Universidade Federal de Lavras – UFLA Departamento de Ciências Florestais DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS EM MG Antonio Claudio Davide ABORDAGENS PARA A RESTAURAÇÃO FLORESTAL: Benefícios ambientais e sócioeconômicos (Adaptado de Lamb et al., 2005) OPÇÃO: PLANTIO DE MUDAS COMO ESTÁ A OFERTA? Dados do Registro Nacional de Sementes e Mudas – RENASEM, CSM/MAPA (MAPA, 2011); Análise do número total de viveiros em Minas Gerais, cadastrados no RENASEM e que produzem mudas de espécies florestais nativas; 12 mesorregiões (IBGE, 2006) Figura 1: Doze mesorregiões do Estado de Minas Gerais, estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE (2006). Figura 2. Domínios (3) e Subdomínios (12) fitogeográficos de Minas Gerais. Fonte: Inventário de MG Levantado do número encontrados nos municípios: de viveiros 853 municípios em MG 442 inscrições no RENASEM 134 municípios – espécies florestais nativas Figura 3: Municípios do Estado de Minas Gerais que possuem viveiros florestais registrados no RENASEM, que produzem mudas de espécies nativas. Fonte: Carvalho et al., 2014 Tabela 1: Número de registros de produtores de mudas de espécies florestais nativas por mesorregião de Minas Gerais. Mesorregião Campos das Vertentes Central Mineira Metropolitana de Belo Horizonte Noroeste de Minas Norte de Minas Oeste de Minas Sul e Sudeste de Minas Triângulo e Alto Paranaíba Vale do Jequitinhonha Vale do Mucuri Vale do Rio Doce Zona da Mata TOTAL Fonte: Carvalho et al., 2014 Nº de viveiros 5 2 37 3 11 14 60 48 2 20 11 229 442 Figura 4: Porcentagem dos viveiros florestais que produzem mudas de espécies florestais nativas no Estado de Minas Gerais, em cada uma das doze mesorregiões. Fonte: Carvalho et al., 2014 Estudo da disponibilidade de espécies florestais nativas por mesorregião de MG Listagem sp produzidas nos viveiros MG Listagem sp ocorrência florestas naturais • MAPA 2011 RENASEM • Lista de ss viveiros • Especialistas UFLA • Lista da Flora do Brasil Checagem da nomenclatura Extensão de MG: 586.522,122 km 2 109 famílias Oc. 509 gêneros Oc. 19 % 67 famílias Prod. 238 gêneros Prod. 63 espécies produzidas não estão na lista ocorrência em MG Figura 5: Riqueza de espécies florestais nativas de ocorrência natural, de espécies produzidas e de mudas cujas espécies coincidem com as de ocorrência em cada mesorregião de Minas Gerais. Figura 6: Percentual de espécies florestais nativas que são produzidas em relação ao número total de espécies que ocorrem nas florestas naturais nas mesorregiões de Minas Gerais (média geral de 7,5%). Tabela 2. E A QUALIDADE MORFOLÓGICA DAS MUDAS? A B Figura 7: Localização das mesorregiões (A) e municípios onde foi realizado o estudo (B) Fonte: IBGE, 2006 (A) e Carvalho et al., 2014 (B) COLETA DAS AMOSTRAS Viveiros permanentes RENASEM 2011/IEF e CEMIG 20 ou + sp florestais nativas 20% das espécies (fase de expedição) Quatro repetições de oito mudas (AMOSTRA) Viveiro Florestal da UFLA – Avaliações da qualidade morfológica das amostras Diagnóstico em MG (DAVIDE et al., 2014 - CNPq) 26 viveiros 188 amostras 10 mesorregiões 21 municípios 102 espécies 77 gêneros 34 famílias 420 espécies MG (CARVALHO et al., 2014) 149 espécies RS (POESTER, 2009) 435 espécies SP (BARBOSA et al., 2009) 402 espécies RJ (SEA, 2010) Artigo 2 Avaliação das características morfológicas 76, 6% 23,4% sacos plásticos tubetes Expedição (diferentes idades) Produtores de pequeno porte Resistência a mudanças JOSÉ et al., 2009 – eficácia do tubete para nativas SEA, 2010 – 92% sacos plásticos RJ BARBOSA et al., 2009 – 65% tubetes SP Tabela 2. Custos de mudas e rendimentos operacionais na produção, transporte e plantio de mudas de espécies florestais nativas produzidas em tubetes e em sacos plásticos. Fonte: Davide et al., 2015 Figura 8. Vista geral de um viveiro de produção de mudas de espécies florestais nativas no estado de Minas Gerais (Foto: Josina Carvalho). Tabela 3. Espécies mais comuns na amostragem, suas respectivas famílias, nomes comuns e número de viveiros em que foram amostradas. Família Myrtaceae Malvaceae Verbenaceae Anacardiaceae Lecythidaceae Meliaceae Rubiaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Anacardiaceae Espécie Psidium guajava Ceiba speciosa Citharexylum myrianthum Myracrodruon urundeuva Cariniana legalis Cedrela fissilis Genipa americana Handroanthus impetiginosus Handroanthus serratifolius Hymenaea courbaril Libidibia ferrea Peltophorum dubium Schinus terebinthifolius Nome comum Nº Viveiros goiaba paineira pau viola aroeira do sertão jequitibá cedro jenipapo ipê roxo ipê amarelo jatobá pau ferro canafístula aroeira vermelha 7 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 Fonte: Carvalho, 2015 Tabela 4. Valores médios das características de avaliação da qualidade de mudas de Psidium guajava produzidas na rede de viveiros do estado de Minas Gerais. Viveiro H DC MSPA MSR MST H/D MSPA/ MSR 17 17,44 f 2,75 d 2,24 c 1,98 d 4,23 c 6,32 c 1,15 b 0,56 c 1 18,75 f 3,51 c 2,72 c 2,64 d 5,36 c 5,38 d 1,02 b 0,85 c 26 23,82 e 3,45 c 2,63 c 2,39 d 5,02 c 6,92 b 1,09 b 0,62 c 22 34,03 d 4,86 b 6,23 b 5,36 c 11,59 b 7,03 b 1,20 b 1,41 b 8 40,62 c 5,30 b 6,06 b 5,80 c 11,87 b 7,67 b 1,05 b 1,36 b 12 47,12 b 6,35 a 9,49 a 8,35 b 17,84 a 7,43 b 1,14 b 2,09 a 5 53,25 a 5,55 b 7,30 b 11,78 a 19,08 a 9,62 a 0,62 a 1,86 a 8,79 10,75 22,98 16,46 16,01 7,20 22,06 19,27 0,0001* 0,0001* 0,0001* 0,0001* 0,0001* 0,0001* 0,0317 0,0001* CV (%) F IQD Letras minúsculas iguais na coluna não diferem significativamente pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Fonte: Carvalho, 2015 Figura 9. Deformações no sistema radicular de mudas florestais nativas produzidas em sacos plásticos em viveiros de Minas Gerais. (A) Sistema radicular de mudas de Schinus terebinthifolius; (B) Evidência de pequena contribuição da raiz pivotante e (C) Enovelamento e bifurcação na extremidade inferior do sistema radicular (Fotos: Josina Carvalho). E a diversidade genética dentro de lotes de mudas de uma mesma espécie? Lotes de mudas de Cedrela fissilis de 13 viveiros florestais de MG Figura 10: Localização dos 13 viveiros onde foram coletadas amostras foliares de Cedrela fissilis e mesorregiões do estado de Minas Gerais. Fonte: Carvalho, 2015 Uso de marcadores moleculares ISSR para o estudo da diversidade genética em lotes de mudas de cedro. Figura 11. Padrão de um gel de agarose 1,5%, para indivíduos de Cedrela fissilis, com fragmentos de DNA amplificados com primer ISSR. Figura 12. Padrão de distância genética entre mudas de Cedrela fissilis Vell. de 13 viveiros, a partir de marcadores ISSR. Análise de agrupamento hierárquico definido pelo método UPGMA e baseado nas distâncias genéticas de Nei (1978). Figura 10. Dendrograma de similaridade genética entre 25 mudas de Cedrela fissilis Vell. de um lote do viveiro de Januária/MG. Diversidade genética do lote 0,20. Figura 10. Dendrograma de similaridade genética entre 25 mudas de Cedrela fissilis Vell. de um lote do viveiro de Januária/MG. Diversidade genética do lote 0,20. Figura 11. Dendrograma de similaridade genética entre 25 mudas de Cedrela fissilis Vell. de um lote do viveiro de Barbacena/MG. Diversidade genética do lote 0,36. Equipe Coordenação Antonio Claudio Davide Principais Colaboradores Josina Aparecida de Carvalho Dulcinéia de Carvalho Lucas Amaral de Melo Warley Augusto Caldas de Carvalho Clarissa de Moraes Souza José Pedro de Oliveira Apoio Projeto CNPq/Edital 026/2010 Dados Tese: Josina Carvalho (2015) DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS EM MG Muito obrigado! Antonio Claudio Davide [email protected]