Neurologia - Sistema de Controle de Matrículas

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CLÍNICA MÉDICA
Neurologia,
Psiquiatria e
Geriatria
Autoria e colaboração
NEUROLOGIA
Mauro Augusto de Oliveira
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de
Neurocirurgia (SBN). Professor das disciplinas de Neurocirurgia e Neurologia da PUC-Campinas. Médico da Casa
de Saúde de Campinas.
Jamile Cavalcanti Seixas
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da
Bahia (UFBA). Residente em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Maria Aparecida Ferraz
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP). Especialista em Neurologia pelo
HC-FMUSP. Neurologista do serviço de emergência do
Hospital São Camilo.
Vinícius de Meldau Benites
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Neurocirurgia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Mônica Ayres de Araújo Scattolin
Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Pediatria
Geral e Comunitária e em Neurologia Infantil pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de
especialista em Pediatria e em Neurologia Infantil pela
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Cristina Gonçalves Massant
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP). Especialista em Neurologia pela
UNIFESP, onde é médica colaboradora do setor de Doenças Neuromusculares.
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em
Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),
onde é médico assistente da disciplina de Emergências
Clínicas.
Thiago Gonçalves Fukuda
Graduado em Medicina pela Universidade Federal da
Bahia (UFBA). Residente em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Atualização 2016
Mauro Augusto de Oliveira
Assessoria didática
Gustavo Swarowsky
PSIQUIATRIA
Licia Milena de Oliveira
Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo (FCMSCSP) e em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Especialista em Psiquiatria e em Medicina Legal pelo Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HC-FMUSP) e em Terapia Cognitivo-Comportamental
pelo Ambulatório de Ansiedade (AMBAN) do Instituto de
Psiquiatria do HC-FMUSP. Título de especialista em Psiquiatria e Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira
de Psiquiatria. Médica assistente do Instituto de Psiquiatria no HC-FMUSP. Membro da comissão científica e do
ambulatório de laudos do NUFOR (Núcleo de Estudos de
Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo). Perita oficial do
Juizado Especial Federal de São Paulo.
Atualização 2016
Licia Milena de Oliveira
Assessoria didática
Gustavo Swarowsky
GERIATRIA
César Augusto Guerra
Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica
e em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP), onde é preceptor da unidade hospitalar da
Residência de Geriatria.
Atualização 2016
César Augusto Guerra
Assessoria didática
Gustavo Swarowsky
Apresentação
O estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apaixonado
por desafios, depois de anos submetido a aulas teóricas e plantões em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha de uma
especialização, sobretudo se esta exige pré-requisito, seguida da conquista
do ingresso em um centro e programa de Residência Médica de renome.
Mas isso só é possível com o auxílio de um material didático prático, bem
estruturado e preparado por quem é especialista no assunto, e a Coleção
R3, da qual fazem parte 8 volumes só de Clínica Médica, foi desenvolvida
nesse contexto. Os capítulos baseiam-se em temas recorrentes nas provas
dos principais concursos do Brasil, com pré-requisito em Clínica Médica, ao
passo que os casos clínicos e as questões são comentados a fim de oferecer
a interpretação mais segura possível de cada resposta.
Bons estudos!
Índice
NEUROLOGIA
Capítulo 1 - Neuroanatomia.............................23
1. Medula.......................................................................... 24
2. Meninges espinais.................................................... 25
3. Tronco encefálico...................................................... 26
4. Cerebelo ....................................................................... 31
5. Diencéfalo....................................................................32
6. Telencéfalo.................................................................. 34
7. Meninges do sistema nervoso central.................41
8. Vascularização do sistema nervoso central..... 45
9. Barreiras encefálicas...............................................48
10. Fibras nervosas....................................................... 49
Resumo.............................................................................. 51
Capítulo 4 - Cefaleias....................................... 99
1. Introdução.................................................................100
2. Classificação e diagnóstico..................................100
3. Cefaleias primárias................................................. 102
4. Cefaleias secundárias............................................. 112
Resumo............................................................................ 117
Capítulo 5 - Doenças cerebrovasculares..... 119
1. Introdução................................................................. 120
2. Acidente vascular cerebral isquêmico............. 120
3. Hemorragia intraparenquimatosa
espontânea.............................................................. 134
4. Hemorragia subaracnoide....................................137
5. Trombose venosa cerebral...................................139
Resumo ..........................................................................140
Capítulo 2 - Semiologia e propedêutica
neurológica..........................................................53
Capítulo 6 - Anatomia e alterações no
traumatismo ranioencefálico .......................143
1. Introdução................................................................... 54
2. Exame do estado mental/funções corticais
superiores................................................................... 54
3. Motricidade................................................................60
4. Equilíbrio estático e dinâmico (marcha)............ 65
5. Coordenação e provas cerebelares..................... 66
6. Sensibilidade...............................................................67
7. Sinais meníngeos....................................................... 69
8. Nervos cranianos...................................................... 70
9. Cerebelo........................................................................75
10. Síndromes do tronco cerebral.............................76
Resumo..............................................................................81
1. Introdução................................................................. 144
2. Considerações anatômicas/fisiológicas........... 144
3. Hérnias cerebrais ....................................................147
4. Avaliação................................................................... 148
5. Avaliação radiológica e neuroimagem.............. 151
6. Fraturas de crânio...................................................152
7. Lesões cerebrais difusas....................................... 154
8. Lesões cerebrais focais..........................................157
9. Hematoma subdural.............................................. 158
10. Contusão/hematoma cerebral traumático... 161
11. Tratamento clínico..................................................162
Resumo........................................................................... 168
Capítulo 3 - Dor................................................. 85
1. Definição ..................................................................... 86
2. Classificação............................................................... 86
3. Definições práticas................................................... 89
4. Classificação da intensidade................................. 89
5. Condições clínicas frequentemente ligadas
a dor crônica..............................................................90
6. Dor musculoesquelética.........................................90
7. Dor neuropática..........................................................93
8. Dor oncológica........................................................... 95
9. Síndromes dolorosas............................................... 95
10. Tratamento ...............................................................97
Resumo............................................................................. 98
Capítulo 7 - Coma e alteração do estado
de consciência...................................................169
1. Introdução................................................................. 170
2. Avaliação clínica do paciente em coma............ 170
3. Conduta inicial e investigação etiológica.........177
4. Estados que imitam o coma.................................177
5. Sinais relacionados a etiologia/localização.......178
6 . Coma induzido/sedação.......................................179
Resumo............................................................................183
Capítulo 8 - Epilepsia......................................185
1. Introdução................................................................. 186
2. Definição.................................................................... 186
3. Classificação............................................................. 188
4. Investigação diagnóstica.......................................192
5. Diagnóstico diferencial.......................................... 194
6. Tratamento................................................................195
Resumo........................................................................... 198
Capítulo 9 - Demências...................................199
1. Introdução................................................................ 200
2. Epidemiologia......................................................... 200
3. Classificação............................................................. 201
4. Avaliação diagnóstica............................................202
5. Doença de Alzheimer.............................................203
6. Demência vascular.................................................207
7. Outras causas.......................................................... 208
Resumo .......................................................................... 210
Capítulo 10 - Doença de Parkinson..............213
1. Introdução................................................................. 214
2. Epidemiologia.......................................................... 214
3. Quadro clínico.......................................................... 214
4. Etiologia......................................................................217
5. Patologia.....................................................................217
6. Diagnóstico................................................................217
7. Diagnóstico diferencial.......................................... 218
8. Tratamento...............................................................220
9. Tratamento cirúrgico............................................. 225
10. Apêndice I: conhecendo o sistema
extrapiramidal........................................................226
11. Apêndice II: outros distúrbios do movimento... 227
Resumo...........................................................................229
Capítulo 11 - Esclerose múltipla................... 235
1. Introdução.................................................................236
2. Epidemiologia..........................................................236
3. Fisiopatologia........................................................... 237
4. Quadro clínico.......................................................... 237
5. Diagnóstico................................................................241
6. Tratamento...............................................................246
7. Prognóstico...............................................................250
8. Outras doenças desmielinizantes......................251
Resumo........................................................................... 253
Capítulo 12 - Paralisias flácidas agudas .... 255
1. Introdução.................................................................256
2. Fisiopatologia...........................................................256
3. Polirradiculoneurite aguda ou síndrome de
Guillain-Barré.......................................................... 257
4. Outras paralisias flácidas.....................................262
Resumo........................................................................... 272
Capítulo 13 - Tumores do sistema nervoso
central............................................................... 275
1. Classificação.............................................................. 276
2. Quadro clínico.......................................................... 277
3. Tumores benignos primários.............................. 277
4. Tumores malignos primários..............................283
5. Metástases do sistema nervoso central.........290
6. Apêndice ...................................................................290
Resumo........................................................................... 293
Capítulo 14 - Insônia e distúrbios do
sono.................................................................... 295
1. Insônia.........................................................................296
2. Distúrbios do sono................................................. 297
3. Tratamentos da sonolência excessiva..............303
4. Sono na infância..................................................... 304
Resumo...........................................................................306
PSIQUIATRIA
Capítulo 1 - Psicologia médica....................... 311
1. Introdução..................................................................312
2. Transferência e contratransferência.................312
3. Inconsciente...............................................................312
4. Id, ego e superego...................................................312
5. Eros e Tanatos...........................................................313
Resumo........................................................................... 314
Capítulo 2 - Introdução à Psiquiatria...........315
1. Psicopatologia...........................................................316
2. Funções psíquicas e suas alterações.................316
3. Exame do estado mental – exame psíquico... 323
4. Classificações em Psiquiatria.............................. 324
Resumo........................................................................... 326
Capítulo 3 - Transtornos mentais
orgânicos.......................................................... 327
1. Introdução.................................................................328
2. Delirium......................................................................328
3. Demência...................................................................330
4. Diagnósticos diferenciais..................................... 332
Resumo........................................................................... 333
Capítulo 4 - Transtornos mentais
decorrentes de substâncias psicoativas.... 335
1. Conceitos gerais....................................................... 336
2. Álcool..........................................................................338
3. Cocaína.......................................................................342
4. Cannabis (maconha) ............................................. 344
5. Opioides.................................................................... 344
6. Inalantes....................................................................345
7. Sedativos e hipnóticos (benzodiazepínicos) .... 345
8. Alucinógenos............................................................345
9. Anfetaminas.............................................................346
10. Nicotina....................................................................346
Resumo ..........................................................................348
Capítulo 5 - Esquizofrenia e outros
transtornos psicóticos................................... 349
1. Conceitos....................................................................350
2. Esquizofrenia............................................................351
3. Transtorno delirante.............................................. 357
4. Transtorno esquizoafetivo.................................. 359
5. Transtorno psicótico breve..................................360
6. Tratamento dos transtornos psicóticos...........361
Resumo...........................................................................362
Capítulo 6 - Transtornos do humor............. 363
1. Depressão..................................................................364
2. Transtorno afetivo bipolar................................... 367
Resumo...........................................................................370
Capítulo 7 - Transtornos de ansiedade........371
1. Introdução................................................................. 372
2. Transtorno de pânico............................................. 372
3. Transtorno de ansiedade generalizada............ 373
4. Transtorno obsessivo-compulsivo.................... 374
5. Fobias......................................................................... 375
6. Fobia social............................................................... 375
7. Transtorno de estresse pós-traumático.......... 376
8. Síndrome de Gilles de la Tourette..................... 376
9. Tratamento dos transtornos de ansiedade.... 377
Resumo........................................................................... 378
Capítulo 8 - Transtornos alimentares......... 379
1. Bulimia nervosa...................................................... 380
2. Anorexia nervosa................................................... 381
3. Compulsão alimentar periódica
(binge eating disorder).........................................382
Resumo...........................................................................384
Capítulo 9 - Transtornos de personalidade.....385
1. Introdução ................................................................386
2. Etiologia.....................................................................386
3. Tipos de transtornos............................................. 387
4. Tratamento...............................................................389
Resumo...........................................................................390
Capítulo 10 - Transtornos somatoformes,
dissociativos e factícios..................................391
1. Transtornos somatoformes................................. 392
2. Transtornos dissociativos (conversivos).......... 392
3. Transtorno factício.................................................394
Resumo...........................................................................396
Capítulo 11 - Psiquiatria infantil................... 397
1. Retardo mental........................................................398
2. Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade.........................................................399
Resumo.......................................................................... 402
Capítulo 12 - Emergências em Psiquiatria.....403
1. Agitação psicomotora........................................... 404
2. Tentativa de suicídio............................................. 406
Resumo.......................................................................... 408
Capítulo 13 - Psicofarmacologia e outros
tratamentos em Psiquiatria.........................409
1. Antidepressivos....................................................... 410
2. Neurolépticos............................................................413
3. Ansiolíticos e hipnóticos........................................417
4. Estabilizadores de humor.................................... 418
5. Eletroconvulsoterapia........................................... 419
6. Estimulação transmagnética.............................. 421
7. Psicoterapia.............................................................. 421
Resumo...........................................................................422
GERIATRIA
Capítulo 1 - Epidemiologia do
envelhecimento............................................... 427
1. Introdução.................................................................428
2. Transição demográfica..........................................428
3. No Brasil....................................................................429
4. Transição epidemiológica......................................431
5. Envelhecimento e sociedade...............................432
Resumo .......................................................................... 433
Capítulo 2 - Aspectos biológicos do
envelhecimento............................................... 435
1. Introdução.................................................................436
2. Senilidade versus senescência............................436
3. Teorias do envelhecimento.................................. 437
Resumo.......................................................................... 442
Capítulo 3 - Fisiologia do envelhecimento.... 443
1. Introdução................................................................ 444
2. Composição corpórea........................................... 444
3. Sistema respiratório..............................................445
4. Sistema cardiovascular........................................ 446
5. Sistema gastrintestinal.........................................447
6. Sistema urinário..................................................... 448
7. Sistema nervoso......................................................449
8. Sistema endócrino.................................................450
Resumo............................................................................451
Capítulo 4 - Avaliação funcional.................. 453
1. Introdução.................................................................454
2. Avaliação geriátrica ampla..................................459
3. Conclusão.................................................................. 461
Resumo...........................................................................462
Capítulo 5 - Promoção à saúde e
vacinação..........................................................463
1. Introdução................................................................ 464
2. Promoção ao envelhecimento
bem-sucedido......................................................... 464
3. Vacinação..................................................................470
Resumo........................................................................... 474
Capítulo 6 - Demências.................................. 475
1. Introdução................................................................. 476
2. Transtorno cognitivo leve.................................... 477
3. Demência...................................................................478
4. Avaliação cognitiva................................................478
5. Tipos de demência................................................. 480
6. Demências potencialmente reversíveis...........485
7. Tratamento............................................................... 488
8. Prevenção ............................................................... 489
9. Miniexame do estado mental ........................... 490
Resumo .......................................................................... 491
Capítulo 7 - Delirium....................................... 493
1. Introdução.................................................................494
2. Fisiopatologia e fatores predisponentes ........494
3. Etiologia.....................................................................495
4. Diagnóstico...............................................................496
5. Diagnóstico diferencial..........................................498
6. Desfechos .................................................................498
7. Tratamento................................................................499
Resumo........................................................................... 501
Capítulo 8 - Fragilidade................................. 503
1. Introdução................................................................ 504
2. Fisiopatologia...........................................................505
3. Diagnóstico...............................................................506
4. Tratamento.............................................................. 508
Resumo........................................................................... 510
Capítulo 9 - Polifarmácia................................ 511
1. Introdução..................................................................512
2. Farmacocinética.......................................................513
3. Reações adversas a medicações.........................513
4. Subutilização de medicamentos.........................516
5. Introdução e descontinuação...............................517
6. Conclusão...................................................................518
Resumo............................................................................519
Capítulo 10 - Quedas.......................................521
1. Introdução................................................................. 522
2. Epidemiologia.......................................................... 522
3. Alterações fisiológicas da marcha..................... 523
4. Alterações patológicas da marcha.................... 523
5. Complicações decorrentes de quedas.............. 524
6. Fatores de risco....................................................... 525
Resumo........................................................................... 532
Capítulo 11 - Nutrição..................................... 535
1. Introdução................................................................. 536
2. Avaliação nutricional............................................. 536
3. Avaliação bucal........................................................ 541
Resumo...........................................................................543
Capítulo 12 - Imobilismo................................ 545
1. Introdução.................................................................546
2. Definição....................................................................546
3. Consequências ........................................................ 547
4. Conclusão..................................................................549
Resumo...........................................................................549
Capítulo 13 - Cuidados paliativos..................551
1. Introdução................................................................. 552
2. Histórico..................................................................... 552
3. Princípios .................................................................. 553
4. Aspectos éticos....................................................... 555
5. Definições.................................................................. 556
6. Tratamentos............................................................. 556
7. Aspectos legais........................................................ 557
8. Indicações ................................................................ 559
9. Avaliação de sintomas............................................561
10. Controle de sintomas..........................................562
11. Comunicação de más notícias............................ 572
Resumo........................................................................... 574
CASOS CLÍNICOS
Neurologia..................................................................... 577
Psiquiatria..................................................................... 587
Geriatria..........................................................................591
QUESTÕES
Neurologia
Cap. 12. Emergências em Psiquiatria......................664
Cap. 13. Psicofarmacologia e outros
tratamentos em Psiquiatria......................666
Outros temas................................................................669
Geriatria
Cap. 1. Epidemiologia do envelhecimento...........671
Cap. 2. Aspectos biológicos do envelhecimento......672
Cap. 1. Neuroanatomia..............................................605
Cap. 3. Fisiologia do envelhecimento.................... 673
Cap. 2. Semiologia e propedêutica
neurológica......................................................606
Cap. 4. Avaliação funcional....................................... 675
Cap. 3. Dor.....................................................................609
Cap. 4. Cefaleias............................................................610
Cap. 5. Doenças cerebrovasculares........................614
Cap. 6. Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico..............................................619
Cap. 7. Coma e alterações do estado de
consciência.......................................................619
Cap. 5. Promoção à saúde e vacinação................ 676
Cap. 6. Demências....................................................... 678
Cap. 7. Delirium........................................................... 680
Cap. 8. Fragilidade.......................................................683
Cap. 9. Polifarmácia....................................................684
Cap. 10. Quedas.............................................................686
Cap. 11. Nutrição............................................................688
Cap. 8. Epilepsia...........................................................622
Cap. 12. Imobilismo.......................................................689
Cap. 9. Demências.......................................................626
Cap. 13. Cuidados paliativos......................................690
Cap. 10. Doença de Parkinson..................................630
Cap. 11. Esclerose múltipla......................................... 633
Cap. 12. Paralisias flácidas agudas.......................... 635
Outros temas................................................................694
COMENTÁRIOS
Cap. 13. Tumores do sistema nervoso central.....638
Neurologia
Cap. 14. Insônia e distúrbios do sono.................... 640
Cap. 1. Neuroanatomia.............................................. 695
Outros temas................................................................ 641
Cap. 2. Semiologia e propedêutica
neurológica......................................................696
Psiquiatria
Cap. 3. Dor.....................................................................700
Cap. 1. Psicologia médica..........................................645
Cap. 4. Cefaleias...........................................................702
Cap. 2. Introdução à Psiquiatria.............................646
Cap. 5. Doenças cerebrovasculares....................... 705
Cap. 3. Transtornos mentais orgânicos................ 647
Cap. 6. Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico............................................. 710
Cap. 4. Transtornos mentais decorrentes de
substâncias psicoativas..............................650
Cap. 5. Esquizofrenia e outros transtornos
psicóticos.........................................................654
Cap. 7. Coma e alterações do estado
de consciência................................................. 711
Cap. 8. Epilepsia............................................................714
Cap. 6. Transtornos do humor................................. 656
Cap. 9. Demências........................................................717
Cap. 7. Transtornos de ansiedade.......................... 659
Cap. 10. Doença de Parkinson.................................. 723
Cap. 8. Transtornos alimentares.............................661
Cap. 11. Esclerose múltipla......................................... 726
Cap. 9. Transtornos de personalidade..................662
Cap. 12. Paralisias flácidas agudas.......................... 728
Cap. 10. Transtornos somatoformes,
dissociativos e factícios...............................663
Cap. 13. Tumores do sistema nervoso central..... 733
Cap. 11. Psiquiatria infantil.........................................663
Outros temas................................................................ 736
Cap. 14. Insônia e distúrbios do sono..................... 734
Psiquiatria
Geriatria
Cap. 1. Psicologia médica.......................................... 739
Cap. 1. Epidemiologia do envelhecimento.......... 765
Cap. 2. Introdução à Psiquiatria............................. 739
Cap. 3. Transtornos mentais orgânicos................740
Cap. 2. Aspectos biológicos do
envelhecimento............................................. 765
Cap. 4. Transtornos mentais decorrentes de
substâncias psicoativas...............................743
Cap. 3. Fisiologia do envelhecimento.....................767
Cap. 4. Avaliação funcional....................................... 768
Cap. 5. Esquizofrenia e outros transtornos
psicóticos..........................................................747
Cap. 5. Promoção à saúde e vacinação................ 769
Cap. 6. Transtornos do humor................................. 748
Cap. 7. Delirium............................................................ 772
Cap. 7. Transtornos de ansiedade........................... 751
Cap. 8. Transtornos alimentares............................ 753
Cap. 9. Transtornos de personalidade.................. 754
Cap. 10. Transtornos somatoformes,
dissociativos e factícios............................... 756
Cap. 11. Psiquiatria infantil......................................... 756
Cap. 12. Emergências em Psiquiatria.......................757
Cap. 13. Psicofarmacologia e outros
tratamentos em Psiquiatria...................... 759
Outros temas................................................................ 763
Cap. 6. Demências.......................................................770
Cap. 8. Fragilidade........................................................774
Cap. 9. Polifarmácia.................................................... 775
Cap. 10. Quedas............................................................. 776
Cap. 11. Nutrição............................................................ 778
Cap. 12. Imobilismo....................................................... 779
Cap. 13. Cuidados paliativos......................................780
Outros temas................................................................ 783
Referências bibliográficas........................................ 785
CLÍNICA MÉDICA
Neurologia
Vinícius de Meldau Benites / Rodrigo Antônio Brandão Neto
Maria Aparecida Ferraz / Cristina Gonçalves Massant
Mauro Augusto de Oliveira
Para o entendimento da Neuroanatomia, é necessário dividir
didaticamente as estruturas, e neste capítulo abordaremos
medula espinal, meninges espinais, tronco encefálico, cerebelo,
diencéfalo, telencéfalo, vascularização e as barreiras encefálicas. A medula espinal é parte do sistema nervoso central e
inicia-se na região do bulbo. Ao corte transversal, é possível
identificar a substância cinzenta (internamente) e a substância
branca (externamente): a 1ª tem a forma de “H” e possui colunas
anterior, posterior e lateral; já a substância branca é dividida em
funículos anterior, lateral e posterior (que se dividem em grácil e cuneiforme). O tronco encefálico localiza-se entre a medula
e o diencéfalo, anterior ao cerebelo, e nele fazem conexão 10
dos 12 pares de nervos cranianos. Além disso, pode ser dividido em bulbo (inferiormente), mesencéfalo (superiormente) e
ponte (entre ambos). O bulbo, ou medula oblonga, estende-se
inferiormente como medula espinal, separando-se desta por
um plano horizontal imaginário no nível do forame magno, e,
superiormente, separa-se da ponte pelo sulco bulbopontino. Em
sua parte inferior, a maioria das fibras do trato corticospinal se
cruza e forma a decussação das pirâmides. A ponte localiza-se
entre o bulbo e o mesencéfalo, sendo que sua base possui um
sulco longitudinal, sobre o qual está a artéria basilar. Na ponte,
originam-se os nervos trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VII) e
vestibulococlear (VIII). O mesencéfalo localiza-se entre a ponte
e o diencéfalo, e dele emergem o nervo oculomotor (III) e o troclear (IV). O cerebelo está alojado posterior ao bulbo e à ponte,
separado do lobo occipital pelo tentório, ou tenda do cerebelo,
sendo um órgão essencialmente relacionado às funções motoras, como equilíbrio, coordenação dos movimentos e tônus
muscular. Já o diencéfalo é único e mediano, encoberto pelo
telencéfalo, sendo dividido em tálamo, hipotálamo, epitálamo e
subtálamo, todos em relação ao III ventrículo. O telencéfalo é formado pelos 2 hemisférios cerebrais, que são incompletamente
separados, cujo assoalho é formado pelo corpo caloso, pela
lâmina terminal e pela comissura anterior. Os sulcos cerebrais
determinam lobos, que são frontal, temporal, parietal, occipital, e o lobo da ínsula. As meninges são envoltórios do sistema
nervoso central, constituídos em 3 membranas: dura-máter
ou paquimeninge, aracnoide e pia-máter, às vezes consideradas formação única, a leptomeninge. A dura-máter é a meninge
mais externa, resistente e inelástica, enquanto a aracnóidea é
uma fina membrana virtualmente separada da dura-máter pelo
espaço subdural e distanciada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, preenchido pelo liquor, onde em alguns locais há a
formação de cisternas (magna, pontina, quiasmática, interpeduncular, superior e da fossa lateral do cérebro). A pia-máter é
a mais interna das meninges, delicada, que se adere à superfície
do encéfalo e da medula, inclusive aos sulcos, às fissuras e aos
vasos que penetram no tecido nervoso. Por fim, o encéfalo, que
é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, que se
anastomosam na base do crânio para formar o polígono de Willis (formado pelas artérias cerebral anterior, média e posterior,
artéria comunicante anterior e artérias comunicantes posteriores direita e esquerda).
1
Neuroanatomia
neuroanatoMia
Figura 14 - Seios venosos da dura-máter
- Os seios venosos da base são:
• Cavernoso: é uma cavidade localizada ao lado do corpo do esfenoide e da sela túrcica que recebe o sangue proveniente das veias
oftálmicas superior e central da retina e de algumas veias cerebrais.
Comunica-se com o seio cavernoso contralateral por meio do seio
intercavernoso e é atravessado pela artéria carótida interna e pelos nervos abducente, troclear, oculomotor e ramo oftálmico do
trigêmeo;
• Esfenoparietal: percorre a face interna da asa menor do esfenoide e
vai até o seio cavernoso;
• Petroso superior: percorre a inserção da tenda do cerebelo, na porção petrosa do osso temporal, e drena sangue do seio cavernoso até
o seio sigmoide;
• Petroso inferior: corre entre o seio cavernoso e o forame jugular, local onde termina drenando para a veia jugular interna;
• Plexo basilar: ocupa a porção basilar do occipital, comunicando
o plexo venoso vertebral interno aos seios petroso inferior e
cavernoso.
b) Aracnoide
É uma fina membrana virtualmente separada da dura-máter pelo
espaço subdural e distanciada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo,
Dica
Os seios venosos da dura-máter são: sagital superior e inferior, seio reto,
transverso, sigmoide,
occipital, cavernoso,
esfenoparietal, petroso
superior e inferior e
basilar.
43
CLÍNICA MÉDICA
Psiquiatria
Licia Milena de Oliveira
Os transtornos psicóticos são aqueles que levam a
“prejuízo que interfira amplamente na capacidade de
atender às exigências da vida”. Na esquizofrenia, no
transtorno esquizofreniforme e no transtorno psicótico
breve, o termo psicótico refere-se a delírios, quaisquer
alucinações proeminentes, discurso desorganizado ou
comportamento desorganizado ou catatônico. Os transtornos esquizofrênicos caracterizam-se por distorções
fundamentais de características do pensamento e da
percepção e por afetos inapropriados ou embotados.
Usualmente, mantêm-se claras a consciência e a capacidade intelectual. A idade média de início do 1º episódio
psicótico situa-se na 1ª metade da casa dos 20 anos
para homens e no final da casa dos 20 para mulheres,
podendo ser abrupto ou insidioso, mas na maioria com
algum tipo de fase prodrômica (retraimento social, perda
do interesse pela escola ou pelo trabalho, deterioração
da higiene e dos cuidados pessoais, comportamento
incomum e ataques de raiva). Logo no início, os sintomas negativos podem ser proeminentes, primariamente
como aspectos prodrômicos. Parentes biológicos em
1º grau estão em risco 10 vezes maior para a doença
do que a população geral. Os sintomas dividem-se em
positivos (alucinações auditivas e visuais, delírios –
persecutórios, de grandeza, ciúmes –, incoerência,
prolixidade, comportamento desorganizado, agitação
psicomotora, negligência de autocuidado) e negativos
(pobreza de fala e conteúdo, embotamento ou rigidez
afetiva, pragmatismo prejudicado, incapacidade de sentir emoções/prazer, isolamento social e diminuição da
iniciativa/vontade). O diagnóstico baseia-se na presença
de ao menos 2 dos seguintes (ao menos 1 mês): delírios, alucinações, fala desorganizada, comportamento
desorganizado ou catatônico e sintomas negativos; tal
distúrbio deve perdurar por ao menos 6 meses (entre
crises e remissão). Subtipos são esquizofrenia paranoide
(perseguição), hebefrênica (afeto), catatônica (psicomotor), indiferenciada, residual (sintomas negativos) e
simples. No transtorno delirante, característica essencial é a presença de 1 ou mais delírios não bizarros que
persistem por, pelo menos, 1 mês. Exceto pelo impacto
direto dos delírios, o funcionamento psicossocial não
está acentuadamente prejudicado, e o comportamento
não é obviamente estranho ou bizarro. Tais delírios
podem ser erotomaníaco, grandioso, ciumento, persecutório ou somático. Já característica essencial do
transtorno esquizoafetivo é o período ininterrupto de
doença durante o qual existe um episódio depressivo
maior, maníaco ou misto, concomitante com sintomas
que satisfaçam o critério para esquizofrenia. Além disso,
durante o mesmo período, ocorrem delírios ou alucinações por ao menos 2 semanas na ausência de sintomas
proeminentes de humor.
5
Esquizofrenia e outros
transtornos
psicóticos
354
R3
CLÍNICA MÉDICA - PSIQUIATRIA
Negativos
- Pobreza do conteúdo do pensamento e da fala;
Quadro clínico
Os sintomas de esquizofrenia dividem-se em
positivos (alucinações,
delírios, incoerência,
prolixidade, comportamento bizarro, agitação
psicomotora, negligência
no autocuidado) e negativos (pobreza de fala e
conteúdo, embotamento
afetivo, incapacidade de
sentir emoções/prazer,
isolamento social e
diminuição da iniciativa/
vontade).
Dica
Os sintomas positivos da
esquizofrenia são mais
facilmente revertidos
com medicação, enquanto
os negativos são refratários a medicação.
Tema
frequente de prova
O reconhecimento de um
quadro esquizofrênico
é sempre cobrado nas
provas de Residência
Médica.
- Embotamento ou rigidez afetiva;
- Prejuízo do pragmatismo;
- Incapacidade de sentir emoções e de sentir prazer;
- Isolamento social;
- Diminuição de iniciativa e da vontade.
Alguns sintomas, embora não sejam específicos da esquizofrenia, são
de grande valor para o diagnóstico:
Tabela 3 - Sintomas importantes para o diagnóstico
- Audição dos próprios pensamentos (sob a forma de vozes);
- Alucinações auditivas que comentam o comportamento do paciente;
- Alucinações somáticas;
- Sensação de ter os próprios pensamentos controlados;
- Irradiação desses pensamentos;
- Sensação de ter as ações controladas e influenciadas por algo exterior.
Habitualmente, o surgimento da esquizofrenia é notado quando a família e os amigos observam que a pessoa mudou de comportamento. Ela
passa a ter mau rendimento em áreas significativas da vida cotidiana,
como na escola, no trabalho ou nas relações sociais e familiares. Comumente, há notável falta de interesse por cuidados pessoais. Os próprios
pacientes experimentam os seguintes sentimentos:
Tabela 4 - Sentimentos experimentados pelos próprios pacientes
Perplexidade
No começo da doença, relatam sentimento de estranheza sobre a experiência, alguma confusão sobre
de onde vêm os sintomas (normalmente, alucinações)
e se perguntam por que sua experiência diária tem
mudado tanto.
Isolamento
O esquizofrênico experimenta sensação intensa de ser
diferente dos demais e de estar separado de outras
pessoas. O isolamento social e a evitação de contatos
tornam-se evidentes.
Ansiedade e
medo
Na maior parte, a experiência cotidiana é invadida por
sensação geral de mal-estar e ansiedade. Evidenciam-se os períodos de terror intenso, causados por um
mundo dentro do qual tudo parece perigoso e incontrolável, normalmente atribuído às origens externas e
mágicas.
G - Critérios diagnósticos – DSM-IV
a) Sintomas característicos
Dois (ou mais) dos seguintes, cada qual presente por uma porção significativa de tempo durante o período de 1 mês (ou menos, se tratados
com sucesso):
CLÍNICA MÉDICA
Geriatria
César Augusto Guerra
Dentro da epidemiologia do envelhecimento, 2 temas são
de suma importância para a compreensão do processo
do envelhecimento do Brasil: as transições demográfica
e epidemiológica. A transição demográfica é descrita
como taxa de fecundidade baixa, associada a redução
da mortalidade nas idades mais avançadas. Uma população sujeita a esse processo altera-se em termos de
estrutura familiar e demanda por serviços e políticas
públicas. No Brasil, o processo tem seguido a passos
rápidos, sendo que o grupo de quem está acima de 80
anos é o que mais tem crescido. Nos últimos 10 anos,
o país passou de 9 para 12% de idosos em sua população (de 15 para 23 milhões), assim como houve aumento
da proporção de mulheres na população, em especial
entre os idosos. A transição epidemiológica, por sua vez,
está ligada às alterações das causas de morte sofridas
pela população ao longo do tempo. Tal transição ocorre
devido ao processo de urbanização, imunizações, acesso
à saúde e desenvolvimento de antibióticos, diminuindo
a mortalidade de doenças transmissíveis, para aumento
na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis
como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes,
doença renal crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica. No Brasil, tal processo ocorre com a superposição
de etapas, com o predomínio de doenças transmissíveis
e crônicas não transmissíveis, em alguns momentos com
ressurgimento de doenças como dengue e alta incidência de hanseníase ou leishmanioses.
1
Epidemiologia do
envelhecimento
epiDeMiologia Do enVelHeciMento
Porém, só percebemos o impacto quando analisamos o ganho percentual na esperança de vida. Veja que os octogenários têm expectativa de
10% a mais de vida que a mesma faixa etária 1 década atrás.
Pergunta
2009 - SES-DF
1. Com relação à transição demográfica no Brasil, pode-se dizer
que o envelhecimento da população nos últimos anos:
Figura 6 - Ganhos relativos nas esperanças de vida às idades exatas no período de
1991 a 2000
Fonte: IBGE.
4. Transição epidemiológica
Esse conceito está ligado às alterações das causas de morte sofridas
pela população ao longo do último século.
No início do século passado, as doenças infecciosas constituíam a
grande causa de morte em todas as faixas etárias. Com o processo de
urbanização, imunizações, acesso a saúde e desenvolvimento de antibióticos, as doenças infecciosas sofreram grande declínio como causa
de morte na evolução histórica.
a) processou-se de forma abrupta,
muito mais rápida que nos países
europeus
b) é pouco relevante para a saúde
no que se refere às demandas
atuais por atenção médica
c) se deve ao processo de distribuição mais eficiente das
consultas médicas, que reduziram
a taxa de mortalidade brasileira
d) se deve ao Programa Nacional de Controle da Natalidade,
implantando pelo Ministério da
Saúde, desde 1977
e) não deve ainda ser considerado
no conjunto das políticas públicas
para a saúde
Resposta no final do capítulo
Houve, concomitantemente, aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, diabetes, doença renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica etc. A doença cardiovascular
despontou como principal causa de morte no mundo moderno devido
à alta prevalência de obesidade e de sedentarismo na população. A Figura 7 mostra a evolução histórica das causas de mortalidade:
Dica
Figura 7 - Evolução histórica da mortalidade por causas no Brasil
Fonte: Barbosa da Silva e colaboradores. In: Rouquayrol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003.
Desta maneira, temos a substituição das doenças transmissíveis por
não transmissíveis como 1ª causa de morte. O controle de doenças crônicas leva a morbidade a prevalecer sobre a mortalidade e a maior
carga de morbidade, sendo deslocada para as faixas mais idosas da
população.
Na transição epidemiológica, há substituição das
doenças transmissíveis
por não transmissíveis
como 1ª causa de morte,
além de deslocamento da
maior carga de morbidade
dos jovens aos idosos.
431
CLÍNICA MÉDICA
Neurologia,
Psiquiatria e Geriatria
CASOS CLÍNICOS, QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Ú DO M ED
Caro leitor,
Este espaço é reservado para os Casos Clínicos das instituições que optam por esse formato de prova em seus concursos, além de questões dissertativas sobre condutas diagnósticas e terapêuticas elaboradas pelo corpo docente Medcel.
Isso significa que o seu conteúdo é exclusivo, servindo como complementação às questões comentadas ao final do livro.
Para tanto, foi extraído material de importantes provas, além de novos casos, com base nos temas mais abordados em
processos seletivos para Residência Médica, o que permite estudar resolvendo testes semelhantes aos aplicados nos
principais concursos do país. Temos certeza de que, com mais forma de revisar o conteúdo dos capítulos, você se sentirá
mais preparado para garantir a sua vaga na especialidade e na instituição desejadas.
NEUROLOGIA
2015 - SUS-BA - CLÍNICA MÉDICA
1. Uma mulher de 56 anos é encontrada por familiar no
chão, sem responder e mexer o lado direito do corpo. O
SAMU é acionado e, ao chegar, verifica que a paciente
tem hemiplegia à direita, PA = 205x130mmHg e está sonolenta. O familiar informa que a paciente é hipertensa
prévia. Conduzida ao hospital, foi visto na TC, extensa
hemorragia intraparenquimatosa, evoluindo com anisocoria. Nesse caso, indique:
a) Como deve ser feita a profilaxia de trombose venosa
profunda.
b) O parâmetro a ser avaliado invasivamente, tendo em
vista a anisocoria.
perplasia prostática benigna. Na sala cirúrgica, foi monitorizado, administrada sedação e realizada intubação
orotraqueal sem intercorrências para anestesia geral
com isoflurano. O paciente foi, então, posicionado em
litotomia, e iniciou-se a irrigação vesical com solução de
manitol e foi realizado o procedimento. O procedimento demorou 2 horas e meia, mas teve bom resultado,
sem sangramento significativo e sem intercorrências.
À extubação na sala, apresentou despertar lento, que
se seguiu de crise convulsiva tônico-clônica que cedeu
com diazepam 10mg (no momento, glicemia capilar de
130mg/dL). Foi reintubado e transferido para UTI. Na
chegada à UTI, apresentou nova crise convulsiva tônico-clônica, com reversão após 10mg de diazepam. Exame
clínico: sonolento, Glasgow = 6 (melhor resposta verbal
1T/melhor resposta motora 4/melhor resposta ocular
1), pupilas isocóricas e mióticas. Sem sinais de irritação meníngea. PA = 150x80mmHg, FC = 65bpm, SatO2
= 100% em ventilação mecânica, FiO2 = 30%. Sistema
cardiovascular: sem alterações relevantes. Sem drogas
vasoativas. Abdome: sem defesa, sem ruídos hidroaéreos. Diurese: em sondagem vesical de demora com leve
hematúria. TC de crânio sem contraste (feita antes da
chegada na UTI): sem efeitos de massa ou sinais de sangramento.
a) Qual é a hipótese mais provável para as alterações
neurológicas agudas do paciente no pós-operatório?
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
2. Um homem de 70 anos, hipertenso e diabético, foi
submetido a ressecção transuretral de próstata por hi-
R3 Casos Clínicos
CE
TE
Neurologia, Psiquiatria e Geriatria
C ON
L
L
C ON
Ú DO M ED
CE
Casos Clínicos
TE
587
c) Qual classe de medicações é a base do tratamento?
d) Que outras classes de medicações são usadas no tratamento?
PSIQUIATRIA
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
25. Uma mulher de 20 anos tem diagnóstico de anorexia nervosa de difícil controle. Já teve 2 internações anteriores. Peso atual de 29kg, com IMC = 11kg/
m 2 e perda ponderal de 20% no último mês. Foi readmitida para tratamento sob supervisão hospitalar.
Exames da entrada: hemoglobina = 8g/dL, leucócitos = 6.000/mm 3 , plaquetas = 110.000/mm 3 , ureia =
10mg/dL, creatinina = 0,2mg/dL, sódio = 136mEq/L,
potássio = 3,5mEq/L. Iniciada dieta com 1.000kcal/
dia e 50g de proteína/dia, hidratação intravenosa
com soro fisiológico 500mL/dia e acompanhamento
psiquiátrico. Do 2º para o 3º dia apresentou dispneia
progressiva, edema de membros inferiores e astenia intensa, além de palpitações. Exame clínico: PA
= 95x60mmHg, FC = 125bpm, FR = 26irpm, SatO2 =
95% em ar ambiente. Consciente e orientada. Cardíaco: bulhas normofonéticas irregulares com sopro
discreto sistólico em foco mitral (+/6+). Pulmonar:
murmúrio vesicular simétrico, sem ruídos adventícios. Membros inferiores: edema (2+/4+) simétrico,
compressível, sem hiperemias. Radiografia de tórax:
sem alterações significativas. ECG: taquicardia sinusal com extrassístoles supraventriculares raras. D-dímero: normal.
a) Cite a hipótese diagnóstica para a descompensação da
paciente do 2º para o 3º dia.
2012 - UNIFESP - CLÍNICA MÉDICA
26. Uma paciente de 64 anos, afrodescendente, na menopausa, apresenta hipertensão arterial, dislipidemia e
diabetes mellitus tipo 2. Atualmente em uso de captopril
75mg/d, sinvastatina 20mg/d e propranolol 80mg/d,
vem ao ambulatório de Clínica Médica com queixa de
choro fácil, pesadelos, insônia, mialgia e constipação
intestinal. Ao exame: em bom estado geral, hipocorada, eupneica, afebril. FR = 12irpm, PA = 180x100mmHg
(sentada e em pé), altura = 1,50m e peso = 90kg. Aparelho respiratório: sem alterações. Aparelho cardiovascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas
normofonéticas com sopro sistólico no foco aórtico
(2+/6+). Abdome sem alterações. Extremidades: edema
nos membros inferiores (2+/4+). Exames laboratoriais:
Hb = 9g/dL; Ht = 28% (VCM = 80; HCM = 28); leucócitos
= 8.000; AP = 90%; TGO = 80U/L; TGP = 110U/L; GGT =
90U/L; colesterol total = 200mg/dL; LDL = 160mg/dL;
DHL = 30U/L; triglicérides = 520mg/dL; PCR = 5mg/L;
glicemia de jejum = 100mg/dL e glicemia pós-prandial
= 220mg/dL.
a) Cite 2 causas secundárias para o quadro depressivo.
2012 - UNIFESP - CLÍNICA MÉDICA
27. Uma paciente de 53 anos vem para consulta de rotina no ambulatório de Clínica Médica com queixa de
dificuldade para iniciar o sono e perda do interesse por
atividades rotineiras, pois sente que não tem energia
para realizá-las, além de perda do apetite e dificuldade
para se concentrar. Acompanha o quadro preocupação
excessiva com os filhos e muita “ansiedade” [sic], além
de referir “problema de memória” [sic]. Os sintomas
começaram há 3 meses, acontecem diariamente e têm
tornado a sua “vida muito difícil” [sic]. Há 2 semanas
procurou o pronto-socorro, pois achava que estava com
um tumor na cabeça. Foi realizada tomografia computadorizada de crânio, que estava normal. Antecedentes
R3 Casos Clínicos
neurologia, psiquiatria e geriatria
b) Qual é o tratamento?
GERIATRIA
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
34. Uma mulher de 74 anos foi atendida no pronto-socorro
de Ortopedia com história de queda da própria altura com
fratura de fêmur. Foi pedida avaliação clínica devido a sonolência e confusão mental. Apresenta antecedente de
hipertensão arterial em uso de hidroclorotiazida e atenolol e câncer de mama operado há 2 anos. Fez uso de hormonoterapia por 1 ano, que foi suspensa por hiperplasia
endometrial. Familiar refere que há 1 mês a paciente apresenta astenia progressiva e dores ósseas generalizadas,
especialmente em coluna lombar e quadril à direita, associadas a obstipação intestinal. Há 10 dias iniciou quadro
de poliúria, incontinência urinária e confusão mental leve.
Procurou o pronto-socorro, onde realizou exame de urina,
recebeu lavagem intestinal por fecaloma e recebeu ciprofloxacino por diagnóstico de infecção urinária. Apesar disso, houve piora progressiva da confusão mental, resultando em queda da própria altura hoje. Exame clínico: regular
estado geral, desidratada, corada, anictérica, acianótica e
afebril. PA = 118x77mmHg; FC = 98bpm; SatO2 = 97% em
ar ambiente. Consciente, sonolenta, desorientação temporoespacial. Sem rigidez de nuca, reflexos normais, pares cranianos normais, sem déficits motores ou sensitivos
aparentemente. Exames clínicos cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações. Exames subsidiários: urina tipo I
de uma semana atrás – 1 leucócito/campo; 4 eritrócitos/
campo. Hoje: hemoglobina = 12,1g/dL, leucócitos = 11.000/
mm3, com 70% neutrófilos, plaquetas = 180.000/mm3,
sódio = 143mEq/L, potássio = 3,7mEq/L, ureia = 71mg/dL,
creatinina = 1,2mg/dL; glicemia = 98mg/dL. Tomografia de
crânio: sem alterações. Radiografia de fêmur:
591
a) Qual é a principal hipótese etiológica para o quadro
neurológico da paciente?
2013 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
35. Uma mulher de 69 anos, com 1º grau completo (8
anos de estudo), sem antecedentes pessoais conhecidos, é trazida pelo seu filho ao consultório médico com
relato de perda de memória há aproximadamente 1 ano.
Refere que tem esquecido os nomes dos netos, não lembra mais datas de compromissos e algumas vezes se
perdeu em locais outrora conhecidos. Em uso de: Ginkgo
biloba, dipirona e amitriptilina. Exame clínico: em bom
estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica,
afebril. PA = 160x90mmHg (traz 3 medidas da UBS com
os mesmos valores) e FC = 88bpm. Extremidades: edema (+/4+), varizes dos membros inferiores, sensibilidade preservada, aumento do volume do joelho direito e
crepitações à mobilização. Exame neurológico: Glasgow
= 14, desorientada no tempo e no espaço, e sem outras
alterações de pares cranianos ou marcha ou outras alterações ao exame clínico.
Miniexame do estado mental
Paciente: Maria
Data de avaliação: 20/09/2012 – segunda-feira – 15:00
horas – 5º andar do prédio dos ambulatórios ICHC
Orientação
Respostas do paciente
Dia da semana
Segunda-feira
Dia do mês
19 ou 20
Mês
Setembro
Ano
1910
Hora aproximada
13h15
Local específico (andar ou
setor)
5º andar
Instituição (residência,
hospital, clínica)
Hospital das Clínicas
Bairro ou rua próxima (1
ponto)
Av. Dr. Arnaldo
Cidade
São Paulo
Estado
Brasil
Memória imediata
Fale até 3 palavras não
relacionadas.
Vaso, carro, tijolo (correto)
Atenção e cálculo
(100-7) sucessivos, 5
vezes sucessivamente
92-85-77-72-65
R3 Casos Clínicos
neurologia, psiquiatria e geriatria
pleurodese bilateral. Também tem metástases ósseas
na coluna, no fêmur, no úmero, na escápula e no crânio.
A paciente mantinha um status funcional relativamente bom (Karnofsky = 50) até cerca de 2 meses atrás,
quando começou a apresentar cansaço eventualmente ao repouso – atualmente aos pequenos esforços –,
inapetência, perda de peso (8kg) e dores de forte intensidade na coluna e nas coxas, que têm prejudicado
sua deambulação. Recebe alendronato, carbonato de
cálcio, vitamina D, omeprazol, ácido acetilsalicílico e
sinvastatina. Seu Karnofsky atual é de 20. Ao exame
clínico, você não detectou sinais de infecção ou de derrame pleural, bem como ausência de sinais de congestão pulmonar.
595
d) Após 3 dias, a paciente não apresentou evacuação. Por
quê? Qual é a sua conduta?
RESPOSTAS
a) Explique o enfoque do cuidado paliativo no caso dessa
paciente.
NEUROLOGIA
Caso 1
a) A profilaxia deve ser com compressão pneumática intermitente e fisioterapia com movimentação passiva.
b) Pressão intracraniana.
Caso 2
b) Caso a paciente apresente desconforto respiratório
agudo com fadiga respiratória, qual seria a sua conduta? E se a paciente evoluísse para parada cardiorrespiratória?
c) Qual medicação você utilizaria para o controle dos sintomas da paciente?
Após o uso da medicação proposta, a paciente refere
melhora importante dos sintomas, ficando sem dor e
sem dispneia e o agradece.
a) A hiponatremia pós-operatória pode ocorrer em 1 a 2 dias
após cirurgia eletiva em pacientes saudáveis. A ressecção transuretral está frequentemente associada a uso de 20L ou 30L de
solução contendo glicina, sorbitol ou manitol. O fluido entra na
circulação rapidamente através das grandes veias prostáticas,
e alguns pacientes absorvem mais de 3L, podendo levar o sódio
a concentrações abaixo de 100mEq/L.
b) Mielinólise pontina/síndrome da desmielinização central.
A hiponatremia causa entrada de água nas células cerebrais,
resultando em edema cerebral. Felizmente, solutos deixam o
tecido cerebral em poucas horas, induzindo a perda de água
da célula cerebral. Esse processo de absorção também é fonte
de risco para desmielinização osmótica (central). Embora rara,
a desmielinização osmótica é grave e pode desenvolver-se em
1 ou alguns dias após o tratamento agressivo da hiponatremia,
por qualquer método, incluindo restrição de água. A correção
inadvertida rápida de uma hiponatremia eleva a redução do volume cerebral ao elevar a osmolaridade do líquido extracelular e
pode causar redução abrupta do volume neuronal com desmielinização do tronco cerebral, principalmente da ponte (mielinólise
pontina) e extrapontina, que pode causar disfunção neurológica,
como tetraplegia (flácida e depois espástica), convulsões, alterações agudas no estado mental como depressão da consciência,
coma e síndrome do cativeiro (síndrome locked-in). Como danos
neurológicos decorrentes da mielinólise pontina são frequentemente irreversíveis, a melhor alternativa é a prevenção.
c) A ressonância nuclear magnética do encéfalo é importante
para determinar a extensão da desmielinização. As lesões são
simétricas e hipointensas nas imagens pesadas em T1, poupando tipicamente a parte periférica da ponte, e hiperintensas nas
imagens pesadas em T2 e FLAIR. Nas fases subagudas e crônicas, as lesões pontinas e, em particular, extrapontinas podem
se tornar menores e mais bem definidas. Em alguns casos, a
ressonância pode revelar a lesão típica em “asas de morcego”
R3 Casos Clínicos
neurologia, psiquiatria e geriatria
b) Os tumores cerebrais mais comuns são os metastáticos. Entre
as metástases cerebrais, os tipos mais frequentemente encontrados são carcinoma pulmonar (45%), carcinoma de mama (20%) e
melanoma (15%). O paciente é tabagista, o que leva à hipótese de
possível câncer de pulmão como etiologia mais provável.
c) - Declínio cognitivo (65%);
- Cefaleia (40 a 50%);
- Déficit neurológico – hemiparesia, afasia ou hemianopsia
(40%);
- Crises convulsivas (15 a 25%).
601
Caso 26
a) Uso de propranolol (uso de betabloqueador) e hipotireoidismo.
Caso 27
a) Está indicado o uso de inibidor seletivo da recaptação de serotonina, em dose baixa para início de tratamento. Como exemplo, fluoxetina 10 a 20mg/d.
d) - Corticoide: dexametasona para tratamento do edema cerebral
causado pelo tumor. A dose inicial pode ser de 10 a 20mg em
bolus e 4mg a cada 6 horas, que podem ser aumentados até
100mg/d;
- Anticonvulsivantes: como profilaxia secundária em paciente
que já tenha tido convulsão. Fármacos de 1ª linha incluem fenitoína, carbamazepina e ácido valproico.
b) Podem ser os seguintes:
- Agitação psicomotora;
- Sintomas gastrintestinais (diarreia, náusea, sintomas dispépticos);
- Insônia;
- Cefaleia;
- Disfunção erétil;
- Ganho de peso.
Caso 23
c) 1 a 2 semanas.
a) Trata-se de hidrocefalia de pressão normal, cuja tríade de
apresentação compreende dificuldade de marcha, déficit cognitivo e incontinência urinária.
b) O paciente apresentará aumento do volume ventricular, porém, à punção liquórica, terá pressões normais.
c) O melhor exame nesses casos é a ressonância nuclear magnética de encéfalo. Seus achados são ventriculomegalia na ausência ou fora de proporção com aumento de sulcos; aumento
de sinal anormal ao redor dos ventrículos que possivelmente
representa fluido transependimal; atenuação diminuída no
aqueduto de Sylvius.
d) O tratamento-padrão é a derivação ventricular (ventriculoperitoneal ou ventriculoatrial). O uso de acetazolamida ou diuréticos osmóticos não é efetivo.
Caso 24
a) O provável diagnóstico é Parkinson, pois a paciente apresenta os 4 sinais da doença: bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e alteração de marcha.
b) A base fisiopatológica é a depleção de dopamina nos núcleos
da base.
c) São os agonistas dopaminérgicos. A levodopa é a medicação
mais efetiva para o tratamento dos sintomas de Parkinson.
d) - Inibidores de monoaminoxidase B (selegilina);
- Outros agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, pramipexol, ropinirol, rotigotina e apomorfina);
- Inibidores da catecol-O-metiltransferase (tolcapona, entacapona);
- Anticolinérgicos (triexifenidil, benzatropina, biperideno, orfenadrina, prociclidina).
PSIQUIATRIA
Caso 25
a) Síndrome da realimentação ou síndrome de reintrodução
da alimentação ou síndrome da realimentação precoce ou hipofosfatemia pós-síndrome de realimentação ou síndrome da
reconstituição alimentar/nutricional.
d) 4 a 9 meses.
e) - Dois ou mais episódios de depressão maior prévios;
- Depressão maior crônica;
- Sintomas depressivos residuais.
Caso 28
a) Podem ser os seguintes:
- Uso de sonda vesical de demora;
- Excesso de estímulos sonoros e de luz na UTI (internação em
UTI);
- Pós-operatório de cirurgia;
- Dor;
- Privação do tabagismo no hospital (abstinência de nicotina);
- Privação de sono;
- Déficit colinérgico prévio (déficit cognitivo prévio, leve);
- Anemia.
b) Déficit cognitivo e tabagismo ou antecedente de doença cardiovascular.
c) CAM (Confusion Assessment Method).
d) Haloperidol 0,5mg ou 1mg via oral ou intramuscular.
Caso 29
a) “Ouço sempre uma voz dizendo ‘seu trouxa’”.
b) “Ela sai com vários homens por dia e até quando está em casa
consegue se relacionar com alguém, pois sua alma sai do corpo
para me trair”.
“Na faculdade, todos sabem o que estou pensando, e, no alto-falante, por meio de frases secretas, todos sabem que eu estou
sendo traído, por isso me olham estranho na hora do intervalo”.
Caso 30
a) Delirium.
b) Delirium é um transtorno bastante frequente, principalmente em pacientes internados. Cerca de 30% daqueles em unidades cirúrgicas de tratamento intensivo e unidades cardíacas de
cuidados intensivos e 40 a 50% daqueles que estão se recuperando de cirurgias por fraturas de quadril têm um episódio de
delirium.
R3 Casos Clínicos
neurologia, psiquiatria e geriatria
602
sic
R3
neurologia, psiquiatria e geriatria
c) O tratamento da condição médica que induz à agitação é primário. Posteriormente, se necessário, sedar com neuroléptico
de alta potência e baixa interferência em parâmetros vitais –
haloperidol (Haldol®) 5mg IM, a cada 30 minutos, até que se
obtenha sedação, com possibilidade de dose máxima entre 45
e 100mg em 24 horas.
-
Caso 31
a) Transtorno afetivo bipolar, episódio maníaco. As principais
características são:
- Diminuição do sono;
- Hiperatividade;
- Aceleração do pensamento;
- Ideias de grandiosidade;
- Sintomas psicóticos.
a) Síndrome de abstinência grau III.
b) Internação em unidade intensiva, tiamina e hidratação. O diazepam (ou um benzodiazepínico de ação longa) é a medicação
de escolha, na dose de 10 ou 20mg VO. O uso intravenoso é
especialmente indicado durante os episódios convulsivos.
c) Os alcoólatras crônicos podem desenvolver algum problema grave de memória. Há 2 tipos de problemas como esse: a
chamada síndrome Wernicke-Korsakoff e a demência alcoólica.
Essa síndrome se caracteriza por descoordenação motora, movimentos oculares rítmicos como durante uma leitura (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, provocando algo
parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além
desses sinais neurológicos, o paciente pode estar em confusão
mental ou, se com a consciência clara, apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador falou 5 minutos antes). Muitas vezes, para preencher
as lacunas da memória, o indivíduo inventa histórias; a isso se
chamam fabulações.
Caso 32
R3 Casos Clínicos
a) Esquizofrenia paranoide. Os transtornos esquizofrênicos
caracterizam-se, em geral, por distorções fundamentais de
características do pensamento e da percepção e por afetos
inapropriados ou embotados. Usualmente, mantêm-se claras
a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. A esquizofrenia paranoide se caracteriza, essencialmente, pela presença
de ideias delirantes relativamente estáveis, com frequência
de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações das percepções. As
perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomas
catatônicos estão ausentes ou são relativamente discretos. Na
classificação de Kurt Schneider, a paciente apresenta vários
sintomas da esquizofrenia:
- 1ª ordem: percepção delirante, alucinações auditivas (vozes
que fazem comentários e/ou que dialogam entre si), sonorização do pensamento, roubo do pensamento, vivências de
influência sobre o pensamento, difusão do pensamento, eco
do pensamento;
- 2ª ordem: intuição delirante, perplexidade, humor depressivo
ou exaltado, vivência de empobrecimento afetivo.
A idade média de início do 1º episódio psicótico de esquizofrenia
se situa na 1ª metade da casa dos 20 anos para homens e final
da casa dos 20 para as mulheres.
b) A paciente deve ser tratada com um antipsicótico, também
chamado neuroléptico. Algumas opções são:
- Clorpromazina (50 a 800mg/d);
- Levomepromazina (25 a 50mg/d);
- Trifluoperazina (2 a 4mg/d);
- Haloperidol (5 a 15mg/d);
- Clozapina (300mg/d) – o uso dessa medicação requer cuidados básicos com os glóbulos brancos. Antes, no começo e
durante todo o tratamento, o paciente deve fazer exames de
sangue. A dose da medicação deve ser aumentada na mesma
medida em que não afete o sistema imunológico;
- Olanzapina (5 a 20mg/d);
Quetiapina (50 a 800mg/d);
Risperidona (2 a 6mg/d);
Aripiprazol (15 a 30mg/d);
Ziprasidona (40 a 160mg/d).
Caso 33
b) Antipsicótico para conter a agitação e, posteriormente, um
estabilizador de humor (carbonato de lítio, carbamazepina ou
ácido valproico).
GERIATRIA
Caso 34
a) Hipercalcemia.
A questão nos dá o caso de uma idosa com antecedente de câncer de mama com tratamento interrompido por complicação
(hiperplasia endometrial), que interna com fratura de fêmur
mostrando lesão osteolítica (radiografia – diáfise do fêmur).
Essa paciente está com confusão mental e não apresenta alterações significativas na triagem inicial. Frente a esse caso, deve
ser feita a dosagem de cálcio e albumina sérica (para correção)
ou dosagem de cálcio iônico (não sofre interferência de proteína plasmática).
Delirium é uma síndrome de alteração do nível de consciência,
aguda, de etiologia multifatorial. No caso dessa paciente, diversos fatores contribuem para a confusão mental – ambiente hospitalar, retenção fecal (resolvida), infecção urinária (não
confirmada), dor/ fratura e hipercalcemia.
Caso 35
a) A paciente errou data, ano, hora, estado, 3 cálculos, 2 evocações, repetição e não fechou os olhos ao comando. O erro
ortográfico na frase não constitui erro no minimental.
A paciente fez 19 pontos de 30. Para essa paciente, que tem 8
anos de escolaridade, a pontuação é baixa. Segundo Herrera et
al. (2002), esperam-se 28 pontos; segundo Brucki et al. (2003),
esperam-se 26 pontos.
b) O diagnóstico de hipertensão é confirmado pela presença de
valores fora do consultório (descartar “efeito do jaleco branco” e outros fatores, como dor, ansiedade etc.). Os dois valores
de glicemia de jejum de 200mg/dL confirmam o diagnóstico
de diabetes. A alteração de colesterol (LDL >160 e HDL <40)
confirma a dislipidemia. Síndrome demencial deve ser considerada pelo baixo desempenho no teste cognitivo associado
a alteração de memória relatada e perda funcional (perdeu-se
na rua, esquece compromissos). Não pode ser considerada demência, pois devem ser excluídas causas de pseudodemência,
como depressão, hematoma subdural crônico etc. A insuficiência venosa periférica é confirmada pela presença de varizes de
membros inferiores e edema. O joelho com aumento de volume,
crepitantes e sem sinais flogísticos, associado aos dados epidemiológicos, aponta para osteoartrose.
c) Na triagem de quadros demenciais, deve-se solicitar exame
de neuroimagem (tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética), função tireoidiana, sorologias (HIV, sí-
Neurologia
Neuroanatomia
2015 - UFPR - CLÍNICA MÉDICA
1. Com relação às imagens A, B e C a seguir, assinale a
alternativa correta:
III - A administração de oxigênio durante a sedação pode
simular HSA na sequência FLAIR.
IV - A sensibilidade da tomografia computadorizada
para identificar HSA não se altera nas primeiras 3 semanas após o ictus.
Está(ão) correta(s):
a) somente I
b) I, III
c) II, IV
d) II, III, IV
e) I, II, III, IV
Tenho domínio do assunto
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2013 - UFRN - CLÍNICA MÉDICA
3. Paralisia espástica, hiper-reflexia, com sinal de Babinski, associada à atrofia com miofasciculações, é uma
lesão que ocorre concomitantemente a:
a) neurônio motor periférico e ponta posterior da medula
b) neurônio motor central e ponta anterior da medula
c) neurônio motor periférico e região nigropalidal
d) neurônio motor central e substância negra
Tenho domínio do assunto
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a) A = exame normal; B = infarto; C = metástase
b) A = normal; B = glioblastoma; C = metástase
c) A = exame normal; B = criptococoma; C = metástase
d) A = hemorragia subaracnóidea; B = hemorragia parenquimatosa; C = infarto
e) A = hemorragia subaracnóidea; B = infarto; C = hemorragia parenquimatosa
Tenho domínio do assunto
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2015 - UFPR - CLÍNICA MÉDICA
2. Com relação à investigação da hemorragia subaracnóidea (HSA) por meio de métodos de imagem, considere as seguintes afirmativas:
I - A tomografia computadorizada é o método de escolha
da suspeita de HSA aguda.
II - Na ressonância magnética, as melhores sequências
para demonstrar a HSA aguda são as ponderadas em T1,
devido ao efeito paramagnético da hemoglobina.
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2012 - UFRN - CLÍNICA MÉDICA
4. Ptose palpebral, midríase paralítica e estrabismo
divergente associados à hipoacusia com vertigem definem, respectivamente, lesão de:
a) III e VII nervos cranianos
b) II e VII nervos cranianos
c) III e VIII nervos cranianos
d) VI e VIII nervos cranianos
Tenho domínio do assunto
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2011 - SUS-SP - ACESSO DIRETO/CLÍNICA MÉDICA
5. O antibiótico que não necessita ter sua dose corrigida
quando prescrito a um paciente que apresenta clearance
de creatinina de 10mL/min é:
a) vancomicina
b) imipeném
c) clindamicina
d) ampicilina
e) ciprofloxacino
Tenho domínio do assunto
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Neurologia - R3 Questões
Questões
Psiquiatria
Psicologia médica
2014 - HAC
248. Uma senhora de 87 anos foi examinada por seu médico de família e comunidade devido a uma dor lombar aguda. A não ser pela perda de visão central devido à degeneração macular, essa senhora tinha boa saúde para a idade.
Ela e o esposo de 89 anos viviam independentes e conseguiam dar conta das tarefas diárias da casa. O médico prescreveu 2 semanas de completo repouso na cama. Como não
conseguiu nenhum auxílio para ajudá-los com a casa, toda
a carga dos cuidados ficou nos ombros do marido, que não
estava familiarizado com as tarefas domésticas, por isso
tinha de fazer repetidas perguntas à esposa, mas não conseguia entender suas respostas por causa da surdez. Esses
problemas causaram grande ansiedade e sentimento de
desamparo em sua esposa, que se exacerbaram devido à
sua perda de visão central, e teve frequentes diarreias e
perda rápida de peso. Suspeitou-se de câncer de cólon, e
foi internada para avaliação, que foi negativa. Com a chegada da filha e sob seus cuidados, essa senhora gradualmente se recuperou. O casal viveu até os noventa e poucos
anos em boa saúde. Analise as afirmativas a seguir:
I - É possível que a tensão emocional da paciente tenha
produzido ansiedade aguda, com diarreia psicogênica e
perda de peso.
II - Houve erro por parte do médico ao não prever que
sua estratégia de manejo da situação causaria uma tensão intolerável em um sistema precário.
III - Não houve erro por parte do médico em sua estratégia de manejo da situação, e a diarreia e a perda de peso
da paciente deveriam ser investigadas mais aprofundadamente.
Está(ão) correta(s):
a) I, II
b) I, III
c) II, III
d) I, II, III
e) nenhuma das anteriores
Tenho domínio do assunto
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2014 - UFRN - ACESSO DIRETO/CLÍNICA MÉDICA
249. Atualmente, o diagnóstico em Psiquiatria é feito,
principalmente, com base:
a) no resultado de exames de neuroimagem avançados
que indicam alterações patognomônicas de cada transtorno
b) em resultado de exames laboratoriais que indicam alterações bioquímicas de cada transtorno
c) em critérios diagnósticos padronizados, contidos em
manuais como o DSM-V e o CID-10
d) na divisão feita por Eugen Bleuler dos quadros psicóticos: demência precoce (esquizofrenia) e psicose maníaco-depressiva (transtorno afetivo bipolar)
Tenho domínio do assunto
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2008 - CREMESP
250. Um médico sente-se muito irritado com seu paciente, pois este não segue o tratamento proposto e vem à
consulta cobrar resultados dele, reclamando que o tratamento é falho e inadequado. O sentimento de irritação
leva o médico a encaminhá-lo a outro profissional sem
tentar contornar e entender a situação. Do ponto de
vista psicológico, esse fenômeno da relação médico–paciente, relativo ao médico, denomina-se:
a) transferência
b) contratransferência
c) atitude psicoterápica
d) negligência
e) intimidação
Tenho domínio do assunto
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Encontrei dificuldade para responder
2006 - UNIFESP
251. A interconsulta de Psiquiatria é acionada para atender uma situação que envolve um paciente que se recusa
a ser submetido a um procedimento cirúrgico. Na conversa com o médico, o interconsultor nota que ele está
bastante irritado com o paciente e, na conversa com
este, detecta um total desconhecimento dele quanto à
sua real condição física, os fatores que determinam a
necessidade da cirurgia e as consequências caso a intervenção não seja realizada. Quando comenta o fato com o
médico, este, mais irritado ainda, relata que já forneceu
inúmeras vezes ao paciente todas as informações que
ele diz desconhecer. Esse quadro sugere que:
a) o profissional está vivenciando emoções contratransferenciais, e o paciente está utilizando o mecanismo de
negação
Psiquiatria - R3 Questões
Questões
Geriatria
Epidemiologia do envelhecimento
2014 - UFU
395. O envelhecimento individual decorre do aumento
da idade, como um processo irreversível, natural e individual, acompanhado por perdas progressivas de função de papéis sociais. Com relação ao envelhecimento
populacional, assinale a alternativa incorreta:
a) ocorre quando aumenta a participação idosa no total
da população
b) é acompanhado pelo aumento da idade média da população
c) é um processo homogêneo em sua trajetória no tempo e no espaço, denominado de transição demográfica, e
acompanhado pela transição epidemiológica
d) o processo pode ser revertido se a fecundidade aumentar
e) altera a vida dos indivíduos, as estruturas familiares,
a demanda por políticas públicas e a distribuição de recursos na sociedade
Tenho domínio do assunto
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Encontrei dificuldade para responder
2013 - UNICAMP
396. No Brasil, a transição demográfica é muito acelerada. Estimativas da variação da população brasileira até
2050 são mostradas na Figura a seguir:
De acordo com o Gráfico, é possível presumir que:
a) ocorrerá a diminuição progressiva da morbimortalidade por doenças crônicas no Brasil
b) a população brasileira continuará a crescer em decorrência da elevada taxa de natalidade
c) o efeito combinado de redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade modificará a pirâmide etária da
população brasileira
d) a estabilização da população entre zero e 14 anos será
decorrente da manutenção da taxa de mortalidade infantil
Tenho domínio do assunto
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Encontrei dificuldade para responder
2012 - FHEMIG
397. A maioria dos países em desenvolvimento tem experimentado um processo chamado de “transição epidemiológica”. Com relação a esse processo, é correto
afirmar que:
a) ainda não foi identificado no Brasil
b) há crescimento da morbimortalidade por doenças crônicas transmissíveis
c) implica substituição da morbimortalidade de doenças
transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas
externas
d) ocorre redução da mortalidade por doenças crônico-degenerativas e acidentes de trabalho
Tenho domínio do assunto
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Encontrei dificuldade para responder
2010 - UNITAU
398. Com relação à atenção a hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, verificam-se diversas situações, exceto:
a) o Sistema de Informação em Saúde sobre hipertensão e diabetes (SisHiperDia) permite, após confirmação diagnóstica, cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus e
gerar informações importantes para a gestão municipal e estadual, para o Ministério da Saúde e para o
controle social
b) o número de portadores de diabetes tem aumentado,
e o das internações por suas complicações, reduzido. O
fato pode ser atribuído à disponibilidade de ações básicas de prevenção e controle e à qualidade da atenção
prestada aos portadores da doença
c) o sedentarismo e o excesso de peso são fatores de risco para doenças crônicas
Geriatria - R3 Questões
Questões
Neurologia
Neuroanatomia
Questão 1. Hiperdensidade nos espaços liquóricos periféricos (Figura) e cisternas da base – HSA/hipodensidade da substância cinzenta (foto), apagamento de sulcos
e giros cerebrais, sinal da artéria cerebral média hiperdensa (trombo intravascular) e edema cerebral – infarto
cerebral isquêmico/hiperdensidade localizada nos gânglios da base, no tálamo (Figura) e na ponte – hemorragia intraparenquimatosa. No caso de hemorragia cerebral primária, podemos, além da localização, presumir a
etiologia: hemorragia hipertensiva – descrita. Hemorragia associada a hemorragia intraparenquimatosa – considerar aneurisma. Hemorragia lobar (ou local atípico) –
suspeitar de tumor, malformação arteriovenosa, fístula
dural, infarto e angiopatia amiloide.
Gabarito = E
Questão 2. A probabilidade de detecção de sangramento com Tomografia Computadorizada (TC) é proporcional
ao grau de sangramento, ao tempo após a hemorragia e
à qualidade do aparelho. A TC realizada nas primeiras 24
horas do ictus tem sensibilidade de 92 a 96%, fazendo do
exame o método de escolha para diagnósticos de casos
suspeitos de HSA, sensibilidade que diminui com o passar dos dias (após 3 semanas, a probabilidade de detecção é zero). A Ressonância Magnética (RM) no diagnóstico de HSA é controversa; permanece o conceito de relativa insensibilidade desse exame para detectar sangue
na fase aguda da HSA. A sensibilidade da RM é máxima
com 10 a 20 dias após o sangramento, sendo excelente
no diagnóstico tardio da HSA. O exame é menos sensível
a HSA, mesmo com o uso de FLAIR, e não tem vantagem
significativa sobre a TC no diagnóstico da HAS aguda. Na
subaguda (após 5 dias), a sensibilidade nas imagens em
3D FLAIR e com densidade de prótons é de quase 100%,
portanto, maior do que na TC.
Gabarito = B
Questão 3. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença caracterizada pela degeneração dos neurônios motores. O termo “amiotrófica” está relacionado a atrofia
muscular, fraqueza e fasciculações, que são indicativos
do comprometimento do neurônio motor inferior (corno anterior). Os achados clínicos de hiper-reflexia, sinal
de Hoffman, sinal de Babinski e clônus relacionam-se ao
comprometimento do neurônio motor superior (trato
corticospinal).
Gabarito = B
Questão 4. Oculomotor (III par) – componentes motores somáticos inervam o levantador da pálpebra (lesão
– ptose palpebral) e 4 dos 6 músculos extraoculares:
retos medial, superior e inferior e o oblíquo inferior (lesão, estrabismo divergente e diplopia). Componentes
parassimpáticos (motores viscerais) que se originam no
núcleo de Edinger-Westphal do complexo oculomotor
consistem em fibras parassimpáticas pré-ganglionares
que fazem sinapse no gânglio ciliar de neurônios pós-ganglionares para formar os nervos ciliares curtos,
que inervam o músculo ciliar e o constritor da pupila:
(1) aumento da curvatura do cristalino (acomodação) e
(2) contração da pupila, respectivamente. A dilatação
da pupila é induzida pela estimulação simpática (lesão
midríase).
Facial (VII par) – componente motor somático que
inerva músculos da expressão facial, o músculo estilo-hióideo, os músculos digástricos posteriores e o
platisma. Nervo intermédio ramo do facial transporta
fibras que se distribuem perifericamente em 2 ramos:
o nervo petroso maior (fibras parassimpáticas – núcleo salivatório superior inerva a glândula lacrimal) e
o nervo corda do tímpano (inervam as papilas gustativas nos 2 terços anteriores da língua. O terço dorsal
é suprido pelo nervo glossofaríngeo). Lesão nesses
nervos leva a paralisia facial unilateral isolada, paralisia facial unilateral e perda gustativa nos 2 terços anteriores da língua (nervo corda do tímpano). Paralisia
facial unilateral, perda da sensibilidade gustativa nos
2 terços anteriores da língua, zumbido e surdez (nervo
vestibulococlear) e perda do lacrimejamento (nervo
petroso maior). Paralisia facial periférica x paralisia
facial central.
Vestibulococlear (VIII par) – vestibular, relacionado ao
equilíbrio (canais semicirculares, sáculo e utrículo). Coclear – órgão de Corti relacionado a audição. Lesão do
nervo vestibulococlear produz sintomas de zumbido, hipoacusia, surdez e vertigem.
Óptico (II par) – acuidade visual, campos visuais (teste de
inatenção visual, teste de confrontação) e fundoscopia
(papiledema).
Gabarito = C
Neurologia - R3 Comentários
Comentários
Psiquiatria
Psicologia médica
Questão 248. A ansiedade pode causar sintomas físicos,
como diarreia e perda de peso. O fato de o casal ser idoso faz que uma mudança na rotina leve à ansiedade. No
entanto, tal hipótese sempre é de exceção, sendo que
os sintomas físicos devem sempre ser investigados com
exames complementares.
Gabarito = A
Questão 249. O diagnóstico em Psiquiatria é feito essencialmente pelo exame psíquico. Pela análise dos sinais e
dos sintomas observados no exame psíquico, enquadra-se o paciente em um critério diagnóstico do DSM ou
CID-10. Os exames complementares não são diagnósticos, e sim estratégias para excluir patologia mental por
alguma decorrência clínica.
Gabarito = C
Questão 250. A transferência é um termo descrito por
Freud e refere-se aos sentimentos e comportamentos do
paciente em relação ao analista. Esses sentimentos são
inconscientes e podem traduzir uma transferência positiva, quando o analista é visto como uma pessoa de grande
valor, ou negativa, quando o mesmo é visto como uma espécie de inimigo do paciente. Contratransferência refere-se
aos sentimentos do analista em relação ao paciente, e está
baseado em conflitos do analista, como abordado na questão. A negligência ocorre quando o médico clínico despreza
os sintomas do paciente ou deixa de atendê-lo na falta de
outro médico. Intimidação não é um termo psiquiátrico ou
psicoterapêutico.
Gabarito = B
Questão 251. Transferência e contratransferência são
conceitos centrais na compreensão da relação terapêutica nas diversas vertentes da psicanálise. A transferência é um conjunto de sentimentos positivos ou negativos
do paciente ao médico, não justificáveis em sua atitude
profissional, mas fundamentados nas suas experiências
de vida com pais ou criadores. A contratransferência, na
psicanálise freudiana, é compreendida como o “conjunto
das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência deste”,
e é compreendida como os efeitos dos pacientes sobre
a pessoa do médico. Com relação ao paciente, ainda se
pode dizer que está utilizando também um mecanismo
de negação, ou seja, se recusa a admitir a realidade. Esse
é um mecanismo de defesa primitiva do ego que consiste
numa tentativa de rejeitar a existência de uma realidade
desagradável.
Gabarito = A
Questão 252. Numa perspectiva psicanalítica, a transferência ocorre quando o cliente, durante o processo de
exploração dos conteúdos internos da psique, por meio
da associação livre, começa a projetar no analista atitudes e sentimentos próprios.
Gabarito = E
Introdução à Psiquiatria
Questão 253. As principais características da síndrome
maníaca são diminuição do sono, fuga de ideias, hiperatividade, aceleração do pensamento, ideias de grandiosidade e sintomas psicóticos. As demais características
são comuns em transtornos psicóticos (esquizofrenia).
Gabarito = E
Questão 254. Delirium, ou estado confusional agudo,
uma Emergência Geriátrica e o distúrbio psiquiátrico
mais comum em idosos institucionalizados, caracteriza-se por rebaixamento súbito do nível de consciência,
comprometimento da atenção, distúrbios da percepção
(distorções, ilusões e alucinações), distúrbio da capacidade de compreensão e abstração, delírios pouco estruturados e fugazes, déficit de memória de fixação e relativa
preservação da memória remota, desorientação (mais
comumente no tempo), comprometimento da atividade
psicomotora (aumento ou redução), alteração do ciclo
sono–vigília, transtornos emocionais (depressão, ansiedade, medo, irritabilidade, euforia, apatia, perplexidade),
com início abrupto dos sintomas e flutuação ao longo do
dia, tendendo a piorar à noite. Tem duração limitada,
em geral, de dias ou semanas, e os sintomas desaparecem quando o fator de causa é identificado e tratado.
Na maioria das vezes, é confundido com depressão, demência ou psicose. Seus principais fatores precipitantes
são déficit cognitivo, idade avançada, episódio prévio de
delirium, sexo masculino, múltiplas comorbidades, doen-
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Geriatria
Epidemiologia do envelhecimento
Questão 395. A questão aborda a epidemiologia do envelhecimento. A alternativa “a” coloca um termo um tanto quanto macarrônico – “participação”; se adotarmos
participação como parcela, a afirmativa está correta,
porém, em Epidemiologia, não existe tal termo. O envelhecimento populacional decorre da diminuição das taxas de mortalidade (especialmente infantil e adulta) com
diminuição na fecundidade (número médio de filhos por
mulher). Nascem menos pessoas, mas elas vivem mais
tempo. Logo, as afirmativas “b”, “c” e “d” estão corretas.
A transição epidemiológica refere-se à mudança no perfil de doenças apresentadas pela população, que deixam
de ser agudas transmissíveis para crônicas não transmissíveis (diabetes, artrose, doença cardiovascular). O
processo de envelhecimento populacional altera profundamente uma sociedade, desde a estrutura familiar e a
força de trabalho, passando por necessidade de adequação ambiental e de políticas públicas e previdenciárias.
Gabarito = A
Questão 396. A alternativa “a” está incorreta, pois o aumento da população idosa é um fator que influencia o
aumento da morbimortalidade por doenças crônicas
no Brasil; a alternativa “b” está incorreta, pois no ano
de 2050 é esperado que a população alcance a taxa de
crescimento em R = 0 e, então, comece a declinar, entrando no período chamado crescimento negativo, em
que os óbitos são mais representativos que a natalidade;
a alternativa “c” está correta, pois o efeito combinado de
redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade modificará a pirâmide etária da população brasileira, estreitando sua base e alargando seu pico, transformando-a,
deste modo, em uma forma retangular; a alternativa “d”
está incorreta, pois a estabilização da população entre
zero e 14 anos será decorrente da diminuição da natalidade.
Gabarito = C
Questão 397. O Brasil vive o processo de transição epidemiológica desde a década de 1950, contudo os processos
mais marcantes ocorreram a partir da década de 1970,
estando incorreta a alternativa “a”; o crescimento da
mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis é
observado neste processo, estando incorretas as alternativas “b” e “d”; é um processo demarcado pela substituição da morbimortalidade de doenças transmissíveis
por doenças não transmissíveis e causas externas, estando correta a alternativa “c”.
Gabarito = C
Questão 398. As assertivas de “a” a “d” representam o
conhecimento bastante difundido sobre a epidemiologia
dessas doenças não transmissíveis, dispensando maiores explicações. A alternativa “e” está incorreta por fazer
referência ao contrário do fenômeno conhecido como
transição epidemiológica, isto é, a mudança do padrão
de mortalidade observado desde a década de 1960, em
que as doenças e os agravos não transmissíveis passaram a ter predomínio sobre as causas de morte acompanhadas da redução dos coeficientes de mortalidade por
doenças transmissíveis.
Gabarito = E
Questão 399. A transição demográfica refere-se aos
efeitos que as mudanças dos níveis de fecundidade (número de filhos por mulher em idade fértil) e mortalidade
provocam sobre o ritmo de crescimento populacional e
sobre a estrutura por idade e sexo, traduzindo-se por
envelhecimento da população (maior proporção de idosos). O que vem ocorrendo nos países como o Brasil é
a redução da mortalidade, principalmente por doenças
infecciosas, acompanhada da diminuição da fecundidade, observando-se, assim, que a população inicia o seu
processo de envelhecimento, diminuindo o ritmo de
crescimento populacional. A diferença para os países
desenvolvidos é que, nessas nações, a transição demográfica foi lenta e gradual (fim do século XIX e início do
século XX), permitindo melhorias sociais e econômicas.
O envelhecimento populacional é importante para a
saúde, pois aumenta a prevalência de doenças crônico-degenerativas.
Gabarito = A
Aspectos biológicos do envelhecimento
Questão 400. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O guideline em questão não faz recomendações sobre “evitar” o uso de diurético em idosos. O diu-
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