Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica DAVID RIBEIRO COSTA EFEITO DA TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O DESEMPENHO MUSCULAR DO BÍCEPS BRAQUIAL EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO São José dos Campos, SP 2016 David Ribeiro Costa EFEITO DA TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O DESEMPENHO MUSCULAR DO BÍCEPS BRAQUIAL EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba, como complementação dos créditos necessários para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica. Orientador: Profa. Dra. Renata Amadei Nicolau Co-Orientador: Profa. Dra. Patricia Mara Danella Zácaro São José dos Campos, SP 2016 Certificado da apresentação da banca (espaço reservado) Dedicatória Dedico este trabalho a minha mãe Francisca por ter enfrentado muitas batalhas para criar sozinha eu e meu irmão, e ter conseguido dar a melhor educação possível. Ao meu irmão Davidson por me incentivar e ajudar em todos os momentos desse trabalho. À minha noiva a Profa. Carolina Delpasso pelo apoio incondicional no meu trabalho e por ser a mulher com quem vou passar o resto da vida. Ao meu primo-irmão Bill por ter sido um dos principais responsáveis por me incentivar no esporte e ter sido o maior exemplo na minha vida (em memória). Ao meu avô Davi que sempre foi o dono do melhor abraço de todos (em memória). Agradecimentos A Profa. Dra. Renata Amadei Nicolau pela incrível ajuda e confiança depositada em mim e por ser um grande exemplo na minha vida acadêmica Ao doutorando Davidson Ribeiro Costa por me ajudar em todas as etapas do meu trabalho. À mestranda Carolina Delpasso por sempre me ajudar em todas as etapas do meu trabalho. Ao Prof. Dr. Mario Lima por sempre deixar as portas de seu laboratório abertas e por ser também um grande exemplo na minha vida acadêmica. À doutoranda Izabela Mendes que sempre teve paciência e dedicação para ensinar os segredos da eletromiografia. À doutoranda Marcele Florêncio pelo grande auxílio. À Profa. Dra. Priscila de Fávero que foi uma das grandes responsáveis para aquisição da minha bolsa de mestrado. À Profa. Dra. Patricia Mara Danella Zácaro pelo auxílio desde a graduação até o mestrado. Ao Prof. Dr. Alderico de Paula por ter me dado um pouco de esperança no começo do curso. À família CELAFO pela grande amizade e ajuda. “You are the creator of your own destiny” (Autor desconhecido) EFEITO DA TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O DESEMPENHO MUSCULAR DO BÍCEPS BRAQUIAL EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO RESUMO Diversos recursos vêm sendo utilizados para o ganho de desempenho muscular. Entre eles, o uso de esteroides e anabolizantes (EA), que ao serem consumidos de modo indiscriminado podem favorecer o aparecimento de doenças e elevar o risco de morte de seus usuários. Por esse motivo, existe a necessidade da busca de ferramentas alternativas que possam melhorar o desempenho sem causar danos. Dentre as alternativas para o aumento de desempenho encontra-se a terapia a laser de baixa intensidade (TLBI). Entretanto, os parâmetros ideais de irradiação ainda não são totalmente conhecidos. O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito da TLBI sobre a força máxima, potência, resistência à fadiga muscular e taxa de lactato sanguíneo imediatamente e após 10min da irradiação. Participaram deste estudo 40 voluntários, com idade entre 20 e 40 anos do gênero masculino. Os voluntários foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: controle, simulação, laser imediato e laser 10min. A TLBI foi realizada com laser em 830nm, com potência de 30mW, energia de 3J, durante um tempo de irradiação de 100 segundos, em toda a superfície do músculo bíceps braquial. Os dados foram avaliados a fim de se obter a análise do desempenho muscular e taxa de lactato sanguíneo. Conclui-se que os parâmetros adotados na TLBI aumentaram significativamente a atividade muscular, principalmente após 10 minutos da irradiação. Com relação aos intervalos testados pôde-se observar que o intervalo de 10min da TLBI até a realização do exercício proposto, apresentou menor taxa de lactato sanguíneo pós-protocolo de fadiga. Descritores: Terapia a laser de baixa intensidade, esforço físico e fadiga muscular. EFFECT OF LOW-LEVEL LASER THERAPYON THE DESEMPENHO OF THE MUSCULAR BICEPS BRACHIAL IN FITNESS PRACTITIONERS ABSTRACT Several resources are being used to gain muscle performance. Among them, the use of steroids and anabolic (EA), which when consumed indiscriminately may favor the onset of diseases and increase the risk of death of its members. For this reason, there is a need to search for alternative tools that can improve performance without causing damage. Among the alternatives to the performance increase is the low level laser therapy (LLLT). However, the optimal parameters of radiation are not yet fully known. The aim of this study was to analyze the effect of LLLT on the maximum strength, power, resistance to muscle fatigue and blood lactate rate immediately and 10 minutes after irradiation. The study included 40 volunteers, aged between 20 and 40 years old male. The volunteers were randomly divided into four groups: control, simulation, laser and laser immediate 10min. The LLLT was performed with 830 nm laser with 30mW of power, energy 3J over a irradiation time of 100 seconds on the entire surface of the biceps muscle. The data were evaluated to obtain the analysis of the blood lactate and muscle performance rate. It was concluded that the parameters adopted in LLLT significantly increased muscle activity, mainly after 10 minutes of irradiation. Regarding the tested intervals could be observed that the range of 10 minutes of LLLT until the completion of the proposed exercise, showed a lower rate of fatigue post protocol blood lactate. Keywords: low-level laser therapy, physical exertion, and muscle fatigue. . Lista de figuras Figura 1 - Principais tipos de análises realizadas pelo DI. ................................................... 26 Figura 2 - Fluxograma detalhado. ........................................................................................ 33 Figura 3 - Adipômetro da marca Lange. ............................................................................... 34 Figura 4 - EMG da marca EMG System do Brasil de dois canais, modelo EMG230c™ (BRA) utilizado na pesquisa ........................................................................................................... 35 Figura 5 - Eletrodos diferenciais ativos da EMG System do Brasil e o local de fixação dos eletrodos no músculo bíceps braquial. ................................................................................. 35 Figura 6 - Interface do programa EMGLAB com dados coletados pela pesquisa. ................ 36 Figura 7 - Equipamento de Laser (Twin Flex Evolution®, MMOptics, Classe 3b, registro ANVISA 80051420014) e óculos de proteção utilizados na pesquisa. ................................. 37 Figura 8 - A) Delimitação dos pontos de irradiação no músculo do bíceps no total de 20 pontos de aplicação braquial; B) Papel milimetrado com perfurações a cada 2cm utilizado para demarcação dos pontos a serem irradiados. ............................................................... 38 Figura 9 - Aplicação da TLBI na região do músculo bíceps braquial. ................................... 39 Figura 10 - Dinamômetro isocinético utilizado na pesquisa localizado no Laboratório de Biodinâmica da Universidade do Vale do Paraíba- UNIVAP. ............................................... 39 Figura 11 - Voluntário posicionado no DI para realização do protocolo de fadiga. ............... 40 Figura 12 - Fluxograma do protocolo de fadiga. FO (Força máxima), PO (potência muscular), IFM (índice de fadiga muscular). .......................................................................................... 41 Figura 13 - Material empregado para análise dos níveis de lactato sanguíneo. ................... 42 Figura 14 - Resultado da força máxima dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. .............................................................. 45 Figura 15 - Resultado da Potência Muscular de todos os grupos. Dados expressos em média ± erro padrão............................................................................................................. 45 Figura 16 - Resultado do IFM dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. ......................................................................... 46 Figura 17 - Resultado do RMS do teste de força máxima dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. .................................... 47 Figura 18 - Resultado do RMS no teste de potência muscular dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. ........................... 48 Figura 19 - Resultado do RMS no teste IFM dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. ..................................................... 49 Figura 20 - Resultado do lactato sanguíneo pós-irradiação e o protocolo de fadiga. Dados expressos em média ± erro padrão...................................................................................... 50 Lista de Tabelas Tabela 1 - Estudos que utilizaram a o lactato sanguíneo nos últimos anos.......................... 21 Tabela 2 - Estudos que utilizaram a TLBI na prevenção e tratamento da fadiga muscular nos últimos seis anos. ................................................................................................................ 25 Tabela 3 - Estudos que utilizaram a dinamometria isocinética nos últimos anos.................. 28 Tabela 4 - Parâmetros do laser que foram empregados. ..................................................... 37 Lista de abreviaturas e siglas A: Área DE: Densidade de energia DI: Dinamômetro isocinético EA: Esteroides e anabolizantes EMG: Eletromiografia de superfície FM: Fadiga muscular FO: Força máxima HDL: High Density Lipoproteins (lipoproteínas de alta densidade) IM: Imediato IMC: Índice de massa corporal IFM (%): Índice de fadiga muscular Min: Minuto NR: Não relatado P: Potência Par-Q: Physical Activity Readiness Questionnare (Questionário de Prontidão para Atividade Física) pH: Potencial hidrogeniônico PO: Potência muscular PO: Força máxima T: Tempo TCLE: Termo de consentimento livre e esclarecido TLBI: Terapia a laser de baixa intensidade TQF: demonstra o declive da curva de torque. TR: Tempo do intervalo TT: Trabalho Total TTDF: Taxa de tempo de desenvolvimento de força λ: Comprimento de onda Ø: Diâmetro SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 15 1.2 MUSCULAÇÃO E O USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES ................... 16 1.2 BÍCEPS BRAQUIAL.......................................................................................... 17 1.3 FORÇA MÁXIMA .............................................................................................. 18 1.4 POTÊNCIA MUSCULAR .................................................................................. 18 1.5 FADIGA MUSCULAR ....................................................................................... 18 1.6 LACTATO SANGUÍNEO ................................................................................... 20 1.7 ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE ........................................................... 21 1.8 LASER DE BAIXA INTENSIDADE E O DESEMPENHO ESPORTIVO ............ 23 1.9 DINAMÔMETRO ISOCINÉTICO ...................................................................... 26 2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 29 2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 29 2.1.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 29 3 METODOLOGIA ............................................................................................... 30 3.1 PARTICIPANTES DA PESQUISA .................................................................... 30 3.1.1 Critérios de inclusão ......................................................................................... 30 3.1.2 Critérios de exclusão ........................................................................................ 31 3.2 CLIMATIZAÇÃO ............................................................................................... 31 3.3 TAMANHO DA AMOSTRA ............................................................................... 32 3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ................................................................. 32 3.5 PROCEDIMENTOS DETALHADOS ................................................................. 34 3.5.1 Avaliação física e percentual de gordura.......................................................... 34 3.5.2 Eletromiógrafo .................................................................................................. 34 3.5.3 Análise do sinal do EMG .................................................................................. 36 3.5.4 Fototerapia ....................................................................................................... 36 3.5.5 Protocolo de indução da fadiga ........................................................................ 39 3.5.6 Lactímetro ........................................................................................................ 41 4 ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................. 43 5 RESULTADOS ................................................................................................. 44 5.1 RESULTADOS DO DINAMÔMETRO ISOCINÉTICO ....................................... 44 5.1.1 Resultado Força Máxima.................................................................................. 44 5.1.2 Resultado Potência Muscular ........................................................................... 45 5.1.3 Resultado do índice de fadiga muscular........................................................... 46 5.2 RESULTADOS ELETROMIOGRAFIA .............................................................. 46 5.2.1 Resultado do RMS no teste de força máxima .................................................. 47 5.2.2 Resultado do RMS no teste de potência muscular........................................... 47 5.2.3 Resultado do RMS no teste de IFM ................................................................. 48 5.3 LACTÍMETRO ................................................................................................... 49 5.3.1 Resultado do lactato sanguíneo pós-irradiação e protocolo de fadiga ............. 49 6 DISCUSSÃO..................................................................................................... 51 7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 54 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 55 APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 69 APÊNDICE B - FICHA PARA AVALIAÇÃO FÍSICA........................................ 72 ANEXO A – Parecer Comitê de Ética em Pesquisa ...................................... 73 ANEXO B - ANAMNESE .................................................................................. 76 ANEXO C - TESTE PAR-Q (PHYSICAL ACTIVITY READINESS QUESTIONARE) .............................................................................................. 79 15 1 INTRODUÇÃO O treinamento resistido (treinamento com pesos), conhecido popularmente como musculação, é uma das modalidades esportivas mais praticadas no mundo inteiro (FERREIRA et al., 2014). Quando bem orientado e estruturado, o treinamento pode causar melhoras significativas na coordenação motora e nas funções cardiorrespiratórias. Além de auxiliar no aumento de força, potência, resistência e massa muscular (DORNELES et al., 2012). Por isso, o treinamento resistido vem sendo utilizado por muitos atletas de diversas modalidades para a melhora do desempenho e diminuição das lesões. No entanto, a maioria dos praticantes de musculação tem como objetivo a hipertrofia (aumento de massa muscular) para fins estéticos (OLIVEIRA et al., 2006; JORGE et al., 2009; DORNELES et al., 2012). A musculação se diferencia das demais modalidades esportivas, pois possibilita a modelagem morfológica do corpo humano na esfera estética, na qual seus praticantes conseguem determinar qual grupo de músculo que serão aprimorados durante o treinamento (OLIVEIRA et al., 2006; JORGE et al., 2009; DORNELES et al., 2012). Nas últimas décadas foi constatada uma crescente importância atribuída à aparência corporal. O corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada, fazendo com que homens e mulheres investissem cada vez mais tempo, energia e recursos financeiros no consumo de bens e serviços destinados à construção e manutenção do invólucro corporal (IRIART et al., 2009). Em paralelo, o culto ao corpo tem aumentado a insatisfação das pessoas com seus corpos, assim como o consumo das chamadas “drogas da imagem corporal”, entre as quais se incluem os esteroides anabólicos androgênicos ou anabolizantes. Estas drogas têm a capacidade de promover a diminuição da fadiga muscular (FM) e aumento da massa muscular (IRIART et al., 2009). Consequentemente, o consumo de esteroides anabolizantes em praticantes de musculação vem aumentando gradualmente, resultando em um problema de saúde pública, pois o uso indiscriminadamente causa uma série de efeitos colaterais. Recentemente, foi constatado que quase todos os usuários de esteroides anabolizantes apresentavam algum efeito colateral, dentre eles, os mais comuns são acne, atrofia testicular, retenção hídrica, alterações do humor e ginecomastia, sendo que o uso frequente e irresponsável dessas drogas pode levar o indivíduo a óbito (CARDOZO FILHO, 16 2011; NICOLAU et al., 2011; FERREIRA et al., 2014). Por esse motivo, existe a necessidade da busca de ferramentas alternativas que possam melhorar o desempenho sem causar danos e consequentemente ajudar na hipertrofia. Dentre essas alternativas para o aumento de desempenho e diminuição da FM, encontra-se a terapia a laser de baixa intensidade (TLBI) (COSTA et al., 2014). A TLBI pode ativar alguns componentes que fazem parte da estrutura celular, por meio da modulação de reações bioquímicas (CHAVANTES et al., 2009) e também pode facilitar a remoção do lactato sanguíneo reduzindo os danos musculares, proporcionando um melhor desempenho (BARONI et al., 2010). Estudos demonstram que essas reações bioquímicas podem melhorar o desempenho muscular e retardar o processo de fadiga muscular (FM) (LEAL JR et al., 2009a, 2009b e 2010a; KELENCZ et al., 2010; VIERA et al., 2012; COSTA et al., 2014). Contudo, os parâmetros ideais de irradiação para aumento do desempenho não estão totalmente estabelecido. Dentre esses parâmetros encontra-se o intervalo entre o momento da aplicação do laser até o momento da realização do exercício. Estudos divergem sobre qual é o intervalo ideal entre o laser e o exercício para o aumento do desempenho e diminuição da FM e não há na literatura estudos que analise diferentes tempos de intervalo no mesmo teste em humanos. AlbuquerquePontes et al. (2015) encontraram algumas diferenças significativas em um estudo realizado com animais, onde testou diferentes tempos de intervalo, comprovando assim a importância deste parâmetro para o sucesso da aplicação. Deste modo, o objetivo do presente estudo é comparar diferentes intervalos do momento da aplicação da TLBI até o momento do exercício. 1.2 MUSCULAÇÃO E O USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES Qual o custo que se paga por um corpo “ideal”? Partindo-se deste questionamento, percebe-se que na sociedade atual o corpo tem sido cada vez mais, considerado um objeto passível de modelagem. Com isso os esteroides e anabolizantes (EA) vem sendo utilizado como uma maneira mais fácil e viável para modelar o corpo e aumentar o desempenho (SANTOS et al. 2006). Os EA são drogas sinteticamente derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino (VENÂNCIO et al., 2010). 17 O uso dos EA vem se tornando um problema de saúde pública ao longo dos últimos anos (NICOLAU et al., 2011). Nos anos 50, surgiram na literatura os primeiros relatos de abuso de EA para fins não terapêuticos, ocorridos em atletas russos de ambos os sexos. Desde então, os hormônios andrógeno-anabolizantes vêm sendo utilizados usualmente em pessoas com boas condições de saúde, para aumentar a massa e a potência muscular, além da busca da melhora da aparência física e da auto-estima (MACEDO et al., 1998). Porém a aparência de um corpo saudável com o uso dos EA é apenas superficial, uma vez que pesquisas já destacaram os efeitos adversos causados pelo uso inadequado dos EA (SANTOS et al., 2006). Entre os efeitos adversos já estudados, observou-se que no sistema cardiovascular pode ocorrer redução da High Density Lipoproteins (HDL), trombose e arritmia, além da elevação da pressão arterial, resultando aumento do risco de doenças agudas do miocárdio, como o infarto. No fígado, constatou-se hepatotoxicidade e câncer (SANTOS et al., 2006; FERREIRA et al., 2014). Quanto aos problemas dermatológicos detectados estão as acnes, o excesso de pelos e as estrias (SANTOS et al., 2006). Os anabolizantes podem também alterar o sistema reprodutor, causando a hipertrofia da próstata, ginecomastia e a impotência sexual nos homens. Nas mulheres é observado o engrossamento da voz, a hipertrofia do clitóris e irregularidades no ciclo menstrual (SANTOS et al., 2006; FERREIRA et al., 2014). Atualmente, nos EUA, estima-se que haja 3,5 milhões de usuários de EA e que aproximadamente 3% dos jovens norte-americanos já fizeram uso dessa classe de drogas em algum período da vida. No Brasil, o levantamento anual sobre o uso de drogas psicotrópicas pelos jovens brasileiros em idade escolar, nas principais capitais brasileiras, demonstrou que aproximadamente 2% deles já haviam feito uso dos EA (VENÂNCIO et al., 2010). 1.2 BÍCEPS BRAQUIAL O músculo bíceps braquial é o principal músculo envolvido na flexão do cotovelo (SIMÃO et al., 2001; BOSSI, 2008; JORGE et al., 2009). Este músculo é dividido em duas porção a cabeça curta que tem como origem a ápice do processo coracóide da escápula e a cabeça longa que tem como origem o tubérculo 18 supraglenóideo da escápula, ambas têm sua inserção na tuberosidade do radio e aponeurose do bíceps braquial (BERSANETTI, 2014). O músculo Bíceps braquial tem composição predominante de fibras do tipo II, sendo fundamentais na ação de inúmeras atividades de vida diária, técnicas esportivas e movimentos ocupacionais em diversas profissões (BACK et al., 2008; CALLEGARI et al., 2011). Essas fibras são conhecidas como fibras rápidas ou brancas e tem como características a alta hidrólise de adenosina trifosfato (ATP) e alta velocidade de encurtamento. Estas características contribuem para elevar o torque e consequentemente a força, diferentemente das fibras do tipo I que produzem menos força, porém são mais resistentes a fadiga muscular (BACK et al., 2008; BOSSI, 2008). 1.3 FORÇA MÁXIMA A força muscular representa um dos principais componentes da aptidão física, e muitos são os estudos que ressaltam a importância em diversos campos de conhecimento (FARIAS et al., 2012). Este componente reflete a capacidade do músculo em produzir torque, e a força máxima é a expressão mais elevada deste componente, pois ela pode ser definida como o torque máximo obtido por um único músculo ou grupos musculares em determinado movimento (BOSSI, 2011). 1.4 POTÊNCIA MUSCULAR A potência muscular é um parâmetro de desempenho que se relaciona com a média de tempo da taxa de trabalho realizado, enquanto que a força muscular reflete a capacidade do músculo em produzir torque. A potência muscular é o produto da força versus a velocidade, e relaciona-se com a produção rápida de torque ou de força (LIMA, 2013). 1.5 FADIGA MUSCULAR A Fadiga Muscular (FM) vem sendo estudada por muitos anos devido a sua importância no desempenho esportiva. Esta apresenta etiologia multifatorial que promove a redução significativa da força e do desempenho esportivo, sendo assim a 19 FM é o principal fator limitante do desempenho esportiva e do aumento de massa muscular (MACIEL, 2012). A FM é um processo complexo que envolve elementos fisiológicos, biomecânicos e psicológicos (LEAL Jr. et al., 2010). Atualmente as manifestações de FM têm sido associadas ao declínio da força gerada durante e após exercícios submáximos e máximos. As principais características da FM são: a) a incapacidade de manter uma determinada intensidade; b) a diminuição da velocidade de contração; c) o aumento do tempo de relaxamento muscular (MACIEL et al., 2013). A FM está associada a fatores metabólicos que podem afetar o sistema nervoso central (fadiga central) e o sistema muscular (fadiga periférica) (DIEFENTHAELER et al., 2008; MAIA et al., 2009; MACIEL et al., 2013). A Fadiga de origem central é conhecida como uma falha voluntária ou involuntária na condução do impulso que promove uma redução do número de unidades motoras ativas e também uma diminuição de frequência de disparos dos motoneurônios (ASCENSÃO et al., 2003; MACIEL, 2012). A fadiga periférica resulta na diminuição da eficiência das unidades contráteis do músculo, resultando em perca de eficiência do movimento (GREEN, 1995; MCLESTER, 1997; ASENSÃO et al., 2003). Entre as principais causas relatadas da perda de eficiência, estão as alterações de potencial hidrogênico (pH), da temperatura, do fluxo sanguíneo, a perda da homeostasia dos íons cálcio, lesão muscular focal, e alteração da cinética de alguns íons nos meios intra e extracelular, como o potássio, sódio, cloro e magnésio, além da acumulação de produtos do metabolismo celular resultantes da hidrólise da adenosina trifosfato (GANDEVIA et al., 1995; JARIC et al., 1999; RIBEIRO et al., 2008). Outro dos fatores atualmente discutidos como possível agente da FM é a acidose metabólica induzida pelo exercício, com especial destaque para o resultante do exercício de curta duração e de alta intensidade conhecido por ácido lático (ASCENSÃO et al., 2003, MACIEL et al., 2013). Em excesso a FM pode prejudicar a recuperação muscular, resultando em quadros frequentes de lesões musculares, além de propiciar o decaimento do desempenho muscular de atletas de alto desempenho e praticantes de exercícios físicos (ASCENSÃO et al., 2003). Apesar dessas definições não existe um consenso sobre os mecanismos do processo de fadiga na literatura, seja ela de origem periférica ou central (SANTOS et al., 2010). 20 1.6 LACTATO SANGUÍNEO O Lactato sanguíneo é um dos componentes mais discutidos na literatura e está totalmente relacionado com a FM e, por sua vez, com o desempenho esportiva. Muitos são os questionamentos sobre a relação da FM e sobre sua origem. Mesmo com tantos questionamentos o lactato sanguíneo é um dos componentes bioquímicos mais investigados na literatura (MACIEL, 2012). Segundo Guyton e Hall (2011) o lactato é uma substância produzida naturalmente pelo corpo humano e funciona como um marcador bioquímico da FM. Em estado de repouso a concentração de lactato no sangue é de aproximadamente 2mmol/L. A principal fonte de produção de lactato é o glicogênio. Através de uma cascata bioquímica, o glicogênio quebra-se em piruvato fazendo com que haja predominância de energia anaeróbia (sem auxílio do oxigênio). Quando o piruvato quebra-se com o auxílio do oxigênio produz-se ainda mais energia, denominando-se de predominância metabólica aeróbia (com o auxílio do oxigênio). Porém quando as células perdem a capacidade de gerar energia o piruvato se quebra e se transforma em lactato. Este então seria um indicador e possível causador da FM. Nos últimos anos, muitos trabalhos de investigação sobre a TLBI em musculatura esquelética têm empregado o lactato sanguíneo como elemento de análise da FM (MUÑOZ et al., 2013). Maciel et al. (2013) constatou que a TLBI promoveu a manutenção dos níveis de lactato sanguíneo após atividade física intensa. Segundo Lopes-Martins et al. (2006) o laser no infravermelho, utilizado antes da atividade física prolongada ou de alta intensidade pode aumentar a remoção de lactato. Hauck (2012) não encontrou diferenças significativas dos níveis de lactato em sua pesquisa, o mesmo resultado foi obtido por Muñoz et al., (2013), ambos com musculatura diferente da utilizada por Maciel et al. (2013). Entretanto, a grande maioria dos trabalhos que utilizam o lactato sanguíneo como marcador bioquímico para a FM, não estão relacionados com a TLBI (tabela 1). 21 Tabela 1 - Estudos que utilizaram a o lactato sanguíneo nos últimos anos. Tempo referente Autor Modelo Local da coleta Alteração dos Tipo de níveis exercício Sim Luta Pré (im)/ pós (im) Sim Bicicleta Pré (im)/ pós (im) Não Corrida Não Corrida Sim Futebol Sim NR Não Bicicleta Sim NR Sim Bicicleta Sim _____ Sim Luta Sim Corrida ao exercício (pré/pós) Pré (uma Barbas et al., 2011 Atletas Veia antecubital semana)/pós (1ª e 5ª semana) Dedo Goto et al., 2011 Atletas Koehler et al., 2011 Atletas Veia antecubital Pelicer et al., 2011 Sedentários Orelha (capilar) Russel et al., 2011 Atletas Veia antecubital Schlader et al., 2011 Atletas Veia antecubital Seo et al., 2011 Atletas Veia antecubital Stirn et al., 2011 NR Tenan et al., 2011 Atletas Muñoz et al., 2013 Sedentários (capilar) Orelha (capilar) Veia antecubital Pré (30min)/ pós (1, 3 e 5min) Pós(15,30,45,60,7 5 e 90 min) Pós 3 min Pré (im) pós (15 e 25 min) Pré 3min. Pré (5min) pós (5min) Dedo Pré (im) e pós (5 (capilar) min) Silva et al., 2013 Atletas Orelha (capilar) Fraga et al., 2014 Atletas Orelha (capilar) Pré (im) e pós (im) Pré (im) e pós (30,120 min) Legenda: im- imediato; min- minuto; NR- Não relatado. 1.7 ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE A eletromiografia de superfície (EMG) é uma ferramenta que apresenta uma ampla aplicabilidade, podendo ser utilizada em pesquisas médicas, na área de reabilitação e na ciência do esporte (MACIEL et al., 2013). Por meio do EMG é 22 possível compreender a musculatura esquelética por meio da análise de potenciais elétricos. Essa ferramenta permite observar o grau e a duração da atividade muscular, a ocorrência de FM e as alterações das unidades motoras (FERREIRA et al., 2010), sendo possível empregar diferentes parâmetros e formas de análise (HAUCK, 2012). Neste sentido, EMG de superfície tem sido utilizada como um indicador fisiológico da FM em diferentes tipos de exercícios (OKANO et al., 2005). Segundo De Luca et al. (2002) e por Muñoz et al. (2013) a partir de um sinal da EMG, pode-se constatar o início da ativação muscular, avaliar a força produzida pelo músculo, identificar o índice do processamento da FM e obter informações sobre a contribuição de força de músculos individuais, bem como os grupamentos musculares. A EMG é uma técnica não invasiva, que não interfere na função natural dos músculos Muñoz et al. (2013). Entretanto, para a obtenção de informações significativas do sinal da EMG é necessária uma atenção especial aos procedimentos de coleta do sinal, pois diversas variáveis podem influenciar o sinal de EMG, como por exemplo, a má colocação de eletrodos, o excesso de pelos, espessura do tecido adiposo, temperatura da pele e o tipo de movimento, ou seja, isométrico ou dinâmico (ERVILHA et al.,1998; MUÑOZ et al., 2012; HERPICH et al., 2014). Também é necessário o emprego de ferramentas matemáticas que possibilitam maior confiabilidade no processamento dos sinais e na interpretação dos dados (RIBEIRO, 2009; COSTA et al., 2014). A maioria dos estudos na área esportiva, os quais empregam a EMG como método de análise, utilizam movimentos isométricos, devido ao melhor controle de variáveis que possam interferir na coleta de dados. Porém, os movimentos isométricos não se aproximam da realidade dos desportos, que são realizados em sua maioria por meio de movimentos dinâmicos. As investigações com contrações dinâmicas são mais escassas, pois as variáveis do EMG nestas condições podem ser dificultadas em virtude do movimento (RIBEIRO, 2009). Muitos estudos têm utilizado a EMG para a análise dos efeitos da TLBI na prevenção de FM e para o aumento do desempenho muscular (MACIEL et al., 2013, MACIEL et al., 2014; COSTA et al., 2014). 23 1.8 LASER DE BAIXA INTENSIDADE E O DESEMPENHO ESPORTIVO Os aparelhos de laser (light amplification by stimulated emission of radation) são capazes de produzir radiação eletromagnética em bandas espectrais extremamente finas, campos eletromagnéticos de alta frequência (ordem de terahertz) e coerentes. Em TLBI os comprimentos de onda mais comumente empregados encontram-se entre a região do visível e do infravermelho próximo no espectro eletromagnético (LIZARELLI, 2010). É considerada TLBI quando são empregados equipamentos com potência menor que 500 mW e áreas de irradiação entre 0,5 a 1cm2 (CHAVANTES et al., 2009; PINHEIRO et al., 2010). A TLBI tem sido amplamente divulgada nos meios científicos e clínicos, devido ao seu efeito positivo na diminuição da dor, controle nos processos inflamatórios e também no aumento do desempenho muscular (PINHEIRO et al., 2010; FERRARESI et al., 2015;). Essa terapia proporciona um efeito fotomodulador que não gera danos ao tecido biológico (GARCEZ et al., 2012). No processo de contração muscular uma grande quantidade de moléculas de Adenosina trifosfato (ATP) são degradadas, formando Adenosina difosfato (ADP) para fornecimento de energia para a atividade física. Sendo assim, quanto maior a quantidade de trabalho realizado pelo músculo esquelético, maior será a quantidade de ATP degradado (GUYTON; HALL, 2011). Com a TLBI, a energia da célula pode ser alterada, elevando-se os níveis de ATP disponíveis no tecido, por meio da fosforilação oxidativa. As mitocôndrias possuem fotorreceptores (citocromo c oxidase) que ao receberem a TLBI, promovem o aumento da síntese de ATP (KARU, 1988). Segundo autores a TLBI pode promover a prevenção de FM devido a, principalmente, este aporte energético adicional (LEAL Jr. et al., 2010; ALMEIDA, et al., 2012; MACIEL et al., 2013; COSTA et al., 2014 ). Os comprimentos de onda mais utilizados na TLBI estão na faixa do vermelho (630 a ~700nm) e infravermelho próximo (~700 a 940nm). O laser na faixa do vermelho tem baixa penetração, mas pelo mecanismo de absorção o qual ele interage com o tecido biológico, é indicado para uso superficial como cicatrização e drenagem local. O laser no infravermelho, que por sua vez penetra mais por interagir predominantemente com membranas celulares, tem sido o comprimento de onda 24 mais utilizado para reparos ósseos e para analgesia imediata e temporária. (Muñoz et al., 2013). Dentre os mecanismos básicos da TLBI encontra-se o aumento da microcirculação periférica, da síntese de ATP, do gradiente iônico, da liberação de endorfinas e do metabolismo celular (KARU et al., 2001; GARCEZ et al., 2012). Segundo Podbielski et al. (2006) o efeito da TLBI pode acelerar a proliferação de células miogênicas e o processo de regeneração muscular, sugerindo uma fagocitose mais eficiente de células sanguíneas, podendo também auxiliar na remoção de metabólicos e no aumento de aporte sanguíneo gerando uma vasodilatação local e contribuindo para sínteses de ATP, aumentando a resistência do músculo a fadiga e consequentemente a melhora do desempenho. Entretanto, para que os benefícios da TLBI sejam obtidos é necessário que sejam consideradas características do tecido alvo e de dos parâmetros de irradiação como comprimento de onda, potência empregada e intervalo após o momento da aplicação até o exercício proposto, entre outros (FERARESSI et al., 2015). A tabela 2 apresenta um levantamento bibliográfico de estudos que utilizaram a TLBI na prevenção e/ou tratamento da fadiga muscular e desempenho, obtidos a partir das principais bases de dados, entre os anos de 2010 e 2015. 25 Tabela 2 - Estudos que utilizaram a TLBI na prevenção e tratamento da fadiga muscular nos últimos seis anos. Autor Modelo Terapia Músculo λ(nm) Baroni, 2010 Homens LED Quadríceps 660 Leal Jr. et al., 2010 Homens NR Tibial anterior 655 Leal Jr. et al., 2011 Homens LED Quadríceps Almeida et al., 2011 Ratos Laser Tibial anterior Almeida et al., 2012 Homens Laser Bíceps braquial Muñoz et al., 2013 Homens Laser Masseter Higashi et al., 2013 Mulheres Laser Bíceps braquial Maciel et al., 2013 Mulheres NR Toma et al., 2013 Mulheres Laser Alves et al., 2014 Homens Laser Costa et al., 2014 Mulheres Laser Gomes et al., 2014 Homens Laser Maciel et al., 2014 Mulheres Oliveira et al., 2014 Reis et al., 2014 Dose Intervalo Efeito NR 2’ + 2,4 5’ 0 0,3 NR + 5 NR’ + 5 3 + 3 NR + 808 7 NR 0 Tríceps sural 830 3 NR 0 Reto femoral 808 7 NR + 850 14 NR + 630 3 5’ + Quadríceps 810 NR NR + Laser Tibial anterior 780 3 3’ + Homens Laser NR 810 3 NR + Homens Laser Quadríceps 830 0,6 NR + Ratos Laser Tibial anterior 1 NR + Ferraresi et al., 2015 Ratos LED Kakihata et al., 2015 Homens Albuquerque et al., 2015 Quadríceps e gastrocnêmico Temporal e masseter 660 e 850 904 660 e 830 780 e 880 660,830, 905 (J) Sóleo e 630 e gastrocnêmico 850 Laser Tríceps sural 660 NR NR 0 Laser NR 880 4,77 NR + 7,2 5’, 3h, 6h e 24h + Homens Reis et al., 2015 e Mulheres Legenda: λ(nm)= Comprimento de onda em nanômetro; NR=não relatado pelo estudo; += Efeito positivo; 0=efeito nulo; LED- Light Emitting Diode. 26 1.9 DINAMÔMETRO ISOCINÉTICO O Dinamômetro Isocinético (DI) é um equipamento no qual pode ser avaliada a força, a resistência e a potência muscular de diversos grupos musculares, podendo fazer diferentes tipos de análises (figura 1) de forma isocinética, isotônica ou isométrica (MACIEL et al., 2013). Figura 1 - Principais tipos de análises realizadas pelo DI. Fonte: Autor. O dinamômetro fornece resistência ao movimento articular ao longo de uma determinada amplitude. Esta resistência varia proporcionalmente a força exercida pelo voluntário. Assim, o dinamômetro impede que a velocidade do movimento ultrapasse um valor pré-determinado. Esta tecnologia permite que a musculatura produza força máxima em todos os pontos de amplitude (tanto em contrações concêntricas, quanto excêntricas). Esses testes são denominados de isocinéticos (AQUINO et al., 2007). Essa ferramenta permite a realização das análises: a) do pico 27 de torque (PT) ou força máxima (FO); b) do trabalho total (TT); c) da potência muscular (PO); d) do trabalho total da série (TTS); e) do índice de fadiga muscular (IFM); f) da taxa de tempo de desenvolvimento da força (TTDF); g) da taxa de queda da força (TQF). As análises abrangem os seguintes aspectos: • PT ou FO (N.m): representa a força máxima desenvolvida pelo músculo medida em Newton por metro • TT (J): reflete o torque desenvolvido em toda amplitude de movimento medida em Joules. • P (W): potência trabalho muscular por um período de tempo, medida em Watts. • TTS (J): soma do trabalho desenvolvido em 20 repetições medida em Joules. • IFM (%): Índice de fadiga muscular, representa a queda de desempenho ao longo da série realizada • TTDF: avalia a rapidez em que o torque é atingido. • TQF: demonstra o declive da curva de torque. O DI tem sido amplamente empregado em vários estudos para a avaliação de grupos musculares em atletas das mais diversas modalidades esportivas (BARONI et al., 2010; CAMPOS et al., 2015; LUNA et al., 2015). Fatores como a estabilização do voluntário, amplitude de movimento e escolha de um protocolo inadequado podem causar equívoco na interpretação de dados (MACIEL, et al., 2013). Nos estudos de Berton et al. (2012) e Silva et al. (2012) o dinamômetro foi empregado para a avaliação da força máxima e da potência muscular no bíceps braquial. Na tabela 3 é possível observar o emprego dessa ferramenta por diversos autores nos últimos anos. 28 Tabela 3 - Estudos que utilizaram a dinamometria isocinética nos últimos anos. Autor Baroni, 2010 Músculo estudado Análise fisiológica Quadríceps Resistência muscular Leal Jr. et al., 2010 Tibial anterior Lustosa et al., 2010 Extensores do joelho Secchi et al., 2010 Extensores e flexores de tronco Silva et al., 2011 Bastiani et al., 2012 Berton et al., 2012 Silva et al., 2012 Machado et al., 2012 Quadríceps Extensores e flexores do joelho Bíceps braquial Bíceps e tríceps braquial Extensores e flexores do joelho Maciel et al., 2013 Tibial anterior Weber et al., 2012 Quadríceps Da Silva et al., 2014 Rotadores internos do ombro Campos et al., 2015 Extensores e flexores do joelho Garcia et al., 2015 Extensores e flexores do joelho Luna et al., 2015 Tibial anterior Marâes et al., 2015 Extensores e flexores do quadril Milanezi et al., 2015 Tibial anterior Souza et al., 2015 Extensores do joelho Força Máxima e índice de fadiga muscular Força máxima e potência muscular Força máxima, potência e resistência muscular Índice de fadiga muscular Força máxima, potência e resistência muscular Força máxima Força máxima e potência muscular Força máxima e potência muscular Força máxima e índice de fadiga muscular Força máxima Força máxima e potência muscular Força máxima, potência e resistência muscular Força máxima e resistência muscular Força máxima e resistência muscular Força máxima Força máxima e potência muscular Força máxima e potência muscular 29 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O objetivo do presente estudo é analisar dois intervalos diferentes entre o momento da TLBI e o momento do exercício físico. 2.1.2 Objetivos Específicos Avaliar o efeito da TLBI imediatamente e após 10 minutos de intervalo ao término da aplicação até o momento do teste físico no músculo bíceps braquial quanto: - à força máxima (dinamômetro isocinético); - à potência muscular (dinamômetro isocinético); - ao índice de fadiga muscular (dinamômetro isocinético); - aos níveis de lactato sanguíneo antes e após o protocolo de fadiga (lactímetro); - à ativação elétrica (RMS) do músculo bíceps braquial mensurado em 3 momentos diferente (eletromiografia). 30 3 METODOLOGIA Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e, Pesquisa com Seres Humanos da Universidade do Vale do Paraíba sob o número 48947315.7.0000.5503 (Anexo 1). Os voluntários foram informados dos procedimentos antecipadamente ao experimento. Uma vez convidado e tendo assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice 1), o voluntário foi incluído no processo de recrutamento para o estudo. 3.1 PARTICIPANTES DA PESQUISA Foram indivíduos do gênero masculino com idade entre 20 e 40 anos (MUÑOZ et al., 2008; LEAL et al., 2010; BERTON et al., 2012), que realizam atividades de musculação na academia denominada Eko Academia de Ginástica LTDA ME, sobre o CNPJ.08.643.024/0001-70, localizada na avenida Siqueira Campos, 875 na cidade de Jacareí/SP. Os participantes foram recrutados e os dados obtidos a partir de uma anamnese (Anexo 2). Na avaliação física foi identificado o índice de massa corporal (IMC) (peso/altura2). Após a anamnese foi aplicado o teste Par-Q (Physical Activity Readiness Questionare) (Anexo 3). Estas avaliações tiveram como objetivo de classificar os voluntários dentro dos critérios de inclusão e exclusão (SIMÃO et al., 2001; MONTEIRO et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2007). De 80 voluntários convidados para a seleção, foram recrutados 40 voluntários para o estudo, os quais se encontravam dentro dos critérios estabelecidos para a pesquisa. 3.1.1 Critérios de inclusão Os critérios de inclusão foram estabelecidos com base em estudos prévios (DIEFENTHAELER et al., 2007; MUÑOZ et al., 2008; BARONI et al., 2010; BARONI et al., 2010; LEAL et al., 2010a; CALLEGARI et al., 2011; JALALVAND et al., 2012; BERTON et al., 2012) visando manter o mais homogêneo possível a amostra. Os participantes da pesquisa deverão: - Ser do gênero masculino; 31 - Possuir idade entre 20 e 40 anos; - Ser caucasiano; - Ser praticante de musculação por um período mínimo de 2 anos, com uma carga superior a 4 horas de treinos semanais; - Ser destro; - Ser saudável; - Ter um resultado de 20 a 30 kg no teste de 1-RM no exercício rosca bíceps; - O IMC < que 25kg/m2, pois os índices superiores a 25kg/m2, podem prejudicar a leitura do sinal eletromiográfico (EMG) (HERPICH et al., 2014; De LUCA, 1997). - Estar de acordo com Termo de Consentimento Livre e Esclarecedor, após o esclarecimento sobre a pesquisa. 3.1.2 Critérios de exclusão Foram excluídos do estudo indivíduos com histórico de lesão neuromuscular, osteomioarticular, neurodegenerativa ou infecciosa, ou que realizaram alguma cirurgia com menos de 24 meses de recuperação e indivíduos com outras comorbidades (insuficiência cardíaca, doenças neoplásicas, doenças restritivas, entre outras). 3.2 CLIMATIZAÇÃO O estudo foi realizado no Laboratório de Biodinâmica e no Centro de laserterapia e fotobiologia da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP). O laboratório foi climatizado em temperatura de 22°C (VIEIRA, 2011). 32 3.3 TAMANHO DA AMOSTRA O tamanho da amostra foi calculado considerando α = 0,05 (5% de chance de erro do tipo I) (OLIVEIRA et al., 2014) e β = 0,95 (95% do poder da amostra) e os dados do índice de fadiga dos músculos extensores do joelho relatados no estudo de Vieira et al. (2014). O número mínimo para cada grupo foi determinado para ser 5 voluntários, os quais 5 participantes foram adicionados para compensar possíveis desistências durante o estudo, totalizando 10 indivíduos por grupo (ALMEIDA et al., 2012) e 40 participantes em todo o estudo. Este cálculo foi realizado utilizando os princípios de Armitage e Berry (1987), disponibilizado pela plataforma online do Laboratório de Epidemiologia e Estatística da Universidade de São Paulo (2015). 3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL No presente estudo clínico randomizado controlado tanto o operador quanto o voluntário não sabiam se o equipamento de laser estava ligado ou não estabelecendo assim um protocolo duplo-cego. Foram selecionados 40 voluntários conforme os critérios e inclusão. Estes foram aleatoriamente distribuídos em quatro grupos os quais receberam os seguintes tratamentos: • Grupo Controle (n=10): não recebeu nenhum tipo de tratamento, antes da realização do protocolo de fadiga no dinamômetro isocinético (DI). • Grupo Placebo (n=10): recebeu o tratamento com o laser desligado (simulação) e após 10 minutos de intervalo, realizou o protocolo de fadiga no DI. • Grupo Laser Imediato (n=10): recebeu o tratamento com o laser e imediatamente após, sem intervalo, realizou o protocolo de fadiga no DI. • Grupo Laser 10min (n=10): recebeu o tratamento com o laser e após 10 minutos de intervalo, realizou o protocolo de fadiga no DI. A diferença entre os grupos laser imediato e laser 10 min, foi o tempo de intervalo entre a irradiação e o protocolo de fadiga no DI. 33 Os voluntários compareceram apenas um dia no laboratório, o qual foi dividido em 4 etapas: • Primeira etapa- foi realizada a avaliação física (inicial) para todos os grupos e também foi realizado o primeiro teste de lactato sanguíneo. • Segunda etapa- Os voluntários do grupo placebo, laser imediato e laser 10 min foram preparados para receber a terapia (simulação ou laser), com as demarcações realizadas na pele sobre a região do músculo bíceps braquial no braço direito.No grupo placebo foi realizada apenas uma simulação da irradiação. O grupo controle não recebeu irradiação do laser. • Terceira etapa- Os quatro grupos realizaram o protocolo de fadiga no DI, sendo coletados os sinais elétricos do músculo bíceps braquial por meio da eletromiografia de superfície. • Quarta etapa- Após 5 min foi realizado o segundo teste de lactato sanguíneo em todos os grupos. O detalhamento de cada etapa está representado no fluxograma (figura 2). Figura 2 - Fluxograma detalhado. Fonte: O autor 34 3.5 PROCEDIMENTOS DETALHADOS 3.5.1 Avaliação física e percentual de gordura Para avaliação do percentual de gordura corporal, foi utilizado um adipômetro da marca Lange (figura 2) com resolução de 1mm e precisão constante de 10g/mm². Foi seguido o protocolo de sete dobras cutâneas de Jackson e Pollock (1978) (Apêndice 2). Por meio desse protocolo é possível realizar um cálculo para análise da densidade corporal em homens com idade entre 18 e 61 anos. Para realizar o cálculo é necessário identificar sete dobras cutâneas, sendo estas a subescapular, a tricipital, a abdominal, a suprailíaca, do quadríceps, a peitoral e a axilar média. Com os valores obtidos através do adipômetro, foi possível realizar o cálculo do percentual de gordura corporal do indivíduo através da fórmula de Siri (1961). Estes dados foram utilizados para a estatística da composição da amostra. Figura 3 - Adipômetro da marca Lange. 3.5.2 Eletromiógrafo A atividade muscular foi mensurada por meio de um eletromiógrafo de superfície da marca EMG System do Brasil de dois canais, modelo EMG230c™ (BRA), com frequência de amostragem de 2000Hz e filtro de passa-banda de 20Hz e 500Hz, sendo o modo de rejeição comum superior que 120 dB (Figura 4). 35 Figura 4 - EMG da marca EMG System do Brasil de dois canais, modelo EMG230c™ (BRA) utilizado na pesquisa Foram utilizados eletrodos bipolares tipo Double descartável de polietileno com adesivo medicinal hipoalérgico, cloreto de prata e composto de hidrogel condutor pré-pastado aderente (MEDITRACE®, USA) e contato bipolar de Ag/AgCl (prata/cloreto de prata). A distância entre os eletrodos foi de 20mm (centro a centro), colocado no ventre muscular do bíceps braquial de acordo com o protocolo SENIAM. A figura 5 mostra os eletrodos bipolares que foram utilizados. Figura 5 - Eletrodos diferenciais ativos da EMG System do Brasil e o local de fixação dos eletrodos no músculo bíceps braquial. Fonte: SENIAM. 36 Para aquisição dos dados foi utilizado o programa EMGLAB (Figura 6). Foram coletados os sinais elétricos do músculo bíceps braquial por 10 segundos em cada série de flexão e extensão do cotovelo no DI. Figura 6 - Interface do programa EMGLAB com dados coletados pela pesquisa. 3.5.3 Análise do sinal do EMG A análise dos dados da EMG foi feita com o auxílio do programa EMGWORKS ANALYSIS 3.1.5. Avaliou-se o recrutamento muscular do bíceps com a frequência de amostragem 2000Hz, filtro de passa-banda de 20Hz e 500Hz de classe Butteworth, sendo o modo de rejeição comum superior que 120dB a normalização dos dados foi feita através do método do pico dinâmico. 3.5.4 Fototerapia O bíceps braquial foi o músculo irradiado. Ele é o principal músculo no movimento de flexão do cotovelo (BOSSI, 2008; SIMÃO et al., 2001; JORGE et al., 2009). Foi utilizado um laser (Twin Flex Evolution®, MMOptics, Classe 3b, registro ANVISA 80051420014) (Figura 7). 37 Figura 7 - Equipamento de Laser (Twin Flex Evolution®, MMOptics, Classe 3b, registro ANVISA 80051420014) e óculos de proteção utilizados na pesquisa. Os parâmetros de irradiação (tabela 4) foram determinados com base em estudos prévios, os quais utilizaram a fototerapia sobre a musculatura esquelética (LEAL Jr. et al., 2009b, 2009c, 2010b e 2011; BARONI et al., 2010, ALMEIDA et al., 2012 , HOTTA et al., 2010; KATSOULIS et al., 2010). Tabela 4 - Parâmetros do laser que foram empregados. Parâmetros Laser imediato Laser 10min λ (nm) 830 830 A (cm2) 0,2 0,2 Ø (cm) 0,5 0,5 P (W) 0,03 0,03 t (s) 100 100 E (J) 3,0 3,0 DE (J/cm2) 15,5 15,5 0 10 GaAIAs GaAIAs TI (min) Diodo Legenda: λ- Comprimento de onda; A- Área; Ø- Diâmetro; P- Potência; t- Tempo; DE- Densidade de energia; TI- Tempo de intervalo. 38 Antes da irradiação, a região do bíceps foi limpa com álcool 70% a fim de eliminar a oleosidade presente na pele, a qual pode gerar reflexão da luz do laser, fazendo com que haja diminuição da energia no interior do tecido. Os pontos de simulação ou irradiação foram demarcados com o auxílio de um gabarito plastificado caneta esferográfica preta, contendo perfurações com 2cm equidistantes no total foram 20 pontos de aplicação no músculo bíceps braquial com o total de tempo de aplicação de 2000 segundos. A figura 8 apresenta a região do bíceps braquial, onde foi realizada a fototerapia. Figura 8 - A) Delimitação dos pontos de irradiação no músculo do bíceps no total de 20 pontos de aplicação braquial; B) Papel milimetrado com perfurações a cada 2cm utilizado para demarcação dos pontos a serem irradiados. Para aplicação da TLBI o voluntário foi colocado sentado com o braço direito sobre uma mesa e outro apoiado sobre a perna esquerda (Figura 9). Foi utilizada uma caneta laser protegida com filme PVC. O voluntário e o operador do laser utilizaram óculos de proteção, como medida de biossegurança. 39 Figura 9 - Aplicação da TLBI na região do músculo bíceps braquial. 3.5.5 Protocolo de indução da fadiga Para a indução da fadiga muscular foi utilizado um DI da marca Biodex Medical Systems®, modelo Biodex System 3.2™ (Figura 10) (BARONI et al., 2010; SILVA et al., 2011). Figura 10 - Dinamômetro isocinético utilizado na pesquisa localizado no Laboratório de Biodinâmica da Universidade do Vale do Paraíba- UNIVAP. O posicionamento dos voluntários no DI, preparação e calibração do equipamento foram seguidos de acordo com as orientações do manual de 40 padronização “Sistema de Teste e Reabilitação”, fornecido pelo fabricante do equipamento. Cada voluntário foi posicionado na cadeira do DI sentado, com os joelhos flexionados. O tronco foi fixado com cinto de segurança e a mão esquerda segurou uma manopla fixa ao lado do equipamento. O centro da articulação do cotovelo direito foi alinhado com o centro do eixo de rotação do DI. Para o movimento de flexão de cotovelo foi considerada a flexão total, com ângulo de 180º (BERTON et al., 2012; da SILVA et al., 2012; KAUER et al., 2006; SCHNEIDER et al., 2001, 2005 e 2012) (Figura 11). Figura 11 - Voluntário posicionado no DI para realização do protocolo de fadiga. Para a familiarização dos voluntários com o equipamento, foi realizado um aquecimento com dez repetições de flexão do cotovelo (movimento concêntrico) com velocidade de 210º s-1 (ELLAWANGER et al., 2007; LAVANDER; NOSAKA, 2008; BERTON et al., 2012). O protocolo de fadiga consistiu em 2 séries de 5 repetições de flexão do cotovelo nas velocidades de 60º s-1 (para avaliação da força máxima) e 120º s-1 (para avaliação da potência muscular) e uma série de 20 repetições na velocidade 240º s-1 (para avaliação do índice de fadiga muscular), com 41 intervalo de 60 segundos entre cada série (SANGNIER; TOURNY-CHOLLET, 2007 e 2008; WRIGTH et al., 2009; KAWABATA et al., 2000; BERTON et al., 2012). Após 5 minutos foi coletado o lactato sanguíneo. Quando o voluntário realizou o protocolo de fadiga, foi possível avaliar a força máxima (FO), a potência muscular (PO), e o índice de fadiga muscular (IFM). Os sinais elétricos do músculo (RMS) foram mensurado em 3 momentos diferente através do EMG. O detalhamento de cada procedimento esta representado no fluxograma de protocolo de fadiga (Figura 12). Figura 12 - Fluxograma do protocolo de fadiga. FO (Força máxima), PO (potência muscular), IFM (índice de fadiga muscular). 3.5.6 Lactímetro O lactato sanguíneo foi coletado antes e após 5 minutos do protocolo de fadiga no DI. Para as coletas foram utilizados o equipamento Accutrend® (Roche) e tiras para análise Bm-lactate (Rouche Accusport – Tiras ’25). Após a calibração do aparelho com a “fita mestre”, foi executada a leitura, onde cada tira teste 42 (descartável) teve sua zona de teste coberta pelo sangue, sendo sempre mensurada por um mesmo avaliador. A amostra de sangue foi obtida do voluntário por meio de uma lanceta descartável Accu-Chek (softclix- Roche), adaptada a uma caneta na região da falange distal do dedo médio, sendo pré-lavado com sabão neutro e enxaguado em água corrente antes do início do estudo. Após a coleta sanguínea, foi feita uma pressão local com gaze estéril. Para o descarte das lancetas foi utilizado o lixo coletor para material perfuro-cortante (Descarpack) (Figura 13). Figura 13 - Material empregado para análise dos níveis de lactato sanguíneo. B F G C D E A Legenda: A- Lactímetro Accusport; B- Tiras para análise BM-Lactate (Roche Diagnostics); C- Suporte para lancetas; D- Lancetas descartáveis; E- Gaze para descontaminação com álcool 70%; F- Caixa coletadora de pérfuro-cortante; G- Embalagem fita mestre. 43 4 ANÁLISE ESTATÍSTICA Foram considerados para a análise estatística os dados de: A) força máxima, definida como maior valor de pico de força (expresso em N.m) em conjunto com valor médio do RMS do teste de Força Máxima; B) potência Muscular (expresso em Watts) em conjunto com valor médio do RMS de potência muscular; C) índice de fadiga muscular (IFM), definida como queda do desempenho (expresso em %) em conjunto com o RMS do desempenho; D) níveis do lactato sanguíneo pré e pósprotocolo de fadiga. Os dados foram analisados com o auxílio do programa Graphpad Prism v. 5, empregando-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para análise da distribuição dos dados. Após o teste de normalidade, foi aplicado o teste Kruskal-Wallis com pósteste de Dunn’s (múltiplas comparações) considerando-se um nível de significância de 5% (p<0,05). 44 5 RESULTADOS A amostra desse estudo foi composta por 40 voluntários do sexo masculino praticantes de musculação. A média de idade foi de 26,02 ± 4,4 anos. O índice de massa corporal (IMC) foi de 22,25 ± 1,5 kg/m2. A porcentagem de gordura (%G) foi de 13,59 ± 1,7%. O valor no teste de Repetição Máxima (RM) no exercício rosca bíceps foi de 26,5 ± 1,3 kg. 5.1 RESULTADOS DO DINAMÔMETRO ISOCINÉTICO Através do dinamômetro isocinético foi possível mensurar a FO, PO e IFM. 5.1.1 Resultado Força Máxima Os dados adquiridos para a força máxima foram estabelecidos na primeira série de cinco repetições do protocolo de fadiga no DI. Na análise foi possível observar que o grupo laser imediato apresentou a maior média de pico de força, seguida pelo grupo laser 10min e placebo, quando comparado ao grupo controle. No entanto, a análise intragrupo revelou que houve diferença significativa apenas na média do pico de força entre os grupos laser imediato e laser 10min (p=0,0327), não havendo diferença estatisticamente significativa em relação aos demais grupos (Figura 14). 45 Figura 14 - Resultado da força máxima dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. 5.1.2 Resultado Potência Muscular Os dados adquiridos para a potência muscular foram estabelecidos na segunda série de cinco repetições do protocolo de fadiga no DI. Na análise foi observado que os grupos que foram irradiados apresentaram maior média de potência muscular quando comparados com os grupos controle e placebo, porém não houve diferenças estatisticamente significativas (Figura 15). Potência Muscular (W) Figura 15 - Resultado da Potência Muscular de todos os grupos. Dados expressos em média ± erro padrão. 80 60 40 20 0 Controle Placebo Laser imediato Grupos Laser 10 min 46 5.1.3 Resultado do índice de fadiga muscular Índice de fadiga muscular representa a queda de desempenho ao longo da série realizada, sendo estabelecido na ultima série do protocolo de fadiga. Na análise da média IFM foi observado que o grupo laser 10min apresentou o menor índice, seguido pelo grupo laser imediato, quando comparado com o grupo controle. A análise intragrupo (Figura 16) revelou que houve diferenças significativas do grupo laser 10 min (p=0,0120) e no grupo laser imediato (p=0,0479) em relação ao grupo placebo. Figura 16 - Resultado do IFM dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. 5.2 RESULTADOS ELETROMIOGRAFIA Os dados da eletromiografia expressaram a atividade elétrica muscular (RMS) mediante a aplicação de testes de força máxima, potência muscular e índice de fadiga muscular, com o auxílio do DI. 47 5.2.1 Resultado do RMS no teste de força máxima Os dados de RMS do teste de força foram adquiridos na primeira série de 5 repetições no teste do DI. Estes dados mostram á atividade elétrica (RMS) do músculo durante o teste de força máxima, realizado no DI. Na análise do RMS no teste de Força Máxima foi observado o aumento da média do RMS nos grupos que foram tratados com laser. No entanto, apenas o grupo laser 10min apresentou diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo controle (p=0,0008) e ao grupo placebo (p=0,0012) (Figura 17). Figura 17 - Resultado do RMS do teste de força máxima dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. 5.2.2 Resultado do RMS no teste de potência muscular Os dados de RMS do teste de potência muscular foram adquiridos na segunda série de 5 repetições no teste do DI. Na Análise do RMS no teste de potência muscular foi observado aumento da média do RMS nos grupos que foram tratados com laser, na qual o grupo laser 10min apresentou a maior média. Na figura 18 é possível observar que o grupo laser 10min apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação ao grupo placebo (p=0,0001) e ao grupo 48 controle (p=0,0001). Já o grupo laser imediato também apresentou diferença estatisticamente significativa em relação aos grupos placebo (p=0,049) e controle (p=0,0210). Figura 18 - Resultado do RMS no teste de potência muscular dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. 5.2.3 Resultado do RMS no teste de IFM Os dados do RMS do teste de IFM foram adquiridos na última série do teste no DI. Na análise do RMS no teste de IFM foi observado o aumento da média do RMS dos grupos de laser imediato, seguido do laser 10min e placebo, quando comparados ao grupo controle. O grupo laser 10min apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação aos grupos placebo (p=0,0426) e controle (p=0,0021). Já o grupo laser imediato também apresentou diferença significativa em relação ao grupo controle (p=0,0056) e ao grupo placebo (p=0,0108). No grupo placebo não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significativa em relação aos demais grupos (Figura 19). 49 Figura 19 - Resultado do RMS no teste IFM dos grupos controle, placebo, laser imediato e laser 10min. Dados expressos em média ± erro padrão. 5.3 LACTÍMETRO 5.3.1 Resultado do lactato sanguíneo pós-irradiação e protocolo de fadiga Na análise do lactato sanguíneo foi possível observar a elevação da porcentagem (%) do lactato basal do grupo laser imediato e do grupo placebo em relação ao grupo controle. No grupo laser imediato foi observada diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo controle (p=0,0208). No grupo laser 10min foi constatado a diminuição do lactato sanguíneo, quando comparado com os demais grupos, apresentando diferenças significativas em relação aos grupos controle (p=0,0161) e placebo p=0,0255) (Figura 20). ] 50 Figura 20 - Resultado do lactato sanguíneo pós-irradiação e o protocolo de fadiga. Dados expressos em média ± erro padrão. p=0,0255 p=0,0161 p=0,0208 Lactato pós-atividade (% elevação) 250 200 150 Normalização (% pré-atividade) 100 50 0 Controle Placebo Laser imediato Grupos Laser 10 min 51 6 DISCUSSÃO Diversos recursos vêm sendo utilizados para o ganho de desempenho muscular. Entre eles, o uso de esteroides e anabolizantes (EA), que ao serem consumidos de modo indiscriminado podem favorecer o aparecimento de doenças e elevar o risco de morte de seus usuários (SANTOS et al., 2006; FERREIRA et al., 2014). Dentro dessa perspectiva, os estudos que abrangem a TLBI vêm sendo amplamente divulgados sobre os efeitos positivos no desempenho muscular. A TLBI é uma terapia não invasiva e que não apresenta efeitos adversos quando utilizada adequadamente (GARCEZ et al., 2012; COSTA et al., 2015). No entanto, muitos parâmetros de irradiação ainda não estão completamente elucidados. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo identificar o melhor intervalo entre o momento da TLBI e o momento de exercício proposto, para verificar qual desses intervalos poderiam otimizar a desempenho muscular, visto que não há na literatura estudos em humanos que analisem diferentes tempos de intervalo no mesmo estudo. As variáveis fisiológicas avaliadas no presente estudo foram a força máxima, a potência muscular, e o índice de fadiga muscular, os níveis de lactato sanguíneo e a atividade elétrica do músculo bíceps braquial em praticantes de musculação pósirradiação. Na análise da força máxima e da potência muscular foi verificado que o grupo laser imediato apresentou a maior média em relação aos outros grupos, mas não houve diferença significativa em relação aos grupos controle e o placebo. Nos estudos de Kelencz et al. (2010) e Kakihata et al. (2015) também não foram observadas diferenças significativas em relação à força máxima e à potência muscular pós-irradiação. Por outro lado, Ferraresi et al. (2011) verificaram um aumento de 28,76% na desempenho muscular em atletas submetidos ao teste de repetição máxima (RM) após a TLBI. Segundo dos Reis et al. (2014) essas divergências encontradas na literatura acontecem pelo fato do emprego de diferentes parâmetros da TLBI. Kakihata et al. (2015) ressaltam que essas diferenças podem influenciar nos efeitos da terapia sobre a musculatura. Estudos que empregaram energia próxima a 1J obtiveram resultados positivos no aumento da força (FERRARESI et al., 2011; FELESMINO et al., 2013; VIEIRA et al., 2012). O presente estudo empregou energia de 3J, o que poderia justificar a ausência de influência sobre a força máxima e a potência muscular. No 52 entanto, mais estudos que abordem os parâmetros ideais de irradiação para o aumento de força e de potência muscular são necessários, considerando que a maioria das pesquisas concentra-se na resistência muscular, ou seja, na prevenção e tratamento da fadiga muscular. Destaca-se que a força máxima, a potência e a resistência muscular são variáveis fisiológicas distintas (BOMPA et al., 2012). No presente estudo foi constatada diferença significativa na análise de força máxima no grupo laser imediato em relação ao grupo laser 10min, contudo não houve diferença entre os grupos tratados e o grupo controle. Na análise do índice de fadiga muscular (IFM), na qual é possível avaliar a resistência muscular e a FM, os dados são representados pela porcentagem (%). Quanto maior a porcentagem maior a FM. Foi observada diferença significativa entre os grupos irradiados em relação ao grupo placebo, contudo não foram observadas diferenças entre os grupos tratados e o grupo controle. Neste estudo foi observado que o grupo laser 10min apresentou o menor percentual de FM, porém sem diferenças em relação ao grupo controle ou placebo. Ferraresi et al. (2015) relataram que o aumento do ATP no tecido muscular ocorreu ao longo de um intervalo de 5 minutos a 24 horas. Estes fatos, associados aos valores médios obtidos nos grupos tratados, justificam estudos com um número maior de voluntários, a fim de se verificar possíveis alterações no padrão de força máxima imediatamente após a irradiação. Os resultados da análise eletromiográfica (RMS - testes de força máxima, potência muscular e resistência à fadiga muscular), apontam para o aumento da atividade elétrica e do recrutamento muscular pós-irradiação, nas quais os grupos irradiados apresentaram diferenças significativas em relação aos grupos placebo e controle. Nos estudos de Munõz et al. (2013) e Kelencz et al. (2010), no qual foi avaliado a influência da TLBI sobre a musculatura mastigatória, foi constatado o aumento da atividade elétrica dos músculos analisados pós-irradiação, corroborando com o presente estudo. Estudos demonstraram a influência positiva da TLBI no aumento da resistência muscular (TOMA et al., 2013; LEAL Jr. et al., 2015; FERRARESI et al., 2015). De acordo com Albuquerque-Pontes et al. (2015) a radiação eletromagnética pode favorecer o aumento da síntese de ATP, disponibilizando energia para processos metabólicos, incluindo a contração e a resistência muscular (FERRARESI et al., 2014; FERRARESI et al., 2015). O processo de absorção da radiação eletromagnética ocorre no interior das células, onde um fotorreceptor denominado citocromo c oxidase, encontrado na mitocôndria, 53 absorve a luz, resultando no aumento do metabolismo celular (KARU et al., 2001; SILVEIRA et al., 2009). Segundo autores, a TLBI pode favorecer o aumento da microcirculação periférica, que é obtido através da paralisação dos esfíncteres précapilares (irradiação no infravermelho) ou pela degranulação dos mastócitos (irradiação no vermelho) (PINHEIRO et al., 2010; GARCEZ et al., 2012). O aumento do fluxo sanguíneo possibilita o aumento do aporte de oxigênio e de outros nutrientes aos tecidos irradiados, favorecendo a atividade muscular. No estudo de Queiroz et al. (2008) realizado em modelo animal, foi observado o aumento do diâmetro dos vasos do grupo irradiado de 20 a 40%, principalmente nos primeiros 5 minutos após a irradiação eletromagnética. Na análise do lactato sanguíneo foi avaliada a porcentagem (%) de aumento do nível de lactato basal. Pode-se observar que o grupo laser 10min obteve um menor aumento em relação aos demais grupos, corroborando com os achados de Baroni et al. (2010), que analisaram o efeito da da irradiação no infravermelho sobre a musculatura do quadríceps, utilizando o protocolo de fadiga por meio do dinamômetro isocinético. Os mesmos resultados foram encontrados no estudo de Reis et al. (2014), no qual foi investigado a ação da TLBI em marcadores bioquímicos, sendo constatado pequeno aumento dos níveis de lactato sanguíneo nos grupos que receberam a TLBI. Maciel et al. (2013) ressaltaram em seu estudo, que a TLBI na faixa do infravermelho próximo, pré-atividade física de alta intensidade, pode facilitar a remoção de lactato sanguíneo e com isso reduzir os danos musculares, proporcionando melhor desempenho dos atletas durante suas atividades. No grupo laser imediato foi possível observar o aumento dos níveis de lactado sanguíneo em relação a todos os grupos. Com base no que já foi discutido no presente trabalho, pode-se sugerir que esse aumento dos níveis de lactado pode acontecer devido ao provável aumento microcirculação periférica pós-irradiação, que é mais acentuada nos primeiros minutos, favorecendo a atividade muscular. O desempenho muscular deve ser estudado sobre diferentes parâmetros fisiológicos, tais como força máxima, potência muscular e resistência, pois há diferenças biomecânicas e bioquímicas entre essas valências físicas. A investigação com um número maior de voluntários tornasse necessária, a fim de que tendências observadas no presente estudo possam ser mais profundamente analisadas. 54 7 CONCLUSÃO No presente estudo pode-se concluir que: - a TLBI, nos parâmetros testados, não promoveu diferença significativa sobre o desempenho muscular (força máxima, potência muscular e índice de fadiga muscular); - a TLBI aumentou significativamente a atividade muscular (RMS), em relação aos demais grupos de estudo (controle, placebo e imediatamente após a TLBI), principalmente após o intervalo de 10 minutos da terapia até a realização do exercício proposto; - houve menor taxa de lactato sanguíneo, após o intervalo de 10 minutos da TLBI até a realização do exercício proposto, em relação aos demais grupos de estudo (controle, placebo e imediatamente após a TLBI). 55 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE-PONTES, M. G. Effect of pre-irradiation with different doses, wavelengths, and application intervals of low-level laser therapy on cytochrome c oxidase activity in intact skeletal muscle of rats. Lasers Med. Sci., v.30, p. 59–66, 2015. ALMEIDA, P. et al. Low-level Laser Therapy Improves Skeletal Muscle Desempenho,Decreases Skeletal Muscle Damage and Modulates mRNA Expression of COX-1 and COX-2 in a Dose-dependent Manner. Photochem Photobiol., v.87 p. 1159–1163, 2011. DOI: 10.1111/j.1751-1097.2011.00968.x. ALMEIDA, P. et al. Red (660 nm) and infrared (830 nm) low- level therapy in skeletal muscle fatigue in humans: what is better? Laser Med. Sci., v.27, n.2, p. 453-8, 2012. ALVES, S.A.M. Acute effects of low-level laser therapy on physiologic and electromyographic responses to the cardiopulmonary exercise testing in healthy untrained adults. Lasers Med. Sci., v. 29, p.1945–1951, 2014. AQUINO, C. F. et al. Análise da confiabilidade de um método de mensuração do ângulo de pico de torque ativo dos isquiossurais. Rev. Bras.Fisioter., São Carlos, v. 11, n. 2, p. 169-175, mar./abr. 2007. ASCENSÃO, A. et al. Fisiologia da fadiga muscular. Delimitação conceptual, modelos de estudo e mecanismo de fadiga de origem central e periférica. Rev. port. cienc. desporto, v.3, n.1, p. 108-123, 2003. BACK, C. G. N. et al. Correlação entre a proporção de fibras rápidas do músculo bíceps braquial e o torque relativo da flexão do cotovelo em sujeitos com hipótese clínica de miopatia. Rev. Bras. Fisioter., v.12, n.2, p 107- 12, 2008. 56 BARBAS, I. et al. Physiological and desempenho adaptations of elite Grecoroman wrestlers during a one-day tournament. J. app. Physiol., v.111, n.7, p. 1421-1436, 2011. BARONI, M. B. Efeito da fototerapia prévia ao exercício isocinético sobre a fadiga e o dano muscular. 2010. Dissertação (Mestrado em ciências do movimento humano) Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do sul, Porto Alegre, 2010. BASTIANI, D. Trabalho e potência dos músculos extensores e flexores do joelho de pacientes com osteoartritee com artroplastia total de joelho. Rev. Bras. Reumatol., v.52, n.2, p.189-202, 2012. BERTON, B. P. R. et al. Dano muscular: resposta inflamatória sistêmica após ações excêntricas máximas. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.26, n.3, p.367-374, 2012. BERSANETTI, M. Avaliação biomecânica do mecanismo de lesão associados à prática de tênis de campo. 2014. Dissertação (mestrado) Universidade de São Paulo, 2014. BOSSI, L. Ensinando musculação: Exercícios resistidos. 3. Ed. São Paulo: Icone, 2008. CALLEGARI, B. et al. Avaliação da fadiga eletromiografica dos músculos bíceps braquial e extensores dos dedos. Rev. Bras. Presc. Fisiol. Exerc., v.5, n.26, p. 185-190, 2011. CAMPOS, C. C. F. L. et al. Avaliação isocinética em atletas da seleção brasileira de futebol de 5. Rev. Bras. Med. Esporte, São Paulo, v. 21, n. 3, p.220-223, 2015. 57 CARDOZO FILHO, N. S. Piomiosite em atletas após o uso de esteroides anabolizantes: relato de casos. Rev. Bras. Ortop., São Paulo, v. 46, n. 1, p.97100, 2011. CHAVANTES, M. C. Laser em biomedicina: Princípios e Prática. São Paulo: Atheneu, 2009. COSTA, R. D. et al. Transformada wavelet análise do efeito da fototerapia de baixa intensidade sobre a fadiga muscular mastigatória. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA (CBEB), 24., 2014, Uberlândia. Anais... Uberlandia: SBEB, 2014. Disponível em: < http://www.canal6.com.br/cbeb/2014/artigos/cbeb2014_submission_410.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2016. COSTA, R. D. et al. Análise da terapia e métodos de avaliação do laser de baixa intensidade empregado no tratamento da desordem temporomandibular: aspectos atuais. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 19., ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS GRADUAÇÃO 15., 2015, São José dos Campos. Anais... José dos Campos: Univap, 2015. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2015/ Acesso em: 04 abr. 2016. DA SILVA, D. D. et al. Resistência ao movimento eletromiográfica dos músculos flexores e extensores do cotovelo em pacientes hemiparéticos espásticos submetidos à crioterapia e estimulação elétrica neuromuscular. Rev. Bras. Eng. Biom., v.28, n.3, p.248-260, set. 2010. DE LUCA, C. J. Surface electromyography : Detection and recording. Boston: Delsys incorporated, 2002. DE LUCA, C. J. The use of surface electromyography in biomechanics. J. Appl. Biomech., v.13, p.135–163, 1997. 58 DIEFENTHAELER F. et al. Comparação de respostas fisiológicas absolutas e relativas entre ciclistas e triatletas. Rev. Bras. Med. Esporte, v.13, n.3, p.205208 2007. DIEFENTHALER, F.; VAZ, M. Aspectos relacionados a fadiga durante o ciclismo: uma abordagem biomecânica. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 14, n. 5, p. 472-477, 2008. DORNELES, P. G. et al., Comparação das respostas de frequência cardíaca e contração de lactato entre dois métodos de treinamento de musculação. Rev. Bras. Presc. Fisiol. Exerc.,, v.6, n.34, p 379-387, 2012. ELLAWANGER, R.B. et al. Efeito da utilização de diferentes velocidades do treino de força em marcadores indiretos de lesão muscular. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, v.21, n.4, p. 259-70, 2007. ERVILHA, E. V. et al. Estudo sobre procedimentos de normalização do sinal eletromiografico. Rev. Bras. Fisiat., v.3, n.1, p. 15-20, 1998. FARIAS, D. L. et al. A força de preensão manual é preditora do desempenho da força muscular de membros superiores e inferiores. Motricidade, v.8, n.s2, p.624-624, 2012. FELISMINO, A. S. et al., Effect of low-level laser therapy (808 nm) on markers of muscle damage: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Lasers Med Sci. V.29, p. 933-938, 2014. FERARESSI, C. et al. Effects of low level laser therapy (808 nm) on physical strength training in humans. Lasers Med Sci., v. 26, p. 349-358, 2011. FERARRESI, C. et al. Time response of increases in ATP and muscle resistance to fatigue after low-level laser (light) therapy (LLLT) in mice. Lasers Med Sci., v. 30, p. 1259–1267, 2015, DOI 10.1007/s10103-015-1723-8. 59 FERREIRA, S. A. et al. Aspectos metodológicos da eletromiografia de superfície: considerações sobre os sinais e processamentos para estudo da função neuromuscular. Rev. ciên. Esporte, v.31, n.2, p. 11-30, 2010. FERREIRA, L. O. et al. Efeitos colaterais associados ao uso de esteiroides anabolizantes andrógenos auto relatado por praticantes de musculação do sexo masculino. Rev. Bras. Ciên. Saúde, v.18, supl.4, p. 35-42, 2014. FRAGA, W. H. C. et al. Comparação de protocolo de corrida para determinação de diferentes limiares. . Rev. Bras. Med. Esporte, v.20, n.2, abr/2014. GANDEVIA, S.; BURKE, D. Does the nervous system depend on kinesthetic input to control natural limb movements. Behav. Brain, v. 28, p. 614-683, 1995. GARCEZ, A. S.; RIBEIRO, M. S.; NÚÑEZ, S. C. Laser de baixa potência: princípios básicos e aplicações clínicas na odontologia. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012. xxi, 259 p. ISBN 9788535255287. GARCIA, A. P. et al. Relação da capacidade funcional, força e massa muscular de idosas com osteopenia e osteoporose. Fisioter. Pesq., v.22, n.2 p.126-132, 2015. GREEN, S. Measurement of anerobic wirk capacites in himans. Sports Med., v. 19, p. 32-42, 1995. GOMES, P. F. A. C. et al. Efficacy of pre-exercise low-level laser therapy on isokinetic muscle desempenho in individuals with type 2 diabetes mellitus: study protocol for a randomized controlled trial. Trials, v. 15, p.116, 2014. DOI: 10.1186/1745-6215-15-116 GOTO, K. et al. A single versus multiple bouts of moderate- intensity exercise for fat metabolism. Clin. Physiol. Funct. Imaging., v.31, n.3, p. 215-220, 2011. 60 GUYTON, NA. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. HAUCK, Leonardo Alvim. Estudo do efeito do laser vs led na região do infravermelho próximo sobre a atividade muscular esquelética: estudo clínico. São José dos Campos, SP, 2012. 68 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, 2012. HERPICH, C. M. et al., Effects of phototherapy on muscle activity and pain in individuals with temporomandibular disorder: a study protocol for a randomized controlled trial. Trials (London). v. 15, p. 491, 2014. HIGASHI, H. R. Effects of Low-Level Laser Therapy on Biceps Braquialis Muscle Fatigue in Young Women. Photomed. Laser Surg., v 31, n. 12, p. 586–594, 2013. HOTTA, P.T et al. Emg analysis after laser acupuncture in patients with temporomandiular dysfunction (TMD). Implications for practice. Complement Ther. Clin. Pract., v.16, n.3, p. 158-60, 2010. IRIART, J. A. B.; CHAVES, J. C.; ORLEAN, R. G. Culto ao corpo e uso de anabolizantes entre praticantes de musculação. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25, n.4, p. 777-782, abr. 2009. JACKSON, A.S.; POLLOCK, M.L. Generalized equations for predicting body density of men. Br. J. Nutr., v. 40, n. 3, p. 497-504, 1978. JALALVAND, A. et al. The effects of a combination treatment (pre- exercise vitamin c & pnf stretching, post-exercise ultrasound treatment) on markers of exercise- induced muscle damage. Rev. Bras. Med. Esporte, v.18, n.5, p.322329, 2012. 61 JARIC, S. et al. Changes in movement final position associated with agonist and muscle fatigue. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol., v. 80, n.5, p.467-71, 1999. LIZARELLI, F. Z. A. Protocolo clínicos odontológicos, uso do laser de baixa intensidade. 4º Ed. Governador Valadares, MG: Editora Mmc, 2010. JORGE, R. et al. Treinamento resistido progressivo nas doenças musculoesqueléticas crônicas. Rev. Bras. reumatol., v.49, n.6, p. 726-35, 2009. KAKIHATA, M. M. C. Influência do laser de baixa potência no salto vertical em indivíduos sedentários. Einstein.v.13, n.1, p. 41-6, 2015. KARU, T. Molecular mechanism of the therapeusteic effect of low-intensity laser radiation. Lasers Life Sci., v. 2, n. 1, p. 53-74, 1988. KARU, T.I. et al. Changes in absorbance of monolayer of living cells induced by laser radiation at 633, 670 and 820 nm. IEEE J Quantum Elect. v. 7, n.6, p.982988, 2001. KATSOULIS, J. et al, Mericske-Stern, R. Laser acupuncture for myofascial pain of the masticatory muscles. Schweiz Monatsschr Zahmed, v.120, p. 213-9, 2010. KAUER, B. J. et al. Avaliação da razão de torque dos músculos flexores e extensores do cotovelo em paratletas. Rev. Bras. Biomec., v.7, n. 12, p. 39-46, 2006. KAWABATA, Y. et al. Measurement of fatigue and knee flexor and extensor muscle. Acta Med. Okayama, v. 54, n. 2, p. 85-90, 2000. KELENCZ, C. A. et al. Effect of low-power gallium-aluminum- arseniummoncoherent light (640nm) on muscle activity: clinical study. Photomed. Laser surg., v.28, n.5, p. 647-652, 2010. 62 KOEHLER, K. et al. Iron status in elite Young athletes :gender-dependent influence of diet and exercise. Eur. J. Appl. Physiol., v.112, n.2, p. :513-23, 2012. LABORATÓRIO DE EPIDEMIOLOGIA e Estatística. Comparação de duas médias. São Paulo: Universidade de São Paulo (LEE – USP), 2015. Disponível em: <http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/qua_2_medias.html#niv-sig>. Acesso em: 25 ago. 2015. LAVANDER, A. P. et al. Changes in markers of muscle damage of middle-aged and young men following eccentric exercise of the elbow flexors. J Sci Med Sport., v.11, n.2, p. 124-31, 2008. LEAL JR., E. C. et al. Effect of 655 nm low-lever laser therapy on exerciseinduced skeletal muscle fatigue in humanos. Photomed. Laser surg., v .26, n.5, p 419- 24 2009a. LEAL JR., E. C. et al. Effect of 830 nm low-level laser therapy in exercise-induced skeletal muscle fatigue in humans. Laser Med. Sci., v.24, n.3, p. 425-31, 2009b. LEAL JR., E. C. et al. Effect of Cluster multi Multi-Exercise-induced skeletal muscle fatingue surgery and Medicine. Laser Surg. Med., v.41, p.572-7, 2009c LEAL JR., E. C. et al. A laserterapia de baixa potência melhora o desempenho muscular mensurado por dinamometria isocinética em humanos. Fisioter. Pesqu., São Paulo, v.17, n.4, p.317-21, out/dez. 2010. LEAL JR., E. C. et al. Effect of low-level laser therapy (GaAs 904 nm) in skeletal muscle fatigue and biochemical markers of muscle damage in rats. Eur. J. Appl. Physiol., v.108, n.6, p. 1083-8, 2010b. LEAL JR., E. C. et al. Comparison between cold water immersion therapy (CWIT) and light emitting diode therapy (LEDT) in short-term skeletal muscle recovery 63 after high- intensity exercice in athletes—preliminary results. Lasers Med. Sci. v.26, n.4, p. 439- 501, 2011 LEAL JR E. C. et al., Effect of phototherapy (low-level laser therapy and lightemitting diode therapy) on exercise desempenho and markers of exercise recovery: a systematic review with meta-analysis.. Lasers Med Sci., v.30, n.2, p. 925-39, 2015. doi: 10.1007/s10103-013-1465-4. LIMA, L. A. O. Treinamento de potência muscular na Doença de Parkinson: um estudo prova de conceito. 2013. 178 f. Tese (doutorado em Ciências da Reabilitação) Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional Universidade Federal de Minas Gerais, 2013. LOPES-MARTINS, R. A. B. et al. Effect of low-level laser (Ga-A1-As 655nm) on skeletal muscle fatigue induceb by electrical stimulation in rats. J. Appl. Physiol., v.101, n.1, p.283-288, 2006. LUNA, S. M. N. Análise isocinética e cinética de corredores e triatletas com e sem histórico de fratura por estresse. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 21, n. 4, 2015. LUSTOSA, P. L. et al. Impacto do alongamento estático no ganho de força muscular dos extensores de joelho em idosas da comunidade após um programa de treinamento. Rev. Bras. Fisioter., v.14, n.6, p. 497-502, 2010. MACEDO, D.L.C. et al., O uso de esteroides anabolizantes em praticantes de musculação e/ou fisioculturismo. Rev. Bras. Med. Esporte v.4, n.1, p.13-17, jan./fev. 1998. MACHADO, M. S. Análise biomecânica dos músculos extensores e flexores do joelho, por meio do dinamômetro isocinético, em praticantes de artes marciais. Revista Univap, São José dos Campos-SP, v. 18, n. 31, jun.2012. ISSN 22371753. 64 MACIEL, T. S. Efeito da fototerapia sobre a atividade muscular em praticantes de atividade física regular. 2012. 70 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba. 2012. MACIEL, T. S. et al. A influência do laser 830nm no desempenho do salto de atletas de voleibol. Rev. Bras. Eng. Biom., v.29 n.2, 199-205, 2013. MACIEL, T. S et al. Phototherapy effect on the muscular activity of regular physical activity practitioners. Lasers Med. Sci., v.29, p. 1145–1152, 2014. DOI 10.1007/s10103-013-1481-4. MAIA, P.; VIERA, W. Influência do laser no desempenho muscular. Rev. FARN, v. 8, n. 2, p. 123-133, 2009. MARÃES, S. F.R.V. Avaliação do quadril de amputados transfemoral durante contração isométrica em dinamômetro isocinético. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 20, n. 5, p. 363-369, 2014. MCLESTER, J. Muscle Contraction and fatigue: The role of adenosine diphosphate and inorganic phosphate. Sports Med., v. 23, p. 287-305, 1997. MILANEZI, C.F. Comparação dos parâmetros de força e propriocepção entre indivíduos com e sem instabilidade funcional de tornozelo. Fisioter. Pesq., v.22, n.1, n. 23-28, 2015. MONTEIRO, W. et al. Manipulação na ordem dos exercícios e sua influencia sobre o numero de repetições e percepção subjetiva de esforço em mulheres treinadas. Rev. Bras. Med. Esporte, v.11 n.2, p. 146-150, 2005. MUÑOZ, S. S. I. et al. Influência do Led (640 ± 20 nm) sobre a atividade, força e tempo de fadiga do feixe anterior do músculo temporal. In CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA, 21., 2008:, Salvador. Anais... Rio de Janeiro: SBEB, 2008. 65 MUÑOZ S. S. I. et al. Análise de sinais eletromiográfico do músculo temporal utilizando transformada Wavelets. Rev. univap, v.18, n.32, p.5-14, 2012. MUNOZ, Ingrid Solange Sepúlveda et al . Efeito do laser vs LED na região do infravermelho próximo sobre a atividade muscular esquelética: estudo clínico. Rev. Bras. Eng. Bioméd., Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. 262-268, 2013. NICOLAU, C. P. B.. et al., Investigação do uso de anabolizante no município de Icó- CE: um estudo transversal. Rev. Intertox, v.4, n.3, p. 205-214. out. 2011. OKANO, H. A. et al. Respostas eletromiográficas dos músculos vasto lateral, vasto medial, e reto femoral durante esforço físicos. Motriz, Rio Claro, v.11 n.1 p.11-24, jan./abr. 2005. OLIVEIRA, A. et al. Exercício rosca bíceps: influencia do tempo de execução e da intensidade da carga na atividade eletromiográfica de músculos lombares. Rev. Port. Ciê. Desporto, v.6, n.12, n.170-178, 2006. OLIVEIRA, L. et al. Validade do questionário de prontidão para a atividade física (PAR-Q) em idosos. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum, v.9, n.4, p. 366-371, 2007. OLIVEIRA, R. A. et al., What is the ideal dose and power output of low-level laser therapy (810 nm) on muscle desempenho and post-exercise recovery? Study protocol for a double-blind, randomized, placebo-controlled Trial. Trials, v. 15, p. 69, 2014. Disponível em: <http://www.trialsjournal.com/content/15/1/69>. Acesso em: 05 abr. 2016. PELICER, F. R. et al. Influence of neuromuscular fitigue and metabolic acidosis on the 400-meter race. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 127131, 2011. PINHEIRO, A.L.B.; BRUGNERA JÚNIOR, A.; ZANIN, F.A.A. Aplicação do laser na odontologia. São Paulo, SP: Santos; Gen, 2010. 436 p. 66 PODBIELSKI. M. et al. Effects of light on regenerating muscle fibres in pigs. Medycyna wet., v. 62, p. 1158- 1163, 2006. QUEIROZ, L. S. Effect of led irradiation of auricular mouse. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v. 62, p. 138-142, 2008. REIS, A. F. et al., Effects of Pre- or Post-Exercise Low-Level LaserTherapy (830 nm) on Skeletal Muscle Fatigue and Biochemical Markers of Recovery in Humans: Double-Blind Placebo-Controlled Trial. Photomed. Laser Surg., v. 32, n. 2, p. 106–112, 2014. REIS, R. C. M. Immediate effects of low-intensity laser (808 nm) on fatigue and strength of spastic muscle. Lasers Med. Sci., v.30, p. 1089–1096, 2015. DOI 10.1007/s10103-014-1702-5. RIBEIRO, F.; OLIVEIRA, J. Efeito da fadiga muscular local na propriocepção do joelho. Fisioter. Mov., v. 2, n. 5, p. 71-83, 2008. RIBEIRO, R. S. Uso da instrumentação biomédica no processamento de sinais biológicos para esporte de desempenho. 2009. 46 f. Tese (doutorado em Engenharia Biomédica) Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba, São Jose dos Campos, 2009. RUSSEL, M. et al. Na Exercise protocol that replicates soccer match-play. J. sports Med., v.32, n.7, p. 511-518, 2011. SANGNIER, S. et al. Study of the fatigue curve in quadriceps and hamstrings of soccer players during isokinetic endurance testing. J Strength Cond Res., v. 22, n. 5, p. 1458-1467, 2008. SANTOS, A. et al. Anabolizantes: conceitos segundo praticantes de musculação em Aracaju- SE. Psicol. estud., Maringa, v.11, n.2, p.371-380, maio/ago, 2006. 67 SANTOS B.A. et al. Aspectos da fadiga muscular na locomoção humana: conceitos, mecanismos e aplicações. Cienc. Mov., v. 13, n.13, 2010. Disponível em: http://www.ufrgs.br/locomotion/Publications/artigos_nacionais/fadiga.pdf. Acesso em: 6 abr. 2016. SCHLADER, Z. J. et al. Exercise modality modulates body temperature regulation during exercise in uncompensable heart stress. J. App. Physiol., v.111, n.5, p.757-766, 2011. SCHNEIDER, P. et al. Dinamometria computadorizada como metodologia de avaliação da força muscular de meninos e meninas em diferentes estágios de maturidade. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 35-42, jan./jun. 2002. SCHNEIDER, P. et al. Força muscular de atletas de voleibol de 9 a 18 anos através da dinamometria computadorizada. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v.10, n.2, p. 85-91, mar./ab. 2004. SCHNEIDER, P. et al. Avaliação antrometrica e da força muscular em nadadores pré-púberes e púberes. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 11, n. 4, p. 209-213, ago. 2005. . SECCHI, B. L. L. Isokinetictrunk dynamometry indiferent swimming strokes. Acta Ortop. Bras., v.18, n. 5, p. 295-7, 2010. SEO, B. et al. The Effect of eletrical stimulation on blood lactate after anaerobic muscle fatigue induced in taekwondo athletes. J. Phys. Ther. Sci., v.23, n.2, p.271-275,2011. SIMÃO, R. et al. Potência muscular máxima na flexão do cotovelo uni e bilateralmente. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 7, n. 5, p. 157-162, 2001. SILVA, P, J Fatores clínicos, funcionais e inflamatórios associados à fadiga muscular e à fadiga Auto percebida em idosas da comunidade Rev. Bras. Fisioter., São Carlos, v. 15, n. 3, p. 241-8, maio/jun. 2011. 68 SILVA. S. V. Efeito de um protocolo de fadiga no tempo de reação, tempo resposta e impacto do chute semicircular de atletas de taekwondo. 2013. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Educação Física) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013. SILVA, V. M. R. Efeitos imediatos da laserterapia sobre o desempenho neuromuscular randomizado após e cego. fadiga 2012. muscular induzida. Dissertação Ensaio (mestrado em clínico e Fisioterapia) Universidade do Rio Grande do Norte, Natal, 2012. SIRI, W. E. Body composition from fluid spaces and obesity: analysis of methods. IN BROZEK, J.; HENSCHEL, A. Techniques for measuring body composition. Washington, DC: National Academy of Sciences, 1961. p.223-244. SOUZA, H. R. A taxa de desenvolvimento de força durante contrações isocinéticas dos extensores do joelho não é afetada pelo alongamento estático em indivíduos ativos. Rev. Bras. Ciên. Esporte, Niterói, v.37, n.4, p.400-406, 2015. STIRN, I. et al. Evaluation of muscle fatigue during 100-m front crawl. J. appl. Physiol., v.111, n.1, p.101-113, 2011. TENAN, M. S. et al. The relationship between blood potassium, blood lactate, and electromyography signals related to fatigue in a progressive cycling exercise test. J. electromyogr. Kinesiol., v.21, n.1, p.25-32, 2011. TOMA, L. R. Effect of 808 nm low-level laser therapy in exercise-induced skeletal muscle fatigue in elderly women. Lasers Med. Sci., v. 28, p. 1375–1382, 2013. DOI 10.1007/s10103-012-1246-5 VENÂNCIO. P. D. et al. Avaliação descritiva sobre o uso de esteroides anabolizantes e seu efeito sobre as variáveis bioquímicas e neuroendócrinas em 69 indivíduos que praticam exercício resistido. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v.16, n.3, p. 191-195, maio/jun. 2010. VIERA, W. H. et al. Use of Low-Level Laser Therapy (808 nm)to Muscle Fatigue Resistance: A Randomized Double-Blind Crossover Trial. Photomed. Laser Surg., v. 32, n. 12, p. 678–685, 2014, VIERA, W. H. et al. Effects of low-level laser therapy (808nm) on isokinetic muscle desempenho of Young women submitted to endurance training: a randomized controlled clinical trial. Laser med Sci, v.27, n.2 p.497-504, 2012. WEBER, S. F. et al. Avaliação isocinética da fadiga em jogadores de futebol profissional. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p. 775-788, set. 2012.. WRIGTH, B. et al. Fatigue, H/Q ratios and muscle coativation in recreational football players. Isokinet Exerc. Sci., v. 17, n. 3, p. 161-167, 2009. 70 APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Título do Projeto: EFEITO DA TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE SOBRE O DESEMPENHO MUSCULAR DO BÍCEPS BRAQUIAL EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO Pesquisador Principal: David Ribeiro Costa Equipe executora: Carolina Alves Delpasso, Davidson Ribeiro Costa, Patricia Mara Danella Zácaro e Renata Amadei Nicolau Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável e equipe executora: Universidade do Vale do Paraíba Telefones para contato: (12) 39471135 - (12) 981734141 O senhor está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa intitulado como “Efeito da luz de laser sobre o desempenho do músculo bíceps em praticantes de musculação”, de responsabilidade do pesquisador David Ribeiro Costa. A atividade dos braços em alta intensidade pode provocar cansaço intenso, conhecido como fadiga muscular. A luz do laser tem sido estudada visando à diminuição do cansaço sentido por atletas e praticantes de musculação. Com isso, o objetivo deste estudo é testar dois tipos de aplicação da luz do laser no músculo bíceps do braço em voluntários que praticam musculação regularmente. No presente estudo é necessário que o senhor participe de 1 dia, onde será realizado um teste de esforço (exercício controlado) com o braço direito em um aparelho chamado de dinamômetro isocinético. Este aparelho medirá a força, potência e resistência de seu braço durante o movimento de flexão do cotovelo (dobrar o braço, levando a mão em direção ao ombro) e extensão do cotovelo (esticar o braço para baixo). Nesta sessão também será colocado dois eletrodos em seu braço direito. Os eletrodos fixados medirão os sinais elétricos musculares durante o exercício, sendo um processo indolor. Após o teste muscular, será feito a coleta de 1 gota de sangue da ponta do seu dedo médio que poderá fazer com que sinta um leve desconforto da picada da agulha. Este sangue contém informações sobre o nível de cansaço adquirido. O senhor poderá passar pelo tratamento de laser, onde será colocada uma luz no seu braço antes do exercício físico ou por uma simulação com o aparelho desligado. O procedimento pelo qual passará será definido aleatoriamente pelo pesquisador. Todas as explicações serão fornecidas sempre que solicitadas. Em qualquer momento o senhor poderá deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo ou penalização. As informações obtidas da pesquisa não poderão ser usadas para outras finalidades além da publicação científica dos dados. Não haverá custo com a divulgação do estudo ou qualquer outro tipo. Com relação aos riscos, o senhor poderá apresentar desconforto ou dores musculares após o exercício/teste realizados no equipamento que medirá a força. Caso a dor persista o senhor será encaminhado para a clínica de reabilitação de Fisioterapia da UNIVAP. Durante a execução do teste, se o senhor não se sentir bem, com tonturas ou desmaios, o serviço de emergência municipal será acionado através do telefone 192 ou 193. Como benefícios o estudo trará informações científicas sobre qual dos dois tipos de aplicação de luz de laser é o mais adequado para prevenir o cansaço muscular após exercício intenso, contribuindo assim com o esporte nacional e internacional. A partir da publicação dos resultados o senhor receberá todos os dados referentes à sua avaliação física (porcentagem de gordura, índice de força máxima e índice de fadiga muscular) e o resultado geral do estudo, que serão de grande importância para o planejamento de seus futuros treinos de musculação na academia. A identidade do senhor será preservada no momento da publicação científica dos resultados deste estudo. As explicações durante o estudo, o processo de elaboração do artigo, assim como posteriormente à publicação, serão fornecidas a qualquer tempo, visando sanar eventuais dúvidas, riscos, 71 benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa, pelo pesquisador responsável David Ribeiro Costa (12) 997612815, endereço R. Aparecida, 40, Jardim das Indústrias – Jacareí/SP, e-mail [email protected] ou pela equipe executora: Carolina Alves Delpasso (12) 997455071, endereço Av. Major Acacio Ferreira, 1430, Jd. Paraíba – Jacareí/SP, e-mail [email protected], Davidson Ribeiro Costa (12) 997612815, endereço R. Aparecida, 40, Jardim das Indústrias – Jacareí/SP, e-mail [email protected], Patricia Mara Danella Zácaro, endereço Av. Shishima Hifumi, 2911, Urbanova - São José dos Campos/SP, email patrí[email protected] e Renata Amadei Nicolau (12) 39471014, (12) 981734141, endereço Av. Shishima Hifumi, 2911, Urbanova - São José dos Campos/SP, [email protected]. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Paraíba- Univap, com protocolo nº__________________________, o qual é corresponsável por garantir e zelar pelos direitos do sujeito da pesquisa - telefone (12) 3947-1111, ou pessoalmente na Av. ShishimaHifumi, 2911, Urbanova, bloco 11- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento II, sala 19, de segunda a sexta-feira, 8:00h- 12:00h e 13:00h-17:00h. O voluntário poderá se recusar a participar, sem penalização ou qualquer prejuízo. Eu, _____________________________________, RG nº _____________________ fui informado e concordo em participar do projeto de pesquisa acima descrito. São José dos Campos, _____ de ____________ de _______ Nome e assinaturas __________________________ Voluntário __________________________ Testemunha ____________________________ Pesquisador ____________________________ Testemunha 72 APÊNDICE B - FICHA PARA AVALIAÇÃO FÍSICA Ficha para Avaliação Física Peso ____________ Altura __________ Perímetros (Protocolo: Pollock) D E Tórax ____________ Antebraço ______ _______ Cintura ____________ Braço ______ _______ Abdome ____________ Coxa ______ _______ Quadril ____________ Panturrilha ______ _______ Dobras Cutâneas (Protocolo: Pollock, 7DC) Subscapular ____________ Axilar-média__________ Coxa___________ Tricipital________________ Supra-ilíaca__________ Peitoral________________ Abdominal___________ Avaliador Responsável:______________________________ CREF nº. __________________ Data da avaliação: ______/______/______ Horário:_____h____ 73 ANEXO A – PARECER COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA 74 75 76 ANEXO B - ANAMNESE ANAMNESE Nome:_____________________________________________________________ Data de Nascimento:___/___/___ Profissão:_____________________________________ Tel.:_______________________Email:____________________________________ Em caso de emergência, avisar:_______________________________________________ Convênio médico:____________________________________________________ ( ) Atleta - Modalidade:___________________________ Professor ( ) Funcionário ( ) ( ) Aluno Altura __________ peso____________IMC__________ 1. Um médico já disse que você tinha alguns dos problemas que se seguem? ( ) Doença cardíaca coronariana ( ) Ataque cardíaco ( ) Doença cardíaca reumática ( ) Derrame cerebral ( ) Doença cardíaca congênita ( ) Epilepsia ( ) Batimentos cardíacos irregulares ( ) Diabetes ( ) Problemas nas válvulas cardíacas ( ) Hipertensão ( ) Murmúrios cardíacos ( ) Câncer ( ) Angina Por favor, explique:__________________________________________________ 2. Você tem algum dos sintomas abaixo? ( ) Dor nas costas 77 ( ) Dor nas articulações, tendões ou músculo ( ) Doença pulmonar (asma, enfisema, outra) Por favor, explique:__________________________________________________ 3. Pratica musculação a mais de 2 anos? Sim ( ) Não( ) 4.Algum parente próximo (pai, mãe, irmão ou irmã) teve ataque cardíaco ou outro problema relacionado com o coração antes dos 50 anos? ( ) Sim ( ) Não 5.Algum médico disse que você tinha alguma restrição à prática de atividade física (inclusive cirurgia)? ( ) Sim ( ) Não Por favor, explique: __________________________________________________ 6.Você fuma? ( ) Sim ( ) Não 7.Você ingere bebidas alcoólicas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ocasionalmente 8.Atualmente você tem se exercitado pelo menos 3 vezes por semana, por pelo menos 30 minutos? ( ) Sim ( ) Não A. Se sim, por favor, especifique: ( ) corrida ( ) esporte de raquete ( ) caminhada vigorosa ( ) alongamento ( ) bicicleta ( ) musculação ( ) aeróbica ( ) natação ( ) outro (especifique) __________________ B. Total de minutos de musculação por semana: ( ) 40-60 minutos/semana 78 ( ) 61-80 minutos/semana ( ) 81-100 minutos/semana ( ) 100 ou mais minutos/semana Declaro a precisão de todas as informações acima fornecidas, comprometendo-me a avisar este departamento em caso de alguma alteração que possa comprometer a prática das atividades físicas recomendadas. ____/_____/_______ _____________________________ Assinatura 79 ANEXO C - TESTE PAR-Q (PHYSICAL ACTIVITY READINESS QUESTIONARE) TESTE PAR-Q (PHYSICAL ACTIVITY READINESS QUESTIONARE) 1) Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria realizar atividade física supervisionada (a) por profissionais de saúde? ( ) SIM ( ) NÃO 2) Você sente dores no peito quando pratica atividade física? ( ) SIM ( ) NÃO 3) No último mês, você sentiu dores no peito quando praticava atividade física? ( ) SIM ( ) NÃO 4) Você apresenta desequilíbrio devido a tontura e/ou perda de consciência? ( ) SIM ( ) NÃO 5) Você possui algum problema ósseo ou articular que poderia ser piorado pela atividade física? ( ) SIM ( ) NÃO 6) Você toma atualmente algum medicamento para pressão arterial (hipertensão) e/ou problemas de coração? ( ) SIM ( ) NÃO 80 7) Sabe de alguma outra razão pela qual você não deve realizar atividade física? ( ) SIM ( ) NÃO