Fisiologia Vegetal Fisiologia Vegetal Fisiologia Vegetal Fisiologia

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23/08/2011
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
1) Introdução
Biologia
A fisiologia vegetal é a parte da biologia que estuda o funcionamento do organismo
das plantas, que inclui: a nutrição vegetal, o crescimento, a ação dos hormônios
vegetais e a floração.
Tema:
Fisiologia Vegetal
Marcos Vinícius
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
2) Nutrição Vegetal
I) Elementos químicos essenciais às plantas
I) Elementos químicos essenciais às plantas
Macronutrientes: Elementos químicos necessários em quantidades relativamente
grandes.
Micronutrientes: Elementos químicos necessários em pequenas quantidades.
Macronutrientes
Macronutrientes
Micronutrientes
C, H, O, N, P (são os principais constituintes das moléculas orgânicas)
Ca (constituição da lamela média)
K (regulador da pressão osmótica no interior da célula vegetal)
Mg (componente da clorofila)
Hidrogênio (H)
Cloro (Cl)
Carbono (C)
Ferro (Fe)
Oxigênio (O)
Boro (B)
Micronutrientes
Nitrogênio (N)
Manganês (Mn)
Fósforo (P)
Sódio (Na)
Cálcio (Ca)
Zinco (Zn)
Na, Cl, Cu, Zn, Fe, Bo, etc.
Atuam como co-fatores de enzimas
Necessários em quantidades pequenas
Magnésio (Mg)
Cobre (Cu)
Potássio (K)
Níquel (Ni)
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
2) Nutrição Vegetal
II) Correção de solos deficientes em nutrientes
III) Absorção de água e sais pelas raízes
Simplasto
Adição de Adubos orgânicos
o Restos de alimentos
o Restos vegetais
o Fezes de animais
No processo de decomposição biológica (microrganismos) ocorre a
liberação de elementos essenciais ao desenvolvimento das plantas.
Adição de Adubos químicos
o Contém sais minerais com os seguintes macronutrientes: N, P, K
Obs.: A adubação excessiva pode causar a contaminação de lagos e rios, morte
de animais, e possíveis problemas à saúde humana.
Calagem: aplica-se carbonato de cálcio (CaCO3) para a
correção de solos ácidos (ricos em Al).
Local de absorção nas raízes: zona pilífera
Após atravessar a epiderme:
Apoplasto
A água se locomove em direção ao xilema (Região central
da raíz) via:
a) Simplasto: passando por dentro das células
via plasmodesmos.
a) Apoplasto: passando entre as células
Ao chegar na endoderme:
Células contém estrias de Caspary (suberina)
o Ocorre a seleção dos sais minerais que
entram no xilema
o Regulação da quantidade de água que
pode entrar para dentro do xilema.
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Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
2) Nutrição Vegetal
IV) Condução da seiva Bruta
IV) Condução da seiva Bruta
Sentido de condução da seiva bruta: raízes folhas
Como a água sobe até as folhas?
Teorias existentes
I.
Pressão positiva da raiz (contribui, mas não explica).
o Transporte ativo de sais minerais para dentro do xilema (+).
o Água penetra do solo para o xilema por osmose.
o Problema: nem todas as plantas possuem esta característica.
II. Capilaridade (contribui, mas não explica).
o As moléculas de água são capazes de subir espontaneamente em um
tubo de pequeno calibre.
o Ocorre adesão entre moléculas de água e o tubo e também ligações de
hidrogênio entre as moléculas de água.
o A água sobe até a força de adesão se igualar a força gravitacional.
o Problema: o máximo que a água pode alcançar é meio metro de altura.
Pressão positiva da raiz
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
III. Teoria da tensão-coesão (Teoria de Dixon)
Teoria mais aceita atualmente
A seiva bruta é levada desde as raízes até as folhas
devido, fundamentalmente, à transpiração dasTranspiração
folhas.
I.
Ocorre transpiração Foliar
II. Aumentam a pressão osmótica retirada
de água de células vizinhas;
III. A pressão dentro do xilema das folhas
diminui;
IV. Ocorre fluxo de água no sentido: caule folhas
V. A pressão dentro do xilema do caule diminui
VI. Ocorre o fluxo de água no sentido: raiz caule
VII. A coesão entre as moléculas de água e a
tensão existente na coluna de água no
xilema permitem a subida da água desde a
raiz até as folhas 160m de altura.
Luminosidade
Estimula a abertura dos estômatos
Maioria das plantas (abrem estômatos durante o dia) e os fecham (à noite)
Dia luz fotossíntese abertura dos estômatos trocas gasosas
O fechamento dos estômatos à noite diminui sensivelmente a perda de água por
transpiração. O O2 acumulado no mesófilo para a respiração geralmente dura a noite
toda.
Baixas concentrações de CO2 Estômatos abrem
Altas concentrações de CO2 Estômatos se fecham
Pouca água no solo estômatos se fecham
Muita água no solo estômatos abrem
a)
Trocas gasosas via estômatos
Quando começa a faltar água na folha, uma substância chamada Ácido
Abscísico penetra nas células-guardas e provoca a saída de potássio,
fazendo com que o turgor das células diminua e os estômatos se
2) Nutrição
fechem.
IssoVegetal
ocorre mesmo que haja luz disponível para a fotossintese e
que
a concetração
V) Nutrição
orgânica
das plantasde CO2 no mesófilo esteja baixa.
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Células-guardas
Flácidas
Adaptação à fotossíntese
Disponibilidade de água
Plantas: autotróficas
Produzem sua própria matéria orgânica por meio da fotossíntese
CO2 + H2O + Luz C6H12O6 + O2
Células-guardas
Túrgidas
Concentração de gás carbônico (CO2)
Se ocorre acúmulo de CO2 no mesófilo, isso provavelmente significa que esse gás está
sendo pouco utilizado, sinalizando que os estômatos devem ser fechados.
c)
Nutrição orgânica das plantas
O2
2) Nutrição Vegetal
Fatores que determinam a abertura dos estômatos:
V)
Estômato – a maior taxa de transpiração ocorre pela chamada transpiração estomatar, ou
seja, quando os estômatos se abrem para que a planta possa absorver o gás carbônico
necessário à fotossíntese.
CO2
o
Estruturas
Duas células guarda (fotossintetizantes)
Células subsidiárias (ao redor das cel. guarda)
Ostiolo (abertura) entre as cel. guarda
Fisiologia Vegetal
b)
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
IV) Condução da seiva Bruta
a)
Capilaridade
Adaptação à economia hídrica
Abertura – Na presença de Luz ou
baixas cncentrações de CO2
Entrada de K+
Água entra nas células guarda
Células guarda tornam-se túrgidas
Promove a abertura do ostíolo
Fechamento – Na ausência de Luz ou altas
concentrações de CO2
Saída de K+
Água sai das células guarda
Células guarda tornam-se plasmolizadas
Ocorre o fechamento do ostiolo
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Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
Relação entre Fotossíntese e respiração
Relação entre Fotossíntese e respiração
A planta utiliza parte dos produtos da fotossíntese como fonte de energia para o
funcionamento de suas células;
Respiração celular
Durante o dia,a planta faz fotossíntese, consumindo o CO2 e produzindo O2 cuja maior
parte é eliminada para a atmosfera através dos estômatos.
Ao mesmo tempo em que faz fotossíntese, a planta também respira, nesse processo ela
só utiliza parte do O2 que está sendo produzido na fotossíntese.
Ao respirar libera CO2, imediatamente utilizado para a fotossíntese.
À noite, ela deixa de fazer a fotossíntese, mas não de respirar, absorvendo o
O2acumulando no mesófilo e produzindo CO2 pela respiração, esse gás é rapidamente
consumido pela fotossíntese, logo que amanhece.
Sob determinada intensidade luminosa,
as taxas de fotossíntese e respiração se
equivalem, de modo que a planta não
trocas
gasosas com
o meio
Orealiza
Ponto de
Compensação
Luminosa
ambiente.
varia nas diferentes plantas.
Todo O2 liberado na fotossíntese é
Espécies com pontos elevados só
utilizado na respiração, e todo CO2
conseguem
viver
em locais
alta na
produzido na
respiração,
é com
utilizado
luminosidade (Plantas Heliófilas).
fotossíntese.
Espécies
com pontos
baixosem
necessitam
A intensidade
luminosa
que isso
de ocorre
intensidades
menores de
de luzponto
e vivem
é chamado
de
compensação
luminosa (ou(Plantas
ponto de
em
ambientes sombreados
compensação
fótica);
Umbrófilas ou Plantas de sombras)
Para poder crescer, as plantas precisam
receber, pelo menos algumas horas por
dia, intensidade de luz superior ao seu
ponto de compensação luminosa, caso
contrário, não haverá matéria orgânica
disponível para o crescimento.
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
2) Nutrição Vegetal
VI) Condução de seiva elaborada
2) Nutrição Vegetal
Transpiração
Teoria mais aceita: Hipótese do fluxo por pressão
Ou Hipótese do desequilíbrio osmótico ou
Hipótese do Fluxo em massa.
VI) Condução de seiva elaborada
Experimento do fluxo de massa
Nesse modelo, a bolsa A com a solução de
sacarose representa a fonte de
substâncias orgânicas, isto é, as células
produtoras de glicídios. A bolsa B,
inicialmente com água pura, representa
células consumidoras como as das
extremidades de uma raiz por exemplo. O
tubo que liga as bolsas representa os
elementos condutores do floema.
O fluxo de líquido de A para B continua até
que as concentrações de sacarose se
igualem, nas duas bolsas. Na planta viva
isso nunca ocorre, pois as células
consumidoras utilizam continuamente os
glicídios que recebem.
Como a matéria orgânica se movimenta no floema?
Folhas (órgãos fonte)
o
Floema possui maior concentração de
Fonte
(folhas)
matériaoorgânica.
Então,
que faz com que a água
Raízes (órgãos dreno)
se
movimente
no interior do
o
Floema possui menor concentração de
matéria
orgânica é a diferença de
floema
osmótica
A águapressão
passa do xilema
para o floema,existente
onde existe
maior concentração
de matéria
(osmose)
entre
o órgão
fonteorgânica
(folhas)
eo
(raízes)
Ao atingir o floemadreno
a água empurra
as moléculas
orgânicas para o seu destino onde serão assimiladas
Xilema
Floema
Dreno
(raízes)
Fisiologia Vegetal
Anel de Malpighi - Um experimento clássico conhecido como Anel de Malpighi que consiste em retirar um
anel da casca de uma árvore contém periderme, parânquima e Floema.
A retirada do Anel de Malpighi rompe a continuidade do floema e causa o acúmulo de substâncias orgânicas
acima do corte, provocando um inchaço na região, que pode ser notado umas semanas depois da operação.
Uma árvore da qual se retira o anel de casca acaba por morrer por falta de substâncias orgânicas para a
nutrição das raízes.
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3) Hormônios Vegetais
a)
Também chamados de fitormônios.
Regulam o funcionamento fisiológico das plantas (Controle da Divisão, do crescimento
e da diferenciação celular).
São cinco hormônios vegetais: Auxinas, Citocininas, Etileno, Giberelinas e Ácido
Abscísico.
Auxina
Ácido Indolacético (AIA)
Descoberta por Charles Darwin (1881)
Local de produção: gema apical do caule, folhas jovens, frutos e sementes
Funções:
I)
Enrraizamento de estacas (mudas);
II) Estimula o Alongamento celular ;
III) Promove o desenvolvimento da raiz e do caule;
IV) Atua nos Tropismos (Movimentos vegetais);
V) Atua na Dominância Apical;
VI) Desenvolvimento dos frutos
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Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
a)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
a) Auxina - II) Desenvolvimento de raiz e caule
Auxina
I) Enraizamento de estacas
Por estímulo da auxina, raízes adventícias podem
surgir a partir de estacas (mudas).
II) Desenvolvimento de raiz e caule
Raiz, mais sensível a auxina que o caule
Uma concentração que induza o
crescimento ótimo do caule, tem efeito
inibidor sobre o crescimento da raiz.
Concentrações de auxinas (AIA) que induzem o crescimento “ótimo” do caule, tem efeito
fortemente inibidor sobre o crescimento da raIz. Por outro lado, concentrações de auxinas
ótimas para o crescimento da raiz são suficiente para produzir efeitos no caule.
Fisiologia Vegetal
SENSIBILIDADE AIA CAULExRAIZ
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
a)
Auxina
I) Alongamento celular
Auxinas
estimulam
Membrana
plasmática
Parede celular
Parede
celular
Expansão da
parede celular
Proteína
bombeadora
de H+
Molécula de
celulose
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
a)
Auxina
III) Tropismos
As auxinas controlam os tropismos: movimentos de curvatura da planta em resposta a
um determinado estímulo.
Molécula de celulose sofrem
alongamento
Alongamento
celular
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3) Hormônios Vegetais
i.
Fototropismo
Caule: O excesso de auxina estimula o alongamento celular (fototropismo positivo)
Raiz: O excesso de auxina inibe o alongamento celular (fototropismo negativo)
luz
i.
Expansinas
luz
↑ auxina
↑ alongamento
luz
Fototropismo
Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento da planta é a luz.
Quando a planta é
iluminada a auxina
migra para o lado
oposto ao da luz
Caule
Caule
Fototropismo
(+)
Raiz
Auxina
Raiz
Fototropismo
(-)
↓auxina
↑alongamento
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Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
i.
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
Fototropismo
ii.
Caule: O excesso de auxina estimula o alongamento celular (fototropismo positivo)
Raiz: O excesso de auxina inibe o alongamento celular (fototropismo negativo)
Gravitropismo (Geotropismo)
Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento é a força gravitacional
Caule: gravitropismo negativo
Raiz: gravitropismo positivo
Planta em posição
horizontal
Raiz
raiz
↓auxina
↑alongamento
caule
Caule
↑auxina
↑alongamento
Força da gravidade faz com
que a auxina se acumule na
região inferior da planta.
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
ii.
Gravitropismo (Geotropismo)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
Obs.: Nastismos / Tigmotropismo
Movimentos que ocorrem em resposta a um estímulo táctil, mas que não são
orientados pela fonte estimuladora.
Não há participação de Auxina
Esse movimento se deve à perda de água de pequenos órgãos
(pulvinos) situados na base dos folíolos e da folha.
Ex: Plantas insetívoras (carnívoras) e sensitivas.
Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento é a força gravitacional
Caule: gravitropismo negativo
Raiz: gravitropismo positivo
Planta carnívora (Dioneia)
Ela se fecha quando um
inseto pousa em sua folha.
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3) Hormônios Vegetais
a)
Auxina
IV) Dominância Apical
A auxina produzida na gema apical do caule exerce inibição sobre as gemas laterais,
mantendo-as em estado de dormência.
Se a gema apical for retirada (técnica de poda) as gemas laterais passam a se
desenvolver e novos ramos se desenvolvem.
Planta sensitiva
Mimosa pudica
Quando tocadas fechamse e as folhas inclinam-se.
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3) Hormônios Vegetais
b)
Citocinina
Local de produção: Desconhecido (acredita-se ser nas extremidades das Raizes)
Funções na planta
I.
Estimula a divisão celular
II. Estimula a morfogênese (diferenciação dos tecidos da planta)
III. Estimula o alongamento caulinar
IV. Promove o retardo do envelhecimento da planta (senescência)
V. Quebra a dominância apical e promove o desenvolvimento das gemas laterais.
OBS: Uma prática comum no comércio de plantas é pulverizar citocininas sobre flores
recém-colhidas, para retardar seu envelhecimento.
Auxina e citocinina têm efeito antagônicos no controle da dominância apical. Auxinas
“descem” pelo caule e inibem o desenvolvimento das gemas laterais, enquanto
citocininas provenientes das raízes estimulam as gemas a se desenvolver.
Quando a gema apical é removida, a ação das auxinas cessa e as citocininas promovem o
desenvolvimento das gemas laterais.
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Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais
3) Hormônios Vegetais
c) Etileno (Gás Eteno – C2H4)
d) Giberelina
Local de produção: Diversas partes da planta.
Funções na planta
I.
Promove a germinação em plantas jovens;
II. Promove o amadurecimento dos frutos
III. Promove o envelhecimento celular (senescência)
IV. Estimula a floração
V. Promove a abscisão foliar (queda das folhas)
No cultivo de banana é comum
realizar a queima da serragem,
pois há liberação do gás etileno
Etileno promove o
amadurecimento do fruto.
I.
II.
III.
IV.
Promove o crescimento dos frutos partenocárpicos
Promove o alongamento caulinar
Realiza a mobilização das reservas da semente para o embrião
Quebra a dormência em sementes e gemas (primavera)
Desenvolvimento de
frutos partenocárpicos
(sem fecundação).
Etileno promove a queda
das folhas (abscisão foliar)
Germinação das sementes
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo
3) Hormônios Vegetais
Muitos botânicos tem vindo a explorar a floração das plantas superiores. Esta está
relacionada com a duração relativa do dia natural e da noite, denominando-se
fotoperíodo o número de horas de iluminação diária. (Ex: germinação de sementes - e
controlada pelo fotoperíodo, ocorrendo em momentos específicos do ano.).
Fotoperíodo crítico: (FPC)
e) Ácido abscísico (ABA)
I.
II.
III.
Promove a dormência em gemas e sementes (inverno)
Promove o fechamento estomático (falta de água no solo)
Induz o envelhecimento de folhas, frutos e flores.
Valor em horas de iluminação que determina a floração ou não de uma planta.
O fotoperíodo crítico é específico de cada espécie.
I. Plantas de dia-curto: espécies que florescem somente quando o período escuro do dia
torna-se maior, ou seja quando as noites são longas e os dias são curtos (inicio da
Primavera). Ex.: Morangueiro, Macieira, Crisântamo, Orquídeas.
II. Plantas de dia-longo: espécies que florescem somente quando o período escuro do dia
torna-se menor, ou seja quando as noites são curtas e os dias são longos. (Verão e
Primavera). Ex.: íris, alface, rabanete, milho, trigo e o espinafre.
Sementes dormentes no período do
inverno por ação do ácido abscísico
III. Plantas indiferentes: A floração não depende do fotoperíodo. São tolerantes em relação
ao fotoperíodo pelo que florescem em qualquer época. Ex.: Cravo, feijão, tomate.
Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo
Verão
Dia
a) Plantas de dia-curto
16 hs
Fisiologia Vegetal
Inverno
Noite
8 hs
Dia
8 hs
4) Fotoperiodismo
Noite
16 hs
Fotoperíodo crítico da
espécie = 11 hs
Verão
Dia
a) Plantas de dia-longo
16 hs
Inverno
Noite
Dia
Noite
8 hs
8 hs
16 hs
Fotoperíodo crítico da
espécie = 15 hs
Floresce quando submetida a um
período de luminosidade inferior
ao seu fotoperíodo crítico.
Floresce quando submetida a um
período de luminosidade superior
ao seu fotoperíodo crítico.
Exemplo: Crisântamo.
Exemplo: a Íris
Não floresce
Floresce
floresce
Não Floresce
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Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo
Fisiologia Vegetal
5) Aplicação das fito-hormônios para fins econômicos.
Através de variadas experiências pôde-se concluir, na década de 40 do século XX
que o que controlava a floração era a duração do período de obscuridade pelo que:
As plantas de dia longo passaram a ser chamadas de plantas de noite
curta. (necessitam de uma “noite curta” para florescer)
Se houver luz breve num
período de obscuridade, as
plantas de noite curta podem
florescer no Inverno.
As plantas de dia curto passarem a ser chamadas de plantas de noite
longa. (necessitam de uma “noite longa” para florescer)
Se interrompermos o período de
obscuridade numa planta de noite
longa antes de ter atingido o
período critico, a floração fica
inibida, pois na verdade ela
necessita é de uma “noite longa”
contínua.
Devido as propriedades descobertas pelos botânicos a nível bioquímico, nos fitohormônios, seguiu-se um estudo sobre estes compostos orgânicos e de que eles
eram constituídos.
Estes compostos orgânicos serviram para sintetizar substâncias quimicamente
idênticas aos diversos hormônios vegetais, logo com os mesmos efeitos que eles.
Estas substâncias são reguladores de crescimento e utilizadas em variados setores
ligados à produção, armazenamento e distribuição de alimentos de natureza
vegetal.
Os hormônios sintéticos são aplicadas, tendo em conta a sua ação, no sentido de
maior produtividade e de maiores lucros.
Fisiologia Vegetal
5) Aplicação das fito-hormônios para fins econômicos.
Etileno - Algumas funções:
•
Incita a floração em plantações, por exemplo, a abóbora.
•
Faz com que os frutos que são colhidos ainda verdes amadureçam (estes são
conservados numa atmosfera rica em dióxido de carbono e a uma
temperatura próxima da congelação).
Auxinas - Algumas funções:
•
Impossibilitam a produção de gomos laterais. (ex. batata, são chamados de
“olhos”.)
•
Controlam a formação de raízes em estacas e um floração e frutificação
uniforme nos pomares.
•
Suprimem o desenvolvimento de ervas daninhas em culturas de cereais
(monda química).
Giberelinas - Algumas funções:
•
Fazem com que a floração de algumas plantas ornamentais progrida mais
rapidamente.
•
Controlam o tamanho dos caules.
•
Estimulam a germinação de sementes. (Ex. cereais)
•
Aumentam o tamanho e a separação das bagas nos cachos de uva.
Fisiologia Vegetal
5) Aplicação das fito-hormônios para fins econômicos.
•
•
•
•
•
•
A síntese destes hormônios veio dar asa a uma nova fase a nível econômico
pois foi possível a produção de alimentos vegetais para alimentação e
ornamentação mesmo não havendo clima propício para tal.
No entanto a utilização deste químicos em excesso torna-se nociva á saúde,
não só na sua produção como também na aplicação.
Exemplo
Durante a guerra do Vietnam e foram utilizadas diversos hormônios para
diminuir a densidade da folhagem, os chamados desfolhantes.
Como resultado desta utilização não só surgiram problemas ambientais
(perda da floresta tropical) como também problemas de saúde como cancro,
nascimento de crianças com deficiências e leucemia. O uso destes produtos
foi proibido no ano de 1977.
Este exemplo é mais um que nos demonstra a necessidade de toda a
tecnologia ser testada devidamente antes de aplicada ao mundo real.
Fisiologia Vegetal
A) A que conclusões o
experimento permite
chegar?
Exercícios
B) Seria o dia ou a noite
que realmente
interfere na floração?
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23/08/2011
Unicamp 99
Unicamp 2000
Sabe-se que uma planta daninha de nome “striga”, com folhas largas e nervuras
peninérveas, invasora de culturas de milho, arroz, cana e de muitas outras
espécies de gramíneas na Ásia e na África, é a nova dor de cabeça dos técnicos
agrícolas no Brasil. Sabe-se também que algumas auxinas sintéticas são usadas
como herbicidas porque são capazes de eliminar dicotiledôneas e não agem
sobre monocotiledôneas.
A transpiração é importante para o vegetal por auxiliar no movimento de
ascensão da água através do caule. A transpiração nas folhas cria uma força de
sucção sobre a coluna contínua de água do xilema: à medida que esta se eleva,
mais água é fornecida à planta.
a) Indique a estrutura que permite a transpiração na folha e a que permite a
entrada de água na raiz.
a) Qual seria o resultado da aplicação de um desses herbicidas no combate à “striga”
invasora em um canavial? E em uma plantação de tomates? Explique sua resposta.
A “striga” e os tomateiros morreriam porque são dicotiledôneas. No canavial só
morreria a “striga” porque a cana é monocotiledônea.
Estômatos (folhas) e pêlos absorventes (raiz)
b) Mencione duas maneiras pelas quais as plantas evitam a transpiração.
Fechando os estômatos e produzindo camada de cutícula sobre a epiderme foliar.
b) Indique uma auxina natural e mencione uma de suas funções na planta.
Ácido Indolacético (AIA)
1) Alongamento Celular
2) Tropismos
3) Enraizamento de estacas
4) Dominância Apical
5) Desenvolvimento do caule e da raiz
Unicamp 2000
c) Se a transpiração é importante, por que a planta apresenta mecanismos para
evitá-la?
Pois pela transpiração a planta perde água que é fundamental para a ocorrência
dos processos metabólicos no organismo vegetal.
Unicamp 2002
Uma alteração climática muito noticiada é o “efeito estufa”, que se atribui ao
aumento da concentração de gases como o CO2 na atmosfera. Segundo algumas
previsões, esse fenômeno poderá causar um aumento de 3 °C na temperatura
média do planeta nos próximos 100 anos. A figura abaixo mostra o crescimento
relativo de duas espécies de plantas em função da temperatura ambiente.
Uma alteração climática muito noticiada é o “efeito estufa”, que se atribui ao
aumento da concentração de gases como o CO2 na atmosfera. Segundo algumas
previsões, esse fenômeno poderá causar um aumento de 3 °C na temperatura
média do planeta nos próximos 100 anos. A figura abaixo mostra o crescimento
relativo de duas espécies de plantas em função da temperatura ambiente.
a) Em um local com temperatura média de 20 °C convivem as espécies A e B. Qual das
duas espécies seria beneficiada pelo aumento previsto de temperatura? Explique.
c) A escassez de água no solo afeta negativamente o crescimento da planta. Por
quê?
Espécie A, pois em 20ºC esta espécie possui o crescimento ótimo e acima dessa
temperatura sua taxa de crescimento decresce, ao contrário da planta B que a
partir de 20ºC passa a ter uma maior taxa de crescimento relativo.
Com pouca disponibilidade de água no solo as plantas necessitam fechar
estômatos para evitar a desidratação, logo o CO2 não entra na folha e o processo
fotossintético permanece interrompido.
Unicamp 2003
Um agricultor decidiu produzir flores em sua propriedade, localizada perto da
cidade de Fortaleza (CE). Devido à sua proximidade com a linha do Equador,
nesta cidade os dias mais longos do ano (janeiro) são de 12:30 horas de luz, e os
mais curtos (julho) são de 11:30 horas de luz. O agricultor tem dúvida sobre qual
flor deve cultivar: uma variedade de crisântemo, que é uma planta de dia curto
e tem um fotoperíodo crítico de 12:30 horas, ou uma variedade de “brinco de
princesa” (Fucsia sp.), que é planta de dia longo e tem fotoperíodo crítico de
13:00 horas.
a) Qual espécie de planta o agricultor deveria escolher? Justifique.
Crisântemo, pois requer fotoperíodo diário menor que12:30
horas o que é vantajoso pois nos períodos de dia curto em Fortaleza esta espécie
florescerá. No caso do “brinco de princesa”, não ocorrerá a floração, que neste caso
depende de, no mínimo, 13 horas diárias de luz.
b) Com relação á floração, o que aconteceria com a espécie de dia curto
(crisântemo) se fosse dado um período de 15 minutos de luz artificial no meio da
noite (“flash de luz”) ? Explique.
A planta não floresceria, porque o controle da floração
depende da existência de períodos contínuos de escuridão.
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