o livro mais vendido de todos os tempos. É também um dos menos lidos. A imagem que se tem da Bíblia é de um livro santo, que prega o amor, a bondade, a humildade. Ledo engano. A Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, tem passagens sangrentas e cruéis, de fazer inveja aos piores filmes de horror. Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as tábuas da lei percebeu que seus seguidores faziam orgias e adoravam um bezerro de ouro (Êxodo, 32:27-8). Furioso, vociferou: “Ponde cada um de vós a espada a seu lado. Percorrei o acampamento e voltai, de portão a portão, e matai cada um o seu irmão, e cada um o seu próximo, e cada um o seu conhecido próximo”. “E os filhos de Levi passaram a fazer o que Moisés dissera, de modo que naquele dia caíram do povo cerca de três mil homens”. Em Deuteronômio 20:10 e sgs., encontramos trechos horripilantes. Jeová, o Deus do Antigo Testamento, o mesmo que dissera “não matarás”, aconselha aos hebreus que, ao encontrarem outro povo, façam proposta de paz. Se aceitarem a paz, deverão ser escravizados para fazer trabalho forçado. Se recusarem a proposta de paz, Jeová os entregará nas mãos dos hebreus, que deverão matar todos os homens com o fio da espada. Em seguida, deverão saquear todos os despojos, inclusive as mulheres, as criancinhas e os animais domésticos. No mesmo livro, cap. 7, Jeová diz que seu povo escolhido deverá aniquilar sete povos que lhes serão oferecidos. “E tens que consumir todos os povos que Jeová, teu Deus, te dá. Teu olho não deve ter dó deles”. Jeová não brinca em serviço. Em II Crônicas 15:13, sentencia: “...todo aquele que não procurar por Jeová, o Deus de Israel, seja jovem ou velho, homem ou mulher, deverá ser morto”. Em Êxodo 22:20, demonstra sua absoluta intolerância: “Quem oferecer sacrifícios a quaisquer deuses, e não somente a Jeová, deverá ser completamente destruído”. Em Deuteronômio 22:22-23: “Caso um homem seja encontrado deitado com uma mulher que não tenha dono, ambos têm que morrer juntos...” E continua: “...tendes que levá-los para fora do portão daquela cidade e tendes de matá-los a pedradas, e eles têm que morrer”. Em Deuteronômio 21:18, Jeová ordena que, se um homem tiver um filho obstinado e rebelde, ele e a mãe devem levá-lo para fora da cidade, chamar os anciãos e dizer-lhes que o filho deverá morrer. Todos os homens da cidade deverão atirar pedras nele até morrer. obra no sábado deverá ser morto. Sendo assim, toda a cristandade, com a possível exceção dos adventistas (que guardam o sábado), deveria ser exterminada da face da terra. Olho por olho – a pena de talião – é a lei do Antigo Testamento. Não há lugar para perdão nem piedade. No entanto, Jesus, o mesmo Jesus que mandou dar a outra face, no Novo Testamento, também tem momentos de furor, como em Mateus 10:34: “Não penseis que vim estabelecer paz na terra; vim estabelecer, não a paz mas a espada. Pois vim causar divisão; o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe. Deveras, os inimigos do homem serão pessoas de sua própria família. Quem tiver maior afeição pelo pai ou pela mãe maior que por mim, não é digno de mim; e quem tiver maior afeição pelo filho ou pela filha que por mim não é digno de mim”. Quem duvidar, que confira! A história da bíblia não passa da história da vida e das guerras do povo hebreu, sua trajetória de explorado e exploradores, colonizados e colonizadores, invadidos e invasores, para tudo isso eles inventaram um Deus para ajudar nesta empreitada de luta pela terra que eles determinaram de terra santa (Para eles). O êxodo quando lido numa visão santificada e temerosa a Deus Moises aparece como um homem bom que libertou o povo hebreu do julgo egípcio. Numa analise mais profundo ele foi um grande líder que utilizou de um Deus para convencer aquele povo a abandonar o Egito e segui-los para uma nova vida, uma nova terra. Quando Moises com seu povo chegou noutras regiões todas elas já eram habitadas por outros povos com costumes e culturas diferentes do povo hebreu que liderado por Moises invadiu saqueando e tomando tudo que este povo tinha escravizando-os e apossando-se de todos os seus bens, matando velhos, mulheres e crianças sendo um dos lideres mais sanguinários da historia da bíblia. Com a divisão das tribos mais guerras existiram entre eles que se diziam eleitos o povo de Deus. O Deus da guerra, das invasões da opressão e para aliviar esse sentido do Deus guerreiro chega ao mundo o filho de Deus que veio com a missão de trazer a paz entre os homens e que até os dias atuais nada foi conseguido para a paz deste povo que ainda se encontra dividido e causador de guerras e ódio entre nações e conflitos internos entre eles causando uma eterna guerra santa. Jesus Cristo se existiu é o homem ideal para qualquer ser humano, para qualquer mundo, sábio, simples, humilde, poderoso, filho de um Deus, escolhido para liberta os homens do mal, pregava que tudo devia ser para o bem comum entre as pessoas e as comunidades, tudo deveria ser partilhado por todos para ninguém passar nenhuma necessidade seja material ou espiritual, um verdadeiro “comunista espiritual” e através dele, todas as pessoas que se convertessem aos seus ensinamentos vindo de Deus, iriam para o céu e por toda eternidade estariam ao lado de Deus usufruindo dos bens celestiais. Um grande sonho e ideal para toda a humanidade, uma perfeição incrível que Deus poderia ter resolvido somente com Adão, Eva, Caim e Abel e que agora com Bilhões de seres humanos fica a cada dia mais difícil conseguir tal ideal neste sistema capitalista imperialista, colonizador, materialista, desumano e devastador, no qual Cristo tornou-se um garoto propaganda onde todos o admiram, mas ninguém imita suas ações supostamente realizadas aqui na terra. Caso um quarto dos que se dizem cristãos aplicassem os ensinamentos de Jesus Cristo derrubariam todos os sistemas políticos e financeiros na face da terra. Sobrariam recursos matérias para todos os seres humanos e espiritualizados iríamos todos para o céu isto antes de acontecer uma catástrofe nas relações sociais e as guerras apocalípticas e os que sobrariam seriamos escolhidos de Deus. Creio na admiração de muitos na figura de Jesus Cristo, também caso ele tenha existido teria um grande respeito e admiração a sua pessoa e suas atitudes. O Novo Evangelho trás uma mensagem forte para renovação da lei antiga dos Hebreus causando discórdias e separações entre eles o que culminou com a crucificação de Jesus cristo. No Novo evangelho a pregação de Jesus realmente merece muita atenção por que trás para os seres humanos esperança em dias melhores para a humanidade, mas lamentavelmente ela é usada para oprimir e enganar mais ainda o povo humilde e sofredor, a boa nova passou para mãos de pessoas inescrupulosas que durante séculos e milênios a utilizam de acordo com a conivência do momento histórico e os interesses da classe dominadora da época. Creio que a manutenção da palavra de Jesus Cristo até hoje se deve ao fato dela ser manipulada e usada para oprimir mais do que para libertar, eles conseguem através dos tempos usarem a palavra do evangelho não deixando nunca que ela seja aplicada na pratica e conseguem que fique na mente das pessoas como um sonho, uma ilusão, uma verdade longe de ser alcançada, mantendo-a sempre como uma esperança, algo que um dia virá, mas que não aplicam no presente como ensinou Jesus Cristo. No final do livro APOCALIPSE tem um versículo onde João diz: “ Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro; se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da arvore da vida e da Cidade Santa, descrita neste livro.” João ameaçou a todos que mudassem qualquer texto do livro santo seriam punidos. Como posso acreditar se não houve mudanças nos textos bíblicos de acordo com o interesse dos governantes da época junto com as religiões se eles utilizaram a palavra santa para a inquisição, para matar todos aqueles que divergiam da forma como as palavras de Deus eram imposta na época. Quantas pessoas que queriam viver segundo os ensinamentos de Jesus Cristo e que contrariava a normas da igreja e dos governantes foram crucificadas, enforcadas, queimadas vivos, torturadas por anos e anos dentro dos calabouços. Como acreditar se não houve manipulação dos textos se eram utilizados para evangelizar ajudando os colonizadores das Américas que escravizaram, torturam, estruparam, mataram (mulheres, velhos e crianças), humilharam, dizimaram os índios, pessoas puras, inocentes, acolhedora que deram todo apoio aos estrangeiros e foram covardemente traídos e com ajuda da igreja tornaram índios em trapos humanos, como acreditar nesta gente, nesta bíblia. Em todo curso da história notamos o interesse das religiões em sempre estar a favor dos grandes e poderosos e utilizam a bíblia apenas para manutenção das instituições religiosas e favorecimento junto aos governantes. Para manter-se e cumprir a palavra do evangelho que favorece a libertação do povo pobre e oprimido pondo-a em pratica, jamais. Vamos utilizar a própria bíblia com os textos que eles dizem que Jesus Cristo evangelizou para sentir como não praticam o que o evangelho tem de melhor e verdadeiro e somente praticam realmente o que interessa a eles. »MATEUS [6] 1 Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; 4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. A pratica dos protestantes da linhagem de LUTERO e alguns segmentos dos católicos é o que mais fazem nas esquinas e em todos os lugares, rezam, oram, procuram se mostrar os melhores diante de Deus e dos homens, julgam-se os escolhidos, utilizam da bíblia para mostrarem-se os melhores divulgadores do evangelho e repetem incansavelmente orações e mais orações, louvores e cânticos. E não praticam a palavra imitando a Jesus. Gostam de estar nas igrejas, bem vestidos, dando suas ofertas, pedindo favores a Deus, sempre repetindo dia a dia, ano a ano os mesmos rituais, os mesmos cânticos, mudando as orações de acordo com cada santo, cada momento. Procuram ser visto por todos e tentam demonstrar que estão fazendo o bem, praticando a palavra de Deus. »MATEUS[6] 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. O que mais as religiões preocupam-se é em criar igrejas aumentando assim seu patrimônio imobiliário, além do grande comercio com santinhos, terços, camiseta, bonés, cd’s, dvd’s, shows e todo um milionário comercio que as religiões através da palavra de Jesus Cristo consegue arrecadar e não é revertido para os pobres e sim para enriquecimentos dos suas instituições e dirigentes. Para não tornarem-se tão ridículos inventam de ajudar algumas instituições de caridade para manter as aparências. Ninguém calcula a riqueza do vaticano, dos evangélicos e de qualquer instituição religiosa no mundo. È muito dinheiro, muita riqueza, elementos que Jesus mostrou claramente ser abominável aos olhos de Deus. »MATEUS [7] 1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. 3 E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? 4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? 5 Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão 15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci... Quando lemos estes versículos da bíblia pergunta-se a essas pessoas que seguem as religiões e lêem o livro Santo se não refletem nestas citações de Jesus cristo e vêem o quanto mais eles praticam as suas religiões mais eles se afastam de Deus e dos ensinamentos de Jesus cristo. Vejam como está claro no pedido de não julgar, ninguém pode julgar ninguém, ninguém pode dizer estou salvo e condenar ou reprovar a fé do outro. Os falsos profetas estão claramente em todos os lugares, por que não percebem a quantidade de hipócritas, farsantes, estelionatários, pastores, padres, que estão utilizando o evangelho somente em beneficio próprio. Nem todos que dizem Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus. Está muito obvio que somente vai para o céu quem PRATICA os ensinamentos e não só os que PUBLICAM, berram nas esquinas, clamam nas igrejas, oram, rezam e vivem somente suas religiões. Utilizar e divulgar as escrituras é uma coisa e pratica-las é totalmente diferente. Vejam outro momento em que Jesus mostra claramente como viviam os escribas e fariseus e comparem com os evangelizadores como padres, pastores e muitos representantes de outras religiões, vivem exatamente como viviam essas pessoas a quem Jesus condenou. MATEUS [23] 1 Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo: 2 Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus. 3 Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam. 4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. 5 Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios, e aumentam as franjas dos seus mantos; 6 gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi. 8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. 11 Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. 12 Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado. 13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar. 14 (Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação.) 15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós. 16 Ai de vós, guias cegos! que dizeis: Quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou. 17 Insensatos e cegos! Pois qual é o maior; o ouro, ou o santuário que santifica o ouro? 18 E: Quem jurar pelo altar, isso nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre o altar, esse fica obrigado ao que jurou. 19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? 20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está; 21 e quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita; 22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado. 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. 24 Guias cegos! que coais um mosquito, e engulis um camelo. 25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. 26 Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo. 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia. 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. 29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, 30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sangue dos profetas. 31 Assim, vós testemunhais contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. 33 Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno? 34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros os perseguireis de cidade em cidade; 35 para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar. 36 Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. 37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! 38 Eis aí abandonada vos é a vossa casa. 39 Pois eu vos declaro que desde agora de modo nenhum me vereis, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Tem uma citação bíblica que diz: “Tem olhos e não vêem, tem ouvidos e não ouvem”. Querem mais clareza do que estes textos, é muito fácil perceber onde estão e como são estas pessoas que Jesus determinou como hipócritas e fariseus, eles são de fácil identificação. A palavra padre significa Pai, Jesus disse só há um pai, aquele que esta no céu. Todos apenas são irmãos. Ninguém deve ser superior ou ter direito mais que o outro. Há pastores de Igrejas que tem casa na praia, carros luxuosos, mansões, vestem-se com os melhores paletós, são servidos e obedecidos como autoridades máximas. São puros nababos, ricos e poderosos, andam junto com os governantes, tem tudo àquilo que não deveriam ter como cristãos. São exatamente como Jesus disse hipócrita e fariseus. São por estas e outras razões que fica difícil acreditar em religião e que eles acreditam em Deus. Deus na forma como apresentada pela Bíblia não convence a milhões de pessoas no mundo, ele passa a ser mais um Deus que divide a opinião e maneiras de viver dos seres humanos. Tudo na bíblia suscita mais dúvidas do que certeza, não se tem provas ou dados concretos sobre quase nada, tudo não passa de teoria. É admirável como pessoas têm neste livro a única verdade ou razão de viver, pessoas mesmo que estudaram, pesquisaram e ainda teimam em ter a narrações deste livro como verdades absolutas. Versões e mais versões de livros, revistas são encontradas sobre a vida de Jesus Cristo. Duvidas é lançada sobre sua vida, seus milagres, a ressurreição... Sempre haverá como discordar e criar novos mitos sobre ele. Saindo da Bíblia vamos agora ver mais sobre as questões em que somos lançados a refletir cada vez mais na não existência desses Deuses apresentados aos seres humanos através de livros e mais livros em todo mundo. Faremos uma pequena abordagem de outras religiões para sentir o quanto eles dividem-se por interesses próprios e lançam os seres humanos uns contra os outros apenas para se beneficiarem tanto na política, na economia e na manutenção do poder de forma sarcástica mesmo sabendo que tudo não passa de mentiras e ilusões criadas para enganar pessoas inocentes e mal informadas colonizando-as e oprimindo a todos não dando direito ao pensamento livre e formas diferentes de viver. Observem os leitores que estou utilizando de várias teorias de diversas criações de Deuses, religiões, seitas e concepções diversas para adiante fazer minha explanação e defesa sobre o direito das pessoas discordarem da forma como são apresentadas as concepções sobre Deus e nossa maneira de pensar na não existência desses ou daquele Deus. O LIVRO DE MÓRMON – OUTRO TESTAMENTO DE JESUS CRISTO Torna-se necessário alguns trechos do livro para posteriormente fazer uma analise e criticas a este livro escrito para ser a “Bíblia das Américas”. O livro de Mórmon é, portanto um resumo do registro do povo de Néfi e também dos lamanitas – Escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa de Israel; e também aos judeus e gentios – Escrito por mandamento e também pelo espírito de profecia e revelação – Escrito e selado e escondido para o senhor, a fim de que não fosse destruído – Selado pela mão de Morôni e escondido para o senhor a fim de ser apresentado no devido tempo, por intermédio dos gentios – Para ser interpretado pelo dom de Deus. Contém ainda um resumo extraído do livro de éter, que é um registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o senhor confundiu a língua do povo, quando este construía uma torre para chegar ao céu, a torre de Babe.l Feito também para convencer os judeus e gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifestam as todas as nações... O livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas comparável a Bíblia. È um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno. O mais interessante vem agora: O Sr. Joseph Smith numa noite de súplicas descobriu uma luz em seu quarto e viu um ser iluminado, túnica solta, de uma visão extraordinariamente branca e brilhante coisa jamais veste na terra. Enfim era um enviado de Deus. Seu nome era Morôni. Disse que havia um livro escondido, escrito em placa de ouro. Disse também que o livro continha a plenitude do evangelho eterno. Disse... Disse... Disse... Aprofundando mais a leitura do livro de Mórmon podemos sentir o engodo do Sr.Joseph Smith onde ele sozinho num quarto viu toda aquela aparição e daí resolveu fazer um livro dos relatos de Morôni, criando toda uma religião ao seu modo. Diz ainda Joseph Smith que este Morôni indicou um local onde estariam as placas de ouro que continham os ensinamentos dedicados às causas espirituais e aos ensinamentos dos profetas que eram as placas de Néfi. As placas de Mórmon tinham a continuação da história escrita pelo próprio Mórmon. As placas de Éter que continha a história dos Jareditas e as placas de Latão trazidas de Jerusalém pelo povo de lei em 600 a.C. e estas placas também continham os cinco livros de Moisés. O interessante de tudo isso é que o Joseph Smith viu tudo sozinho, não teve testemunhas. Passou vários anos tendo encontros com Morôni até receber as placas e sozinho convenceu pessoas e escreveu sua própria Bíblia e proclamou-se o profeta nestes últimos dias e que A Igreja de Jesus Cristo dos últimos Dias é o reino do Senhor restabelecido na terra em preparação para a segunda vinda do Messias e ele o representante maior. Será que a Bíblia não era suficiente com os ensinamentos de Jesus. Por que e para que fazer uma outra com tantas fantasias e ilusões, com histórias fantásticas mudando os ensinamentos básicos da religião cristã, dividindo mais ainda o povo de Deus? ALLAN KARDEC – O CAMINHO DA VERDADE A obra de Allan kardec merece atenção pelo que ela propõe; o estudo e comunicação com o mundo espiritual, atividades que muitas religiões negam aos seus fiéis, e é muito lógica esta teoria de estudos para entender e procurar aproximação com o mundo espiritual, para tentar saber se realmente ele existe apesar das muitas dúvidas e mistérios que fazem parte do espiritismo. Allan Kardec escreveu vários livros como o Livro dos Espíritos, O que é Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese e Obras Póstumas, livros que tentam explicar desde o principio de tudo. Seus efeitos e causas, Deus, como pensam e atuam os espíritos que segundo a teoria existiam muito antes da existência da terra no universo, isto é, antes de existir a terra já existiam seres que habitavam o universo e estes seres seriam espíritos com forma e estrutura invisível diferente dos seres animais com estruturas materiais mais sólidas e visíveis. E nosso mundo é um mundo inferior onde estes espíritos viviam e vivem tendo influencia direta nos seres humanos, inclusive encarnando e reencarnando regidos por leis divinas. Na concepção Kardecista ele explica Deus perguntando e recebendo respostas imediatas dos espíritos em um questionário simples com perguntas e respostas que qualquer ser humano poderiam elaborar e esclarecer. - O que é Deus? “Deus é a inteligência Suprema, a causa primária de todas as coisas”. - Pode-se dizer que Deus é o infinito? “A definição é incompleta e decorre da pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da compreensão dos homens”. - Pode o homem compreender a natureza intima de Deus? “Não para isso falta-lhes o sentido”. - Será dada ao homem, um dia, compreender o mistério da divindade? “Quando não mais estiver o Espírito obscurecido pela matéria, e quando, pela perfeição, se houver aproximado de deus; então ele o verá e compreenderá”. Sintam como é simples a explicação sobre Deus, para que espírito para explicar perguntas tão fáceis de ser respondidas? Qualquer individuo tem sua maneira de explicar e sentir Deus. Há fatos interessantes na teoria espírita, mas tudo não passa de teorias. Podemos notar que Denizard Rivail o Allan Kardec, era um homem culto de grande conhecimentos em diversas áreas do conhecimento humano e auxiliado por diversas pessoas que comungavam com sua teoria espírita escreveu uma obra significativa que consola mentes angustiadas com as incertezas que o mundo e as diversas religiões criam. Os adeptos do espiritismo geralmente são pessoas insatisfeitas com as religiões ao qual foram induzidos a fazer parte e contrariavam seus conhecimentos sobre as discrepâncias da Bíblia sagrada e se satisfaz com a literatura espírita. Como em qualquer religião o espiritismo tem seus pontos positivos e negativos a qual estimulo as pessoas procurarem conhecerem o lado positivo desta teoria que é desmistificar dogmas e ritos das diversas outras religiões e colocando o mundo espiritual na esfera de estudos e busca da experimentação se realmente existe ou não os espíritos e quem sabe no futuro, se comprovado o mundo espiritual, tê-lo como uma ciência. MAOMÉ - O ILAMISMO Durante uma caravana à Síria, Maomé viveu uma insólita experiência em Bosra: o encontro com o monge Bahira, que reconheceu nele o futuro profeta do Islã. Os dias e as semanas se passavam. Impressionada com a personalidade de Maomé, uma rica herdeira da tribo Coraixita, Kadidja, confiou-lhe seus negócios. Maomé desempenhou bem a tarefa, conduzindo com segurança os camelos e os homens de Kadidja para Meca. A probidade é uma das principais qualidades do futuro profeta, que já era chamado de al-Amin, "homem honesto". Kadidja, já com 40 anos, propôs casamento a Maomé, cerca de 15 anos mais jovem. Juntos eles tiveram sete filhos, mas só as meninas sobreviveram, uma das quais Fátima, futura esposa de Ali Ibn Abu Talib, que mais tarde seria empossado califa. O matrimônio celebrava a união de duas poderosas famílias de Meca e era o primeiro passo para uma profunda transformação no mundo oriental. Maomé tem o hábito de fazer retiros espirituais (khalwa) nos arredores. Ele aprecia, em particular, praticá-los numa gruta chamada Hira, situada em um pequeno monte da região. Em 611, durante um desses retiros, o arcanjo Gabriel se revela a ele. O arcanjo solicita que Maomé leia os sinais árabes bordados em um longo pergaminho de seda. "Mas eu não sei ler!", responde, envergonhado. "Leia", insiste o arcanjo. "Mas não aprendi a ler", objeta mais uma vez. Gabriel então lê e pede para Maomé repetir: "Leia em nome de Teu Senhor que tudo criou, que criou o homem a partir de um coágulo de sangue". O primeiro versículo da revelação do Corão é assim declamado. Aterrorizado pela aparição, o profeta pensa que vai morrer. Gabriel desapareceu, após preveni-lo de que voltariam a se encontrar muitas vezes. Maomé desce então a colina rumo a sua casa em Meca. Sua esposa Kadidja fica preocupada com o seu comportamento e aspecto físico: "Cubra-me, cubra-me", pede ele. Refeito do choque, Maomé narra a experiência que acabara de viver na montanha Nour. A tradição diz que a prece e o credo da unidade divina (chahada) foram os primeiros ensinamentos revelados ao profeta. Contando o segredo a Kadidja, fez dela a primeira muçulmana da história. Depois revelou o fato a Ali, filho de Abu Talib, então com dez anos, a Zaid, escravo liberto que se tornou seu filho adotivo, e a Abu Bakr, futuro primeiro califa (632-634). Várias personalidades de Meca e especialmente os seus parentes adotam em relação a ele uma atitude benevolente. Em pouco tempo, as "revelações" feitas a Maomé são conhecidas por todos em Meca. "O homem honesto" é um feiticeiro? Deve ter enlouquecido. Querer substituir o panteão sagrado pela veneração a um deus único, não seria um sinal de delírio? Quais são os milagres de Alá que ele pode invocar para impor essa religião? Maomé não curou leprosos nem paralíticos. revelações prosseguem e o profeta compila o Corão, "o texto [que lhe é] revelado", aos poucos, de forma descontínua. O profeta desespera-se com os intervalos entre as diferentes revelações e, além disso, a pressão dos habitantes de Meca torna-se cada vez mais ameaçadora. Sua vida está em perigo e ele decide exilar-se. Acompanhado por Abu Bakr, pai de Aïcha, sua futura mulher, o profeta abandona Meca à noite, com os perseguidores em seu encalço. Os soldados enviados pelo clã inimigo para a captura dos dois homens perdem a pista. Durante três dias e três noites, Maomé e Abu Bakr ficam escondidos numa gruta. Os fugitivos tomam o caminho do oásis de Yathrib, a cerca de 350 km de Meca. As Mais uma vez a revelação é feita quando a pessoa esta sozinho numa montanha, desta vez num monte, onde ninguém viu, somente ele e o arcanjo Gabriel e depois repassa para as pessoas mais próximas, inclusive uma criança de dez anos. Daí mais uma vez como em toda história da criação de uma religião um homem, um anjo e um código escrito desta vez em um pergaminho bordado de seda. Conhecendo as circunstancias que se encontravam o povo árabe, divididos em várias tribos guerreando entre si, cada um com seus deuses, adorando imagens com idolatrias insanas ficou “fácil” para Maomé estabelecer mais uma religião entre as tantas que já existiam. Volta-se a pergunta: já existia a Bíblia e os ensinamentos de Cristo, por que e pra que outra forma de conciliar o povo se Jesus Cristo tinha toda uma doutrina pronta. Moises em pedra, Maomé em pergaminho de seda, Adam Smith em placas de ouro, Allan Kardec com batidas em tábuas e a seguir reverendo Moon com uma visão em uma montanha onde o próprio Jesus Cristo incumbe o mesmo de continuar sua missão. Sun Myung Moon e a Igreja da Unificação Na manhã de páscoa de l936, enquanto orava em uma montanha da Coréia, um menino coreano de l6 anos, Sun Myung Moon, teve uma visão em que Jesus Cristo lhe apareceu e lhe deu uma importante missão: continuar a obra da salvação da humanidade, deixada inacabada por Ele em virtude de sua morte prematura e injusta. Aquele acontecimento iria, alguns anos depois, provocar a maior controvérsia religiosa do século XX — A Igreja da Unificação. Com a ajuda de Deus, de Jesus Cristo, do mundo espiritual e dos seus próprios estudos, após nove anos (dos l6 aos 25 ), o jovem Sun Myung Moon apresentaria ao mundo “uma nova expressão da verdade”, “uma nova visão do Cristianismo.” Uma revelação universal e espiritualista, mais fundamentalmente cristã, a qual recebeu o nome de O Princípio Divino, passando a ser considerado uma terceira parte da mensagem bíblica: O Completo Testamento, e o movimento criado por ele ficou conhecido como Unificacionismo. 53 anos depois, uma nova e grandiosa transformação está em marcha, tendo por base a verdade bíblica e o amor cristão a Deus e aos homens. Vindo de um país comunista e dizendo perseguido pelos crentes e ateus Sun Myung Moon inventa uma das maiores mentiras que um ser humano pode criar, mas dizem que quanto maior a mentira mais ela se torna verdade, talvez seja o fato dele ter feito tanto adeptos no mundo todo. Refém do comunismo ateu, segundo suas palavras, dar para entender que ele não gostou nem um pouco do ateísmo e se lançou incondicionalmente ao cristianismo, mas de forma em que ele foi um dos escolhidos para continuar a missão de Cristo, sendo aquele que daria continuação a Bíblia Sagrada com O COMPLETO TESTAMENTO, seria ele mais um profeta escolhido por Deus. Pior que muitos acreditaram e acreditam como sempre acontece em diversas épocas e culturas. Poderia escrever mais sobre os Deuses e as religiões que existiram e existem no mundo como dos Astecas, Maias, Incas, mas este não é nosso objetivo maior, demos a conhecer as mais evidentes nos vários continentes e em varias culturas. Tudo que foi mostrado anteriormente teve por finalidade dar conhecimentos básicos de como começaram ou existem as religiões para incentivar ao debate e a leitura da defesa sobre o ateísmo e evidentemente o direito de ser ateu. Tratamos das religiões nas suas diversas concepções, agora iremos tratar se assuntos relacionados ao ateísmo com o tema sobre A CRIAÇÃO DE DEUS pesquisado na Sociedade dos Cientistas Mortos e apresentado de forma clara e objetiva pelo escritor José Moreira da Silva, formado em filosofia pela Universidade de Nova Iorque e atualmente é professor de Inglês, tradutor e interprete, e dedica-se ao estudo da natureza humana através da psicologia, filosofia e religião. O texto é apresentado na integra, não acrescentei nada para manter o tema original. Pergunta-se por que não escrevi a minha maneira fazendo uma interpretação e resumindo. Achei necessário apresentar desta forma para dar mais importância ao tema e ser de uma pessoa com credibilidade suficiente para dar maior relevância ao assunto. A Criação de Deus Desejo, necessidade, carência, emoções, sentimento, prazer e dor. Essas são as forças que comandam o ser humano. Elas originaram todas as criações humanas. Não importa o quão importantes ou insignificantes tenham sido essas realizações. Que necessidades e sentimentos deram origem às religiões? Várias emoções deram origem às crenças religiosas. Sem dúvida, o medo foi a emoção que mais provocou esses sentimentos no homem primitivo. Medo da fome, de animais, de doenças, da morte e mais uma infinidade. Como o conceito de causa e efeito era mal desenvolvido nesses seres primitivos, eles atribuíam causas sobrenaturais a todos os fenômenos naturais. Como o ser humano era capaz de manipular a matéria e criar artefatos, ele calculou que o mundo era uma espécie de artefato criado por um outro ser ou seres maiores que ele, mas análogo a si próprio. E atribuiu as desgraças e felicidades que lhes aconteciam a esses seres. Assim, explicavam os acontecimentos recorrendo a causas sobrenaturais. Tudo era explicado através de lendas e mitos. Pois tudo era causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais em suas concepções. Se tinham um ferimento ou uma moléstia qualquer, não procuravam uma causa natural para os mesmos, já sabiam as causas. Os deuses ou demônios tinham sido contrariados de algum modo. A única maneira de acabar com o sofrimento era através de súplicas a esses seres sobrenaturais. Às vezes, esses deuses ou demônios exigiam sacrifícios. E os primitivos não hesitavam em obedecer. O conceito de deuses e demônios evoluiu com o tempo, mas, no entanto, a idéia central foi passada de geração em geração. Tanto que ninguém nunca questionou ou questiona até hoje essas idéias. Idéias desenvolvidas pelo homem primitivo. Geradas principalmente pelo medo. Logo alguns perceberam que esses deuses e demônios podiam ser usados de modo lucrativo. Através deles o povo podia ser levado à obediência. Mães e pais começaram a propagar esse tipo de crença e a gerar demônios aos montes, afinal, é mais fácil controlar uma criança pelo medo do que pela razão. Tanto que, até hoje, existem mais demônios que deuses. A criança ficava mais fácil de ser manipulada se tivesse medo do bicho papão e de todos os tipos de monstros que pudessem imaginar. Cedo surgiu uma classe de pessoas que se diziam mediadoras entre demônios e deuses e o povo. Diziam que tinham poderes especiais para aplacar a ira desses seres terríveis. Deu-se inicio aos rituais. Assim surgiu provavelmente a mágica, pois o povo precisa de um espetáculo para acreditar que alguém tem poderes especiais. E o que era uma simples mágica se tornava milagres incríveis para o cidadão comum, e dado o desejo de impressionar que motiva a maioria dos humanos, esses truques se tornavam milagres cada vez maiores de geração em geração. Nunca subestime o poder de exagerar do ser humano. Lógico que toda tribo, todo povo, tinha um líder ou líderes. E esses líderes logo perceberam que o poder que os mediadores entre o natural e o sobrenatural tinham sobre o povo podia lhes ser muito útil. Os líderes tinham o poder da força. Podiam obrigar o povo a fazer o que quisessem. No entanto, nenhum líder quer um cidadão rebelde. Quanto mais mansos, melhores. Ao menos, mansos em relação ao líder. Seria muito mais fácil para eles que os cidadãos aceitassem obedecer de livre e espontânea vontade, e se possível ainda deveriam ficar felizes em fazer a vontade do líder. Daí surgiu um outro uso para a religião. Quando um líder administrava mal sua tribo, logo achava um demônio ou deus que “estava” atrapalhando seus planos. E pedia aos sacerdotes que aplacassem a ira do mesmo. Afinal, eles não podiam admitir que fossem incompetentes. Tudo deveria ser causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais. O povo também às vezes se rebelava por achar que o líder tinha atraído a ira de um deus ou demônio. Convinha ao líder respeitar os mediadores, pois os mesmos podiam levar o povo a crer que o único modo de melhorar as circunstâncias era eliminando o líder que tinha atraído à ira dos deuses ou demônios. Daí surgir o respeito dos líderes às autoridades eclesiásticas. O líder tinha a força como poder, mas os mediadores tinham deuses e demônios como ferramentas. E que forças terríveis elas são. E assim o poder secular e o poder eclesiástico começaram o seu reino. E religião e política sempre andaram ligadas desde então. Um casamento duradouro. Outros fatores contribuíram para o advento da religião, é claro. Baseamos-nos nas qualidades de nossos pais e líderes para explicarmos as qualidades e defeitos de Deus. Todos os atributos, bons e ruins, vieram desse tipo de comparação. Queremos o apoio e o carinho de nossos pais, e é claro, queremos o mesmo de Deus. Agradamos nossos pais e líderes, e sendo Deus uma super autoridade, queremos agradá-lo mais ainda. Tememos nossos pais e líderes e o mesmo acontece com Deus. Esse Deus social pune e recompensa. Apóia e auxilia. Conforta-nos em tempos difíceis. Protege-nos quando estamos em perigo. Esse Deus tanto pode ser pessoal, como tribal ou pode incluir até mesmo toda a raça humana. Mas ele veio de uma comparação com as autoridades em nossa vida. Daí muitas religiões pregarem que a rebeldia contra uma autoridade qualquer seja uma rebeldia contra Deus. Desobedecer ao pai seria semelhante a desobedecer a Deus. Desobedecer ao rei é desobediência à Divindade. O medo da morte é uma outra grande motivação para as religiões. Todos morrem. Nossos pais morrem. Nossos filhos morrem. A morte está em toda parte. Para que você viva, algo tem que morrer. A morte é o preço da vida. Afinal, ninguém pode viver comendo pedras. Só seres vivos podem nos dar a energia para continuarmos vivendo. O problema é que ninguém quer morrer. Todos se agarram à vida. É um instinto natural em todos os animais. Mesmo quando a vida é insuportável, os seres se agarram a ela. Seres humanos não poderiam escapar a esse apego ferrenho. Todos tentam preserva-la a todo custo. Como os seres humanos são provavelmente os únicos animais a saberem que vão morrer, como essa idéia nunca os abandona, como esse medo é mórbido, a criação de um Deus não poderia ficar de fora. Um único Deus não poderia explicar todos os fenômenos, daí todas as religiões terem demônios para explicar as coisas ruins, e daí também à idéia de um Grande Diabo. O chefão de todos os demônios. Pelo que eu saiba, nenhuma religião conseguiu escapar da criação desse ser. De algum modo, ele sempre existe. Com o passar dos tempos, os seres humanos não se contentaram mais em simplesmente ter uma vida boa. Precisavam de algo mais. E também não suportavam a vida que levavam, pois a mesma sempre foi cheia de problemas. Tinham que defender seu conceito de Deus diante de tantas desventuras, daí o Diabo. Mas achavam que tinha que haver um plano de existência em que o Diabo não participasse, um plano perfeito, pois ninguém conseguia acreditar que essa nossa vida imperfeita fosse a única. O ser humano começou a imaginar como seria uma vida sem a necessidade da morte. A morte, a grande destruidora. A morte, que torna todos os esforços inúteis. A morte, que sempre interrompe os planos dos mais prudentes. A onipresente morte. O ser humano tem uma imaginação estupenda. Quando concebe algo, tem o poder de criar as formas mais incríveis de realidade. E como a vaidade nos leva a nos agarrarmos a nossas idéias, e dado o fato de a ciência não existir num passado muito remoto, chegamos a acreditar veementemente em nossas idéias e imaginações. Não importando o quão sublimes ou ridículas elas fossem. Do fato de não nos conformarmos com a morte, de desejarmos viver, não importando em que condições, surgiram todas as idéias sobre vida depois da morte. Afinal, como justificar um Deus todo bondade, se não inventarmos uma realidade em que o mal não existe? E para que Deus seja bondoso, como queremos que seja, precisamos inventar um céu. O céu é aquilo que o mundo deveria ser segundo expectativas humanas. As escrituras judaicas exemplificam bem tanto a religião do medo como a religião da moral, pois contêm ambos os fatores em seus dogmas. Deus está sempre ali tanto para punir como para recompensar, e é um moralista em todas as áreas da existência humana. Todas as religiões tratam da moral e da ética e dos bons costumes. Mas, muitas vezes, o fato de fixarem pensamentos em forma escrita dificulta a evolução moral. Muitos acham que o que está escrito foi escrito por Deus e, portanto, é imutável. Mas o que deu origem à moral foi um fato passado que muitas vezes não existe mais. A religião moral é superior à do medo. No entanto, quase nenhuma religião contém somente um elemento, mas elementos tanto de medo como de moral. Geralmente os elementos mais avançados da sociedade seguem mais a religião da moral, e os mais atrasados a do medo. Deus sempre é antropomórfico. Deus é sempre um homem gigantesco na maioria das religiões. Com todas as qualidades e defeitos do homem. Defeitos e qualidades ampliadas a proporções gigantescas, é claro. Isso acontece porque o homem não consegue conceber algo além daquilo que é. Ou daquilo que seus sentidos mostram. Outros acreditam que Deus é algo inconcebível. Daí termos que acreditar pela fé ou não acreditar, pois não temos como provar a existência de tal ser. Ele está além de nossos sentidos, além do natural. Ou seja, ele é sobrenatural. Mas é impossível ao homem falar de algo que não conhece pelos sentidos. Daí usarem um palavreado incompreensível aos não iniciados. Poucos indivíduos passam desse nível de Deus antropomórfico. Só as camadas mais avançadas da população chegam a conceber um Deus como uma força, algo totalmente diverso do ser humano. Algo transcendente. As religiões do Oriente chegaram a transferir esse pensamento para muitos dos membros da população. Mesmo assim, o povo, na sua maioria, não consegue conceber Deus como uma força. As religiões do Oriente não conseguiram passar esse pensamento nem para as camadas mais avançadas, muitos tem esse pensamento, mas a maioria ainda ora para um Deus pessoal. Parecido com ele mesmo, e a idéia de que o homem é a imagem de Deus ainda torna esse pensamento mais difícil de mudar. Existe uma outra forma de conceber Deus. Podemos concebê-lo como o Cosmo. O Universo. Tudo que existe. Essa forma se chama Panteísmo. Que é uma forma de adorar o Universo chamando-o de Deus. Essa forma de adoração esta presente em todos os níveis. Muitas tribos primitivas adoram a natureza e a chama de Deus, e muitas pessoas avançadas são atéias, mas veneram tanto o Universo que o mesmo se torna Deus. Alguns indivíduos adoram a ordem que permeia o Universo como a um Deus. Sentem um sentimento de encanto ante a imensidão do cosmo, a ordem e as leis que o regulamentam. Sentem grande prazer em descobrir tudo sobre esse cosmo. Esses são, em geral, cientistas que se contentam em deixar seus desejos mundanos (ligados ao mundo) de lado, e se concentram em descobrir os mistérios que os permeiam. Esse mistério e seu desvendamento se tornam uma religião para eles. Einstein é um exemplo desse tipo de pensamento, assim como Espinosa. Eles procuram experimentar o Universo como um todo harmônico. E para isso, têm que se desvencilhar dos pensamentos voltados para si próprios, dos desejos e problemas individuais – e se concentram no cosmo e seus mistérios como missão de vida, e não em dinheiro e problemas pessoais. É claro que esse tipo de religião nunca agradou a maioria. Essa maioria está mais interessada nos problemas do dia-a-dia e precisam de um Deus mais mundano que possa lhes ajudar a superá-los. Precisam de um Deus pessoal que lhes entenda e lhes ajude nas horas mais difíceis. E o Universo ou cosmo é indiferente às suas criaturas. O Universo não é nem bom nem ruim. Ele simplesmente é neutro. Não se preocupa com as criaturas que nascem dele. O ser humano quer ser visto, de algum modo, quer se sentir importante, importante para alguém, sua vaidade não vai deixar essa idéia morrer facilmente. Dessa forma percebemos qual é a grande diferença entre religião e ciência. A ciência se baseia nas leis da Causa e Efeito e, portanto, não pode conceber que exista um ser mudando as leis segundo caprichos de sua vontade. Para a ciência, tudo tem uma explicação natural, não sobrenatural. As causas de todos os males ou bens do ser humano são naturais e não sobrenaturais. Um cientista não acredita nem na religião do medo e nem na da moralidade. Moralidade concerne somente aos seres humanos e não ao Cosmo. Um Deus que pune e recompensa é inconcebível para ele. Todas as idéias dos homens vêm de fora de algum modo. Da sociedade que o cerca, dos livros que lê, das influencias da sua vida. Além de influencias de sua própria natureza. Pois cada um tem um modo de ser que é determinado pelos seus próprios genes. Alguns nascem calmos, outros agitados. Uns com propensão à violência, outros não.Uns são tigres, outros coelhos assustados. Uns tem corpos altos e fortes, outros são baixos e fracos. E assim por diante. Como pode Deus castigar ou punir alguém quando pelo menos 90% da personalidade de uma pessoa são determinados por causas acima de seu controle? Além do mais, existem várias religiões na Terra. Cada uma com regras específicas para se entrar no céu. Sendo assim, como pode uma pessoa ser salva simplesmente por ter tido a sorte de nascer no local adequado? Sabemos muito bem que 90% das pessoas adotam a religião de seu local de origem ou uma variante da mesma. E mesmo quando mudam de religião radicalmente nunca conseguem deixar por completo as crenças adquiridas na infância. Mudam de religião, mas seu comportamento continua compatível com as crenças anteriores. Cercado como está de influências tanto internas como externas acima de seu controle, que critério usaria Deus para julgar o homem? O comportamento ético de um ser humano deve se basear em suas necessidades sociais e individuais, a religião não precisa entrar nessas questões. O melhor guia para o comportamento social é a razão. Tudo gera conseqüências. Toda causa gera um efeito. Regras fixas de comportamento não são compatíveis com o ser humano, pois fatos sociais mudam o tempo todo. O exemplo do sexo que dei acima é um deles. Quando a religião tenta engessar um tipo de comportamento, está indo contra o próprio progresso humano, pois tenta fixar aquilo o que não deve ser fixado. O ambiente muda o comportamento. E um comportamento mal adaptado leva ao sofrimento. Todo organismo deve fazer tudo para sobreviver da melhor maneira possível, e a maneira pela qual um ser humano sobrevive é usando sua mente para seu benefício e para o benefício da sociedade como um todo. Se cuidar de progredir, acabará ajudando a todos. A educação tem um papel fundamental como meio de influenciar o comportamento dos indivíduos. Convém ensinar as pessoas a pensar e a agir em sociedade. As escolas deveriam se voltar para formar um bom cidadão e não somente fazer com que pessoas acumulem conhecimentos que nunca serão utilizados. A escola deveria ensinar lógica, matemática e línguas desde o começo. A lógica serve para evitar que as pessoas sejam presas fáceis de qualquer aproveitador que apareça pela frente. A religião mantém as pessoas na infância eterna. Sempre se entregando a alguém para resolver seus problemas pessoais. A falta de consciência em suas faculdades mentais e o complexo de inferioridade faz com que muitos parem de pensar logicamente e se entreguem a todo tipo de pensamento, por mais absurdo que seja. As pessoas raramente analisam as tradições de seu povo. Simplesmente aceitam tudo. Será que isso é bom para a raça como um todo? Será que não precisamos de mais rebeldes ao invés de mais conformistas? Todo avanço foi uma rebeldia. Uma rebeldia contra os padrões vigentes. Rebeldia não significa ser do contra, significa ser verdadeiro consigo próprio. Fazer as coisas em que se acredita, e não fazê-las simplesmente por que todos fazem. Rebeldia também não é ir contra tudo só para ser diferente. Rebeldia é fidelidade à nossa natureza intima. Não é ser do contra ou a favor. É ser integro com o que se acredita. Pudemos sentir donde veio a concepção da criação de Deus, única e exclusivamente da fraqueza e da incompreensão do ser humano que não compreende o que vive e pouco sabe do sentido de sua permanência e estadia aqui na terra. Ficou fácil de compreender que Deus e Religião são meios que inventaram e utilizam para amedrontar admoestando as pessoas para dominá-las não dando o direito de viver e agir de acordo com as suas necessidades. Para reforçar mais ainda nossa idéia de ateísmo vejamos um artigo de José Saramago, escritor Português, prêmio Nobel em Literatura, que de forma brilhante escreveu sobre O FATOR DEUS na folha de São Paulo em 19/09/2001. Vejamos: O Fator Deus Algures na Índia. Uma fila de peças de artilharia em posição. Atado à boca de cada uma delas há um homem. No primeiro plano da fotografia um oficial britânico ergue a espada e vai dar ordem de fogo. Não dispomos de imagens do efeito dos disparos, mas até a mais obtusa das imaginações poderão “ver” cabeças e troncos dispersos pelo campo de tiro, restos sanguinolentos, vísceras, membros amputados. Os homens eram rebeldes. Algures em Angola. Dois soldados portugueses levantam pelos braços um negro que talvez não esteja morto, outro soldado empunha um machete e prepara-se para lhe separar a cabeça do corpo. Esta é a primeira fotografia. Na segunda, desta vez há uma segunda fotografia, a cabeça já foi cortada, está espetada num pau, e os soldados riem. O negro era um guerrilheiro. Algures em Israel. Enquanto alguns soldados israelitas imobilizam um palestino, outro militar parte-lhe à martelada os ossos da mão direita. O palestino tinha atirado pedras. Estados Unidos da América do Norte, cidade de Nova York. Dois aviões comerciais norte-americanos, seqüestrados por terroristas relacionados com o integrismo islâmico lançam-se contra as torres do World Trade Center e deitam-nas abaixo. Pelo mesmo processo um terceiro avião causa danos enormes no edifício do Pentágono, sede do poder bélico dos States. Os mortos, soterrados nos escombros, reduzidos a migalhas, volatilizados, contam-se por milhares. As fotografias da Índia, de Angola e de Israel atiram-nos com o horror à cara, as vítimas são-nos mostradas no próprio instante da tortura, da agônica expectativa, da morte ignóbil. Em Nova York tudo pareceu irreal ao princípio, episódio repetido e sem novidade de mais uma catástrofe cinematográfica, realmente empolgante pelo grau de ilusão conseguido pelo engenheiro de efeitos especiais, mais limpo de estertores, de jorros de sangue, de carnes esmagadas, de ossos triturados, de merda. O horror, agachado como um animal imundo, esperou que saíssemos da estupefação para nos saltar à garganta. O horror disse pela primeira vez “aqui estou” quando aquelas pessoas saltaram para o vazio como se tivessem acabado de escolher uma morte que fosse sua. Agora o horror aparecerá a cada instante ao remover-se uma pedra, um pedaço de parede, uma chapa de alumínio retorcida, e será uma cabeça irreconhecível, um braço, uma perna, um abdômen desfeito, um tórax espalmado. Mas até mesmo isto é repetitivo e monótono, de certo modo já conhecido pelas imagens que nos chegaram daquele Ruanda-de-um-milhão-de-mortos, daquele Vietnã cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente, daqueles linchamentos e espancamentos daqueles soldados iraquianos sepultados vivos debaixo de toneladas de areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram Hiroshima e Nagasaki, daqueles crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles caminhões a despejar cadáveres como se de lixo se tratasse. De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus. Já foi dito que as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana. Ao menos em sinal de respeito pela vida, devíamos ter a coragem de proclamar em todas as circunstâncias esta verdade evidente e demonstrável, mas a maioria dos crentes de qualquer religião não só fingem ignorálo, como se levantam iracundos e intolerantes contra aqueles para quem Deus não é mais que um nome, o nome que, por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo para uma humanização real. Em troca prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com infernos, tão falsos uns como os outros, insultos descarados a uma inteligência e a um sentido comum que tanto trabalho nos deu a criar. Disse Nietzsche que tudo seria permitido se Deus não existisse, e eu respondo que precisamente por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o pior, principalmente o mais horrendo e cruel. Durante séculos a Inquisição foi, ela também, como hoje os talebanes, uma organização terrorista que se dedicou a interpretar perversamente textos sagrados que deveriam merecer o respeito de quem neles dizia crer, um monstruoso conúbio pactuado entre a religião e o Estado contra a liberdade de consciência e contra o mais humano dos direitos: o direito a dizer não, o direito à heresia, o direito a escolher outra coisa, que isso só a palavra heresia significa. E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe que não existiu nem existirá nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar nele seres capazes de cometer os maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que são celebrações do seu poder e da sua glória, enquanto os mortos se vão acumulando, estes das torres gêmeas de Nova York, e todos os outros que, em nome de um Deus tornado assassino pela vontade e pela ação dos homens, cobriu e teimam em cobrir de terror e sangue as páginas da história. Os deuses, acho eu, só existem no cérebro humano, prosperam ou definham dentro do mesmo universo que os inventou, mas o “fator deus”, esse, está presente na vida como se efetivamente fosse o dono e o senhor dela. Não é um Deus, mas o “fator Deus” o que se exibe nas notas de dólar e se mostra nos cartazes que pedem para a América (a dos Estados Unidos, e não a outra...) a bênção divina. E foi no “fator Deus” em que o Deus islâmico se transformou, que atirou contra as torres do World Trade Center os aviões da revolta contra os desprezos e da vingança contra as humilhações. Dir-se-á que um Deus andou a semear ventos e que outro Deus responde agora com tempestades. É possível, é mesmo certo. Mas não foram eles, pobres Deuses sem culpa, foi o “fator Deus”, esse que é terrivelmente igual em todos os seres humanos onde quer que estejam e seja qual for a religião que professem, esse que tem intoxicado o pensamento e aberto as portas às intolerâncias mais sórdidas, esse que não respeita senão aquilo em que manda crer, esse que depois de presumir ter feito da besta um homem acabou por fazer do homem uma besta. Ao leitor crente (de qualquer crença...) que tenha conseguido suportar a repugnância que estas palavras provavelmente lhe inspiraram, não peço que se passe ao ateísmo de quem as escreveu. Simplesmente lhe rogo que compreenda, pelo sentimento de não poder ser pela razão, que, se há Deus, há só um Deus, e que, na sua relação com ele, o que menos importa é o nome que lhe ensinaram a dar. E que desconfie do “fator Deus”. Não faltam ao espírito humano inimigos, mas esse é um dos mais pertinazes e corrosivos. Como ficou demonstrado e desgraçadamente continuará a demonstrar-se . Silêncio, meditação, reflexão, é tudo isso que devemos fazer ao terminar de ler um comentário desta natureza e realmente analisar este “Fator Deus” tão louvado e seguido por centenas, milhares, milhões de pessoas em todo o mundo sem uma critica, sem se voltar realmente a quem serve estas religiões ou Deus. Como gostaria que essas centenas, milhares, milhões de pessoas pudessem ler e refletir sobre este e outros tantos assuntos que os ateus na sua angustia, na sua ânsia de tirar essas pessoas desse engodo, dessa enganação, dessa degradação humana que se chama Religião e utilização do nome Deus para denegrir a raça humana se lança nesta luta desigual e desumana. Talvez quem saiba se deixasse seguirmos nossos passos como fizeram diversas civilizações primitivas a humanidade encontrasse seu caminho com mais harmonia e paz. Não creio que exista só um caminho para a humanidade, para as pessoas, devemos e podemos criar outros caminhos que nos leve para uma razão mais lógica e racional e não tenhamos de enfrentar tanta desgraça e destruição para satisfazer a loucura dos governantes e daqueles que detém o poder econômico mundial e sabemos que são eles que mais utilizam a religião para manter seus domínios e riquezas e para isso não tem piedade nem rancor de lançar milhões de seres humanos em guerras fratricidas utilizando o nome de Deus, a ignorância, a fé e a inocência dos muitos inocentes deste mundo. A história é prova inconteste de tudo isso SER ATEU A partir desse momento irei ater-me aos caminhos que me levaram a descrença na religião e a busca incessante para tirar da minha mente esse Deus imposto ao meu ser de forma abrupta e irracional o qual foi colocado num período de inocência em que como criança não podia rejeitá-lo e tive que aceitá-lo mais por medo de que por compreensão e amor. Desde muito cedo fui de contestar as coisas e os fatos em minha volta, era tido como uma criança rebelde e briguenta, não gostava de injustiças e humilhações. Minha infância praticamente foi dentro de uma educação católico-cristã na qual fui educado para temer a Deus e aos meus superiores. Estudei seis anos em colégio mantido pela igreja católica, do jardim de infância até o quarto ano primário, segui todos os caminhos que os católicos teriam de seguir, o batismo, o catecismo, ajudei na missa como coroinha, enfim vivi a religião em sua plenitude e foi nela que comecei a estranhar as pessoas que ensinavam mas não faziam o que haviam me dito para fazer o certo. A primeira decepção como católico foi muito cedo, o padre que tinha me batizado deixou a batina e casou-se, o outro padre que fiz a primeira comunhão quase que presencie um acidente automobilístico no qual o padre transportava quatro prostitutas numa farra louca e bateu com o carro em uma arvore. Guardei esta decepção que me serviu para num futuro bem próximo começar a ler e investigar a bíblia e entender porque eu tinha de ter tanto temor a Deus e ser castigado e essas pessoas que me ensinavam não tinham medo daquilo que diziam e não via os mesmos serem castigados. Como pobre e estudando no meio de pessoas ricas, a escola era particular, passei por várias injustiças que mesmo como criança ficou marcada em mim e sempre ficava confuso e pensava porque me ensinavam para ser bonzinho e os meus colegas que tem dinheiro nunca dividia nada comigo, tinham merendas fartas, fardas bonitas e boas, chegavam à escola de carros, sempre eram mais protegidos pelos professores e diretor. Toda vida que eu pedia alguma coisa era xingado e “escanteado” pela turma. Juntando tudo comecei duvidar da bondade de Deus e mesmo com medo questionava minha fé nele. Aos treze anos comecei a leitura da bíblia e resolvi ler em voz alta quase que como pagando uma promessa, sentia que ia deixar de acreditar em Deus e isso atormentava meu ser e havia muita pressão dos outros para que participasse das missas e jamais poderia dizer a ninguém que eu não queria mais acreditar em Deus, era um pecado muito grande e tinha certeza que seria castigado por alguém ou pelo próprio Deus, mas na primeira oportunidade numa discussão sobre religião ou Deus eu atacava com minhas dúvidas e gerava discussões infindáveis que terminavam geralmente em brigas com meus colegas. Permanecia freqüentando as missas embora no meu interior as incertezas aumentava constantemente, quanto mais lia a bíblia mais gerava pensamentos contrários as normas e imposições da igreja católica. Comecei a sentir como a religião determinava certas ações dos seus fieis e contrariava os ensinamentos de Jesus Cristo, tínhamos de obedecer mais as normas da igreja que propriamente as escrituras sagradas. Algumas vezes queria questionar com os padres sobre a criação do mundo ou qualquer outro assunto e o máximo que conseguia era um castigo e rezar vários pais-nossos e ave-marias para tirar os pecados e os pensamentos impuros. Outra situação vivida e desagradava meu ser era quando na missa não podíamos intervir para tirar dúvidas ou fizer qualquer tipo de criticas ao assunto que estava sendo exposto no momento, por mais errado fosse as explanações dele tínhamos que ficar calados, sentados, ouvindo sem poder criticar ou dar opiniões, isso me aborrecia muito. Daí comecei a me afastar de missas duvidando mais ainda da religião. Fatos que aconteciam no mundo faziam minhas reflexões ficarem cada vez mais apuradas. Um dos acontecimentos que mais marcaram minha adolescência foi ver na televisão aquelas imagens do holocausto na segunda guerra mundial que só conhecia em filmes e achava tudo ficção, mas ao sentir às cenas verdadeiras, aquilo esvaziou mais e mais minhas esperanças na intervenção divina em algo aqui na terra. Por que meu Deus deixava acontecer tudo isso com os seres humanos, por quê? Por que não podia intervir e poupar tanto sofrimento. Aquilo me angustiava por demais. O estudo da evolução das espécies de Charles Darwin foi um dos maiores impulsos para tirar dúvidas a respeito da origem do homem e sua evolução na terra desprezando de vez a teoria bíblica da criação do homem por Deus. Na colonização dos portugueses aqui no Brasil os livros de histórias que não eram manipulados totalmente pelo governo para mostrar a história que eles queriam, mostravam acontecimentos horríveis do massacre e extermínio dos Bandeirantes contra populações inteiras para dominarem as regiões onde encontravam mais riquezas e não queriam dividir e nem repassar para outros colonizadores. Escravos eram torturados para professar sua fé naquilo que eles não acreditavam. Um negro amarrado em correntes de ferro com os braços abertos e pernas abertas era torturado para pedir perdão a Deus por não ter obedecido aos patrões e um jesuíta com bíblia na mão orava e pedia a remissão dos pecados do negro que de vez em quando com um martelo quebravam um dente seu na medida em que ele não concordava com tamanha barbárie, isto é, a bíblia, a religião e Deus eram usados contra quem mais precisava dele. Os colonizadores massacravam homens, mulheres, crianças e velhos, matando, estrupando, torturando, escravizando e depois de aniquilados os que sobravam dessas pessoas recebiam da igreja as palavras divinas para confortá-los das injustiças praticadas pelos amigos da igreja que eram os ricos e poderosos. Pesquisar e ser curioso são intrínsecos a minha pessoa, procurar novidades nas bibliotecas era meu costume e nestas buscas ainda adolesceste encontrei livros preciosos da literatura do século XV os quais deram sustentação as minhas idéias onde pude sentir firmeza nos meus propósitos de debater e ter subsídios para minhas teses contraria as escrituras sagradas. A enciclopédia do pensamento vivo de vários pensadores da história sendo eles, Maquiavel, Rousseau, Voltaire, Cervantes, Karl Marx, Engel, Schopenhauer, Kant, David Strauss, Leibniz, Espinoza, Descartes, Nietzsche e demais pensadores e filósofos conhecidos na literatura mundial foram às forças necessárias para afirmar minhas teorias de ateu. Entusiasmei-me tanto com os pensamentos deles aprofundando nos assuntos que fiquei confuso e já não sabia o que pensar direito, naturalmente como todo ser humano que contraria seu ser e sua forma de pensar de agir entra em depressão, aumentei o alcoolismo e voltei a fazer parte de movimentos da igreja na busca de encontrar apoio e ajuda na religião, mas foi tudo em vão, nada satisfazia meu interior, procurei ajuda médica acreditando mais uma vez que as soluções para muitos de nossos problemas estão mesmo é aqui e não no plano espiritual. Acertando em cheio na minha intuição através de tratamentos adequados e da medicação consegui a recuperação e aos poucos o meu estado de saúde voltou a normalidade. A concepção de Deus em nossa mente depois de colocada não é fácil de tirar, a confusão interior criada em nós atormenta nosso intelecto gerando perturbações enormes nos nossos sentimentos e emoções, creio ser isto um dos fatores para muitos se acomodarem em dizer que crêem em Deus procurando tranqüilizar seu lado social e o estado emocional. É preciso muita leitura, pesquisas, debates, é preciso filosofar muito para definir pela linha do ateísmo. Imaginem pobres seres humanos ignorantes e analfabetos pressionados pelas instituições religiosas gananciosas na manutenção de seu poder. Pobres seres humanos que tem de passar por doenças, catástrofes, mortes, penúrias, misérias e tudo mais de ruim que a vida oferece. Outro temor para se tornar um ateu é o isolacionismo, o medo do inferno, a incompreensão, a falta de grupos de apoio e debates, a inocência de pensar em tornar-se uma pessoa má e perversa sem escrúpulos, talvez tudo isso e algo mais é a fortaleza das religiões em manter tanto adeptos, infelizmente. Quando agente professa for ateu, logo vêm as discórdias e criam uma imagem que somos o próprio diabo na terra, o anticristo, criminosos, assassinos, geradores de guerras e discórdias. Como são tolos e ignorantes essas pessoas, nunca interiormente me senti maléfico depois que resolvi assumir a não crença em Deus, tornei-me exatamente uma pessoa mais simples e humilde onde reconheço toda minha insignificância diante de tudo que existe e não sabemos propriamente o que é. Compreendi que as leis, a moral, a ética, as instituições humanas, a disciplina, a educação são as forças que conseguem manter-nos em um estado digamos, relativamente em paz, e nenhuma força superior torna-se necessária para tal fim. Caso as sociedades fossem mais humanizadas, solidárias, comunistas, sem o interesse estritamente econômico, tivessem mais oportunidades de opção e desenvolver seu potencial de criatividade não precisássemos tanto de religiões e de Deus. Nunca proibi minhas filhas e minha esposa de freqüentar qualquer religião, apenas pedia respeito também as minhas idéias e opiniões e que elas refletissem o caminho que queriam realmente seguir e procurassem ler não somente as leituras bíblicas e de outras religiões, mas tivessem um leque amplo de leituras universais para ter idéias mais abrangente sobre a realidade do mundo e conhecer os ensinamentos da ciência. Tudo na vida são fatores que vão se somando para que possamos tirar conclusões a respeito de diversos assuntos, tudo funciona como num quebra-cabeça, como numa partida de xadrez, têm de juntar os pedacinhos para formar um todo, tudo é engrenado para se chegar a um denominador comum. Quando juntamos as peças de como funciona uma religião e passamos a analisar, a criticar, a opor, a contrariar o senso comum sentimos o quanto somos enganados e feitos de trouxa em muitas situações. Evidentemente benesses existem dentro de uma religião, tudo não é um mal em si, aproveitam-se algumas ações em prol da sociedade, mas praticas insensatas realizadas pelos religiosos é um dos motivos para o afastamento de milhares de pessoas das religiões, vejamos algumas que merecem reflexões: As procissões são ações onde várias pessoas colocam uma imagem de um santo em cima de um andor e saem nas ruas para circundar quarteirões, percorrer ruas fazendo orações e cânticos, a maior parte andando ou batendo um papo qualquer, alguns pagam promessas de pés descalços, outro com tijolos na cabeça, vestidos coma roupa parecida com a do santo, uns de joelhos arrebentam suas pernas e depois retornam geralmente para o local de origem, para suas casas e a vida continua do mesmo jeito de antes, os mesmos problemas, as mesmas dificuldades, tudo aquilo serviu única e exclusivamente para nada, tudo foi apenas um passatempo. Um visionário (isto aconteceu no estado do Ceará e alguns estados da região nordeste) divulgou que estava vendo Nossa senhora dentro do sol, imaginem; dentro do sol, e isto causou um alvoroço na região e muitos creram e em verdadeiras procissões as multidões seguiam para o local em que o visionário disse estar vendo a santa Dentro do Sol. Uns aclamavam dizendo que realmente viu a santa, outros choravam pedindo curas e benção e era aquele alvoroço em cima da montanha (Vejam que é sempre em cima da montanha). Os oftalmologistas da capital do estado alertaram as autoridades que grande parte das pessoas que visitaram e olharam a santa no sol estavam tendo problemas sérios na visão e muitos com risco de ficarem cegas. Quando realmente foi saber o que estava acontecendo o visionário era um louco que já tinha passado por tratamento psiquiátrico. Simplesmente um louco fez multidões irem olhar para o sol e correndo risco de ficarem cegos. Isto não é fé, é burrice mesmo, onde uma santa boa e generosa vai querer ver seus adoradores olhando para o sol e ficarem cegos? O movimento de renovação carismática da igreja católica atuava numa igreja perto onde moro, minha esposa freqüentava as ações ali desenvolvidas, um dia fui chamá-la na igreja e presenciei uma carismática louvando nossa senhora e aos gritos afirmava que Nossa Senhora estava curando pessoas da comunidade e que muitos não precisavam ir mais ao médico. Poucas semanas depois uma senhora quase morria de uma séria doença acreditando que nossa senhora iria fazer um milagre e salva-la. Pedi a minha esposa que se afastasse deste tipo de movimentos que proclamava absurdo e mentiras. Esta criatura que dizia saber que nossa senhora estava curando pessoas era mentirosa e caloteira e levando sérios risco de morte a pessoas inocentes. É preciso muita atenção, investigar e saber onde se está metido. Padres homossexuais, (não tenho nada contra homossexuais), pedófilos, padres que adoram as mulheres dos fiéis, bebem, fumam, praticam sua sexualidade ativamente é o que mais vemos dentro do clero. Pastores das igrejas evangélicas também adoram suas fieis novinhas, ter carros do ano, casas luxuosas, casas na praia, muitos são autoridades máximas das vidas dos seus fiéis e inclusive das suas almas e não se envergonham disso, atuam na maior naturalidade e os pobres dos seguidores que mantenham sua conduta parecida com a de cristo, como não bastasse sua condição de pobre. Tive como vizinho um pastor que de vez em quando o ouvia discutindo com sua esposa e o tema era ela perguntando onde ele ficava até altas horas da noite. Ele respondia com a maior naturalidade “Estava pescando almas para Jesus”. Certo dia uma adolescente que morava com eles veio a nossa casa e relatou a nossa esposa que o pastor estava fazendo coisas feias com a irmã dela de quinze anos e querendo que ela fizesse também. Segundo o relato da moça o pastor deitava na rede e oferecia dinheiro para a irmã dela ficar alisando os órgãos genitais (masturbando) dele e não se satisfazendo somente com a outra menina queria fazer sexo com ela também. Ela foi orientada a denunciar aos outros membros da igreja e assim aconteceu. O pastor tarado foi apenas transferido da região onde atuava para outra e quem sabe quantas outras fiéis tiveram que masturbá-lo. Diante destes pequenos relatos podemos sentir toda a sujeira que existe dentro das religiões. Nós como ateus somos isento disto por que pregamos e sabemos que os seres humanos têm suas necessidades humanas básicas de sexos e toda uma complexidade mental em que nos torna capazes de atos bons e também de atitudes horríveis em relação aos nossos semelhantes e que devemos procurar respeitar as leis e ajuda profissional caso não agirmos dentro dos padrões que a sociedade exige. Não condeno grande parte do povo que se auxiliam de uma religião, sabemos da inocência e da falta de conhecimento de uma leitura universal e das suas necessidade básicas e gostaria que a recíproca fosse verdadeira onde todas as pessoas que praticam qualquer tipo de religião respeitasse também os ateus que achamos ter a percepção e conhecimentos maior sobre as questões que envolvem a humanidade e não nos prendemos somente a um livro ou a uma narração de uma pessoa que disse sem provas que viu ou que é o enviado de Deus. O DIREITO DE SER ATEU é o mesmo direito que todos têm de dizer que acredita nisto ou naquilo, de fazer ações de seu modo, de agir de acordo com sua fé. Reprovamos sim as religiões e aos Deuses impostos a humanidade para dominá-la e torna-la refém dos seus domínios, mas não queremos o mal de nenhuma sociedade e sim, que voltemos para os nossos problemas e vamos agir como seres humanos que tem a solução de muitos de seus problemas mais sérios em relação à vida e ao mundo e que não precisamos da ajuda de nenhum Deus ou religião. Se DEUS de alguma forma existe, entenderá por que somos ATEUS. 15: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós. PERGUNTAS QUE NÃO SE CALAM Se o pecado é perdoável pra que existe o pecado? As aparições de Deus nunca são para multidões e sim para pouquíssimos privilegiados. Por que Deus não aparece para todos em todas as épocas? Geralmente só apareceu na antiguidade? O povo contemporâneo não merece vêlo? É justiça condenar uma pessoa, por mais que tenha cometido atrocidades contra seres humanos, a pagar seus pecados por uma eternidade sem fim se tudo foi praticado por um ínfimo de tempo que é o tempo de nossas vidas? Os homens habitam a terra há milhões de anos, por que Deus enviou seu filho para salvar a humanidade depois deste tempo todo e nos mais de dois mil anos que se passaram não foi resolvido nada? Como é que Deus conseguiu criar uma natureza tão bela, colocar amendoins dentro de uma casca com tanta perfeição e não conseguiu unir quatro pessoas no mundo? Será que Deus vai deixar o homem desvendar todos os mistérios e segredos do universo e jamais unificar o pensamento humano? Se Deus é tão bom e poderoso por que deixa acontecer tanta coisa ruim no mundo? As religiões são representantes de Deus no Mundo e pregam a paz, por que vivem envolvidas em tantas guerras fratricidas? Há um só Deus que ama a humanidade (dizem) e qual a razão de todas as religiões agirem diferentes uma das outras brigando e divergindo entre si? Jesus ensinou a não querer nada de material que não fosse somente para sobrevivência em harmonia entre as comunidades aqui na terra. Pra que as religiões e igrejas fazem tantas questões em manter um patrimônio riquíssimo e sempre angariando bens? O reino de Deus é dos pobres, Rico não entra, é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha de que um rico entrar no reino dos céus. O que o rico quer dentro das igrejas? E as igrejas gostam tanto de ricos? O fim do mundo faz medo a muitas pessoas. Todas as maneiras em que o mundo vai se acabar já existiu no passado e se repete sucessivamente sem parar durante os milhões de anos que a terra existe. Caso o mundo se acabe como diz a bíblia para que temer se todo mundo vai morrer mesmo de um jeito ou de outro e desde que mundo é mundo as pessoas morrem das formas mais absurdas e cruéis? Por que Deus deixou as filhas de Ramá morrer por causa do nascimento de Jesus, tudo que ele faz só presta com muito sangue de inocentes? Por que não poupou estas crianças e os sofrimentos destas famílias? Já imaginou quantas civilizações em milhões de anos viveram sem Deus e sem Jesus e muitas delas viviam em harmonia, muito melhor do que antes ou depois de Jesus e da invenção da religião? Os índios americanos eram dóceis e acolhedores, tanto na América do Norte como na América do sul e não tinham religiões. Sabem o que aconteceu depois que foram colonizados pelos religiosos junto com os colonizadores? Se não sabem deixam de ler a bíblia e leiam outros livros. E os africanos, Indianos, Australianos e todas as nações colonizadas pelos poderosos junto com as instituições religiosas sabem o que aconteceu com elas? Num acidente com oitocentas pessoas morrem setecentas e noventa e nove e escapa uma, aí dizem que é milagre. Seria milagre se não morresse ninguém. Se houvessem milagres eles não seriam violação das leis matemáticas, divinas, imutáveis e eternas? Depois de inumerável quantidade de cidades que foram destruídas e depois reconstruídas, e em seguida construídas de novo como formigueiros, que diremos desses mares de areia, dos flagelos, das inundações, dos vulcões, dos terremotos, das pestes, das guerras, dos crimes etc. Podemos dizer que Deus criou o mundo por meio de leis gerais, que não se preocupa com o destino de cada indivíduo ou ele rege a vida de cada um? O mundo está sujeito a leis fixas. Estas leis são imutáveis; "Os corpos caem em direção da terra... as pereiras não podem dar abacaxis... O instinto de um cãozinho não pode ser de um avestruz... Tudo é combinado, engrenado e limitado"... O homem não pode ter mais que certo número de dentes, de cabelos e de idéias. Somos ou não "Bonecos da Providência Divina"? Somos animais absolutamente imperceptíveis, e, entretanto somos esmagados por tudo que nos rodeia, onde está a proteção divina? Que é que um cão ou um cavalo deve a outro? Nada, nenhum animal depende de seu semelhante; mas o homem recebeu uma luz divina que se chama razão. Qual o resultado? Tornou-se escravo em toda parte. “Tudo é mentira” Antonio Jácome.