REPOSIÇÃO DE GH EM UM CASO DE ACROMEGALIA TRATADA: UMA ASSOCIAÇÃO SINGULAR Aguiar, U.C.¹ - ([email protected]); Kozak, A.L.¹; Bonjorno, L.P.²; Eik Filho, W.³; Takahashi, M.H.³ ¹ Clínica Médica - Departamento de Medicina - Universidade Estadual de Maringá – PR; ²Curso de Graduação em Medicina -Universidade Estadual de Maringá – PR; ³Disciplina de Endocrinologia - Departamento de Medicina - Universidade Estadual de Maringá – PR INTRODUÇÃO CONCLUSÃO Acromegalia é resultado da produção excessiva do hormônio do crescimento (GH), e o macroadenoma hipofisário é sua principal etiologia. A ressecção cirúrgica transesfenoidal é o tratamento de escolha e uma complicação comum pósoperatória, principalmente quando associada à radioterapia, é o panhipopituitarismo. O déficit hormonal resultante aumenta a morbimortalidade dos pacientes, e melhora significativa ocorre com sua reposição. Deficiência de GH em adultos está associada à piora da qualidade de vida, redução da densidade mineral óssea, alterações na composição corporal, e aumento do risco cardiovascular. A reposição de GH melhora o bem-estar psicológico e qualidade de vida dos pacientes, justificando seu diagnóstico e tratamento precoces. A B C OBJETIVO Objetiva-se descrever um caso que aborda a associação singular entre estigmas acromegálicos e reposição de GH, em paciente com panhipopituitarismo decorrente do tratamento de macroadenoma secretor de GH. METODOLOGIA Análise de prontuário de paciente atendida no Hospital Universitário de Maringá. RELATO DE CASO Paciente de 42 anos, feminino, estatura: 1,91m, IMC: 37,55Kg/m² e fácies acromegálica. Encaminhada de outro serviço para acompanhamento de panhipopituitarismo apresentando hipotensão, insônia, ganho de peso, labilidade emocional, redução da libido e hipoglicemia sintomática. Aos 23 anos, iniciou quadro de cefaléia, amenorréia e estigmas acromegálicos. Em 1.996, detecção de processo expansivo suprasselar na ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio (3 cm), sendo realizada ressecção parcial (95%) via craniectomia frontal e o anatomopatológico confirmou adenoma hipofisário. Em 1.997, iniciou tratamento com Octreotida LAR 30 mg (análogo da Somatostatina) mensal, VIM, evoluindo com melhora clínica e redução dos níveis séricos de IGF-1 (1.700 para 30ng/mL). Em 1.998, a RNM de controle mostrou recidiva tumoral e IGF-1 de 516ng/mL. Realizada ressecção via transesfenoidal e radioterapia. Em 2.013, nova RNM evidenciou sela túrcica vazia. Foi iniciada reposição oral diária com Levotiroxina 150 mcg, Prednisona 5mg, Pravastatina 20mg e Cicloprimogyna®. A reposição com GH recombinante - 1 UI, VSC/dia foi iniciada em 08/2015 e foi feito o ajuste da dose de Levotiroxina e Prednisona, obtendo melhora parcial da sintomatologia e do perfil hormonal laboratorial. Figura A: Paciente do caso, fácies acromegálica. Figura B: RNM crânio com processo expansivo suprasselar (3 cm). Figura C: RNM crânio com sela túrcica vazia (pós ressecção transesfenoidal). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Hipofisarios: una revisión crítica de nuestra experiencia. Acta Otorrinolaringol Esp. 2011;62(1):25—30; Bonert V. Diagnostic challenges in acromegaly: a case-based review. Best Practice & Research Clinical Endocrinology & Metabolism 23 Suppl. 1 (2009) S23–S30; Conceição FL, Boguszewski CL, Meister LHF. Deficiência de GH em Adultos: Resultados do Estudo Multicêntrico Brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metab vol 47 nº 3 Agosto 2003; Cordidoa F, Arnés, JAG, Aspirozc MM, et al. Practical guidelines for diagnosis and treatment of acromegaly. Endocrinol Nutr.2013;60(8):457.e1---457.e15 .