QUESTÕES DE OFTALMO O que é ânulo/anel de Zin? Local de

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QUESTÕES DE OFTALMO
1. O que é ânulo/anel de Zin?
Local de inserção dos músculos extraoculares, de onde sai o tendão de zinn (tendão comum dos 4 músculos retos do
olho)
2. Qual a parede mais frágil do globo ocular?
A parede medial, formada pelo osso etmóide, é a mais frágil. Quando lesada há presença de ar na cavidade orbitária
(ao raio x) e crepitação (à palpação do bulbo ocular)
3. Classificação das ametropias regulares cilíndricas
As ametropias são divididas em regulares e irregulares. As regulares podem ser esféricas (hipermetropia e miopia) ou
cilíndricas (astigmatismo).
O astigmatismo é uma ametropia por ausência de formação de ponto de focalização. Ao invés disso, formam-se linhas
focais, pela focalização dos raios a diferentes distâncias da retina (anterior ou posterior à ela). Com isso, o paciente tem
dificuldade de enxergar de perto e de longe. Esse tipo de ametropia classifica-se em:
a) Hipermetrópica: Simples (1 foco na retina e 1 foco atrás) e Composta (2 focos atrás da retina)
b) Miótica: Simples (1 foco na retina e 1 foco na frente) e Composta (2 focos na frente da retina)
c) Mista
4. Causas de aderência da Íris ao cristalino
 Luxação e subluxação de cristalino
 Uveíte anterior
 Cirurgia oftálmica
5. Caminho da lágrima
A lágrima é produzida nas glândulas lacrimais principais (ângulo supraexterno da órbita – fossa lacrimal) e acessórias
(Krause e Wolfring – na conjuntiva) e cai no fundo de saco conjuntival. Dirige-se anteriormente e, pelos movimentos
palpebrais, alcança os pontos lacrimais e seus canalículos lacrimais superior e inferior. Chega ao canalículo lacrimal
comum  saco lacrimal  ducto nasolacrimal  meato inferior nasal (cavidade nasal)
6. Diferença de injeção conjuntival e limbal
A conjuntiva é vascularizada tanto pelas artérias conjuntivais posteriores como pelas artérias ciliares anteriores. Assim
a hiperemia conjuntival pode ser dividida em:

Injeção conjuntival: ocorre nas conjuntivais posteriores, com vasos vermelhos dilatados (diferentes calibres)
que invadem a córnea, devido a alterações externas do globo ocular

Injeção ciliar (limbal): ocorre nas ciliares anteriores, na região limbo esclerocorneana, com vasos arroxeados,
por inflamações internas do globo ocular. Deve-se medir a acuidade visual nesses casos.
7. Tratamento da conjuntivite viral
A conjuntivite viral é uma inflamação da conjuntiva causada por um vírus (geralmente o adenovirus) e manifesta-se
bilateralmente (em sua maioria) com olho vermelho e aumento da secreção lacrimal. O tratamento é feito com base
em compressas frias, higiene ocular (soro fisiológico) e AINE. Demora para curar.
8. Sintomas de um hipermetrope não corrigido
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
Dificuldade para ver de perto
Cefaléia
Cansaço
9. Quais as estruturas mais dióptricas
As estruturas que tem maior poder refratário são córnea (responsável por 2/3 da refração dos raios luminosos que
incidem no olho) e cristalino (responsável por 1/3 da refração)
10. Mecanismo de ação dos beta-bloqueadores na redução da pressão intra-ocular
Os beta bloqueadores reduzem a produção do humor aquoso, responsável por manter a pressão intra-ocular
11. Pressão intra ocular no glaucoma, uveíte, etc? (olho vermelho?)
Glaucoma – pressão intraocular aumentada
Todas as outras apresentam pressão intraocular normal: Conjuntivite aguda, uveíte anterior aguda, ulcera de córnea,
hemorragia subconjuntival.
12. Finalidade do tamponamento ocular nos casos de estrabismo
O estrabismo é o não alinhamento ocular (concomitante ou não concomitante). Um dos seus tratamentos é a oclusão
do olho normal, estimulando o olho doente. Isso deve ser feito em geral até os 4-5 anos (<6anos), para evitar a
ambliopia (acuidade visual reduzida sem lesão ocular que a justifique).
13. Lei de Sherrington
A lei de Sherrington é relacionada a motilidade ocular: quando há um estímulo nervoso de ativação de um músculo
agonista ocular, ao mesmo tempo há um estímulo nervoso inibitório ao seu músculo antagonista.
14. Lei de Hering
A lei de Hering é relacionada a motilidade ocular: quando há um estímulo nervoso de ativação de um músculo agonista
ocular, ao mesmo tempo há um estímulo nervoso idêntico ao seu músculo conjugado.
15. Teste de Hirshberg
É um dos testes para a detecção do estrabismo. Ele é realizado no escuro, com uma lanterna de olho, pedindo-se para
que o paciente olhe em direção à luz. Será positivo para estrabismo se o reflexo da luz não estiver no centro pupilar
(bordo pupilar 15º ; entre bordo e limbo esclerocorneano 30º ; limbo esclerocorneano 45º ).
16. Desague do canal nasolacrimal
Meato inferior nasal
17. Presbiopia
A presbiopia é um tipo de ametropia, conhecido como “vista cansada”, caracterizado pela perda da capacidade de
focalização (dificultando a visão de perto, ex. leitura). É causado principalmente pela perda da acomodação do
cristalino (rigidez / perda da elasticidade, ou músculo enfraquecido), que não consegue mais convergir os raios
luminosos que chegam ao olho.
18. Filme lacrimal
O filme lacrimal é a película de lágrima que se forma anteriormente ao globo ocular e tem a função de proteção,
lubrificação e nutrição de partes do olho. É constituído por 3 camadas, cada qual produzida por uma estrutura:

Mucina: produzido pelas células caliciformes conjuntivais. Camada mais interna do filme, em contato com a
córnea, distribuindo homogeneamente o filme lacrimal.

Aquosa: produzida pelas glândulas lacrimais, Krause e Wolfring. É a camada mediana do filme, que contém
oxigênio (nutrição da córnea), lisozima e imunoglobulinas (defesa).

Lipídica/Gordura: produzida pelas glândulas de Meibomio, principalmente. Quando as pálpebras se abrem,
essa camada (mais externa) se espalha sobre a camada aquosa, impedindo sua exposição e retardando sua
evaporação.
Com o olho aberto, o conteúdo aquoso evapora lentamente, aproximando a camada de mucina da lipídica, formando a
mancha seca (dry spot), uma região hidrofóbica (repele água), configurando a rotura do filme lacrimal.
19. Artéria oftálmica
Ramo da artéria carótida interna. Divide-se em artéria central da retina, artérias ciliares posteriores (irrigam corpo
ciliar, íris e coróide) e anteriores (derivadas dos ramos musculares e que originam artérias conjuntivais anteriores).
Também irriga os músculos externos do globo ocular.
20. Fenômeno de Tyndall
Efeito por meio do qual se pode detectar proteínas e células em suspensão (fragmentos do cristalino, restos hemáticos
ou pigmentos na câmara anterior) dentro do humor aquoso quando atravessadas por um raio de luz.
21. Estruturas da Úvea e suas funções

Íris: estrutura circular, presente entre a córnea e o cristalino, que funciona como o diafragma do olho (controla
a entrada de luz). Apresenta a pupila em seu centro, que permite a passagem dos raios luminosos e pode
fechar ou abrir reflexamente, dependendo do grau de iluminação do meio. Para isso possui uma musculatura
estriada (inervada pelo SNS, que promove midríase) e uma circular (inervada pelo SNPS, que promove miose)

Corpo ciliar: apresenta uma parte motora (músculo ciliar que distende ou contrai o cristalino) e uma parte
secretora (processos ciliares que produzem o humor aquoso). Pelas zônulas de Zinn consegue controlar o grau
de convergência do cristalino, permitindo o fenômeno da acomodação: para visão de perto há relaxamento das
zônulas e abaulamento do cristalino (aumenta poder de convergência); para visão de longe, as zônulas
contraem, afinando o cristalino.

Coróide: membrana entre a esclera e a retina, responsável pela nutrição dos 2/3 posteriores da retina e pela
comunicação do nervo óptico à ora serrata (retina anterior)
22. Ossos da órbita (7)
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
Maxilar superior (assoalho) – enoftalmia
Apófise palatina
Etmóide (medial) – exoftalmia e proptose (ar ao raio x e crepitação à palpação)
Frontal
Zigomático
Esfenóide
Lacrimal – enoftalmia (sinal da gota pendente ao raio x)
23. Proteínas dos pigmentos visuais


Cones: visão fotóptica – proteína fotopsina + 11-cis retinal (vit A)
Bastonetes: visão escotópica – proteína rodopsina (escotopsina + 11-trans retinal)
24. Localização da glândula lacrimal
A glândula lacrimal principal está localizada na fossa lacrimal: ângulo supraexterno da órbita
25. Camadas da córnea
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

Epitélio
Membrana de Bowman
Estroma
Membrana de Descemet
Endotélio
26. Catarata: definição e manifestações clínicas e tratamento
A catarata é uma doença do cristalino, na qual ele vai se tornando progressivamente turvo. Pode ser desencadeada
por diversos fatores como traumatismo, idade (desnaturação protéica), exposição ao sol ou à radiação ionizante,
corticóides, DM, uveítes, medicamentos, etc.
Manifesta-se clinicamente por dificuldade de enxergar com nitidez (visão turva).
O tratamento clinico não é curativo, apenas retarda o desenvolvimento da doença
O tratamento cirúrgico é feito por facectomia (retirada do cristalino), realizado de 3 maneiras diferentes:
 Intracapsular: abre-se o globo ocular e retira-se todo o cristalino. Corrige a visão com óculos
 Extracapsular: rompe-se a cápsula anterior do cristalino e retira-se o núcleo, deixando a cápsula posterior para
colocação de prótese. Se esta também estiver turva, ou se tornar com o tempo, deve ser rompida com laser.
 Facoemulsificação: aspiração dos fragmentos nucleares do cristalino por meio de um orifício na câmara
anterior. Por ele insere-se uma lente, sem a necessidade de sutura. Só pode ser feito em estágios não muito
avançados.
27. DEFINIR:

DISTRIQUÍASE: anomalia de posição na qual há dupla carreira de cílios

TRIQUÍASE: anomalia de posição na qual os cílios nascem voltados para dentro do globo ocular

MADAROSE: anomalia de posição na qual há ausência de cílios

ENTRÓPIO: anomalia de posição na qual a borda da pálpebra está virada para o globo ocular. Pode causar
traumatismos pelos cílios. O tratamento é feito com retirada dos cílios, lubrificação intensa do olho, ou cirurgia.

ECTRÓPIO: anomalia de posição na qual a borda da pálpebra está virada para o exterior, levando a lacrimejamento
permanente. O tratamento é cirúrgico.

BLEFARITE: inflamação da pálpebra (borda palpebral), geralmente alérgica, com hiperemia, prurido e queda ciliar. O
tratamento é com higiene palpebral, pomada antiinflamatória e tratamento da causa de base.

ORDÉOLO: cisto com bactérias que se forma pela obstrução do ducto excretor das glândulas sebáceas (glândulas de
meibomio (interna) e de Zeiss (externa)). É doloroso e hiperemiado. O tratamento é feito com compressas quentes,
além de pomada ATB. Se evoluir para abscesso o tratamento é drenagem e ATB sistêmico.

CALÁZIO: cisto sebáceo no corpo palpebral, indolor e imóvel. Deve ser drenado. Se muito grande, induz ptose
palpebral e pode ter tratamento cirúrgico.

PTERÍGIO: neoformação conjuntival, de canto interno ou externo, que se forma sobre a córnea, em formato
triangular, com vértice voltado para a pupila. Pode provocar visão turva quando recobre a pupila. Tto: cirúrgico.
28. Defina conjuntiva
Membrana mucosa delgada, que reveste a parte interna da pálpebra (conjuntiva palpebral) e a parte anterior do globo
ocular (conjuntiva bulbar), estando aderida apenas na borda palpebral e no limbo esclerocorneano. Tem como função
proteção, defesa, mecânica (faciliar o deslocamento do globo ocular) e lubrificação córnea (película pré-corneana).
Constituida de epitélio, córion adjascente e células caliciformes (produtoras de mucina). Vascularizada pelas artérias
conjuntivais posteriores (ramos das artérias palpebrais) e artérias ciliares anteriores.
29. Descreva iridodonese e sua causa
A Iridodonese é uma alteração traumática do cristalino que resulta em movimento anormal, semelhante a tremor, da
íris. Ocorre devido à luxação do cristalino, fazendo com que a íris perca o seu apoio.
30. Defina lagoftalmia e sua causa
A lagoftalmia é uma incapacidade de fechamento palpebral, deixando uma fenda palpebral constante e exposição da
esclera ocular. É causada por paralisia do músculo orbicular (inervado pelo nervo facial) , responsável pelo fechamento
das pálpebras. Como leva a um ressecamento ocular, o tratamento deve ser feito com lágrimas artificiais. Se grave, é
cirúrgico (tarsorrafia)
31. Correção para quando há um foco sobre a retina e outro após e qual é a sua classificação
Astigmatismo hipermetrópico simples. Corrigido por lente cilíndrica composta
32. Correção para quando há dois focos antes da retina e qual é a sua classificação
Astigmatismo miótico composto. Corrigido por lente esferocilíndrica divergente
33. Estrutura que dá passagem ao nervo óptico
Esclera (fibrótica e vacular). O nervo óptico passa pelo globo ocular por meio do orifício esclerótico posterior.
34. Indicação de facectomia
A retirada do cristalino está indicada em casos de catarata.
35. Defina ceratocone
Ceratocone é um acometimento da córnea, com amolecimento e ectasia (formato mais cônico) da mesma. Modifica a
visão, com imagens múltiplas e sensibilidade à luz. Pode ser uni ou bilateral. O tratamento é com lente corretiva ou
cirúrgico.
36. Estrabismo
O estrabismo é o não alinhamento ocular. Pode ser concomitante (o desvio é o mesmo em todas as direções do olhar)
ou não concomitante (o desvio varia de acordo com a direção do olhar). Pode ocasionar disfunção da visão binocular
(horóptero e área de pannum), supressão e/ou ambliopia (acuidade visual reduzida sem lesão ocular que a justifique),
alterações psicológicas e exclusão social. O diagnóstico é pelas anamnese, exame físico, exame oftalmológico,
semiologia motora e sensorial. A motora é por meio de 3 testes: teste de Hirschberg (escuro, olha para luz, deve atingir
o centro pupilar. Se atingir o bordo 15º, entre o bordo e o limbo 30º, no limbo 45º), teste de Krimsky (realizado com
lente prismática) e teste de cobertura (cobre-se o olho bom). O tratamento é com óculos (quando a causa é
hipermetrope), com oclusão (do olho bom em horas ou dias alternados) ou cirúrgico (aborda a musculatura). O
estrabismo secundário ocorre por doenças oculares ou sistêmicas. Até os 5 anos é esotropico (para dentro) e acima de
5 anos é exotropico (para fora). Como a musculatura é normal, o desvio é concomitante.
37.
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