Multidimensão e Territórios de Risco

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MULTIDIMENSÃO
E
TERRITÓRIOS DE RISCO
(Resumos)
III Congresso Internacional
I Simpósio Ibero-Americano
VIII Encontro Nacional de Riscos
Guimarães
2014
Título: Multidimensão e Territórios de Risco (Resumos)
Editor: ©RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança
Coordenador Editorial: Luciano Lourenço
Composição: Sandra Oliveira e Fernando Félix
ISBN: 978-989-96253-4-1
NOTA DE ABERTURA
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Este terceiro Congresso Internacional de Riscos ficará marcado, de forma indelével, pela
personalidade algo controversa e pela figura carismática do Prof. Doutor António de Sousa
Pedrosa, fundador da RISCOS seu associado n.º 3, por ele ter levada para a Uberlândia (Minas
Gerais-Brasil), onde leccionava na UFU - Universidade Federal de Uberlândia, a realização
deste Congresso, inicialmente previsto para 20 a 23 de novembro de 2013.
Infelizmente, uma terrível doença, que se agudizou na fase crucial da organização do
Congresso, impediu-o de dar o seu contributo à Comissão Organizadora, tendo esta decidido
adiar a essa realização, na expectativa de rápida melhoria do Prof. Pedrosa, mas que, por
tardar, acabou mesmo por levar ao cancelamento do evento.
Face a esta situação e muito lamentando todos os contratempos e transtornos ocasionados
aos muitos palestrantes nele inscritos, ouvimos o Prof. Pedrosa e foi decidido trazer para
Portugal a realização deste III Congresso, admitindo que entretanto ele recuperaria a sua
saúde e poderia organizar o próximo.
De facto, tudo levava a crer que assim sucederia, pois disponibilizou-se a proferir uma
conferência e a participar ativamente nas diferentes sessões temáticas, onde,
individualmente e em coautoria, se preparava para apresentar oito comunicações.
Depois, quando menos se esperava, em plenas férias de verão, chegou-nos a terrível notícia
do seu falecimento, razão pela qual, no espaço prevista para a sua conferência, lhe será feita
uma homenagem, mencionando não só o seu papel enquanto Geógrafo, mas também o seu
papel enquanto fundador da RISCOS e da revista Territorium.
E, por falar na revista, também o seu Diretor, Prof. Doutor Fernando Rebelo, outro associado
fundador da RISCOS e que deveria presidir ao lançamento do número 21, relativo a 2014, bem
como proferir uma conferência no Congresso, por ter sido alvo de uma intervenção cirúrgica
delicada, encontra-se em convalescença, pelo que também não nos poderá dar o seu avisado
contributo, participando no Congresso, escrevia no passado dia 1 de outubro, quando redigi
esta nota. Mal poderia imaginar que, dias depois, mais precisamente no dia 9, ele viria a
falecer. Num curto espaço de tempo, a RISCOS perdeu dois dos seus associados fundadores e
duas das suas pedras basilares, razão pela qual lhes estava reservada importante atividade em
termos deste Congresso e que obrigou a acertos de programa de última hora.
Depois destes prolegómenos pouco auspiciosos para a RISCOS, é agora tempo de, em nome da
Comissão Organizadora do Congresso, lhes dar as boas vindas à cidade de Guimarães, cujo
Centro Histórico é desde 2001 Património Mundial da Humanidade, bem como à sua
Universidade e ao III Congresso Internacional de Riscos, que decorre em simultâneo com o I
Simpósio Ibero-Americano de Riscos, um novo ponto de encontro criado especificamente para
permitir estreitar e reforçar as ligações que, entretanto, foram sendo estabelecidas entre
investigadores dos diferentes países pertencentes a estas duas comunidades, bem como com o
Encontro Nacional de Riscos, particularmente vocacionado para tratar de casos portugueses.
Esta importante reunião científica foi, uma vez mais, organizada pela RISCOS, desta vez em
estreita colaboração com o Departamento de Geografia da Universidade do Minho e conta
com a participação de 189 comunicações, sendo 133 orais e 56 em forma de poster.
O elevado número de trabalhos apresentados é, por si só, sinal de que esta reunião científica
se justifica e faz sentido, começando a transformar-se no “ponto de encontro” onde se
cruzam especialistas dos vários saberes, com diferentes sensibilidades resultantes das suas
vivências individuais, não só para apresentar os resultados da sua investigação, mas também
para discutir problemas e procurar encontrar soluções para mitigar as manifestações dos
diferentes tipos de riscos.
5 | Nota de abertura
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Todavia, se esta numerosa participação é elucidativa, também tem o inconveniente de nos
obrigar a reduzir o tempo disponível para as apresentações. No entanto, a sua maior
divulgação foi prevista e está assegurada, quer através da publicação digital dos resumos
alargados, quer através da disponibilização destes no website da RISCOS, o que lhe confere o
acesso a partir de qualquer parte do mundo.
Além disso, é ainda possível submeter à revista Territorium versões mais alargadas dos
trabalhos apresentados, depois de transformados em artigo científico, o que lhes permitirá
outro tipo de divulgação. Acresce que os tempos livres constantes do programa podem
também ser aproveitados, pois constituem a mais excelente oportunidade para troca de
opiniões e esclarecimento de dúvidas que, porventura, tenham sido suscitadas pelas
apresentações.
Estamos certos de que esta iniciativa contribuirá para uma frutuosa troca de ideias e de
conhecimentos no âmbito das “Ciências Cindínicas”, bem como para a sua aplicação nos
múltiplos e variados cenários desde a análise de riscos à gestão de catástrofes.
Por fim, sairão reforçados os contactos institucionais entre diversos organismos da
comunidade internacional, em particular da lusófona e ibero-americana, as mais
representativas, mas também da francófona, que aumentou consideravelmente em relação ao
anterior Congresso, a par do fortalecimento dos laços pessoais entre investigadores e
operacionais que se preocupam com a nossa segurança, individual e coletiva.
Coimbra, 15 de outubro de 2014
Luciano Lourenço
Presidente da Comissão Organizadora
6 | Welcome note
ORGANIZAÇÃO
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Comissão Científica
Adélia Nunes
Comissão
Universidade deCientífica
Coimbra, Portugal
Aline Meiguins de Lima
Universidade do Estado do Pará, Brasil
Ana Cristina Meira da Silva e Castro
Instituto Superior de Engenharia do Porto, Portugal
Ana Monteiro
Universidade do Porto, Portugal
António Batista Vieira
Universidade do Minho, Portugal
António Bento Gonçalves
Universidade do Minho, Portugal
António Duarte Amaro
Escola Superior de Saúde, Alcoitão, Portugal
António Manuel Lopes
Universidade de Lisboa, Portugal
António Sousa Pedrosa
Universidade Federal da Uberlândia, Brasil
Carla Juscélia Oliveira Souza
Univ. Federal de São João del Rei, Brasil
Carmen Diego Gonçalves
Universidade de Lisboa, Portugal
Carmen Ferreira
Universidade do Porto, Portugal
David N. Petley
Universidade de Durham, Reino Unido
Fantina Tedim
Universidade do Porto, Portugal
Fernando Rebelo
Universidade de Coimbra, Portugal
Francisco Costa
Universidade do Minho, Portugal
9 | Organização
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Francisco Díaz-Fierros
Universidade de Santiago de Compostela, Espanha
Guillermo Julio
Universidade do Chile
Humberto Varum
Universidade de Aveiro, Portugal
Isabel Margarida Antunes
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal
Jorge Olcina Cantos
Universidade de Alicante, Espanha
José António Vega
Centro de Investigación Forestal de Lourizán, Espanha
Jurandyr Sanches Ross
Universidade de São Paulo, Brasil
Luciano Lourenço
Universidade de Coimbra, Portugal
Lúcio Cunha
Universidade de Coimbra, Portugal
Luiz Antonio Oliveira
Universidade Frederal da Uberlândia, Brasil
Margarida Queirós
Universidade de Lisboa, Portugal
Maria José Roxo
Universidade Nova de Lisboa, Portugal
Mário Talaia
Universidade de Aveiro, Portugal
Miguel Tato Diogo
Universidade Fernando Pessoa, Portugal
Norma Valencio
Universidade Federal de São Carlos, Brasil
Paula Remoaldo
Universidade do Minho, Portugal
Pilar Paneque Salgado
Universidad Pablo Olavide – Sevilha, Espanha
Ricardo Alvarez
Universidade Atlântica Florida, EUA
Romeu Vicente
Universidade de Aveiro, Portugal
Samuel do Carmo Lima
Universidade Frederal da Uberlândia, Brasil
Twan Brinkhof
Union of Dutch Waterboards – Holand, Países Baixos
Victor Quintanilla
Universidade de Santiago do Chile, Chile
Xavier Ubeda Cartañà
Universidade de Barcelona, Espanha
Yvette Veyret
Université de Paris X, França
10 | Organization
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Comissão Organizadora
Prof. Doutor Luciano Lourenço
Universidade de Coimbra, RISCOS, CEGOT (Presidente)
Comissão Organizadora
Prof. Doutor António Bento Gonçalves
Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT (Coordenador)
Prof. Doutor António Vieira
Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT (Coordenador)
Prof. Doutora Adélia Nunes
Universidade de Coimbra, RISCOS, CEGOT
Prof. Doutor António Duarte Amaro
Escola Superior de Saúde de Alcoitão, RISCOS
Prof. Doutor Francisco Costa
Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT
Doutora Sandra Oliveira
NICIF, Universidade de Coimbra, RISCOS
Dr.ª Flora Ferreira Leite
FCT, Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT
Dr. Fernando Félix
NICIF, Universidade de Coimbra, RISCOS
Secretariado
Dr.ª Sofia Fernandes
NICIF, Universidade de Coimbra
Dr.ª Sofia Bernardino
PROGRAMA
Secretar
NICIF, Universidade de Coimbra
iado
GeoPlanUM, Universidade do Minho
11 | Organização
PROGRAMA
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
5 de novembro de 2014
08:30
Abertura do secretariado. Distribuição de documentação
09:00
Sessão de Abertura
09:30
Conferência de Abertura: Riscos climáticos no Brasil,
pelo Prof. Doutor João Lima Sant’Anna Neto, Coordenador da Área de Geografia - Capes
e Professor Titular do Departamento de Geografia
UNESP/Presidente Prudente
10:30
Lançamento da Revista Territorium
10:45
Intervalo
11:15
Sessões Paralelas:
Painel 1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
Painel 2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à
gestão de riscos
Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
13:00
Almoço
14:30
Conferência: Risco, Perigo e Crise. A trilogia base na definição dum modelo
conceptual-operacional
pelo Prof. Doutor Luciano Lourenço, Departamento de Geografia e CEGOT,
Universidade de Coimbra
15:00
Mesa redonda “DFCI – o último ano de atividades”
16:30
Intervalo
16:45
Sessões Paralelas:
Painel
Painel
Painel
Painel
1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
3.2- Riscos climáticos e hidrológicos
4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à
gestão de riscos
18:45
Fim dos trabalhos do 1.º dia
20:30
Jantar do Congresso (Restaurante Paraxut, Praça de Santiago)
14 | Programme
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de Novembro de 2014
6 de novembro de 2014
09:00
Sessões Paralelas:
Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos
Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde
Painel 3.4- Riscos tecnológicos e desenvolvimento
10:45
Intervalo
11:00
Posters
11:30
Sessões Paralelas:
Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos
Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.3 -Riscos ambientais e saúde
Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à
gestão de riscos
13:15
Almoço
14:30
Homenagem: Homenagem aos Profs. António Pedrosa e Fernando Rebelo
15:00
Sessões Paralelas:
Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde
Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global
Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndio florestal)
16:45
Intervalo
17:00
Sessões Paralelas:
Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global
Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndio florestal)
Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
18:30
Encerramento
19:00
Verde de Honra (Paço dos Duques)
7 de novembro de 2014
08:45
Viagem de estudo: Manifestação de Riscos no NW de Portugal
15 | Programa
CONFERÊNCIAS
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
João Lima Sant’Anna Neto
BIOGRAFIA
Licenciado e Bacharel em Geografia (1980), é Mestre (1990) e Doutor (1995) em Geografia Física
pela Universidade de São Paulo. É Livre Docente (2001) e Professor Titular (2008) pela Universidsade
Estadual Paulista, onde leciona no Departamento de Geografia nos cursos de graduação e pósgraduação. Realizou estágios de pós doutorado na Universidade de Rovira e Virgili e na Universidade
de Barcelona na Espanha, na Universidade do Porto, em Portugal e na Université Rennes2, na
França. Foi presidente da Associação Brasileira de Climatologia e editor da Revista Brasileira de
Climatologia. È membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e secretário da Associação
nacional de Pós-graduação em Geografia (ANPEGE). Foi coordenador da área de Geografia na Capes,
Ministério da Educação. Tem como objeto de pesquisa a variabilidade e as mudanças climáticas e
seus impactos socioespaciais, notadamente em áreas urbanas tropicais. Publicou cerca de 120
artigos em periódicos e capítulos de livros, além de uma dezena de livros (autoria e co-autoria),
entre eles “O Pantanal” (1995), “Variabilidade e Mudanças Climáticas” (2000), “Os Climas das
Cidades Brasileiras” (2001), “Public policy, mitigation and adaptation to climate change in South
America” (2009), “Uma Geografia em Movimento” (2010) e, “Climatologia Urbana e Regional”
(2013). É membro do conselho editorial de diversas revistas científicas, nacionais e internacionais.
Orientou mais de 30 teses e dissertações. Atualmente é coordenador do Grupo de Pesquisa GAIA e
coordena projetos de pesquisa em climatologia geográfica.
19 | Conferências
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCOS CLIMÁTICOS NO BRASIL
João Lima Sant’Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente.
[email protected]
RESUMO
Este artigo discute a natureza dos eventos climáticos extremos e suas dimensões sociais. A
complexidade do conceito de risco permite que este seja abordado por diferentes matizes
analíticos, como as concepções que privilegiam a abordagem sobre a natureza violenta dos
fenômenos naturais, a identificação do grau de vulnerabilidade dos grupos sociais, e a
percepção do perigo iminente por parte dos indivíduos. A produção do espaço, notadamente
nos países emergentes, como é o caso do Brasil, segue a lógica da reprodução capitalista,
geradora de espaços segregados. Longe de se produzir uma prática que respeite e se adapte
às condições ambientais, as contradições inerentes a este processo resultam em impactos aos
quais determinados grupos sociais são altamente sensíveis, tornando estas desigualdades
ainda mais agudas. Nesta perspectiva, tem-se que admitir que o risco climático possa ser
também, interpretado como uma construção social. É por esta matriz analítica que este
artigo aborda o problema dos riscos climáticos no Brasil, à partir da confluência entre a
dinâmica da natureza e as diferenciações socioespaciais, mediadas pela produção desigual do
espaço geográfico. A ocorrência dos tipos de eventos e desastres climáticos é bastante
variada, porém, é possível distinguir dois grandes grupos. De um lado, estão os territórios que
são afetados por processos de elevada magnitude, contra os quais, mesmo no atual estágio de
desenvolvimento tecnológico, pouco há a fazer, a não ser, buscar medidas de prevenção para
minimizar seus impactos. São espaços localizadas em áreas em que o nível do mar está
subindo, ou aqueles afetados por ciclones tropicais. Por outro lado, a maior parte do
território são afetados por fenômenos climáticos de natureza sazonal ou interanual, de
magnitude menor que propiciam medidas mitigatórias de adaptação e interferência humana
na resolução ou na minimização de seus impactos. É o caso das áreas afetadas pelas
enchentes, inundações, secas, ondas de calor ou de frio. Nestas, a vulnerabilidade em que se
encontra grande parte de seus moradores é que agrava o impacto dos eventos extremos,
portanto, a natureza do evento é essencialmente social e econômica. Como as áreas urbanas
localizadas em países de economia periférica não apresentam infraestrutura adequada e o
poder público não tem o controle do uso do solo, a integridade do sistema fica comprometida,
daí o termo - territórios enfermos, pois se trata de espaços doentes do ponto de vista do
desequilíbrio entre o ambiente e as práticas sociais. A perspectiva utópica de transformá-los
em territórios saudáveis passa, em primeiro lugar, pela ação do estado, como planejador,
organizador e gestor do espaço urbano, em associação com o poder local e com a participação
das sociedade civil, no processo de reordenamento do território. Os territórios saudáveis não
estarão isentos de sofrerem impactos climáticos extremos, porém, as ações mitigatórias, os
sistemas de proteção e a prevenção, ou seja, a prevalecença do meio técnico-científicoinformacional deverão ser eficientes como políticas de bem estar. O desafio está em
combinar o interesse, a vontade e a capacidade dos agentes e atores sociais em transformar
os territórios em ambientes de bem estar e qualidade vida a todos os seus habitantes, ou
seja, se trata de uma questão que só se resolve politicamente.
20 | Conferences
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Luciano Fernandes Lourenço
BIOGRAFIA
Bacharel em Geografia (1978), Licenciado em Geografia (1979) e Doutorado em Geografia Física (1997) pela
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é Professor Associado com Agregação no Departamento de
Geografia dessa Faculdade.
Atualmente desempenha funções de Diretor do Departamento e do Curso de Geografia, de Membro do
Conselho Científico, de Coordenador do Grupo 1-Natureza e dinâmicas ambientais, do Centro de Estudos de
Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) e de Diretor do Núcleo de Investigação Científica de
Incêndios Florestais (NICIF), da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Fundador e Presidente da Direção da RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, é
Coordenador do Conselho de Redação da sua revista Territorium e Diretor dos Cadernos de Geografia, bem
como de Folha Viva, um periódico trimestral, com 62 números publicados.
Coordena a equipa de investigação portuguesa do projeto internacional PREFER—Space-based Information
Support for Prevention and REcovery of forest Fires Emergency in the mediteRranean area (FP7-SPACE-2012-1)
e, anteriormente, coordenou outras equipas de investigação portuguesas em mais cinco projetos internacionais.
Há mais de 20 anos que é Coordenador Nacional do PROSEPE - Projeto de Sensibilização e Educação da
População Escolar e, além deste, coordenou mais 15 projetos de cariz nacional, dos quais se destaca um
desenvolvido através da RISCOS, denominado CP-REFER–As ignições de incêndios florestais com origem em
linhas de caminho-de-ferro, e desenvolvido no âmbito do Forest Focus C-Studies.
De entre os diversos cargos que desempenhou, salientam-se alguns dos mais relacionados com riscos,
designadamente Diretor-Geral da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (2004 a 2006), Membro da
Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (2005), Membro da Comissão de Acompanhamento do
Ministério da Administração Interna para implementação das medidas contidas no Livro Branco sobre os
Incêndios Florestais do Verão de 2003 (Dezembro de 2003 a Julho de 2004), Membro da Comissão de
Acompanhamento do Ministério da Administração Interna para implementação da nova legislação do sector
dos bombeiros (2001), Conselheiro Superior de Bombeiros (1997 a 2000) e Presidente da Direção da Escola
Nacional de Bombeiros (1997 a 2002).
Mais de 300 títulos publicados, entre livros, capítulos de livros, artigos em revistas científicas nacionais e
internacionais, atas de congressos em Portugal e no estrangeiro, relatórios técnicos, livros-guia de viagens de
estudo, edições pedagógicas e de divulgação, dão bem conta da sua vasta produção científica e que não é
impeditiva do exercício de outras funções, como sejam as de avaliador de projetos científicos internacionais,
de consultor científico de uma dúzia de revistas, a maior parte delas internacionais, de coordenador de mais
de meia centena de publicações e de membro de quinze associações científicas, nacionais e internacionais.
Luciano Fernandes Lourenço
21 | Conferências
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCO, PERIGO E CRISE.
A TRILOGIA BASE NA DEFINIÇÃO DUM MODELO CONCEPTUAL-OPERACIONAL
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
As análises de risco só se justificam porque, quando eles se manifestam, acarretam
consequências que podem causar danos mais ou menos avultados. Daqui decorre que, por um
lado, podem ou não manifestar-se, o que leva a que o risco seja potencial, o que permite
distingui-lo do perigo, por este ser real. Por outro lado, as consequências que resultam de
cada manifestação, ou seja das crises, podem ser hierarquizadas em função dos danos
causados, o que permite considerar crises com diferentes magnitudes.
Neste contexto, o modelo que se apresenta tem como ponto de partida a manifestação do
risco, que, assim, corresponde à situação de perigo, o que faz situar o risco a montante, como
probabilidade de ocorrência de qualquer manifestação, do mesmo modo que a crise,
propriamente dita e desencadeada na sequência dessa manifestação, se situará a jusante.
Deste modo, o modelo que se apresenta, além de enquadrar e hierarquizar diferentes
conceitos, alguns dos quais umas vezes são usados como sinónimos e, noutras circunstâncias,
com significados pouco claros, procura também ter em conta a sua aplicação operacional,
traduzida quer em termos de prevenção, quando aplicado ao riscos, quer em termos de
resposta às situações de urgência que decorrem das crises.
Palavras-chave: Teoria do risco, conceptualização, socialização, observação, reação.
22 | Conferences
‘IN MEMORIAM’
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
António Pedrosa (1958-2014)
Francisco da Silva Costa
Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
[email protected]
António Sousa Pedrosa nasceu a 9 Maio de 1958 em Perosinho, uma freguesia do concelho de
Vila Nova de Gaia. Em 1977, entrou no curso de Geografia da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, onde obteve a licenciatura em Geografia, quatro anos mais tarde, com
o trabalho final intitulado “Bacia hidrográfica do rio Vizela: análise de índices
morfométricos”. Nesta altura são claras as suas aptidões científicas pela geografia física, o
que aliás se confirmou quando, já como assistente estagiário, iniciou os trabalhos sobre as
vertentes da área de S. Miguel-o-Anjo, sob a orientação do Prof. Doutor Fernando Rebelo.
Em 1988, António Pedrosa, prestou provas públicas de Aptidão Pedagógica e Capacidade
Científica em Geografia, ano em que tive o privilégio de o conhecer enquanto professor das
aulas práticas de Geografia Física. Aulas dadas ao sábado de manhã, em que os alunos,
mesmo após algumas noites mal dormidas, compareciam e se empenhavam. Foi durante esse
semestre que aprendemos a trabalhar em cartografia e a entender a importância da análise
de índices morfométricos para o estudo de bacias hidrográficas.
Durante a minha licenciatura, foram várias as visitas de estudos e saídas de campo que nos
abriram os horizontes para a geografia física e, particularmente, para a geomorfologia.
Recordo, com particular nostalgia, a viagem de carro que fizemos até Stará Lesná, na exChecoslováquia, para participarmos no Simpósio “Time, Frequency and Datting in
Geomorphology”, na Academia de Ciências Eslovaca, dois anos após ter terminado o curso.
No ano seguinte (1993), António Pedrosa defendeu a Dissertação de Doutoramento em
Geografia Física, intitulada “Serra do Marão: Estudo de Geomorfologia”, orientada pelo
Professor Fernando Rebelo. Dado que nessa altura vivia em Amarante, foram muitas as idas ao
campo com ele, para observar e aplicar várias técnicas de geomorfologia em muitos locais da
serra do Marão. Ainda me recordo dos dias de frio extremo no Alto de Velão (a 914 metros de
altitude, já no parque natural do Alvão), a observar diversos processos de meteorização,
intensificados pelas temperaturas negativas, ou a fazer medições em blocos de granito na
vertente ocidental e muito declivosa da ribeira de Lagido, bem visível para quem fizer o IP4.
25 | ‘In Memoriam’
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
“Serra do Marão: Estudo de Geomorfologia” foi um trabalho inovador, já que engloba de
forma integrada na sua investigação, temas como o periglaciarismo e os processos erosivos
associados à cartografia de Riscos, o que aliás reflete claramente a influência do Professor
Fernando Rebelo na sua orientação.
Um ano depois é integrado no Gabinete de Estudos de Desenvolvimento e Ordenamento do
Território (GEDES) como membro dessa Unidade de Investigação. Na mesma altura, assumiu a
vice-presidência do Conselho Diretivo da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, cargo
que coincidiu com o período em que se iniciou a primeira edição do curso de mestrado em
Geografia “Dinâmicas Espaciais e Ordenamento do Território” (1995-97) e no qual nos
reencontrámos, após o seu convite e insistência para a minha inscrição no mesmo. Foi neste
âmbito que, nessa altura, António Pedrosa me envolveu num protocolo de cooperação entre a
Universidade do Porto e o Russian State Hydrometeorological e que nos permitiu estar dez
dias em Sao Petersburg, em Junho de 1997.
Na sequência da sua orientação, voltámos a trabalhar sobre o tema dos processos
morfogenéticos em Amarante, com particular incidência sobre as cheias e o risco de
inundação na sua área urbana. Fortemente envolvido na orientação de vários alunos do
mestrado em Geografia, António Pedrosa iniciou colaborações com outros cursos, sendo de
destacar a pós-graduação em Estudos Africanos e, de forma mais pontual, com a Faculdade de
Letras da Universidade de Coimbra.
Em 1997, assumiu a coordenação do projeto de pesquisa “Processos erosivos no Norte de
Portugal”, no qual envolveu vários colegas e alunos da pós-graduação, com especial
incidência na análise e quantificação destes processos em áreas graníticas.
Em 2000, tornou-se membro e investigador do Centro Português de Estudos do Sudeste
Asiático, que manteve até 2006 e, um ano mais tarde, vinculou-se à Associação Portuguesa de
Geomorfólogos (APGEOM) e participou nos vários eventos científicos que esta desenvolveu.
Durante o ano de 2001, tornei-me o primeiro aluno a ser orientado por António Pedrosa para a
obtenção do doutoramento em Geografia Física e Estudos Ambientais, pela Universidade do
Minho. Lançou nessa altura o mestrado em Gestão de Riscos Naturais, do qual foi Coordenador
do curso até 2007. Neste período de grande atividade, António Pedrosa participou em várias
iniciativas de I&D das quais destacamos o projeto NOÉ (2004 – 2007), no âmbito do Programa
Interrreg, com a finalidade de estabelecer medidas de proteção para o património cultural
face aos riscos naturais e o projeto RNT “Sistema de prevenção e atuação em situações de
emergência provocadas por riscos naturais e tecnológicos” (2005 – 2008), ambos apoiados pela
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
É clara, nessa altura, a grande proximidade científica ao tema dos riscos naturais que, aliás, é
demonstrada com mais uma colaboração pedagógica, no quadro do curso de pós-graduação de
“Ensino, Tradução e Terminologia”, onde irá lecionar o seminário “Catástrofes e Riscos
Naturais” durante o segundo semestre de 2004. Em abril desse ano, António Pedrosa
apresentou provas para obtenção de título de Agregado do Departamento de Geografia da
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na disciplina de Geomorfologia, com a lição
síntese intitulada “Deslizamentos e fluxos de detritos: conceitos, tipologias e causas”, tendo
sido aprovado por unanimidade.
Tornou-se membro fundador da RISCOS, Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e
Segurança, sendo seu vice-presidente entre 2004 e 2012. Ocupa um lugar de destaque na
revista “Territorium”, desde o seu primeiro número, tendo passado por cargos como diretoradjunto, membro dos conselhos científico e de redação e da comissão editorial, onde, aliás,
publicou vários artigos como autor e co-autor.
26 | ‘In Memoriam’
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Em 2005 foi docente no mestrado em Geografia Física e Estudos Ambientais, onde apresentou
vários seminários sobre riscos naturais e convidou vários especialistas sobre esta temática em
visitas de estudos de enorme interesse.
Foi membro fundador do CEDTUR - Centro de Estudos de Dinâmicas Territoriais e
Desenvolvimento Turístico, do Instituto Superior da Maia (ISMAI), com o qual desenvolveu
várias atividades a partir de 2009. Nesta altura, outros domínios da geografia interessavam ao
António Pedrosa, com especial realce para a paisagem e o património cultural que ambos
abraçámos. Foi nesta sequência que se tornou coordenador do Grupo de Geografia do projeto
Dourointur, desenvolvido pelo Gene.t - Grupo empreendedor de novas estratégias territoriais.
A partir de 2010, António Pedrosa iniciou uma nova etapa da sua vida académica. Mudou-se
para Uberlândia, onde auferiu de uma bolsa como professor visitante, no Instituto de
Geografia da respetiva Universidade Federal (UFU). Tornou-se investigador do Laboratório de
Geomorfologia e Erosão dos Solos (LAGES) e acabou por se instalar, de forma definitiva na
UFU, na condição de professor titular. Neste cargo que ocupou até ao fim da sua vida,
lecionou várias disciplinas de geografia física, associadas à análise da paisagem e à gestão de
riscos naturais, e a desenvolver várias linhas de investigação, destacando-se o projeto onde
esteve mais envolvido “Comunidades vulneráveis e territórios em reconversão no roteiro da
Missão Cruls.”.
Durante este período, António Pedrosa manteve a sua ligação ao Centro de Estudos de
Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), como investigador, tendo estabelecido
inúmeras atividades com colegas da Universidade do Minho e da Universidade de Coimbra. É
neste contexto que recordo e guardo na minha memória, um dos últimos reencontros, na
Universidade Federal de Manaus, em 2012, onde tivemos a oportunidade de confraternizar
durante o VII Seminário Latino-Americano de Geografia Física.
António Pedrosa foi um geógrafo de “corpo inteiro”, dedicado e sensível às questões atuais da
geografia física e deixa uma obra que, certamente, não só será recordada, mas também se
tonará um incentivo para os estudantes de geografia, quer de Portugal, quer do Brasil.
27 | ‘In Memoriam’
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Fernando Rebelo (1943-2014)
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
O Doutor Fernando Manuel da Silva Rebelo, Professor Catedrático jubilado do Departamento
de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nasceu em Espinho, a 16 de
Setembro de 1943 e fez os seus estudos primários e secundários no Porto.
Em 8 de Fevereiro de 1966, licenciou-se em Geografia pela Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, com 17 valores, após a defesa de uma Dissertação intitulada
“Vertentes do Rio Dueça”, que, no ano seguinte, veio a ser publicada no Boletim do Centro de
Estudos Geográficos de Coimbra.
Após uma breve passagem pelo ensino secundário particular, em Leiria, nos anos lectivos de
1964/65 e de 1965/66, começou a sua carreira docente universitária no dia 1 de Junho de
1966, como Assistente Eventual da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, carreira
logo interrompida pela prestação do serviço militar obrigatório (de 12 de Setembro de 1966 a
30 de Novembro de 1969). Nessa época (anos letivos de 1967/68 e 1968/69), voltou a
desempenhar funções no ensino secundário particular, em Lisboa.
Doutorou-se em Geografia Física pela Universidade de Coimbra, em 24 e 25 de Julho de 1975,
com a classificação de “Aprovado com distinção e louvor”, por unanimidade dos membros do
júri, na sequência da defesa da Dissertação intitulada Serras de Valongo- Estudo de
Geomorfologia (publicada pela FLUC, como Suplemento da Biblos) e de um Projeto de
Investigação intitulado “Os Processos Erosivos Actuais no Litoral Norte e Centro de Portugal”.
Professor Auxiliar, além do quadro, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra desde
28 de Novembro de 1975, prestou provas públicas para Professor Extraordinário da mesma
Faculdade nos dias 6 e 7 de Novembro de 1978 e, sendo provado, veio a tomar posse do lugar
no dia 1 de Fevereiro de 1979. Extinta a categoria de Professor Extraordinário (Lei 19/80, de
16 de Julho), passou a Professor Catedrático, em 4 de Março de 1982.
Entre 1 de Outubro de 1986 e 24 de Setembro de 1996 foi Vice-Reitor da Universidade de
Coimbra. Foi eleito Reitor da mesma Universidade no dia 6 de Maio de 1998, cargo em que foi
investido a 24 de Junho de 1998. Reeleito no dia 20 de Maio de 2002, tomou posse no dia 24
de Junho seguinte, tendo renunciado ao cargo no dia 13 de Novembro do mesmo ano.
29 | ‘In Memoriam’
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Regressa à docência no Departamento de Geografia, atividade que, aliás, nunca deixou de
exercer enquanto desempenhou funções reitorais e que manteve até à sua jubilação, em 16
de setembro do ano passado, um dia em que muitos de nós o acompanhámos e que culminou
com o lançamento de um livro em sua homenagem sobre Riscos Naturais, Antrópicos e Mistos,
uma temática que o apaixonou nos últimos de vida e em que, apesar de jubilado, continuava
a trabalhar. Neste livro tivemos o ensejo de publicar a listagem das muitas obras de sua
autoria que, dado o seu elevado número, não cabe aqui referir.
Como é sabido, a sua área de especialidade era a Geografia Física e, em particular, a
Geomorfologia, ciência a que muitos contributos deu, particularmente em termos de
Geomorfologia Dinâmica, através de brilhantes lições e de numerosos trabalhos publicados.
Todavia, não se confinou a ela, pois também era um conceituado e reconhecido mestre
noutras áreas da Geografia Física, como a Climatologia ou os Riscos Naturais, tendo até feito
algumas incursões em temas de Geografia Humana e Regional.
A sua vasta atividade pedagógica, exercida ao longo dos 45 anos em que permaneceu no
Departamento, traduziu-se na lecionação de 26 diferentes disciplinas e seminários, além da
colaboração em diferentes cursos de outras universidades e, durante 40 anos, lecionou Etnografia
e/ou Geografia de Portugal no Curso Anual de Língua e Cultura Portuguesa para Estrangeiros, no
âmbito das quais realizou inúmeras viagens de estudo, especialmente na região Centro.
As suas metódicas exposições, muito organizadas e didáticas, cativaram todos aqueles que
tivemos o privilégio de o ter como professor nos primeiros anos das nossas licenciaturas.
Depois, nos anos seguintes, a atitude do mestre era diferente, incentivando-nos a iniciar a
investigação científica aplicada a temas concretos, que acompanhava e orientava de perto.
Foram muitas as gerações de alunos, com idades e culturas bem diferenciadas, que durante
todos estes anos foram marcadas por este vulto da geografia portuguesa, associado a uma
personalidade de trato fácil e grande disponibilidade, a que se aliava o carácter afável do
grande pedagogo que foi o Doutor Fernando Rebelo.
Viajante incansável, realizou numerosas viagens de estudo por todo o território português,
incluindo todas as ilhas dos Açores e da Madeira, bem como por praticamente toda a Europa e
por muitos outros países de África, Ásia e América: do Norte, Central e do Sul.
Todavia, nunca guardou para si as aprendizagens feitas nestas viagens, sempre realizadas com
uma perspetiva geográfica, uma vez que, depois, aproveitava algumas das aulas para partilhar
com os seus estudantes as experiências vividas e, através da imagem, os seus slides eram
famosos, e que ultimamente passou a substituir por não menos cuidadas apresentações, com
excelentes imagens em powerpoint, através das quais dava a conhecer outras paragens, com
contextos geográficos diferentes, tendo mesmo dado à estampa algumas delas e de que é
exemplo o livro Viagens pelo Brasil. Impressões de um Geógrafo, Memórias de um Reitor,
publicado em 2006.
Não irei alongar-me nas referências aos muitos livros e artigos científicos que publicou, mas
não posso deixar de mencionar dois deles: Percurso de um Reitor da Universidade de Coimbra
(1998-2002) e Reflexões sobre a Vida Universitária (2004), pois neles deixou relatada a sua
muito marcante experiência reitoral, por ter correspondido a um período que não foi nada
fácil, na história da vida universitária coimbrã.
Outra das suas obras, porventura a mais conhecida, é, sem dúvida, a dos Riscos Naturais e
Acção Antrópica, com duas edições, uma em 2001 e, outra, dois anos mais tarde, em 2003, e
que constitui referência obrigatória em qualquer trabalho que verse sobre ciências cindínicas.
Aliás, as suas preocupações em aplicar a geografia ao território, manifestaram-se cedo,
começando logo no seu primeiro projeto de investigação científica, já mencionado, e que
dedicou ao estudo dos Processos Erosivos Actuais no Litoral Norte e Centro de Portugal.
30 | ‘In Memoriam’
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Depois disso, a necessidade de divulgar os resultados dos trabalhos de investigação que ia
realizando, levaram-no a fundar em 1994, juntamente com outros geógrafos, a conhecida e
prestigiada revista Territorium, de que sempre foi Diretor, e que começou por ser uma revista
de Geografia Física Aplicada ao Ordenamento do Território e à Gestão de Riscos Naturais, e
dez anos depois, a partir de 2004, passou a ser a revista da Associação Portuguesa de Riscos,
Prevenção e Segurança, associação de que também foi seu sócio fundador, mantendo-se como
uma conceituada revista, agora especializada em Riscos, aliás uma das poucas existentes no
mundo sobre esta temática.
Condensar em meia dúzia de páginas os traços da personalidade e da vasta obra de Fernando
Rebelo não é fácil. Foram dezenas as reuniões científicas que organizou e perde-se a conta
daquelas em que participou, bem como das conferências que proferiu em Portugal e no
estrangeiro. Orientou 15 teses de doutoramento e mais de 20 teses de mestrado ou de
aptidão pedagógica e capacidade científica. Participou em diversos projetos de investigação
científica e em atividades administrativas de vária índole.
Esta sua intensa vida académica, de professor e cientista, foi reconhecida de várias formas,
designadamente através da atribuição da qualidade de Sócio Honorário por muitas instituições
e organismos, bem como foi merecedor de diversos prémios, homenagens e distinções, de que
apenas refiro duas:
A Grã Cruz da Ordem Estadual Renascença do Piauí, que recebeu no Brasil e
A Grã Cruz da Ordem de Mayo al Mérito, que lhe foi atribuída na Argentina.
Fernando Rebelo, ao deixar-nos prematuramente, quando ainda muito tinha para dar à Geografia,
à Universidade de Coimbra e à RISCOS, leva com ele a referência de uma geração de geógrafos
que, se calhar, também se extinguirá com ele, a dos chamados geógrafos “completos”, por, como
os mestres que o antecederam, ter trabalhado tanto em Geografia Física como em Geografia
Humana, e dos quais também deixou testemunho numa obra que intitulou: A Geografia Física de
Portugal na vida e obra de quatro professores universitários – Amorim Girão, Orlando Ribeiro,
Fernandes Martins, Pereira de Oliveira (publicada em 2008), quatro ilustres geógrafos portugueses,
três deles eminentes professores e mestres, no sentido vernáculo do termo, da Universidade de
Coimbra e, no caso do Doutor Orlando Ribeiro, também com passagem pela Universidade de
Coimbra antes de ingressar na Universidade de Lisboa.
Ora, com o desaparecimento do decano da Geografia de Coimbra, a 9 de outubro de 2014, a
geografia portuguesa ficou muito mais pobre, do mesmo modo que a Universidade de
Coimbra, que ajudou a promover e a divulgar pelos quatro cantos do mundo e que serviu com
muita dedicação, pois perdeu um dos seus Reitores e um dos seus mais brilhantes professores.
A RISCOS ficou sem o seu Presidente da Assembleia Geral e sem o Diretor da sua revista
Territorium, cargos que sempre manteve desde a fundação da Associação Portuguesa de
Riscos, Prevenção e Segurança.
Lembramos pois, com saudade, o professor e o cientista, mas também o colega e o amigo
que, tantas vezes e com tantos de nós, colaborou em trabalhos académicos, de ensino e de
investigação, uma obra que perdurará no tempo e que não deixará de ser uma referência para
qualquer estudioso da temática dos Riscos e das suas manifestações.
31 | ‘In Memoriam’
MESA REDONDA
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Alfredo Maia (moderador)
BIOGRAFIA
Jornalista (Carteira Profissional n.º 684).
É redactor na secção Sociedade no “Jornal de Notícias”, cujo corpo redactorial integra desde
Março de 1988. Iniciou a actividade profissional em “O Primeiro de Janeiro”, em 1981, tendo
colaborado em vários órgãos de comunicação social, nomeadamente “O Jornal”, “O Jornal
Ilustrado”, “Sábado” (1.ª série), Rádio Activa e Rádio Nova. Desde 1985, tem dedicado
especial atenção aos temas do Ambiente – da conservação da natureza às alterações
climáticas, dos resíduos e dos recursos hídricos à energia, da floresta e incêndios florestais à
conservação do solo e desertificação, da educação ambiental à erosão costeira.
É presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas desde 2000, tendo sido vice-presidente
desde 1993. É membro da Comissão de Classificação de Publicações no âmbito da Entidade
Reguladora para a Comunicação Social e foi membro da Comissão de Apelo da Comissão da
Carteira Profissional de Jornalista. Em sucessivos mandatos, foi membro dos conselhos de
redacção de “O Primeiro de Janeiro” e do “Jornal de Notícias”.
Foi membro da Assembleia Municipal do Porto (1999-2002).
35 | Mesa redonda
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
João Pinho (ICNF)
BIOGRAFIA
João Pinho (ICNF)
É vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Entre
setembro de 2012 e julho de 2014 exerceu o cargo de diretor do Departamento de Gestão e
Produção Florestal, nesse mesmo Instituto.
Possui a licenciatura em Engenharia Florestal pelo Instituto Superior de Agronomia e é mestre
em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade Técnica de Lisboa.
Foi diretor nacional para a Gestão Florestal, na Autoridade Florestal Nacional (2008 a 2012) e
presidente do Conselho Nacional de Reflorestação (2004 a 2005). Desempenhou ainda o cargo
de diretor de serviços de Defesa da Floresta contra Incêndios em 2007 e 2008. Foi responsável
pelo desenvolvimento das orientações nacionais para a recuperação das áreas ardidas em
2003 e 2004 e pela coordenação das comissões regionais de reflorestação e dos projetos
executados no seu âmbito.
Como técnico florestal tem trabalhado nas áreas do ordenamento do território, planeamento
e projetos florestais, defesa da floresta contra incêndios e gestão e produção florestal, tendo
publicado diversos artigos e capítulos em livros e revistas. Chefiou ou integrou diversas
missões oficiais de representação nacional no estrangeiro.
36 | Round table
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
José Pedro Lopes (ANPC)
(ANPC)(ANPC)
BIOGRAFIA
É Diretor Nacional de Bombeiros, na Autoridade Nacional de Proteção Civil.
É atualmente doutorando em Engenharia de Segurança ao Incêndio na Universidade de
Coimbra, sendo licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, pós-graduado
em Proteção Contra Incêndios em Edifícios e Mestre em Segurança aos Incêndios Urbanos pelo
DEC/Universidade de Coimbra e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Foi bombeiro voluntário durante 18 anos. Desempenhou as funções de Inspetor Regional
Adjunto, Inspetor Regional de Bombeiros do Centro e Inspetor Superior Adjunto, no SNB e de
Vice-presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e do Serviço Nacional de Bombeiros e
Proteção Civil. Foi Vogal do Conselho Diretivo do INEM.
Lecionou em diversas Licenciaturas, Pós-graduações e Mestrados na área da Segurança Contra
Incêndios e Proteção Civil em geral.
José Pedro Lopes (ANPC)
(ANPC)(ANPC)
37 | Mesa redonda
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Jorge Oliveira (GNR-SEPNA)
BIOGRAFIA
Coronel. Diretor do Serviço da Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional
Republicana, desde janeiro de 2012. Exerceu as funções de Inspetor Adjunto da Inspeção da
Guarda Nacional Republicana entre 2011 e 2012 e de Comandante da Unidade Nacional de
Trânsito entre 2009 e 2011. Ingressou na Guarda Fiscal em março de 1980 e foi integrado na
Guarda Nacional Republicana em 1993.
Tem formação militar através do curso de Oficiais Milicianos (1985), do curso de Promoção a
Capitão (1990) e do curso de Promoção a Oficial Superior (2000). Tem também uma
licenciatura em Ciências Sociais, pela Universidade Aberta, concluída em 2009.
Jorge Oliveira (GNR-SEPNA)
38 | Round table
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Albino Tavares (GNR-GIPS)
BIOGRAFIA
Comunicações
oraisAlbino
Tenente-Coronel. Comandante
do Grupo
de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR,
Tavares
(GNR-GIPS)
desde setembro de 2011. Exerceu as funções de Chefe da Secção de Recursos Logísticos e
Financeiros do Comando Territorial de Viseu, entre 2010 e 2011. Foi 2.º Comandante do GIPS
entre 2007 e 2010 e Comandante da 1.ª Companhia do GIPS entre 2004 e 2005. Entre 1996 e
2006, exerceu as funções de Comandante em diversos Destacamentos Territoriais, entre os
quais Lousã (2001-2006) e Covilhã (2001-2002), e no Sub-Destacamento Fiscal de Olhão (19961998). Entre 1998 e 2001 foi instrutor/formador na Escola da GNR, no Grupo de Instrução de
Aveiro.
Tem formação militar através da licenciatura em Ciências Militares – Ramo Guarda Nacional
Republicana (1996), do curso de Promoção a Capitão (2001) e do curso de Promoção a Oficial
Superior (2007). Tem também uma pós-graduação (2007) e um mestrado (2009) em Direito e
Segurança, pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Em 2012, participou
em diversos programas de formação da União Europeia, relacionados com a gestão de
operações de socorro e com o Mecanismo Comunitário de Proteção Civil.
39 | Mesa redonda
COMUNICAÇÕES ORAIS
Painel 1
Teoria, modelos conceptuais
e comunicação do risco
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
DA COMUNICAÇÃO À CULTURA DE RISCO: DESAFIOS PARA NOVAS ABORDAGENS
Cintia Okamura
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
[email protected], [email protected]
Jacques Lolive
Laboratório PACTE CNRS - França
[email protected]
RESUMO
Em geral, a comunicação envolvendo especialistas, poder público, população e a mídia é
problemática devido à dificuldade de entendimento das questões técnicas pelo público em
geral e, por outro lado, devido à dificuldade dos técnicos levarem em conta o universo
material e cultural da população. Tal quadro resulta, muitas vezes, na adoção de concepções
pré-concebidas e incertas, gerando conflito entre os atores envolvidos, principalmente nos
casos que envolvem emergência e risco ambiental. Esse contexto mostra a necessidade de
procedimentos e de instrumentos que contemplem a definição de estratégias de intervenção,
de gestão da informação e de mobilização da população em diversas situações. Desta forma,
o presente trabalho propõe apresentar a experiência que está sendo desenvolvida em São
Paulo, cujo contexto urbano é caracterizado pela coexistencia de diferentes tipos de riscos e
cujas instituições responsáveis pela regulação de riscos sanitários e ambientais, como a
CETESB, se defrontam com novos desafios para apresentar de forma ponderada à sociedade
situações ou contextos que a ameaçam. Assim, propõe apresentar metodologias pertinentes
para analisar, revelar e valorizar a experiência da população exposta a fim de contribuir com
o desenvolvimento de uma cultura de risco. Entendemos por “cultura de risco” uma
concepção ampla da comunicação de riscos que associa o conhecimento técnico e científico e
o conhecimento da população. Esta “cultura de risco” valoriza as práticas de prevenção,
precaução e vigilância que se baseiam na experiência da população exposta.
Palavras-chave: cultura de risco, experiência da população, participação, métodos
qualitativos, gestão de riscos.
45 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
COMUNICAÇÃO DE RISCOS E JORNALISMO:
CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTA RELAÇÃO A PARTIR DAS MUDANÇAS DO CLIMA
Eloisa Beling Loose
Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento,
Universidade Federal do Paraná (Brasil).
Bolsista CAPES - proc. nº 99999.003712/2014-01
[email protected]
RESUMO
A proposta deste trabalho é discutir a relação existente entre a atividade jornalística e seu
papel no âmbito da comunicação de riscos, tendo em vista seu alcance e potencial para
disseminar e promover ações de enfrentamento. Além de uma discussão teórica, calcada em
revisão de literatura sobre o tema, o artigo evidencia a forma como o jornal Gazeta do Povo,
impresso de maior circulação no estado do Paraná, Brasil, trata dos riscos climáticos durante
as divulgações do 1º Relatório Brasileiro de Mudanças Climáticas e do 5º Relatório do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas, ocorridas no segundo semestre de 2013. Para
tanto, realiza-se um mapeamento das notícias que articulem - de forma explícita ou implícita
- os riscos atrelados às alterações do clima no período já mencionado e uma análise de seus
enquadramentos, com o fim de verificar de que modo este jornalismo tem retratado o
assunto e, consequentemente, participado na comunicação dos riscos climáticos. A partir
disso, reflete-se sobre a função do jornalismo nos momentos de prevenir, minimizar e se
adaptar aos riscos decorrentes das mudanças do clima.
Palavras-chave: comunicação de risco, jornalismo, mudanças climáticas.
46 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISK COMMUNICATION AT UNIVERSITY CAMPUS
Angela Santos
Centre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning
Universidade de Lisboa, Portugal
[email protected]
Margarida Queirós
Centre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning
Universidade de Lisboa, Portugal
[email protected]
ABSTRACT
Although seismic activity in Portugal is quite low, the country has had several earthquakes
that caused severe damage and fatalities. The authors’ concern about earthquakes led to
investigate the safety conditions at the Faculdade de Letras of the Universidade de Lisboa
building (FLUL). Since Emergency Plans (EP) were unknown, and safety traps were found, the
authors elaborated one. Then, a pilot Evacuation Exercise (EE) was conducted to a small
number of faculty members in order to test the EP, with the aim to understand human
behavior during an evacuation. After the EE participants answered a questionnaire, the
research was complemented by an indoor inspection. The most significant results revealed
that FLUL was very well equipped with emergency signs and equipment (conferring to
Portuguese Law), participants were not aware of them and “undereducated” about safety
measures, there was an insufficient internalization of “being at risk” through the
preparedness of the participants during the EE.
The aim of this paper is to report a more elaborated experience conducted at FLUL, on May
2014, on risk perception, with a 20% users’ sample. Mental maps and spatial awareness in a
hypothetical earthquake were the source of the research. Preliminary results show that risk
concept (to common people) is much richer than that of the experts and reflects concerns
that are usually omitted from assessment or management risk authorities. Also, more
effective ways of communicating the risk should be attempted.
Keywords: Natural hazards, mental maps, human behavior, public buildings, emergency
equipment.
47 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCO AMBIENTAL E VULNERABILIDADE:
DISCUSSÃO CONCEITUAL A PARTIR DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO
EM BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS/BRASIL
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Departamento de Geociências, Curso de Geografia
Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil
[email protected]
RESUMO
Este compreende análise qualitativa de três trabalhos de conclusão de curso (TCC), na área
da Geografia, e tem o objetivo de verificar como os termos “risco ambiental e
vulnerabilidade” são concebidos. A escolha desses trabalhos se deve aos seus conteúdos:
Saberes de geografia física no cotidiano da escola, Concepção de risco socioambiental entre
alunos do ensino médio e Percepção ambiental da população da vila Bacuraus. Para a análise
consideraram-se os conceitos perigo e risco. Dois trabalhos abordaram “risco ambiental” de
forma direta e a noção de risco se refere à combinação da presença humana próxima a canais
de drenagem e/ou encostas, associação de sujeitos com localização. A ideia de
vulnerabilidade é a da exposição geográfica do alvo ao perigo. O terceiro trabalho não tem
foco no risco ambiental, mas quando aborda conteúdos de geografia física, na escola, revela
as condições da dinâmica fluvial e a existência de áreas de risco no entorno escolar. A análise
mostrou, também, os interesses de graduandos pela discussão da temática “riscos
ambientais” na perspectiva geográfica, no contexto de estudo de caso e da escola. Nesta, os
conteúdos presentes na temática mostraram possibilidades para o ensino de conceitos e fatos
referentes aos riscos ambientais. A análise desses trabalhos mostrou, também, a necessidade
de mais leituras e fundamentação teórica sobre Risco por parte dos seus autores.
Palavras-chave: Risco, Escola e Geografia
48 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
LEVANTAMENTO DA CONCEPÇÃO DE RISCO AMBIENTAL E ÁREAS DE RISCO
NA ESCOLA BÁSICA EM SÃO JOÃO DEL REI – BRASIL:
RESULTADO PRELIMINAR
André Barbosa Ribeiro Ferreira
Departamento de Geografia, Universidade Federal de São João del Rei/MG, Brasil
[email protected]
Larissa Trindade Tarôco
Departamento de Geografia, Universidade Federal de São João del Rei/MG, Brasil
[email protected]
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Departamento de Geociências, Curso de Geografia
Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil
[email protected]
RESUMO
Os desastres naturais ocorrem em todo mundo com grande frequência, devido à combinação
de diversos fatores naturais e à intensificação e ação antrópica. Diante disso, surgiu o
interesse por investigar a maneira como o tema vem sendo discutido nas escolas, na disciplina
de Geografia, em duas escolas públicas de São João del-Rei, Minas Gerais/Brasil, nível
fundamental e médio. Por meio de um projeto piloto, no âmbito de pesquisa de iniciação
científica em andamento, objetiva-se efetuar um diagnóstico, sobre o conhecimento e a
concepção de risco ambiental e área de risco presentes entre os alunos, além de investigar
como o assunto é trabalhado pelos professores da disciplina de Geografia. O levantamento e
diagnóstico serão feitos através da coleta de informações por meio de questionários a serem
respondidos pelos alunos e professores, e, também pela observação em sala de aula durante a
discussão do assunto. As bases teóricas que fundamentam a pesquisa encontram-se no
contexto da Geografia e da Psicologia, referentes à noção de representação, percepção e de
“Riscos”. A fase atual da pesquisa compreende leituras, contato com os sujeitos das escolas e
compreensão dos conceitos riscos, vulnerabilidade e perigo. Os resultados finais estão
previstos para dezembro de 2014. A partir deles, espera-se propor atividades e ações com
intuito de alertar, orientar e educar a população escolar para os riscos ambientais.
Palavras-Chave: Concepção, Risco Ambiental, Educação Geográfica.
49 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E RISCOS SOCIOAMBIENTAIS:
EXPERIÊNCIAS EM ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Departamento de Geociências, Curso de Geografia
Universidade Federal de São João del-Rei/MG, Brasil
[email protected]
RESUMO
O tema riscos socioambientais no ensino de geografia possibilita analisar e interpretar a
espacialidade e a dinâmica de fenômenos sociais e naturais que podem levar à geração do
Risco. O entendimento da noção de risco, do contexto geográfico (social, econômico e
político) e dos fenômenos possibilita discussões que promovam atitudes e ações individuais
e/ou coletivas de prevenção, quando necessárias. Apesar desse fato, são poucas as discussões
na educação geográfica para a construção de conceitos e de educação para a prevenção de
desastres. Portanto, este trabalho retoma experiências vivenciadas em atividades de extensão
com crianças e jovens da educação básica, de Belo Horizonte e de São João del-Rei, entre
2004 e 2014, a partir das quais almeja discutir algumas possibilidades de trabalho com o
referido tema na educação. Os projetos iniciais não tinham o Risco como foco, apesar de
abordarem a interação fenômenos naturais, paisagem e sociedade. A partir de 2009, a ideia
de fenômenos naturais, desastres e risco socioambiental ganhou destaque entre os projetos.
Mais de 350 pessoas participaram diretamente das atividades, entre alunos, professores e
graduandos. As vivências e experiências consideradas positivas e educativas promoveram
produção de maquetes, modelos em argila e discussões sobre áreas de risco socioambiental no
espaço de vivência. O tema risco e desastres desperta sempre interesse entre as crianças e
jovens. Isso é um aspecto importante a ser aproveitado.
Palavras-chave: Educação geográfica, Extensão, Riscos socioambientais.
50 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO DO RISCO
EM DESTINOS TURÍSTICOS COM PERIGOSIDADE NATURAL ELEVADA:
O CASO DA ILHA DA MADEIRA
Daniel Márcio F. Neves
Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra
[email protected]
José Luís Zêzere
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
[email protected]
RESUMO
Considerando que a vulnerabilidade no turismo é um facto incontornável, e que os turistas
costumam observar e privilegiar os destinos que evidenciam medidas e ações viradas para a
sua segurança e bem-estar, torna-se relevante comunicar riscos e medidas de autoproteção
adequadas às características físicas dos territórios, bem como às atividades turísticas
desenvolvidas.
A ocorrência de fenómenos naturais com efeitos catastróficos nos últimos anos, em destinos
turísticos como a Ilha da Madeira, tem contribuído para uma mudança de paradigma ao nível
do conhecimento sobre os riscos em áreas turísticas, assistindo-se à adoção de políticas
abertas e transparentes em alguns destinos turísticos, a fim de melhorar a imagem, reputação
e confiança dos mercados. Contudo, verifica-se que a grande dificuldade reside na forma de
comunicar o risco - informação útil sobre situações de risco para que o turista se sinta
protegido e ao mesmo tempo seja protagonista da sua própria segurança, o que por vezes leva
à omissão dos riscos, por preconceitos relacionados com o alarmismo e impactos negativos
para a imagem do destino turístico.
Neste contexto, os locais na Ilha da Madeira normalmente procurados pelos turistas para
obtenção de informações e/ou orientações (ex. Postos de Turismo), bem como os
colaboradores ligados ao sector do turismo e hotelaria, devem estar habilitados e munidos de
informações sobre possíveis riscos e lugares críticos (pontos que carecem de atenção
redobrada no domínio da segurança por parte dos turistas), bem como ao nível da divulgação
de comportamentos e medidas de autoproteção a adotar. Adicionalmente, a organização de
campanhas direcionadas para consciencialização da população criará condições favoráveis
para a implementação de estratégias de comunicação e gestão de situações de risco.
Palavras-chave: Comunicação do Risco, Segurança, Autoproteção, Destino Turístico, Imagem.
51 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
PERCEPÇÃO DE RISCO AOS EVENTOS ATMOSFÉRICOS EM MAPUTO, MOÇAMBIQUE
Lucí Hidalgo Nunes
Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Brasil
[email protected]
RESUMO
A percepção climática, em especial quanto aos riscos, foi avaliada em Maputo, por meio de
144 entrevistas conduzidas em novembro de 2009 e outubro de 2012, constando questões para
caracterizar a pessoa (idade, escolaridade, gênero etc.) e perguntas abertas sobre tempo e
clima, de forma a aferir conhecimentos, percepções, preferências e fontes de informação. Os
resultados revelaram que muitas pessoas usam o conhecimento empírico, as vezes associando
com informações provenientes da mídia, e que muitos temas acontecidos em locais remotos
mas veiculados incessantemente são entendidos como influentes nos fatos atmosféricos
vividos por eles. Os entrevistados entendem que Maputo apresenta grande variabilidade das
condições atmosféricas e a maioria acredita estar havendo sinais de mudanças climáticas
(mais calor e maior irregularidade sazonal). Muitos foram críticos com a atuação do poder
público, mas vários lembram que a população também teria culpa no advento de
calamidades. Os fenômenos mais citados como passíveis de engendrar transtornos foram as
cheias, o que condiz com a realidade climática. Vários entrevistados afirmaram já ter passado
por situações de risco, tendo sido a mais citada a cheia associada à passagem de um ciclone
tropical no ano 2000. As pessoas gostam dos lugares onde vivem e acreditam que o poder
público é ineficaz no gerenciamento de condições calamitosas. Não houve grandes diferenças
entre as respostas de acordo com gênero, idade e grau de escolaridade.
Palavras-chave: percepção de risco, tempo, clima, questionários, Maputo.
52 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
SEQUÍAS Y MEDIOS DE COMUNICACIÓN.
CONSTRUCCIÓN DE DISCURSOS SOBRE RIESGOS HÍDRICOS
EN ANDALUCÍA
Pilar Paneque
Departamento de Geografía, Historia y Filosofía,
Facultad de Humanidades de la Universidad Pablo de Olavide, de Sevilla
[email protected]
Jesús Vargas Molina
Laboratorio de Geografía, Universidad Pablo de Olavide, de Sevilla
[email protected]
RESUMEN
Cada episodio de sequía lleva aparejado un debate entre distintos actores sociales que queda
reflejado en los medios de comunicación, a través de los que se intentan legitimar distintas
visiones, valores y propuestas de gestión de estos riesgos hídricos. Con el objetivo de avanzar
en el análisis del grado de adaptación institucional a las sequías y, en particular, del
aprendizaje acumulado tras los últimos episodios vividos en Andalucía y los importantes
cambios normativos y de planificación hidrológica acaecidos desde el año 2000 en el contexto
europeo, en este trabajo centramos la atención en los discursos y contenidos recogidos en la
prensa escrita. Con la finalidad de profundizar en el mejor conocimiento de las resistencias
que puedan existir a nuevos modelos de gestión así como de la participación de actores y la
identificación de temas clave en el debate, se realiza un análisis discursivo y de contenidos
de medios de comunicación de Andalucía en los años hidrológicos 2004-2005 y 2011-2012, a
través de la aplicación del software Atlas.ti.
Palabras clave: Andalucía, Discursos, Medios de comunicación, Riesgos hídricos, Sequías.
53 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CLASSIFICAÇÃO DE PRECIPITAÇÕES ASSOCIADAS A ALUVIÕES
NA REGIÃO DO FUNCHAL, ILHA DA MADEIRA,
COM RECURSO A CADEIAS DE MARKOV
Ana Ramalheira
Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T.
[email protected]
Maria Manuela Portela
Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T
[email protected]
António Betâmio de Almeida
Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T
[email protected]
RESUMO
A análise de eventos extremos de precipitação, designadamente na Ilha da Madeira, indicia
que a excepcionalidade da precipitação, quando exclusivamente considerada per se, possa
não explicar a gravidade das consequências de alguns daqueles eventos. Com efeito,
precipitações intensas com magnitudes próximas podem ter consequências distintas
(inclusivamente, gerando ou não aluviões), presumivelmente em função das precipitações que
as antecedem.
Com o objectivo de averiguar a possibilidade de desenvolver critérios de dimensionamento
que reconheçam situações de risco, descreve-se a abordagem desenvolvida para caracterizar
fenómenos extraordinários de precipitação, a qual faz intervir precipitações acumuladas em
diferentes períodos sub-diários, ao longo de uma janela temporal com a duração de 4 dias, de
acordo com limiares de excepcionalidade pré-estabelecidos. Para o efeito, recorreu-se à
metodologia associada às cadeias de Markov, de acordo com a qual se pode admitir a hipótese
de as ocorrências de dias secos ou chuvosos serem condicionalmente dependentes da
sequência antecedentes daqueles dias.
A abordagem foi aplicada à classificação de precipitações associadas a aluviões históricas na
região do Funchal, tendo por base as precipitações horárias registadas no posto udográfico do
Funchal, no período entre 1 de Outubro de 1980 e 06 de Julho de 2010, obtida no âmbito de
SRES (2010a,b). Os períodos de acumulação da precipitação, para caracterização quanto à sua
excepcionalidade, variaram entre 1 e 96 h.
Palavras-chave: Aluviões, Cadeias de Markov, Funchal, Precipitações extraordinárias.
54 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A EDUCAÇÃO PARA OS RISCOS
E A PROMOÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA NAS ESCOLAS
Maria Clara Gomes Inácio
Agrupamento de escolas de Aguiar da Beira
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Os portugueses das últimas décadas são um povo avesso à autoridade, disciplina e
organização, o que, consequentemente, também o transforma num povo sem grande cultura
de segurança. Todavia, algumas recomendações internacionais, como o Quadro de Ação de
Hyogo – 2005-2015, incitam a que este processo se inicie nos “bancos da escola”, confiando
assim a esta Instituição a mudança de atitudes e mentalidades que, indubitavelmente, devem
contribuir para o desenvolvimento e incorporação de uma verdadeira cultura de segurança.
Partindo deste pressuposto, pretende-se avaliar até que ponto, e de que modo, a Escola está
a cumprir essa missão.
Fundamentado no discurso oficial espelhado na produção legislativa que, de forma directa ou
indirecta, sustenta a sua implementação nas práticas quotidianas dos 2.º e 3.º ciclos, bem
como, com recurso a inquéritos e entrevistas, pretende-se neste estudo, caracterizar o modo
como esta temática está a ser implementada na Escola, para daí inferir a existência de um
conjunto de boas práticas e/ou de constrangimentos.
Constata-se, quase no final do período de vigência do Quadro de Ação de Hyogo, que várias
iniciativas foram tomadas (apesar de algumas delas já terem sido revogadas), umas no âmbito
dos currículos disciplinares e outras no formato de atividades extracurriculares.
Independentemente da estratégia preconizada, os professores têm de estar minimamente
sensibilizados para tal, dado que a falta de formação foi uma constatação incontornável,
tanto no inquérito aplicado como nos discursos dos vários entrevistados.
É, pois, premente que os Centros de Formação valorizem esta área, desenvolvendo programas
eficazes de comunicação/informação sobre a temática do risco, nomeadamente, contendo
medidas básicas de autoprotecção, para serem devidamente replicadas ao público-alvo - os alunos.
Palavras-chave: cultura de segurança, escolas, alunos, professores, educação.
55 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EXPANSÃO URBANA, OCUPAÇÕES DE BAIXA RENDA E RISCOS AMBIENTAIS,
NA CIDADE DE BOA VISTA, RR/ BRASIL
Miguel Cerqueira dos Santos
UNEB e Pós-Doutorando em Geografia pela UFRR
[email protected]
Artur Rosa Filho
Departamento de Geografia da Universidade Federal de Roraima
[email protected]
RESUMO
O processo de urbanização de Boa Vista passou por vários estágios. No primeiro momento, as
ocupações aconteceram de modo espontâneo, a partir do desenvolvimento das atividades
primárias, motivadas pelo potencial encontrado às margens do Rio Branco. Durante a década
de 1940, foi criado o Território do Rio Branco, possibilitando que esta cidade fosse a sua
capital. Inspirada no modelo radial-concêntrico, Boa Vista começou a se configurar por meio
de uma multiplicidade de funções. O sítio urbano de Boa Vista é predominantemente marcado
pela presença dos igarapés, os quais demandam sérios cuidados no tocante à ocupação
humana. Na Zona Leste da cidade, predominam os bairros mais estruturados, enquanto que a
Zona Oeste constitui uma das poucas opções de acesso à moradia das populações de baixa
renda. O objetivo do trabalho é investigar os principais riscos ambientais que permeiam as
populações em análise. No tocante aos percursos metodológicos, à pesquisa será respaldada
em autores clássicos e contemporâneos que discutem a temática. Os trabalhos de campo
estão sendo realizados com a aplicação de entrevistas e questionários, de modo a promover a
relação entre os problemas levantados e o equacionamento dos mesmos. O tratamento dos
dados acontece com o apoio do SIG, com a utilização de Softwares como SPSS e ArcGIS. Como
resultado final, está sendo produzido o artigo que poderá servir de subsídios para a
elaboração de políticas públicas voltadas para a redução de desigualdades sociais.
Palavras-chave: Expansão urbana, ocupações de baixa renda e riscos ambientais.
56 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
Painel 2
Geotecnologias aplicadas à
análise e gestão de riscos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
POTENTIAL FOR THE APPLICATION OF A GRAVITY SENSING TECHNOLOGY FOR
THE IMPROVEMENT OF THE ASSESSMENT OF SEISMIC HAZARDS
Arthur L. S. Valencio
State University of Campinas, Brazil
[email protected]
Charles H.-T. Wang
SUPA Department of Physics, University of Aberdeen, UK
[email protected]
ABSTRACT
The present work summarizes the recent progress about applications of gravity sensing
techniques towards the monitoring of earthquakes. Earthquakes of great magnitude are
natural hazards that cause great concern to socio-political environment due to the high
potential of damage, destruction and losses of the whole system of objects and system of
actions (Santos, 1998) of the affected communities, beyond implying direct risk to the
physical integrity of people. It means that such hazards might propitiate disasters. Taking this
into account, this study compares different technologies in gravity sensing applied to
earthquake monitoring. The two adopted variables for the referred comparison are the
degree of reliability and precision of the information generated through this technique about
the hazard. The adopted procedures were literature review and documental research, which
allowed the identification of interfaces between the fields of gravity sensing and seismology.
It was part of such analysis the description of a scientific advancement that proposes to
innovate techniques in gravity sensing, which is currently under development by the Quantum
Gravity and Gauge Group of the University of Aberdeen. It is discussed if such advancement
has practical conditions of being incorporated into the framework of technologies used in
support to the activity of the technical community the field of seismology.
Keywords: Earthquakes, co-seismic gravity sensing, gravity-sensing technologies.
59 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
O MAPA DE ESTADO AMBIENTAL EM ESCALA REGIONAL
COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL:
O CASO DE TRÊS REGIÕES COSTEIRAS DO LITORAL BRASILEIRO
Raul Reis Amorim
Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil
[email protected]
Maria Crizalda Ferreira Santos
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais (DCAA)
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Brasil
[email protected]
RESUMO
O mapeamento do Estado Ambiental representa um documento cartográfico de síntese que
representa as diferentes categorias de Estado Ambiental, a intensidade dos efeitos e
consequências da ações ambientais. Tendo o exposto, o objetivo deste trabalho é a
construção do Mapa de Estado Ambiental para três regiões litorâneas do território brasileiro:
A primeira, a Região Norte Fluminense situa-se na região Sudeste do Brasil, no Estado do Rio
de Janeiro, e as outras duas regiões, situam-se na Região Nordeste do Brasil, no Estado da
Bahia: a Região Costa do Descobrimento e a Região Costa do Cacau. Para atender o objetivo
proposto foi necessário a elaboração do mapa de Geossistemas, conforme os preceitos da
Geografia Russa-Soviética, no qual se delimitou as unidades de paisagem natural conforme a
concepção teórica de Sochava (1977, 1878) apontada na obra de Rodriguez, Silva e Cavalcanti
(2004), além do Mapa de Uso e Ocupação das Terras, que possibilitará identificar as principais
transformações nos Geossistemas em estudo. Também foi necessário inventariar, e
posteriormente espacializar em ambas as áreas principais problemas ambientais que
pudessem ser representados na escala 1:250.000. Para determinar o Estado Ambiental de
ambas as áreas, construiu-se uma matriz, no qual, para cada Geossistema e cada Sistema
Antrópico delimitado, buscou-se medir o efeito e consequências das ações ambientais. Para
determinar o Estado Ambiental é necessário fazer o somatório, no qual a partir do total,
pode-se chegar as quatro categorias de Estado Ambiental: satisfatório, moderadamente
satisfatório, insatisfatório, e esgotado. Para ambas as regiões mapeadas, predominam o
Estado Ambiental insatisfatório e esgotado, pois mesmo com Geossistemas e Sistemas
Antrópicos diferentes, nas três áreas apresentam ocupação secular. O que verificou-se é que
o Mapa de estado Ambiental é uma ferramenta importante para a análise dos riscos
ambientais no que refere-se principalmente as mudanças nos fluxos de matéria e energia nos
diferentes Geossistemas (na escala em análise, as Unidades de Paisagem Natural) levando a
tais sistemas a transformações na sua estrutura. Outros riscos a serem diagnosticados,
referem-se aos Sistemas Antrópicos, uma vez que mudanças no uso e ocupação das terras
ocasionam pressões para a própria população, alterando assim o Estado Ambiental das
Unidades de Paisagem que os circunda.
Palavras-chave: Geossistemas, Sistemas Antrópicos, Estado Ambiental.
60 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
UM MODELO ESPACIAL BASEADO EM MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO FUZZY
APLICADO AO MAPEAMENTO DE RISCO À EROSÃO
Marcos César Ferreira
Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil
[email protected]
Danilo Trovó Garófalo
Doutorando, Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil
[email protected]
Cassiano Messias
Doutorando, Instituto de Geociências, UNICAMP, Brasil
[email protected]
Marta Marujo Ferreira
Instituto de Ciências da Natureza, UNIFAL-MG, Brasil
[email protected]
RESUMO
Objetivo deste artigo é apresentar um modelo de decisão espacial baseado em classificação
fuzzy, regressão logística e técnicas de SIG, aplicado ao mapeamento de risco à erosão. A
base de dados espaciais da pesquisa foi composta pelos seguintes mapas: índice de vegetação
NDVI (1), declividade do terreno calculada a partir de dados ASTER-GDEM2 (2), densidade de
lineamentos estruturais (3), densidade de estradas (4) e um mapa de 729 pontos de ravinas
mapeados na área de estudo (5), obtido por análise visual de imagens Google Earth e
trabalhos de campo. Os valores dos mapas 1 a 4 foram classificados em 10 classes utilizandose o método do Quantil. O total de ravinas que ocorreram em cada uma destas classes foi
calculado utilizando-se operação overlay entre cada um dos mapas 1 a 4 e o mapa 5. Foram
calculados os valores de odd ratios (OR), que indicam a chance em favor de um evento de
ravina em relação a chances contrárias a este evento, em cada classe dos mapas. Os
diagramas dos valores de OR por classe foram estimados por meio de regressão logística e, em
seguida, convertidos em valores fuzzy utilizando-se funções de afinidade específicas. O risco
à erosão em cada pixel foi estimado utilizando-se a soma ponderada das seguintes variáveis
ambientais fuzzificadas: índice de vegetação, declividade, densidade de estradas e densidade
de lineamentos estruturais. Os pesos utilizados nesta soma referem-se aos valores de R2
obtidos entre o mapa de ravinas e os mapas das variáveis ambientais
Palavras-chave: mapas fuzzy, risco à erosão, SIG, ravinas, mapa de risco
61 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ASSESSMENT OF SAND DUNES MOVEMENTS RATE IN ATLANTIC SAHARA DESERT
USING MULTI-TEMPORAL LANDSAT IMAGERY AND GIS TECHNIQUE
Ali Aydda
Department of Geology, Faculty of Sciences of the University of Cadi Ayyad. Marrakesh, Morocco
[email protected]
Ahmed Algouti
Department of Geology, Faculty of Sciences of the University of Cadi Ayyad. Marrakesh, Morocco
[email protected]
ABSTRACT
Sand encroachment is one of the most common and serious environmental problems in
Atlantic Sahara desert (SW of Morocco) by which all fields, cultivation areas, national road,
and cities, are threatened. In this area, the massive aeolian erosion due to the extreme
aridity is a major factor responsible for sand dunes dynamics. A monthly and annual
monitoring of the sand dunes dynamics was necessary to assess the rate of sand dune
movement to fight it.
In our study area, the sand dune dynamic was performed at a single-dune scale and was based
on coupling of GPS measurements and aerial photos. The field evidence is a necessary
component in studying single-dunes movements but alone lacks the capability to evaluate the
sand dune movement rate for large areas and for longer time periods. In addition, the
assessment of sand dunes movement rate by manual tracing on digital aerial photos is an
intensive work. The recent studies have been shown that the use of remote sensing data is
best way to overcome this problem.
Here, we present a technique based on analysis of multi-temporal Landsat satellites images
for analysis the rate of sand dunes movement. The methodology adopted was mostly based on
automated extraction of dunes shape from Landsat imagery. After extraction, vectorisation of
data was necessary to export this data in GIS platform to assess the movement rate.
Keywords: Sahara Atlantic, sand dunes movement, Landsat imagery, automated extraction,
GIS.
62 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
VULNERABILIDADE URBANA A DESLIZAMENTOS DE TERRA EM SÃO PAULO
Letícia Palazzi Perez
Escola Politécnica da USP, Brasil
[email protected]
José Rodolfo Scarati Martins
Escola Politécnica da USP, Brasil
[email protected]
Magda Adelaide Lombardo
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil
[email protected]
RESUMO
O município de São Paulo é o maior do Brasil, possui 1.500 km² de área, com praticamente
80% do solo impermeabilizado, e população de aproximadamente 12 milhões de habitantes
(IBGE, 2011). A urbanização desordenada e a ocupação irregular de topos de morro e outras
áreas de necessária preservação, tornam comuns as ocorrências de deslizamentos de terra,
principalmente nas áreas mais carentes da cidade.
Com base na análise de dados pluviométricos de 23 postos da rede telemétrica de
pluviômetros de superfície do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), foram
selecionados 7 eventos extremos de chuva em São Paulo. Para estas datas, foram coletadas as
ocorrências de deslizamentos de terra, mapeadas pela Defesa Civil da Cidade de São Paulo.
Levando em consideração que deslizamentos de terra são eventos hidrológicos, relacionados à
precipitação, e que a vulnerabilidade a deslizamentos ser georreferenciada, este trabalho
apresenta o uso de ferramentas de engenharia e geotecnologias, para mensurar a
vulnerabilidade urbana a deslizamentos de terra em mesobacias hidrográficas em São Paulo.
Como resultado são apresentados mapas de vulnerabilidade urbana a deslizamentos, para
chuvas de 2, 5 e 10 anos de período de retorno, além da distribuição espacial destas
ocorrências, associada a localização de favelas e assentamentos irregulares, bem como a
distribuição espacial da vulnerabilidade, associada ao Plano de Habitação de Interesse Social
de São Paulo.
Palavras-chave: vulnerabilidade urbana, geoprocessamento, deslizamento de terra.
63 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EVALUACIÓN DEL RIESGO DE INUNDACIONES MEDIANTE TECNOLOGÍA
DE GEO-PROCESAMIENTO RASTER Y VECTORIAL
María Isabel Andrade
Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de
Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina
[email protected]
David Schomwandt
Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de
Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina
[email protected]
Nora Lucioni
Centro de Investigaciones Geográficas (CIG). IdIHCS. Facultad de Humanidades y Ciencias de
Educación. Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Argentina
[email protected]
RESUMEN
El trabajo pretende exponer los resultados obtenidos mediante una propuesta metodológica
basada en las nuevas tecnologías de geo-procesamiento, la metodología comprende técnicas
de teledetección y análisis multitemporal de tipo raster y vectorial. Los resultados bajo el
análisis multivariado, fueron interpretados de acuerdo a la perspectiva de la Teoría Social del
Riesgo.
El área de investigación es parte del escenario de extrema fragilidad de la llanura pampeana,
gran parte de la misma ha sido sometida históricamente a eventos hidrológicos extremos,
tanto de déficit como de excedentes hídricos.
Se ha logrado definir, caracterizar y evaluar las relaciones entre los procesos naturales y
sociales que derivan de los procesos de anegabilidad. Como principal resultado fueron la
obtención de criterios para la evaluación de riesgo de inundación en el Gran La Plata, Región
Pampeana, Argentina.
Parte de las conclusiones arribadas consideran que las modificaciones al medio natural se han
llevado a cabo bajo un inadecuado plan de ordenamiento territorial. El manejo inadecuado
del ambiente se pone en evidencia en la salud de la población, en su calidad de vida, en los
costos económicos para el mantenimiento de la cantidad y la calidad del agua para consumo y
para la producción, en los costos sanitarios, económicos y sociales de la población involucrada
y del Estado para hacer frente a las consecuencias de las emergencias hídricas.
Palabras clave: riesgo hídrico, vulnerabilidad, incertidumbre, SIG, sensores remotos
64 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
FIRE HAZARD AND SUSCEPTIBILITY TO DESERTIFICATION:
A TERRITORIAL APPROACH IN NE PORTUGAL
Tomás de Figueiredo
CIMO – Mountain Research Centre, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
[email protected]
Felícia Fonseca
CIMO – Mountain Research Centre, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
[email protected]
Helena Pinheiro
CIMO – Mountain Research Centre, Câmara Municipal de Bragança, Portugal
[email protected]
ABSTRACT
Recent assessments showed that desertification susceptibility, increased in Continental
Portugal when comparing 1960-1990 with 2000-2010 aridity index means. In NE Portugal, the
border of the susceptible belt was moved west during the mentioned time span. Besides
climatic drivers, desertification is coupled with soil degradation and wildfires are a direct
cause for accelerating both processes. Soil degradation is evident n the regionally widespread
burnt areas.
A map-based approach, at territorial scale, allowed a quantitative insight on fire hazard
relations with soil degradation and desertification in NE Portugal and this work aims at
discussing the main outcomes of the research.
The data bases treated with GIS tools included desertification susceptibility fire hazard and
land cover published maps, and the soil degradation map developed by the authors.
About 2/3 of the territory presents high and very fire hazard, and about half of this falls in
high desertification susceptibility areas, while only about 1/6 of the area with low and very
low fire hazard (1/4 of territory) falls in the same desertification susceptibility classes.
About 3/4 of the area where high and very fire hazard prevails, soils depict severe or worse
degradation status. Furthermore, about 40% of those are scrublands, which represent a high
fuel stock with negligible social control.
The negative picture drawn asks for territorial measures focused on land use planning and
land management practices towards soil protection, a key resource in the recovery of
degraded areas.
Keywords: Desertification susceptibility, soil degradation, fire hazard, NE Portugal
65 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
USO DE SENSORES REMOTOS COM DIFERENTES RESOLUÇÕES
ESPECTRAIS PARA A CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO
DAS TERRAS DE ÁREAS COM RISCO À INUNDAÇAO DOS MUNICÍPIOS
DE ITALVA E CARDOSO MOREIRA,RIO DE JANEIRO, BRASIL
Claudio Henrique Reis
Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil
[email protected]
Raul Reis Amorim
Departamento de Geografia de Campos (GRC), Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil
[email protected]
RESUMO
O mapeamento do uso e ocupação das terras das áreas sujeitas à inundações de bacias
hidrográficas é importante para que o poder público e a sociedade civil tenham conhecimento
de que porção da população, empreendimentos agrícolas, urbanos e industriais estão sujeitos
à inundações nos períodos de precipitação extrema, na área de estudo, e/ou a montante da
bacia hidrográfica. Tendo o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de
diferentes sensores remotos no mapeamento do uso e ocupação das terras dos municípios de
Cardoso Moreira e Italva, situados no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé, Rio de
Janeiro (Brasil). Justifica-se a escolha da área de estudo, pois a mesma é sujeita a inundações
periódicas que geralmente ocorrem entre os meses de novembro e março, período de maior
incidência de chuvas na Bacia Hidrográfica. Para atender ao objetivo proposto, foi necessário
atender seguir os seguintes pocedimentos: 1) Delimitação da área de estudo e das áreas
sujeitas à inundação, 2) Seleção dos sensores remotos utilizados para o mapeamento de uso e
ocupação das terras nas diferentes escalas: no mapeamento da área total dos municípios,
utilizou-se o sensor Deimos, que apresenta resolução expectral de 22x22m por pixel, e para o
mapeamento das áreas urbanas e áreas sujeitas à inundaçao, adotou-se o sensor RapidEye,
com resolução espectral de 5x5m por pixel, 3) Processamento das Imagens para classificação
da imagem pelo método bhattacharya, e posterior vetorização das classes para gerar o mapa
de uso e ocupação das terras. Como resultado, verificou-se que o municipio de Cardoso
Moreira apresenta maior área inundável, cerca de 23% da área total do município são áreas
sujeitas à inundações. Cerca de 50% das áreas sujeitas à inundação do município de Cardoso
Moreira correspondem ao uso de Pastagens. A área urbana de Cardoso Moreira nos episódios
de inundação, são atingidas em 80%. Além da área urbana, 78% das áreas de culturas e 40%
das áreas de mata ciliar estão nas áreas inundáveis. No município de Italva, o tipo de uso que
mais sofre com as inundações são as áreas de pastagens (44%) e seguida das áreas de Mata
Ciliar (33%) do total de áreas inundáveis. No que refere-se a a área urbana de Italva, 53% de
sua área são inundáveis.
Palavras-chave: Inundações, uso e ocupação das terras, sensoriamento remoto.
66 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AS GEOTECNOLOGIAS NA MODELAÇÃO DO COMPORTAMENTO
DE INCÊNDIOS FLORESTAIS – APLICAÇÃO DO FARSITE
Maria Rosado
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária
[email protected]
José Massano
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária
[email protected]
RESUMO
Neste trabalho analisou-se a modelação do comportamento de incêndios florestais recorrendo
à aplicação FARSITE.
Esta simula a progressão de um fogo e calcula a área ardida, dados importantes no apoio à
decisão tática e operacional em ações de combate.
Utiliza parâmetros de situações reais de incêndio florestal e compara-os com os obtidos
através dos modelos associados ao software.
Os cenários trabalhados e analisados têm por base aspetos relacionados com a eficiência da
combustão, tipo de combustível presente, parâmetros meteorológicos, morfologia do terreno
e área percorrida pelo fogo.
São igualmente determinados parâmetros como a energia libertada, a velocidade da
combustão e a emissão de CO2.
Dos resultados obtidos torna-se possível definir, de forma expedita, estratégias a aplicar no
terreno, tais como, a definição de locais para a colocação de máquinas de rasto ou a criação
de barreiras à evolução do incêndio.
Também no apoio aos trabalhos de planeamento e prevenção se revela bastante importante,
permitindo a definição antecipada de pormenores operacionais e técnicos.
Os dados resultantes da aplicação do FARSITE na modelação do comportamento de um
incêndio florestal, possibilitam assim a criação de uma fonte de informação técnica
relevante, quer para efeitos de estudo de possíveis situações futuras de incêndio, quer para a
constituição de um histórico de ocorrências.
Palavras-chave: Incêndios florestais, comportamento do fogo, FARSITE.
67 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO MONITORAMENTO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
NA REGIÃO DA REDEC-I 7 DO ESTADO DE SÃO PAULO – BRASIL
Evandro Antônio Cavarsan
Coordenadoria de Defesa Civil de Cabrália Paulista
[email protected]
Eymar Silva Sampaio Lopes
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
[email protected]
Lourenço Magnoni Júnior
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
[email protected]
RESUMO
A utilização de sistemas computacionais aplicados a questões do meio ambiente pode ser
complexa e requer muitas variáveis a serem modeladas. Na literatura existem diversos
modelos ambientais para as mais diversas aplicações como incêndios, enchentes,
deslizamentos, entre outras. O desenvolvimento de geotecnologias com monitoramento em
tempo-real de dados ambientais permite acompanhar as mudanças climáticas com potencial
de deflagrar desastres. Neste contexto o Centro Integrado de Alerta de Desastres Naturais
(CIADEN) instalado na Escola Técnica Astor de Mattos Carvalho de Cabrália Paulista – SP vem
desenvolvendo aplicações fazendo uso da plataforma TerraMA2 do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). O objetivo deste trabalho é apresentar o monitoramento efetuado
através de análises e alertas a incêndios florestais realizado na região de atuação da Regional
da Defesa Civil do Estado de São Paulo Região Administrativa de Bauru (REDEC-I 7) através do
CIADEN, onde concentram-se importantes empresas na área de reflorestamento e silvicultura
como a DURATEX, SUZANO e LWARCEL. O sistema de monitoramento desenvolvido utiliza
dados hidrometeorológicos coletados pelo INPE através dos sensores dos satélites GOES, NOAA
e METEOSAT, variáveis como umidade relativa do ar, precipitação acumulada, temperatura,
velocidade e direção do vento e focos de queimadas. A área monitorada compreende os
talhões de Eucalipto e Pinus sp. que estão localizados dentro dos 39 municípios que integram
a REDEC-I 7. As análises de risco de incêndios são realizadas sobre as condições
hidrometeorológicas dentro e num raio no entorno dos talhões. Sobre condições de baixa
umidade, número de dias sem chuva, intensidade de vento, altura do dossel, presença de
focos de queimadas nas faixas de distância de 5 à 10 km são os principais parâmetros para
produzir alertas em quatro níveis, isto é, observação, atenção, alerta e alerta máximo. O
sistema encontra-se em fase de implantação, mas os primeiros resultados já demonstram
promissores para os agentes de combate a incêndios florestais na região.
Palavras-chave: Geotecnologias, Monitoramento, Incêndios Florestais, CIADEN, TerraMA2
68 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
LA INTERACCIÓN ENTRE ATMÓSFERA INSALUBRE Y POBLACIÓN URBANA:
UNA APROXIMACIÓN DESDE LA GEOVISUALIZACIÓN DIGITAL
PARA EL ANÁLISIS Y GESTIÓN DE RIESGOS
María Jesús Vidal Domínguez
Ana Mellado San Gabino
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía
y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía
y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
Antonio Moreno Jiménez
Rosa Cañada Torrecilla
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía
y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía
y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
RESUMEN
La atmósfera es uno de los principales componentes del ambiente urbano, pero su interacción con la
población resulta elusiva, por ser poco visible. Ello contribuye a una baja conciencia social sobre las
amenazas que supone el aire, a menudo degradado, de la ciudad, excepto cuando los medios de
comunicación publican algún suceso o peligro grave y saltan las alarmas de los organismos
supervisores. La relación calidad del aire - población es además compleja y cambiante, porque
depende de la variabilidad de los estados atmosféricos y de la intensa movilidad espacial de los
individuos. La necesidad de desvelar estas interacciónes y hacerlas más perceptibles se justifica por
tres tipos de razones. En primer lugar, para concienciar e informar a la ciudadanía de los peligros de
una atmófera insalubre, y particularmente a los grupos de población más vulnerables. Segundo, por
la existencia de una normativa europea, que regula la emisión de los contaminates y los grados de
peligrosidad. Y por último, para ayudar en la formación de decisiones, tanto desde la planificación
urbana, como desde las actuaciones públicas y privadas que inciden o se ven afectadas por la
calidad del áire.
Con esas preocupaciones en mente, y en línea con recientes propuestas sobre las nuevas utilidades
de las geotecnologías en los procesos de decisiones espaciales y de participación pública, esta
contribución persigue hacer más perceptible esa interacción entre sociedad y atmósfera urbana a
través de la geovisualización digital. A tal fin el trabajo se estructurará en dos partes. En la primera
se selecciona y prepara la geoinformación relevante, en particular la contaminación estimada de
PM10, O3 y NO2 y la distribución de la población, en algunas grandes metrópolis españolas (Madrid y
Barcelona). Luego, el foco recae en desvelar los patrones de densidad de población y de excesiva
polución y sus coincidencias mutuas. Para ello se diseña y elabora, mediante el concurso de
geotecnologías avanzadas, SIG, una variedad de productos de información visual (mapas e imágenes
3D, así como vuelos o animaciones) orientados a públicos diversos, que permitan apreciar mejor la
potencial interacción espacial entre población (grupos vulnerables) y polución.
La meta última estriba en facilitar, mediante productos cartográficos innovadores, la aprehensión
de la relación sociedad-ambiente, y así impulsar el empoderamiento social y el perfeccionamiento
de las tareas de análisis y gestión de riesgos urbanos.
Palabras clave: geovisualización, contaminación atmosférica, población urbana, riesgos socioambientales, sistemas de información geográfica, ciudades españolas.
69 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
MAPEAMENTO DE SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO EM
ZONA DE AMORTECIMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS BRASILEIRAS,
UTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
Taiana Evangelista dos Reis
Mestranda em Geografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
Vivian Castilho da Costa
Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
Marta Foeppel Ribeiro
Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
RESUMO
Conservar as últimas florestas tropicais é preocupação mundial, e como forma de proteção
legal no Brasil, são criadas Unidades de Conservação da Natureza (UC), dedicadas à
preservação e manutenção da biodiversidade e recursos naturais. O entorno das áreas de
proteção integral (Parques) brasileiras, denominadas de zona de amortecimento (ZA),
também são locais amparados pela lei e as atividades nelas devem ser restritas, a fim de não
gerar impacto sobre a UC. O Parque Estadual do Ibitipoca (PEI) está localizado no Estado de
Minas Gerais e possui uma ZA de 100,41 km². O presente trabalho, portanto, visa estudar e
mapear a susceptibilidade à erosão na ZA do PEI proporcionada pelos tipos de solo, níveis de
declividade e o uso e ocupação da terra, utilizando para tal, técnicas de geoprocessamento
por análise multicritério em ArcGIS. Os resultados permitiram apontar as áreas mais
impactadas, decorrentes de explorações inadequadas no uso da terra e em áreas de solos e
declividade não compatíveis com a proteção dos recursos naturais existentes, facilitando o
risco a ocorrência de degradação, de movimentos de massa e de erosão acelerada. Tais
resultados em SIG, aliados às propostas de manejo adequado e de recuperação das áreas
degradadas, auxiliarão os gestores da UC no controle dos locais mais impactados pela erosão,
evitando o uso desordenado e o avanço das áreas rurais e urbanas na ZA e no interior da área
protegida.
Palavras-chave: Zona de amortecimento, Parque Estadual de Ibitipoca, Geoprocessamento,
Suceptibilidade a erosão.
70 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
Painel 3
Territórios de risco
(previsão, prevenção,
consequências e reabilitação)
Painel 3.1
Riscos geológicos e geomorfológicos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MODELAÇÃO E ANÁLISE DE PERDAS ASSOCIADAS AO RISCO SÍSMICO
Luis Sá
Autoridade Nacional de Proteção Civil
[email protected]
Patrícia Pires
Autoridade Nacional de Proteção Civil
[email protected]
Paulo Henriques
Câmara Municipal de Lisboa
[email protected]
Maria João Telhado
Câmara Municipal de Lisboa
joã[email protected]
RESUMO
Portugal possui um elevado risco sísmico tendo em conta as vulnerabilidades associadas à
ocupação humana bem como o histórico de eventos sísmicos registados. Face à inevitabilidade
da ocorrência de sismos, a abordagem da questão sísmica num contexto Nacional deve
assentar na análise dos seus aspetos fundamentais, e que refletem necessariamente os fatores
que contribuem para a existência de um risco "real" de desastre para a sociedade. É
inestimável a existência e a manutenção de um simulador de danos resultantes de um sismo
com a capacidade de visualização de um cenário, com indicação de danos potenciais, cuja
tipologia possui incerteza difícil de determinar empiricamente. O simulador e as aplicações
dos dados georeferenciados por ele produzidos servem como referencial de suporte ao
planeamento e preparação da resposta a uma emergência sísmica, consistindo numa
simulação matemática composta por modelos de cálculo de danos virtualmente susceptíveis
de serem produzidos por qualquer cenário sísmico. Presentemente existem somente duas
regiões do país abrangidas por tais ferramentas, Lisboa e o Algarve, persistindo uma lacuna no
que respeita ao restante território. Assim, numa tentativa para colmatar este facto, a ANPC e
o Município de Lisboa, unindo esforços e conhecimento técnico, desenvolveram um protótipo
de simulador cuja metodologia é aplicável ao continente português de forma transversal, pelo
que será possível num futuro próximo apresentar um protótipo de Simulador Nacional de Risco
Sísmico.
Palavras-chave: Modelação, Risco Sísmico, Consequências
75 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
IDENTIFICATION DES ZONES SOUMISES À LA DÉGRADATION DU SOL
DANS LE BASSIN VERSANT DE N’FIS (MAROC)
Adama Amaya
Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.
[email protected]
Abdellah Algouti
Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.
[email protected]
Ahmed Algouti
Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.
[email protected]
Nadia El Aaggad
Département de Géologie, Faculté des Sciences, Université Cadi Ayyad, Marrakech, Maroc.
[email protected]
RESUMÉ
Au travers de cette communication, nous nous intéressons à la dégradation du sol, problème
majeur que subissent les bassins versant du Maroc en général, et en particulier le bassin de
N’fis, du fait de son climat semi-aride, sa géomorphologie et les phénomènes anthropiques.
L’objet de ce travail est la spatialisation de la dégradation du sol dans le dit bassin. Plusieurs
méthodes peuvent être adoptées, notamment le suivi de la dynamique de l’occupation du
sol décrite par le couvert végétal, car un sol bien couvert par la végétation ralentit
l'écoulement des eaux tandis qu'un sol nu est plus exposé à l'érosion.
Ce dernier est envisageable par une classification supervisée, sous ENVI, sur des thèmes
collectés sur le terrain. La méthodologie adoptée dans ce travail consiste à créer des cartes
d’occupation du sol, de différentes années. Après la classification et la validation de ces
cartes, la technique de détection de changement est invitée pour déterminer les zones
sensibles à la dégradation. Ceci permet aux décideurs d’envisager un meilleur plan pour la
prévention de risque.
Les résultats seront présentés dans cette communication.
Mots-clés: Risque, sol, végétation.
76 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ÁREAS DE RISCO DE DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS NO BRASIL:
UM ESTUDO SOBRE AS FAVELAS EM CAMPOS DO JORDÃO-SP
Artur Rosa Filho
Departamento de Geografia da Universidade Federal de Roraima, Brasil
[email protected]
RESUMO
Nas últimas décadas do século XX e no início do século XXI , os deslizamentos de encostas têm
aumentado consideravelmente, principalmente nos países subdesenvolvidos, bem como, nos
países classificados como em desenvolvimento. A construção de habitações em encostas
acentuadas alteram a paisagem urbana, agravando os movimentos gravitacionais de massa.
Conhecida por muitos como a “Suíça brasileira”, Campos do Jordão-SP, possui cerca de 47.000
habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica-2010). Encontramos na cidade, além
de belos bairros residenciais, onde são construídos palacetes pelas elites, o seu lado triste,
onde reina a miséria, a fome e o desemprego. São suas favelas, que quase nunca são vistas
pelos turistas durante o famoso Festival de Inverno.
Campos do Jordão, possui várias favelas em situação de risco considerado alto: Britador,
Santo Antônio, Vila Albertina, Monte Carlo e Cachoeirinha. Entende-se que essas favelas
configuram-se sob a lógica da urbanização, como áreas de segregação socioespacial,
representativas das periferias das cidades brasileiras.
Esta investigação é um recorte da Tese de Doutorado onde procurou-se verificar através de
uma abordagem perceptiva como os moradores dessas áreas de risco percebem o perigo e o
próprio risco de, a qualquer momento, perderem suas casas e até suas vidas.
Esse estudo partiu do pressuposto de que as pessoas ao morarem em áreas de risco, ficam
vulneráveis aos deslizamentos e colocam-se à mercê do acaso e nem a experiência adquirida
com os deslizamentos anteriores, as livram da exposição e das tragédias que um novo
deslizamento pode provocar.
Palavras-chave: favelas, áreas de risco, deslizamentos de encostas.
77 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
DESAFIOS COLOCADOS À CARTOGRAFIA DAS ÁREAS DE SUSCEPTIBILIDADE DE
RAVINAMENTO A PARTIR DE ESTUDOS NO CENTRO DE PORTUGAL
Bruno Martins
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Raphael Costa Cristovam da Rocha
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Os ravinamentos são formas de erosão resultantes de processos geomorfológicos que podem
contribuir para a perda de solo. De per si, nem sempre afetam áreas de interesse económico.
No entanto, mesmo que a perda de solo e de produtividade de um campo agrícola por
ravinamento, no seu conjunto, seja considerada de menor importância, os efeitos
secundários, podem traduzir-se em grandes prejuízos. A importância da cartografia deste tipo
de processo geomorfológico, que pode ser entendido como risco geomorfológico, é
proporcional à dificuldade de execução. A multiplicidade de factores que o influência e a sua
arduidade de os representar espacialmente coloca desafios, que a partir de exemplos no
Norte e Centro de Portugal, merecem ser discutidos e analisados.
Palavras-chave:
Portugal.
Ravinamentos,
riscos
geomorfológicos,
cartografia,
78 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
Norte-Centro
de
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
O PAPEL DA VULNERABILIDADE SÍSMICA NA MITIGAÇÃO
DO RISCO SÍSMICO DE NÚCLEOS URBANOS ANTIGOS
Romeu Vicente
Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro
[email protected]
Tiago M. Ferreira
Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro
[email protected]
Rui A. Maio
Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
Por definição o risco sísmico encontra-se associado ao potencial inerente a um evento
sísmico, de despoletar uma situação de emergência, catástrofe ou crise, em determinada
população ou região. Neste sentido, enquanto que a exposição a um determinado risco ao
nível do cidadão é gerida individualmente, a nível governamental esta gestão compreende
responsabilidades políticas, económicas e sociais. Todavia, na grande maioria dos casos, as
estratégias de sensibilização e mitigação do risco sísmico surgem apenas na sequência de um
evento de impacto significativo nas sociedades. Dada a necessidade de canalizar esforços no
sentido de contrariar esta tendência, a mitigação do risco é aqui abordada através da
avaliação da vulnerabilidade sísmica de núcleos urbanos antigos, as zonas potencialmente
mais vulneráveis das nossas cidades. Foi aplicada uma metodologia simplificada que
possibilitou posteriormente a estimativa de cenários de dano e de perdas económicas e
humanas. No tratamento dos resultados foi utilizada uma ferramenta SIG que se revelou
altamente eficaz no mapeamento da vulnerabilidade sísmica e cenários de dano à escala
urbana. Através do mapeamento destes resultados poderão ser elaborados planos estratégicos
de reabilitação do edificado urbano, assim como planos de emergência e evacuação em caso
de ocorrência sísmica.
Palavras-chave: risco sísmico, vulnerabilidade sísmica, índice de vulnerabilidade, núcleos
urbanos antigos, cenários de dano, estimativa de perdas
79 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
O PROCESSO DE OCUPAÇÃO, RISCOS E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
DAS ENCOSTAS DO MUNICÍPIO DE ILHÉUS:
SUBSÍDIOS PARA SEU PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL
Fabiano dos Santos Nunes
Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
[email protected]
Ednice de Oliveira Fontes
Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
[email protected]
Ana Maria Souza Santos Moreau
Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
[email protected]
Joandre Neres de Jesus
Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
[email protected]
RESUMO
O perfil geomorfológico da cidade, apresenta muitas áreas de encostas escarpadas,
constituídas de um espesso manto argiloso, suscetível aos processos erosivos. A ocupação
dessas encostas em Ilhéus, ocasionam um grande problema no contexto sócioeconômico, pois
o uso e ocupação destes territórios sucede-se de forma irregular, fora dos padrões de
segurança que garantam a apropriação pelo homem, sem que haja riscos físicos e sociais ,
podendo levar até a perda de vidas humanas. Neste trabalho o tema pesquisado é de
fundamental importância, pois objetiva-se identificar as áreas e os fatores que concorrem
para que hajam movimentos de massa nas encostas da cidade. Para tal, após consistente
revisão bibliográfica, foram buscadas informações em órgãos públicos e efetuada a pesquisa
de campo, em encostas das áreas norte e sul da cidade, para assim obter-se resultados mais
abrangentes com um melhor distribuição espacial. Os lugares visitados foram fotografados e
geoferenciados. A análise e interpretação dos dados foi feita através de enfoques qualitativos
e quantitativos, e o mapeamento com uso do software ArcGis 10.1. Por fim, revelou-se as
condições precárias nas áreas de encostas com sérios riscos e registros de ocorrência de
movimentos de massa ao longo dos últimos 13 anos. Entende-se a necessidade urgente por
parte das autoridades competentes de soluções para as questões básicas de infra – estrutura
e planejamento urbano das encostas da área urbana de Ilhéus – Bahia..
Palavras-chave: Movimentos de Massa, Erosão, Ocupação Urbana.
80 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS ASSOCIADOS A PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS
NA SERRA DO MAR PAULISTA
Marcelo da Silva Gigliotti
Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil
[email protected]
Estéfano Seneme Gobbi
Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil
[email protected]
Pedro Henrique de Mello Bacci
Comissão Permanente de Licitação, Companhia Docas do Estado de São Paulo, Brasil
[email protected]
RESUMO
As encostas da Serra do Mar do estado de São Paulo (SP), Brasil, apresentam uma alta
complexidade na estruturação do relevo devido às inúmeras variáveis e intensidade para a
área verificadas. Possuem declividades superiores a 30%, grande variação altimétrica,
podendo chegar a desníveis de 1200 metros em poucos quilômetros e elevado índice
pluviométrico (por vezes superiores a 3000 mm anuais), tornando a Serra do Mar um sistema
de intensa dinâmica de processos de formação de relevo, como deslizamentos e rolamento de
blocos.
Alinhado a complexidade dos agentes geomorfológicos, existe a ação antrópica atuante nas
encostas da Serra do Mar, que acarretam em riscos e problemas de ocupação destas áreas
devido à intensificação da erosão. A partir do entendimento da interação dos sistemas
naturais e antrópicos, este trabalho apresenta a gênese e o funcionamento dos processos
geomorfológicos e como estes podem se transformar em riscos para a população.
Entretando as dinâmicas de morfogênese ocorrem de maneira diferenciada na porção
setentrional e na área centro-meridional do litoral paulista, fato facilmente compreendido ao
analisar a mudança no lineamento do Planlato Atlântico e na gênese das praias paulistas. Na
região da juzante da bacia do Rio Ribeira de Iguape há o recuo das escarpas da Serra do Mar,
entretanto os riscos estão associados, devido à baixa declividade, a ocorrencia de eventos de
inundação.
Palavras-chave: Mapeamento de Riscos, Planície Costeira, Serra do Mar, Deslizamentos,
Erosão
81 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CARTOGRAPHIE DES MOUVEMENTS DE VERSANT DANS LE BASSIN VERSANT
DE L’OUED DADES (HAUT ATLAS CENTRAL, MAROC)
Nadia El Aaggad
Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie
[email protected]
Ahmed Algouti
Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie
[email protected]
Abdellah Algouti
Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie
[email protected]
Adama Amaya
Université Cadi Ayad, Faculté des sciences Semlalia, département de géologie
[email protected]
RESUMÉ
Le bassin versant de Boumalne-Dades se localise sur le versant sud du Haut Atlas central
Marocain, entre les latitudes Nord 32°00’et 30°54’ et les longitudes Ouest 5°23’ et 6°44’, au
Nord-est de la ville d’Ouarzazat. Il couvre une superficie de 6796 km2 et présente un relief
très accidenté avec des altitudes qui varient entre 1600m et 3000m. La partie amont de ce
bassin est affecté par une importante morphogenèse. Les mouvements de terrain présentent
une variété remarquable dans le secteur d’étude et jouent un rôle prépondérant dans
l’évolution du versant. Les missions de terrain, les études géologique et géomorphologique
détaillées, une enquête auprès des populations locales et des analyses sédimentologiques
nous ont permis de faire une typologie des mouvements de terrain et de dégager les facteurs
de leur développement et de leur localisation.
Les principaux types de phénomènes affectant le bassin sont :
- les chutes de blocs et les éboulements, en particulier dans les terrains calcaires fracturés du
Jurassique,
- les basculements de terrain, fréquents dans les conglomérats et cailloutis du Mio-Mliocène ,
ou encore dans les anciennes terrasses du Quaternaire,
- le ravinement des terrains, observé couramment le long de la route R704, entre la ville de
Boumalne et la commune rurale de Tilmi,
- L’érosion des berges, phénomène peu fréquent.
La cartographie régionale de ces mouvements permet une appréciation globale de la
susceptibilité du bassin de Dades aux instabilités des terrains. Il s’agit d’un document
d’information et de sensibilisation sur les risques de mouvements de terrain de cette région.
Mots-clés: Boumalne-Dades, mouvements de terrain, cartographie, Maroc.
82 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS E VULNERABILIDADES NA COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA
DA SUB-BACIA DO RIO GAVIÃOZINHO, BAHIA, BRASIL
Rafael Carvalho Santos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Brasil
[email protected]
RESUMO
A relação sociedade-natureza quando realizada de forma inadequada pode ocasionar uma
série de riscos e vulnerabilidades não apenas para a sociedade, como também para a
natureza. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de caracterizar os aspectos
geomorfológicos da Sub-bacia do Rio Gaviãozinho e identificar os possíveis riscos e
vulnerabilidades ambientais desencadeados/intensificados pelo uso e ocupação do solo de
forma inadequada. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico e documental,
assim como pesquisa de campo, posteriormente os dados coletados foram analisados e
sistematizados. A compartimentação geomorfológica da Sub-Bacia do Rio Gaviãozinho é
composta por duas unidades: o Planalto dos Geraizinhos e o Piemonte Oriental do Planalto de
Vitória da Conquista. Devido à ocorrência de chuvas torrenciais e a degradação da vegetação
natural, associados ao substrato geológico e ao desnível topográfico desta área, são
oferecidas condições propicias a atuação do intemperismo químico e de processos erosivos,
principalmente, no contato com outras unidades geomorfológicas que ocorre de maneira
abrupta. Assim, devido às transformações ambientais geradas pelos diversos usos econômicos
a área de estudo se encontra fortemente vulnerável a ocorrência de movimentos de massa e
outros impactos negativos.
Palavras-chave: Relevo, Uso do solo, Degradação ambiental.
83 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
SUIVI DU RISQUE DE DÉGRADATION DES SOLS PAR TÉLÉDÉTECTION:
APPLICATION AU BASSIN VERSANT D'OUED FERGOUG
DANS LES MONTS DES BÉNI-CHOUGRANE EN ALGÉRIE
Zahira Souidi
Faculté des SNV, Laboratoire LRSBG, Université de Mascara
[email protected]
Abderrahmane Hamimed
Laboratoire LRSBG, Université de Mascara
[email protected]
Frédéric Donze
Laboratoire 3S, Université Joseph Fourier (UJF)
[email protected]
RESUMÉ
En Algérie du Nord, le phénomène d'érosion hydrique présente la forme de dégradation
physique des sols la plus importante affectant les reliefs, la production du sol et la stabilité
des versants. Pour suivre la progression de ce phénomène insidieux et pour évaluer les
résultats des actions de lutte, les outils spatiaux, tels que la télédétection et les systèmes
d'informations géographiques (SIG), semble être privilégiés, car ils permettent d'élaborer des
cartes précises sur la progression de la dégradation à partir des indicateurs écologiques qui
mettent en évidence les transformations du milieu. Ces indicateurs sont très corrélés aux
paramètres radiométriques de surface, tels que l'albédo, l'indice de végétation (NDVI) et la
température de surface.
L'objectif de cette étude est de développer une méthodologie pour la cartographie du risque
de dégradation par utilisation combinée de l'information acquise par les capteurs satellitaires
et des variables dérivées du modèle numérique de terrain (MNT). Le site pilote retenu est un
écosystème montagneux très vulnérable à l'érosion hydrique, situé dans les monts des Bénichougrane (nord-ouest de l'Algérie). La méthodologie présentée consiste à développer un
indice quantitatif de dégradation des sols en fonction de deux paramètres : la fraction
d'évaporation (EF), qui discrimine l'état hydrique de surface, et l'indice de végétation
standarisé (NDVIs) qui reflète l'activité chlorophylienne des surfaces.
La synthèse de l'ensemble des informations dans un SIG, ainsi que leurs confrontations avec
les données géomorphologiques, ont permis de dresser des cartes de sensibilité à l'érosion
hydrique selon cinq degrés souvent corrélé à la densité de végétation. Il ressort que les zones
en état dégradé et très dégradé couvrent 29% de la superficie du bassin versant contre 43%
des terres à couvert végétal dense ou très dense. Le reste (28%) étant en état critique.
Mots-clés: Erosion hydrique, SIG, Télédétection, Algérie.
84 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
CONSTRUCCIÓN DE ESCENARIOS SOCIALES DE RIESGO
POR FENÓMENOS VOLCÁNICOS EN COLOMBIA
Yolanda Hernández Peña
Facultad del Medio Ambiente, Universidad Distrital Francisco José de Caldas
[email protected]
Germán Vargas Cuervo
Departamento de Geografía, Universidad Nacional de Colombia
[email protected]
RESUMEN
En Colombia, la historia de la gestión del riesgo se inició en 1986 con el evento volcánico del
Ruiz que destruyó la población de Armero y ocasinó la muerte de cerca de 25.000 habitantes.
A partir de este evento y otros como el Galeras en 1993 y el Hulia en 1994, se ha avanzado en
la construcción de mecanismos tecnicos para logar una mejor gestión del riesgo. Progresos
notables se han visto en los modelos de zonificación de la amenaza y monitoreo con alertas
tempranas por procesos volcánicos, pero aún existe un gran vacío en la gestión social del
riespo enfocado al manejo de las comunidades expuestas.
Este estudio, realizado en el marco de una investigación Doctoral con la Universidad Nacional de
Colombia, a través de trabajos realizados con las comunidades locales indigenas y habitantes de
zonas de influencia de fenómenos volcánicos, (Galeras, Machin, Huila y Ruiz), se ha orientado a
obtener lineamientos sociales sobre factores de aprendizaje de su medio de vida y percepciones
e imaginarios referente a la amenaza para mejorar la gestión del riesgo.
La investigación realizada se fundamentó en una metodología mixta entre lo tecnico y lo
social, con el uso de tecnologías de sensores remotos para la espacialización de la amenaza
respecto a los centros poblados y sus actividades socio económicas, y estudios etnográficos,
bajo los postulados del constructivismo.
Los resultados evidencian distintas construcciones culturales y procesos históricos alrededor
de los fenómenos volcánicos, lo cual se constituye en importantes elementos para la
generación de procesos resilientes y de gestión del riesgo.
Palabras clave: Volcanes, Colombia, Resiliencia, Gestión, Riesgo
85 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
OS FLUXOS DE ESCOAMENTO SUB-SUPERFICIAIS
E SUA RELAÇÃO COM OS PROCESSOS DE VOÇORACAMENTO:
UM PROCESSO DINÂMICO DE CAPTURAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS.
Kátia Gisele de Oliveira Pereira
Curso de Geografia/RISCOS
[email protected]
António de Sousa Pedrosa
Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS
[email protected]
RESUMO
A origem paleogeográfica da área de pesquisa conta com a ocorrência dos derrames vulcânicos que
deram origem aos basaltos da Formação Serra Geral, rocha encontrada na base dos principais cursos
d'água da região. Esse processo gerou abatimento regional com a capacidade de deposição dos
arenitos do Grupo Bauru. O local foi de ambiente de deposição, no período neocretácico,
preenchido por sequência arenosa siliciclástica em clima semiárido, nas bordas Norte e Nordeste da
bacia do Paraná, com sedimentos provenientes de alterações e erosão de rochas paleozóicas e précambrianas de área fonte das bordas da bacia. O Grupo Bauru, na área de pesquisa é representado
nesta área por: i) arenitos da Formação Marília que foi gerada em sistemas de leques aluviais
marginais, ii) a Formação Adamantina que está relacionada com sistemas fluviais de rios
anastomosados e planícies com lagoas efêmeras nas porções centro e nordeste da bacia, ii) a
Formação Uberaba, restrita ao extremo nordeste da bacia do Paraná, com contribuição de material
vulcânico piroclástico. A área de pesquisa corresponde às bacias dos ribeirões Douradinho, Panga e
Estiva, afluentes do rio Tijuco (MG), localizada no Oeste do Triângulo Mineiro no contato da
chapada com o relevo dissecado do rio Tijuco (MG). Essa área é classificada como de relevo
medianamente dissecado em que os topos são nivelados entre 620 e 930 metros, englobando
vertentes convexas e suaves, com declives compreendidos entre os 3º e os 15º. Nessas vertentes são
encontradas as rupturas sustentadas por lateritas, pelos arenitos conglomeráticos e níveis de
material mais argiloso, onde ocorre o afloramento do lençol freático, originando áreas
hidromórficas de média vertente e formando as nascentes e as veredas, que se relacionam
diretamente com afloramento do lençol freático sustentado por essas rupturas. Nas cabeceiras dos
principais cursos de água ocorrem a captura de drenagem por recuo das cabeceiras, com captura do
fluxo sub-superficial. Neste compartimento são encontrados intensos voçorocamentos alinhados com
as rupturas nas vertentes e também, com o rebaixamento do nível de base. Os fatores que estão na
base da gênese deste processo são diversos: i) forte concentração da precipitação no período
chuvoso (outubro-março) desta região: ii) ocupação humana pouco ordenada associada ao forte
desmatamento que se verificou pós década de setenta do século passado, iii) a alta susceptibilidade
dos solos, iv) a importância dos fluxos sub-superficiais, v) a tectónica ativa pode ter levado a
rearranjos morfológicos e, consequentemente a alterações nos fluxos de drenagem sub-superficiais,
com consequências na dinâmica dos voçorocamentos. Este último aspecto pode ter levado que a
forte dinâmica sub-superficial associada às voçorocas tenha contribuido para a explicação de
capturas recentes no sistema de rede de drenagem. O objetivo deste trabalho, é mostrar, com
exemplos concretos, a dinâmica de erosão acelerada associada às voçorocas e sua importância para
explicar a dinâmica de evolução de algumas formas de relevo e das redes de drenagem superficiais.
Palavras-chave: Fluxo de água sub-superficial, descontinuidade litológicas, voçorocas, Bacia Bauru.
86 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
Painel 3.2
Riscos climáticos e hidrológicos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
IMPACTOS DE EVENTOS PLUVIAIS EXTREMOS NO ESTADO DO PARANÁ- BRASIL
Lindberg Nascimento Júnior
Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil
[email protected]
João Lima Sant’Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil
[email protected]
RESUMO
A vulnerabilidade da população às chuvas nas regiões de transição climática (entre a região
tropical e a zona temperada) somam-se o contexto de climas bastante dinâmicos com baixa
previsibilidade, e a estrutura dos sistemas socioespaciais. Desta forma, períodos de chuvas
adversas e extremas se destacam como elemento deflagrador de impactos e desastres com
diferentes intensidades e muitas consequencias. Nessa perspectiva, este trabalho apresenta e
analisa a espacialização dos desastres ocasionados pelas chuvas, e notificados pela defesa
civil no Estado do Paraná - Brasil. O intuito é regionalizar a ocorrência destes eventos,
tratados como risco climático, e entendê-los como um atributo na análise geográfica do
clima, e da vulnerabilidade socioespacial. Utilizou-se de séries históricas pluviométricas e
informações sobre os desastres notificados por município. Os resultados apresentam que os
eventos relacionados às chuvas intensas se destacam para os municípios com áreas urbanas
populosas, gerando problemas de enchentes e inundações, com perdas materiais
(principalmente residências danificadas e/ou destruídas) e de vida.
Palavras-chave: Precipitação, Vulnerabilidade, Estado do Paraná.
89 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCOS ASSOCIADOS ÀS CHUVAS INTENSAS
EM INDAIATUBA, SÃO PAULO, BRASIL
Marina Sória Castellano
Doutoranda, Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas,Brasil
[email protected]
Lucí Hidalgo Nunes
Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas,Brasil
[email protected]
RESUMO
Indaiatuba, cidade brasileira, faz parte da Região Metropolitana de Campinas, área que
detêm grande parte da renda nacional, mas com alto grau de segregação sócioespacial. O
objetivo é levantar dias em que ocorreram chuvas extremas na cidade e observar os impactos
mais frequentes de 1970 a 2010. Foram levantados dados diários de 11 postos pluviométricos
da Região e os dias em que ocorreram os eventos foram identificados pela técnica dos
quantis. O levantamento de impactos foi feito na Fundação Pró-Memória, com consulta a
jornais. A análise mostra que os casos de alagamento de imóveis, vias e desabamento foram
os que tiveram registros em todos os períodos. Os casos de alagamento de imóveis estiveram,
em todas as décadas, entre os 3 tipos de impactos mais recorrentes e os casos de mortes
foram registrados apenas na década 3. De maneira geral, houve tendência de aumento nos
tipos de impactos (de 8 para 32 da primeira para a última décadas) e na quantidade de
registros (de 38 para 733), fato relacionado à vulnerabilidade da população e à falta de
planejamento urbano.
Palavras-chave: evento extremo, impactos, Indaiatuba, Brasil
90 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
INVESTIGATION OF THE TRENDS IN RAINFALL DATA
IN SLOVAKIA, PORTUGAL AND LIBYA
Martina Zeleňáková
Department of Environmental Engineering,
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Pavol Purcz
Department of Mathematics, Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Maria Manuela Portela
Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon
[email protected]
Helena Hlavatá
Slovak Hydrometeorological Institute
[email protected]
Ibrahim Gargar
Department of Environmental Engineering,
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
ABSTRACT
One of the goals of the hydrological risk assessment is to reduce the impacts of droughts and
floods. The objective of study is to investigate rainfall trends in climatic stations in Slovakia,
Portugal and Libya. Annual and monthly precipitation trends were detected by the MannKendall non-parametric statistical test. The annual rainfall series at the Portuguese and
Libyan climatic stations show downwards trends (decreasing rainfall) while the series at the
Slovak climatic stations show upwards trends (increasing rainfall). In Slovakia the monthly
rainfall is increasing, except for the months of November and August with decreasing rainfall.
The results are in accordance with the IPCC forecasts. They also indicate that the variability
of extreme rainfall and the climate uncertainty are greater in recent times.
Keywords: precipitation, trend, Mann-Kendall, climatic change.
91 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE EVENTOS DE CHUVAS EXTREMAS
NA CIDADE DE JOÃO PESSOA – PB
Francisco de Assis Salviano de Sousa
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Valmir Rocha
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Carmem Terezinha Becker
Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba
[email protected]
RESUMO
Os desastres naturais mais comuns no Brasil são as secas, os deslizamentos, os desabamentos
e as inundações. Os três últimos são consequências em parte dos eventos extremos de chuvas.
Os deslizamentos quando ocorrem em áreas urbanas no período das chuvas causam danos
materiais e mortes. Não por acaso, são consequências também da ineficiência do sistema de
drenagem e da remoção indiscriminada da cobertura vegetal. Essas ações combinadas com as
chuvas aumentam a saturação de água no solo, reduz sua resistência e provoca sua ruptura.
Os desmoronamentos são devidos ao mau uso do solo, má distribuição de renda, falta de
moradia digna e má qualidade da educação pública. As inundações são geralmente
acumulações de lâminas de água que podem invadir o interior das edificações e causar
transtornos para a mobilidade urbana de pedestres e veículos. Esses eventos dependem de
medidas estruturais, mas não prescindem da boa educação dos habitantes urbanos e de
medidas não estruturais. O objetivo deste trabalho foi utilizar as precipitações máximas
diárias entre o período de 1912 a 2013 e metodologia estatística para avaliar os riscos de
eventos de chuvas extremas na cidade de João Pessoa – PB. Como resultados se verificaram
tendências positivas no número de dias com chuvas e nas magnitudes das precipitações
máximas diárias. O ajuste dos eventos extremos de chuvas à função distribuição de
probabilidade de Gumbel possibilitou as estimativas dos riscos para uma específica magnitude
de chuva.
Palavras-chave: Eventos extremos, precipitação máxima, deslizamentos, desabamentos e
inundações
92 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
EXTREME CLIMATIC PERIODS IN EASTERN SLOVAKIA LOWLANDS
Vlasta Ondrejka Harbuľáková
Department of Environmental Engineering,
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Martina Zeleňáková
Department of Environmental Engineering,
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Pavol Purcz
Department of Mathematics, Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Maria Manuela Portela
Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon
[email protected]
Helena Hlavatá
Slovak Hydrometeorological Institute
[email protected]
Michaela Stračarová
Department of Environmental Engineering,
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
ABSTRACT
The climate-induced natural disasters and occurrence of extraordinary weather events caused
serious problems in many countries of the world. An analysis of interrelations among
atmospheric circulation indices, air pressure, and precipitation totals in Slovakia also shows
the great importance of changing atmospheric circulation on climate in Central Europe,
mainly in the areas with complex topography. Changes in precipitation and temperature lead
to changes in runoff and water availability. IPCC states that runoff is projected with high
confidence to increase by 10 to 40% by mid-century at higher latitudes and decrease by 10 to
30% over some dry regions at mid-latitudes due to decrease in rainfall and higher rates of
evapotranspiration. The objective of this paper is to analyse variability of long-term
precipitation data series over the last 30 years for precipitation stations in Slovakia lowlands
situated in the east of the country. Statistics of precipitation extremes, extraordinary
summer rainfall event, and occurrence of wet and dry periods in different zones of special
altitudinal profile in approximately 110 metres above the see level are presented in this
work.
Keywords: dry period, wet period, hydrological extremes.
93 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
QUANDO NÃO SE APRENDE COM A CATÁSTROFE:
A NEGLIGÊNCIA COM AS ESTRATÉGIAS DE RESILIÊNCIA URBANA
NUMA CIDADE AFETADA POR DESASTRE NATURAL
Emerson de Oliveira Muniz
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Brasil
[email protected]
Franciele de Oliveira Pimentel
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil
[email protected]
RESUMO
Com base na paisagem como categoria espacial de análise, o presente artigo faz uma
interpretação geográfica do desastre deflagrado por inundação na cidade de Areal no
contexto da maior catástrofe socioambiental da história brasileira, que se processou na região
Serrana do estado do Rio de Janeiro no dia 12 de janeiro de 2011. O trabalho expõe como as
dinâmicas físicas e sociais interagiram e geraram/amplificaram o desastre natural na
localidade. A partir do mapeamento da área atingida pela inundação e do desastre natural
ocorrido, de seus fatores geradores aos seus impactos, o trabalho discute a recuperação da
cidade sem a devida consideração de medidas de resiliência urbana que possam aumentar o
nível de preparo da comunidade local caso ocorra no futuro uma repetição daquela
conjuntura estabelecida em janeiro de 2011. Numa contemporaneidade na qual as estatísticas
apontam o incremento dos desastres naturais em todo o mundo, sobretudo em nações
emergentes como o Brasil, o trabalho busca contribuir no debate acadêmico sobre as ações de
prevenção, preparo e resposta em comunidades ameaçadas por inundação.
Palavras-chave: Inundação. Desastre natural. Resiliência urbana.
94 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MEDIDAS PREVENTIVAS NA GESTÃO INTEGRADA
DO RISCO DE INUNDAÇÃO EM PORTUGAL:
O PLANEAMENTO PARTICIPATIVO E O PAPEL DAS COMUNIDADES LOCAIS
Francisco da Silva Costa
Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Carmen Ferreira
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
[email protected]
Maria Gouveia
Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Em várias regiões do globo verifica-se anualmente a repetição de catástrofes naturais
associadas a inundações e aos seus mais diversos prejuízos. A falta de políticas que promovam
a gestão integrada de inundações em Portugal é uma realidade, sendo que o investimento de
recursos financeiros é essencialmente concentrado na resolução das crises em detrimento de
medidas técnico-administrativas de prevenção e preparação para as emergências. A
prevenção passa por tomar as medidas necessárias e indispensáveis para limitar a ocorrência
ou reduzir os efeitos negativos de uma crise. Neste contexto, destaca-se o planeamento
participativo já que implica todos os interessados no desenvolvimento de políticas de gestão
do risco de inundação e permite aos habitantes das regiões vulneráveis escolher o nível de
risco que estão prontos para assumir. O papel das comunidades locais no processo de gestão
de risco de inundação torna-se assim vital: esta é a principal interessada na preparação
contra este tipo de eventos hidrológicos.
Com esta comunicação, pretende-se contribuir para a discussão dos modelos de gestão do
risco de inundações em Portugal, salientando a importância do planeamento participativo
como ferramenta para a prevenção e enfrentamento de cenários de catástrofe. Com base na
experiência de Portugal, vamos aprofundar o debate sobre bases metodológicas de trabalho,
bem como a sua integração em políticas comuns de proteção civil da União Europeia.
Palavras-chave: Prevenção, Gestão integrada, Proteção civil.
95 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
NOVAS MEDIDAS ESTRUTURAIS PARA DIMINUIÇÃO
DO RISCO HIDROLÓGICO NO FUNCHAL
António Betâmio de Almeida
Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), I.S.T
[email protected]
Sérgio Lopes
Gabinete de Estudos e Serviços de Hidráulica/Direção Regional de Infraestruturas e Equipamentos
[email protected]
RESUMO
A área do Funchal é ocupada maioritariamente por três bacias hidrográficas, alongadas no
sentido norte-sul: as ribeiras de São João, de Santa Luzia e de João Gomes, todas com
elevado grau de perigosidade natural às cheias, desencadeadas por episódios de precipitação
intensa e de curta duração. O risco hidrológico é elevado na medida em que o sector inferior
das bacias coincide com o centro urbano, por onde os seus cursos de água principais correm
até ao mar. Nestas bacias a cheia é um fenómeno complexo, em que, ao escoamento de água
se junta uma mistura de detritos variados, desde partículas, até blocos rochosos de grandes
dimensões, daí a designação local de aluvião.
Depois do evento catastrófico de 20 Fevereiro de 2010 e no âmbito do estudo de avaliação do
risco de aluvião, que lhe sucedeu , foram equacionadas várias medidas estruturais de redução
do risco. Para controlar o transporte de material sólido no troço intermédio dos cursos de
água principais, a montante das áreas urbanizadas, propôs-se a implementação de estruturas
transversais ao leito das ribeiras de retenção de sólidos, prevendo-se desta maneira, a
redução do transporte de carga de fundo a jusante, com a consequente minimização da ação
hidráulica erosiva nos troços urbanos regularizados. Por seu lado, para o troço terminal das
ribeiras, as soluções alcançadas foram balizadas pelo objetivo de promover o transporte do
caudal sólido.
Na comunicação apresentam-se as características gerais das estruturas.
Palavras-chave: ribeiras do Funchal, aluvião, soluções hidráulicas estruturais.
96 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO HIDROMORFOLÓGICA DE CANAIS
COMO SUBSÍDIO À GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÕES URBANAS:
BACIA DOS RIOS GUAXINDIBA/ALCÂNTARA (RIO DE JANEIRO, BRASIL)
Fernando Souza Damasco
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil)
[email protected]
Sandra Baptista da Cunha
Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
[email protected]
RESUMO
A necessidade de estabelecer parâmetros na gestão de inundações urbanas tem norteado os
estudos nessa temática. A geomorfologia fluvial antrópica pode auxiliar no sentido de
identificar pontos críticos de concentração do fluxo, relacionando-os aos ajustes nos canais
pela ação antrópica e aos quadros de degradação hidromorfológica dos canais. Esse trabalho
se propõe a relacionar a degradação dos canais à ocorrência de inundações (flashfloods) na
bacia dos rios Guaxindiba/Alcântara (Rio de Janeiro, Brasil). A mensuração da degradação dos
canais por ação antrópica abrangeu as estruturas do leito (desenvolvimento do canal e curso
longitudinal), das margens (seções transversais), e da planície aluvial (uso da terra e faixa
ciliar). A avaliação foi visual e consistiu na análise de trechos de 250 metros a jusante e a
montante de 7 pontes. Os dados colhidos foram quantificados e transformados em índices,
que classificam os estágios de degradação em crítico, avançado, intermediário, inicial e
natural. Como resultado, concluiu-se que a bacia encontra-se em um estágio avançado de
degradação hidromorfológica, marcada pela alteração brusca dos traçados dos canais fluviais,
das estruturas do leito, das margens, da faixa ciliar e de impermeabilização da planície
adjacente. O resultado da análise hidromorfológica, comparado aos dados de enchentes da
Defesa Civil Municipal, sugerem que as áreas onde os canais estão mais degradados estejam
também mais suscetíveis à ocorrência de inundações.
Palavras-chave: Inundações urbanas,
geomorfologia fluvial antrópica.
degradação
ambiental,
97 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
ajustes
nos
canais,
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
NO MUNICÍPIO DE BARRAS/PIAUÍ - BRASIL
Francisca Cardoso da Silva Lima
Centro de Ciências Humanas e Letras, Universidade Estadual do Piauí – Brasil
[email protected]
RESUMO
O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade
de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte
entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A
ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e
remontam aos primórdios da história do Brasil. A pesquisa tem como objetivo conhecer a
oferta hídrica subterrânea do município de Barras Piauí, analisando a qualidade das fontes:
poço tubular, poço escavado e fonte natural. Realizou-se o cadastramento das fontes de
abastecimento por água subterrânea, com uso do GPS, e obtenção das informações passíveis
de ser coletadas através de visita técnica. A análise dos dados permitiu as seguintes
conclusões: em termos de domínio hidrogeológico, predominam as rochas da Bacia
Sedimentar do Parnaíba, que possuem porosidade primária, condições de armazenamento e
fornecimento de água, em termos de qualidade das águas subterrâneas, cerca de 88% dos
poços apresentam água doce, 11% são salobras e 1% são salgadas, todos os poços necessitam
de manutenção periódica para assegurar seu funcionamento, principalmente, em tempos de
estiagens prolongadas.
Palavras-chave: Estiagem, Águas subterrâneas, Subsistência.
98 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANALYSE DU RISQUE ALIMENTAIRE AU NIVEAU DE L’INDUSTRIE
AGROALIMENTAIRE DE LA VILLE D’ORAN DE L’OUEST ALGERIEN
Chafika Hebbar
Institut de Maintenance et de Sécurité Industrielle /Université d’Oran, Algérie
[email protected]
Dounia Merzoug
Laboratoire Réseau de Surveillance Environnementale/Université d’Oran, Algérie
[email protected]
Sid Ahmed Kerfouf
Faculté des Sciences de la Nature et de la Vie/Université Djillali Liabès, Algérie
[email protected]
Zitouni Boutiba
Laboratoire Réseau de Surveillance Environnementale/Université d’Oran Algérie
[email protected]
RESUMÉ
Le risque résulte de deux éléments: environnement dangereux pour la santé et population
soumise au risque. Pour caractériser un environnement dangereux pour la santé, il faut
identifier la toxicité des éléments environnementaux.
Pour caractériser la population, il faut l’identifier, préciser l’intensité et la durée
d’exposition au risque à un milieu pour un groupe d’individus et relever les états de mortalité
associés. Le risque alimentaire peut entrer dans les risques majeurs pour l’homme.
Les aliments sont vecteurs de deux types de dangers compromettant leur sécurité: les
dangers biologiques incluant les bactéries et les dangers chimiques incluant les contaminants
chimiques de l’environnement et les résidus de végétaux.
Le but de l’analyse de risque alimentaire est de déterminer si une substance donnée peut
poser un problème de santé publique, de caractériser les individus les plus à risques et les
moyens efficaces pour des mesures de sécurité sanitaire. L’analyse du risque alimentaire est
réalisée par la méthode HAZOP qui oriente le choix d’équipements, de conception et de
méthodes d’installation qui apporteront la sécurité des personnes travaillant dans l’usine, de
l’environnement et du public. Les aliments contiennent diverses substances (pesticides) qui,
lorsqu’elles sont fortement ingérées peuvent avoir des effets néfastes sur la santé.
L’étude des moyens d’actions fait appel aux compétences de médecins, toxicologues,
biologistes et épidémiologistes.
Mots-clés: aliment, consommateur, risque alimentaire, Oran, Algérie.
99 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ANALYSIS OF FLOODS IN 2010 IN THE EASTERN SLOVAKIA
Martina Zeleňáková
Department of Environmental Engineering
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
Maria Manuela Portela
Department of Civil Engineering, Architecture and Geo Resources, Technical University of Lisbon
[email protected]
Lenka Gaňová
Department of Environmental Engineering
Faculty of Civil Engineering of the Technical University of Košice
[email protected]
ABSTRACT
The main cause of flood events that has occurred during May and early June 2010 in the
Slovak republic and culminated in a historic flood situation was not only day of rich and
intense rainfall, but high saturation of basins affected by the previous rainy season. The flood
situation in May and June 2010 at river basins of the eastern Slovakia has brought great
damage to property, such as landslides, damaged houses, gardens, cottages, damaged
highways and local roads, bridges, cemeteries, flooded buildings, wells and mosquito strikes
after floods. The paper is focused on the analysis of the flood situation in the spring of 2010
at the eastern Slovakia.
Keywords: floods, damages, eastern Slovakia.
100 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
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“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO PARA A GESTÃO DO RISCO DE INUNDAÇÃO
Maria José Roxo
e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Carlos Pereira da Silva
e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Pedro Dias
e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
RESUMO
A Directiva Europeia 2007/60/CE relativa à avaliação e gestão dos riscos de inundação foi
transporta para o país através do Decreto-Lei nº 115 de 22 de Outubro de 2010. Estabelece
que para cada região hidrográfica ou em cada unidade de gestão que venha a ser definida,
será avaliado o risco de inundação e as respectivas medidas de mitigação. No artigo 9.º Planos de Gestão dos Riscos de Inundação - Ponto 3, refere que os planos de gestão dos riscos
de inundações devem ter em conta aspectos relevantes como, a) Os custos e os benefícios,
das ações a implementar, entre outras. O projecto Flood-CBA financiado pela União Europeia
(Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014), que envolve seis países (Alemanha, Espanha, Grécia,
Portugal, Reino Unido e Roménia), pretende contribuir para a implementação da metodologia
de Análise de Custo-Benefício (ACB), na gestão do risco de inundação. Assim, está em fase de
finalização uma Plataforma de Conhecimento (www.floodcba.eu) cujo objectivo é facilitar a
recolha e troca de informação entre os agentes sociais (autoridades responsáveis, serviços
técnicos e comunidade científica) e oferecer uma visão global dos modelos actuais e boas
práticas, bem como consolidar metodologias e melhorar a compatibilidade dos resultados da
aplicação da ACB. Os resultados já obtidos, através de inquéritos a stakeholders, permitem
concluir da pertinência desta plataforma, devido à falta de experiência na aplicação da ACB
no contexto da gestão de risco de inundação a nível nacional.
Palavras-chave: Risco de Inundação, Avaliação, Custo-Benefício, Gestão Colaborativa.
101 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
FLASH FLOODS IN ARID REGIONS:
CONCEPT AND EXPLAINING ELEMENTS ON THEIR OCCURRENCE
Mosbah BenSaid
Amine Hafnaoui
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
Nora Bouchahm
Madi Mouhamed Said
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
Fantina Tedim
Abderahmane Noui
Faculty of Arts, University of Porto/ CEGOT
[email protected]
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
Ali Hachemi
Science Research Center of Arid Regions of
Algeria/ CRSTRA
[email protected]
ABSTRACT
Floods rank highly among natural disasters in terms of the number of people affected and the
number of fatalities. In several countries all over the world, governments are paying
increasing attention to research on flash floods. Flash floods are not specific to humid
regions but also reach the arid regions such as China, Saudi Arabia, Morocco and Algeria.
Most of the Algerian territory is classified as arid lands. The country has known several floods
that caused significant human and material damages. Severe flooding has been reported
namely those of Adrar (October 2004 and January 2009), Ghardaia (October 2008) and Bechar
(October 2008).
Considering as case-studies the mentioned events, this paper discusses the conceptualization
of flash floods in arid regions using a disaster risk reduction approach. The relation between
the characteristics (e.g., duration, magnitude, speed, precipitation values) of the physical
process and the morphology and land use of the watershed is analysed. Predicting the
occurrence of flash floods and mitigate the impact is a fundamental issue that deserves to be
discussed by the scientific and political communities in order to develop measures to
decrease the impacts of flash flood events even in a context of uncertainty related with land
use and climate changes.
Keywords: Flash floods, arid regions, disaster risk reduction, Algeria.
102 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
SUSCEPTIBILIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VEZ AO RISCO DE CHEIA
Maria Augusta Fernandéz Moreno
CITTA/FEUP/FCTUC
[email protected]
Glória Gonçalves
CEG - Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa
Doutoranda da Universidade Aberta
[email protected]
RESUMO
A determinação dos usos sustentados do território depende, entre outros fatores, do risco
associado aos vários perigos que nele ocorrem, como é o cas das inundações, os quais podem
implicar perdas de pessoas e bens. As inundações afetam as áreas rurais e perímetros urbanos
da bacia hidrográfica do rio Vez (BHRVez), localizada na região hidrográfica do Lima, com um
historial de ocorrências de inundações que se estende pelo menos por um século. Contudo, se
a BHRVez gerida de forma sustentável evitar-se-á custos elevados, sejam de proteção ou de
recuperação.
Numa fase inicial da determinação do risco de inundação é necessário conhecer as principais
variáveis que condicionam a ocorrência deste tipo de fenómenos extremes a partir da relação
entre a precipitação e o relevo considerando os ritmos sazonais e extremos, e a sua relação
com o escoamento. Utilizam-se os dados de precipitação e caudal da série 1960-1990 das
estações de Casal Soeiro, Cabreiro e Pontilhão de Celeiros, disponibilizados pelo Sistema
Nacional de Informações de Recursos Hídricos, e dados morfométricos, geológicos e do uso do
solo.
Assim também, verificamos a possibilidade de testemunho para os vários eventos ocorridos
durante os séculos XX e XXI, tendo por base a informação disponível em documentos escritos,
seja jornais e censos que permite caracterizar a dinâmica sociodemográfica e as perdas
ocorridas durante os eventos de maior magnitude.
A modelização do risco de cheia é trabalhada segundo as propostas metodológicas de Reis
“Avaliação da suscetibilidade” e Fernández “Unidades Territoriais de Risco”. A analise baseiase na identificação das áreas inundáveis e da resiliência/vulnerabilidade das populações e das
unidades territoriais.
O modelo resultante será ajustado através da modificação progressiva das funções influentes
que representam as condições da bacia hidrográfica.
Palavras-chave: Precipitação, escoamento, cheias, risco, vulnerabilidade.
103 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
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ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ENQUANTO FATOR DESENCADEANTE DE INUNDAÇÕES
URBANAS: UM ESTUDO DE CASO DA CIDADE DE PATOS DE MINAS – MG/BRASIL.
Camilla Silva Magalhães
Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
António de Sousa Pedrosa
Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS
[email protected]
RESUMO
O crescimento rápido das cidades é uma das marcas do processo de urbanização que
caracteriza final o séc. XX e início do XXI. Ao ocupar as áreas próximas aos cursos de água, o
homem impermeabiliza e modifica o processo de escoamento superficial, dando origem a
vários problemas ambientais. A ocorrência de eventos extremos de chuva com forte
intensidade e alta concentração temporal gera um aumento do escoamento superficial, que
eleva os caudais acima da capacidade das redes de drenagem, provocando inundações no
espaço urbano. A cidade de Patos de Minas-MG, inicia um rápido crescimento em meados do
século XX, denotando falta de planejamento na sua expansão. Assim, quase todos os anos
acontecem enchentes na sua área urbana. Neste contexto, considerando a precipitação como
principal fator desencadeante na probabilidade de ocorrência de inundações urbanas, o
presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise estatística dos dados pluviométricos
da cidade de Patos de Minas, correlacionando-os com as inundações que aí se registam.
Analisar-se-á os dados diários da estação pluviométrica da Fazenda Experimental de
Sertãozinho (2006–2010) e, as reportagens que abordem a ocorrência de inundações na cidade
neste mesmo intervalo de tempo. Desta forma, será possível a correlação entre os dados,
identificando os principais pontos de inundações e fatores de suscetibilidade e, determinando
qual a influência efetiva de eventos chuvosos intensos no desencadear das inundações
urbanas.
Palavras-chave: Precipitações Intensas, Inundações Urbanas, Fatores de Riscos.
104 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
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CARACTERIZAÇÃO E MEDIDAS MITIGADORAS DAS INUNDAÇÕES
EM VILAMOURA, ALGARVE
Rui Lança
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Vera Rocheta
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Fernando Martins
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Helena Fernandez
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Celestina Pedras
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve
[email protected]
RESUMO
A Universidade do Algarve realizou um estudo para a Inframoura, E.M. relativo à delimitação
das áreas inundáveis causadas por extravasamento da Ribeira do Vale Tesnado, que atravessa
a zona poente de Vilamoura, e procura de soluções integradas que visem a diminuição da
probabilidade e magnitude das inundações.
O estudo em causa divide-se em quatro etapas: i) estudo hidrológico da bacia hidrográfica a
montante, com vista à determinação de caudais de cheia, ii) estudo hidrodinâmico, no qual se
efetua a modelação numérica do escoamento na zona com risco potencial significativo,
considerando o efeito das diversas estruturas hidráulicas existentes, iii) identificação dos
níveis atingidos pela inundação associada a períodos de retorno de 10 e 100 anos e
mapeamento das áreas inundáveis, iv) análise de resultados e identificação de soluções
integradas com vista à minimização da frequência e magnitude das inundações. Foi dada
particular atenção à aferição do modelo utilizado, através da comparação dos níveis de cheia
observados a 8 de novembro de 2012 (através de testemunhos locais, marcas de cheia,
fotografias e vídeos) com os níveis de cheia obtidos pela modelação numérica.
Com vista a minimizar a probabilidade e magnitude das inundações, pretende-se apresentar
uma síntese das etapas que constituíram o estudo, dando particular incidência ao trabalho de
aferição do modelo numérico e às soluções propostas,
Palavras-chave: Cheias, modelação hidrológica, modelação hidrodinâmica.
105 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
SISTEMAS DE AVISO METEOROLÓGICO –
ESTUDO COMPARATIVO DE AVISOS EMITIDOS,
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS REGISTADAS E REGISTO DE OCORRÊNCIAS
Ricardo Gomes
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Válter Ferreira
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Rafael Brites
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
RESUMO
O Sistema de Avisos Meteorológicos (SAM) assegurado pelo Instituto Português do Mar e da
Atmosfera procede ao aviso da população, em geral, e, em particular, dos organismos e
entidades com responsabilidade em matéria de segurança e proteção civil, para a
possibilidade de ocorrência de situações meteorológicas adversas como vento forte,
precipitação intensa, queda de neve, frio ou calor extremo, nevoeiro persistente e agitação
marítima. Complementarmente, na sequência de cada situação de Aviso Meteorológico existe
um conjunto de recomendações e medidas de autoproteção difundidas junto da população
pelas entidades de Proteção Civil (SRPC, RAM-IP).
Este sistema baseia-se em previsões meteorológicas e a sua fiabilidade é de extrema
importância por permitir adequar as estratégias e procedimentos associados à prevenção e
socorro bem como informar a população sobre cuidados a ter.
Com o objetivo de optimizar a utilização do SAM, procedeu-se a uma análise comparativa
entre o registo de Avisos Meteorológicos de nível Vermelho emitidos diariamente entre 2011 e
2013, as condições meteorológicas verificadas e o registo de ocorrências no CROS/SRPC,IPRAM. Analisou-se a quantidade e tipologia de ocorrências em dias normais e em dias de Aviso
vermelho e comparou-se o número de dias com aviso emitido com o número de dias com
condições reais que justificariam essa emissão.
Palavras-chave: Sistema de Avisos Meteorológicos, Registo de Ocorrências, Proteção Civil
106 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MARINE STORMS AND COASTAL RISK
ALONG THE GULF OF BISCAY AREA: WINTER 2014
Domingo F. Rasilla
Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria
[email protected]
Carolina Garmendia
Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria
[email protected]
Juan Carlos García Codron
Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria
[email protected]
Victoria Rivas
Departamento de Geografía, Urbanismo y OT, Universidad de Cantabria
[email protected]
RESUMEN
Coastal storms are one of the most remarkable natural risk affecting coastal areas, and
climate change might enhanced the intensity and frequency of those extreme events. The
Gulf of Biscay area show evidences of historical episodes of storminess which remarkable
consequences upon natural environment and human activities. The use of coastal spaces has
increased during the last decades worldwide, and the Northern coast of the Iberian Peninsula
has followed the same trend, increasing the amount of elements at risk.
An outstanding episode of coastal storminess was suffered by the northern coast of the
Iberian Peninsula experienced during the January-February period of 2014. Impacts on the
coastal environment were spread: deep beach erosion, flooding of urban promenades and
damages in public infrastructures and private properties. Only the total cost of cleaning and
repairing the damaged infrastructures and coastal equipment has been estimated by the
Spanish authorities in more than 40 million euros.
A comprehensive analysis of oceanographic and meteorological data has been carried out to
characterize the event and to place it in relation with the recent climate evolution of the
Gulf of Biscay area. Besides, we relate the magnitude of the storms with the main features of
the shoreline and the presence of vulnerable elements in order to explain the spatial pattern
of economic losses along the northern coast of the Iberian Peninsula.
Palabras clave: marine storms, coastal risk, Gulf of Biscay.
107 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
DESIGUALDADE NO CAMPO E O RISCO CLIMÁTICO
EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DA SOJA NO SUL DO BRASIL
Vinicius Carmello
Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil
[email protected]
Miriam Rodrigues Silvestre
Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil
[email protected]
João Lima Sant’Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA
UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil
[email protected]
RESUMO
Esta pesquisa parte da relação entre o clima e a agricultura em uma região de transição
climática no sul do Brasil referente a vertente paranaense da bacia do rio Paranapanema,
com cerca de 55 mil km². Os dados analisados referem-se aos de produtivida da soja (kg/ha)
em 132 municipios, e aos de precipitação (mm) de 89 postos pluviométricos, referente a 10
safras agrícolas. Estes dados foram tratados com técnicas estatisticas convencionais com o
uso dos programas Excel, Minitab e Xlstat. Os resultados mostraram tendências de aumento e
variações anuais, tanto dos dados de produtividade de soja, quanto de precipitação. Essa
relação está associada ao padrão tecnológico, às formas de manejo e ao perfil agrícola dos
municípios. Isso permite uma análise geográfica do território, demonstrando que os diferentes
níveis de vulnerabilidade encontrados nos municípios, relacionam-se com estruturas agrárias
distintas, refletindo o risco social no campo.
Palavras-chave: chuva, soja, variabilidade, território, risco.
108 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS:
ESTUDO DE CASO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO INDAIÁ –
UBATUBA – SP - BRASIL
Débora Olivato
Secretaria Estadual de Educação – SP, Brasil
[email protected]
Humberto Gallo Junior
Instituto Florestal – SMA/SP, Brasil
[email protected]
Magda Adelaide Lombardo
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil
[email protected]
RESUMO
No gerenciamento de riscos a desastres naturais, como em qualquer outro processo
democrático de planejamento e implantação de políticas públicas, deve-se ter a participação
social como elemento chave para garantir a legitimidade e a governabilidade. No Brasil há
muito que se caminhar para alcançar uma gestão participativa de riscos ambientais. A fim de
verificar as potencialidades e fragilidades deste processo realizou-se um estudo de caso nos
05 bairros da bacia hidrográfica do rio Indaiá - Ubatuba, São Paulo – Brasil, tendo com base
teórica a obra de Del Rio e Oliveira (1996). Conforme o mapeamento técnico existente (SÃO
PAULO, 2006), esta bacia possui extensas áreas com riscos de inundações, escorregamentos
de terra, bem como de erosão costeira (SOUZA e LUNA, 2009). Foi efetuado no presente
trabalho o mapeamento da percepção ambiental e de riscos de 209 residentes (10% das
residências), desenvolvendo-se uma metodologia de espacialização homogênea dos dados na
área desta bacia hidrográfica. Realizou-se a correlação entre as áreas de riscos identificadas
nos mapeamentos técnicos e aquelas percebidas pela população. As informações levantadas
evidenciam a falta de gestão participativa de riscos e suas consequencias, oferecendo
subsidios para um programa preventivo junto às comunidades locais, em especial nos setores
de comunicação, educação e implantação de infra-estrutura para evitar riscos potencializados
pelos eventos extremos do tempo.
Palavras-chave: participação social, gestão participativa dos riscos, mapeamento da
percepção de riscos, bacia hidrográfica.
109 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
APLICAÇÃO DE TÉCNICA MULTIVARIADA À RAZÃO DE MISTURA DO AR
EM MINAS GERAIS/BRASIL
Edicarlos Pereira de Sousa
Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA
[email protected]
Célia Campos Braga
Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA
[email protected]
Jonathan Castro Amanajás
Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA
[email protected]
Milena Pereira Dantas
Universidade Federal de Campina Grande – CTRN/UACA
[email protected]
RESUMO
O clima é definido como sendo uma resposta natural aos fenômenos oceânico-atmosféricos
atuantes ao longo do tempo numa determinada região, estando relacionado à orografia, à
distribuição continental e oceânica e à posição latitudinal. Nas ciências atmosféricas, a
climatologia investiga as causas e as relações físicas existentes entre os diferentes fenômenos
climáticos na superfície da Terra. A razão de mistura é uma variável meteorológica que
representa a quantidade de vapor d’água por unidade de massa do ar seco. Neste contexto, o
objetivo deste estudo foi determinar padrões espaço-temporal da razão de mistura através da
técnica fatorial de componentes principais (ACP) para o estado de Minas Gerais. Foram
obtidos dois fatores que explicaram 97,86% da variância total dos dados. O primeiro fator que
explicou 49,94% dos dados teve correlações superiores a 0,75 no período outubro-março.
Nessa época, a maior concentração de umidade é proveniente da atuação de sistemas frontais
e deslocamento de ondas de leste que atuam a região leste e oeste de Minas. O segundo fator
explicou 47,92% com correlações (acima de 0,75) de maio a agosto. As maiores contribuições
espaciais deste fator são verificadas nas regiões nordeste e oeste, possivelmente relacionadas
ao sistema ZCAS. A ACP evidenciou que as chuvas abundantes no verão e parte do outono
foram ocasionadas pelas ZCAS, frentes, dentre outros, enquanto que no inverno os sistemas
atuam com menor intensidade, provocando chuvas fracas.
Palavras-chave: razão de mistura, ACP, sistemas meteorológicos
110 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
SECA: RISCOS E ABORDAGENS
Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto
Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia
Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil
[email protected]
RESUMO
O fenômeno da seca vem sendo estudado pela sua classificação, considerando seus riscos e
efeitos. De fato, é consenso que a seca ocorre quando a chuva é irregular e insuficiente para
manter condições mínimas de sobrevivência no campo, com reflexos no abastecimento
urbano. O objetivo desta pesquisa remete a uma reflexão teórica e metodológica para o trato
científico da seca. Têm-se a seca permanente, a seca sazonal, a seca contingente e a seca
invisível. Esses conceitos consideram a sazonalidade de ocorrência. Classificação melhor e
mais adequada considera seus efeitos sobre a agricultura, a pecuária e reservatórios. Assim
têm – se três tipos característicos. Considerada seca total, quando as chuvas acontecem bem
abaixo da média e não há possibilidade de atender nenhuma dessas necessidades. Chuvas
abaixo da média, mas com distribuição regular ao longo do ano permitem a colheita de uma
safra e atendem algumas espécies de pasto, contudo impedem os reservatórios de
armazenarem água, dificultando a dessedentação animal, causam ou podem causar prejuízos
no abastecimento de águas urbanas. Um terceiro tipo de seca a se discutir oferece maiores
riscos para a agricultura. Chove abaixo da média e estas chuvas se concentram em um curto
período de tempo, não favorecendo, outrossim, a pecuária e pastos, ainda que permitam a
reserva de águas pluviais para a utilização de período de estiagem. Por fim, deve-se ater ao
fato de que os riscos da ocorrência da seca devem ser avaliados no contexto de seus
impactos: urbanos, agrários, hidrológicos, biogeográficos, sociológicos.
Palavras-chave: seca, riscos, abordagens teóricas.
111 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
PLANIFICACIÓN HIDROLÓGICA EN ESPAÑA Y VULNERABILIDAD
FRENTE AL RIESGO DE SEQUÍA
Jesús Vargas Molina
Departamento de Geografía, Historia y Filosofía. Universidad Pablo de Olavide de Sevilla
[email protected]
RESUMEN
La vulnerabilidad frente a los riesgos naturales representa la expresión del desequilibrio entre
las dinámicas naturales de un territorio y la sociedad que se asienta sobre él. A diferencia de
otros eventos naturales peligrosos donde dichos desequilibrios se expresan como episodios
puntuales a los que se asocia gran capacidad de destrucción, la sequía se presenta como un
fenómeno de aparición lenta originado por la combinación de una serie de condiciones
climáticas y socio-económicas con consecuencias territoriales, económicas y sociales
especialmente difíciles de determinar en el espacio y el tiempo. Conocer las condiciones que
vuelven a las poblaciones vulnerables debe ser el principio de cualquier proceso de gestión
que busque garantizar la seguridad. Aunque en esa línea se están orientando importantes
investigaciones sobre otros riesgos naturales aún quedan importantes retos que afrontar en lo
que a sequías se refiere. En este sentido y debido al origen inducido de este tipo de riesgos,
en el que las propias intervenciones humanas relegan en muchas ocasiones a un segundo
plano a las condiciones climáticas originarias, se pretende en este trabajo presentar aquellos
aspectos de la política y gestión hidrológica en España que contribuyen a aumentar la
vulnerabilidad de las poblaciones al riesgo de sequía.
Palabras clave: planificación hidrológica, sequía, vulnerabilidad
112 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A DESERTIFICAÇÃO EM SERGIPE,
COMO TERRITÓRIO DE RISCO PASSÍVEL DE REABILITAÇÃO
Alberlene Ribeiro de Oliveira
Doutoranda, Núcleo de Pós- Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe-UFS, Brasil
[email protected]
Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto
Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia
Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil
[email protected]
RESUMO
A desertificação é um processo dinâmico que está associado à origem natural (climática,
geológica, vegetacional, hidrológica) e antrópica a partir das atividades que estão sendo
desenvolvidas ao longo dos anos, se constituindo em território de risco. A pecuária, por meio
do pisoteio dos animais e a agricultura, pelo uso inadequado do solo, ambos podem
desencadear o processo de desertificação. O risco surge em diferentes escalas nos territórios
e podem ser afetados de modos distintos, com capacidades e respostas desiguais perante
problemas semelhantes. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os
indicadores ambientais e socioeconômicos que se associam aos processos de desertificação,
com risco de degradação, no Alto Sertão de Sergipe, no intuito de prevenir ou sugerir ações
de reabilitação. A abordagem é de forma interdisciplinar, dialogando com os olhares da
Geografia e entre diferentes campos do conhecimento como a biogeografia, a pedologia, a
geologia e a geomorfologia. As alterações na periodicidade da sazonalidade climática e a
intensa exploração dos recursos naturais, desmatamento indiscriminado e agropecuária
extensiva, vêm ultrapassando o limite de utilização destes recursos, promovendo a
degradação física, química e biológica do solo.
Palavras-chave: Riscos, Vulnerabilidade, Degradação, Derivações antropogênicas, Clima.
113 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
A SECA NO MUNICÍPIO DE PÃO DE AÇÚCAR – ALAGOAS, BRASIL:
RISCOS E ADAPTAÇÕES
Ramon Santos Carvalho
Universidade Federal de Sergipe - Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil
[email protected]
Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto
Universidade Federal de Sergipe - Núcleo de Pós Graduação em Geografia
Programa de Pós Graduação em Recursos Hídricos – UFS, Brasil
[email protected]
RESUMO
A Seca no Nordeste é resultado da combinação de fatores da natureza, na ordem climática em
combinação com a sociedade. Impactos, riscos e adaptações são questões envolventes de um
fenômeno que deve ser observado integrado, visto que provoca transtornos sociais. O trabalho
foi desenvolvido na perspectiva reflexivo-descritiva e tem como procedimentos
metodológicos: pesquisa documental, levantamentos bibliográficos e trabalho de campo.
Questões de ordem política e de ordem sociológica se fazem, quando há constatação de que
os riscos afetam sobremaneira a população de menor poder aquisitivo. O município de Pão de
Açúcar situa-se no sertão semiárido alagoano, as margens da bacia do rio São Francisco, de
grande abrangência nacional. Tal localização tem pouco proveito das águas fluviais,
suscitando políticas de contenção, como: Açudes, Barragens Subterrâneas, Cisternas de
Placas, Cisternas de Calçadão, Poços Artesianos, Barragens e Caminhões Pipa. Fato agravante
relativo aos riscos provocados pela seca diz respeito à incidência de casos de diarreia
associados possivelmente a falta de controle dessas políticas. Confirma-se então mais uma
relação de risco com a seca, além das relações tradicionalmente reconhecidas referentes a
agricultura e a pecuária, setor mais significativo da economia sertaneja. Há que se ponderar
aspectos culturais locais: causas ou consequências dos riscos do fenômeno da seca.
Palavras-chave: seca, riscos, adaptações, políticas.
114 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
LA RESILIENCE DES VILLES SAHÉLIENNES FACE AU CHANGEMENT CLIMATIQUE:
ETUDE DU CAS DE LA VILLE DE NOUAKCHOTT (MAURITANIE)
Zeineddine Nouaceur
UMR IDEES, Université de Rouen, France
[email protected]
RESUMÉ
La ville africaine a toujours constitué un lieu de refuge pour les populations rurales dont le
système de production a été anéanti par les sécheresses climatiques récurrentes observées
dans cette région très vulnérable. Cet exode massif s’est traduit par une occupation forcée et
illégale de l’espace urbain (bidonvilles, Kébbé, quartiers spontanés, zones non loties…)
profitant toujours d’un vide juridique apporté par les statuts des terres colonisées (droits
coutumiers des Terres à Nouakchott, Dakar et Djibouti). Ces protubérances se sont souvent
développées sur des milieux naturels fragiles et peu propices à la colonisation urbaine (lits
majeurs d’oueds, zones inondables, anciennes carrières…) augmentant ainsi la vulnérabilité
de ces zones de vies. Confrontées à une nouvelle donne liée au changement climatique qui
touche l’ensemble de notre planète (augmentation des températures et un retour des pluies,
mais avec plus d’intensité et une arrivée tardive de la mousson), les villes sahéliennes se
trouvent aujourd’hui dans des situations de crise du faite d’une plus grande vulnérabilité au
risque d’inondation.
Nouakchott, la capitale mauritanienne qui a été édifiée sur un site fragile est exposée
aujourd’hui à cette nouvelle problématique liée à l’excès d’eau (risque accru d’inondation
pluviale, par battance de la nappe subaffleurante et par une submersion). Les quartiers
spontanés et les nouveaux lotissements situés dans les zones les plus fragiles de la ville
(sebkha et zones inondables de la partie ouest de la ville) sont aujourd’hui les zones les plus
touchées.
L’analyse de cette nouvelle problématique sahélienne à travers l’étude du cas de Nouakchott
vise à montrer cette nouvelle tendance qui touche les plus grandes villes de l’Afrique
sahélienne. Elle permet aussi d’évoquer les moyens de lutte pour faire face aux conséquences
de ces importantes modifications climatiques.
Mots-clés: Sahel, Villes africaines, Nouakchott, Vulnérabilité, inondation
115 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.3
Riscos ambientais e saúde
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
DETERMINAÇÃO DOS ÓTIMOS TÉRMICOS EM RELAÇÃO À MORTALIDADE ANUAL:
ANÁLISE DE PORTO, COIMBRA E LISBOA
Jorge Marques
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
[email protected]
Sílvia Antunes
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
[email protected]
Baltazar Nunes
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
[email protected]
Susana das Neves Pereira da Silva
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
[email protected]
Liliana do Carmo Cerdeira Antunes
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
[email protected]
Carlos Dias
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
[email protected]
RESUMO
A análise da variação da mortalidade com as temperaturas máxima e mínima revela um
número de óbitos mais elevado para a ocorrência de valores extremos em ambas as
temperaturas. O resultado verifica-se tanto para temperaturas mínimas muito baixas como
muito elevadas, bem como para temperaturas máximas muito baixas e muito elevadas, em
todos os distritos.
A análise conjunta (2003 a 2012) entre a variabilidade da temperatura do ar e do número de
óbitos evidencia um intervalo de temperaturas ótimas ou de conforto para a saúde pública
definido pelos valores do número de óbitos mais baixos. No caso do Porto, para a temperatura
mínima o intervalo de temperatura com valores mais baixos do número de óbitos é
ligeiramente inferior (15 a 16 ºC) ao de Coimbra (15 a 17 ºC) e Lisboa (16 a 19 ºC). No caso da
temperatura máxima, Coimbra mostra um intervalo com valores mais elevados (25 a 31 ºC),
do que o Porto (21 a 27 ºC) e Lisboa (24 a 28 ºC).
Palavras-chave: Temperatura do ar, mortalidade, ótimos térmicos.
119 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
VARIAÇÃO TÉRMICA E A MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES
NA CIDADE DE LIMEIRA/SP.
Aline Pascoalino
Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro
[email protected]
Sandra Elisa Contri Pitton
Departamento de Geografia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro
[email protected]
RESUMO
O estudo verificou a relação entre a variação térmica no período de frio e a distribuição
temporal e espacial da mortalidade por doenças cardiovasculares na cidade de Limeira/SP.
Para tal, foram observadas as temperaturas máximas e mínimas absolutas diárias no intervalo
2000/2010 e a mortalidade por doenças cardiovasculares em período equivalente. Os dados
climáticos foram disponibilizados pela UNICAMP/Limeira e os da mortalidade coletados
diretamente nos livros de registros de óbitos. Considerou-se registros com pelo menos uma
causa de morte por doença do grupo cardiovascular, o equivalente a 5.387 registros. A
abordagem temporal centrou-se nos dias do período de frio com temperaturas mais extremas
para o contexto climático da área de estudo, uma cidade de clima tropical. Analisou-se os
dias com temperaturas inferiores às faixas térmicas do percentil 5 e 10 dos dados e seus
respectivos óbitos, dias com maior mortalidade no período e a variação térmica dos dias
anteriores. Os endereços dos óbitos foram georreferenciados e espacializados em mapas de
densidade de Kernel, avaliados juntamente com as características socioambientais da cidade.
Constatou-se maior média de óbitos diários na faixa térmica mais extrema e maior ocorrência
em dias de amplitude térmica acentuada. A mortalidade foi maior para o grupo masculino e
faixas etárias superiores aos 65 anos, com maior intensidade de ocorrência nos bairros de
ocupação mais antiga da cidade.
Palavras-chave: riscos climáticos, variação térmica, mortalidade, doenças cardiovasculares
120 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AMBIENTE TÉRMICO DE SALA DE AULA PODE CONDICIONAR
O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E AVALIAÇÃO DE ALUNOS
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
Marta Silva
Departamento de Educação, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
É aceite que a problemática do aquecimento global tem relevância no ensino e
aprendizagem.
Segundo Fanger, o conforto térmico envolve variáveis físicas ou ambientais (temperatura do
ar, temperatura média radiante, humidade relativa do ar e velocidade relativa do ar) e
também variáveis subjetivas ou pessoais (atividade desempenhada pela pessoa e o vestuário
usado pela pessoa).
Wyon no seu estudo mostrou que o conforto térmico influencia o ensino e aprendizagem dos
alunos. Em cerca de 300 alunos registou uma diminuição dos resultados de avaliação de 3,5%
por cada ºC de aumento de temperatura interior da sala de aula.
Neste trabalho são usados índices térmicos (IC e ITH) e uma escala de sensação térmica de
cores, onde os alunos aquando da realização de questões problema no final de aulas
selecionavam a zona de conforto/desconforto.
Os resultados obtidos mostram que a avaliação registada pelos alunos é condicionada pelo
ambiente térmico. No Inverno e no Verão, como seria esperado, quando a sensação térmica
se situa entre o valor de -0.5 e +0.5 os resultados são muito positivos. Quando os valores da
sensação térmica divergem da zona de conforto registam-se resultados negativos, abaixo de
50% numa escala de 0% a 100%.
A análise dos resultados obtidos mostra que este método é uma ferramenta importante para
avaliar de risco quando as condições térmicas do interior da sala divergem da zona de
conforto, afectando o processo de ensino e aprendizagem de alunos.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem, sensação térmica, avaliação e índices térmicos.
121 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
AVALIAÇÃO DE RISCOS DE FADIGA E DE PRODUTIVIDADE
EM AMBIENTE TÉRMICO FRIO: CASO DE UMA INDUSTRIA DE PEIXE
Isabel Tavares
DEGEI, Universidade de Aveiro
[email protected]
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
Leonor Teixeira
DEGEI-IEETA, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
A relação dos trabalhadores com o seu ambiente de trabalho torna-se cada vez mais
importante neste tempo globalizado de constantes mudanças e de competitividade. O
aumento da competitividade, a diminuição dos acidentes de trabalho e a baixa do absentismo
por doenças profissionais são objectivos que devem ser tidos em conta pelas empresas.
A ergonomia tem um vasto campo de atuação, desde o conforto / desconforto físico, aos
processos mentais até aos processos ambientais. A Ergonomia também é importante, na
definição de tarefas, para que estas sejam eficazes e tenham em conta as necessidades
humanas. Estas necessidades podem ser pausas para descanso, turnos e outros fatores, e têm
como objectivo satisfazer as necessidades dos utilizadores.
Neste trabalho é avaliado como um ambiente térmico frio numa secção de embalamento pode
condicionar a operacionalidade do trabalhador.
Foram considerados 20 pontos de observação num espaço de cerca de 8m×19m. Registaram-se
valores da temperatura e humidade relativa do ar, mediu-se a sensação térmica real do
trabalhador e aplicaram-se aos dados dois índices térmicos, o ITH e EsConTer, para conhecer
o padrão de sensação térmico da secção.
Os resultados obtidos mostram que o padrão de sensação térmica depende do tipo de
embalamento que influencia a sensação térmica dos trabalhadores.
Palavras-chave: Ambiente térmico frio, sensação térmica, índice EsConTer, índice ITH.
122 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
HIDRELÉTRICAS E RISCOS A SAÚDE:
O CASO DE NOVA PONTE EM MINAS GERAIS- BRASIL.
Joana D’Arc Vieira Couto Astolphi
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Geografia da
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Vicente de Paulo da Silva
Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
RESUMO
Neste trabalho, em desenvolvimento no programa de Pós Graduação em Geografia da
Universidade Federal de Uberlândia–Brasil, pretende-se compreender as relações existentes
entre os grandes projetos de investimentos, na forma específica de hidrelétricas, associado
aos riscos a saúde, especialmente os riscos voltados para o aparecimento de novas doenças.
Projetos de envergadura, indubitavelmente têm promovido profundas transformações no
território, no caso dos empreendimentos hidrelétricos, o deslocamento compulsório poderá
influenciar no processo saúde-doença de moradores submetidos às ações de
desterritorialização. Para a construção da hidrelétrica, a cidade de Nova Ponte, no estado de
Minas Gerais, foi completamente inundada e sua população reassentada na cidade nova, a 3
km de distância da antiga sede. O estudo tem como objetivo geral identificar e analisar a
incidência de determinadas doenças junto à população atingida comparar com período
anterior à execução da obra, com os registros mais frequentes para o período posterior. A
metodologia é composta pelas etapas: levantamento de dados secundários nos sistemas de
informação oficiais, seleção da amostra dos sujeitos de pesquisa baseado em critérios prédefinidos, realização das entrevistas com aplicação de questionário, tratamento dos dados e
redação do estudo. Os resultados esperados relacionam ao uso do território, a partir das
hidrelétricas, os riscos a saúde, e a mudança no processo saúde doença da população
atingida.
Palavras-chave: Hidrelétricas, Riscos, Saúde, Nova Ponte.
123 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ANÁLISE DE RISCO SOCIAL E TECNOLÓGICO EM GRÁFICA
DE PEQUENO PORTE EM LONDRINA/PR/BRASIL
Camila Santos Doubek Lopes
Departamento de Geografia, CCE da Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
Mirian Vizintin Fernandes Barros
Departamento de Geografia, CCE da Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
RESUMO
A indústria gráfica brasileira tem se desenvolvido intensamente, hoje representando 2,95% do
PIB do Brasil, gerando 221 mil empregos, sendo que em 2012 teve R$37.4 bi em produção
industrial. Junto aos bons resultados de ordem econômica, chama a atenção o impacto deste
setor no meio ambiente e nas condições de trabalho dos funcionários das gráficas,
principalmente nas de pequeno e médio porte. As gráficas são sistemas de produção que
possuem grandes potenciais de acidentes que podem causar danos ao meio ambiente e à
saúde ocupacional. A análise de riscos, tema tratado neste trabalho, compreende o
diagnóstico do meio físico e as interações humanas em determinado local, a avaliação,
gerenciamento e comunicação de riscos. Este trabalho realizou a identificação de situações
de risco no processo offset em uma gráfica de pequeno porte na cidade de Londrina, Paraná.
Os focos de diagnóstico foram: exposição dos trabalhadores aos perigos de produtos químicos
e descarte de resíduos líquidos e sólidos. Para estabelecer a ideal forma de proteção dos
funcionários e descarte dos produtos analisados e suas embalagens, foram averiguadas as
Fichas de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ (quando existentes), e consultada a
legislação ambiental vigente. Ao final, as análises mostraram que a conduta da gráfica não
esta em conformidade às leis e às FISPQs analisadas, expondo os funcionários e o meio
ambiente a grandes riscos, tornando-os extremamente vulneráveis.
Palavras-chave: riscos, vulnerabilidade, indústria gráfica, meio-ambiente.
124 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
O IMPACTO DE TEMPERATURAS EXTREMAS NA MORTALIDADE E MORBIDADE –
UM ESTUDO NA ILHA DA MADEIRA
Ricardo Gomes
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Rafael Brites
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
RESUMO
A relação entre ondas de calor e efeitos fisiológicos associados a temperaturas extremas, que
se refletem quer num acréscimo de mortalidade, quer no aumento de admissões hospitalares,
tem sido demonstrada em diversos estudos realizados em Portugal Continental.
Se, relativamente a Portugal Continental existem diversos estudo relacionados com esta
temática, aplicados a diferentes contextos geográficos e temporais, o mesmo não sucede
relativamente à Ilha da Madeira, uma lacuna que se pretendeu colmatar.
Utilizando dados relativos a Temperatura e Humidade Relativa do Ar, recolhidos na Estação
Meteorológica do Observatório Meteorológico do Funchal, identificaram-se dias e períodos de
calor particularmente intenso, com base em índices de conforto térmico – Heat Index, Índice
Diaz e Índice Ondas e procedeu-se à comparação com o registo diário de óbitos (INE) e o
registo diário de admissões no serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça (Funchal).
Compararam-se os valores de óbitos e admissões de urgência registados nos períodos de calor
intenso com os valores médios para o mesmo período, entre 2002 e 2013, de forma a
identificar variações dos fenómenos da mortalidade e morbidade, particularmente em
determinados grupos etários (65 ou mais anos) e relacionados com determinadas patologias
(respiratórias e circulatórias). Adicionalmente, discute-se a adequação e aplicabilidade destes
índices aos condicionalismos e especificidades biofísicas da Região Autónoma da Madeira.
Palavras-chave: Índice Ondas, Heat Index, Índice Diaz, Mortalidade, Morbidade.
125 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCO DE AGUDIZAÇÃO DE DOENÇA RESPIRATÓRIA SUSCITADA POR FRENTE FRIA
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
Denise Pina
Departamento de Física, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
A saúde das populações é influenciada não só pelas alterações climáticas mas também pela
forma como o habitat circundante afecta as variáveis atmosféricas como a temperatura do ar,
humidade relativa do ar, entre outras.
Neste trabalho estamos particularmente interessados em investigar como a entrada de frentes
frias no continente podem suscitar a agudização de surtos de índole respiratória e que
condições de ambiente térmico são propicias a uma melhoria do estado de saúde.
São também apresentados e investigados os tipos de circulação atmosférica que mais
condicionam o agravamento de acorrências hospitalares de índole respiratória.
É avaliada a diferença entre ambiente térmico interior e ambiente térmico exterior e que
estratégias são usadas para a melhoria de um ambiente térmico interior, onde pacientes
estão em recuperação e, sempre que possível, é investigado o risco da mudança de um
ambiente térmico.
Foi possível concluir que os resultados obtidos permitem conhecer melhor que factores
condicionam os pacientes que sofrem de asma e que estratégias de intervenção devem ser
tomadas.
O estudo mostra ainda que é importante o conhecimento dos factores de risco, mas é
essencial o paciente saber e compreender que ambientes lhe proporciona a melhor qualidade
de vida.
Os resultados obtidos mostram de forma inequívoca que a passagem de uma frente fria
suscita a agudização da asma e o aumento do número de acorrências ao serviço de urgência
hospitalar.
Palavras-chave: ar húmido, saúde pública, tipos de circulação atmosférica, doenças
respiratórias.
126 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
LA CIUDAD COMO ESPACIO DE RIESGO AMBIENTAL:
ESTIMACIÓN DE LA CONTAMINACIÓN DEL AIRE Y DE LA
POBLACIÓN EXPUESTA EN METRÓPOLIS ESPAÑOLAS
Rosa Cañada Torrecilla
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
Antonio Moreno Jiménez
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
Pedro Martínez Suárez
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
pedro.martí[email protected]
María Jesús Vidal Domínguez
Departamento de Geografía, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad Autónoma de Madrid
[email protected]
RESUMEN
La ciudad es un espacio de riesgo medioambiental. Al ser un importante centro de actividad
comercial e industrial, atrae gran cantidad de población, produciendo una reducción de la calidad
del aire y quedando la población expuesta a diversos contaminantes peligrosos para la salud de las
personas y el medio ambiente. Los contaminantes más peligrosos son las PM10, el O3 y el NO2 y
numerosos informes de la Organización Mundial de la Salud muestran la relación entre la exposición
prolongada a estos contaminantes y el riesgo de desarrollar enfermedades cardiovasculares,
respiratorias y cáncer de pulmón. Incluso excesivas concentraciones atmosféricas de ozono pueden
provocar daños en los materiales y en la vegetación.
Estas consideraciones han guiado esta investigación, la cual se estructurará en dos partes. En la
primera se estudiarán los niveles de concentración atmosférica de estos contaminantes de algunas
ciudades españolas con mayor población. Para ello se utilizarán los SIG y las técnicas de
interpolación espacial más adecuadas. Se partirá de una información de tipo puntual, suministrada
por las estaciones de medición de la calidad del aire, y se estimará la contaminación en todo el
espacio urbano. Con ello se podrá constatar qué zonas de la ciudad superan los umbrales
establecidos por la legislación europea y por la WHO, y cuáles presentan mejor calidad del aire.
En la segunda parte se cuantificará y se valorará comparativamente la magnitud del espacio urbano
y de la cifra de población potencialmente expuesta a niveles elevados de contaminación de PM10,
O3 y NO2 de dichas ciudades. Para ello se habrá de repartir la población de las secciones censales
por píxeles de igual tamaño que el de los mapas de contaminación y después se estimará la
superficie y la población expuesta a concentraciones excesivas de cada contaminante.
El objetivo será comprobar que no todos los contaminantes tienen el mismo patrón espacial y que
no todas las ciudades superan en idéntica cuantía los límites normativos. El análisis comparativo de
la exposición a contaminantes desvelará la existencia de desigualdades ambientales, que tendrán
que ser tenidas en cuenta por los agentes y decisores urbanos en la formulación de políticas
ambientalmente más saludables.
Palabras clave: contaminación urbana, interpolación espacial, exposición, población, SIG.
127 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
VULNERABILIDADE AOS RISCOS SÓCIO AMBIENTAIS
NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO - BRASIL.
Magda Adelaide Lombardo
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil
[email protected]
Bruna Luiza Pereira de Jesus
USP- Universidade de São Paulo, Brasil
[email protected]
Amanda Lombardo Fruehauf
UFSCAR- Universidade Federal de São Carlos, Brasil
[email protected]
RESUMO
No últimos 50 anos o Brasil vivenciou um processo de urbanização, caracterizado por
mudanças econômicas e sociais e intenso fluxo migratório em direção aos principais centros
urbanos, notadamente em São Paulo. A ocupação desordenada do território resultou na
compactação e impermeabilização do solo, com obstrução de cursos d´água, eliminação da
vegetação, como também a ausência de planejamento urbano com precária infraestrutura e
serviço, interferindo na qualidade de vida da população e na degradação dos recursos
ambientais. A ocupação das áreas de riscos associada a vulnerabilidade social cria na Região
Metropolitana de São Paulo situações propensas às tragédias, principalmente no verão, onde
as chuvas intensas e concentradas são mais frequentes, assim como os totais pluviométricos
atuais estão em elevação. As situações de riscos aumentam ao longo dos anos em decorrência
da impermeabilização do solo, aumento da intensidade de chuva, o que possibilita a expansão
de áreas de alagamentos e movimentos de massa. Quanto a temperatura, é cada vez mais
frequente as ocorrência de ondas de calor em São Paulo, indicando a maior temperatura
máxima anual e da frequência de ocorrência de dias e noites quentes. A formação da Ilha de
Calor Urbana é frequente e os extremos de temperatura entre o centro e a periferia já
ultrapassam 140 C, principalmente no Outono/Inverno. A ilha de calor está associado a
concentração de material particulado e gases poluentes que afetam diretamente a saúde dos
habitantes, interferindo também no aumento da mortalidade. É necessário intervenções
concretas no território urbano, coordenadas no âmbito metropolitano de São Paulo,
destacando-se a cooperação e a coordenação entre os agentes modeladores. A adaptação aos
impactos as alterações climáticas pode se beneficiar da execução da erradicação da pobreza,
geração de renda, proteção do meio ambiente, aumento da capacidade adaptativa e criação
de recursos materiais e tecnológicos.
Palavras-chave: vulnerabilidade, riscos socio ambiental e metropole.
128 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO EM CONTEXTO INDÚSTRIAL:
CASO DE INDÚSTRIA VIDREIRA
Mariana Morgado
DEGEI, Universidade de Aveiro
[email protected]
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
Leonor Teixeira
DEGEI-IEETA, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
O estudo do conforto térmico é crucial para a criação de ambientes confortáveis, seguros e
mais produtivos. Num contexto industrial, o estudo do conforto térmico tem como objetivo
proporcionar uma relação positiva na interação dos colaborados com o seu ambiente laboral,
necessária para uma boa performance.
O presente trabalho descreve um estudo de ambiente térmico no contexto de uma empresa
da indústria vidreira, tendo como principal objetivo perceber a dinâmica do ambiente térmico
e identificar as zonas mais suscetíveis a ambientes de stress térmico quente. Foram
registados valores de temperatura do ar e humidade relativa do ar em diversos pontos de
observação no interior e exterior. Após a recolha dos dados, aplicaram-se dois índices
térmicos, o ITH e o EsConTer, os quais, a partir de algoritmos desenvolvidos em Matlab
geraram gráficos de cores que permitiram identificar as regiões de trabalho mais críticas.
Adicionalmente foram recolhidos e analisados dados sobre as sensações térmicas dos
trabalhadores que ocupavam postos de trabalho nas regiões mais críticas. Assim, para a
recolha da sensação térmica dos trabalhadores, foi utilizada uma escala de cores associada ao
índice térmico EsConTer, que tem como base a escala sétima de ASHRAE. O índice EsConTer
foi então aplicado de forma a perceber a relação ambiente térmico-sensação térmica, o qual
mostrou ser um bom preditor da sensação térmica humana, a partir do conhecimento de
valores associados ao ambiente térmico.
Palavras-chave: Ambiente térmico, Stress Térmico, Sensação Térmica, Conforto Térmico,
ITH, Índice EsConTer
129 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
MAPEAMENTO DA PROBABILIDADE DE CONTAMINAÇÃO EM ARSÉNIO
NUMA ÁREA MINEIRA ABANDONADA (CENTRO DE PORTUGAL),
USANDO A KRIGAGEM DA INDICATRIZ
Margarida Antunes
Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal
[email protected]
Teresa Albuquerque
Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal
[email protected]
RESUMO
As atividades mineiras modificam o ambiente envolvente, com elevados teores de arsénio nas
águas, sendo tóxico em pequenas quantidades. As explorações mineiras na região de Segura
(Centro de Portugal) estão abandonadas com os seus rejeitados expostos ao longo dos últimos
50 anos. Dezasseis amostras de água foram recolhidas em outubro e em dezembro de 1996,
estando uma localizada fora da influência das atividades mineiras, e representando o valor de
fundo. Para a avaliação do risco de contaminação em As nas águas, foi utilizada uma
metodologia geoestatística não paramétrica denominada krigagem da indicatriz, selecionando
dois valores de corte. Para o primeiro, foi considerado o 3º quartil (KI1=0,05 mg/L-valor de
referência) obtido para o teor de As nas águas. Este parâmetro é dependente das
características geológicas e hidrológicas, bem como das atividades antrópicas, e representa a
vulnerabilidade específica. Para o segundo valor de corte, foi considerado o teor de fundo ou
background para o As (KI2=0,004 mg/L), coincidente com o 1º quartil, e representando a
vulnerabilidade intrínseca. Os mapas de iso-probabilidades mostram fortes anomalias
associadas às atividades mineiras. Junto da povoação de Segura, a probabilidade do teor em
As nas águas exceder o valor de referência é elevada embora menor do que a probabilidade
em ultrapassar o valor de fundo. As anomalias de As encontradas nas águas revelam uma
elevada probabilidade de se encontrarem contaminadas não devendo ser utilizadas para
consumo humano.
Palavras-chave: minas de sulfuretos, água, arsénio, krigagem da indicatriz
130 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
NITRATOS NOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS –
PERSPETIVA SOBRE A ATUALIDADE, TENDÊNCIAS, IMPLICAÇÕES PARA
A SAÚDE AMBIENTAL E ABORDAGENS DE REDUÇÃO DE RISCOS
Rui Araújo
Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto
[email protected]
Ana Meira Castro
Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto
[email protected]
António Fiúza
Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
As práticas agrícolas contemporâneas encontram-se entre as principais fontes antropogénicas
de nitrato. Concentrações elevadas de nitratos nos solos e lençóis de água provocam efeitos
prejudiciais na saúde humana e criam desequilíbrios substantivos em diversos ecossistemas.
De entre diversas abordagens de prevenção e controlo de poluição, as tecnologias de
remediação apresentam uma relevância crescente, das quais se destaca as barreiras reativas
permeáveis. O presente trabalho visa, no contexto das alterações introduzidas pelo
crescimento sistemático das concentrações de nitrato em diversos ecossistemas, aquilatar os
méritos e limitações relativas das barreiras reativas permeáveis e perspetivar possíveis vias
de melhoria do desempenho. Para este efeito, foi conduzida uma pesquisa sistemática em
diversas bases-de-dados segundo quatro etapas para identificar literatura relevante. É
possível concluir que as barreiras reativas permeáveis constituem-se atualmente como uma
tecnologia eficaz de desnitrificação, contudo não foram constatadas evidências da utilização
de nanotecnologias para potenciar o desempenho nestes processos de desnitrificação.
Palavras-chave: Nitratos, Barreira reativa permeável, saúde ambiental, prevenção e controlo
da poluição, nanotecnologia.
131 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
SAÚDE E RISCO AMBIENTAL:
O CASO DOS USUÁRIOS DE FOGÃO A LENHA
NO ESTADO DO CEARÁ, REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Ricardo Luis Teles de Carvalho
Doctoral Programme in Civil Engineering, Aalborg University, Copenaghen, Denmark
[email protected]
Adeildo Cabral da Silva
Departamento de Construção Civil,
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil
[email protected]
Magda Adelaide Lombardo
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, Brasil
[email protected]
RESUMO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos ambientais e epidemiológicos em
comunidades expostas a fumaça proveniente da queima de biomassa em ambientes internos,
indicaram relação consistente entre a exposição e aumento de doenças respiratórias e,
conseguentemente baixa qualidade de vida da população exposta. A reduzida eficiência dos
fogões tradicionais de cozinha se constitui um problema ambiental para famílias de baixa
renda do Ceará. A pesquisa objetivou uma análise relacionada ao uso dos novos
(ecoeficientes) e tradicionais fogões em três municípios do Estado (Limoeiro do Norte,
Euzébio e Maranguape) em habitações predominantemente rurais. Numa primeira amostra,
em uma comunidade com 75 famílias abrangidas pelo projeto, foi realizada aplicação de
questionários e medições de conforto ambiental no local. Concluiu-se que 13% do consumo de
energia diz respeito ao gás butano e 87% está relacionado ao uso de lenha, sendo que 20% das
famílias sentem desconforto provocado pela fumaça e aumento da temperatura interior
causado pelos fogões melhorados. No interior de uma habitação, onde se utiliza o fogão
(ecoeficiente), a concentração máxima de CO2 foi 922 ppm e a temperatura média do ar
28ºC, com baixos valores de umidade relativa média do ar, de 28%. O trabalho de
monitoramento do conforto ambiental nos três municípios foi finalizado, e os dados serão
objeto do trabalho completo.
Palavras-chave: biomassa, impacto ambiental, saúde pública.
132 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MEDICINA DE CATÁSTROFE: DE FUKUSHIMA PARA O MUNDO
Rita Marques da Silva
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Paulo Campos
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected], [email protected]
Ana Mafalda Reis
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Romero Bandeira
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Várias catástrofes foram desencadeadas ao longo da História Natural, evoluindo o mundo até
ao ponto como o conhecemos hoje. O aumento da intervenção humana na industrialização de
sociedades com ação direta no equilíbrio de ecossistemas provoca fenómenos que aumentam
a probabilidade de novas catástrofes, num âmbito tecnológico e industrial, colocando
diferentes desafios à Medicina.
A Medicina de Catástrofe é uma medicina de massas, que necessita ter como base uma série
de planos de atuação, com uma rede integrada em Socorros Polivalentes com cuidados
médicos de urgência, recurso à tecnologia como a telemedicina, onde tem de haver
obrigatoriamente coordenação e liderança, desafiando constantemente a capacidade de
resposta programada para a sua gestão, para que não impere o improviso no meio do caos.
Pelas suas características inéditas, consequências além do expectável e dimensão mundial, é
abordada a catástrofe que ocorreu a 11 de Março de 2011 em Fukushima, Japão. Através da
revisão de artigos e livros da especialidade revê-se conceitos básicos, analisa-se a evolução
dos acontecimentos, explora-se protocolos de atuação médica em socorro a multivítimas e
discute-se estudos das consequências a curto, médio e longo prazo dos efeitos radiológicos,
saúde pública, problemas sociais e psicológicos, não só para as populações atingidas mas
também para os interventores. Igualmente procurar-se-á abordar os problemas éticos
internacionais, que colocaram em causa a continuidade da Energia Nuclear no Japão.
Numa perspetiva de preparar cada vez mais os profissionais de saúde para este tipo de
fenómenos, a análise do tema “Medicina de Catástrofe: De Fukushima para o Mundo”, serve
como ponto de partida e exemplo, para minimizar as taxas de morbilidade e mortalidade
quando o mundo se voltar a deparar com um cenário idêntico no futuro.
Palavras-chave: tsunami, energia nuclear, socorro a multivítimas, telemedicina, saúde
pública
133 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CATÁSTROFE DE 20 DE FEVEREIRO DE 2010 NA ILHA DA MADEIRA.
O IMPACTO NOS INTERVENTORES DE SAÚDE NO SERVIÇO DE URGÊNCIA
DO HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA
Isa João Baptista da Silva
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Paulo Campos
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected] / [email protected]
Ana Mafalda Reis
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Romero Bandeira
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
A impossibilidade de reproduzir em meio experimental uma situação de catástrofe faz com que a
Medicina de Catástrofe viva de história que importa analisar cuidadosamente por forma a perceber
erros e encontrar soluções que possam modelar futuras respostas dos prestadores de socorro.
São objectivos deste trabalho caracterizar e analisar a perceção dos interventores de saúde
do serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça relativamente às suas competências na
gestão e implementação de uma resposta numa situação de catástrofe e perceber as
implicações do aluvião ocorrido na ilha da Madeira a 20 de Fevereiro de 2010 na adoção de
novas estratégias formativas bem como, determinar o nível de importância atribuída a este
nível de prevenção.
O estudo enquadra-se numa metodologia quantitativa, do tipo descritivo e analítico. A
técnica utilizada para a colheita de dados foi o questionário. A amostra foi constituída por 45
interventores de saúde em desempenho de funções, no serviço de urgência do Hospital Dr.
Nélio Mendonça, no dia 20 de Fevereiro de 2010.
Como principais conclusões, considerou-se que, a maioria dos interventores sente-se
preparado para intervir face a uma situação de catástrofe. Consideraram que os planos de
formação e exercícios/simulacros são muito importantes e benéficos, uma vez que aumentam
o seu nível de preparação para intervenções futuras. No entanto, salientam que são
insuficientes, sendo necessário um crescente investimento em estratégias formativas na área
da Medicina de Catástrofe.
Palavras-chave: medicina, formação, catástrofe, urgência, interventores de saúde
134 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
Painel 3.4
Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS TERRITORIAIS NA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS
AGROINDUSTRIAIS CANAVIEIROS
Eduardo Rozetti de Carvalho
Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia – UFU (MG), Brasil
[email protected]
Vicente de Paulo da Silva
Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil
[email protected]
RESUMO
O espaço rural brasileiro passa por modificações, motivadas pelo desenvolvimento, que
ultrapassam os limites territoriais, sociais e ambientais, gerando diferentes riscos as suas
estruturas de representação por meio de conflitualidades: de um lado o capital e do outro os
atingidos. Pensando nesses fatores, apresentamos como objetivo principal desse artigo a
busca de compreender como ocorre a formação do agronegócio canavieiro, destacando os
riscos que se seguem. Dá-se especial atenção à perspectiva dos efeitos gerados no processo
do setor na contemporaneidade. Metodologicamente esse artigo está sustentado em debates
e revisões bibliográficas a cerca da temática, bem como direcionamentos reflexivos das
territorialidades (re)criadas atendendo e/ou resistindo a esse agronegócio. Como resultados
parciais tem-se o entendimento de que o capital é responsável por gerar efeitos que
ultrapassam aspectos apenas ligados ao trabalho, mas transformam fatores como os modos de
vida, a segurança/soberania alimentar e ambiental. Ligado a isso, destaca-se a categoria
território como válida para compreender esses processos, pois a ele são englobadas as
relações de poder e de territorialidades distintas. Por fim, apresentam-se também reflexões
sobre a relação do capital canavieiro, modelando o território, e os riscos, em especial o
social, o ambiental e o econômico, que se tornam presentes quando da implantação desses
grandes empreendimentos.
Palavras-chave: Empreendimentos Sucroalcooleiros, Território, Riscos, Canavieiro.
137 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCOS TECNOLÓGICOS:
MODELAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS
DE UM ACIDENTE NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CLORO
Henrique Costa
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
[email protected]
Manuel Trelles
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
[email protected]
António Gomes
CEGOT – Faculdade de Letras da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
No dia 30 de Julho de 2009 ocorreu um acidente na EN13, Vila Nova de Cerveira, com um
camião que transportava 21 ton. de cloro (CL2, n.º ONU 1017). Apesar de não ter ocorrido
fuga da substância transportada, no presente trabalho avalia-se as potenciais consequências
para a população e ambiente, caso a fuga de cloro tivesse ocorrido.
A modelação da dispersão da nuvem de cloro efetuou-se no software ALOHA (EPA&NOAA,
2007). Esta modelação foi exportada para o ArcMap, onde se calculou a População Presente
potencialmente afetada (INE, 2011), através do método “Areal Weighting” (Chakraborty,
1996, Margai, 2001). Assim, avaliaram-se os efeitos toxicológicos na população (Evans, 2005,
Winder, 2001), no ambiente e nas infraestruturas.
Palavras-chave: Riscos Tecnológicos, SIG, Cloro, Matérias Perigosas;
138 | Panel 3.4 – Technological risks and development
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
OS RISCOS CLIMÁTICOS E A MERCANTILIZAÇÃO DA NATUREZA
NA ERA DO AQUECIMENTO GLOBAL
Paulo Cesar Zangalli Junior
Doutorando em Geografia, Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA,
FCT/UNESP Presidente Prudente.
[email protected]
João Lima Sant’Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, UNESP, Presidente Prudente, Brasil
[email protected]
RESUMO
O debate científico sobre as mudanças climáticas globais remete a pensar a forma como a
mídia constrói e divulga um discurso catastrofista, com forte impacto no modo em como a
população percebe os riscos. Por meio de um levantamento de dados científicos e midiático
(análise de periódicos e revistas brasileiras e estrangeiras), a ciência, alicerçada em um
paradigma aquecimentista antrópico, tem investigado as mudanças climáticas em escala
global, e a mídia tem atuado como um sujeito legimitador de agendas públicas. A população
percebe os riscos das mudanças climáticas em um tom alarmista o que restringe o debate e
facilita a mercantilização do clima. Nesse sentido, as necessidades se invertem. Não se
discute a prevenção, mas as formas de mitigação, adaptação no intuito de reduzir os
prejuízos contra danos possíveis. O risco de que esses danos ocorram, ou a percepção destes,
se torna uma potencialidade real e, a necessidade de se precaver da “fúria” da natureza se
materializa na comercialização de apólices de seguros. Por ano, as apólices movimentam em
torno de 1bilhão de dólares em países como os EUA. A ideia deste trabalho é debater a
percepção do risco climático relacionado ao Aquecimento Global contrapondo-as à
comercialização da natureza no mercado de Seguros, sabendo-se que este é um dos setores
do ramo que cresce a ritmos consideráveis mundo. Trata-se de reflexões teóricas a cerca de
um tema de abrangencia global que precisa ser discutido em suas mais variadas escalas e
possibilidades.
Palavras-chave: Mudança Climática, Risco, Percepção, Seguros.
139 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
LIXO MARINHO DE ORIGEM INDUSTRIAL E AS SUAS ABORDAGENS DE RISCO
Plínio Martins Falcão
Departamento de Geografia, Instituto Federal da Bahia – IFBA
Grupo de Pesquisa Terra&Mar – CNPq / IFBA – Campus Salvador
[email protected]
RESUMO
O século XXI é marcado por diversas transformações no planeta, tendo a questão ambiental se
tornado mais evidente no que tange as mudanças naturais e antropogênicas, suscitando maior
atenção e novos debates acerca do que ocorre e ainda pode ser feito para atenuar os efeitos
das degradações. O estudo dos riscos está na pauta das discussões acerca das transformações
no planeta e suas dinâmicas sociais e ambientais. O lixo marinho, seus riscos e efeitos
englobam a realidade de todos os continentes, com efeitos que podem ser visíveis além do
oceano, a exemplo dos sistemas naturais costeiros, como praias, manguezais, recifes de
coral, costões rochosos e áreas estuarinas. Dentre as categorias dos resíduos marinhos está a
do microlixo, ou seja, os resíduos com dimensões inferiores a 10 mm. Dentre esses estão os
pellets de plástico, que são resinas poliméricas usadas como matéria prima para a indústria
de plásticos. Estudos sobre a presença desse material em praias vêm sendo realizados desde a
década de 1970. Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais abordagens
levantadas e analisadas pela comunidade científica acerca dos pellets e identificar os riscos
da presença e dispersão desse material no ambiente costeiro. A metodologia utilizada foi o
levantamento bibliográfico, elaboração de um banco de dados e trabalhos de campo. Dentre
os principais resultados encontra-se que os pellets podem ser agrupados em três níveis de
análise: química, física e biológica, representando desde problemas relacionados a transporte
de elementos químicos a graves interferências no meio biótico.
Palavras-chave: Poluição Marinha e Costeira, Microlixo, Riscos, Praias.
140 | Panel 3.4 – Technological risks and development
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AOS ACIDENTES TECNOLÓGICOS NO
ENTORNO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE PAULÍNIA, SÃO PAULO – SP
Rafael Alexandre Ferreira Luiz
Departamento de Saúde Ambiental, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
[email protected]
Adelaide Cássia Nardocci
Departamento de Saúde Ambiental, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
[email protected]
RESUMO
Instalações industriais representam uma das maiores fontes de riscos tecnológicos para a
sociedade e o meio ambiente, por isso, o entendimento e gerenciamento destas adquirem
grande importância para a garantia dos níveis de segurança. A compreensão da relação entre
a vulnerabilidade e o risco permite a contextualização deste último, o que faz com que
estudos que privilegiem tal associação se tornem essenciais. Avaliar as vulnerabilidades
existentes nestas áreas é de suma importância, pois os resultados podem ser úteis para a
formulação de propostas e melhorias no gerenciamento dos riscos. Neste contexto, o objetivo
deste trabalho foi a aplicação do modelo conceitual de mapeamento da vulnerabilidade
proposto pelo método ARAMIS (Accidental Risk Assessment Methodology for Industries in the
Context of the Seveso II Directive), a fim de avaliar a vulnerabilidade da área de entorno do
distrito industrial do município de Paulínia no estado de São Paulo, Brasil. Verificou-se assim,
a aplicabilidade deste modelo ao contexto brasileiro, bem como a identificação dos alvos
sensíveis à ocorrência de grandes acidentes e, sobretudo, sua aplicabilidade como
instrumento de ordenamento territorial. Devido às características existentes nas áreas de
entorno das plantas industriais nas grandes cidades brasileiras e, devido à gravidade e
extensão dos danos que possíveis acidentes podem causar à saúde humana, a problemática da
vulnerabilidade aos acidentes tecnológicos pode e deve ser encarada como um assunto
pertinente da Saúde Pública capaz de contribuir em muito na gestão dos riscos associados e
no ordenamento territorial de tais atividades.
Palavras-chave: Vulnerabilidade, Acidentes Tecnológicos, Ordenamento Territorial.
141 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS E RISCOS SOCIAIS:
O CASO DO RIO ARAGUARI – MG, BRASIL
Vicente de Paulo da Silva
Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil
[email protected]
RESUMO
O objetivo deste trabalho é apresentar a realidade do rio Araguari, no estado de Minas Gerais,
Brasil, no que tange à opção brasileira pela construção de hidrelétrica e, consequentemente,
os riscos sociais a que os moradores são submetidos. O Araguari, com extensão de,
aproximadamente, 470 quilômetros, da nascente à foz, tem sido palco de nossas
investigações no Programa de Pós Graduação em Geografia, do Instituto de Geografia, da
Universidade Federal de Uberlândia. Tais pesquisas, contaram sempre com apoio da Fundação
de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais – FAPEMIG, e tem revelado o significado da
construção de hidrelétrica para as pessoas que vivem em locais escolhidos para esse fim. Ao
longo do rio são quatro UHEs (Nova Ponte, Miranda, Amador Aguiar 1 e Amador Aguiar 2) e
duas PCHs (Pai joaquim e Macacos) construídas, principalmente, a partir de meados dos anos
de 1980. Os deslocamentos compulsórios tem sido a forma de maior agressão a modos de vida
e diferentes culturas decorrentes dessas obras. Nossas investigações se voltam para os riscos
sociais decorrentes dessa opção, quando discutimos os efeitos sociais e espaciais provocados
pelas barragens. Os riscos estão, principalmente, associados ao aparecimento de novas
doenças, perdas de rituais simbólicos, acentuação de processos de desterritorialização em
função dessa forma de apropriação dos territórios.
Palavras-chave: Territórios, Hidrelétricas, Riscos Sociais, deslocamentos compulsórios, Rio
Araguari.
142 | Panel 3.4 – Technological risks and development
Painel 3.5
Riscos sociais no contexto de crise global
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
DESASTRES NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOCIO-ESPACIAL DA VULNERABILIDADE
INSTITUCIONAL ATRAVÉS DA EVOLUÇÃO DA DECRETAÇÃO MUNICIPAL DE
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA
Norma Valencio
Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo
[email protected]
RESUMO
Em termos sociológicos, desastre é um acontecimento social trágico que tanto resulta quanto
se desdobra em processos socioambientais e sociopolíticos deletérios que apresentam
diferentes recortes espaciais e temporais. Um dos aspectos relevantes no debate das Ciências
Sociais no tema dos desastres diz respeito aos acentuados riscos que subjazem à adoção
institucional de uma lógica tecnocrática na gestão pública das emergências. Tal lógica,
forjada numa racionalidade burocrática e autoritária, obstrui uma atuação técnicooperacional compatível às demandas protetivas micro e macrossociais civis, do que resulta a
impossibilidade de contenção dos processos de esgarçamento do tecido socioambiental. Desta
deterioração da capacidade institucional para dialogar com a sociedade civil decorre o
aumento da ocorrência dos desastres. Esse estudo focaliza tal problemática desde o caso do
Brasil, no qual os desastres se dão a conhecer, dentre outros, através da evolução do ato
administrativo de decretação municipal de situação de emergência (SE) e de estado de
calamidade pública (ECP), reconhecidos por portaria da Secretaria Nacional de Defesa Civil do
Ministério da Integração Nacional (SEDEC/MI). O foco nas SEs e ECPs do período 2004-2013
permitiu identificar aspectos temporais e espaciais relevantes em torno desse tipo de crise na
esfera social e, assim, subsidiou a análise sociológica da vulnerabilidade institucional oriunda
da adesão e persistência desse approach tecnicista na estrutura institucional de Sistema
Nacional de (Proteção) e Defesa Civil (SINPDEC). Apoio: CNPq.
Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.
145 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RISCOS SOCIAIS, CURRÍCULO DA EJA E POTENCIALIDADES DOS
JOVENS DE PRAIA DO FORTE, BAHIA/BRASIL
Maria Gonçalves Conceição Santos
Mestrado em Educação de Jovens e Adultos da Universidade do Estado da Bahia
Pesquisadora do Grupo Recôncavo
[email protected]
Tula Ornellas Farias Santos
Mestranda em Educação de Jovens e Adultos da Universidade do Estado da Bahia Departamento de
Ciências Humanas - Salvador
[email protected]
Marcia Regina Barbosa
Universidade Federal de Pernambuco, Brasil
Pós-Doutoranda em Educação na Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
O entendimento da educação de jovens em situação de risco social perpassa pela
contextuliazação da Educação de Jovens e Adultos – EJA, no tempo e no espaço. Esta
modalidade de ensino surgiu como função reparadora de uma dívida social que o país tem
com os jovens e adultos, decorrente do analfabetismo, da baixa qualificação profissional, do
desperdício de experiências, da pobreza urbana e rural, da desestruturação do seio familiar,
entre outros. O estudo lança luz sobre o currículo da educação de jovens e adultos e sua
possibilidade em contribuir para minimizar os riscos sociais, tomando-se como base a
comunidade, localizada no município de Mata de São João, Bahia. A busca de caminhos para
entender de que forma os saberes e fazeres dos jovens podem ser inseridos no curriculo da
EJA, constitui um dos objetivos desta pesquisa. O trabalho está pautado na leitura de autores
que discutem a questão dos riscos sociais, do currículo da EJA e do mundo do trabalho. A
contextualização da área investigada e dos sujeitos da pesquisa, por meio da observação “in
loco”e do diálogo com os jovens e adultos da área em estudo, constitui o caminho
metodológico. O artigo está organizado em três pontos básicos: riscos e vulnerabilidades
sociais, outros saberes e fazeres de jovens em situação de riscos sociais e a inserção das
experiências dos jovens no currículo da EJA.
Palavras-chave: Risco Social, Currículo da EJA e Potencialidades.
146 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ENTRE A POEIRA E A LAMA:
REPERCUSSÕES DOS DESASTRES NA VIDA COTIDIANA
DE GRUPOS VULNERABILIZADOS
Norma Valencio
Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo
[email protected]
RESUMO
No debate sociológico no tema dos desastres, ganha crescente destaque a discussão acerca
das insuficiências e dos equívocos de atuação institucional nas emergências. Em todo o globo,
se multiplicam os casos em que a atuação de resposta e as estratégias recuperativas
oficialmente deflagradas têm ficado muito aquém das demandas sociais locais, senão mesmo,
chegam a aviltar, intensa e extensamente, os grupos sociais que já padecem
multidimensionalmente nos desastres. Este estudo focaliza a referida problemática desde o
contexto brasileiro recente de desastres relacionados às chuvas e às secas prolongadas.
Descreve-se a analisa-se, por um lado, a construção dos dispositivos (conforme a perspectiva
foucaultiana) que culmina na fragilização do processo de territorialização de determinados
grupos sociais, como segmentos empobrecidos no meio urbano e no meio rural e povos
tradicionais, dentre outros. Por outro, apresenta-se a síntese dos resultados de pesquisa de
campo, de base qualitativa, a qual se debruçou sobre dez diferentes casos de grupos sociais
que, já estando historicamente em desvantagem social, foram centralmente prejudicados
numa circunstância de desastre. Tais grupos viram recrudescer a sua vulnerabilização
estrutural e deterioração da vida cotidiana diante a violência imbricada no conteúdo
material, social, espacial e simbólico da atuação do ente público. Apoio: FAPESP.
Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.
147 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
POR ENTRE BRASAS E FUMAÇAS:
UMA ABORDAGEM GEOGRÁFICA
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Norma Valencio
Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo
[email protected]
Rosemeire Scopinho
Departamento de Psicologia e NUESTRA, Universidade Federal de São Carlos
[email protected]
RESUMO
Trata-se de uma abordagem geográfica de um projeto de investigação que resultou da
aproximação de pesquisadores provenientes de três Núcleos distintos, inseridos em
universidades brasileiras e portuguesas, e pertencentes a três áreas científicas diferentes
(geografia, sociologia e psicologia social) que, na região serrana do Açor (Portugal),
procuraram caracterizar, em termos sociais, as consequências deixadas pelos incêndios
florestais na vida dos aldeões.
A abordagem geográfica que se apresenta visa, sobretudo, dar relevância à contextualização
e ao enquadramento do problema nessa área de conhecimento para, depois, permitir iniciar
a pesquisa de campo e a análise em áreas afins – no caso, tanto da sociologia como da
psicologia social – cujos resultados serão apresentados em comunicação separada.
Assim, indicam-se os grandes incêndios que afetaram a serra do Açor e explicitam-se os
critérios que levaram à escolha das áreas-amostra onde foi desenvolvido o estudo e que
correspondem a oito localidades pertencentes aos municípios de Arganil, Góis e Oliveira do
Hospital, todos elas afetadas, direta ou indiretamente, por incêndios florestais, umas há mais
tempo e outras mais recentemente. Em comum, apresentam a característica de todos esses
incêndios permanecerem bem gravados na memória social das comunidades, que é guardada
pelos moradores idosos, os quais constituem a população dominante destas aldeias.
Palavras-chave: Serra do Açor, incêndios florestais, memória social, idosos.
148 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
POR ENTRE BRASAS E FUMAÇAS:
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA DA MEMÓRIA
SOCIAL DE IDOSOS PARA A COMPREENSÃO DE DESASTRES
RELACIONADOS AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL
Norma Valencio
Programa de Pós Graduação em Sociologia,Universidade Federal de São Carlos
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo
[email protected]
Rosemeire Scopinho
Departamento de Psicologia e NUESTRA, Universidade Federal de São Carlos
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
A compreensão mais aprofundada da trama social implicada num desastre é conditio sine qua
non para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para a atuação em emergências.
Sem que a complexidade do meio social seja devidamente conhecida e considerada, o meio
técnico-operacional esbarra em dificuldades para assistir adequadamente aos grupos
vulnerabilizados em circunstâncias ambientais críticas que podem, eventualmente, evoluir
para catástrofes. Para auxiliar nessa tarefa de descortinamento da dinâmica social num
contexto de emergência, a colaboração da sociologia é fundamental. De um lado, os métodos
próprios desta disciplina favorecem a identificação e a análise das características dos sujeitos
em interação e sua situacionalidade. De outro, propõem e ajustam, para cada contexto social
específico, um esquema classificatório que organiza o sentido integrado dos elementos
materiais e simbólicos que, sendo componentes das rotinas da vida cotidiana, foram
perturbados naquele acontecimento trágico. Tendo isso em conta, esse estudo apresenta as
contribuições do recorte sociológico, através do uso do método da memória social de idosos,
para o entendimento da vivência comunitária de desastres relacionados a incêndios florestais
em oito aldeias do distrito de Coimbra, em Portugal.
Palavras-chave: Sociologia dos Desastres, Defesa Civil, Brasil.
149 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
DIAGNÓSTICO DE RISCO DOS IMÓVEIS TOMBADOS EM BAURU/ SP/ BRASIL
Sérgio Ricardo Losnak
Departamento de Arquitetura, FAAC da Universidade Estatual Paulista de Bauru
[email protected]
Camila Santos Doubek Lopes
Departamento de Geociências, CCE da Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
RESUMO
No Brasil, as políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural estão relacionadas aos
mecanismo de tombamento. No caso da cidade de Bauru, o tombamento está associado a
ações do executivo e do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (CODEPAC). Foi observado
empiricamente que essas ações não atingem os objetivos de preservação cultural,
arquitetônica e histórica. Assim, este estudo diagnosticou a existência de risco da integridade
física que venha ocasionar a descaracterização do bem tombado, bem como, os riscos
provocados pelas resignificações e usos desassociados daqueles relativos aos da sua origem.
Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica exploratória e documental descritiva. Os
resultados mostraram que 74,5% dos imóveis tombados estão ocupados, mas o uso não esta
associado a conservação, sendo que os sem ocupação, apresentam risco à integridade física e
de perda das características originais. Concluiu-se que: (i) o tombamento, quando cerceado
de outros mecanismos proporciona grandes riscos a integridade fisica do bem e a paisagem
urbana, (ii) a ocupação dos imóveis tombados não está associada à sua conservação, (iii) a
situação de fragilidade do bem, associada a novos sentidos simbólicos atribuidos, provoca
determinado risco na manutenção da identidade originária e, (iv) o município carece de ações
complementares às de tombamento, que miniminizem os riscos ao Patrimônio Histórico
Cultural.
Palavras-chave: riscos, vulnerabilidade, tombamento, patrimônio cultural.
150 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS SOCIAIS E AS MOTIVAÇÕES DOS
TERRITÓRIOS INTENCIONALMENTE DE RISCO:
PERCEPÇÕES SOBRE O RIO DE JANEIRO E O DISTRITO FEDERAL
Érica Ferrer
Departamento de Geografia, Universidade de Brasília - UnB
[email protected]
RESUMO
A criminalidade e a insegurança são uma grande preocupação sentida nas cidades. Tal medo
tem sido manipulado por empresas de segurança pública, lançamentos imobiliários e
programas de governo para gerar lucro e votos. No entanto, tal insegurança coletiva deve ser
trazida para o meio científico para que sejam estudados quais fatores causam o aumento do
índice de homicídios, por exemplo. A falta de infraestrutura neste estudo se mostra como um
causador desse aumento, porém o governo tem esse conhecimento e, em muitos casos, não o
aplica. Assim, o conceito do território intencionalmente de risco visa propor uma reflexão
acerca desse descaso governamental em certas áreas e o grande investimento em
infraestrutura em outras regiões. Ainda, aborda as motivações que podem levar o governo a
não direcionar políticas públicas em determinados territórios com risco social. Neste estudo
são utilizados três bairros da cidade do Rio de Janeiro e três regiões administrativas do
Distrito Federal.
Palavras-chave: território intencionalmente de risco, criminalidade, infraestrutura
151 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
POPULAÇÕES RURAIS E OS RISCOS FRENTE À EXPANSÃO DO TURISMO:
VERTENTES SOCIOAMBIENTAIS E RESSIGNIFICAÇÕES
DA RELAÇÃO ESPAÇO-NATUREZA
Germana Lima de Almeida
Universidade Regional do Cariri - URCA
[email protected]
Lea Carvalho Rodrigues
Universidade Federal do Ceará-UFC
[email protected]
RESUMO
Guaramiranga é um município serrano de 4.070 habitantes (IBGE, 2010), situado há 110 km da
capital do estado do Ceará, Brasil. Sua história econômica esteve fortemente ligada à
agricultura desde o século XIX até o final da década de 1980, quando envolvia ainda 92% de
sua população nesta atividade. A partir dos anos 1990 políticas públicas incentivaram a
atividade turística local, sob a prerrogativa de ser uma alternativa econômica eficiente na
geração de divisas para esta população e sob o argumento de ser ecologicamente sustentável,
adequando-a aos novos preceitos de preservação ambiental. Após 24 anos de inserção desta
atividade e diante das constatações empíricas, este artigo propõe, em primeiro lugar,
desmitificar a retórica de sustentabilidade ecológica da atividade turística local, elencando
Diegues (1997), Dias (2003) e Mowforth e Munt (2008). Em seguida, contrapor os reais
benefícios econômicos e estruturais desta atividade frente aos impactos sócio-culturais
gerados em populações tradicionais, conforme observam Rodrigues e Alencar (2011), Ribeiro e
Barros (1994) e Marin (2009). A partir desta localidade, finalmente, refletir sobre as
contradições do crescimento da atividade turística nos países da América Latina, incidindo
diretamente na degradação de espaços naturais bem como na segregação de suas populações
tradicionais que, presumivelmente, deveriam ser as populações e ecossistemas
primordialmente beneficiados pela inserção econômica do turismo.
Palavras-chave: Turismo, populações rurais, Guaramiranga (Ceará, Brasil)
152 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A SOCIEDADE DE RISCOS E OS DESASTRES SOCIONATURAIS:
A CRIAÇÃO DA “REDE” DE EFEITOS AMBIENTAIS COLATERAIS
Maria Galleno de Souza Oliveira
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara-UNESP/SP
[email protected]
RESUMO
O risco é inerente à moderna sociedade reflexiva e sempre estive presente nas sociedades,
sendo por isso estudado pelas diversas áreas do conhecimento científicos, entre elas as
sociologia. Entretanto, nos últimos trinta anos há um tipo de risco que adquiriu uma maior
visibilidade no território brasileiro, que são os riscos socionaturais, principalmente aqueles
relacionados aos desastres naturais associados às secas, as inundações e aos deslizamentos. O
impacto desses desastres, principalmente nos meios urbanos, causaram prejuízos econômicos,
problemas sociais e ambientais ao estado brasileiro e demonstraram serem consequências da
debilidade estatal, do deficit social, cultural e econômico, e também da incapacidade de
prevenção e respostas eficazes para evitá-los ou pelo menos minimizá-los. O objetivo do
estudo é analisar o referencial teórico-conceitual de risco, as categorias, os impactos sociais
e as medidas adotadas pelos poderes públicos brasileiro nas ações voltadas para diminuir o
risco socionatural. O método adotado para o presente estudo é o hipotético-dedutivo.
Palavras-chave: cidade, pobreza, infraestrutura, impacto, meio ambiente
153 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
O IMPACTO SOCIAL DO BIOTERRORISMO
Gisélia Braga
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Paulo Campos
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected] / [email protected]
Ana Mafalda Reis
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Romero Bandeira
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Após os ataques terroristas de 11 de Setembro, os EUA sofreram uma vaga de incidentes
bioterroristas associados a esporos de Carbúnculo. Estes actos tiveram repercussões notáveis
na Europa. Embora não tenha sido identificado nenhum ataque bioterrorista dirigido à
Europa, os países decidiram encontrar rapidamente meios para enfrentar este novo tipo de
ameaça (Silva e Pires, 2009).
Portugal, não ficou indiferente a esta situação e em 2002 publicou a Lei de Combate ao
Terrorismo, actualizada em 2003 pela Lei nº 52/2003 de 22 de Agosto. Salvaguardando,os
casos de Bioterrorismo.
Segundo o CDC, Bioterrorismo é a libertação deliberada de vírus, bactérias ou outros
microorganismos (agentes), utilizados para causar doença ou morte em pessoas, animais ou
plantas. Já há muitos anos que são utilizadas armas biológicas, desde a utilização de
cadáveres com Peste para atingir os inimigos, até aos dias de hoje que poderão ser utilizados
agentes geneticamente modificados.
Os agentes utilizados como armas biológicas são seleccionados tendo em conta as suas
características. Um ataque bioterrorista afecta a sociedade tanto a nível social como
psicológico e económico e prolonga-se no tempo. Será necessário tomar medidas para
diminuir esse impacto e causar as menores alterações possíveis tanto a nível de profissionais
de saúde como no funcionamento das instituições e mesmo do país.
Palavras-chave: Bioterrorismo, Doença, Stress.
154 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
Painel 3.6
Riscos dendrocaustológicos
(incêndios florestais)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
VARIAÇÃO ESPACIAL DAS PRINCIPAIS CAUSAS DOS
INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL (2001-2012)
Adélia Nunes
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Ana Meira Castro
Instituto Superior de Engenharia do Porto, Instituto Politécnico do Porto
[email protected]
Sofia Fernandes
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
O conhecimento das causas dos incêndios florestais, e dos respetivos fatores de ignição, é
indispensável para a eficaz implementação de medidas que visem a prevenção da sua
ocorrência. Na bacia do Mediterrâneo as causas que estão na origem dos incêndios florestais
são maioritariamente humanas, ficando a dever-se a causas naturais uma ínfima parte das
ignições. Por sua vez, as causas dos incêndios, além de diferirem de país para país, são
também espacialmente distintas dentro do mesmo país, pois a sua incidência espacial
depende de um conjunto específico de fatores regionais, associados não só às componentes
ambientais, onde se incluem as condições climático-meteorológicas, o relevo, as
caraterísticas dos combustíveis, entre outras, mas também às atitudes e aos comportamentos
humanos.
Com o presente trabalho pretende-se (i) analisar, à escala do município, a distribuição
espacial das principais causas que estão na origem das ignições, no período compreendido
entre 2001 e 2012, tendo por base os incêndios florestais investigados e cuja causa foi
apurada, dando particular ênfase às causas negligentes (e dentro destas às denominadas de
queimadas, que se relacionam com a queima pelo fogo de combustíveis agrícolas e florestais)
e às causas intencionais (onde se integra o incendiarismo), (ii) detetar inter-relações entre
variáveis biofísicas, socioeconómicas e a incidência de determinado tipo de causa de ignição.
Palavras-chave: Causas de incêndio florestal, Causas negligentes, Causas intencionais,
Caraterísticas físico-humanas, Territórios municipais.
157 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
AGRICULTURA TRADICIONAL DE CORTE E QUEIMA
NO BIOMA DE MATA ATLÂNTICA (RJ) – BRASIL
Ana Valéria Freire Allemão Bertolino
Departamento de Geografia/FFP - Universidade do Estado do Rio de Janeiro [email protected]
Isabel Linhares Pereira Soares
Departamento de Geografia/FFP - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
Lúcio José Sobral Cunha
Departamento de Geografia, Universidade de Coimbra, Portugal
[email protected]
RESUMO
A agricultura tradicional de corte e queima é responsável pela subsistência de 250 a 500
milhões de pessoas ao redor do mundo, a maior parte delas nos trópicos. O objetivo do
trabalho é analisar o potencial matricial da água do solo e a erosão em solos com diferentes
manejos: sem cobertura (SC) e sistema de pousio/queima (PO).
O estudo foi realizado em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo/Rio de Janeiro Brasil. O monitoramento da sucção do solo foi realizado por intermédio de blocos de matriz
granular (GMS`s), nas profundidades de 15 e 30 cm, instalados em cada sistema. A erosão foi
mensurada em cada evento de chuva utilizando-se parcelas de erosão de 20 m2 e a
pluviosidade foi obtida pela precipitação diária (24h), coletada por pluviômetros e por uma
estação automatizada MAWS. Os resultados demonstram que o sistema sem cobertura possui
valores de potenciais matriciais superiores ao sistema de pousio/queima durante grande parte
do período, se mantendo próximo à saturação, demonstrando uma dificuldade de percolação
da água dentro da matriz do solo. Já o sistema de pousio/queima possui variações constantes
de potenciais matriciais em todo o período analisado, demonstrando uma drenagem eficiente
quando comparado ao sistema sem cobertura, mesmo nos períodos de concentração de
chuvas. Comprovou-se que o manejo de pousio/queima apresenta uma resposta mais eficiente
na recarga e drenagem da água no solo em relação ao sistema sem cobertura, apresentando
baixas taxas de erosão ao longo do período monitorado.
Palavras-chave: pousio, queimada, comportamento hidrológico, erosão
158 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS DENDROCAUSTOLÓGICOS:
PREVISÃO, PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
NO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA, BRASIL
Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior
Departamento de Geografia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Roraima
Especialista em Educação para a Gestão Ambiental (NUMA/UFPA)
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT/UFRR)
[email protected]
RESUMO
Os riscos ambientais estão cada vez mais presentes no existir do ser humano, ou talvez
estejam de forma mais acintosa mostrando suas consequências sobre a sociedade, a qual é
impactada por fenômenos nocivos como inundações, deslizamentos, incêndios, etc. No
entanto, esclareça-se que os riscos ambientais e suas derivações, os desastres ambientais, só
o são e existem como se vê devido à presença e ação humana sobre a natureza. Assim, buscase entender como os incêndios florestais ocorridos no estado de Roraima expõem seus
habitantes a riscos chamados dendrocaustológicos, bem como analisar de que forma os
trabalhos de previsão e prevenção acontecem, tendo como método a teoria dos sistemas,
adotando-se como metodologia pesquisas bibliográficas e documentais, focando nos
elementos (i) pluviometria, (ii) vegetação, (iii) seca e estiagem e (iv) defesa civil. De posse
de dados pluviométricos e da tipologia biogeográfica do estado tem-se como premissa que o
conhecimento sobre este risco é sabido, mas não há ostensividade nas ações, as quais são
aparentemente emergenciais.
Palavras-chave: Pluviometria, vegetação, seca e estiagem, defesa civil
159 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ENXURRADAS VIOLENTAS APÓS INCÊNDIOS FLORESTAIS.
O EXEMPLO DE PRAIAS E PISCINAS FLUVIAIS DA BACIA DO RIO ALVA (PORTUGAL)
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Adélia Nunes
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Joana Gonçalves
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
A bacia hidrográfica do rio Alva, à semelhança de vastas áreas do território continental
português, tem sido afetada por grandes incêndios florestais, nestas últimas décadas. A
passagem de fogo e a consequente incineração do coberto vegetal desencadeia alterações
muito significativas na camada edáfica superficial, no ciclo hidrológico e nos processos
erosivos que atuam ao nível da vertente.
Com efeito, as relações entre o fogo e as respostas hidrológica e erosiva são mediadas pela
vegetação, pelas propriedades do solo e pelas condições climático-meteorológicas de uma
determinada área. Apesar dos processos hidrológicos e erosivos que atuam ao nível do solo
atingirem, em regra, o seu pico durante o primeiro ano após um incêndio, a “janela de
perturbação” (window of disturbance) induzida pelo fogo pode perdurar, muito para além do
fenómeno em si e, em termos hidrogeomorfológicos, desencadear processos com
consequências catastróficas, também para além da área afetada pelo próprio incêndio.
Com o presente trabalho pretendem-se analisar na bacia do rio Alva alguns eventos severos
ocorridos na sequência de incêndios, cujas implicações, tanto ao nível da resposta hidrológica
como erosiva, não se limitaram à área percorrida pelas chamas, mas afetaram áreas muito
para além dos limites dos incêndios.
Em termos metodológicos, partiu-se de alguns estudos anteriormente realizados (Lourenço,
1988, 2006 e 2007) para, agora, se analisarem comparativamente com outras situações
análogas, registadas mais recentemente, com destaque para todas aquelas que afetaram
praias e piscinas fluviais.
Palavras-chave: erosão após incêndios florestais, processos erosivos, precipitação intensa,
praias e piscinas fluviais, rio Alva.
160 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
LA ORDENACIÓN DEL TERRITORIO COMO FACTOR CONDICIONANTE
EN LA CATÁSTROFE DE VALPARAÍSO.
CASO VALPARAÍSO, CHILE CENTRAL
Luis Correa Jiménez
Corporación Nacional Forestal. Región de Valparaíso - Chile
[email protected]
Miguel Castillo Soto
Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile
[email protected]
RESUMEN
Habiéndose cerrado el fatídico balance del Incendio Forestal que afectó a la ciudad de
Valparaíso (Chile Central) en el mes de abril de 2014, las cifras oficiales indican que se
destruyeron aproximadamente 2.900 casas, fallecieron 15 personas, y fueron afectadas 965
hectáreas (937 de vegetación y 28 de superficie urbanizada), las lecciones aprendidas que nos
dejó esta calamidad son muchas.
El artículo describe la dinámica de la ocupación territorial en la zona de interfaz de
Valparaíso (Patrimonio de la Humanidad desde 2003), analiza las variables ambientales y las
histórico-culturales, que han incidido en el actual patrón espacial de ocupación del territorio
en dicha ciudad, presenta las causas (legales, administrativas y políticas) del deficiente
ordenamiento territorial en la interfaz de la ciudad y demuestra que la ausencia de
planificación territorial fue un factor decisivo en el grave daño producido por este incendio.
Palabras clave: Incendio forestal, Interfaz, Valparaíso
161 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
GESTIÓN INSTITUCIONAL DE RIESGOS Y ACTUACIONES FRENTE
A DESASTRES OCASIONADOS POR INCENDIOS DE INTERFAZ
Miguel Castillo Soto
Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile
[email protected]
RESUMEN
En Chile, el problema de los incendios forestales se ha visto reflejado en los últimos años a
una leve alza en el número promedio de eventos por año. Sin embargo el aspecto más
preocupante ha sido el violento aumento de la severidad del fuego y las extremas condiciones
de peligro que se presentan en muchas áreas del país. Lo anterior tiene múltiples
explicaciones, desde aspectos meteorológicos, vegetacionales, de manejo de bosques, de
legislación y pautas de ordenación del territorio, hasta la conducta irresponsable de personas
que ocasionan incendios, y enormes debilidades que presenta el sistema legal de sanciones,
que no promueve pautas estrictas para castigar a los responsables. Lo anterior, desde el
punto de vista de la condición de Riesgo, permite identificar zonas particularmente sensibles
al problema de los incendios y la posibilidad de la ocurrencia de graves desastres en zonas
densamente pobladas que conviven con la interfaz de bosques. En este artículo se describe
este problema, ilustrando aquellos aspectos que debiesen formar una adecuada planificación
y gestión del territorio frente a la ocurrencia y propagación del fuego.
Palabras clave: gestión del riesgo, peligro de incendios, interfaz urbano-forestal, causas de
incendios, planificación territorial
162 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
INCIDÊNCIA REGIONAL E TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO
DOS INCÊNDIOS EM PORTUGAL (1980-2013)
Adélia Nunes
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
António Bento-Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
Ana Meira Castro
Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto
[email protected]
RESUMO
Em pouco mais de três décadas (1980-2013) registaram-se, em Portugal continental, cerca de
745 mil ignições e uma área ardida que ronda 3,7 milhões de hectares. Todavia, quando se
analisa a distribuição espacial dos incêndios verifica-se que há distritos especialmente
suscetíveis à sua deflagração e outros mais favoráveis à propagação das chamas. A dicotomia
Norte/Centro vs Sul de Portugal, tanto no número de ignições como na área ardida, é
igualmente bem conhecida.
Com o presente trabalho pretende-se analisar a distribuição espacial e detetar tendências de
evolução temporal, no período de 1980-2013, tanto na densidade de ignições, como na
percentagem de áreas ardidas a nível regional, e, ainda, definir o grau de similaridade
existente entre os distritos que compõem Portugal continental, no que se refere à incidência
de incêndios florestais.
Os resultados referentes à densidade de ignições são perentórios quanto ao seu acréscimo
pois, em todas as unidades territoriais, a correlação – baseada quer no coeficiente de Pearson
quer no coeficiente de Spearman, de acordo com a análise - revela-se estatisticamente
significativa. No que se refere às percentagens de superfície média incinerada, os resultados
são mais díspares. Com tendências positivas (p-value <0,05) sobressaem todos os distritos da
região Norte, enquanto os de Beja e Évora manifestam a mesma tendência, apenas se
aplicado o coeficiente de Spearman. Com tendência inversa, isto é, de decréscimo, apenas se
destaca Coimbra. Nos restantes distritos as tendências observadas não revelam significado
estatístico.
Palavras-chave: Tendências na densidade de ignições, Tendências na % de área ardida,
Coeficientes de correlação de Pearson e Spearman, Distritos de Portugal
163 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EFEITOS DO FOGO NO SOLO NA SEQUÊNCIA DE UMA QUEIMA EXPERIMENTAL:
RESULTADOS PRELIMINARES
António Bento-Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
Ana Meira Castro
Departamento de Matemática do Instituto Superior de Engenharia do Porto
[email protected]
Célia Fonte
Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Santo Tirso
[email protected]
Paulo Bessa
Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Penafiel
[email protected]
Artur Borges
Gabinete Técnico Florestal/ Câmara Municipal de Felgueiras
[email protected]
RESUMO
Os impactes dos incêndios florestais são múltiplos (económicos, humanos, paisagísticos,
sociais e ambientais - nas árvores, na vegetação arbustiva, subarbustiva e herbácea, no solo,
nos organismos do solo, nas aves e mamíferos, no ar, na água, ... - ) e complexos (diretos,
indiretos, cumulativos, imediatos, subsequentes, ...), dependendo, segundo Macedo e
Sardinha (1993), de fatores tão variados como a grandeza, a intensidade, a época, a duração
e a frequência dos incêndios, as dimensões e composição dos povoamentos, volume,
concentração, distribuição e características do combustível, natureza e características do
solo, ..., sendo que um dos impactes mais significativos, no nosso país, se verifica nos solos
(propriedades físicas e químicas, consequências hidrológicas e erosivas, hidrofobicidade, ...).
Com esta comunicação pretende-se apresentar e discutir a queima experimental realizada em
maio de 2014 em Santo Tirso, num eucaliptal e em matos, com o objetivo de reduzir o
combustível sob diferentes técnicas de condução do fogo, a qual resultou de uma cooperação
entre a Universidade do Minho e a Camara Municipal de Santo Tirso e que visa estudar dos
efeitos deste tipo de fogo no solo, bem como apresentar e discutir os primeiros resultados da
referida queima.
Palavras-chave: Queima experimental, solo, eucaliptos
164 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
TRAGEDIA DE UN INCENDIO ANUNCIADO:
EL CASO DE VALPARAÍSO, CHILE CENTRAL
Miguel Castillo Soto
Laboratorio de Incendios Forestales. Universidad de Chile.
[email protected]
Luis Correa Jiménez
Corporación Nacional Forestal. Región de Valparaíso - Chile
[email protected]
RESUMEN
Cumpliéndose todo pronóstico de riesgo y peligro de incendios forestales, en el mes de abril
de 2014 se produjo un grave y devastador incendio de interfaz, que incluso obligó al Gobierno
de Chile a decretar el status de Estado de Catástrofe, para de esa manera activar los
mecanismos de atención de emergencias y el apoyo en presupuesto necesario para poder
mitigar las graves consecuencias del incendio. El balance final dejó como resultado 2.800
casas destruidas, 16 muertos, casi 1.000 hectáreas quemadas y enormes daños ambientales,
todo producto de un descontrolado incendio de interfaz cuyo origen fue en zonas rurales. Este
artículo describe y explica los acontecimientos y factores que promovieron el
desencadenamiento de esta tragedia a la población civil. En la sección final del análisis se
exponen las pautas técnicas que condicionan el nivel de riesgo en estas áreas y cómo debería
enfrentarse el problema frente a potenciales incendios en el futuro.
Palabras clave: incendios forestales, interfaz urbano-forestal, protección civil, riesgo de
incendios, propagación del fuego
165 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
MODIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DOS SOLOS
DA SERRA ALGARVIA DEVIDO AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
Rui Lança
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Vera Rocheta
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Fernando Martins
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Helena Fernandez
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Elisa Silva
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Celestina Pedras
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve
[email protected]
RESUMO
O calor dos incêndios florestais produz um sistema composto por solo extremamente seco
coberto por cinza, que quando exposto a precipitações intensas pode dar origem a inundações
extremas. Para caracterizar a modificação das propriedades físicas do solo devido ao
incêndio, foram realizados ensaios com um infiltrómetro de anel. As variáveis medidas foram
a condutividade hidráulica quase saturada, Kf, e a sorvidade, S.
Foram recolhidas 4 amostras não remexidas de solo característico da serra algarvia (solo
esquelético derivado de xisto), com 0,50x0,50x0,15 m. Sobre 3 amostras foram colocadas
diferentes quantidades de material combustível, conduzindo a diferentes tempos de
exposição ao calor, diferentes temperaturas máximas e diferentes quantidades de cinza.
Posteriormente, foram realizados ensaios com um infiltrómetro de anel na amostra de
referência não ardida e nas 3 amostras afetadas pelo incêndio simulado em laboratório. Os
resultados mostram diferentes valores de Kf, S e consequentemente diferentes valores de
repelência à água.
Os resultados permitem caracterizar a repelência à água em solos ardidos extremamente
secos da serra algarvia e dão indicação sobre os valores de Kf e S a utilizar em modelos de
precipitação/escoamento superficial para solos afetados por incêndios florestais com
diferentes graus de severidade.
Palavras-chave: condutividade hidráulica, sorvidade, incêndio, solos ardidos.
166 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
Painel 4
Aplicação do planeamento/
planejamento e ordenamento do
território à gestão de riscos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
DESASTRES NATURAIS E GESTÃO DE RISCO NO BRASIL:
CARACTERÍSTICAS E CONTRIBUTOS PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL
Aline Pascoalino
Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Rio Claro, Brasil
[email protected]
Lutiane Queiroz de Almeida
Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Brasil
[email protected]
RESUMO
A diversidade climática do território brasileiro e do mosaico paisagístico, bem como a
distribuição e constituição, geralmente não planejada, do tecido urbano e do fenômeno de
urbanização refletem nos efeitos dos tipos de eventos que possam vir a tornar-se desastres e
na intensidade que estes recaem sobre a sociedade. As chuvas das regiões Sul e Sudeste do
país, assim como as secas da região Nordeste, tem se constituído eventos que atingem a
população em maior intensidade de danos econômicos, sociais e psicológicos. O objetivo da
pesquisa foi realizar uma organização de dados referentes aos desastres naturais que
ocorreram no território brasileiro neste início do século XXI, enfatizando-se as características
desses fenômenos e a gestão perante a probabilidade de ocorrência e os episódios
desastrosos. Para tal foram consideradas as bases de dados disponíveis para o território
brasileiro, através do EM-DAT, do Observatório Nacional do Clima e Saúde, do Sistema
Integrado de Informações sobre Desastres - S2ID (Secretaria Nacional de Defesa Civil), bem
como de notícias veiculadas nos meios de comunicação mais recentes. A sistematização dos
dados permitiu verificar as diferenciações regionais no que tange à distribuição dos
fenômenos desastrosos destacando-se a tipologia do desastre e suas conseqüências.
Constatou-se ainda as áreas de maior prioridade no direcionamento de investimentos públicos
e a destinação orçamentária no processo de atuação do poder público pré e pós evento.
Palavras-chave: desastres, gestão ambiental, gestão da crise, vulnerabilidade, mitigação.
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III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
INSERCIÓN DE LA GESTIÓN DE RIESGOS EN LA
PLANIFICACIÓN TERRITORIAL DEL MUNICIPIO MANEIRO.
ESTADO NUEVA ESPARTA.VENEZUELA.
María Gabriela Camargo Mora
Instituto de Geografía y Conservación de los Recursos Naturales,
Facultad de Ciencias Forestales de la Universidad de Los Andes, Venezuela
[email protected]
Beatriz Ávila Guerra
Alcaldía de Maneiro. Estado Nueva Esparta. Venezuela / Dirección de Desarrollo Urbano
[email protected]
RESUMEN
Se parte de la premisa que la planificación territorial u ordenación del territorio se convierte
en el principal instrumento de la Gestión del Riesgo en todos los diferentes niveles
territoriales, pero tiene especial relevancia en los niveles locales (municipios y ciudades),
donde se materializa y se puede intervenir realmente el riesgo, mediante la planificación de
acciones o actuaciones y de la aprobación de normativas legales e instrumentos para el
control de la ocupación, además permite orientar inversiones articuladas y priorizadas según
su contexto particular de amenazas y riesgos
Se presenta el Plan de Desarrollo Urbano Local de Pampatar – Los Robles (PDUL), como
estudio de caso, donde se inserta la Gestión de Riesgo en la planificación urbanística. Este
instrumento persigue transformar la intención en acción, visualiza los impactos y
consecuencias de los acontecimientos en el futuro e permite influir en ellos mediante
acciones persiguiendo generar cambios en el territorio. Se logra una visión global e
intersectorial, donde se identifican tendencias y oportunidades, anticipa dificultades, trata
de minimizar el grado de incertidumbre para el logro de los objetivos y para orientar los
recursos requeridos en las acciones interinstitucional. Mediante la Zonificación del Uso del
Suelo, aprobada como norma legal, se convierte en el instrumento para el control de la
ocupación del territorio y para prevenir y mitigar el riesgo urbano.
Palabras clave: Territorio, Amenazas, Vulnerabilidad, Riesgo, Ordenación,
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III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A GESTÃO DOS RISCOS TECNOLÓGICOS COM EXTERNALIDADE NO ENTORNO:
UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP / BR
Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU
[email protected]
Delanney Vidal Di Maio Junior
Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA
Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU
[email protected]
Luiz Antonio Perrone Ferreira de Brito
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU
[email protected]
RESUMO
A presença dos riscos nas sociedades contemporâneas, dominadas pela incerteza e pela
insegurança em razão da constante possibilidade de ocorrência de desastres ambientais e
tecnológicos, cujos efeitos não são totalmente previsíveis, conduziu a importantes alterações
nas principais instâncias responsáveis pelo desenvolvimento - ciência, tecnologia e política.
Um dos desafios para atingir o almejado desenvolvimento regional sustentável diz respeito à
adequada governança desses riscos. O presente artigo parte da análise crítica do estudo de
caso do entorno de uma instalação industrial de engarrafamento e distribuição de Gás
Liquefeito de Petróleo - GLP, no município de São José dos Campos - SP, e infere sobre a ação
de diversos atores sociais envolvidos na gestão municipal do ambiente construído, tendo como
eixo estruturante o equacionamento dos Riscos Tecnológicos. Para atingir o objetivo proposto
diagnosticaram-se os principais riscos tecnológicos decorrentes das atividades da indústria de
petróleo e gás desenvolvidos no município, com auxílio da realização de pesquisa de campo
tipo exploratória, identificou-se a percepção de risco de atores sociais envolvidos, tipificou-se
a relação entre esses atores, identificou-se o modelo de Gestão dos Riscos Tecnológicos
existentes, e propõem-se caminhos para melhoria do quadro identificado, com o efetivo
engajamento das comunidades locais no processo decisório do desenvolvimento almejado e
definição dos riscos aceitáveis.
Palavras-chave: Gestão. Risco Tecnológico. Percepção de Risco. Tomada de Decisão.
171 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
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MAPEAMENTO DE RISCOS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DE CARAGUATATUBA-SP
Estéfano Seneme Gobbi
Faculdade de Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil
[email protected]
Francisco Sérgio Bernardes Ladeira
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
[email protected]
Marcelo da Silva Gigliotti
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
[email protected]
RESUMO
O intenso intemperismo verificado nas escarpas da Serra do Mar promove um grande
desenvolvimento de material pedogenético que, associado a elevadas declividades e
precipitações temporalmente concentradas são os principais fatores que desencadeiam
movimentos de massa e depósitos gravitacionais na Planície Costeira de Caraguatatuba-SP.
Esses movimentos de massa orientam-se preferencialmente pelos canais de drenagem, que
também concentram os maiores riscos no que concerne a corridas de lama, rolamento de
blocos e inundações, assim como verificados em eventos periodicos em toda a área.
Movimentos de massa são processos inerentes à Serra do Mar e fazem parte da dinâmica
natural das faixas litorâneas próximas ao Planalto Atlântico. As zonas de contato entre a
Planície Costeira e as escarpas da Serra do Mar são áreas de suscetibilidade maior a esses
desastres naturais, de maneira que sua ocupação deveria ser restringida, evitando assim a
maior vulnerabilidade socioeconômica. Entretanto, historicamente é na faixa litorânea que se
concentra um grande contingente populacional e se desenvolve grande parte das atividades
econômicas.
Em atividades de campo foram verificadas as áreas de contato entre a Planície Sedimentar e
a Serra do Mar que, somadas aos dados altimétricos e às coletas de material pedológico por
meio de tradagens embasaram o delimitação das áreas de maior suscetibilidade a riscos
associados a depósitos de movimentos de massa e inundações em ambiente SIG.
Palavras-chave: Mapeamento de Riscos, Planície Costeira, Escorregamento de Massa.
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GRANDES PROJETOS DE INVESTIMENTOS HIDRELÉTRICOS (GPIH)
E RISCOS TERRITORIAIS: O RIO ARAGUARI(MG) – BRASIL
Hudson Rodrigues Lima
Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil
[email protected]
Vicente de Paulo da Silva
Instituto de Geografia,Universidade Federal de Uberlândia (MG), Brasil
[email protected]
RESUMO
O rio Araguari, localizado no estado de Minas Gerais, é o 6o rio com maior capacidade de
geração de energia elétrica do Brasil. Nele localizam-se duas Pequenas Centrais Hidrelétricas
e quatro Usinas Hidrelétricas. Trata-se de um rio com grandes áreas apropriadas por
empreendimentos, impondo aos territórios intensas transformações. Ainda não há uma
sistematização de investigações em torno dos riscos que a construção das barragens trouxe e
traz às populações atingidas e afetadas. É preciso identificar quais são as medidas efetivas de
segurança e prevenção de tragédias à vida humana e toda espécie de vida nos espaços
apropriados por hidrelétricas. O ponto de partida do trabalho é uma pesquisa de mestrado
finalizada no início do ano de 2013, no Instituto de Geografia da Universidade Federal de
Uberlândia (MG), Brasil. A pesquisa Professor Doutor Vicente de Paulo da Silva. Identificou-se
grande insatisfação das pessoas em relação à atuação do poder público e do empreendedor na
área de entorno dos reservatórios. Isso nos moveu a propor nova investigação para apurar
essas insatisfações à luz dos perigos porque passam as pessoas e ambientes. Este trabalho é
preliminar e a intenção é a de poder trocar ideias e auxiliar na trajetória metodológica com o
grupo de investigadores que estejam trabalhando com riscos a fim de identificarmos
necessidades de gestão dos riscos a que estão expostas as pessoas e ambientes em território
intensamente utilizado para a geração de energia elétrica.
Palavras-chave: Riscos em hidrelétricas, Energia Elétrica, Grandes Projetos de Investimentos
Hidrelétricos.
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DINAMICA SISTÊMICA DA PAISAGEM E RELAÇÃO DE USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS
NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO E LITORAL NORTE FLUMINENSE
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/BRASIL
Regina Célia Oliveira
Departamento de Geografia, Instituto de Geociências
Universidade Estadual de Campinas/São Paulo/Brasil
[email protected]
RESUMO
A paisagem pode ser definida como um conjunto inter-relacionado de formações naturais e
antroponaturais. O zoneamento ambiental segundo a perspectiva da Geoecologia da Paisagem
possibilita verificar quais as funções das paisagens e como se dá a sua dinâmica de evolução.
A realização do estudo de Zoneamento Geoambiental proposta através de uma abordagem
sistêmica, para as regiões costeiras definidas neste trabalho, nas áreas de ocorrência do
litoral do Estado de São Paulo e litoral norte fluminense do Estado do Rio de Janeiro
mostraram-se importantes ao considerar as seguintes questões: Primeiro, por serem áreas que
apresentam características de funcionamento físico complexo ao considerar os diversos
fatores que regem a organização das formas e processos em ambiente costeiro, Segundo, por
serem áreas de povoamento secular, ou seja, sofrem a pressão da ação antrópica a mais de
cinco séculos. Terceiro, porque estas regiões apresentam atividades econômicas significativas
para a economia de seus Estados, sendo que, as recentes transformações no uso da terra
sejam pelo desenvolvimento de atividades agropecuárias, seja pela expansão urbana e/ou
pela extração de recursos minerais ocasionam uma grande pressão ao meio ambiente.
Analisando como tem se dado esse processo de ocupação e quais as fragilidades ambientais
das áreas em estudo é possível contribuir para a organização de medidas de prevenção ao uso
desse espaço, de forma a minimizar acidentes que possam trazer danos ambientais.
Palavras-chave: dinâmica das paisagens, geomorfologia, planejamento ambiental, ação
antrópica.
174 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management
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O NOVO PROGRAMA DE AÇÃO NACIONAL
DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL
Maria José Roxo
e-GEO Centro de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
RESUMO
Portugal adotou em 17 de junho de 1999, o seu Programa de Ação Nacional de Combate à
Desertificação (PANCD), que constituía uma obrigatoriedade, enquanto país signatário da
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CNUCD), desde 26 de dezembro
de 1996. No entanto, em função da obrigação de adequação do PANCD à Estratégia Decenal
2008/2018 da Convenção de Combate à Desertificação (adotada na 8ª Conferência das Partes
(COP 8 – Setembro 2007), foi necessário proceder à revisão do anterior programa.
Na elaboração do novo PNACD teve-se em conta as actuais orientações estratégicas e os
instrumentos de gestão territorial que enquadram ou que são aplicáveis às diferentes escalas
(nacional, regional e local).
Em virtude das questões relacionadas com o fenómeno da desertificação serem no geral
transversais e com múltiplas implicações no ordenamento do território, considera-se que o
PNACD deve ser encarado como um instrumento de planeamento estratégico de maneira a
minimizar riscos como os de erosão de solos, perda de biodiversidade, salinização, entre
outros.
Pretende-se apresentar os objectivos do novo programa, bem como a identificação dos
possíveis benefícios ambientais e territoriais da sua implementação. Importa demonstrar, a
necessidade de haver uma maior consciencialização por parte dos actores com
responsabilidade no território, sobre os efeitos deste grave fenómeno ambiental.
Palavras-chave: Desertificação, Planeamento, Ordenamento do Território, Riscos Ambientais
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ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA PLANO MUNICIPAL
DE REDUÇÃO DE RISCOS DE DESLIZAMENTOS DO MUNICÍPIO DE SANTOS, SP
Kátia Canil
Universidade Federal do ABC , Santo André, Brasil
[email protected]
Eduardo Soares de Macedo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
[email protected]
Fabrício Araujo Mirandola
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
[email protected]
Alessandra Cristina Corsi
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
[email protected]
Marcelo Fischer Gramani
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
[email protected]
RESUMO
As ocupações em encostas estão sujeitas a acidentes de movimentos gravitacionais de massa
cujo potencial destrutivo depende de características físicas e dinâmicas, tais como o volume
de material mobilizado, raio de alcance desse material e velocidade relativa do movimento.
As áreas de risco com maior grau de vulnerabilidade de ocorrência de acidentes no município
de Santos, são aquelas onde a ocupação se dá de forma precária, em terrenos de muito alta a
alta suscetibilidade natural a processos de movimentos de massa. A Baixada Santista limitada
pela Serra do Mar, e pelo Oceano, comporta um complexo de planícies costeiras, morros
insulados e mangues. As diferentes litologias e as respectivas estruturas dos Morros de Santos
representam fatores condicionantes dos movimentos gravitacionais de massa. No ano de 2012
foram mapeadas 22 áreas de risco do município e de acordo com a avaliação registrada, os
escorregamentos estão relacionados na maioria dos casos aos processos de instabilização, em
cortes/aterros, seguido dos processos de instabilização de encostas naturais (quedas e
rolamento de blocos rochosos). Para cada uma das áreas foram propostas medidas de
intervenção e respectivos custos para recuperação. Esses dados fazem parte do Plano
Municipal de Redução de Riscos. Os fatores essenciais levados em conta na análise de risco
são: a) probabilidade ou possibilidade de escorregamentos e inundação, b) vulnerabilidade em
relação às formas de uso e ocupação, e c) potencial de dano.
Palavras-chave: Plano Municipal de Redução de Riscos, Santos, Deslizamentos.
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AVALIAÇÃO DO RISCO NO MUNICÍPIO DE BENGUELA, ANGOLA
Wladimir Borges Estevão
Ministério da Educação, Benguela, Angola
[email protected]
Alexandre Oliveira Tavares
Centro de Estudos Sociais e Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Os riscos materializam processos ou acções, naturais ou tecnológicos, que adquirem
relevância sócio-económica e que têm expressão territorial, os quais condicionam as políticas
públicas e a qualidade de vida dos cidadãos.
Com este trabalho identificam-se os processos perigosos, de origem natural e tecnológica que
afectam a população do município de Benguela, Angola, Faz-se de seguida uma avaliação do
grau de risco para alguns dos processos, utilizando a probabilidade e gravidade dos impactos
associados.
Para o efeito foi realizado trabalho de reconhecimento de campo e de inquirição aos
responsáveis pela gestão do risco em instituições públicas de âmbito provincial e municipal.
Foi ainda elaborada uma base de dados a partir de conteúdos bibliográficos.
Foram identificados 15 processos principais de perigo, de origem natural tecnológica e de
saúde pública, com impacto e danos materiais e humanos no município de Benguela.
Na análise do grau de risco utilizaram-se a matriz harmonizada utilizada pela ANPC (ANPC,
2009) e a matriz das três variáveis (Standards Australia, 2004).
Como base na classificação do grau de risco evidenciaram-se os galgamentos costeiros, a seca
e abaixamento dos níveis de águas, epidemias, os acidentes ou incêndios com material
eléctrico, os incêndios em resíduos ou edifícios habitacionais e os acidentes rodoviários.
Apresentam ainda graus elevados as cheias e inundações, as tempestades e trovoadas com
chuvas intensas, a instabilidade de taludes e arribas.
Palavras-chave: Riscos naturais, riscos tecnológicos, grau de risco, Benguela, Angola.
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ORDENAMENTO TERRITORIAL E GESTÃO DE RISCOS
NA REGIÃO DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO – BRASIL
Humberto Gallo Junior
Instituto Florestal – SMA/SP, Brasil
[email protected]
Débora Olivato
Secretaria Estadual de Educação – SP, Brasil
[email protected]
RESUMO
A região do Litoral Norte de São Paulo está situada no domínio da Mata Atlântica e possui
cerca de 80 % de sua área protegida por Parques Estaduais criados na década de 1970. O
Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte, publicado em 2005, define as diretrizes de
uso e ocupação do solo. O mapeamento de áreas de risco efetuado em 2006 pelo Instituto
Geológico de São Paulo identificou diversas áreas em situação risco a escorregamentos, queda
de blocos e inundações. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi fazer uma correlação
entre os instrumentos de ordenamento territorial e a gestão de riscos na região. Foi efetuada
a análise dos marcos legais vigentes e sua correlação com a estrutura de gestão de riscos e
dinâmica de ocupação, com estudo de caso na bacia hidrográfica do Rio Indaiá, município de
Ubatuba – Brasil - SP. Verificou-se que embora o tema dos riscos ambientais seja importante
para a região, ele não é priorizado na gestão territorial. A implantação pelo poder público de
conjunto habitacional e creche em área de risco na bacia estudada evidencia este problema.
A criação dos Parques Estaduais foi fundamental para a conservação de áreas frágeis na
escarpa da Serra do Mar. Porém, com a implantação de diversos empreendimentos previstos
para a região, espera-se o aumento da população com tendência à ampliação da ocupação de
áreas de risco. Os municípios envolvidos não estão estruturados para suportar esta demanada,
o que contribui para o agravamento da questão.
Palavras-chave: ordenamento teritorial, gestão de riscos, Litoral Norte de São Paulo.
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MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE DO MEIO FÍSICO
COM BASE EM ANALISE MULTICRITÉRIO EM SIG
Marta Foeppel Ribeiro
Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
Vivian Castilho da Costa
Departamento de Geografia Física, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
[email protected]
RESUMO
O aumento da população urbana mundial vem provocando crescentes pressões sobre a
vegetação. A criação de áreas protegidas representa uma estratégia adotada para a
preservação de remanescentes de vegetação e para a manutenção da biodiversidade e do
equilíbrio ambiental. Na vertente leste do Maciço da Pedra Branca, localizado na Zona Oeste
do município do Rio de Janeiro (RJ, Brasil), situa-se a parte mais preservada de uma das
maiores florestas de Mata Atlântica em área urbana no mundo, inserida no Parque Estadual da
Pedra Branca (PEPB). Nas duas últimas décadas, a área do entorno imediato do parque vem
sofrendo progressivo desmatamento para dar lugar a novas áreas construídas. Uma das
consequências desse processo é a ocorrência de movimentos de massa. Este artigo tem como
objetivo avaliar as condições de fragilidade do meio físico do recorte espacial como parte da
metodologia de identificação de áreas com alto risco de ocorrência de movimentos de massa.
O estudo utilizou o Geoprocessamento em análise multicritério para a geração do mapa do
Fator de Fragilidade do Meio Físico, com base em mapeamentos temáticos diversos. Como
forma de validar a confiabilidade do mapa, foi feita a sobreposição deste ao mapa de
cicatrizes erosivas e ao mapa de distribuição dos pontos de acúmulo de materiais removidos
por movimentos de massa. O mapa do Fator de Fragilidade do Meio Físico foi considerado
satisfatório e disponibilizado aos gestores do parque, contribuindo para a implementação do
plano de manejo do PEPB.
Palavras-chave: Análise multicritério. Parque Estadual da Pedra Branca. Fragilidade do Meio
Físico. Geoprocessamento.
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A FORMALIDADE E O RISCO:
UMA RELAÇÃO TÊNUE ENTRE FORMAS DE OCUPAÇÃO
EM SALVADOR – BAHIA, BRASIL
Plínio Martins Falcão
Departamento de Geografia, Instituto Federal da Bahia – IFBA
Grupo de Pesquisa Terra&Mar – CNPq / IFBA – Campus Salvador
[email protected]
RESUMO
Mais uma vez cresce o Brasil urbano, com a maior parte da sua população de mais de 200
milhões de pessoas, suas metrópoles cada vez mais crescentes, cidades médias se expandindo
e as questões de ocupação sempre presentes. Salvador, com seus quase 3 milhões de
habitantes, passa pela grande transformação e dinâmica do crescimento, mas ainda segue
tímida no que tange à minimização dos riscos aos quais se submetem, cotidianamente,
pessoas que vivem em áreas nas quais, teoricamente, não se deveria ocupar, a exemplo de
encostas, morros, áreas de terrenos instáveis. Todavia, um fato observado nos últimos tempos
leva a crer que nesta cidade onde tantos processos espaciais e sociais se interralacionam, é
possível notar certa paridade entre aquilo que é dito formal e informal pelo planejamento.
Sabe-se que a capital baiana integra a lista de uma das cidades mais excêntricas no que tange
às formas de ocupação, bem como os riscos associados a estas, o que é fundamentalmente
influenciado pela sua própria topografia. Este trabalho teve como objetivo apresentar um
panorama do risco na lógica da construção formal em Salvador, identificando áreas e
construções suscetíveis, que inexplicavelmente passaram por alguma instância do
planejamento urbano, permitindo o uso de áreas suscetíveis ou sem adequação para ocupar
de modo mais seguro. A metodologia utilizada consistiu em levantamento bibliográfico, uso
de cartografias, imagens e trabalhos de campo, o que permitiu, dentre os resultados, uma
sistematização e coletânea por meio do recorte imagético e a abordagem geomorfológica de
áreas de instabilidade de encostas.
Palavras-chave: Ocupação formal, Risco, Encostas, Salvador.
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ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO FACE ÀS DINÂMICAS CLIMÁTICAS:
COMPARAÇÕES ENTRE O PROJETO ORLA BRASILEIRO
E O PROGRAMA BUYOUT ESTADUNIDENSE.
Rômulo Lima Silva de Góis
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,
Bolsista da CAPES nº 1471-13-9
[email protected]
João Vitor Gobis Verges
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,
Bolsista da CAPES nº 9719-13-0
[email protected]
Braulio José Carvalhal Luna
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
[email protected]
RESUMO
Este trabalho propõe uma discussão crítica sobre a importância do Ordenamento do Território
para o ambiente costeiro e sua relação direta com os riscos ocasionados pelas dinâmicas
climáticas a partir de uma análise comparativa entre o Plano Buyout dos Estados Unidos e o
Projeto Orla brasileiro. A metodologia utilizada compreende a análise e revisão de
levantamento de dados bibliográficos sobre dinâmicas climáticas, ordenamento do território,
erosão marítima e planos de gestão de costa. Fez-se, ainda, pesquisa legislativa e uma análise
comparativa de instrumentos dos planos mencionados. Atinge como principal resultado a
conclusão de que a congregação do Projeto Orla brasileiro com o programa Buyout
estadunidense traria maior efetividade à gestão do litoral face às dinâmicas climáticas, pois
quando a implantação de política pública preventiva não se apresenta mais como promotora
de adaptação possível ao aumento do nível do mar e da erosão marítima, a mesma deve
considerar soluções mais coercivas por parte do Estado e, frente a estas problemáticas, o
Programa Buyout apresenta maior robustez e eficácia no funcionamento adotado.
Palavras-chave: Riscos, Planejamento Costeiro, Erosão Marítima, Políticas Públicas.
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REABILITAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE V. N. DE GAIA –
UM PROJECTO DE PROTEÇÃO CIVIL
Salvador Almeida
Comandante Bombeiros Sapadores e Proteção Civil de Vila Nova de Gaia
[email protected]
RESUMO
O Centro Histórico Antigo de Vila Nova de Gaia é um verdadeiro documento vivo das
condições de vida e das técnicas de construção de gerações ancestrais representativo de
valores culturais, nomeadamente históricos, arquitetónicos, urbanísticas ou simplesmente
afetivos que, por constituírem uma memória coletiva, não se podem perder por incúria ou
desleixo.
É necessário chamar a atenção para as questões higio-sanitárias (abastecimento de água,
saneamento de águas residuais, resíduos sólidos urbanos), qualidade de vida (ruído, poluição
atmosférica), condições de habitabilidade, parques e zonas de lazer, turismo e segurança
contra risco de incêndio que uma área deste tipo suscita, bem como salientar procedimentos
a adotar para promover uma prevenção e proteção mais eficazes na defesa do nosso
Património Histórico e Cultural, numa conjugação da arquitetura e da engenharia tendo como
base a organização social das suas gentes.
Assim, este trabalho responde a um desejo de contribuir para a preservação do Centro
Histórico, tanto contra o risco de incêndio, como face às inundações ancestrais a que está
sujeito, ou às manifestações geomorfológicas importantes, atendendo à morfologia da área
em causa e à intervenção que todos os dias este território sofre. A resposta constitui o
presente Projeto de Protecção Civil, com propostas de medidas preventivas, mitigadoras, com
Planos de Prevenção e Atuação, salientando-se os Projeto Industrigaia, Plano 3P, Plano de
Intervenção dos Bombeiros, Plano de Atuação em Cheias e Inundações, na certeza de que é
uma tarefa de todos e para todos, sem esquecer as urgências ambientais.
Palavras-chave: Centro Histórico, Riscos, Prevenção, Planos e Reabilitação.
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CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS –
AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE EM
UMA BACIA HIDROGRÁFICA TRANSFRONTEIRIÇA IBÉRICA
Teresa Albuquerque
Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal
[email protected]
Margarida Antunes
Instituto Politécnico de Castelo Branco, CIGAR, Portugal
[email protected]
Fátima Seco
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal
[email protected]
RESUMO
A identificação de fontes de contaminação de água subterrânea e consequente controlo e
monitorização são ferramentas de base na gestão dos riscos ambientais no espaço
transfronteiriço. A bacia hidrográfica do rio Águeda é uma bacia transfronteiriça, partilhada
entre Portugal e Espanha, com diversas fontes potenciais de contaminantes, sendo destacadas
as atividades mineiras, agrícolas e humanas. Na avaliação da vulnerabilidade das águas
subterrâneas na bacia hidrográfica do rio Águeda foram selecionadas setenta e cinco amostras
de água subterrânea. Todas as amostras de água estão georreferenciadas e foram recolhidas
ao longo de uma malha regular, no mês de junho de 2012. Em cada ponto de água foram
determinados os parâmetros: temperatura, pH, condutividade elétrica, potencial redox,
oxigénio dissolvido, bem como, os teores de: cloretos, sulfatos, nitratos, fosfatos inorgânicos,
B, Ba, Ca, K, Mg, Mn, Na e Sr. Para cada parâmetro obtido foram elaborados mapas de
distribuição espacial geoquímica utilizando a krigagem gaussiana, permitindo identificar zonas
de potencial vulnerabilidade na área da bacia. Na avaliação da vulnerabilidade das águas
subterrâneas, na bacia hidrográfica do rio Águeda foi calculado o índice Drastic, tendo sido
obtidas zonas de vulnerabilidade moderada a elevada. Com a sobreposição dos mapas de
distribuição espacial e de vulnerabilidade é possível a identificação de clusters para
vulnerabilidade / contaminação.
Palavras-chave: água subterrânea, geoestatística, krigagem Gaussiana, mapas geoquímicos,
índice Drastic.
183 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
DESENVOLVIMENTO DE UM WEBSIG SOBRE INVESTIGAÇÕES
APLICADAS A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Nuno Simões
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve
[email protected]
Helena Fernandez
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
Fernando Martins
Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve
[email protected]
RESUMO
Após o incêndio florestal de Tavira – São Brás de Alportel, que ocorreu a 18 Julho de 2012,
têm sido desenvolvidas várias investigações cientificas neste caso de estudo. Por forma a
estudar este incêndio, foram utilizadas ferramentas computacionais de Deteção Remota, de
Sistemas de Informação Geográfica, de Bases de dados, entre outras. A monitorização do
coberto vegetal e a descrição da erosão hídrica pós incêndio foram exemplos aplicados neste
caso de estudo, tendo sido publicados a nível nacional e internacionalmente.
No presente trabalho será apresentada uma fase preliminar de um WebSIG que irá conter os
dados já pulicados referentes a este caso de estudo. Posteriormente, este WebSIG será
ampliado a nível nacional, de modo a conter os resultados das diversas investigações
realizadas na temática de incêndios florestais e os seus efeitos nos solos. Ainda, se
pretenderá disponibilizar este WebSIG a potenciais utilizadores, tais como à comunidade
científica e à sociedade em geral.
Na conceção deste sistema serão utilizados softwares de código aberto e livre: o MapServer
como servidor de mapas, o PostgresSQL/PostGIS como sistema de base de dados não espaciais
e espaciais, o QGIS como software SIG, como servidor o Web Apache, e como linguagem de
marcação utilizou-se a linguagem html editada num notepad++.
Palavras-chave: WebSIG, Incêndios Florestais, Efeitos nos Solos.
184 | Panel 4 – Application of spatial planning to risk management
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A GESTÃO DE RISCO NO TERRITÓRIO,
O CONTRIBUTO DOS PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Teresa Cravo da Fonseca
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
[email protected]
Eduarda Marques da Costa
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
[email protected]
José Luís Zêzere
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
[email protected]
RESUMO
Os processos de ordenamento e planeamento do território em Portugal têm-se feito
acompanhar por mudanças significativas ao longo das últimas décadas, quer nas suas
orientações quer no modelo de governação das intervenções estruturais, marcados pela
introdução de diversificados instrumentos de orientação internacional, europeia e nacional.
A gestão do risco, seja ele de génese natural ou antrópica, tem-se configurado como um
domínio de crescente integração na gestão do território. Adicionalmente, os temas e
desígnios ligados à proteção do solo e dos recursos naturais permitiram ao longo das décadas
passadas a implementação de medidas preventivas, diminuindo a susceptibilidade a
determinados perigos bem como a vulnerabilidade dos seus territórios e populações.
Neste princípio é importante reconhecer o caminho que Portugal tem feito na abordagem e
integração do risco nas políticas de ordenamento e gestão do território, nomeadamente à
escala regional.
Para o efeito é preciso compreender a dimensão das políticas e instrumentos dando
enquadramento às questões da prevenção e gestão do risco. Neste sentido, a presente
comunicação, constitui um pequeno ensaio metodológico no sentido de demonstrar o
desenvolvimento de abordagens integradoras entre instrumentos e objetivos, passando este
nível de análise pelo apuramento da integração do risco no ordenamento do território através
dos instrumentos de escala regional, onde se delineiam as estratégias locais com real impacto
no território.
Por esta via pretende-se potenciar a compreensão da integração do vector risco na gestão do
território em Portugal.
Palavras-chave: Risco, Planeamento, Portugal.
185 | Painel 4 – Aplicação do planeamento/planejamento do território à gestão de riscos
Painel 5
Análise e Prevenção de Riscos nas
Organizações de Defesa/Proteção Civil
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A IMPORTÂNCIA E O CONTRIBUTO DAS UNIDADES LOCAIS DE PROTEÇÃO CIVIL
PARA O PROCESSO DE PLANEAMENTO E GESTÃO DA EMERGÊNCIA.
O CASO DE ESTUDO DO MUNICÍPIO DE CÂMARA DE LOBOS (ILHA DA MADEIRA)
Ricardo Gomes
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Uriel Abreu
Câmara Municipal de Câmara de Lobos
[email protected]
RESUMO
A coexistência entre o meio biofísico e a intervenção antrópica determina a existência de
uma relação dinâmica, cujo equilíbrio depende da adoção de políticas sectoriais ajustadas ao
ordenamento do território e ao planeamento e gestão da emergência.
Neste contexto, as Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) afiguram-se como uma estrutura,
à escala da freguesia, de otimização da operacionalidade associada ao mecanismo de
prevenção e resposta, sobretudo no acompanhamento das ações e procedimentos referentes
ao processo de planeamento e gestão da emergência.
No concelho de Câmara de Lobos (ilha da Madeira), a manifestação de processos de
perigosidade com potencial destrutivo apresenta, predominantemente, uma distribuição
espácio-temporal circunscrita à “bacia de risco” do Curral das Freiras (freguesia), devido à
existência de um conjunto de constrangimentos associados ao quadro geográfico,
particularmente a diversidade de fatores biofísicos desencadeantes (morfologia, declives,
etc.) e distúrbios antrópicos que potenciam o agravamento da magnitude e,
consequentemente, da severidade dos fenómenos, promovendo a intensificação do grau de
vulnerabilidade e exposição da população.
Considerando estes pressupostos, pretende-se fomentar a discussão do papel, potencialidades
e vantagens das ULPC, no âmbito das políticas regionais e estratégias locais no domínio da
segurança e proteção civil, e procede-se à justificação da pertinência de implementação de
uma ULPC na freguesia do Curral das Freiras.
Palavras-chave: Unidades Locais de Proteção Civil, Planeamento e Gestão da Emergência,
Segurança e Proteção, Fatores de Risco, Câmara de Lobos.
189 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
FENÓMENO ICEBERGUE:
VÍTIMAS PSICOLÓGICAS DAS CATÁSTROFES NATURAIS
(UM ESTUDO COM ADOLESCENTES NA RAM)
Cândida Jardim
Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos – Serviço de Psicologia
[email protected]
Ricardo Gomes
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Uriel Abreu
Câmara Municipal de Câmara de Lobos
[email protected]
RESUMO
Na Madeira, a ocorrência cíclica de processos de perigosidade, de génese natural, motivou
nos últimos anos maior sensibilização e consciencialização para a problemática do Risco, bem
como a adoção de medidas estruturais de mitigação e/ou gestão dos processos de
perigosidade.
Numa situação de desastre natural, as vítimas, além das consequências físicas, estão também
sujeitas a efeitos psicológicos, particularmente as crianças e jovens, um grupo especialmente
vulnerável. Esta dicotomia entre sintomas físicos e consequências psicológicas remete para o
chamado “fenómeno icebergue ”, já que as vítimas com sequelas físicas são apenas uma
fração, a mais visível, do número total de vítimas a necessitar de cuidados, sendo por vezes
menosprezadas as sequelas psicológicas, menos visíveis.
Considerando estes pressupostos, procedeu-se ao estudo dos efeitos psicológicos, na
população jovem da Madeira, provocados pela manifestação e exposição a processos de
perigosidade. Para compreender esses efeitos, aplicou-se a Posttraumatic Stress Disorder –
Checklist, Civilian Version e um questionário de percepção de risco, a alunos do Ensino
Secundário.
Os resultados permitiram avaliar o grau de trauma associado à exposição aos desastres
naturais e perceber a perceção que esta população tem dos mesmos. Compreender estas
variáveis permite definir estratégias de coping e de aumento da resiliência de cada jovem,
prevenindo reincidências ou novos casos de respostas stressantes a estes eventos.
Palavras-chave: Desastres Naturais, Trauma, Fenómeno Icebergue, Posttraumatic Stress
Disorder, Estratégias de Coping.
190 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
PERCEÇÃO DE RISCO E CONFIANÇA INSTITUCIONAL
ENTRE CRIANÇAS E JOVENS DO ENSINO BÁSICO NA RAM
Ricardo Gomes
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Rafael Brites
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
RESUMO
A perceção que os indivíduos têm dos riscos a que estão expostos influencia os seus
comportamentos e, consequentemente, repercute-se na sua vulnerabilidade. Na RAM, os
últimos anos ficaram marcados por um conjunto de eventos naturais extremos com
consequências gravosas, às quais as crianças e jovens são um grupo particularmente
vulnerável. Por outro lado, são um público preferencial da educação e sensibilização sobre
riscos naturais e comportamentos de autoproteção.
Para definir estratégias e medidas de educação e sensibilização, nomeadamente promovidas
pelo SRPC, IP-RAM, e para posteriormente avaliar o impacto das medidas implementadas,
torna-se necessário conhecer a perceção que as crianças e jovens da RAM têm dos riscos
naturais a que estão expostos, sobre a sua segurança e confiança nas instituições que a
promovem, bem como comportamentos de autoproteção a adotar.
Assim, foi concebido e implementado um questionário sobre perceção de risco, confiança
institucional e comportamentos de autoproteção, cujo público-alvo foram os 15 mil alunos de
2º e 3º Ciclo da RAM, tendo-se recolhido cerca de 10 mil questionários. Os resultados deste
estudo permitiram traçar um perfil de aluno e correlacionar as respostas com diferentes
variáveis, nomeadamente a idade, condição socioeconómica, o contexto geográfico e a
experiência pessoal – ter estado diretamente exposto a um evento tendo sofrido algum tipo
de perda.
Palavras-chave: Perceção de risco, Confiança institucional, Cultura de Segurança
191 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
OS IMPACTOS PLUVIAIS E VEICULAÇÃO NO JORNAL O PANTANEIRO
NA CIDADE DE AQUIDAUANA/MS/BRASIL
Flávio Cabreira dos Santos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana
[email protected]
Vicentina Socorro da Anunciação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana
[email protected]
RESUMO
A abordagem homem/natureza na ciência geográfica tem configurado temática em estudos
diversos, sendo que, entre esses, os de repercussão por meio de eventos climáticos extremos
tem obtido seu destaque. A precipitação no ambiente urbano tem causado momentos
avassaladores e prejuízos à população, mormente as residentes em áreas de risco ou sujeitas
a inundações, devido à configuração antrópica e a ineficácia de planejamento, tal fato é
ocasionado pela impermeabilização do solo e construções irregulares em local de área de
risco. A cidade de Aquidauana tem sofrido com tal ato no decorrer de sua história, já que a
mesma está localizada na planície pantaneira, e o convívio com o ritmo das águas tornou-se
rotineiro a população local. A área citadina evolui-se entre os interflúvios dos córregos João
Dias e Guanandy, e tais locais, também ocasiona a população residente nesses, nos períodos
sazonais sujeitos a índices elevados de precipitação, flagelo, mesmo que de forma menos
expressiva quando comparado às inundações do Rio Aquidauana. Utilizando-se da imprensa
local, os impactos causados pelos índices elevados de precipitação, na área urbana, foram
identificados, em um recorte temporal, compreendendo os anos de 1965 a 2011. A
metodologia aplicada é o Sistema Clima Urbano (Monteiro, 1976), no subsistema
hidrodinâmico, que envolve todo o processo da relação entre os impactos meteóricos e a área
urbana. Os primeiros resultados apresentaram sensacionalismo jornalístico ao expor os
eventos precipitativos na área urbana. Por fim, a análise revelou como a imprensa retrata de
forma controversa a magnitude de episódios climáticos extremos, ao perpassar o
planejamento eficaz e a aplicação de ações mitigadoras à população visando reverter o
processo.
Palavras-chave: cidade, clima, inundação, imprensa.
192 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A PRODUÇÃO DESIGUAL DO ESPAÇO COMO GERADORA DE
TEMPERATURAS EXTREMAS EM CIDADES MÉDIAS TROPICAIS:
O EXEMPLO DE SÃO CARLOS/SP BRASIL
Camila Riboli Rampazzo
Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente
[email protected]
João Lima Sant'Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente
[email protected]
RESUMO
Em relação aos problemas ambientais urbanos, principalmente associados ao clima, se busca
aprofundar o referencial para identificar a gênese dos processos que desencadeiam a
distribuição desigual de calor, tendo como ponto de partida a dinâmica de produção desigual
dos espaços como geradora de temperaturas extremas nas cidades. Desta forma, o presente
estudo objetiva analisar a dinâmica de produção do espaço de São Carlos/SP (uma cidade
média tropical de altitude) para identificar processos que permitam considerar que o
elemento natural clima também é um agente que pode reforçar ou atenuar as desigualdades.
Para isso, além de uma análise eminentemente geográfica, o trabalho identifica a ocorrência
e distribuição espacial das diferenças de temperatura em espaços com distintos padrões de
ocupação/edificação, vegetação e o espaço rural próximo. Os resultados mostram diferenças
de até 6°C refletindo a relação entre a produção desigual do espaço na geração de
temperaturas extremas.
Palavras-chave: produção do espaço, cidades médias, temperatura extrema, clima urbano.
193 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
LA EVALUACIÓN DE RIESGOS PARTICIPATIVA EN EL PLANEAMIENTO LOCAL
PARA LA REDUCCIÓN DEL RIESGO DE DESASTRE
Sebastián Martín Pérez
Cátedra de Reducción del Riesgo de Desastre. Universidad de La Laguna
[email protected]
Pedro Dorta Antequera
Departamento de Geografía, Facultad de Geografía de la Universidad de La Laguna
[email protected]
Jaime Díaz Pacheco
Cátedra de Reducción de Riesgos de Desastres. Universidad de La Laguna
[email protected]
Abel López Díez
Departamento de Geografía, Facultad de Geografía de la Universidad de La Laguna
[email protected]
RESUMEN
Las Islas Canarias es una de las regiones ultraperiféricas de la Unión Europea cuya economía
se basa principalmente en el turismo, actividad muy sensible a los desastres. La sociedad y la
economía se ha visto afectada en los últimos años por una serie de peligros como las
erupciones volcánicas, las inundaciones, tormentas tropicales, olas de calor, tormentas de
polvo del desierto del Sahara, incendios forestales y varios accidentes de los denominados
tecnológicos. Con el fin de evaluar los riesgos producidos por estos peligros, establecer
medidas de prevención y coordinar las acciones de emergencia, la Comunidad Autónoma de
Canarias cuenta con un plan de seguridad y de emergencias regional. No obstante, el éxito de
este plan regional está fuertemente ligado a la coordinación de los planes de emergencias
elaborados por cada una de las entidades locales (municipios ) que están más en contacto con
la población local y que son capaces de llevar a cabo un proceso de evaluación de riesgos
participativo. A pesar de que los planes y estrategias internacionales, nacionales y regionales
para la reducción del riesgo señalan por lo general la necesidad de la evaluación del riesgo a
escala local, aún existen importantes lagunas sobre cómo desarrollar este tipo de evaluación
de riesgos. Para suplir este vacío, se implementó una metodología para desarrollar la
evaluación de riesgos local participativa, aplicada a la ciudad de Santa Cruz de Tenerife
(220.000 habitantes). Este trabajo muestra las ventajas de aplicación de este método
participativo para la evaluación de riesgos y sus implicaciones en el planeamiento local para
la reducción del riesgo de desastre.
Palabras clave: Evaluación de Riesgos Local, Participación, Reducción del Riesgo, Plan de
Emergencias, Canarias.
194 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
O TERRAMOTO NO HAITI (12 DE JANEIRO DE 2010).
ANÁLISE NA PERSPETIVA DA MEDICINA DE CATÁSTROFE:
DO IMPACTO À ATUALIDADE
Adriana Araújo
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Paulo Campos
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected] / [email protected]
Ana Mafalda Reis
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Romero Bandeira
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
A Medicina de Catástrofe é uma especialidade ou competência que preza pela sua atualidade,
já que a ação humana avoluma a complexidade das condicionantes associadas aos fenómenos
naturais, influenciando tanto a sua ocorrência como o seu poder destrutivo.
O terramoto de 12 de Janeiro de 2010 no Haiti assolou aquele que era já classificado como o
país menos desenvolvido do hemisfério ocidental, tendo ocorrido num contexto de excecional
vulnerabilidade. Por todas as suas particularidades, esta megacatástrofe suscitou inúmeros
desafios novos aos interventores, tornando-se um inestimável exemplo para extrapolar
ensinamentos e criar melhores planos de atuação. A abordagem do desastre é realizada na
perspetiva da Medicina de Catástrofe através da revisão de bibliografia de referência na área,
artigos científicos, relatórios e comunicados de imprensa, incluindo uma discussão da
intervenção humanitária de França e Portugal, baseada em entrevistas a intervenientes,
nomeadamente ao Coronel e Médico-chefe da Força de Intervenção Aeromóvel Francesa
Michel Orcel, e ao Comandante Elísio Oliveira e Dr. José Cunha da Cruz, ambos pertencentes
ao Destacamento Português de Ação Humanitária.
Esta dissertação deverá servir como alerta para a importância da Medicina Preventiva e
Preditiva e da melhoria da preparação dos profissionais de saúde para este tipo de
intervenção, sendo premente fortalecer a capacidade de resposta às catástrofes.
Palavras-chave: medicina de catástrofe, vulnerabilidade, riscos, terramoto, Haiti.
195 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
SEGURANÇA AMBIENTAL E TRILOGIA DE RISCOS:
ESTUDO DE CASO EM JUIZ DE FORA, MG, BRASIL
Geraldo César Rocha
Departamento de Geociências, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil
[email protected]
RESUMO
O risco ambiental é uma trilogia de riscos naturais, tecnológicos e sociais, sendo a segurança
ambiental o inverso do risco: quanto maior o risco, menor a segurança. Nessa pesquisa foram
mapeados os principais riscos da área urbana de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais.
Utilizou-se o sistema de informação geográfica SAGA (UFRJ), com layers de informação para
cada risco avaliado, fazendo-se o cruzamento dessas camadas, com atribuição de notas e
pesos a cada fator. No cartograma de risco a movimentos de massa, por exemplo, foram
trabalhados os layers de geologia, solos, relevo, lineamentos estruturais, vegetação e
ocupação urbana. O risco foi hierarquizado em altíssimo, alto, médio, baixo e baixíssimo. Os
resultados mostram um quadro ambiental preocupante para Juiz de Fora. Com relação ao
risco a movimentos de massa, o centro e bairros próximos concentram níveis mais alarmantes
de risco, a saber, altíssimo e alto risco. Áreas situadas nesses níveis já mostram o problema
ocorrendo a cada verão, com perdas materiais, ambientais e mesmo humanas. Os riscos
tecnológicos também mostram os maiores patamares nas áreas centrais da cidade, com maior
densidade populacional, onde se concentram postos de combustíveis, avenidas e ferrovias de
tráfego intenso. E com relação ao risco de roubos a residências, observou-se que, além da
área central, bairros periféricos onde a exclusão social é mais explícita, mostram altos níveis
de risco.
Palavras-chave: riscos ambientais, riscos naturais, tecnológicos e sociais.
196 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
PREVENÇÃO DE RISCOS COM A COMUNIDADE LOCAL NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO
DO RIO AQUIDAUANA NA CIDADE DE AQUIDAUANA MS/BRASIL
Vicentina Socorro da Anunciação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus Aquidauana.
[email protected]
João Lima Sant’Anna Neto
Departamento de Geografia, Grupo de Pesquisa GAIA, FCT/UNESP Presidente Prudente.
[email protected]
RESUMO
A bacia do rio Aquidauana abrange uma área de aproximadamente 21.373,85 Km2 envolvendo
16 municípios no Estado de Mato Grosso do Sul-Brasil. O espaço delimitado pode ser
considerado polo de desenvolvimento, constituindo-se em importante segmento do poder
público e gestão ambiental e de recursos hídricos numa unidade de planejamento. Destaca-se
no contexto nacional e no Estado de Mato Grosso do Sul por apresentar três importantes
unidades fisiográficas: o Planalto Maracaju-Campo Grande, a Depressão Pantaneira e a
Planície do Pantanal Sul-Mato-Grossense, abrangendo parte dos biomas Cerrado e Pantanal.
Pode-se inferir que nos últimos 40 anos, tais municípios vêm passando por um processo de
transformação inerente ao modo de produção capitalista a nível mundial, redefinindo a
produção e a função do espaço local. Nesta particularidade, vai sedimentando na região o
agronegócio, a pecuária e a atividade turística, reorganizando-se na perspectiva de
competitividade da regionalização do espaço mundial frente ao processo de globalização, o
que gradativamente tem contribuído para o avanço da vulnerabilidade ambiental, e a maior
repercussão socioespacial dos eventos, sobretudo os decorrentes do extremo climático se
processa no espaço urbano da cidade de Aquidauana. Faz-se necessário compreender como se
dá a relação da sociedade com os aspectos que compõem seu nicho, relacionando as práticas
na produção do espaço na cidade de Aquidauana, a geografia, a escola e práxis
sociambientais.
Palavras chave: Risco, Espaço, Repercussões, Sociedade.
197 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
RESPONSABILIDADE DOS CIENTISTAS NA
COMUNICAÇÃO DO RISCO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.
O CASO DA SENTENÇA DE L’AQUILA
António Betâmio de Almeida
CEHIDRO, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
[email protected]
RESUMO
A problemática da responsabilidade ética dos especialistas na comunicação de riscos públicos
e no apoio a decisões em situação de emergência abrange diversas situações associadas a
potenciais catástrofes naturais (cheias, ciclones, deslizamentos, secas…) ou a acidentes
tecnológicos (poluição, rotura de barragem…). A sentença e o processo de L´Aquila (Itália)
suscitam a reflexão sobre questões pertinentes e relevantes neste domínio.
Em 2012, sete cientistas italianos foram condenados a pesadas penas de prisão por terem sido
considerados responsáveis pela morte de 27 pessoas no sismo que ocorreu na cidade italiana
de L´Aquila, em 6 de Abril de 2009. A acusação considerou que a comunicação ao público
relativa ao risco sísmico, alguns dias antes do sismo, foi incompleta, imprecisa e contraditória
tendo contribuído decisivamente para modificar a percepção de perigo das vítimas e para
alterar os respectivos procedimentos de protecção.
Os problemas levantados pelo processo de L´Aquila não dizem só respeito à comunicação do
risco sísmico mas, também, à gestão de crises associadas a outros tipos de riscos públicos que
envolvam uma elevada incerteza na respectiva previsão e dificuldades na definição de
medidas de emergência eficazes, preventivas ou de protecção. Esta questão reveste-se de
particular interesse para a comunidade científica nacional e para as organizações de
protecção civil atendendo a que partes significativas do território nacional possuem um
elevado risco sísmico existindo importantes meios urbanos com construções muito antigas ou
históricas que são particularmente vulneráveis à acção de sismos intensos.
O facto de a sentença ter existido e a grande publicidade a nível internacional em torno da
mesma terão efeitos no relacionamento e na confiança entre cientistas e autoridades,
nomeadamente no apoio a serviços de protecção civil.
O presente artigo tem os seguintes objectivos principais:
- Apresentar em que consistiu o designado processo de L´Aquila.
- Proceder a uma análise sumária do processo do ponto de vista do respectivo impacto na
relação entre cientistas, a protecção civil e o público, em situações de crise (ameaça de
catástrofe natural).
- Identificar problemas relevantes que são merecedores de reflexão ponderada e
motivadores de eventuais mudanças em procedimentos a seguir na comunicação do risco.
Palavras-chave: Comunicação, Responsabilidade, Risco.
198 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
IMPORTÂNCIA DA MEDICINA LEGAL EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE A QUEDA DA PONTE HINTZE RIBEIRO
Sara Gandra
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Paulo Campos
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected] / [email protected]
Ana Mafalda Reis
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
Romero Bandeira
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Às 21 horas e 10 minutos do dia 4 de Março de 2001, domingo, numa noite de Inverno precedida e
antecedida por tantas outras igualmente chuvosas, a parte central do tabuleiro da ponte Hintze
Ribeiro caiu, arrastando um autocarro de passageiros e dois automóveis para as águas do Rio Douro.
Uma excursão às amendoeiras em flor, em Trás-os-Montes, terminou em tragédia, à porta de
casa.Grande parte das vítimas da derrocada da ponte que ligava Entre-os-Rios a Castelo de Paiva
residia na freguesia de Raiva.
São 17 000 os habitantes do concelho com pouco mais de 100 Km quadrados e nove freguesias, 6 das
quais ribeirinhas. Como processo de ruptura e desarmonia entre o ambiente natural e o sistema
social, a catástrofe é um acontecimento súbito e quase sempre imprevisível. De carácter natural ou
fruto da inventiva humana é responsável por provocar inúmeras vítimas bem como danos materiais
avultados. Tem a capacidade de abalar gravemente o indivíduo como ser holístico, bem como a vida
das populações e o tecido social e económico da zona onde surge.
A análise do domínio de acção das forças de socorro e segurança permite ressalvar a importância do
contacto entre as equipas intervenientes e a articulação e funcionamento das diversas entidades
para que os recursos disponíveis possam ser optimizados, por forma a prestar socorro célere e
eficaz. Através da reconstituição da queda da Ponte Hintze Ribeiro e consequente socorro foi
possível reflectir e analisar uma situação real e estabelecer um paralelismo entre o ocorrido e as
medidas tomadas, bem como recursos humanos e técnicos utilizados numa situação de tal
envergadura. A Medicina de Catástrofe, como teia situacional que é, articula-se em pleno com a
Medicina Legal, sendo que esta é a aplicação do conhecimento científico e biomédico às questões
do direito. Através dos capítulos em que a Medicina Legal desenvolve a sua actuação se prova a
necessidade de uma equipa multidisciplinar, especialista e experiente. Assim devem estabelecer-se
acções de planeamento, prevenção e exercício, com base no levantamento de vulnerabilidades e no
estabelecimento de mapas de risco, de forma a exercitar e testar equipas, instituições e organismos
intervenientes, à luz do que se tem feito a nível internacional.
Palavras-chave: Catástrofe, Medicina de Catástrofe, Medicina Legal, socorro a Multivítimas.
199 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
POSTERS
Painel 1
Teoria, modelos conceptuais
e comunicação do risco
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A HEMEROGRAFIA COMO MEIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE DESASTRES:
ESTUDO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO – BRASIL NO PERÍODO 2001-2013
Bruno Zucherato
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Bolsista da CAPES proc. nº BEX 9537/13-9
[email protected]
Maria Isabel Castreghini de Freitas
Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento (DEPLAN)/Instituto de Geociências e
Ciências Exatas (IGCE) – Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro - Brasil
[email protected]
RESUMO
A análise e gestão do risco, exige um conhecimento geográfico e histórico de seu objecto de
estudo. Assim a pesquisa hemerografica, ou seja a consulta a jornais e publicações periódicas
da imprensa, apresentam uma importante ferramenta para determinar à quais ocorrências de
desastres aquela localidade está sujeita em um período histórico. É importante salientar que
nem todas as ocorrências de desastres são noticiadas, mas considera-se que, aquelas com
maior importância são veiculadas pelos meios de comunicação. Com base nesse propósito, o
estudo apresentado, buscou uma análise com base na referida técnica para as noticias de
desastres no município de Campos do Jordão – SP (Brasil). Foram verificados, no sitio web do
jornal “Campos do Jordão & Cia.” de circulação semanal, durante o período de 1 de Janeiro
de 2001 até 31 de Dezembro de 2013, as notícias veiculadas sobre a ocorrência de desastres.
Dessa maneira foram registadas as noticias de ocorrência de desastres e criado um banco de
dados, onde foi possível registar o mês da noticia, o ano, e ainda classificar com a Codificação
de Desastre Ameaças e Riscos (CODAR) o evento ocorrido. Os resultados do período analisado
mostraram um total de 56 notícias, sendo o maior número de ocorrências no ano de 2011 (7
notícias), com relação aos meses do ano, as notícias se concentraram principalmente no mês
de Maio (9 noticias) e o principal desastre registado foi a ocorrência da geada (25 notícias).
Palavras-chave: Hemerografia, Campos do Jordão, Notícias de Desastre, Banco de dados.
205 | Painel 1 – Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
A MÍDIA EM FOCO:
EXEMPLOS DE DESINFORMAÇÃO CLIMÁTICA
Lucí Hidalgo Nunes
Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Brasil
[email protected]
Cleusa Aparecida Gonçalves Pereira Zamparoni
Departamento de Geografia, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
[email protected]
RESUMO
A mídia desempenha relevante função na formação de opinião pública sobre os mais
diferentes temas, como política, economia e ciência, o que reforça seu papel central na
sociedade democrática, não obstante, nem sempre a informação é repassada de forma
adequada. Tal fato é particularmente relevante no caso de informações de caráter climático,
estratégicas para uma série de condutas que norteiam ações específicas no território e que
apresentam enorme potencial para prevenir acidentes e perdas econômicas e/ ou de vidas
humanas. Ocorre que entre sua origem e seu receptor a informação, intermediada pela mídia,
pode sofrer distorções, simplificações, inconsistências e erros, comprometendo seu uso
adequado e até gerando sentimento de desconfiança. Com base nesse aspecto, foram
avaliadas diversas notícias disseminadas de forma bastante equivocada sobre fenômenos
atmosféricos, veiculados em diferentes mídias e em distintos períodos. Em geral as notícias
foram confusas, contraditórias, erradas, simplistas, alarmistas e sensacionalistas, podendo ter
induzido a mal entendidos ou mesmo descrença e desinteresse pela temática. Com isso, a
mídia falhou em sua importante função social tanto como elemento-chave na tomada de
medidas preventivas ou soluções mais eficientes para minorar as consequências de futuros
episódios, como em sua função educativa, mais desinformando do que propriamente
informando o leitor.
Palavras-chave: mídia, sensacionalismo, clima
206 | Panel 1 – Theory, conceptual models and communication of risk
Painel 2
Geotecnologias aplicadas à
análise e gestão de riscos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
CARTOGRAFIA MUNICIPAL DE RISCO COM RECURSO AO MODEL BUILDER
José Manuel Rocha
Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
A cartografia municipal de risco, mais concretamente a cartografia de risco de incêndio é um
método de identificação, caracterização e avaliação da ocorrência de risco
dendrocaustológico. Contudo, a utilização da cartografia de risco permite uma articulação
crucial para o planeamento de emergência, uma vez indica os locais potenciais de
perigosidade e de risco de incêndio contribuindo assim para uma prevenção e vigilância
antecipada dos locais mais susceptíveis.
A utilização dos SIG torna-se numa ferramenta potencializadora para compreender,
quantificar, validar e prever a localização das entidades e o seu comportamento, tornandose, por isso, instrumentos fundamental para o desenvolvimento de uma visão integradora do
território como um todo, de forma a facilitar a intervenção em áreas menores (Costa, 2010).
Assim sendo, com o recurso ao software ArcGIS 10.1 e com base no Plano Municipal de Defesa
da Floresta Contra Incêndios elaborou-se um Model Builder para a Cartografia de Risco com o
intuito de facilitar o processo de produção cartográfico.
Palavras-chave: (Cartografia, PDMFCI, Model Builder;).
209 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão dos riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
SIMULAÇÃO DE CHEIA SEGUIDA DE INUNDAÇÃO NA CIDADE DE MIRANDELA
Maria Gouveia
Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Carmen Ferreira
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
[email protected]
Francisco da Silva Costa
Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
Sabendo-se que a ocorrência de inundações na cidade de Mirandela é um fator condicionante
para a vida dos cidadãos que aí residem, trabalham ou se deslocam para a visitar, pensou-se
ser importante simular uma cheia, seguida da inundação das áreas adjacentes ao rio Tua e
contabilizar os danos e prejuízos que poderão vir a ocorrer em edifícios e infraestruturas aí
existentes.
A ocorrência de cheias no rio Tua, e as consequentes inundações na cidade de Mirandela, são
conhecidas pelo menos desde o século XV, altura dos primeiros relatos sobre a manifestação
destes fenómenos. Mais recentemente, alguns deles podem ser lidos em jornais locais e
regionais (Notícias de Mirandela, Mensageiro de Bragança, Jornal do Nordeste, Jornal Terra
Quente), publicados nos anos de 1959, 1960, 1966, 2001, 2009 e 2012.
As ferramentas de Sistemas de Informação Geográfica, ao permitirem a elaboração de
animações em 3D, viabilizam a simulação da ocorrência de uma cheia e consequente
inundação ao longo das margens do rio Tua, podendo efetuar-se a avaliação das
consequências que dela poderão advir e perceber-se quais as medidas mitigadoras que
deverão ser implementadas para reduzir os seus efeitos nefastos.
Deste modo, pretende contribuir-se para um melhor conhecimento do risco de inundação na
cidade de Mirandela, de modo a proteger mais eficazmente pessoas, animais e bens
patrimoniais.
Palavras-chave: Mirandela, cheia, inundação, simulação.
210 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
USO DE SENSORES REMOTOS COMO FERRAMENTA PARA MAPEAMENTO
DE ÁREAS QUEIMADAS POR INCÊNDIOS FLORESTAIS.
O EXEMPLO DO MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DO HOSPITAL NO ANO DE 2013
Raphael Costa Cristovam da Rocha
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Gil Rito Gonçalves
Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Os incêndios florestais constituem, por todo o mundo, um problema extremamente
importante para a degradação do ecossistema global. Há anos que Portugal vem sendo
castigado por sucessivos incêndios florestais. O uso dos sensores remotos dos satélites nas
últimas décadas têm se tornado uma das ferramentas de grande importância nos estudos de
incêndios florestais, uma vez que proporciona uma visão abrangente do território em análise,
não se privando somente a um local. Desta forma, esta ferramenta é uma mais valia para
localização, mitigação, delimitação e prevenção dos incêndios florestais. O objetivo deste
estudo é a utilização dos sensores remotos como ferramenta chave para o mapeamento das
zonas ardidas em 2013, no município de Oliveira do Hospital, região centro de Portugal.
Foram cartografadas áreas incendiadas a partir de imagens de satélite LANDSAT 8,
classificação supervisionada e do índice Normalized Burnt Ratio (NBR). Dessa forma,
pretendeu-se demonstrar uma forma alternativa de mapeamento das áreas ardidas além da
tradicional inventariação de campo por GPS.
Palavras-chave: Sensores remotos, Landsat 8, NBR, Incêndios florestais
211 | Painel 2 – Geotecnologias aplicadas à análise e gestão dos riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
UTILIZAÇÃO DA DETECÇÃO REMOTA NA CONSTRUÇÃO DE MAPAS DE USO E
OCUPAÇÃO DO SOLO E DELIMITAÇÃO DE ÁREAS INCENDIADAS
Raphael Costa Cristovam da Rocha
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Bruno Martins
Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
António de Sousa Pedrosa
Instituto de Geografia da UFU, CEGOT, RISCOS*
[email protected]
RESUMO
Portugal tem sido fustigado por violentos incêndios florestais que originam em muitos casos
processos erosivos mais ou menos severos, que se relacionam com as características
geomorfológicas da área afectada e com fatores hidro-climatológicos. Técnicas de detecção
remota proporcionam uma forma alternativa de detectar a variabilidade espacial e temporal
dos efeitos dos incêndios florestais, com menor custo e tempo, em comparação com os
inventários de campo tradicionais. Para responder a este desafio, foram cartografadas áreas
incendiadas a partir de imagens de satélite LANDSAT 8 (bandas 7, 5 e 4) e do índice
Normalized Burnt Ratio (NBR). A principal vantagem desta metodologia relaciona-se com os
baixos custos que acarreta e ainda com o elevado grau de precisão da cartografia produzida.
Procuraremos ainda demonstrar a importância da cartografia das áreas incendiadas para o
desenvolvimento de cartas de riscos geomorfológicos através de exemplos no Norte-Centro de
Portugal.
Palavras-chave: Detecção remota, LANDSAT 8, incêndios florestais, riscos geomorfológicos,
Norte-Centro de Portugal.
*Este trabalho foi iniciado em 2014 com a participação do Professor António Pedrosa. Foi com grande pesar
que em Agosto tivemos conhecimento do seu falecimento. Serve este trabalho de sentida homenagem.
212 | Panel 2 – Geo-technologies applied to the analysis and management of risks
Painel 3
Territórios de risco
(previsão, prevenção,
consequências e reabilitação)
Painel 3.1
Riscos geológicos e geomorfológicos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS EROSIVOS
NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DE ÁGUA DE GATO –
CONCELHO DE SÃO DOMINGOS, CABO VERDE
Filipe Gomes Sanches
Universidade de Cabo Verde
[email protected]
Ineida Romi Tavares Varela de Carvalho
Doutoranda em Geografia, Universidade de Cabo Verde
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho.
[email protected]
RESUMO
Trata-se de um trabalho de pesquisa realizada na Sub-Bacia Hidrográfica de Água de GatoConcelho de São Domingos, onde teve como objectivo diagnosticar e avaliar os processos
erosivos nessa sub-bacia hidrográfica. Para melhor entendimento da dinâmica dos processos
erosivos na área de estudo foi feita uma análise em função das características geoambientais
da área e posteriormente a identificação e avaliação dos processos superficiais que ocorrem
nessa Sub-Bacia. Os procedimentos metodológicos adoptados traduziram em fases e etapas: 1ª
fase consistiu em levantamentos documentais bibliográficos, 2ª fase constitui o trabalho em
campo, subdivide-se em duas etapas: 1ª etapa decorreu durante o período seco, 2ª etapa
ocorreu no período húmido, ambas as fases tiveram como objectivo levantamento de dados
ambientais e identificação de formas de degradação de solo. 3ª fase metodológica consistiu
sobretudo na análise do solo no laboratório e confecção de mapas, todos os mapas foram
produzidos em ambiente ArcGis 9.3. As análises dos solos colectados no campo
compreenderam: textura e matéria orgânica, Os resultados do estudo apontaram que a
deflagração dos processos erosivos na área de estudo não ocorre unicamente pelo processo
natural, ou seja, erosão geológica/natural, mas também pelas práticas tradicionais de uso e
manejo do solo que é feita nessa área, onde em muitos casos se dá sobre as encostas de
declives acentuados, com ausência de práticas de conservação de solo. E a partir de
observação directa no terreno identificou-se vários aspectos de degradação de solos associada
à prática agrícola.
Palavras-chave: Sub-bacia hidrográfica de Água de Gato, Diagnóstico, Processos erosivos,
Solo, Encostas.
217 | Painel 3.1 – Riscos geológicos e geomorfológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA ÁREA URBANA DE ILHÉUS, BAHIA
Hogana Sibilla Soares Póvoas
Bolsista do PET Solos, Universidade Estadual de Santa Cruz
[email protected]
Ednice de Oliveira Fontes
Universidade Estadual de Santa Cruz
[email protected]
Ana Maria Souza Santos Moreau
Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil
[email protected]
RESUMO
Nas áreas urbanas, a modificação da natureza pela sociedade se torna intensamente
perceptível. Pois, devido à grande densidade populacional, essas áreas são fortemente
alteradas e necessitam de um planejamento adequado para que possam recuperar ou manter
o equilíbrio de suas funções (naturais e sociais) visando a mitigação dos riscos
geomorfológicos a elas associados. Os estudos geomorfológicos dão importante subsídio para a
compreensão da dinâmica da paisagem e contribuem no entendimento da forma de
apropriação do espaço pela sociedade. Devido à grande densidade populacional, nas áreas
urbanas a modificação da natureza é intensa, tornando-se fundamental a análise das
características físico-ambientais do território para fins de planejamento. Neste contexto, a
presente pesquisa objetivou o mapeamento geomorfológico da cidade de Ilhéus, na escala de
1:10.000, visando caracterizar as principais formas de relevo, bem como sua origem,
processos e riscos. Foram gerados com a utilização do ArcGis 10.0®, o Modelo Digital de
Elevação do Terreno (MDT) contendoas cotas de altitude e o MDT em 3D, o Mapa de
Declividade, com as classes propostas por Lepschet al. (1991), o Mapa dos Modelados do
Relevo e o mapa de riscos. A elaboração deste mapeamento auxiliará futuras pesquisas
científicas, além de subsidiar o planejamento urbano-ambiental na identificação de áreas de
risco a enchentes e escorregamentos, identificação e controle de processos erosivos, projetos
de conservação e manejo de solo, entre outros.
Palavras-chave: Cartografia geomorfológica, Planejamento urbano-ambiental,Sul da Bahia.
218 | Panel 3.1 – Geological and geomorphologic risks
Painel 3.2
Riscos climáticos e hidrológicos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
THE ROLE OF PHYSICAL ENVIRONMENT IN THE GENESIS AND
AMPLIFICATION OF FLOODS IN NADOR (NORTHEAST MOROCCO)
Abdelkader Sbaï
Laboratory of Geomatics, Heritage and Development, University Mohammed Premier Oujda, Morocco
[email protected]
Jose Eduardo Rodríguez Juan
Laboratory of Geomatics, Heritage and Development, University Mohammed Premier Oujda, Morocco
[email protected]
Abderrahmane El Harradji
DYMADER Laboratory (Arid Environments Processes and Regional Development)
University Mohammed Premier, Oujda, Morocco
[email protected]
ABSTRACT
Northeast Morocco has experienced significant socio-economic changes, which induces main
developments of urban areas and a very important rural exodus. The processes of urban
growth are sometimes poorly controlled and grow on vulnerable areas. Nador is located on
the foothills of Gourougou where contribute major drainage arteries from the mountains. In
this city the phenomenon of flood is frequently, many exceptional rainfall events and critical
flow rates were recorded. The main rivers that come from this massive are the main factor of
flood especially in low and near Nador lagoon where the water can't find passages to reach on
the lagoon. Environmental risks disproportionate in relation to the weather get follow,
particularly in the suburbs close to the raised areas where rainfall may reach critical
thresholds. The purpose of this study is the identification and mapping areas at risk of flood
in Nador. The combination of different information layers on land use, drainage network,
topography, lithology/geology and road network through remote sensing and GIS tools allow
us to have indicators on the degree of vulnerability and draw a map of flood risk. The
objective is to know their causes, to help early warning and to inform of the extent of flood
in urban areas that are threatened by this phenomenon.
Keywords: Flood risk, hazard, urban areas, remote sensing and GIS, urban management,
northeast Morocco.
221 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
APLICAÇÃO DO SISTEMA HIDRALERTA NA AVALIAÇÃO DO RISCO
ASSOCIADO AO GALGAMENTO NO PORTO DA PRAIA DA VITÓRIA
Conceição Juana Fortes1
[email protected],
Pedro Poseiro1
[email protected]
Maria Teresa Reis1
[email protected]
Rui Capitão1
rcapitão @lnec.pt
Rui de Almeida Reis1
[email protected]
Liliana Pinheiro1
[email protected]
João Craveiro1
[email protected]
João Alfredo Santos2
[email protected]
José Carlos Ferreira3
[email protected]
Susana Silva3
[email protected]
André Sabino3
[email protected]
Armanda Rodrigues3
[email protected]
Paulo Raposeiro3
[email protected]
Carlos Silva3
[email protected]
Anabela Simões4
[email protected]
Eduardo Brito de Azevedo4
[email protected]
Francisco Vieira4
[email protected]
Maria Conceição Rodrigues5
[email protected]
1
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa
2
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia
4
Universidade dos Açores, LAMTEC e Centro de Estudos do Clima, Meteorologia e Mudanças Globais
5
Azorina – Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, SA
3
RESUMO
O sistema HIDRALERTA é um sistema de previsão, alerta e avaliação do risco associado ao
galgamento e inundação em zonas costeiras e portuárias, tendo como ideia-base a utilização de
medições/previsões da agitação marítima nessas zonas, para calcular os efeitos dos galgamentos e
inundações. O sistema permite: a avaliação, em tempo real, de situações de emergência e a
consequente emissão de alertas às entidades competentes, e a avaliação do risco, produzindo-se
mapas de risco para apoio ao processo de tomada de decisão. Trata-se de um sistema modular que
está a ser desenvolvido em linguagem Python e implementado numa plataforma WebGIS.
As componentes do sistema consistem nos seguintes módulos: a) agitação marítima — determinação das
características da agitação marítima ao largo e em áreas costeiras e portuárias, b) galgamentos e
inundação — avaliação dos galgamentos e inundação em zonas costeiras e infraestruturas portuárias, c)
sistema de alerta — análise, em tempo real, das situações de emergência e envio automático de
mensagens de alerta para as autoridades responsáveis, d) avaliação do risco — análise de séries temporais
longas e elaboração de mapas de risco para apoio à gestão costeira e portuária.
Nesta comunicação descreve-se o sistema HIDRALERTA, e em particular, as metodologias e
ferramentas desenvolvidas até ao presente no seu módulo de avaliação do risco. São apresentados
vários casos da aplicação do sistema na avaliação do risco em zonas portuárias (Praia da Vitória,
Sines e Ponta Delgada) e em zonas costeiras (Costa da Caparica) que ilustram as potencialidades do
sistema.
Palavras-chave: HIDRALERTA, Agitação marítima, Galgamento, Inundação, Risco
222 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
DETERMINAÇÃO DE FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS
DE CHUVA NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Célia Campos Braga
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Bernardo Barbosa da Silva
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Francisco das Chagas Nascimento Araújo
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Francisco de Assis Salviano de Sousa
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Milena Pereira Dantas
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
RESUMO
A seca é um dos fenômenos climáticos que mais causa danos à agricultura de uma
determinada região, provocando sérios impactos sociais, econômicos e ambientais. A região
Nordeste do Brasil (NEB), apesar de chover consideravelmente, a parte semiárida, é
periodicamente afetada pela ocorrência de secas, com perdas parciais a totais na
agropecuária, além de comprometer o abastecimento de água devido, principalmente, à
irregularidade da estação chuvosa, com predominância de chuvas intensas e de curta
duração. Neste contexto, o presente trabalho visa analisar eventos extremos de seca e chuva
em distintas regiões do nordeste do Brasil. Utilizou-se o Índice de Precipitação Normalizada
(SPI) em diferentes escalas de tempo para séries climatológicas de 1980 a 2011 no estado no
Maranhão, em regiões homogêneas de SPI previamente identificadas. A análise de frequência
na escala semestral mostrou que nas décadas de 1980, 1990 foram as que apresentaram
maiores frequências de eventos secos chuvosos. Por exemplo, na região norte as maiores
secas ocorreram nos anos 80, ou seja, de fevereiro de 81 a março de 84, totalizando 23 meses
de seca. Já na década de 90 o período de seca começou em janeiro de 91 até setembro de 93
num total de 33 meses. Já os meses mais chuvosos ocorrem de janeiro de 85 a junho de 86
(18 meses) e de fevereiro 89 a maio de 90 (16 meses). Nas demais regiões observaram-se
algumas coincidências e algumas divergências no tocante aos períodos ocasionado
possivelmente pela posição geográfica e atuação de sistemas geradores de chuva na região.
Palavras-chave:
homogêneas
Índice de Precipitação Normalizada, Chuva, eventos extremos e regiões
223 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ANÁLISE COMPARATIVA DO ALBEDO DA SUPERFÍCIE MEDIDO SOBRE
A CULTURA DE BANANA E ESTIMADO ATRAVÉS DE IMAGENS MODIS/Terra
Célia Campos Braga
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Geissa Samira Lima Nascimento
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Ramon Campos Braga
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE, Cachoeira Paulista-SP
[email protected]
Bernardo Barbosa da Silva
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Milena Pereira Dantas
Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
RESUMO
O presente estudo visa analisar a variabilidade espacial e temporal do albedo da superfície,
assim como encontrar uma relação entre valores do albedo medidos e os obtidos por meio do
produto de refletância MODIS/MYD09GA do satélite Terra, para 21 dias de imagens os meses
de setembro, outubro e novembro para o ano 2005. Os dados foram medidos em torre micro
meteorologia instalada numa cultura irrigada de banana na fazenda experimental Frutacor
localizada nas proximidades da cidade de Quixeré-CE-Brasil. Além da área de cultura de
banana o albedo foi estimado também na área de vegetação nativa. O processamento das
imagens MODIS foi feito com o software ERDAS IMAGINE. Os mapas da variabilidade espacial
do albedo da superfície mostraram que para os meses de setembro e outubro o albedo
praticamente não variou, pois seus valores oscilaram entre 10 e 25% em toda a cena. Em
novembro os valores aumentaram, predominando albedos da ordem de 20 e 25%. Em geral
para este período de estudo, nas áreas irrigadas foram encontrados os menores valores de
albedo, quando comparado com a vegetação nativa. A aplicação da técnica estatística dos
mínimos quadrados ao conjunto de dados medido na torre e estimado pelo satélite
MODIS/Terra apresentaram bons resultados. Ou seja, a calibração proposta apresentou
coeficiente de determinação r2 igual a 0.70 (r= 0,84) com erro médio percentual de 16,6%
respectivamente.
Palavras-chave: Palavra Chave: MODIS/Terra, albedo, pomar de banana.
224 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE DE MAPEAMENTOS DE ÁREAS DE RISCOS HIDROLÓGICOS
EM CUIABÁ/MT/BRASIL
Cleusa Aparecida Gonçalves Pereira Zamparoni
Departamento de Geografia, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
[email protected]
RESUMO
Os desastres naturais resultam da combinação entre as características físicas do lugar, que
refletem suas suscetibilidades e fragilidades associadas à capacidade de resposta e
recuperação da sociedade expressas por sua vulnerabilidade e resiliência. O presente estudo
analisa o mapa de áreas de riscos hidrológicos em Cuiabá/MT, no âmbito de distintos
processos históricos, expressos pela combinação de antigas desigualdades socioambientais
com novas formas adquiridas nas últimas décadas do século XX. Em Cuiabá, a ocupação
desordenada e a fragilidade de políticas públicas de preservação da rede hídrica, de
investimentos em saneamento básico e coleta de lixo provocam aumento significativo de
inundações e enchentes em bairros situados às margens do rio Cuiabá. O entupimento das
calhas dos 24 córregos, que cortam a capital e deságuam nos rios Cuiabá e Coxipó, contribui
para potencializar esta situação estrutural. O mapeamento de áreas de risco de Cuiabá
mostra que as ocorrênciadas dos desastres naturais de origem hidrológicas estão concentradas
em áreas que ficam localizadas às margens do rio Cuiabá. Nestes locais, a ocupação
desordenada de Áreas de Proteção Permanentes (APP´s) potencializa riscos ligados às
enchentes e inundações na capital matogrossense. Estudos sobre o problema são necessários e
urgentes, pois auxiliam a proposição e execução de ações preventivas em detrimentos das
curativas, como medida de resiliência e enfrentamento deste problema socioambiental e
político.
Palavras-chave: risco, resiliência, enchentes, suscetibilidade, vulnerabilidade.
225 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CARACTERIZAÇÃO DO TEMPORAL DO DIA 19 DE JANEIRO DE 2013,
PORTUGAL CONTINENTAL
Cristian Camilo Fernández Lopera
Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
No dia 19 de Janeiro de 2013 registou-se em Portugal continental um fenômeno de ventos
intensos, precipitação forte e ondulação marítima forte no litoral Oeste. Ás 06UTC a
depressão desceu de 996 hPa para 968.2 hPa e centrou-se no litoral junto a Viana do Castelo,
a descida excepcional da pressão designou-se como ciclogénese explosiva. Os valores máximos
da velocidade do vento foram: Porto 116.3 km/h, Coimbra 102.6 km/h e Lisboa 104.4 km/h.
Os valores de precipitação foram Cabril: 68 mm, Vila Real: 40 mm, Penhas Douradas 44 mm.
Com um total de 8.205registos, a distribuição espacial das ocorrências foi: Porto 741
ocorrências, Coimbra 682 ocorrências, Santarém 736, Lisboa 1.994 (24% do total) e Setúbal
com 691, Viana do Castelo 183, Braga 291, Vila Real 89, Bragança 45, Aveiro 486, Viseu 512,
Guarda 59, Castelo Branco 323, Leiria 533, Portalegre 279, Évora 237, Beja 120 e Faro 204.
Os danos foram causados pela queda de árvores sobre linhas de eletricidade, destelhamentos
e queda de chaminés, destruição de estufas e automóveis. O serviço de eletricidade foi o
mais afetado seguido do abastecimento de água, as telecomunicações e as estradas. Em
média, o tempo de interrupção da eletricidade foi de 24 horas, contudo, passados cinco dias
das ocorrências alguns locais dos concelhos de Pombal, Montemor-o-Velho e Coimbra tinham
carência de eletricidade e cortes regulares nas telecomunicações e no abastecimento de
água.
Palavras-chave: temporal, perdas e danos, Portugal continental.
226 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
EXTREMO CLIMÁTICO NO BAIXO CURSO DO RIO AQUIDAUANA-MS-BRASIL:
AMEAÇAS, VULNERABILIDADE E RISCOS SOCIOAMBIENTAIS
Elvira Fátima de Lima Fernandes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus Aquidauana.
[email protected]
Vicentina Socorro da Anunciação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana.
[email protected]
Flávio Cabreira dos Santos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Aquidauana.
[email protected]
RESUMO
O processo de uso e ocupação do espaço nas cidades está inerente aos episódios de
inundações urbanas, aspecto perceptível no contexto urbano de Anastácio e Aquidauana
situadas no baixo curso do rio Aquidauana. Toda variabilidade dos índices de precipitação
sobre tudo a distribuição temporal e intensidade, reflete no aumento da vazão das águas na
bacia hidrográfica do rio Aquidauana, resultando na elevação da descarga do canal,
revertendo a cota normal de 2,96 m para cota superior a 8,00 m, ocorrendo o extravasamento
do leito normal para a faixa de inundação da enchente. Este trabalho buscou a espacializar a
área de “Risco” na várzea do rio na malha urbana, entre os anos de 1976 a 2013, perpassando
pelo nível de detalhamento da vulnerabilidade que a população está exposta. O estudo
pautou-se em autores que tratam da temática sobre desastres ambientais e riscos,
levantamento de dados do Sistema de Monitoramento Hidrológico da ANA, levantamento in
loco sobre os aspectos histórico e socioeconômico dos moradores na área. Os resultados
apontam que a cidade de Aquidauana sob impactos de eventos climáticos extremos apresenta
intenso grau de vulnerabilidade, pois 40% das residências encontram-se em situação de risco
alto (R3) e risco médio (R2). O aumento nos casos de inundação nas duas cidades está
relacionado ao processo de ocupação da várzea do rio Aquidauana e eventos climáticos
extremos, repercutindo em transtornos vivenciados pela população.
Palavras-chave: Vulnerabilidade, Risco, Precipitações, Rio Aquidauana, Repercussões
227 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) NA AVALIAÇÃO
DAS CONSEQUÊNCIAS DE GALGAMENTO EM ZONAS PORTUÁRIAS –
CASO DE PONTA DELGADA, AÇORES
Joana Rodrigues
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
[email protected]
Pedro Poseiro
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
Maria Teresa Reis
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
Conceição Juana Fortes
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
Francisco Taveira Pinto
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Nos dias de hoje torna-se extremamente importante garantir a previsão e avaliação do risco
de galgamento das estruturas marítimas, uma vez que a este fenómeno se vêm associadas
graves consequências que implicam, além de perdas de bens materiais, também a perda de
vidas humanas. A aplicação de uma metodologia de previsão e avaliação do risco de
galgamento é essencial para a emissão de alertas e para um planeamento adequado de
intervenções por parte das entidades competentes no que diz respeito à identificação de
situações perigosas.
No presente trabalho descreve-se a aplicação de uma metodologia de avaliação do risco de
galgamento em zonas costeiras e portuárias ao porto de Ponta Delgada, Açores, dando-se
especial ênfase à avaliação das consequências da ocorrência de galgamentos não admissíveis,
baseada numa análise multicritério (Processo de Análise Hierárquica, AHP).
A avaliação do risco de galgamento inclui a avaliação da probabilidade de ocorrência de
galgamentos acima de um certo limiar predefinido, através da utilização da ferramenta
neuronal NN_Overtopping2, assim como a avaliação das consequências dessas ocorrências,
através da aplicação de um procedimento simplista de classificação das consequências em
termos de graus e de outra metodologia baseada numa análise multicritério, através do
Processo de Análise Hierárquica (AHP).
Os resultados da aplicação desta metodologia da avaliação do risco apresentam-se sob a
forma de mapas de risco. Estes mapas são importantes para o planeamento de operações,
adopção de medidas mitigadoras e de urgência, bem como para futuras intervenções no porto
de Ponta Delgada.
Palavras-chave: Risco, Galgamento, Inundação, Portos, Estruturas marítimas.
228 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A SECA COMO FATOR DE RISCO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Maria F.J.L. Ramalho
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
[email protected]
António J. T. Guerra
Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro
[email protected]
RESUMO
As áreas de clima quente e seco como a do Semiárido Brasileiro são vulneráveis às estiagens
prolongadas e ao consequente impacto ambiental, com reflexo mais grave para o homem do
campo. A maior seca dos últimos trinta anos, como foi noticiado em 2013, causou relevante
repercussão nos reservatórios de água, a exemplo do histórico Açude de Poços, localizado no
município de Teixeira, no estado da Paraíba. Esse Açude, que ao longo de muitos anos resistiu
a outros eventos de seca, foi exaurido, ficando temporariamente sem funcionalidade com a
perda da água.
Este trabalho apresenta algumas considerações sobre o ambiente de impacto da seca onde se
insere o referido Açude - um reservatório de água entre outros do Semiárido afetado pela
estiagem. O objetivo da pesquisa nessa área-teste é analisar a convivência do homem com a
dinâmica natural, tendo em vista a imprevisibilidade do evento e o risco ambiental. Neste
sentido, com base no método empírico e utilizando dados bibliográficos, cartográficos, de
campo e de laboratório, atenta-se para os fatores de vulnerabilidade e potencialidade da
região, considerando a sazonalidade climática que caracteriza o Semiárido.
Palavras-chave: Semiárido Brasileiro, Sazonalidade Climática, Risco Ambiental.
229 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
AVALIAÇÃO DO RISCO DE GALGAMENTOS E INUNDAÇÃO:
INTEGRAÇÃO DE UM MÉTODO EXPEDITO DE INUNDAÇÃO
NO SISTEMA HIDRALERTA.
Pedro Poseiro
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
Conceição Juana Fortes
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
Maria Teresa Reis
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
[email protected]
RESUMO
O HIDRALERTA é um sistema de previsão, alerta e avaliação do risco associado aos
galgamentos e inundação em zonas portuárias, tendo como ideia-base a utilização de
medições/previsões da agitação marítima nessas zonas, para calcular o galgamento e a
inundação nessas zonas. A avaliação do risco associado a estes fenómenos é efetuada através
da definição de limiares para os caudais galgados ou para as cotas de inundação não
admissíveis, e pelo produto do grau da probabilidade de ocorrência de valores desses caudais
pelo grau das consequências desses acontecimentos.
No sistema, o cálculo dos caudais médios galgados sobre uma estrutura é efetuado com
recurso a ferramentas neuronais (NN_Overtopping2) e/ou ferramentas empíricas, que são
métodos expeditos mas que não fornecem indicação sobre a distribuição espacial desse
caudal na zona atrás da estrutura.
Nesse sentido, nesta comunicação, é apresentada a integração do modelo TELEMAC no
sistema HIDRALERTA com o intuito de modelar o galgamento e a inundação na sua distribuição
espacial. Essa integração é efetuada pelo acoplamento entre TELEMAC e o NN_Overtopping2.
Uma vez conhecidas as áreas inundáveis e juntamente com a metodologia já desenvolvida
para obter o mapa de consequências através da aplicação do Processo de Análise Hierárquica
(AHP), é possível obter o mapa de risco, tendo em conta simultaneamente as áreas mais
facilmente galgadas/inundadas e o peso das atividades que se desenvolvem em cada uma
dessas áreas.
O caso de estudo localiza-se no porto e baia da Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores.
Palavras-chave: HIDRALERTA, Agitação marítima, Galgamento, Inundação, Risco.
230 | Panel 3.2 – Climatic and hydrological risks
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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OCORRÊNCIA DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO
EM CAMPINA GRANDE – PARAÍBA, BRASIL
Raimundo Mainar de Medeiros
Doutorando em Meteorologia –Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Edicarlos Pereira de Sousa
Doutorando em Meteorologia – Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
Manoel Francisco Gomes Filho
Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande
[email protected]
RESUMO
Os eventos extremos de precipitação, como as chuvas fortes e as secas prolongadas, têm sido
a causa de vários desastres naturais que provocam mortes e prejuízos para economia de uma
localidade. Procurou-se analisar a variabilidade das ocorrências de eventos extremos de
precipitação em Campina Grande - PB. Dados diários de precipitação pluviométrica que
compreende os anos de 1970 – 2010 foram fornecidos pela Agência Executiva de Gestão das
Águas do Estado da Paraíba (AESA). As análises dos dados de precipitação de cada ano foram
realizadas com a utilização do aplicativo Excel. Os eventos extremos analisados foram os de
maior intensidade de precipitação diária para cada ano de estudo. Os resultados mostraram
que houve mudança no comportamento das ocorrências de precipitação a partir do início da
década de 70 na área de estudo. Ocorreu intensificação na precipitação máxima anual
apresentando maior número de eventos com valores de precipitação superior a 80 mm. Não
houve relação direta entre a intensificação na precipitação e ocorrências com eventos de
ENOS. Porém, alguns anos apresentaram influência desses eventos. Eventos extremos de
precipitação foram mais evidentes entre os meses da estação chuvosa com 88% das
ocorrências e apenas 12% foram observados na estação seca.
Palavras-chave: ENOS, análise e variabilidade climáticas.
231 | Painel 3.2 – Riscos climáticos e hidrológicos
Painel 3.3
Riscos ambientais e saúde
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ÁGUAS RESIDUAIS, LAMAS, COMPOSTO – SEUS EFEITOS NA SAÚDE HUMANA
Carla Caroça
Departamento de Geologia, CeGul, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Bolseira da Fundação Ciência e Tecnologia
[email protected]
RESUMO
As águas residuais e as lamas são produtos inevitáveis das Estações de Tratamento de Águas
Residuais (ETARs), provenientes de actividades antropogénicas, municipais, agrícolas e
industriais. O composto é um produto de valorização da lama através do processo de
compostagem (degradação da matéria orgânica na presença de oxigénio efectuada por
microorganismos: bactérias, fungos e vírus). A água residual apresenta-se sob a forma de
uma suspensão muito diluída de materiais diversos (incluindo microorganismos), com turbidez
acentuada, cor e cheiro característico. As lamas resultam essencialmente da acumulação de
produtos sólidos decantáveis, nos quais se encontram matéria mineral inerte, matéria
orgânica fermentável (formada por restos de plantas e de outros seres vivos ou
completamente decompostos e microorganismos (bactérias, vírus e parasitas). Estudos
revelam que por contacto, inalação e/ou ingestão destes resíduos provocam graves doenças,
tais como: tuberculose, alergias, gastroenterites, hepatites, cancros, deformações do feto,
problemas neurológicos,…, até mesmo a morte. A gestão dos resíduos associados ao ciclo
urbano da água deve ser feita respeitando os estudos multidisciplinares, de forma «a prevenir
ou a reduzir a produção de resíduos, o seu carácter nocivo e os impactes adversos
decorrentes da sua produção e gestão, bem como a diminuição dos impactes associados à
utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua utilização e a protecção do
ambiente e da saúde humana» (artigo 2º, Alteração ao DL nº178/2006, de 5 de Setembro, do
DL nº73/2011, de 17 de Junho).
Palavras-chave: água residual, lama, composto, saúde
235 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
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Guimarães, 5-7 of November of 2014
IMPACTES DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
EM ESCOMBREIRAS DE CARVÃO ABANDONADAS
Carmen Ferreira
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Francisco da Silva Costa
Departamento de Geografia e CEGOT, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho
[email protected]
Maria Gouveia
Doutoranda, Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
A indústria mineira tem apreciáveis impactes ambientais. No caso das minas de carvão, os
resíduos resultantes da exploração – as escombreiras, podem originar contaminação de solos,
águas superficiais e aquíferos, constituindo um ponto importante de discussão na agenda
política das questões ambientais. Após o abandono da atividade mineira, as escombreiras vãose recobrindo de solo e de vegetação arbustiva e arbórea, que encobre os resíduos de carvão
que as constituem.
Analisam-se e comparam-se as situações ocorridas nas escombreiras das minas de S. Pedro da
Cova (Gondomar) e da mina da Bezerra (Porto de Mós), esta última integrada na área do
Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Estas escombreiras foram
encontradas em combustão lenta, após terem ocorrido incêndios florestais na área onde se
localizam. Da combustão lenta das escórias de carvão resultou o abatimento das
escombreiras, fumos, emissões de monóxido de carbono e anidridos sulfurosos e um cheiro
intenso a enxofre que se dispersou pelas localidades em questão, provocando mal-estar na
população. Referem-se as medidas de mitigação utilizadas na escombreira da Bezerra para
acabar com a combustão lenta e diminuir os impactes ambientais dessa situação. Em
contrapartida, as escombreiras de S. Pedro da Cova, apesar dos documentos legais que
impõem a adoção de medidas para superação do seu passivo ambiental, pouco ou nada se fez
até então.
Palavras-chave: Incêndios florestais, escombreiras de carvão, combustão lenta, degradação
ambiental.
236 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
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Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS
NA POPULAÇÃO PORTUGUESA
Cristina S.Pereira
CHUC-Centro Hospitalar Universitário de Coimbra
[email protected]
Carla G. Soares
IDEALMED-Unidade Hospitalar de Coimbra
[email protected]
J.V. Silva Pereira
Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA)
[email protected]
RESUMO
O sistema de vigilância epidemiológica tem por atribuiçãooferecer apoio laboratorial aos
diversos sistemas implementados por esse organismo. Este se dá pelo acompanhamento
sistemático de marcadores epidemiológicos de microrganismos e parasitas e mensuração de
marcadores biológicos que permitam detectar a contaminação humana por produtos químicos
existentes no ambiente. Toda a tecnologia é utilizada nos laboratórios públicos e privados do
sistema nacional de saúde,os quais executam exames para diagnóstico em situações especiais.
Assim este trabalho visa descrever as responsabilidades dos laboratórios integrados à
vigilância epidemiológica, sua importância na determinação de perigos para a saúde pública e
relacioná-los com a morbilidade, mortalidade ,estrutura demográfica e situação
socioeconómica da população.
Em termos metodológicos foram utilizadas revisões bibliográficas dos critérios de avaliação do
sistema epidemiológico em Portugal extraídas de publicações: periódicas, jornais, revistas
bem como de bases de dados nacionais e internacionais. Foram considerados nesta
metodologia todos os objectivos, obedecendo a diferentes versões aplicáveis, a todos os
casos e a todas as situações nacionais e regionais, adequados ao nosso sistema de saúde e
realizado a análise da informação obtida. Outra abordagem foi à avaliação da utilidade de
um sistema de vigilância.
Deste modo na avaliação epidemiológica foram identificados 8 atributos. Entre eles foram
considerados: sensibilidade, especificidade, representatividade, oportunidade e valor
preditivo positivo. Por outro lado, simplicidade, flexibilidade e aceitabilidade foram
considerados passíveis de avaliação subjectiva, o que torna difícil sua quantificação.
Palavras chave: Vigilância epidemiológica,Tecnologia laboratorial, Saúde pública.
237 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
PROPRIEDADES DO SOLO EM ÁREAS ARDIDAS VS. NÃO ARDIDAS
NO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO, NORDESTE DE PORTUGAL
Felícia Fonseca
CIMO - Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança (IPB)
[email protected]
Tomás de Figueiredo
CIMO - Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança (IPB)
[email protected]
Micaela Leite
Engenheira do Ambiente
[email protected]
RESUMO
Os fogos de origem antropogénica em áreas de matos com a finalidade de obter melhores
pastagens para os animais, é uma prática relativamente comum na região de Trás-os-Montes,
Nordeste de Portugal. A extensão e duração dos efeitos do fogo nas propriedades do solo
dependem principalmente do comportamento do fogo e das condições climáticas
subsequentes à sua ocorrência. A fim de avaliar o efeito deste tipo de incêndios em
propriedades físicas e químicas do solo, 6 meses após a ocorrência do fogo, selecionaram-se
áreas ardidas e áreas não ardidas, em zonas adjacentes com condições edafo-climáticas e
vegetação idênticas, no Parque Natural de Montesinho, Nordeste de Portugal. As amostras de
vegetação arbustiva e herbácea bem como de horizonte orgânico foram colhidas numa área
de 0,49 m2 por cada ponto de amostragem (16 no total) e as amostras de solo nas
profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. A fim de reduzir o efeito da variabilidade
na comparação das áreas ardidas e não ardidas recorreu-se ao cálculo de índices de
enriquecimento (IE) através da razão: IE = valor da propriedade obtido na área ardida / valor
da propriedade obtido na área não ardida. Sempre que os IE são superiores à unidade significa
que ocorreu um enriquecimento da propriedade em análise na área ardida. Os resultados
mostram que o teor de elementos grosseiros, a porosidade e a permeabilidade diminuem após
fogo, a densidade aparente sofre um ligeiro aumento nas áreas ardidas, as classes de textura
mantêm-se inalteráveis. No que respeita às propriedades químicas, o teor de matéria
orgânica, o alumínio de troca e a capacidade de troca catiónica efetiva registaram aumentos
após fogo, verificando-se o contrário com o fósforo, as bases de troca, o grau de saturação de
bases e a condutividade elétrica. As condições climáticas após o fogo e o grau de severidade
do fogo explicam em parte as mudanças registadas nas propriedades do solo.
Palavras-chave: Vegetação arbustiva, fogo, propriedades do solo, Nordeste de Portugal.
238 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MONITORING VEGETATION COVER EVOLUTION IN A SEMI ARID REGION
USING REMOTE SENSING AND GIS TOOLS (ZEKKARA, MOROCCO)
Jose Eduardo Rodríguez Juan
Laboratory of Geomatics, Heritage and Development
University Mohammed Premier Oujda (Morocco)
[email protected]
Abdelkader Sbaï
Laboratory of Geomatics, Heritage and Development
University Mohammed Premier Oujda (Morocco)
[email protected]
Abderrahmane El Harradji
Laboratory of Geomatics, Heritage and Development
University Mohammed Premier Oujda (Morocco)
[email protected]
ABSTRACT
Vegetation cover is one of the most important factors in soil protection against erosion and
degradation processes. Semi-arid climatic conditions in addition to human activities have
accelerated vegetation cover loss, land degradation and soil erosion processes in this area.
The vegetation density is a key indicator in environment change where ecosystems are being
severely degraded or at risk of being degraded. This study has analyzed the evolution of
vegetation cover in the Zekkara mountains situated in the northeast Morocco, using
multitemporal data of satellites through remote sensing. A methodology based on the
comparison between satellite images was adopted to establish a vegetation cover change
map. For this method, Landsat 5 TM and Landsat 7 ETM+ mosaic images acquired over the
region to calculate normalized difference vegetation index (NDVI) for different dates. The
comparative analysis of resulting maps remains a helpful document for decision makers to
take the preventive measures at least to decrease vegetation cover loss.
Keywords: vegetation cover changes, semi-arid, satellite images, NDVI, degradation.
239 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO UM INSTRUMENTO PARA A PERCEPÇÃO
DE RISCOS E PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS BIOLÓGICOS
EM VIAGENS PARA A PRÁTICA DESPORTIVA
Joilma Nogueira do Espírito Santo
Universidade Federal Fluminense
[email protected]
Benedito Carlos Cordeiro
Universidade Federal Fluminense
[email protected]
Alcinéa Rodrigues Athanázio
Universidade Federal Fluminense
[email protected]
RESUMO
Introdução: nos últimos anos houve um aumento de casos de desastres no mundo. Ao levantar
o histórico de grandes ações voltadas para a percepção de riscos, é possível perceber que elas
só acontecem após a ocorrência de um grande desastre. Diante desta problemática, faz-se
necessário pensar na necessidade de Educação Permanente (EP) como um instrumento para a
percepção de riscos e prevenção de desastres naturais biológicos. Objetivos: apontar e relatar
a percepção que os professores de Educação Física (EF) do Instituto Federal Fluminense (IFF)
possuem sobre desastres naturais biológicos, Identificar e descrever os riscos de desastres
naturais biológicos encontrados em viagens para a prática desportiva, Implementar por meio
de Educação a Distância (EAD) a EP em desastres naturais biológicos para os professores de EF
do IFF, com base nos riscos encontrados em viagens para a prática desportiva. Método: a
pesquisa terá uma abordagem qualitativa do tipo pesquisa de campo, o tipo de estudo será o
descritivo e exploratório e será utilizado como técnica de coleta de dados a pesquisa
bibliográfica e a entrevista semiestruturada que será realizada com os professores de EF do
IFF, no ano de 2014, no Brasil. Resultado: Esta pesquisa almeja contribuir para o
enriquecimento da proposta de Educação Permanente em Saúde visando capacitar os
professores de EF para a percepção de riscos e prevenção de desastres naturais biológicos
relacionados às viagens para a prática desportiva.
Palavras-chave:
professores.
desastres
naturais,
educação
continuada,
educação
240 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
em
desastres,
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ELETROMAGNETIC FIELDS AND ENVIROMENTAL NOISE:
HUMAN HEALTH IMPACTS IN SERZEDELO, GUIMARÃES (PORTUGAL)
Juliana Araújo Alves
PhD Student at the Department of Geography, University of Minho
[email protected]
Lígia Maria Marques de Oliveira Torres Silva
School of Engineering, University of Minho
[email protected]
Paula Cristina Almeida Cadima Remoaldo
Institute of Social Sciences, University of Minho
[email protected]
ABSTRACT
The present paper investigates the risks that arise from exposure to noise from powerpoles
and powerlines in Serzedelo, in the municipality of Guimarães, in Portugal. The concept of
the adopted risk is comprised of the invisible risks from the impact of the exposure to noise
from powerpoles and powerlines. In this sense, it is a risk nature built and is comprised of a
system of risk that is inserted into a spatio-temporal context, and therefore, is liable to
suffer interference from other processes. This research focused on four guiding questions:
Can powerlines cause noise? Do powerlines cause discomfort? Do powerlines cause discomfort
due to noise? And can powerlines effect human health? Two groups were the basis of the
study: people that were exposed to electromagnetic waves and people that were not. The
research pointed to the harmful influence of the presence of powerlines and high-voltage
masts in residential areas and the damage to the cells in the human body. This type of
environmental noise, which has the spectral content of a low frequency, typically tonal noise
and a very high speed of propagation, is a complex source to explain in terms of the health
profiles of the human population living in Serzedelo, located in an area that is densely
occupied by high voltage powerlines and powerpoles.
Keywords: environmental noise, low frequency noise, electromagnetic fields, human health,
poles and powerlines.
241 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
CONFORTO TÉRMICO NA CONSTRUÇÃO DE AMBIENTES DE SAÚDE E SEGURANÇA:
REVISÃO DA LITERATURA
Mariana Morgado
DEGEI, Universidade de Aveiro
[email protected]
Leonor Teixeira
DEGEI – IEETA, Universidade de Aveiro
[email protected]
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
A sociedade atual fortemente afetada pela globalização é caracterizada pela crescente
preocupação com as gerações vindouras, nomeadamente no que diz respeito às questões
ambientais. Neste sentido, a comunidade científica, profissionais de várias áreas e diversos
grupos ambientalistas têm lutado para o desenvolvimento e criação de condições mais green
que contribuam para a sustentabilidade do planeta terra.
O estudo de maximização do conforto térmico de espaços, associado à necessidade de
redução de consumos energéticos, tem sido alvo de linhas de investigação nos mais variados
contextos, com o intuito de desenvolver soluções arquitetónicas que garantam a segurança, o
conforto e a saúde dos indivíduos. Para além disto, este tipo de estudos, geralmente
associados à ergonomia e saúde ocupacional, são fulcrais para que as pessoas que habitam um
determinado espaço se sintam bem e estejam providas de todas as condições de saúde e
segurança, tendo como base a compreensão das reações dos indivíduos, bem como a sua
adaptação às diferentes condições ambientais que circundam um determinado espaço
ocupacional.
Assim, pretende-se com este trabalho dar a conhecer o que tem sido desenvolvido ao nível do
estudo do conforto térmico em espaços fechados e não fechados, mostrando como é que os
indivíduos reagem e interagem termicamente com o ambiente que os rodeia, seja em
condições de conforto ou stress térmico.
Palavras-chave: Ambiente térmico, Conforto Térmico, Stress Térmico, Índices Térmicos
242 | Panel 3.3 – Environmental risks and health
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A FORMAÇÃO DE CIDADÃOS ATRAVÉS DO USO E INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS:
RISCOS CONDICIONADOS PELA TEMPERATURA DO PONTO DE ORVALHO
Mário Talaia
Departamento de Física, CIDTFF, Universidade de Aveiro
[email protected]
Carla Vigário
Departamento de Educação, Universidade de Aveiro
[email protected]
RESUMO
A problemática das alterações climáticas orienta e justifica a implementação no ensino de
metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras.
Um dos maiores desafios que a sociedade actual tem colocado aos educadores é o
desenvolvimento de competências nos alunos, futuros formadores.
Neste trabalho apresenta-se uma inovadora metodologia de ensino, onde os alunos
desenvolvem competências na interpretação do ar húmido partindo de imagens da formação
de uma gota de orvalho. O estudo começa usando algumas palavras acerca do fenómeno físico
(o aluno deve excluir e/ou acrescentar palavras), depois com as palavras seleccionadas, cada
aluno, constrói um mapa conceptual e responde a uma questão problema (neste caso, a
formação de orvalho).
Competências são desenvolvidas e cada aluno constrói o seu conhecimento numa base de
contexto real, numa dinâmica CTS-A e numa perspectiva de Ensino Por Pesquisa.
Posteriormente o aluno repete a fase inicial do estudo e corrige, adapta, apresenta,
interpreta através de imagens a formação de orvalho e a importância da temperatura do
ponto de orvalho.
A metodologia adoptada é avaliada, tendo por base os resultados obtidos pelos alunos –
eventuais futuros formadores.
Os resultados obtidos são reveladores da eficácia desta inovadora metodologia, e é esperado
que os alunos se tornem cidadãos que, mais tarde, possam interpretar fenómenos físicos
quando é envolvido ar húmido, como por exemplo o que suscita risco de incêndio florestal, de
saúde pública na presença de frente quente e frente fria.
Palavras-chave: Cidadania, ar húmido, protecção civil, fenómenos extremos, saúde publica.
243 | Painel 3.3 – Riscos ambientais e saúde
Painel 3.4
Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA DOS RISCOS TECNOLÓGICOS
ORIUNDOS DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL:
UM OLHAR A PARTIR DAS PRÁTICAS PARTICIPATIVAS
Delanney Vidal Di Maio Junior
Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA
Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU
[email protected]
Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU
[email protected]
Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU
[email protected]
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar exemplos de inovação na gestão dos riscos
tecnológicos. A partir da revisão teórica dos conceitos de perigo, risco, risco tecnológico,
inovação na gestão pública, participação cidadã e governança local, apoiado no método
bibliográfico e documental, contextualiza a Legislação que regula as atividades da indústria
de Petróleo e Gás no Brasil. Os temas abordados estão sistematizados para favorecer a
discussão sobre a limitação da Ciência para isoladamente equacionar problemas complexos
como o proposto, além de tipificar como inovação a participação cidadã das comunidades
potencialmente atingidas por estes riscos, que fortalece a governança local.
Palavras-chave: Gestão, Gestão Pública, Inovação, Risco Tecnológico.
247 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
GUIAS METODOLÓGICOS: ELABORAÇÃO DO FATOR AMBIENTAL
ANÁLISE DE RISCOS EM ESTUDOS DE IMPACTE AMBIENTAL
Margarida Correia Marques
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Cristina Sá
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Sara Capela
UVW, Centro de Modelação de Sistemas Ambientais, Lda., Gafanha da Nazaré, Unidade de Ambiente,
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
[email protected]
Cristina Russo
Agência Portuguesa do Ambiente I.P. - Lisboa
[email protected]
RESUMO
Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) é encarada como um crucial instrumento de gestão
ambiental de apoio à decisão, no entanto, ainda ostenta uma relevância e complexidade no
seu processo (como sendo a não consideração dos riscos ambientais no seu procedimento) que
encaminha inevitavelmente a uma recorrente necessidade de aperfeiçoamento dos
procedimentos e elementos que a compõem. Deste modo, e perante a atual carência de uma
abordagem e apreciação mais expedita dos riscos ambientais, impôs-se a necessidade de
facultar, sob a forma de guias metodológicos setoriais, indicações, orientações e métodos de
aplicação que possibilitem reconhecer e definir a profundidade e a importância de uma
abordagem mais específica e homogénea da análise de riscos ambientais, passando a ser
parte integrante e fulcral de Estudos de Impacte Ambiental (EIA), bem como, de outros
documentos inerentes ao processo de AIA. O guia metodológico de apoio à elaboração da
análise de riscos ambientais em EIA de propostas de projetos 1) do setor das Pedreiras ou 2)
dos sectores industriais da Transformação e da Produção de Eletricidade de origem térmica,
convertem-se numa mais-valia no abreviar da subjetividade inerente ao processo de
elaboração, contribuindo ainda para a diminuição do tempo de análise e nos prazos a
cumprir. Desta forma amplia-se a qualidade dos EIA, tornando-os mais consistentes, mais
absolutos e mais rigorosos, limitando-lhes o tempo, o esforço e os encargos inerentes à sua
elaboração.
Palavras-chave: Análise de Riscos Ambientais, Estudo de Impacte Ambiental, Pedreiras,
Indústria do Sector da Transformação, Indústria do Sector da produção de Eletricidade de
origem térmica
248 | Painel 3.4 – Technological risks and development
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
CONTROLE SOCIAL, GESTÃO SOCIAL E GOVERNANÇA LOCAL DOS RISCOS
TECNOLÓGICOS A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO CIDADÃ
Quésia Postigo Kamimura
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento Regional da UNITAU
[email protected]
Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA da UNITAU
[email protected]
Delanney Vidal Di Maio Junior
Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE/DCTA
Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU
[email protected]
RESUMO
Este artigo tem por objetivo evidenciar a desejável governança local dos riscos tecnológicos
consolidando-se a partir da participação cidadã das comunidades potencialmente atingidas.
Introduz-se o Estado Democrático de Direito, a prática participativa direta nas gestões
democráticas, o denominado “fenômeno da Democracia Participativa”. Apresenta-se uma
revisão teórica dos conceitos de controle social e gestão social, reafirma-se a presença dos
riscos tecnológicos tendo por base a tese da sociedade global do risco, proposta por Ulrich
Beck, apoiado no método da pesquisa bibliográfica exploratória, discute-se a governança
destes riscos sob a égide da participação cidadã e finalmente conclui-se que o
empoderamento das comunidades local se dá pelo exercício pleno da cidadania.
Palavras-chave: Gestão, Gestão Social, Governança Local, Risco Tecnológico.
249 | Painel 3.4 – Riscos tecnológicos e desenvolvimento
Painel 3.5
Riscos sociais no contexto de crise global
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO:
RISCOS ÀS COMUNIDADES DIRETAMENTE ATINGIDAS EM CABROBÓ (PE)/BRASIL
André Tomé de Assis
Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
[email protected]
Maria Aparecida dos Santos Tubaldini
Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
A transposição do rio São Francisco é uma obra sob a responsabilidade do Ministério da
Integração do Brasil, que pretende diminuir os problemas da seca na região nordeste do país,
retirando água da bacia do rio São Francisco e a transportando por canais artificiais. A obra
tem sua previsão de inauguração para 2015, durante a realização das obras populações rurais
diversas, como indígenas, quilombolas e pequenos produtores familiares tiveram suas terras
cortadas pelas obras e reclamam das alterações causadas em seus espaços de vivência e do
risco de não terem acesso a água devido a especulação em torno da compra das terras por
pessoas de fora do lugar e a expectativa da implementação de empreendimentos agrícolas de
grande porte, além do receio de que uma grande obra de transposição possa fragilizar o rio
São Francisco. Baseando-se em outras transposições no mundo, na fenomenologia como
método e na perspectiva do lugar, é possivel inserir que esta obra de transposição carece de
dialógo entre a comunidade atingida e sua equipe gestora.
Palavras-chave: Transposição, Rio São Francisco, Lugar.
253 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E RISCOS NATURAIS:
PROBLEMAS SOCIAIS RELACIONADOS À DESERTIFICAÇÃO
NO MUNICÍPIO DE CABACEIRAS-PB
Braulio José Carvalhal Luna
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
[email protected]
Rômulo Lima Silva de Góis
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Bolsista da CAPES nº 1471-13-9
[email protected]
João Vitor Gobis Verges
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Bolsista da CAPES nº 9719-13-0
[email protected]
RESUMO
Existem inúmeros indícios de que a mudança climática a nível mundial se apresenta de forma
acelerada, fato que tem despertado o interesse da comunidade científica. Associada a essas
mudanças, e potencializado pelas ações antrópicas, acrescenta-se o constante aumento da
perda da qualidade produtiva dos solos pelo processo de desertificação. Exemplo desse
processo ocorre no Município de Cabaceiras-PB-Brasil, o que resulta em migração da
população rural para os grandes centros urbanos. Neste processo, a pesquisa objetivou
identificar os prolemas sociais da população agrícola, e como suas práticas tradicionais
agravam o processo de desertificação. Nesse contexto o trabalho tendo por base a pesquisa
bibliográfica e dados secundários, visa traçar parâmetros de discursão entre a desertificação
e os efeitos sob a população economicamente vulnerável. Observou-se que as queimadas
ainda constituem um processo no manejo dos recursos por parte dos agricultores, a
monocultura e a consequente perda da biodiversidade restringem a utilização do solo para
apenas um período do ano, tornando vulnerável nos demais períodos. A característica peculiar
do ambiente com uma variação pluviométrica anual irregular é o fator agravante, e novas
técnicas e alternativas ao uso do solo devem ser implementadas. Políticas públicas locais, que
possam designar partes territoriais através do ordenamento, visando entre outros fatores a
organização e distribuição do espaço é outro fator que deve ser implantado.
Palavras-chave: Desertificação, Mudanças Climáticas, Riscos Sociais.
254 | Panel 3.5 – Social risks in the context of the global crisis
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA (PNMC-BRASIL) COMO FATOR
DE AGRAVAMENTO DE RISCOS SOCIAIS EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE REFORMA
AGRÁRIA: O CASO DO PONTAL DO PARANAPANEMA-SP
João Vitor Gobis Verges
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Bolsista da CAPES nº 9719-130
[email protected]
Braulio José Carvalhal Luna
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
[email protected]
Rômulo Lima Silva de Góis
Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Bolsista da CAPES nº 1471-139
[email protected]
RESUMO
A partir do ano de 2009 se estabelece no Brasil a Política Nacional sobre Mudança do Clima
(PNMC). As diretivas gerais desta política designaram mecanismos territoriais de mitigação
das ações dos Gases de Efeito Estufa (GEE), sendo uma das normativas o plantio de cana-deaçúcar em larga escala, visando a produção de etanol combustível. Neste contexto, este
trabalho evidencia como as diretivas gerais da PNMC se territorializaram na região do Pontal
do Paranapanema-SP-Brasil, ampliando os riscos de vulnerabilidade social dos assentamentos
rurais de reforma agrária. Para isso, realizou-se revisões bibliográficas e busca de dados
primários e secundários sobre o impacto da PNMC no Pontal. Desse modo, observou-se que a
partir de 2009 houve um aumento da produção de cana-de-açúcar na região baseado no
“lobby” sucroalcooleiro, fato que fortaleceu a atividade monocultora e impactou
negativamente os cultivos biológicos de alguns assentamentos, diminuindo a capacidade de
participação destas populações em políticas agrícolas e concatenando a diminuição da renda,
da produção e das condições de vida do campesinato. Este contexto forçou muitos dos
assentados a se deslocarem para outras atividades econômicas, trabalhando em condições de
precariedade nas usinas de açúcar e álcool ou em subempregos nas sedes urbanas dos
municípios.
Palavras-chave: Políticas Públicas, Alterações climáticas, Espaço agrário, Campesinato.
255 | Painel 3.5 – Riscos sociais no contexto de crise global
Painel 3.6
Riscos dendrocaustológicos
(incêndios florestais)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE DE VULNERABILIDADE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
NA REGIÃO DO MINHO, PORTUGAL
António Bento-Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
Adélia Nunes
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Sandra Oliveira
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Fernando Félix
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
A análise da vulnerabilidade é uma componente fundamental da avaliação de risco de
incêndios, representando, em sentido lato, o potencial de perda de uma determinada área.
No âmbito do projeto Europeu PREFER, está a ser desenvolvido um modelo de análise de
vulnerabilidade para apoio à prevenção de incêndios na Europa Mediterrânea. A região do
Minho, pela pelas suas caraterísticas específicas e pela elevada incidência de incêndios
florestais, é uma das áreas de estudo do projeto.
A abordagem conceptual da vulnerabilidade engloba três componentes: exposição,
sensibilidade e capacidade de antecipação e resposta. Cada uma destas componentes foi,
primeiro, analisada individualmente, através da agregação de variáveis estatísticas,
cartográficas ou obtidas de imagens de satélite. Para além disso, foi também desenvolvido um
mapa de valor económico dos elementos expostos, baseado em custos de recuperação de
cobertura do solo e no preço dos alojamentos. O mapa de vulnerabilidade, resultante da
integração e ponderação das diferentes componentes, mostra variações espaciais expressivas
na região, indicando a necessidade de implementar medidas diversificadas para uma
prevenção de incêndios mais eficaz.
Palavras-chave: exposição, sensibilidade, valor económico, vulnerabilidade.
259 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
OPERAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIOS NA INTERFACE URBANO FLORESTAL
Emanuel Sardo Fidalgo
Corpo de Bombeiros Voluntários de Baião
[email protected]
RESUMO
A problemática dos incêndios na interface urbano florestal (IUF) é transversal ao território
nacional, tendo como denominador comum a promiscuídade entre solo classificado como
urbano e florestal, ainda que apresente diferentes tipologias.
Na plena manifestação de um incêndio florestal num território caracterizado pela IUF, surgem
problemas ao nível da gestão da emergência, em virtude da multiplicidade de solicitações aos
meios de combate, com danos potenciais acrescidos uma vez que não se deparam apenas com
o fogo na floresta, mas também o seu avanço sobre infraestruturas, muitas delas habitações.
Deste modo, pretende-se caracterizar o tipo de abordagem dos meios de socorro nos
incêndios na IUF, nomeadamente Bombeiros. Actualmente, a intervenção num incêndio na
interface urbano florestal (IUF) é idêntica à que se implementa num incêndio florestal.
Importa por isso dotar os Bombeiros de conhecimento para que facilmente identifiquem
situações de IUF e consigam deste modo distinguir a elevada perigosidade que é intrinseca a
estes incêndios.
Assim, pretende-se identificar se à escala nacional os aspectos relacionados com o
planeamento (implementação de planos de prevenção e acção) e o modo de operação dos
meios de combate que condicionam o grau de protecção das populações. Será assim possível
avaliar o grau de sucesso das operações de combate pela sua eficiência, e não apenas pela
sua eficácia. É necessária uma metodologia de acção viável e adaptada à realidade nacional a
ser implementada pelos agentes de protecção civil, municípios e sociedade em geral
contribuindo para o conhecimento do perigo a que estão expostos e formando comunidades
mais resilientes.
Palavras-chave: Risco, interface urbano florestal (IUF), planeamento, combate.
260 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MODELAÇÃO ESPACIAL DA SINUOSIDADE RODOVIÁRIA PARA
APOIO À DECISÃO NO ATAQUE INICIAL AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS.
ENSAIO METODOLÓGICO NA SERRA DA LOUSÃ
Fernando Félix
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Partindo da premissa que os incêndios florestais, apesar dos esforços para evitar o seu início,
continuarão a ocorrer em quantidade considerável, devem ser adotadas medidas que visem
não só dificultar a sua propagação, mas também que potenciem, por meio do combate, a sua
rápida extinção.
O combate aos incêndios florestais implica a deslocação de meios até ao ponto de ignição. A
história diz-nos que inicialmente os meios de combate eram puxados pelo homem, depois por
cavalos e, hoje, são-no por motores potentes, a maior parte deles destinados a circular por
estradas.
Ora, as estradas podem ser vistas numa dupla perspetiva. Por um lado “Roads are a
predominant feature across many forested landscapes and play a significant role in
influencing wildfire ignition and cessation” (G. NARAYANARAJ et al., 2012) e, por outra parte,
“The protection of the forest demands speed in putting out fires and speed in these days of
motor vehicles means roads” (C. J. BUCK, 1936). Pesando ambos os lados, a presença de
estradas pode contribuir para um aumento do risco de ignição de um incendio, mas a sua
presença também determina que a possibilidade de estes progredirem para grandes incêndios
florestais seja imensuravelmente menor (C. J. BUCK, 1936).
A dimensão da área ardida resultante de uma ignição está associada tanto às condições
climáticas, como às condicionantes geográficas em que ocorre, pelo que se torna crucial
proceder à modelação espacial dessas condições e condicionantes, não só para identificar
áreas criticas de risco elevado, mas também para planear os tempos de intervenção, onde o
destacamento de meios terrestres de combate para locais estratégicos de pré-posicionamento
é fundamental para uma resposta atempada. Com efeito, nas áreas de montanha o trajeto
define-se como sinuoso – traduzindo o somatório dos elementos geométricos que compõem as
estradas, curvas e retas, face à distância em linha reta. As curvas são, de facto, o fator que
mais limitações impõe à manutenção de uma velocidade de emergência, que se quer veloz,
uma vez que elas aumentam significativamente a distância entre os agentes de combate e o
ponto de ignição, que tendencialmente não se encontram próximos, contribuindo para que
este incêndio nascente evolua, progredindo pelas vertentes declivosas e vales encaixados
aumentado consideravelmente a área ardida antes da chegada dos meios de combate,
dificultandoassim as operações de primeira intervenção.
Palavras-chave: Incêndios florestais,
posicionamento, sinuosidade rodoviária.
ataque
inicial,
locais
estratégicos
261 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
de
pré-
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO REGIONAL DOS GRANDES INCÊNDIOS
FLORESTAIS (≥100 HA) EM PORTUGAL CONTINENTAL,
NAS ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS
Flora Ferreira Leite
Bolseira FCT, CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
António Bento Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Adélia Nunes
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
Temos assistido, ao longo dos últimos anos, a uma nova realidade em Portugal, no que
respeita aos grandes incêndios florestais (≥100 ha).
Na última década registaram-se os incêndios florestais de maior dimensão no território
português (Ferreira-Leite et al., no prelo), apesar de não se ter registado a maior
percentagem de grandes incêndios florestais (0,7%), mas verificou-se - maior área ardida
(79%), o que significa que, em média, na última década, cada grande- incêndio- florestal
queimou mais do que os das décadas anteriores (672 ha). Isto resultou, por um lado, da
redução do número de grandes incêndios florestais ao longo dos anos e, por outro, do
aumento da área individual –percorrida pelos “grandes incêndios”.
Quando se analisa a distribuição espacial destes incêndios verifica-se que há distritos
especialmente suscetíveis à sua ocorrência e desenvolvimento. É neste sentido que nos
propomos analisar as tendências de evolução temporal, no período de 1980-2010, aplicando
para o efeito, os coeficientes de correlação de Pearson (rp) e de Spearman (rs) para duas
variáveis, número de ignições e área ardida.
Palavras-chave: Portugal, grandes incêndios florestais, tendências, evolução temporal.
262 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MEDIDAS MITIGADORAS DE EMERGÊNCIA,
PARA PROTEÇÃO E FERTILIZAÇÃO DOS SOLOS RECENTEMENTE ARDIDOS,
APLICANDO RESÍDUOS TÊXTEIS BIODEGRADÁVEIS
José Salgado
Núcleo de Investigação em Geografia e Planeamento, Universidade do Minho
[email protected]
António Bento-Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
António Vieira
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
Atualmente, no Mediterrâneo, verificam-se mudanças no regime de fogo, as quais podem
intensificar as alterações das propriedades físicas e químicas dos solos.
Em termos físicos os "novos" regimes de fogo podem originar a modificação dos processos
geomorfológicos, fomentando uma maior desagregação dos materiais e consequentemente
aumentando a erosão da camada superior dos solos, onde se localizam, na maioria dos solos
portugueses, os únicos nutrientes existentes (Ferreira-Leite et al., 2011, Mataix-Solera et al.,
2011, Shakesby, 2011). É por isso necessário o desenvolvimento e implementação de medidas
que promovam a redução destes impactes, as quais deverão integrar as estratégias de defesa
e recuperação da floresta e do solo (Robichaud et al, 2008, Robichaud, 2009, Ferreira, et al.,
2010, Bento-Gonçalves et al., 2012).
As empresas do Ave(NW de Portugal) enviam anualmente para os aterros sanitários milhares
de toneladas de resíduos, o que, implicando elevados custos económicos, aumenta a sua
debilidade competitiva. Segundo Silva (2009) é possível através de um processo de
compostagem produzir um composto protetor e fertilizante para os solos, baseado em
resíduos têxteis biodegradáveis. Tejada et al., (2003) testou, em campos de milho, um
composto semelhante, preparado com resíduos de algodão, obtendo resultados positivos.
Além da mais-valia para os solos, este permitirá, em simultâneo, reduzir o custo de produção
de empresas do Vale do Ave.
Assim, pretendemos estudar a eficácia destas medidas inovadoras, as suas vantagens e
eventuais impactes negativos que a sua aplicação poderá ter nos solos e na redução da erosão
física. Para tal, iremos testar, à escala da parcela, medidas mitigadoras e inovadoras de
emergência, para proteção dos solos recentemente ardidos, aplicando para o efeito resíduos
têxteis biodegradáveis (industriais) em composto com palha ou caruma.
Palavras-chave: Incêndios florestais, erosão, resíduos industriais, compostagem, mitigação.
263 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
EL PAPEL DE LOS INCENDIOS EN LA CONFIGURACIÓN DEL PAISAJE VEGETAL
DE LA CORDILLERA CANTÁBRICA Y PIRINEO ORIENTAL.
PRIMEROS RESULTADOS DE UN ESTUDIO COMPARADO
Juan Carlos García Codron
Depto de Geografía, Urbanismo y Ordenación del Territorio, Universidad de Cantabria
[email protected]
Maria Barrachina1, Virginia Carracedo2, Carmen Ceballos2, Raquel Cunill1,
Concepción Diego2, Ignacio García Amorena1, Carolina Garmendia2, David Molina1,
Jordi Nadal1, Joan Nunes1, Albert Pèlachs1, Aaron Pérez1, Ramon Pérez-Obiol2,
Leonor de la Puente Fernández1, Domingo Rasilla2, Joan Maria Roure1,
Joan Manuel Soriano1, Maria Victoria Rivas2, Iago Vázquez2
1
sub-grupo GRAMP-FOC, Depto de Geografía, Universitat Autónoma de Barcelona
FUEMONT, Depto de Geografía, Urbanismo y Ordenación del Territorio,
Universidad de Cantabria
2sub-grupo
RESUMEN
Los paisajes de la Cordillera Cantábrica y del Pirineo Oriental son el resultado de un complejo
de interacciones ancestrales entre la sociedad rural y el medio natural en los cuales el fuego
ha desempeñado un papel esencial. La combinación de fuentes de información ambiental
(procedentes de testigos sedimentarios extraídos de turberas) con fuentes de información
histórica (documentales escritas y gráficas) recurriendo tanto a técnicas analíticas (carbones
sedimentarios, palinología, macrorrestos vegetales y análisis de metales pesados para los
últimos 7000 años) como a la documentación contenida en los archivos (desde la Edad Media),
hemeroteca (a partir del siglo XIX) y en bases históricas de datos de incendios (de mediados
del siglo XIX hacia adelante) son la base de esta investigación comparada.
En esta comunicación se presentan los primeros resultados obtenidos en el marco del
proyecto interdisciplinar “Geografía histórica de los incendios y su causalidad en la Montaña
Cantábrica y Pirineo. Estudio comparado a partir de fuentes paleoambientales y
documentales”. La información obtenida, que gracias a su resolución permite analizar etapas
de particular interés cultural como el Neolítico, el Bronce/Hierro, la Romanización o los
diferentes periodos de la Edad Media o Moderna, prueba que los incendios asociados a las
prácticas agrarias han sido una constante desde la prehistoria y permite demostrar su relación
con la evolución del paisaje y de la cubierta vegetal de ambas regiones.
Palabras clave:
documentales.
incendio,
montaña,
paisaje,
fuentes
paleoambientales,
264 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
fuentes
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A ATIVIDADE CINEGÉTICA E OS INCÊNDIOS FLORESTAIS
Ricardo Manuel da Costa Rodrigues
Departamento de Geografia, Universidade do Minho
[email protected]
António Bento-Gonçalves
Departamento de Geografia e CEGOT, Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
O homem sempre foi, por natureza, um caçador nato. O ato de caçar terá sido, em tempos
ancestrais, uma das atividades fundamentais da nossa espécie, consistindo na simples captura
de exemplares da fauna bravia, tendo em vista, fundamentalmente, a alimentação, o
vestuário e a defesa do grupo. Atualmente a caça passou encarada como um desporto e não
como necessidade.
Após a queda do regime, com a revolução de 25 de Abril de 1974, terminaram as coutadas e
instaurou-se no nosso país o regime livre. Em 1986, entra em vigor a lei n.º 30/86 e voltamos
a um regime misto, terrenos de caça condicionados e terrenos livres, e pela primeira vez se
torna obrigatório efetuar um exame para a obtenção de carta de caçador. Estas alterações
legislativas conduzem a revoltas levadas a cabo pelos caçadores.
A atividade cinegética, desporto praticado ao ar livre e principalmente em espaços silvestres,
pode ser geradora de inúmeros conflitos e tem sido apontada, especialmente no distrito de
Braga, como responsável pela ocorrência de incêndios florestais. Com efeito, na Codificação e
definição das categorias das causas dos Incêndios Florestais a caça aparece quer nas causas
relacionadas com o uso do fogo (causa 126 - penetração em áreas de caça) quer nas
Estruturais (31 - conflitos de caça).
Assim, com esta comunicação pretende-se apresentar e discutir a relação entre a caça e os
incêndios florestais, nas suas múltiplas vertentes, no distrito de Braga.
Palavras-chave: Caça, incêndios florestais.
265 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA EM SOLOS ARDIDOS E NÃO ARDIDOS,
NA SERRA DA PENHA (GUIMARÃES)
Rúben Torres
Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Socias da Universidade do Minho
[email protected]
José Manuel Rocha
Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Socias da Universidade do Minho
[email protected]
RESUMO
O estudo dos diferentes tipos e horizontes do solo é importante para compreender os efeitos
do fogo sobre o solo, efeitos esses, que provocam alterações químicas e físicas nas
propriedades dos mesmos com especial incidência para o horizonte A.
Assim, além das alterações químicas e físicas dos solos é também importante compreender as
consequências da intensidade e severidade dos mesmos, o impacto das cinzas nos solos e as
possíveis consequências hidrológicas e erosivas após o fogo.
O caso de estudo vai incidir na Serra da Penha, portanto intentámos à caracterização desta, a
qual sustenta-se numa concepção da geologia (litologia), do clima tendo por base dados
médios mensais da temperatura e precipitação e do relevo que é elaborada com base na
hipsometria, exposição e declive do local de estudo.
Através das amostras de solo, pretende-se conhecer os efeitos dos fogos florestais na Penha,
as alterações que provocam no solo, tentando compreender como o ecossistema local se
desenvolve posteriormente ao ser afectado pelo fogo e assim perceber o teor de matéria
orgânica presente no mesmo.
Palavras-chave: solo, fogo, incêndio florestal, matéria orgânica, Serra da Penha.
266 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE DE 30 ANOS DE CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS COM VISTA À CRIAÇÃO
DE UM MODELO EXPLICATIVO DA DIMENSÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
Sofia Bernardino
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Ao longo dos últimos quarenta anos, tem-se vindo a observar em Portugal Continental um
aumento significativo do número de incêndios florestais, bem como da dimensão das
áreas ardidas. Apesar desse progressivo aumento, década após década, verifica-se, no
entanto, que existem diferenças anuais significativas, particularmente com uns anos a
apresentarem valores muito elevados de ocorrências e de áreas ardidas, em detrimento
de outros, com valores bastante mais reduzidos. Tais diferenças vão ser igualme nte
significativas em termos mensais.
Apesar da génese dos incêndios florestais ser, na sua esmagadora maioria, devida a causas de
natureza antrópica, pois “o desenvolvimento espontâneo do fogo, embora possível, é raro”
(F. REBELO, 2003:15), são as condições meteorológicas, aliadas à topografia e aos
combustíveis, que adquirem maior influência no comportamento dos incêndios, mormente nas
regiões de clima mediterrâneo, como é o caso da generalidade do território continental,
acabando por determinar as características dos incêndios florestais e estando na origem de
tais diferenças anuais.
Neste seguimento, pretende-se perceber e justificar a origem destas diferenças, através de
uma análise de variáveis meteorológicas determinantes para a ocorrência e propagação dos
incêndios florestais, designadamente os valores da precipitação, temperatura e humidade
relativa do ar, bem como de eventos extremos, tais como secas ou ondas de calor e, ainda, a
influência da NAO (North Atlantic Oscillantion), com o principal objetivo de criar um modelo
explicativo da dimensão das áreas ardidas, aplicável ao planeamento e gestão do dispositivo
de combate aos incêndios florestais.
O estudo recai sobre a área territorial correspondente ao distrito de Coimbra e o período de
análise de dados compreende uma série de 30 anos, de 1981 a 2010.
A metodologia utilizada baseia-se na aplicação de métodos estatísticos, nomeadamente
com vista ao estabelecimento de correlações, simples e múltiplas, análise de variância e
análise de tendências.
Palavras-chave: Incêndios florestais, variáveis meteorológicas, eventos extremos, modelo
explicativo da dimensão das áreas ardidas, distrito de Coimbra.
267 | Painel 3.6 – Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais)
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
EM PORTUGAL CONTINENTAL FORA DO PERÍODO CRÍTICO:
CAUSAS, EVOLUÇÃO TEMPORAL E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
Sofia Fernandes
NICIF, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
Luciano Lourenço
Departamento de Geografia e CEGOT, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
Em vastas regiões do globo perdem-se diariamente, durante a época estival, vários hectares
de floresta e mato, devido a incêndios florestais, que se apresentam como um verdadeiro
flagelo, pois, além de destruírem o ambiente físico, colocam em risco pessoas e bens,
designadamente habitações, razão pela qual constituem, muitas vezes nesta estação do ano,
o principal tema de abertura dos meios de comunicação social (nacionais e internacionais).
Ora, Portugal tem sido um dos países do sul da Europa que mais sofre com os incêndios
florestais, apesar de possuir uma legislação que define um período crítico, onde prevalecem
medidas especiais de prevenção contra incêndios florestais, fixado de 1 julho a 30 setembro,
pelo art.º 3.º do Dec.-Lei n.º 156/2004, de 30 de junho, podendo este período ser antecipado
ou retardado mediante portaria do Governo.
Embora sejam mais frequentes durante este período crítico e, em particular, no Verão, os
incêndios florestais podem ocorrer em qualquer época do ano, desde que se reúnam
condições favoráveis, pelo que, muitas vezes, alguns dos que ocorrem fora do período crítico
não deixam de ser importantes e preocupantes.
Por isso, o presente estudo pretende refletir sobre os incêndios florestais que, entre 1981 e 2012,
ocorreram de Outubro a Junho, procurando-se investigar, para melhor conhecer e mais facilmente
prevenir, os que ocorrem num período em que o assunto é pouco debatido, procedendo-se à
análise tanto das causas desses incêndios, como das condições sinópticas em que ocorreram, e
ainda ao modo como evoluíram e como se distribuíram nos territórios do continente.
Palavras-chave: incêndios florestais fora do período crítico, causalidade, climatologia.
268 | Panel 3.6 – Dendrocaustologic risks (forest fires)
Painel 4
Aplicação do planeamento/
planejamento e ordenamento do
território à gestão de riscos
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NO APOIO AO PLANEAMENTO
E GESTÃO FLORESTAL: RECUPERAÇÃO DA ÁREA ARDIDA
NO BALDIO DE MOIMENTA - CABECEIRAS DE BASTO
Ana Leite
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Instituto Politécnico de Viana do Castelo
[email protected]
RESUMO
A presente comunicação centra-se num estudo de planeamento e gestão sustentável dos
espaços florestais. Numa primeira fase, a investigação assume um carácter crítico acerca das
problemáticas inerentes às alterações climáticas, suas consequências e enquadramento
legislativo associado, numa segunda fase, inclui a realização de um Plano de Gestão Florestal
numa área reconhecida como terreno baldio (131,44 ha), localizado em Moimenta –
Cabeceiras de Basto e com o histórico resumido a inúmeros incêndios.
Assim estudou-se a perigosidade da área acerca da ocorrência de incêndios, movimentação de
vertentes e erosão hídrica, constituindo ferramentas de trabalho, os sistemas de informação
geográfica. A análise das cartas finais de risco de incêndio, movimentação de vertentes e
erosão hídrica permitiram tirar conclusões acerca da perigosidade da área e, assim, justificar
as medidas aplicadas no PGF.
Os resultados indicam que se verifica uma falha na gestão sustentável da floresta, tratando-se
de uma negligência do Estado. Tal afirmação comprova-se no estudo, pois na área em estudo
foram implementadas medidas que promovem atividades lúdicas, rentáveis para o Estado e
que a salvaguardam de fenómenos naturais nefastos.
Em suma, considera-se que seria imprescindível que o Estado criasse um programa
qualitativo de ordenamento do território e um planeamento florestal capaz de promover
atividades integradas no uso múltiplo da floresta, desenvolvendo ainda uma
consciencialização ambiental.
Palavras-chave: Alterações Climáticas, Ação Antrópica, Fenómenos Naturais, Planos
Organizacionais, Ordenamento do Território.
271 | Painel 4 –Aplicação do planeamento/ planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADES E O ORDENAMENTO
DO TERRITÓRIO À ESCALA MUNICIPAL –
APLICAÇÃO AOS CONCELHOS DE ARRUDA DOS VINHOS E VILA FRANCA DE XIRA
Inês Bruno
Instituto Superior de Educação e Ciências
[email protected]
Henrique Vicêncio
Instituto Superior de Educação e Ciências
[email protected]
RESUMO
Cada vez com maior frequência se ouve relatar a ocorrência de fenómenos perigosos que
provocam danos sociais e económicos. Em parte, tal facto deve-se ao acréscimo da frequência
e da intensidade de alguns fenómenos naturais extremos, nomeadamente cheias rápidas,
secas e incêndios florestais. Conjugado com esta realidade, o aumento da exposição das
populações a estes fenómenos revela a importância do ordenamento do território na gestão
da interação homem/espaço natural através da organização espacial das atividades humanas.
Apresenta-se uma metodologia que, em função dos riscos e das suscetibilidades presentes
numa área geográfica, permite identificar a melhor localização para a ocupação humana do
território tendo em vista a segurança de pessoas, bens e ambiente. Após a sua aplicação aos
concelhos de Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira, verifica-se a existência de 1.722 e de
34.407 edifícios localizados em áreas com restrições na ocupação do solo. Por outro lado, a
superfície sujeita a interdições ou condicionalismos nestes concelhos representa cerca de 47%
e 93% respetivamente.
Palavras-chave: Ordenamento do Território, Suscetibilidades, Riscos.
272 | Panel 4 –Application of spatial planning to risk management
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
ANÁLISE DE RISCOS E A INSTALAÇÃO DE UMA ZONA EMPRESARIAL
NO INTERIOR DE PORTUGAL
Margarida Correia Marques
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Cristina Sá
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Cristiana Rodrigues
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Ana Margarida Mascarenhas
Unidade de Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real
[email protected]
RESUMO
Os riscos afiguram-se como uma área de progressiva dinâmica pela crescente
consciencialização da sua presença e dos seus efeitos por parte da sociedade e,
concomitantemente, com a sentida necessidade de dar combate, simultaneamente, quer aos
fatores naturais, quer aos fatores relacionados à técnica e à organização, no sentido de se
prosseguir uma gestão sustentada do território. O enquadramento geográfico de
estabelecimentos industriais pode definir a vulnerabilidade do meio aos riscos tecnológicos e
o grau de desenvolvimento que o seu estudo terá de atingir, no que diz respeito à avaliação
quantitativa de riscos. Durante a construção, exploração e desativação de um
estabelecimento industrial podem ocorrer acidentes graves com consequências profundas ao
nível do ambiente, da população e do património local, surgindo assim a necessidade de
realizar uma avaliação do risco potencial. Neste contexto e no âmbito de um Projeto Regional
de Desenvolvimento Integrado em que está prevista a instalação de uma zona empresarial
onde irá ser construída uma metalomecânica e uma agro-indústria, pretendeu-se inventariar
as manifestações dos processos perigosos, descrevê-los e compreendê-los no seu
funcionamento. Adicionalmente objetivou-se a construção de modelos que permitam analisar,
avaliar e gerir os riscos presentes no território que abrange os concelhos de Moimenta da
Beira, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva, Tarouca, Castro Daire, Satão e Aguiar da Beira.
Palavras-chave: Análise de Riscos Ambientais, Zona Empresarial, Metalomecânica, Agroindústria
273 | Painel 4 –Aplicação do planeamento/ planejamento e ordenamento do território à gestão de riscos
Painel 5
Análise e Prevenção de Riscos nas
Organizações de Defesa/Proteção Civil
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS NO CONCELHO DE MIRANDA DO CORVO
Cláudio Pereira
XLGEO – Sistemas de Informação e Geociências, Lda
[email protected]
Alexandre Oliveira Tavares
Centro de Estudos Sociais e Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra
[email protected]
RESUMO
As estratégias de gestão do risco vêm consolidando o espaço de intervenção municipal. Este
enquadramento fundamenta a abordagem aos riscos naturais e tecnológicos no município de
Miranda do Corvo.
Do ponto de vista metodológico a comunicação está organizada em dois grupos temáticos. O
primeiro consistiu no levantamento e caracterização dos processos naturais e tecnológicos de
perigo no município. Para suportar esta análise fez-se o levantamento de quatro bases de
dados distintas, dos Bombeiros de Miranda do Corvo, do CDOS Coimbra, da AFN e da ANSR.
Ulteriormente fez-se o levantamento de campo com identificação dos locais, num total de
2242 ocorrências.
Os resultados salientaram os incêndios florestais e os acidentes rodoviários, como os
processos que apresentam maior número de ocorrências, seguidos das quedas de árvores,
inundações, incêndios urbanos, os movimentos de massa e dos acidentes tecnológicos.
Foi elaborada uma cartografia municipal inédita de ocorrências, com a espacialização dos
processos perigosos no concelho, e as zonas de maior incidência.
O segundo foco de análise consistiu na caracterização do grau de risco, aplicando duas
metodologias de avaliação do risco: a junção da metodologia usada pela ANPC com a da
Universidade de Western Sydney designada de OHS, e a utilizada pela FEMA e designada de
OEM.
Os resultados obtidos pelas metodologias fizeram realçar a importância dos riscos associados
aos incêndios florestais e acidentes rodoviários em Miranda do Corvo.
Mostra-se assim a importância de uma avaliação multirrisco à escala municipal, assim como
de se estabelecerem acções ou planos específicos ou especiais de emergência.
Palavras-chave: Miranda do Corvo, Ocorrências, Análise do Risco, Riscos Naturais, Riscos
Tecnológicos.
277 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
O RISCO DE STRESS DURANTE OS TURNOS NA POLÍCIA MUNICIPAL
Iolanda Braga Pereira
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal
[email protected]
António Leitão da Silva
Polícia Municipal do Porto, Portugal
[email protected]
RESUMO
A European Agency for Safety and Health at Work, definiu em como prioridades na segurança
e saúde ocupacional os riscos psicossociais e o stress no trabalho. A atividade policial é
considerada stressante, tendo consequências para a saúde e bem-estar psicológico dos
polícias (Lucas et al., 2012, Rakhase, 2014, Solana et al., 2013), nomeadamente a
agressividade, pois sob stress os indivíduos avaliam as situações como ameaça (Griffin &
Bernard, 2003, Neely & Cleveland, 2012, Queirós et al, 2013). Para melhor se compreender o
stress no trabalho, efetuam-se recolhas de dados diárias (Adams et al., 2014, Oerlemans &
Bakker, 2014). Este estudo identificou os níveis de stress ao longo de duas semanas,
comparando início e fim do turno num grupo de 80 polícias e 31 fiscais da Policia Municipal do
Porto (86% homens, média idade= 45,6 anos) num total de 70 participantes e 540 registos.
Através de um código individual responderam a 4 questões sobre sintomas físicos e
psicológicos de stress (tensão muscular, cansaço físico ou dores no corpo, dificuldade em
raciocinar, irritação, stress ou nervosismo) usadas já em bombeiros (Gomes et al., 2012, alfa
= 0.89 e significativamente correlacionadas). Encontraram-se diferenças significativas nas 4
questões, com o fim do turno a ter médias superiores ao longo das duas semanas. Não existem
diferenças em função de variáveis individuais nem ao longo dos dias, sugerindo um estado de
stress crónico que pode transformar-se em burnout (Maslach, 2011).
Palavras-chave: Stress, Polícias, Fiscais, Estudos diários, Riscos psicossociais.
278 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
PREDITORES DO STRESS EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS:
PERSONALIDADE E MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO
José Carlos Rego
Bombeiros Voluntários da Lixa
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
José Campos
Bombeiros Voluntários da Lixa
[email protected]
Sérgio Fonseca
Bombeiros Voluntários de Valongo
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Rita Madureira
Bombeiros Voluntários de Ermesinde
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
O stress relacionado com a atividade dos bombeiros é reconhecido como frequente e
transversal a diferentes países (Malek et al., 2010).Tentando conhecer melhor e prevenir o
stress no trabalho, alguns estudos têm identificado traços de personalidade (Nower et al.,
2004, Roberti, 2004) e a falta de motivação para o trabalho (Coetzee & Villiers, 2010, Padula
et al., 2012) como preditores de stress, bem como algumas características individuais como
idade, sexo, experiência profissional, estado civil ou habilitações literárias (Vanagas et al.,
2004). Neste estudo foram inquiridos 155 bombeiros voluntários da zona do Porto (79%
homens, 45% solteiros, 45% com o 9º ano, média de idade = 33,1 e média de anos de serviço =
12,1 anos) a quem foram aplicados os questionários EADS (Pais-Ribeiro et al., 2004), UWES-9
(Schaufeli et al., 2006) e BSSS (Hoyle et al., 2002). Encontraram-se baixos níveis de stress,
elevada motivação para o trabalho e a presença do traço de personalidade procura de
sensações. Como principal preditor do stress surgiu a personalidade e a tendência para a
ansiedade (a preverem respetivamente 14% e 50% do stress), sugerindo a importância de se
conhecer o perfil individual de personalidade que melhor permita a cada bombeiro enfrentar
o stress (Shantz, 2000), tal como sugerido já desde a década de 70 por alguns autores (Brown
& Stickford, 2007, Lemon & Hermiston, 1977) ou noutras profissões que implicam lidar com
sofrimento humano (Gramstad et al., 2013).
Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Preditores, Personalidade, Motivação.
279 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
SATISFAÇÃO NO TRABALHO DOS BOMBEIROS:
A INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES E DO COPING
Natália Vara
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança
[email protected]
Sónia Gonçalves
Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Almada, Instituto Piaget
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Os bombeiros lidam com situações stressantes, vivendo emoções negativas que podem
prejudicar a capacidade de trabalho (Zapf & Hotz, 2006). O stress, a insatisfação com o
trabalho e pobres estratégias de coping podem provocar desconforto emocional, aumentando
o risco de problemas psicológicos e de saúde dos bombeiros (Martins, 2004). Tentou-se, em
505 bombeiros voluntários e profissionais portugueses, compreender a influência das emoções
expressas no trabalho sobre a satisfação e perceber se esta é mediada pelas estratégias de
coping. Foram utilizados os questionários Brief COPE (Carver, 1997), FEWS (Zapf et al., 1999)
e QST (Pais-Ribeiro, 2008). Encontraram-se elevados valores de satisfação profissional,
expressão de emoções positivas e utilização de coping focado no problema. A satisfação é
explicada por 5% das emoções positivas enquanto o coping focado no problema explica apenas
1%, não existindo mediação do coping na influência das emoções na satisfação. Os estudos
alertam para a influência das emoções positivas na satisfação com o trabalho (Côté & Morgan,
2002) e para a o uso de estratégias de coping adequadas para gerir o stress (Millen, 2009).
Poderá ser importante incluir na formação dos bombeiros conteúdos sobre gestão do stress e
regulação das emoções, bem como criar nos corpos de bombeiros equipas de suporte de pares
(ex: modelo CISM) que previnam o trauma, a insatisfação com o trabalho e o stress, num ano
em que os riscos psicossociais no trabalho são valorizados.
Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Satisfação no trabalho, emoções, Coping.
280 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
STRESS, DEPRESSÃO, ANSIEDADE E MOTIVAÇÃO
PARA O TRABALHO EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Rita Madureira
Bombeiros Voluntários de Ermesinde
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Emanuel Santos
Bombeiros Voluntários de Ermesinde
[email protected]
Sérgio Fonseca
Bombeiros Voluntários de Valongo
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
José Carlos Rego
Bombeiros Voluntários da Lixa
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Atualmente a depressão e a ansiedade atingem entre 13% e 29% da população (Michael et al.,
2007, Bromet et al., 2011) enquanto o stress no trabalho afeta 20% dos trabalhadores
(European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions, 2007). Estudos
recentes mostram que os bombeiros estão vulneráveis ao stress no trabalho e trauma (Cook &
Mitchell, 2013), sobretudo se tiverem estado implicados em situações críticas (Graveling &
Crawford, 2010). A motivação para o trabalho correlaciona-se negativamente com o stress,
depressão e ansiedade (Schaufeli et al., 2008), parecendo ser um fator protetor. Num grupo
de 137 bombeiros voluntários da zona do Porto (80% homens, média de idade = 32,6 e de
experiência = 11,8 anos) foram identificados os níveis de stress, ansiedade, depressão e
motivação no trabalho. Foram utilizados os questionários UWES-9 (Schaufeli et al., 2006) e
EADS (Pais-Ribeiro et al., 2004). Encontraram-se elevados valores de motivação para o
trabalho e reduzidos níveis de stress, ansiedade e depressão. A idade tem correlações
positivas com a motivação no trabalho, sendo esta maior nos casados. Os resultados não
revelam valores preocupantes, mas 3% e 8% dos bombeiros apresentam já níveis elevados de
depressão e de stress, sugerindo a necessidade de intervenções precoces que previnam o
aparecimento do stress pós-traumático, de outras doenças ou até do suicídio (Adler-Tapia,
2013, Gist el al., 2011) e promovam a resiliência (Durkin & Bekerian, 2000).
Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Depressão, Ansiedade, Motivação.
281 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
TECNOSTRESS, ADIÇÃO AO TRABALHO E BURNOUT EM TAE DO INEM
Rita Madureira
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Sónia Cunha
Instituto Nacional de Eemergência Médica (INEM)
[email protected]
Nuno Patraquim
Faculdade de Engenharia da Universidade do [email protected]
Mary Sandra Carlotto
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Atualmente as novas tecnologias estão presentes no mundo do trabalho para facilitar as
tarefas. Contudo, podem constituir uma fonte adicional de stress, existindo já investigação
sobre o tecnostress (Ayyagari et al., 2010). Os Tripulantes de Ambulância de Emergência
enfrentam no seu dia-a-dia situações stressantes nas quais recorrem a tecnologia, podendo vir
a desenvolver o quadro clínico de burnout. As características da atividade que desempenham
implicam determinados perfis de personalidade, e alguns poderão tornar-se adictos o trabalho
(Clark et al., 2014). Num grupo de 92 TAE do INEM (70% homens, 47% da zona norte e 21% da
zona centro, média de idade=31,98 e de experiência=5,3 anos) foram identificados os níveis
de tecnostress, adição ao trabalho e burnout. Foram utilizados os questionários RED/TIC
(Carlotto & Camara, 2010), DUWAS (Carlotto & Miralles, 2010) e MBI (Maslach & Jackson,
1997). Encontraram-se no burnout elevados valores de realização profissional, mas também
moderada exaustão emocional e despersonalização, baixo tecnostress e adição ao trabalho
moderada. O tecnostress explica 39,1% da exaustão emocional e 16,9% da despersonalização,
enquanto a adição ao trabalho explica 19,9% da exaustão e 19,8% da despersonalização,
sugerindo a necessidade de se dar atenção ao “dark side” das tecnologias (Salanova et al.,
2013). Os anos de serviço no INEM diminuem a realização profissional e aumentam a adição ao
trabalho, remetendo não só para trabalho excessivo mas também para uma compulsão para o
trabalho que pode transformar-se em workaholism com todos prejuízos que daí advêm
(Schaufeli, Shimazu & Taris, 2009), nomeadamente diminuição do bem-estar do profissional.
Palavras-chave: Stress, TAE, INEM, Tecnologia, Burnout.
282 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO E PROCURA DE SENSAÇÕES
EM BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Sérgio Fonseca
Bombeiros Voluntários de Valongo
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
José Carlos Rego
Bombeiros Voluntários da Lixa
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Rita Madureira
Bombeiros Voluntários de Ermesinde
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
Os bombeiros caraterizam-se por uma elevada dedicação e motivação para o trabalho
(Moreira, 2012, Rich et al., 2010), bem como por um perfil de personalidade que revela
predisposição para correrem riscos e procura de sensações fortes (Procnik, 2013, Stehman,
2011). Estudos demonstram que a motivação para o trabalho se correlaciona negativamente
com o stress, constituindo um fator protetor deste (Schaufeli et al., 2008). Num grupo de 149
bombeiros voluntários da zona do Porto (79% homens, média de idade = 32,8 e média de anos
de serviço = 11,9 anos) foram identificados os níveis de motivação para o trabalho e de
procura de sensações. Foram utilizados os questionários UWES-9 (Schaufeli et al., 2006) e
BSSS (Hoyle et al., 2002). Encontraram-se elevados valores de motivação para o trabalho e
elevados níveis de procura de sensações em todas as dimensões destas duas escalas. A idade
apresentou correlações positivas com a motivação no trabalho e corelações negativas com a
procura de emoções. A procura de sensações foi ligeiramente mais elevada nos homens e nos
bombeiros não casados e correlaciona-se positivamente com a motivação no trabalho. Os
dados sugerem uma apetência para correr riscos mas também mais dedicação ao trabalho, o
que pode proteger dos efeitos nocivos do stress e prevenir o burnout (Lissek et al., 2005,
Jensen, 2005). São necessários mis estudos que no futuro investiguem perfis de personalidade
que protejam do stress em profissões de risco como os bombeiros.
Palavras-chave: Stress, Bombeiros, Depressão, Ansiedade, Motivação.
283 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
REALIDADE VIRTUAL E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAR O STRESS EM BOMBEIROS
Sílvia Quintas
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
Ivo Moreira
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lousada
[email protected]
Cristina Queirós
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
[email protected]
António Marques
Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico do Porto
[email protected]
Verónica Orvalho
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
[email protected]
RESUMO
A forma de enfrentar o stress é variável (Lazarus, 2006, Shin et al., 2014), sendo fundamental
em atividades como a dos bombeiros, onde se lida com sofrimento e morte (Beaton et al.,
1999, Brough, 2004, Millen, 2009). Contudo, a preparação para estas situações é complexa
pois o treino é difícil durante as operações de socorro. A realidade virtual é uma alternativa
que permite imersão, interação e envolvimento (Riva et al., 2002), sendo benéfica no treino
de competências, sem prejuízo para profissionais nem vítimas pois configura um ambiente de
aprendizagem controlado e protegido mas indutor de stress. Após terem sido inquiridos 182
bombeiros voluntários da zona do Porto (72% homens, média de idade 29,1, média de anos de
serviço 7,8 e média de horas semanais 21,1) a quem foi aplicado o questionário Brief COPE
(Carver et al., 1989). Encontraram-se valores elevados de uso das estratégias de coping
direcionadas para o problema ou para as emoções, sendo útil a possibilidade de treino. Foram
identificados vários programas de realidade virtual (ex: ADMS, CODE ORANGE, etc.) que
podem ser úteis para ajudar a gerir o stress e as emoções negativas dos profissionais (James &
Gilliland, 2001, Mitchell & Everly, 2003) e comprovam que a realidade virtual é vantajosa e
inovadora no treino de competências dos profissionais face a incidentes críticos, fornecendo
oportunidades de prática repetida, com situações invulgares, num ambiente controlado e
seguro.
Palavras-chave: Coping, Stress, Bombeiros, Realidade Virtual, Programas de treino.
284 | Panel 5 – Analysis and Prevention of Risks in Civil Protection/Defense Organizations
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
RISCOS NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA:
ANÁLISE DOS RISCOS NATURAIS DE MAIOR INCIDÊNCIA
Tânia Abreu
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
Maria José Roxo
e-GEO Departamento de Geografia e Planeamento Regional - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
- Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Luís Neri
Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM
[email protected]
RESUMO
Os riscos naturais estão cada vez mais na ordem do dia e a comunidade científica tem
procurado responder ao desafio de minimizar as consequências da ocorrência de fenómenos
naturais extremos, para bem da sociedade. Os estudos na temática têm, nomeadamente,
aumentado, o que se torna numa mais-valia, pois estes contribuem para um melhor
conhecimento da mesma.
O presente trabalho incide sobre o tema dos riscos naturais na Região Autónoma da Madeira e
teve como objetivo analisar os riscos naturais de maior incidência.
A recolha e análise do histórico de ocorrências permitiu identificar e caracterizar os riscos de
maior incidência e elaborar uma matriz de risco, de modo, a obter o grau de risco para cada
um dos fenómenos em questão. O seu conhecimento permite estabelecer medidas de
prevenção e de autoproteção, tornando-se igualmente, uma ferramenta útil no ordenamento
do território e na gestão de emergência.
Palavras-chave: Riscos naturais, Matriz de Risco, Medidas de prevenção e autoproteção.
285 | Painel 5 – Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil
PARTICIPANTES
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Participantes inscritos (até 15 de Outubro de 2014)
Adama Amaya
Adélia Nunes
Adriana Filipa Carvalho Araújo
Albino Tavares
Alexandre Oliveira Tavares
Alfredo Maia
Aline Pascoalino
Ana Cristina Meira S. Castro
Conceição Juana Fortes
Cristian Camilo Fernández Lopera
Cristina Isabel H. da Silva Pereira
Cristina Queirós
Daniel Márcio Fernandes Neves
Débora Olivato
Delanney Vidal Di Maio Junior
Ana Cristina Teixeira Leite
Ana Valéria F. Allemão Bertolino
André Tomé de Assis
Angela Santos
António Amaro
Edicarlos Pereira de Sousa
Ednice de Oliveira Fontes
Eduardo Rozetti de Carvalho
Eloisa Beling Loose
António Bento Gonçalves
Antônio Carlos R. Araújo Júnior
António P. S. Betâmio de Almeida
António Salgado Rosa
Elvira Fátima de Lima Fernandes
Emanuel Sardo Fidalgo
Emerson de Oliveira Muniz
Érica Ferrer
António Vieira
Arthur Lopes da Silva Valencio
Artur Rosa Filho
Aydda Ali
Estéfano Seneme Gobbi
Evandro Antônio Cavarsan
Bensaid Mosbah
Braulio José Carvalhal Luna
Bruno Manuel S. C. Martins
Bruno Zucherato
Camila Riboli Rampazzo
Camila Santos Doubek Lopes
Camilla Silva Magalhães
Cândida Velosa Jardim
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Carla Graciana Soares
Carla Maria de Paiva C. L. Caroça
Carmen Ceu Goncalves Ferreira
Celestina Maria Gago Pedras
Célia Campos Braga
Cintia Okamura
Claudio Alves Galante Junior
Claudio Henrique Reis
Cláudio João Brás Simões Pereira
Cleusa Aparecida G.P. Zamparoni
Fabrício Araujo Mirandola
Felícia Maria da Silva Fonseca
Fernando Félix
Fernando Granja Martins
Fernando Souza Damasco
Flávio Cabreira dos Santos
Flora Ferreira Leite
Francisca Cardoso da Silva Lima
Francisco da Silva Costa
Francisco de Assis S. Sousa
Geraldo do César Rocha
Germán Vargas Cuervo
Germana Lima de Almeida
Gisélia Cremilda Santos Braga
Hebbar Chafika
Helena Maria Fernandez
Henrique Manuel N. V. Costa
Hudson Rodrigues Lima
Humberto Gallo Junior
289 | Participantes
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Ineida Romi Tavares V. Carvalho
Inês Ferreira Bruno
Iolanda Braga Pereira
Isa João Baptista Silva
Isabel Margarida H. R. Antunes
Isabel Martins Tavares
Jacques Lolive
Jesús Vargas Molina
Joana D’Arc Vieira Couto Astolphi
João Lima Sant’Anna Neto
João Pinho
João Vitor Gobis Verges
João Victor G. da Silva Pereira
Joilma Nogueira do Espírito Santo
Jorge Manuel Alexandre Marques
Jorge Oliveira
José Carlos Rego
Jose Eduardo Rodríguez Juan
José Manuel Castro Salgado
José Manuel Fernandes Rocha
José Pedro Lopes
José Rafael Abreu Brites
Josefa Eliane S. de Siqueira Pinto
Juan Carlos García Codron
Juliana Araújo Alves
Kátia Gisele de Oliveira Pereira
Lea Carvalho Rodrigues
Lenka Gaňová
Letícia Palazzi Perez
Lindberg Nascimento Júnior
Lucí Hidalgo Nunes
Luciano Lourenço
Luis Alvaro Fazendeiro Sá
Luis Filipe Antunes da Silva
Luis Manuel Guerra Neri
Manuel Antonio Trelles Velasco
Manuel Sérgio Arada da Fonseca
Marcelo da Silva Gigliotti
Marcos César Ferreira
Margarida Maria Correia Marques
Maria Clara Martins A. G. Inácio
Maria da Glória Salgado Gonçalves
Maria Francisca J. L. Ramalho
María Gabriela Camargo Mora
Maria Gonçalves Conceição Santos
Maria Isabel Andrade
Maria J. Galleno de Souza Oliveira
María Jesús Vidal Domínguez
Maria João Ciríaco Rosado
Maria Jose Roxo
Maria Manuel A. Lopes Gouveia
Maria Manuela Portela
María Rosa Cañada Torrecilla
Maria Teresa Durães Albuquerque
Mariana Francisco Morgado
Marina Soria Castellano
Mário Talaia
Marta Andreia Almeida C. Silva
Marta Foeppel Ribeiro
Martina Zeleňáková
Miguel Cerqueira dos Santos
Miguel Eduardo Castillo Soto
Miriam Rodrigues Silvestre
Nadia El Aaggad
Natália Vara
Norma F. Lopes S. Valencio
Nuno André Ramos Simões
Paula Cristina A. C. Remoaldo
Paulo Cesar Zangalli Junior
Pedro Gonçalo Guerra Poseiro
Plínio Martins Falcão
Rafael Alexandre Ferreira Luiz
Rafael Carvalho Santos
Raimundo Mainar de Medeiros
Ramon Campos Braga
Raphael Costa Cristovam da Rocha
Raul Reis Amorim
Regina Célia de Oliveira
Ricardo Fernando Carneiro Gomes
Rita Alexandrina Feijó Madureira
Rita Susana Guimarães M. Silva
Romero Manuel Bandeira Gandra
Romeu da Silva Vicente
Romulo Lima Silva de Gois
Rúben Paulo da Costa Torres
Rui de Almeida Reis
Rui Manuel da Silveira Araújo
Rui Miguel Madeira Lança
290 | Participants
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Salvador de Pinho F. Almeida
Sandra Oliveira
Sara Guimarães Bandeira Gandra
Tânia de Abreu
Teresa A. L. Cravo da Fonseca
Tomás de Figueiredo
Sebastián Martín Pérez
Sérgio da Silva Lopes
Sérgio Ricardo Losnak
Sílvia Quintas
Sofia Bernardino
Valter Filipe Freitas Ferreira
Vicente de Paulo da Silva
Vicentina Socorro da Anunciação
Vinicius Carmello
Sofia Fernandes
Sofia Pires Fernandes
Souidi Zahira
Susana Maria Sousa Gonçalves
Yolanda Teresa Hernández Peña
Zeineddine Nouaceur
291 | Participantes
ÍNDICE DE AUTORES
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
A
Abreu
Tânia............................................ 285
Uriel ...................................... 189, 190
Albuquerque
Teresa .................................... 130, 183
Algouti
Abdellah..................................... 76, 82
Ahmed .................................. 62, 76, 82
Almeida
António Betâmio de .................54, 96, 198
Germana Lima de ............................ 152
Lutiane Queiroz de ........................... 169
Salvador ........................................ 182
Alves
Juliana Araújo ................................ 241
Amanajás
Jonathan Castro .............................. 110
Amaya
Adama ....................................... 76, 82
Amorim
Raul Reis .................................... 60, 66
Andrade
María Isabel......................................64
Antunes
Liliana C. Cerdeira ........................... 119
Margarida ................................ 130, 183
Sílvia ............................................ 119
Anunciação
Vicentina S. ....................... 192, 197, 227
Araújo
Adriana ......................................... 195
Francisco das Chagas N. ..................... 223
Rui . ............................................. 131
Araújo Jr
Antônio Carlos R. ............................. 159
Assis
André Tomé de ............................... 253
Astolphi
Joana D’Arc V. C. ............................ 123
Athanázio
Alcinéa Rodrigues ............................ 240
Ávila Guerra
Beatriz.......................................... 170
Aydda
Ali ................................................62
Azevedo
Eduardo Brito ................................. 222
B
Bacci
Pedro Henrique de Mello ......................81
Bandeira
Romero ................ 133, 134, 154, 195, 199
Barbosa
Marcia Regina ................................. 146
Barrachina
Maria ............................................ 264
Barros
Mirian Vizintin F............................... 124
Becker
Carmem Terezinha ............................ 92
BenSaid
Mosbah .......................................... 102
Bento-Gonçalves
António ..........163, 164, 259, 262, 263, 265
Bernardino
Sofia ............................................. 267
Bertolino
Ana Valéria Freire A. ......................... 158
Bessa
Paulo ............................................ 164
Borges
Artur ............................................ 164
Bouchahm
Nora ............................................. 102
Boutiba
Zitouni ........................................... 99
Braga
Célia Campos ..................... 110, 223, 224
Gisélia .......................................... 154
Ramon Campos ................................ 224
Brites
Rafael .............................. 106, 125, 191
Brito
Luiz Antonio P. F. ............................. 171
Bruno
Inês .............................................. 272
C
Camargo Mora
María Gabriela ................................. 170
Campos
José ............................................. 279
Paulo ................... 133, 134, 154, 195, 199
Cañada Torrecilla
Rosa ........................................ 69, 127
Canil
Kátia ............................................ 176
Capela
Sara ............................................. 248
Capitão
Rui 222
Carlotto
Mary Sandra .................................... 282
Carmello
Vinicius ......................................... 108
Caroça
Carla ............................................ 235
295 | Índice de autores
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Carracedo
Virginia .........................................264
Carvalho
Eduardo Rozetti de ...........................137
Ineida Romi T. V. .............................217
Ramon Santos ..................................114
Ricardo L. Teles: ..............................132
Castellano
Marina Sória ..................................... 90
Castillo Soto
Miguel .............................. 161, 162, 165
Castro
Ana Meira .................... 131, 157, 163, 164
Cavarsan
Evandro Antônio ................................ 68
Ceballos
Carmen .........................................264
Cordeiro
Benedito Carlos ...............................240
Correa Jiménez
Luis ....................................... 161, 165
Corsi
Alessandra Cristina ...........................176
Costa
Eduarda Marques da ..........................185
Francisco da Silva ............. 25, 95, 210, 236
Henrique........................................138
Vivian Castilho da ........................ 70, 179
Craveiro
João .............................................222
Cunha
Lúcio José Sobral .............................158
Sandra Baptista da ............................. 97
Sónia ............................................282
Cunill
Raquel ..........................................264
D
Damasco
Fernando Souza ................................ 97
Dantas
Milena Pereira .................... 110, 223, 224
Di Maio Jr
Delanney Vidal ................... 171, 247, 249
Dias
Carlos ...........................................119
Pedro ............................................101
Díaz Pacheco
Jaime............................................194
Diego
Concepción .....................................264
Donze
Frédéric.......................................... 84
Dorta Antequera
Pedro ............................................194
E
El Aaggad
Nadia ........................................ 76, 82
El Harradji
Abderrahmane .......................... 221, 239
Espírito Santo
Joilma Nogueira do .......................... 240
Estevão
Wladimir Borges .............................. 177
F
Falcão
Plínio Martins ........................... 140, 180
Félix
Fernando ................................. 259, 261
Fernandes
Elvira Fátima L. ............................... 227
Sofia ...................................... 157, 268
Fernandez
Helena.............................. 105, 166, 184
Fernández
Leonor de la Puente ......................... 264
Ferreira
André Barbosa Ribeiro ......................... 49
Carmen .............................. 95, 210, 236
José Carlos .................................... 222
Marcos César .................................... 61
Marta Marujo .................................... 61
Tiago M. .......................................... 79
Válter ........................................... 106
Ferreira Leite
Flora ............................................ 262
Ferrer
Érica ............................................ 151
Fidalgo
Emanuel Sardo ................................ 260
Figueiredo
Tomás de ................................. 65, 238
Filho
Artur Rosa .................................. 56, 77
Manoel Francisco G. ......................... 231
Fiúza
António ......................................... 131
Fonseca
Felícia ..................................... 65, 238
Sérgio ............................... 279, 281, 283
Teresa Cravo da .............................. 185
Fonte
Célia ............................................ 164
Fontes
Ednice de Oliveira ....................... 80, 218
Fortes
Conceição Juana ................. 222, 228, 230
Freitas
Maria Isabel C. ................................ 205
Fruehauf
Amanda Lombardo ........................... 128
296 | Authors Index
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
G
I
Gallo Jr
Humberto ................................ 109, 178
Gandra
Sara ............................................. 199
Gaňová
Lenka ........................................... 100
García Amorena
Ignacio .......................................... 264
García Codron
Juan Carlos .............................. 107, 264
Gargar
Ibrahim ...........................................91
Garmendia
Carolina .................................. 107, 264
Garófalo
Danilo Trovó .....................................61
Gigliotti
Marcelo da Silva ......................... 81, 172
Gobbi
Estéfano Seneme ........................ 81, 172
Góis
Rômulo Lima S. ................... 181, 254, 255
Gomes
António ......................................... 138
Ricardo ................ 106, 125, 189, 190, 191
Gonçalves
Gil Rito ......................................... 211
Glória ........................................... 103
Joana ........................................... 160
Sónia ............................................ 280
Gouveia
Maria ................................. 95, 210, 236
Gramani
Marcelo Fischer ............................... 176
Guerra
António J. T. .................................. 229
Inácio
Maria Clara Gomes............................. 55
H
Hachemi
Ali .............................................. 102
Hafnaoui
Amine ........................................... 102
Hamimed
Abderrahmane ..................................84
Harbuľáková
Vlasta Ondrejka.................................93
Hebbar
Chafika ...........................................99
Henriques
Paulo..............................................75
Hernández Peña
Yolanda...........................................85
Hlavatá
Helena ............................................91
J
Jardim
Cândida ......................................... 190
Jesus
Bruna Luiza P. ................................. 128
Joandre Neres de .............................. 80
K
Kamimura
Quésia Postigo ................................. 249
Kerfouf
Sid Ahmed ....................................... 99
L
Ladeira
Francisco S. Bernardes ....................... 172
Lança
Rui ....................................... 105, 166
Leite
Ana .............................................. 271
Micaela ......................................... 238
Lima
Francisca Cardoso da Silva ................... 98
Hudson Rodrigues ............................. 173
Lombardo
Magda Adelaide ............. 63, 109, 128, 132
Loose
Eloisa Beling .................................... 46
Lopera
Cristian Camilo F. ............................. 226
Lopes
Camila S. Doubek ...................... 124, 150
Eymar Silva Sampaio .......................... 68
Sérgio ............................................ 96
López Díez
Abel ............................................. 194
Losnak
Sérgio Ricardo ................................. 150
Lourenço
Luciano ... 22, 29, 55, 78, 95, 148, 149, 157,
160, 163, 210, 211, 236, 253, 259, 261,
262, 267, 268
Lucioni
Nora .............................................. 64
Luiz
Rafael Alexandre Ferreira ................... 141
Luna
Braulio José C. ................... 181, 254, 255
297 | Índice de autores
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
M
Macedo
Eduardo Soares de ............................176
Madureira
Rita ........................... 279, 281, 282, 283
Magalhães
Camilla Silva ...................................104
Magnoni Jr
Lourenço......................................... 68
Maio
Rui A. ............................................ 79
Marques
António .........................................284
Jorge ............................................119
Margarida Correia ...................... 248, 273
Martín Pérez
Sebastián .......................................194
Martínez Suárez
Pedro ............................................127
Martins
Bruno ....................................... 78, 212
Fernando .......................... 105, 166, 184
José R. Scarati.................................. 63
Mascarenhas
Ana Margarida .................................273
Massano
José .............................................. 67
Medeiros
Raimundo Mainar..............................231
Mellado San Gabino
Ana ............................................... 69
Merzoug
Dounia ........................................... 99
Messias
Cassiano ......................................... 61
Mirandola
Fabrício Araujo ................................176
Molina
David ............................................264
Moreau
Ana Maria S. Santos ...................... 80, 218
Moreira
Ivo ...............................................284
Moreno
Maria Augusta Fernandéz ....................103
Moreno Jiménez
Antonio .................................... 69, 127
Morgado
Mariana .................................. 129, 242
Muniz
Emerson de Oliveira ........................... 94
N
Nadal
Jordi .............................................264
Nardocci
Adelaide Cássia ................................141
Nascimento
Geissa Samira L. ..............................224
Nascimento Jr
Lindberg ......................................... 89
Neri
Luís ............................................. 285
Neto
João Lima Sant’Anna 20, 89, 108, 139, 193,
197
Neves
Daniel Márcio F. ................................ 51
Nouaceur
Zeineddine .................................... 115
Noui
Abderahmane ................................. 102
Nunes
Adélia ................. 157, 160, 163, 259, 262
Baltazar ........................................ 119
Fabiano dos Santos ............................. 80
Joan ............................................ 264
Lucí Hidalgo .......................... 52, 90, 206
O
Olivato
Débora ................................... 109, 178
Oliveira
Alberlene Ribeiro de ......................... 113
Edson Aparecida A. Q. ........... 171, 247, 249
Maria Galleno de Souza ..................... 153
Regina Célia ................................... 174
Sandra .......................................... 259
Orvalho
Verónica ....................................... 284
P
Paneque
Pilar............................................... 53
Pascoalino
Aline ...................................... 120, 169
Patraquim
Nuno ............................................ 282
Pedras
Celestina ................................. 105, 166
Pedrosa
António de Sousa .................. 86, 104, 212
Pèlachs
Albert........................................... 264
Pereira
Cláudio ......................................... 277
Cristina S....................................... 237
Iolanda Braga ................................. 278
J.V. Silva ....................................... 237
Kátia Gisele O. .................................. 86
Perez
Letícia Palazzi .................................. 63
Pérez
Aaron ........................................... 264
Pérez-Obiol
Ramon .......................................... 264
298 | Authors Index
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
Pimentel
Franciele de Oliveira ..........................94
Pina
Denise .......................................... 126
Pinheiro
Helena ............................................65
Liliana .......................................... 222
Pinto
Francisco Taveira ............................. 228
Josefa Eliane S. Siqueira ........111, 113, 114
Pires
Patrícia ...........................................75
Pitton
Sandra E. Contri .............................. 120
Portela
Maria Manuela................... 54, 91, 93, 100
Poseiro
Pedro ............................... 222, 228, 230
Póvoas
Hogana Sibilla S. .............................. 218
Purcz
Pavol ..............................................91
Rocha
Geraldo César ................................. 196
José Manuel ............................. 209, 266
Raphael Costa C. ................... 78, 211, 212
Valmir ............................................ 92
Rocheta
Vera ...................................... 105, 166
Rodrigues
Armanda ........................................ 222
Cristiana ........................................ 273
Joana............................................ 228
Lea Carvalho ................................... 152
Maria Conceição .............................. 222
Ricardo Manuel C. ............................ 265
Rodríguez Juan
Jose Eduardo ........................... 221, 239
Rosado
Maria ............................................. 67
Roure
Joan Maria ..................................... 264
Roxo
Maria José ......................... 101, 175, 285
Russo
Cristina ......................................... 248
Q
Queirós
Cristina .... 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284
Margarida ........................................47
Quintas
Sílvia ............................................ 284
R
Ramalheira
Ana ................................................54
Ramalho
Maria F. J. L. .................................. 229
Rampazzo
Camila Riboli .................................. 193
Raposeiro
Paulo............................................ 222
Rasilla
Domingo .................................. 107, 264
Rego
José Carlos ........................ 279, 281, 283
Reis
Ana Mafalda .......... 133, 134, 154, 195, 199
Claudio Henrique ...............................66
Maria Teresa ...................... 222, 228, 230
Rui de Almeida ................................ 222
Taiana Evangelista dos ........................70
Remoaldo
Paula Cristina A. C. .......................... 241
Ribeiro
Marta Foeppel ............................ 70, 179
Rivas
Victoria ................................... 107, 264
S
Sá
Cristina .................................. 248, 273
Luis ............................................... 75
Sabino
André ........................................... 222
Said
Madi Mouhamed ............................... 102
Salgado
José ............................................. 263
Sanches
Filipe Gomes ................................... 217
Santos
Angela ........................................... 47
Emanuel ........................................ 281
Flávio Cabreira ......................... 192, 227
João Alfredo ................................... 222
Maria Crizalda Ferreira ....................... 60
Maria Gonçalves C. ........................... 146
Miguel Cerqueira dos .......................... 56
Rafael Carvalho ................................ 83
Tula Ornellas F. ............................... 146
Sbaï
Abdelkader .............................. 221, 239
Schomwandt
David ............................................. 64
Scopinho
Rosemeire ............................... 148, 149
Seco
Fátima .......................................... 183
299 | Índice de autores
III International Congress, I Ibero-American Symposium, VIII National Meeting of Risks
“Multidimension and Territories of Risk”
Guimarães, 5-7 of November of 2014
Silva
Adeildo Cabral da .............................132
António Leitão da .............................278
Bernardo Barbosa da .................. 223, 224
Carlos ...........................................222
Carlos Pereira da ..............................101
Elisa .............................................166
Isa João Baptista ..............................134
Lígia Maria Marques O. T. ...................241
Marta ............................................121
Rita Marques da ...............................133
Susana ..........................................222
Susana das Neves P. ..........................119
Vicente de Paulo da ....... 123, 137, 142, 173
Silvestre
Miriam Rodrigues ..............................108
Simões
Anabela .........................................222
Nuno .............................................184
Soares
Carla G. .........................................237
Isabel Linhares P. .............................158
Soriano
Joan Manuel ...................................264
Souidi
Zahira ............................................ 84
Sousa
Edicarlos Pereira de ................... 110, 231
Francisco de Assis Salviano de ......... 92, 223
Souza
Carla Juscélia de Oliveira .......... 48, 49, 50
Stračarová
Michaela ......................................... 93
T
Tadeucci
Marilsa de Sá R. ...............................247
Talaia
Mário ............ 121, 122, 126, 129, 242, 243
Tarôco
Larissa Trindade ................................ 49
Tavares
Alexandre Oliveira ..................... 177, 277
Isabel ............................................122
Tedim
Fantina ..........................................102
Teixeira
Leonor ............................. 122, 129, 242
Telhado
Maria João....................................... 75
Torres
Rúben ...........................................266
Trelles
Manuel ..........................................138
Tubaldini
Maria Aparecida S. ............................253
V
Valencio
Arthur L. S. ...................................... 59
Norma ........................145, 147, 148, 149
Vara
Natália ......................................... 280
Vargas Cuervo
Germán .......................................... 85
Vargas Molina
Jesús ....................................... 53, 112
Vázquez
Iago ............................................. 264
Verges
João Vitor G. ...................... 181, 254, 255
Vicêncio
Henrique ....................................... 272
Vicente
Romeu ............................................ 79
Vidal Domínguez
María Jesús ............................... 69, 127
Vieira
António .......... 163, 164, 217, 259, 262, 263
Francisco ....................................... 222
Vigário
Carla ............................................ 243
W
Wang
Charles H.-T. .................................... 59
Z
Zamparoni
Cleusa Aparecida G. P. ................ 206, 225
Zangalli Jr
Paulo Cesar .................................... 139
Zeleňáková
Martina ................................ 91, 93, 100
Zêzere
José Luís .................................. 51, 185
Zucherato
Bruno ........................................... 205
300 | Authors Index
ÍNDICE GERAL
III Congresso Internacional, I Simpósio Ibero-Americano, VIII Encontro Nacional de Riscos
“Multidimensão e Territórios de Risco”
Guimarães, 5-7 de novembro de 2014
NOTA DE ABERTURA ....................................................................................... 3
ORGANIZAÇÃO.............................................................................................. 7
PROGRAMA ................................................................................................ 13
CONFERÊNCIAS ............................................................................................ 17
‘IN MEMORIAM’ ............................................................................................ 23
MESA REDONDA ........................................................................................... 33
COMUNICAÇÕES ORAIS ................................................................................... 41
Painel 1- Teoria, modelos conceptuais e comunicação do risco ............................... 43
Painel 2- Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos .............................. 57
Painel 3- Territórios de risco (previsão, prevenção, consequências e reabilitação) ........ 71
Painel 3.1- Riscos geológicos e geomorfológicos ......................................... 73
Painel 3.2- Riscos climáticos e hidrológicos ............................................... 87
Painel 3.3- Riscos ambientais e saúde ................................................... 117
Painel 3.4- Riscos tecnológicos e desenvolvimento .................................... 135
Painel 3.5- Riscos sociais no contexto de crise global ................................. 143
Painel 3.6- Riscos dendrocaustológicos (incêndios florestais) ........................ 155
Painel 4- Aplicação do planeamento/planejamento e ordenamento do território à
gestão de riscos ......................................................................... 167
Painel 5- Análise e Prevenção de Riscos nas Organizações de Defesa/Proteção Civil .... 187
POSTERS ................................................................................................. 201
PARTICIPANTES ......................................................................................... 287
ÍNDICE DE AUTORES .................................................................................... 293
ÍNDICE GERAL ........................................................................................... 301
303 | Índice Geral – Table of Contents
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