Fichas de Plantas com interesse para a Conservação

Propaganda
SITIOS DE S. MAMEDE E NISA/ LAGE DA
PRATA
Fichas de Plantas com interesse para a Conservação
Esta lista contém o elenco de plantas protegidas por legislação internacional e
nacional e outras que apesar de não terem estatuto de protecção, possuem um
elevado interesse para a conservação nacional ou regional dos Sítios, pelo
facto de serem espécies raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em
perigo de extinção. Incluímos ainda, espécies consideradas importantes ao
nível da composição e estrutura de diferentes habitats característicos da área
dos Sítios.
Anagallis tenella
Nome Científico: Anagallis tenella (L.) L.
Família: Primulaceae
Descrição
Planta perene, herbácea, de 7-25 cm de altura; folhas opostas ou subopostas,
raramente alternas, suborbiculares; flores com pedicelo, cor rosada e branco
na base, às vezes completamente branco. Floresce de Maio a Junho.
Ecologia
Arrelvados húmidos, turfeiras, locais encharcados temporariamente até aos
1500 metros de altitude.
Distribuição
W da Europa, Região Mediterrânica e Macaronésia. Na serra de S. Mamede
esta planta é vulgar.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Na serra de S. Mamede esta planta vive em
habitats turfosos. A sua protecção é relevante para a conservação destas
formações reliquiais de períodos climáticos passados onde o clima era mais
frio.
Aquilegia vulgaris subsp. dichroa
Nome Científico: Aquilegia vulgaris subsp. dichroa (Freyn) T.E. Díaz
Família: Ranunculaceae
Nome comum: “erva-pombinha”
Descrição
Planta com caules de 20-75 cm, densamente vestidos de pêlos; folhas bitrissectas, verde-glaucescentes na página superior; flores bicolores; sépalas
azuis; tépalas nectaríferas azul mas branco no ápice. Floresce de Maio a
Junho.
Ecologia
Planta que vive em sítios sombrios e húmidos sobre coberto de matas
caducifólias.
Distribuição
NW da Península Ibérica e Macaronésia (Açores). Em Portugal, no N, C e SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita (NW da Península Ibérica e Açores).
Arenaria conimbricensis
Nome Científico: Arenaria conimbricensis Brot.
Família: Caryophyllaceae
Descrição
Terófito de 5-15 cm, puberulento-glanduloso com caule ramoso; folhas lineares
a linear-lanceoladas; flor disposta em cimeira frouxa, com várias a muitas
flores. Floresce de Março a Junho.
Ecologia
Terrenos incultos e sítios secos.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no C e S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no C e S do
País. É ainda uma planta interessante do ponto de vista da conservação por
integrar comunidade inédita da Isoeto-Nanojuncetea.
Armeria beirana
Nome Científico: Armeria beirana Franco
Família: Plumbaginaceae
Nome comum: “armeria”
Descrição
Planta herbácea arrosetada; folhas lanceoladas, acuminadas, marcescentes;
escapos erectos com 20-60cm; flores rosadas, rosa-lilacíneas ou brancas.
Floresce de Maio a Agosto.
Ecologia
Esta planta surge nas fendas largas das rochas graníticas da serra de S.
Mamede, nas matas caducifolias, sobre substratos ácidos, geralmente de
grandes altitudes.
Distribuição
Endémica de W da Península Ibérica. A Serra de S. Mamede é o limite sul da
sua área de distribuição.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita à Península Ibérica, sendo que o seu limite Sul de distribuição se
encontra na serra de S. Mamede.
Blechnum spicant
Nome Científico: Blechnum spicant (L.) Roth
Família: Blechnaceae
Nome vulgar: “feto-pente”
Descrição
Planta com rizoma revestido de numerosos e pequenos catafilos castanhos e
lineares; folhas oblongo-lanceoladas, 25-60 segmentos de cada lado.
Ecologia
Zonas húmidas e sombrias até aos 1000 m, sobre solos ácidos.
Distribuição
Por toda a Europa, Islândia, N de África, Macaronésia (excepto Cabo Verde),
Ásia Menor e Cáucaso. Em Portugal continental no NW, C (excepto CS) e serra
de Monchique.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante em S.
Mamede por fazer parte de habitats rochosos pouco frequentes.
Caltha palustris
Nome Científico: Caltha palustris L.
Família: Ranunculaceae
Nome comum: “malmequer-dos-brejos”
Descrição
Planta anfíbia que enraíza no solo encharcado. Caules aéreos; folhas
predominantemente basilares, crenadas a dentadas; flores com pétalas
douradas na página superior e frequentemente esverdeadas na inferior.
Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Planta ripícola que vive em arrelvados húmidos.
Distribuição
Eurásia, N da América, N e C da Península Ibérica. Em Portugal no NE, sendo
a serra de S. Mamede o limite sul da sua área de distribuição.
Estatuto de Protecção
Esta planta, embora sem estatuto de protecção, não é muito abundante em
Portugal. A sua área de distribuição restringe-se ao NE de Portugal, sendo a
serra de S. Mamede o seu limite sul de distribuição.
Carex demissa
Nome Científico: Carex demissa Hornem.
Família: Cyperaceae
Descrição
Planta cespitosa de caules férteis, lisos, frequentemente arqueados; folhas
lisas, planas, rígidas, pardas ou verde pálido; espiga solitária, cilíndrica ou
fusiforme, pendunculada; espiga feminina oblonga ou elíptica, erecta. Floresce
de Maio a Julho.
Ecologia
Arrelvados húmidos e turfeiras, sobre solos ácidos.
Distribuição
N, W e C da Europa. Em Portugal no N e C.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Na serra de S. Mamede esta planta vive em
habitats turfosos. A sua protecção é relevante para a conservação destas
formações reliquiais de períodos climáticos passados, onde o clima era mais
frio.
Carduus platypus
Nome Científico: Carduus platypus Lange
Família: Asteraceae (Compositae)
Nome comum: “cardo”
Descrição
Planta subarrosetada até 85 cm de altura; folhas oblongas, glabras na página
superior e pêlos nas nervuras da página inferior. Floresce de Maio a Junho.
Ecologia
Terrenos cultivados, incultos e ripícola.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no NW, Terra Fria, CE
montanhoso.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre a norte da serra
de S. Mamede.
Castanea sativa
Nome Científico: Castanea sativa Mill.
Família: Fagaceae
Nome comum: “castanheiro”
Descrição
Árvore caducifólia de até 30 m; tronco cinzento-claro e brilhante, fendido em
placas verticais; raminhos glabros, castanho-avermelhados com numerosas
lentículas claras; folhas oblongo-lanceoladas, serrado-dentadas, glabrescentes
mas escamulosas na página inferior. Floresce de Maio a Junho.
Ecologia
Vive em soutos ou castinçais em regiões montanhosas ou locais frescos, em
substratos silícios ou calcários descalcificados.
Distribuição
É oriunda dos Balcãs, Ásia Menor e Cáucaso, cultivada e naturalizada na
Região Mediterrânica, C e W da Europa e Macaronésia. Em Portugal surge no
N, CN, CE, serras de Sintra e d`Ossa, e SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A presença desta espécie é importante para a
manutenção e conservação do habitat 9260 (Florestas de Castanea sativa).
Celtica gigantea
Nome Científico: Celtica gigantea (Link) F. M. Vázquez
Família: Poaceae (Gramineae)
Nome comum: “baracejo”
Descrição
Colmo com 50-250 cm, robusto, erecto e glabro; folhas convolutas, por vezes
parcialmente planas, glabras e lisas na face externa, puberulentas na interna;
bainhas glabras ou ligeiramente ciliadas; espiguetas com 22-35 mm. Floresce
de Março a Agosto.
Ecologia
Arrelvados vivazes silicícolas e terrenos incultos.
Distribuição
Península Ibérica e N África (Marrocos). Frequente em quase todo Portugal
continental.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A presença desta espécie é importante para a
manutenção e conservação do habitat 6220 pt4 (Arrelvados vivazes silicícolas
de gramíneas altas).
Cephalanthera longifolia
Nome Científico: Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch
Família: Orchidaceae
Descrição
Planta com 17-60 cm; caules delgados, estriados, verdes; folhas lanceoladas a
lineares; inflorescências com 4-21 flores, bráctea basal glabra; flores com
sépalas lanceoladas, brancas; pétalas laterais oblongas, brancas; labelo rosa
claro esbranquiçado com uma mancha amarela. Floresce de Março a Julho.
Ecologia
Orlas húmidas e sombrias de bosques caducifólios.
Distribuição
Grande parte da Europa (excepto NE), Cáucaso, W e SE da Ásia, Índia e N
África. Em Portugal, no NE, CW, C e pontualmente no SE.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é elevada, a nível de biodiversidade, assim
como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Cistus inflatus
Nome Científico: Cistus inflatus Pourr. ex Demoly
Família: Cistaceae
Nome comum: “sanganho”
Descrição
Arbusto perenifólio de pequeno porte, muito ramoso; com folhas opostas,
oblongas ou oblongo-lanceoladas, verdes, com pêlos simples compridos e
outros estrelados em ambas as páginas; flores com pétalas brancas, reunidas
em cimeiras apicais; sépalas cordadas e revolutas. Floresce de Maio a Julho.
Ecologia
Matos e matagais xerofíticos, mais frequentemente em urzais do que em
estevais, suporta bem a sombra e ambientes ruderalizados.
Distribuição
Endémica do W da Península Ibérica. Em Portugal ocorre por todo o território
continental.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante,
embora esteja bem representado em Portugal, a sua área geográfica de
distribuição está restrita à parte ocidental da Península Ibérica.
Cytisus multiflorus
Nome Científico: Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Nome comum: “giesta-branca”; “piorno-branco”
Descrição
Arbusto de 0,5 m, erecto, com aspecto retamoide; folhas bem desenvolvidas só
depois da floração, ramos angulosos, densamente seríceas quando jovens,
glaberescentes mais tarde, estipuladas, com folíolos seríceos em ambos os
lados; flores axilares, solitárias ou em grupos 2-3(4); pedicelos tomentosos,
com 3 brácteas triangulares; corola branca, caduca. Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Matos, matagais, sítios rochosos, frequentemente sobre solos graníticos e
quartziticos.
Distribuição
W da Península Ibérica, introduzida no N América, Austrália e W Europa. Em
Portugal ocorre no N e CE até à serra de S. Mamede. Surge ainda
pontualmente no SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
natural restrita ao W da península Ibérica.
Cytisus striatus
Nome Científico: Cytisus striatus (Hill) Rothm.
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Nome comum: “giesta-das-serras”
Descrição
Arbusto alto com 1-3 m de altura, caducifólio; raminhos estriados e acetinados
ou vilosos em novos; folhas na base dos ramos, formadas por 3 folíolos; flores
solitárias de cor amarela; fruto em forma de vagem coberta de pêlos. Floresce
de Fevereiro a Junho.
Ecologia
Vive em matas, matos, orlas de bosques bem expostas ao sol sobre solos
profundos. É muito frequente colonizar plantações florestais e solos
abandonados pela agricultura.
Distribuição
W Península Ibérica e NW de Marrocos. Em Portugal ocorre por todo o
território. A sua área de distribuição tem sido alargada pela acção do Homem.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, W da Península Ibérica e NW de Marrocos.
Dactylorhiza markusii
Nome Científico: Dactylorhiza markusii (Tineo) Baumann & Künkele
Família: Orchidaceae
Descrição
Planta com 19-27 cm; caule verde; folhas linear-lanceoladas, verde-claro;
inflorescências com 8-27 flores; brácteas lanceoladas, verdes; sépalas ovadas,
amarelo pálido; pétalas laterais ovadas, amarelo pálido; labelo, ovado,
trilobado, amarelo pálido.
Ecologia
Arrelvados e orlas de matos e bosques sobre substratos silícios.
Distribuição
SW da Europa e NW de África.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceaes possuem, de uma maneira
geral, uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é elevada, a nível de biodiversidade e na
manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e
fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Digitalis thapsi
Nome Científico: Digitalis thapsi L.
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “pegajo”; “dedaleira”
Descrição
Planta subarrosetada revestida por um indumento amarelo, glutinoso, de pêlos
glandulosos; folhas inteiras a serradas, alternas; inflorescência frouxa,
geralmente ramificada na base, cálice verde, corola tubuloso-campanulada,
externamente cor-de-rosa e internamente esbranquiçada pintalgada a cor-derosa.
Ecologia
Planta nitrófila, rupícola, vive em terrenos secos e nas fissuras das rochas.
Distribuição
Endémica do SW da Península Ibérica.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante,
uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, o
SW da Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre em Trás-osMontes, Minho, Beira e Alto Alentejo.
Drosophyllum lusitanicum
Nome Científico: Drosophyllum lusitanicum (L.) Link
Família: Droseraceae
Nome comum: “erva-babosa”
Descrição
Planta perene, insectívora; folhas arrosetadas na base; flores de cor amarela.
Ecologia
Vive em sítios secos, charnecas, pinhais, sobre solos arenosos.
Distribuição
S e W da Península Ibérica e NW de África. Em Portugal ocorre pontualmente
em todo o território, excepto no Minho e Trás-os-Montes.
Estatuto de Protecção
A conservação desta planta é de grande importância uma vez que não é muito
frequente. Em Portugal ocorre pontualmente em todo o território, excepto no
Minho e Trás-os-Montes e a sua área de distribuição restringe-se ao S e W da
Península Ibérica e NW de África.
Dryopteris affinis
Nome Científico: Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenkins
Família: Aspidiaceae
Nome comum: “falso-feto-macho”
Descrição
Planta rizomatosa, com 20-150cm; pecíolo com ½ do tamanho do limbo,
densamente paleáceo; páleas na sua maioria filiformes, algumas lanceoladas
com ápice filiforme, castanho-avermelhadas a castanho-escuras; limbo
lanceolado a triangular-lanceolada, coreáceo, verde-escuro. Floresce de Maio a
Novembro.
Ecologia
Ambientes rochosos, lugares húmidos e sombrios
Distribuição
Europa, NW de África, N da Turquia. Em toda a Península Ibérica, muito raro
no quadrante SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez
que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área geográfica de distribuição.
Dryopteris filix-mas
Nome Científico: Dryopteris filix-mas (L.) Schott
Família: Aspidiaceae
Nome comum: “fentanha-macha”; “fento-macho”
Descrição
Planta rizomatoza; folhas pecioladas, acastanhadas. Floresce de Maio a
Novembro.
Ecologia
Planta ripícola, que vive em locais frescos e montanhosos.
Distribuição
Zonas temperadas no Hemisfério Norte, SW da Índia e Andes. Frequente na
metade N da Península Ibérica e muito raro na parte S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez
que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição e também
por esta fazer parte de habitats rochosos pouco frequentes.
Epipactis helleborine subsp. tremolsii
Nome Científico: Epipactis helleborine subsp. tremolsii (Pau) Klein
Família: Orchidaceae
Nome comum: “heleborinha”
Descrição
Planta herbácea com 20-70 cm; caule verde grisáceo que pode chegar a verdeescuro, com tons violáceos longitudinalmente; folhas caulinares helicoidais,
ovadas,
verde
escuro-oliváceo;
inflorescências
com
15-40
flores,
campanuladas; brácteas da flor basal oval-lanceolada, verde com tonalidades
purpúreas; sépalas de cor verde amarelado com tons violáceos; pétalas
laterais, oval-lanceoladas, de cor semelhante ás sépalas; labelo verde do lado
exterior com margens esbranquiçadas a rosadas, do lado interior mais escuro,
podendo chegar a negro. Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Bosques caducifólios, orlas herbáceas, sobre substratos frescos e húmidos.
Distribuição
W da Região Mediterrânica, dispersa por quase toda a Península Ibérica. Em
Portugal ocorre no NW, C e S.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim
como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Erica australis
Nome Científico: Erica australis L.
Família: Ericaceae
Nome comum: “urze-vermelha”
Descrição
Arbusto alto, que chega atingir os 2m; ramos lenhosos e ramificados; folhas
verdes, lineares, glabras ou pubescentes. As flores são dispostas em umbela,
agrupadas na extremidade dos ramos; corola de cor rosa-avermelhada,
tubulosa. Floresce de Fevereiro a Agosto.
Ecologia
Vive em matos seriais, em áreas montanhosas e em matagais seriais de
tendências xerófilas, em áreas menos elevadas e sobre solos ácidos. É uma
espécie beneficiada pelo fogo.
Distribuição
Península Ibérica e NW de África, em Portugal por todo a parte continental,
embora rara no SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita, a Península Ibérica e NW de África, embora em Portugal esteja bem
representada um pouco por todo o País, à excepção do SE, onde é menos
frequente.
Erica ciliaris
Nome Científico: Erica ciliaris L.
Família: Ericaceae
Nome comum: “lameirinha”
Descrição
Arbusto com apenas 80 cm de altura, ramos lenhosos, ramificados, e
pubescentes; folhas verdes de margens revolutas e pêlos glândulosos na
margem; flores em cachos terminais; corola tubular, rosa-avermelhado.
Floresce de Maio a Setembro.
Ecologia
Matos seriais higrófilos e meso-higrófilos sobre solos ácidos e húmidos, em
áreas pouco elevadas de clima oceânico. Aparece geralmente nos urzais da
Classe Calluno-Ulicetea de cobertura elevada dominada por urzes, tojos,
estevas, entre outras.
Distribuição
W da Região Mediterrânica, em Portugal no NW, CN, CS e SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que a sua presença é indispensável para a conservação
e manutenção do habitat prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas
temperadas de Erica tetralix e Erica cilliaris).
Erica lusitanica
Nome Científico: Erica lusitanica Rudolphi
Família: Ericaceae
Nome comum: “urze-branca”, “queiroga”
Descrição
Arbusto alto, erecto, que pode exceder os 2 m de altura; ramos lenhosos,
ramificados, densamente pubescentes; folhas verdes e lineares; flores
solitárias ou em pequenas umbelas, muito densas e agrupadas na extremidade
dos ramos; corola branca ou branco-rosada, tubulosa-campanulada. Floresce
de Dezembro a Março.
Ecologia
Vive em margens de linhas de água temporárias, matos sobre solos frescos,
charnecas húmidas, sobre solos ácidos.
Distribuição
SW de França e Península Ibérica. Em Portugal no C e S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita, SW de França e Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre
no C e S do País.
Erica scoparia
Nome Científico: Erica scoparia L.
Família: Ericaceae
Nome comum: “urze-das-vassouras”
Descrição
Arbusto alto, erecto, excedendo frequentemente os 2 m de altura; ramos
lenhosos, ramificados; folhas verdes, lineares, glabras, de margens revolutas;
flores em pequenos cachos, muito densas e agrupadas na extremidade dos
ramos; corola esverdeada, campanulada. Floresce de Abril a Maio.
Ecologia
Matos e matagais seriais, sobre solos oligotróficos com hidromorfismo
temporário.
Distribuição
W da região Mediterrânica. Pouco frequente no Alentejo.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante,
uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao W da
Região Mediterrânica, sendo pouco frequente no Alentejo.
Erica tetralix
Nome Científico: Erica tetralix L.
Família: Ericaceae
Nome comum: “margariça”
Descrição
Arbusto lenhoso, de baixo porte, 20-70 cm de altura; folhas verdes, verticiladas,
de margens revolutas; flores em umbelas terminais com sépalas pálido-rosada.
Floresce de Abril a Outubro.
Ecologia
Matos seriais higrófilos em áreas montanhosas de clima temperado ou pluviomediterrânico e em matos turfófilos.
Distribuição
W e N da Europa. Em Portugal, no NW montanhoso, CW e CE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que a sua presença é relevante para a conservação e
manutenção do habitat prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas
temperadas de Erica tetralix e Erica cilliaris).
Erica umbellata
Nome Científico: Erica umbellata L.
Família: Ericaceae
Nome comum: “queiró”; “queiroga”; “torga”
Descrição
Arbusto lenhoso de pequeno porte, amoitado, denso, com rebentos
pubescentes; folhas lineares, subimbricadas, mais ou menos pubescentes;
flores dispostas 3-6 umbelas terminais; pedicelos com 2-4 mm, pubescentes;
sépalas ovadas; corola púrpura-rosado-vivo, com lobos erectos; anteras
geralmente excertas. Floresce de Março a Agosto.
Ecologia
Vive em urzais e matos xerofílicos.
Distribuição
Península Ibérica e NW de Africa. Em Portugal é vulgar excepto no CW
calcário.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A protecção desta planta é importante para a
manutenção e conservação do habitat 4030 (Charnecas secas europeias).
Festuca ampla
Nome Científico: Festuca ampla Hack.
Família: Poaceae (Gramineae)
Nome comum: “erva-carneira”
Descrição
Hemicriptófito semi-arrosetado; folhas medianas a compridas, filiformes,
conduplicadas, as caulinares por vezes planas e estreitamente lineares, de cor
verde; bainhas amareladas; panícula mais ou menos aberta na floração;
espiguetas com flores férteis; gluma e lema verdes. Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Arrelvados xerofíticos, matos ou matas ralas sobre solo pedregoso ou arenoso,
geralmente ácido.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica, embora em Portugal esteja representada um
pouco por todo o País.
Flueggea tinctoria
Nome Científico: Flueggea tinctoria (L.) G.L. Webster
Família: Euphorbiaceae
Nome comum: “tamujo”
Descrição
Arbusto com até 150 cm de altura; ramos finos, erecto-patentes, cilíndricos,
espinescentes e avermelhados; folhas alternas, oblongo-obovadas, obtusas ou
emarginadas; inflorescencias com flores axilares, solitárias 2-4(6), pétalas
nulas.
Ecologia
Margens arenosas e leitos secos de curso de água.
Distribuição
SW da Península Ibérica, em Portugal ocorre nas Bacias do alto Douro, alto
Tejo e Guadiana.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre nas bacias do
alto Douro, alto Tejo e Guadiana. A sua presença é ainda importante para a
conservação e manutenção dos habitats ribeirinhos.
Galium broterianum
Nome Científico: Galium broterianum Boiss.
Família: Rubiaceae
Descrição
Erva perene de caules ascendentes, frouxos, tetragonais; folhas com 4
verticilos; inflorescências corimbosas; flores brancas.
Ecologia
Coloniza sítios húmidos ou sombrios e montanhosos.
Distribuição
Endémica do C e S da Península Ibérica. Em Portugal no NW, Terra Fria, CE
montanhoso e SE montanhoso.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita ao C e S da Península Ibérica. Em Portugal só ocorre no NW, Terra
Fria, CE montanhoso e SE montanhoso, sendo a serra de S. Mamede o limite
sul da sua área de distribuição.
Genista anglica
Nome Científico: Genista anglica L.
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Nome comum: “aliaga”
Descrição
Arbusto 0,3-1 m, espinhoso; folhas alternas, glabras, glaucas, lanceoladas ou
elípticas; inflorescências terminais com 5-20 flores; brácteas elípticas, glabras,
glaucas, com margem escariosa, linear-lanceoladas; cálice campanulado,
bilabiado, glabro; corola amarela; vagem acastanhada. Floresce de Março a
Junho.
Ecologia
Matos e charnecas húmidas
Distribuição
W e SW da Europa. Em Portugal, no N, CW, CS e SW.
Estatuto de Protecção
A conservação desta planta é importante, uma vez que apresenta uma área de
distribuição geográfica em Portugal muito restrita e pouco abundante. A sua
presença é ainda relevante para a conservação e manutenção do habitat
prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica tetralix e
Erica cilliaris).
Genista falcata
Nome Científico: Genista falcata Brot.
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Nome comum: “tojo-gadanho”
Descrição
Arbusto com apenas 1 m de altura; raminhos acetinados com espinhos, na
maioria tripartidos ou ramosos; folhas linear-lanceoladas a ovadas; flores em
cachos terminais, com poucas flores; vagem cilíndrica e encurvada no ápice.
Floresce de Março a Abril.
Ecologia
Matagais das orlas florestais e bosques jovens ou pouco densos, matos
mesofilos, sobre solos ácidos, em áreas de clima mediterrânico chuvoso.
Distribuição
Endémico do C e W da Península Ibérica. Em Portugal no N, CN, CE e CS.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante,
uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao C e W
da Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no N e C (excepto CW).
Halimium lasianthum subsp. alyssoides
Nome Científico: Halimium lasianthum subsp. alyssoides (Lam.) Greuter
Família: Cistaceae
Nome comum: “sargaça”
Descrição
Arbusto compacto; folhas oblongo-ovadas ou obovado-lanceoladas, verdeescuro na página superior e branco tomentoso na página inferior; flores em
cimeiras pedunculadas; pétalas amarelas. Floresce de Abril a Maio.
Ecologia
Matos, matagais e terrenos incultos, sobre solos húmidos.
Distribuição
SW da França e NW da Península Ibérica. Na serra S. Mamede surge muito
localizada encontrando aqui o limite sul da sua área de distribuição.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante por ser
uma planta muito localizada na área de estudo. A sua área de distribuição
restringe-se ao NW da Península Ibérica e na serra de S. Mamede encontra o
limite sul da sua área de distribuição.
Halimium ocymoides
Nome Científico: Halimium ocymoides (Lam.) Willk.
Família: Cistaceae
Nome comum: “sargaço-branco”
Descrição
Arbusto pequeno, com apenas 1 m; folhas obovadas, cinzento-tomentosas;
flores com pedúnculos longos e finos; 3 sépalas e 5 pétalas de cor amarela.
Floresce de Maio a Junho.
Ecologia
Vive em matos baixos, normalmente dominados por urzes, sobre solos
delgados e ácidos.
Distribuição
Península Ibérica e N de Marrocos. Em Portugal no N, excepto NE, C e S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica e N de Marrocos.
Halimium umbellatum
Nome Científico: Halimium umbellatum (L.) Spach
Família: Cistaceae
Descrição
Arbusto de 70 cm de altura, com numerosos ramos; folhas verde-escuro,
oblongo-lanceoladas; flores brancas em cimeiras terminais. Floresce de Março
a Maio.
Ecologia
Matos sobre influencia de clima fresco e húmido, frequentemente em solos
silícios.
Distribuição
França e NW da Península Ibérica, desde da serra de S. Mamede até à Sierra
Fria (Cáceres).
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância, uma vez que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área
geográfica de distribuição.
Juniperus oxycedrus subsp. lagunae
Nome Científico: Juniperus oxycedrus L. subsp. lagunae Pau
Família: Cupressaceae
Nome comum: “zimbro-galego”
Descrição
Arvore de pequeno porte, raramente maior que 6 m, muito ramosa de folhas
simples, 3 por nó.
Ecologia
Matagais estremes ou bosques mistos de quercineas, em encostas quentes e
secas.
Distribuição
C, E e S da Península Ibérica. Em Portugal no NE e CE (Alto Douro e Alto
Tejo).
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de elevada
importância por se tratar de uma planta pouco frequente, sem estatuto de
protecção. Em Portugal ocorre pontualmente no NE e CE (Alto Douro e Alto
Tejo) e a sua área de distribuição restringe-se apenas ao C, E e S da
Península Ibérica.
Lamium bifidum
Nome Científico: Lamium bifidum Cyr.
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Descrição
Planta com 10-40 cm de altura; folhas opostas, ovado-triangulares, crenadas;
corola bilabiada, com o lábio superior bífido; flores brancas. Floresce e frutifica
de Fevereiro a Maio.
Ecologia
Vive em incultos e descampados, arrelvados nitrófilos, frequentemente
subruderal junto a muros graníticos, ambientes húmidos, sobre substratos
ácidos.
Distribuição
C e W da Península Ibérica. Em Portugal no Alto Alentejo e na Beira Baixa.
Estatuto de Protecção
Planta sem estatuto de protecção, embora seja pouco frequente e restrita ao
Alto Alentejo e Beira Baixa. A sua conservação é de elevada importância.
Lavandula luisieri
Nome Científico: Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Nome comum: “rosmaninho”
Descrição
Arbusto de pequeno porte, aromático, perenifólio; folhas acinzentadotomentosas; flores agrupadas numa espiga compacta e angulosa, maior que o
pedúnculo; brácteas terminais estéreis, violetas ou purpúreas; corola purpúreaanegrada. Floresce de Março a Outubro.
Ecologia
Matos baixos e termófilos.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica. C e S de Portugal.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no C e S. A sua
presença é ainda relevante por fazer parte de diversos habitats.
Lavandula sampaioana
Nome Científico: Lavandula sampaioana (Rozeira) Rivas-Mart., T.E. Díaz &
Fern. Gonz.
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Nome comum: “rosmaninho-maior”
Descrição
Arbusto de pequeno porte, aromático, perenifólio; folhas acinzentadotomentosas ou verde-acinzentado-tomentosas, linerares de margens revolutas;
flores agrupadas numa espiga subcilindrica, menor que o pedúnculo; brácteas
terminais estéreis, violáceas a pálido-lilacíneas; corola purpúrea-anegrada.
Ecologia
Matos baixos, termófilos, sobre solos pobres em nutrientes e derivados de
rochas duras.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo importante, uma
vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península
Ibérica, sendo também uma espécie relevante na constituição de diferentes
habitats.
Leuzea conifera
Nome Científico: Leuzea conifera (L.) DC.
Família: Asteraceae (Compositae)
Descrição
Planta com 5-30 cm podendo atingir os 50 cm; caule branco lenhoso, folhoso
até ao capítulo; folhas lanceoladas, inteiras ou penapartidas, pecioladas; corola
purpúrea ou esbranquiçada.
Ecologia
Clareiras de matos e de machiais sobre solos margosos e pedregosos.
Distribuição
W da Região Mediterrânica. Em Portugal ocorre no NE e CW calcários, CS, SE
e Barrocal Algarvio.
Estatuto de Protecção
Planta rara sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de
elevada importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de
distribuição muito restrita, o W da Península Ibérica. Em Portugal só ocorre nos
calcários do NE, CW, CS, SE e Barrocal Algarvio, sendo que a sua presença é
rara.
Limodorum abortivum
Nome Científico: Limodorum abortivum (L.) Sw.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “limodoro-mal-feito”
Descrição
Planta com 10-47 cm de altura; folhas inteiras envaginadas, lanceoladas na
parte superior; inflorescência 4-28 flores; bráctea da flor basal acuminada,
sépalas oval-lanceoladas a oblongo-lanceoladas, violáceas; pétalas linearlanceoladas, laterais, violáceas, labelo concavo, violáceo com o interior branco
com nervuras violáceas. Floresce de Abril a Maio.
Ecologia
Orlas sombrias de matagais e bosquetes.
Distribuição
W da Região Mediterrânica. Em Portugal, no C, SE e S.
Estatuto de Protecção
As espécies da família das Orchidaceaes de uma maneira geral possuem uma
beleza muito atractiva. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a
sua importância é elevada, a nível de biodiversidade, assim como, na
manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e
fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Linaria amethystea
Nome Científico: Linaria amethystea (Vent.) Hoffmanns. & Link
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “esporão”; “esporas-bravas”
Descrição
Planta
glabra
ou
puberulento-glandulosa,
em
geral
pubescente
(frequentemente com pêlos violáceos) na inflorescência, multicaule; caules com
5-35 cm, ascendentes, geralmente simples; folhas lineares a lanceoladas,
verticiladas e alternas; cachos com 2-5(10) flores, geralmente frouxos; corola
violáceo-azulada, amarelo-vivo ou branco-creme; esporão com 4-15 mm, fino.
Ecologia
Terrenos cultivados e incultos.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no C, SW e SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à
Península Ibérica.
Linaria incarnata
Nome Científico: Linaria incarnata (Vent) Sprengel
Família: Scrophulariaceae
Descrição
Planta frequentemente unicaule; simples ou pouco ramificado, por vezes piloso
na base; folhas alternas; cachos geralmente com mais de 10 flores; corola
violácea a purpúreo-avermelhada, com lábios muito abertos e lobos do lábio
superior divergentes; esporão até 11 mm.
Ecologia
Terrenos cultivados e arrelvados xerofílicos.
Distribuição
Península Ibérica, naturalizada no C e NW da Europa. Em Portugal ocorre na
bacia do Douro, CE, CW arenoso, SE e SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez
que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península Ibérica,
embora já se encontre naturalizada no C e NW da Europa.
Linaria saxatilis
Nome Científico: Linaria saxatilis (L.) Chaz.
Família: Scrophulariaceae
Descrição
Planta herbácea densamente pubescente-glandulosa; folhas lineares a
oblongo-elípticas, alternas; flores amarelas. Floresce de Março a Setembro.
Ecologia
Sítios secos arenosos ou pedregosos, incultos.
Distribuição
N e C da Península Ibérica. Em Portugal no NW, Terra Fria e CE montanhoso.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se ao
N e C da Península Ibérica, sendo a serra de S. Mamede o limite sul.
Linaria triornithophora
Nome Científico: Linaria triornithophora (L.) Willd.
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “esporas-bravas”
Descrição
Planta glabra, geralmente com um só caule de 50-130 cm, erecto; folhas
lanceoladas; flores de cor purpúrea. Floresce de Abril a Setembro.
Ecologia
Sebes e matas caducifólias.
Distribuição
É endémica da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no NW, Terra Fria, CW
arenoso e CE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à
Península Ibérica, sendo a serra de S. Mamede o limite sul de distribuição.
Lonicera periclymenum subsp. hispanica
Nome Científico: Lonicera periclymenum subsp. hispanica (Boiss. & Reut.)
Nyman
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “madressilva”
Descrição
Liana caducifólia, raramente com mais de 5 m; folhas oposto-cruzadas,
elípticas a oblongas; flores branco-amareladas; fruto em baga avermelhada.
Floresce de Maio a Junho.
Ecologia
Vive em bosques caducifólios ou perenifólios.
Distribuição
W, C, S da Península Ibérica. Em Portugal, Terra Quente, CE montanhoso e
SW montanhoso, rara no CW calcário.
Estatuto de Protecção
A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que
apresenta uma área geográfica de distribuição restrita a uma parte da
Península Ibérica. A serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de
distribuição.
Luzula lactea
Nome Científico: Luzula lactea Link ex E.H.F. Mey.
Família: Juncaceae
Descrição
Planta perene, com 30-60 cm de altura; folhas basais com margens
ligeiramente revolutas; folhas caulinares mais estreitas e com bainha; flores
brancas reunidas numa inflorescência densa. Floresce de Junho a Julho.
Ecologia
Matos, terrenos incultos e rupícola.
Distribuição
Península Ibérica, NW da Região Mediterrânica e Macaronésia (Açores). A
serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição, onde é frequente
a partir dos 850 m.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se ao
NW da Região Mediterrânica e Açores, sendo que, em Portugal, ocorre apenas
no NE, e a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área geográfica de
distribuição.
Luzula sylvatica subsp. henriquesii
Nome Científico: Luzula sylvatica subsp. henriquesii (Degen) P. Silva
Família: Juncaceae
Descrição
Planta perene, com folhas basais pilosas nas margens e folhas caulinares mais
pequenas. As flores surgem em inflorescências do tipo cimeira. Floresce de
Abril a Julho.
Ecologia
Zonas húmidas de bosques, sobre solos ácidos de zonas montanhosas.
Distribuição
N e C de Espanha, N de Portugal e serra de S. Mamede.
Estatuto de Protecção
Planta rara, sem estatuto de protecção, a sua conservação é de elevada
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, quer em Espanha como em Portugal. A serra de S. Mamede é o seu
limite sul de distribuição.
Marsupella profunda
Nome Científico: Marsupella profunda Lindb.
Família: Gymnomitriaceae
Descrição
Briófito saxícola da família das Gymnomitriaceae.
Ecologia
Locais
húmidos
ou
sombrios,
ou
fendas
de
rochas.
Poderá
variar
altitudinalmente entre os 300 e os 1900 m.
Distribuição
Endemismo europeu, raro na Península Ibérica e segundo estudos recentes
ocorre nas serras da Estrela e de S. Mamede e arredores de Santo Tirso.
Existem ainda referências históricas para os arredores da Póvoa de Lanhoso,
local onde não voltou a não encontrada.
Estatuto de Protecção
Espécie prioritária do Anexo B-II da Directiva Habitats e incluída no Anexo I da
Convenção de Berna (Convenção Relativa à Conservação da Vida Selvagem e
do Meio Natural da Europa, 1979).
Molineriella laevis
Nome Científico: Molineriella laevis (Brot.) Rouy
Família: Poaceae (Gramineae)
Nome comum: “erva-fina-maior”
Descrição
Terófito cespitoso; colmos delgados, erectos ou ascendentes; folhas planas ou
conduplicadas; panícula muito frouxa; espiguetas brilhantes; lema oblonga e
recta; caule com pêlos. Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Sítios secos e descampados sobre solos frequentemente ácidos.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no N, C e SE.
Estatuto de Protecção
A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que
apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península Ibérica e
em Portugal ocorre a penas no N, C e SE, sendo que, a serra de S. Mamede
representa o limite sul da sua área geográfica de distribuição. A sua presença é
ainda relevante para a conservação e manutenção do habitat prioritário 3170
(*Charcos temporários mediterrânicos).
Narcissus bulbocodium
Nome Científico: Narcissus bulbocodium L.
Família: Amaryllidaceae
Nome comum: “campainhas-amarelas”; “campainhas-do-monte”
Descrição
Planta herbácea, vivaz, bulbosa; folhas estreitas e compridas, geralmente com
1 ou 2 flores amarelas de corola afunilada. Floresce de Janeiro a Março.
Ecologia
Matagais abertos, clareiras, comunidades de herbáceas e bermas de
caminhos. Arrelvados, mais ou menos submetidos a pisoteio, sobre solos
temporariamente encharcados.
Distribuição
W da Região Mediterrânica, em Portugal ocorre N, C, SW e SE.
Estatuto de Protecção
Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02.
Narcissus pseudonarcissus subsp. portensis
Nome Científico: Narcissus pseudonarcissus subsp. portensis (Pugsley) A.
Fernandes
Família: Amaryllidaceae
Nome comum: “narciso-trombeta”
Descrição
Geófito bolboso; folhas lineares, de 10-12 x 6-8(9) cm, menores que o escapo;
escapos com 17 cm, espata com 3 cm; flores concolores de amarelo vivo;
segmentos do perianto estreitamente lanceolados com 20-22 x 7-8 mm; coroa
2,5-3 cm com a margem pouco expandida e bolbo 25-30 x 20-30 mm.
Ecologia
No Sitio de S. Mamede ocorre acima dos 900 m nas fendas de rochas
quartziticas.
Distribuição
Endémico da Península Ibérica. NW de Portugal e Serra de S. Mamede.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que ocorre apenas na Península Ibérica e em Portugal
restringe-se apenas ao NW e serra de S. Mamede.
Bibliografia:
Castro Antunes, J. H. S. (2006) – Notas do Herbário da Estação Florestal Nacional (LISFA):
Fasc. XXIII. Silva Lusitana 14 (1). EFN, Lisboa, Portugal.
Narcissus triandrus subsp. pallidulus
Nome Científico: Narcissus triandrus subsp. pallidulus (Graells) Rivas-Goday
Família: Amaryllidaceae
Nome comum: “narciso”
Descrição
Planta herbácea bulbosa; folhas lineares, planas, não excedendo mais que a
largura; flores pálido-sulfúreas a brancas ou amarelo-douradas, solitárias ou
em inflorescências bifloras, muito raramente trifloras.
Ecologia
Habita em matas, matos, terrenos incultos, em encostas serranas e pastagens
de altitude.
Distribuição
Endémico da Península Ibérica, em Portugal, no N, C e SW montanhoso. A
Serra de S. Mamede é o limite sul da sua distribuição.
Estatuto de Protecção
Anexo B-IV do Dec-Lei n.º 49/2005 de 24/02.
Ophrys lutea
Nome Científico: Ophrys lutea Cav.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “erva-vespa”
Descrição
Planta com 7-50 cm de altura; caules erectos e lisos; folhas basais ovadas a
ovado-lanceoladas; inflorescências com 1-12 flores; brácteas lanceoladas,
verde-claro ou verde amarelado; sépalas concavas, glabras, de margem
revoluta, verde amarelado; pétalas de margem revoluta de cor amarela; labelo
trilobado, pardo violáceo ou rosa escuro, com uma franja marginal de amarelo
intenso.
Ecologia
Arrelvados, clareiras de matos, cultivos, sobre substratos básicos ou ácidos.
Distribuição
Região Mediterrânica. Em Portugal, ocorre no CS, CW e S.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceaes são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância em termos de biodiversidade é bastante
relevante, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados
secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (FestucoBrometalia)).
Ophrys tenthredinifera
Nome Científico: Ophrys tenthredinifera Willd.
Família: Orchidaceae
Descrição
Planta com 10-60 cm de altura; caules erectos; folhas basais ovadas a ovadolanceoladas ou oblongas, subagudas; inflorescências com 3-8 flores; brácteas
inferiores lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, agudas, verde-claro; sépalas
concavas, glabras, de margem revoluta, rosadas ou brancas com nervuras
verdes; pétalas laterais triangulares, rosa purpúreo ou branco avermelhadas;
labelo subquadrangular inteiro ou ligeiramente trilobado, alanrajado.
Ecologia
Pastagens, clareiras de matagais e bosques, tanto em substratos básicos como
ácidos de preferência com textura arenosa.
Distribuição
Região Mediterrânica e Canárias. Em Portugal, ocorre no C e S.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância em termos de biodiversidade é bastante
relevante, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados
secos semi-naturais e fácies arbustivas em substrato calcário (FestucoBrometalia)).
Orchis italica
Nome Científico: Orchis italica Poir. in Lam.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “flor-dos-macaquinhos”
Descrição
Planta com 7-50 cm; caules lisos e glabros; folhas basais mais ou menos em
roseta, lanceoladas, onduladas na margem; folhas caulinares separadas da
inflorescência; 14-50 flores com pétalas rosa claro, com nervos mais escuros;
labelo branco ou rosa claro.
Ecologia
Arrelvados, clareiras de matos e bosques, sobre substratos básicos, secos e
pedregosos.
Distribuição
Região Mediterrânica. Em Portugal, ocorre no CS, CW e S.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim
como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Orchis mascula
Nome Científico: Orchis mascula (L.) L.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “salepeira-maior”; “saririão-macho”; “satirião-macho”
Descrição
Planta com 16-43 cm, com escamas basais envaginadas; folhas basais em
roseta, lanceoladas; inflorescências com 6-46 flores que se abrem desde da
base ao ápice; brácteas lanceoladas, violáceas; sépalas rosadas a violáceas;
pétalas laterais lanceoladas, com 1-3 nervos rosa-violáceos; labelo trilobado,
rosa claro com pequenas manchas violáceas. Floresce de Março a Agosto.
Ecologia
Arrelvados, clareiras matos e bosques de azinheira, sobreiro ou carvalhos.
Distribuição
Grande parte da Europa até Cáucaso e W Ásia, N África e Macaronésia
(Canárias). Em Portugal, no NW, N, CW, C, SE, SW.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. Estas plantas não ocorrem com muita abundância
e a sua importância é grande a nível da biodiversidade, assim como, na
manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e
fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Osmunda regalis
Nome Científico: Osmunda regalis L.
Família: Osmundaceae
Nome comum: “feto-real”
Descrição
Planta com folhas de 30-150 cm, as superiores internas são férteis e de
crescimento anual; segmentos estéreis oblongos, obtusos, com nervação
evidente; esporângios situados apenas nos segmentos distais das folhas
férteis; segmentos férteis verde-pálidos, tornando-se rapidamente castanhos.
Ecologia
Sítios húmidos, frequentemente turfosos.
Distribuição
Ampla distribuição nas zonas temperadas e tropicais, não estando presente na
Austrália e Ilhas do Pacifico. N, C e W peninsular. Em Portugal continental
apenas no N, C e SW meridional.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante na serra
de S. Mamede uma vez que esta faz parte de habitats rochosos pouco
frequentes.
Paeonia broteroi
Nome Científico: Paeonia broteroi Boiss & Reuter
Família: Paeoniaceae
Nome comum: “rosa-albardeira”
Descrição
Planta com folhas basilares recortadas em segmentos; flores vermelhas.
Floresce de Abril a Junho.
Ecologia
Matagais e bosques, encostas pedregosas.
Distribuição
W da Península ibérica. Em Portugal, no NE, C, SW e SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito
restrita, o W da Península Ibérica, em Portugal ocorre no NE, C, SW e SE.
Devido à sua beleza, uma das suas grandes ameaças é a colheita.
Pinguicula lusitanica
Nome Científico: Pinguicula lusitanica L.
Família: Lentibulariaceae
Descrição
Planta carnívora, vivaz, com 5-15 cm de altura; folhas em roseta basal com
contorno elíptico, um pouco revolutas; papilas que segregam uma viscosidade
com que a planta capta e depois digere as suas presas (pequenos
invertebrados); flor solitária com 5 sépalas rosadas, lanceoladas; corola com 5
pétalas fundidas, rosa pálido. Floresce de Abril a Setembro.
Ecologia
Turfeiras, arrelvados húmidos, sobre substrato silício.
Distribuição
W da Europa, NW de África. Em Portugal, frequente em quase todas as
regiões, sendo mais rara no Baixo Alentejo, Beira Baixa e em Trás-os-Montes.
Não cresce no Ribatejo e na Beira Alta.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Planta de interesse especial e pouco frequente
com exigências ecológicas muito restritas, a sua conservação depende que se
mantenha em bom estado os habitats que ocupa. As suas populações são
sempre pequenas e a alteração da humidade de algumas zonas húmidas,
poderá causar danos a essas populações.
Polygala microphylla
Nome Científico: Polygala microphylla L.
Família: Polygalaceae
Descrição
Planta subarbustiva de 10-30 cm de altura; folhas lineares e caducas; flores
azuis. Floresce e frutifica de Março a Junho.
Ecologia
Matos, sobre solos ácidos, mais ou menos, pedregosos.
Distribuição
Endémica na Europa. Em Portugal ocorre no NW, NE e C.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande
importância em Portugal, uma vez que é pouco frequente.
Polystichum setiferum
Nome Científico: Polystichum setiferum (Forssk.) Woynar
Família: Aspidiaceae
Nome vulgar: “fentanha”
Descrição
Planta de folhas com 30-120 cm, geralmente não persistentes; pecíolo
revestido de grandes ramentos arruivados e de outros poliformes; limbo com
10-25 cm de largura, oblongo-lanceolado; segmentos secundários serrados,
arredondados. Floresce de Abril a Agosto.
Ecologia
Sítios frescos geralmente montanhosos
Distribuição
Região Mediterrânica, Macaronésia e W da Região Eurossiberiana, dispersa
por toda a península. Em Portugal ocorre no N, C (excepto CW calcícola e CS)
e SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante uma vez
que esta faz parte de habitats pouco frequentes.
Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum
Nome Científico: Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum (Spach)
Talavera & P.E. Gibbs
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Nome
comum:
“senradela-amarela”;
“senradela-brava”;
“serradela”;
“serradela-amarela”; “serradela-brava”
Descrição
Arbusto baixo, erecto ou prostrado; ramos novos distintamente alados e
comprimidos; folhas nulas; flores em fascículos axilares e terminais; cálice
tubuloso, bilabiado, com o lábio superior bifendido e o inferior 3-fendido; corola
amarela; vagem oblongo-linear, deiscente. Floresce de Março a Julho.
Ecologia
Charnecas e matos em solos ácidos.
Distribuição
Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal ocorre vulgarmente por todo
o território, menos no SE (com excepção da serra d´Ossa.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Embora esta planta seja frequente, a sua
conservação é importante para a conservação e manutenção do habitat 4030
(Charnecas secas europeias).
Pyrus bourgaeana
Nome Científico: Pyrus bourgaeana Decne.
Família: Rosaceae
Nome comum: “pereiro-bravo”
Descrição
Arbusto ou árvore caducifólia, espinhosa nos ramos inferiores ou em estado
juvenil; copa aberta; renovos grossos e castanhos, raminhos cinzentos; folhas
ovadas ou ovado-cordiformes, crenuladas; cimeiras corimbiformes; sépalas
oblongo-lanceoladas, mucronadas; pétalas obovado-acunheadas, brancas.
Ecologia
Frequentemente junto a linhas de água torrenciais ou em encostas; orlas de
bosques e montados, sobre todo o tipo de solo.
Distribuição
W e C da Península Ibérica, em Portugal no NE, C e S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Embora este endemismo seja muito frequente, a
sua conservação é importante por apresentar uma área geográfica de
distribuição restrita ao W e C da Península Ibérica. Em Portugal ocorre com
frequência no NE, C e S.
Quercus faginea
Nome Científico: Quercus faginea Lam.
Família: Fagaceae
Nome comum: “carvalho-cerquinho”
Descrição
Árvore marcescente, até 25 m de altura; folhas crenado-dentadas, com as
margens ligeiramente enrolando para dentro página inferior com pêlos.
Ecologia
Bosques sobre solos ricos em bases.
Distribuição
Península Ibérica e NW de África. Em Portugal no NE, C, SW e SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar
e proteger, assim como o seu habitat por se trata de uma espécie relíquia da
floresta portuguesa, existente apenas em reduzidas áreas no centro do país.
Na área de estudo está presente a subespécie faginea embora de forma rara e
residual sobre rochas básicas, daí a importância de ser conservada, e a
subespécie broteroi que surge mais concretamente nos rios Tejo e Sever, a
baixa altitude onde beneficia de situações térmicas e húmidas.
Quercus lusitanica
Nome Científico: Quercus lusitanica Lam.
Família: Fagaceae
Nome comum: “carvalhiça”; “carvalho-anão”
Descrição
Arbusto perenifólio raramente com mais de 50 cm de altura, formando tapetes
densos; folhas sem pêlos, subcoriáceas e elíptico-ovadas.
Ecologia
Terrenos secos, pedregosos, silícios, muitas vezes em mosaico com matos de
ericáceas, até aos 600 m.
Distribuição
Península Ibérica e Marrocos. Em Portugal, no C e S, franja ocidental,
penetrando pelo vale do Tejo até ao S da Beira Baixa.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de extrema
importância, a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península
Ibérica e Marrocos, sendo que em Portugal ocorre apenas no C e S, franja
ocidental, penetrando pelo vale do Tejo até ao S da Beira Baixa. Na área em
estudo é importante ser conservado, uma vez que surge residualmente.
Quercus pyrenaica
Nome Científico: Quercus pyrenaica Willd.
Família: Fagaceae
Nome comum: “carvalho-negral”
Descrição
Árvore marcescente até 25 m; copa irregular; folhas lobadas a partidas,
atingindo 2/3 da largura da aba da folha, muito tomentosas, de cor cinzenta.
Ecologia
Vive em bosques sobre solos ácidos e profundos. Predominantemente na
região montanhosa em matas de clima mediterrânico relativamente chuvoso e
com períodos de geadas.
Distribuição
W da Região Mediterrânica. Em Portugal vive no N, C, SW e mais a sul
pontualmente nas serras d´Ossa e Monfurado.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar
e proteger, assim como o seu habitat, por fazer parte da nossa floresta
autóctone.
Quercus robur
Nome Científico: Quercus robur L.
Família: Fagaceae
Nome comum: “carvalho-alvarinho”
Descrição
Árvore caducifólia até 45 m; copa ampla; folhas verdes com forma oval e 4-8
lobos arredondados, ambas as faces sem pêlos. Floresce de Abril a Maio.
Ecologia
Matas em clima temperado, isto é, sem seca estival prolongada, sobre solos
profundos e frescos.
Distribuição
C, W e N da Europa. Em Portugal no NW, CW, CN e pontualmente nas serras
de S. Mamede e Sintra.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar
e proteger, assim como o seu habitat, por fazer parte da nossa floresta
autóctone.
Quercus rotundifolia
Nome Científico: Quercus rotundifolia Lam.
Família: Fagaceae
Nome comum: “azinheira”
Descrição
Árvore perenifólia de 15-20m de altura; copa arredondada, densa; folhas verdeacinzentadas, oblongas ou elípticas, inteiras, com pêlos na página inferior.
Ecologia
Adapta-se a todos os tipos de solos, tanto calcários como silicíosos, estando
limitada a solos hidromórficos. É resistente ao calor e à secura, devido às suas
folhas esclerófilas que estão bem adaptadas a condições de xerófilia. Deste
modo, suporta perfeitamente o clima e o solo característico do Alentejo, região
em que esta espécie se encontra perfeitamente bem adaptada.
Distribuição
Região Mediterrânica ocidental. Em Portugal, no NE, C e S.
Estatuto de Protecção
Protegida pelo Decreto-Lei n.º 169/2001 de 25 de Maio.
Quercus suber
Nome Científico: Quercus suber L.
Família: Fagaceae
Nome comum: "sobreiro”
Descrição
Árvore perenifólia de copa ampla, pouco densa, com até 20 m de altura; folhas
verde-escuras, oblongas e inteiras, página superior sem pêlos e a página
inferior esbranquiçada por uma densa pelagem.
Ecologia
Solos soltos e permeáveis, sobretudo em zonas frescas. Tolerante a qualquer
tipo de solo, desde que não sejam calcários e compactos. Exigente em
humidade, não suporta geadas intensas e frequentes.
Distribuição
Região Mediterrânica ocidental.
Estatuto de Protecção
Protegida pelo Decreto-Lei n.º 169/2001 de 25 de Maio.
Ranunculus bulbosus subsp. aleae
Nome Científico: Ranunculus bulbosus subsp. aleae (Willk.) Rouy & Foucaud
Família: Ranunculaceae
Nome comum: “ranúnculo-bulboso”
Descrição
Planta até 30 cm; folhas vilosas, as basilares frequentemente com o segmento
terminal trissecto e os segmentos laterais todos tripartidos; flores com 1330mm; pedicelos densamente revestidos de pêlos compridos, mais ou menos
aplicados.
Ecologia
Prados e arrelvados húmidos.
Distribuição
Região Mediterrânica. Em Portugal no NE e CE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A Serra de S. Mamede é o limite sul da sua área
de distribuição, a sua conservação em Portugal é importante uma vez que só
surge no NE e CE.
Ranunculus hederaceus
Nome Científico: Ranunculus hederaceus L.
Família: Ranunculaceae
Nome comum: “ranúnculo”
Descrição
Planta até 40 cm, prostrada; caule ramoso; folhas todas laminares, reniformes
ou suborbicular-cordadas, geralmente opostas, com 3-5 lobos superficiais,
obtusos e inteiros; flores com 3-7 mm de diâmetro; tépalas nectaríferas.
Ecologia
Prados e arrelvados húmidos, charcas, em geral em ambientes alterados e
abertos, prefere os meios ricos em sais minerais.
Distribuição
NW da Europa, em Portugal no N e C, excepto no CW calcário.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Embora seja bastante frequente, a conservação
desta planta é importante para manutenção do habitat 3260 (Cursos de água
dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da
Callitricho-Batrachion).
Ranunculus peltatus
Nome Científico: Ranunculus peltatus Schrank
Família: Ranunculaceae
Nome comum: “ranúnculo-aquático”; “borboleta-aquática”
Descrição
Planta aquática, cespitosa em terra ou estendido-erecta de baixo de água;
folhas laminares reniformes a semiorbiculares, fendidas com lobos obovados
de margens convexas e crenadas no ápice folhas capilares com lacíneas
curtas ou compridas; flores com 20-30 mm de diâmetro; tépalas nectaríferas
contíguas, obovadas, persistentes.
Ecologia
Águas estagnadas ou de corrente fraca.
Distribuição
Europa, na Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal, no CW e CS,
raro no SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. Embora seja bastante frequente, a conservação
desta planta é importante para manutenção do habitat 3260 (Cursos de água
dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da
Callitricho-Batrachion).
Ruscus aculeatus
Nome Científico: Ruscus aculeatus L.
Família: Liliaceae
Nome comum: “gilbardeira”; “erva-dos-vasculhos”
Descrição
Planta herbácea, perene, rizomatosa. Chega a atingir 1 m de altura, muito
ramificada e os ramos terminam em espinhos; os frutos são bagas vermelhas.
Floresce e frutifica desde do Inverno até ao final da Primavera.
Ecologia
Ocorre em praticamente todo o tipo de terrenos mas prefere os locais frescos e
sombrios, contudo não aguenta os frios e geadas das altitudes mais elevadas.
É frequente nas florestas de sobreiro, azinheira e carvalho de menor altitude.
Também em matagais de pré-bosque.
Distribuição
S da Europa, Hungria, Turquia. Em Portugal, por todo o continente e Açores.
Estatuto de Protecção
Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02.
Salix salviifolia subsp. australis
Nome Científico: Salix salviifolia subsp. australis Franco
Família: Salicaceae
Nome comum: “borrazeira-branca”; “salgueiro-branco”
Descrição
Arvore com aproximadamente 6 m de altura; raminhos acastanhados ou
avermelhados, glabrescentes.
Ecologia
Margens dos cursos de água temporários com acentuada estiagem, sobre
solos profundos e húmidos.
Distribuição
Endémica do W da Península Ibérica. Em Portugal esta subespécie só ocorre
no Sul do País.
Estatuto de Protecção
Anexo B-II do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02.
Sanguisorba hybrida
Nome Científico: Sanguisorba hybrida (L.) Font Quer
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “agrimónia-bastarda”; “agrimónia-brava”
Descrição
Planta herbácea com 30-150 cm, subarrosetada, erecta, viscosa; caules
ramosos com pêlos glandulosos; folhas basais com 9-15 folíolos; flores
femininas no ápice da inflorescência e flores hermafroditas na base. Floresce
de Abril a Julho.
Ecologia
Bosques e matagais de substituição sobre terrenos frescos, normalmente em
substrato silício.
Distribuição
Endémica do SW da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no C, S e bacia do
Douro.
Estatuto de Protecção
A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que
apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao SW da Península
Ibérica.
Scrophularia scorodonia
Nome Científico: Scrophularia scorodonia L.
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “escrofulária; erva-do-mau-olhado”
Descrição
Planta herbácea de 25-100 (150) cm, mais ou menos pubescente; folhas
ovadas a lanceoladas, obtusas a agudas, cordadas, duplamente crenadoserradas; brácteas na maioria foliáceas; pedicelos pubescentes-glandulosos;
corola púrpura-baça; cápsula com 5-8 mm, globoso-ovóide, subobtusa.
Floresce de Fevereiro a Setembro.
Ecologia
Sítios frescos e sombrios.
Distribuição
W da Europa para N até S da Inglaterra. Em Portugal no NW ocidental, Terra
Quente, CW, CS e SE.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante por fazer
parte de habitats rochosos pouco frequentes.
Selaginella denticulata
Nome Científico: Selaginella denticulata (L.) Spring
Família: Selaginelaceae
Nome comum: “selaginela”
Descrição
Planta de caule rastejante e muito ramificado; ramos dorsiventrais, cor verde;
folhas até 2,5 mm, denticuladas e assimétricas.
Ecologia
Locais sombrios e húmidos.
Distribuição
Região Mediterrânica, Canárias e Madeira. Em Portugal continental, no C e S e
Bacia do Douro.
Estatuto de Protecção
A conservação desta planta é importante, uma vez que em Portugal só ocorre
no C, S e bacia do Douro. A sua presença é ainda relevante para a
manutenção e conservação do habitat 8220 (Vertentes rochosas silíciosas com
vegetação).
Serapias cordigera
Nome Científico: Serapias cordigera L.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “serapião-de-flores-grandes”
Descrição
Planta de 12-40 cm de altura; caules verdes; folhas linear-lanceoladas;
inflorescencias densas com 2-12 flores; brácteas ovado-lanceoladas, púrpuras,
glabras com nervos de cor purpúreo mais intenso; sépalas lanceoladas,
purpúreas com nervuras de purpúreo mais intenso; pétalas de base
arredondada, purpúreas, labelo purpúreo escuro, quase negro, brilhante e com
pilosidade branca.
Ecologia
Arrelvados, clareiras de bosques, sobre solos ácidos.
Distribuição
SW Europa. Em Portugal no N, Beira Litoral, Alto Alentejo e Algarve.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é grande a nível da biodiversidade, assim
como na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Serapias lingua
Nome Científico: Serapias lingua L.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “erva-língua”
Descrição
Planta de 8-55 cm de altura; caule verde; folhas linear-lanceoladas;
inflorescências com 2-6 flores com brácteas purpúreo-violáceas, glabras, com
nervos de cor purpúrea mais intenso; sépalas ovais purpúreo-violáceas; pétalas
laterais, mais curtas que as sépalas, labelo oblongo, castanho ou castanhopurpúreo.
Ecologia
Arrelvados húmidos, bosques.
Distribuição
Sul da Europa. Em Portugal, no N, CW, SE e Algarve.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim
como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Serapias parviflora
Nome Científico: Serapias parviflora Parl.
Família: Orchidaceae
Nome comum: “serapião-de-língua-pequena”
Descrição
Planta de 10-40cm de altura; caules verdes; folhas linear-lanceoladas;
inflorescencias com 1-15 flores; brácteas lanceoladas, rosa com nervos mais
escuros purpúreos; sépalas ovado-lanceoladas, arrocheadas; pétalas com a
base ovada-lanceolada; labelo rosa escuro.
Ecologia
Clareiras de matos e bosques, arrelvados.
Distribuição
S da Europa. Em Portugal, no C e S.
Estatuto de Protecção
Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de
uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento
(Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não
é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita
abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim
como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos
seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)).
Silene acutifolia
Nome Científico: Silene acutifolia Link ex Rohrb.
Família: Scrophulariaceae
Descrição
Planta de caules até 25 cm; folhas basilares e caulinares; flores rosadas.
Floresce de Abril a Agosto.
Ecologia
Planta rupícola, vive em sítios pedregosos.
Distribuição
Endémica da Península Ibérica, encontra na serra de S. Mamede o limite sul da
sua área de distribuição.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de extrema
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita à Península Ibérica, sendo que o seu limite sul é na serra de S.
Mamede.
Sphagnum auriculatum
Nome Científico: Sphagnum auriculatum Schimp.
Família: Sphagnaceae
Descrição
Planta extremamente polimórfica; com 20 cm de altura; forma tapetes puros ou
ocorre misturado com outras espécies; coloração variável, verde, amarelo,
acastanhado ou por vezes alguma coloração de vermelho (especialmente em
formas aquáticas).
Ecologia
Vive num largo espectro de ambientes húmidos, habitats oligotróficos a
mesotróficos.
Distribuição
Pontualmente no N e C de Portugal continental.
Estatuto de Protecção
Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02
Stachys germanica subsp. lusitanica
Nome Científico: Stachys germanica subsp. lusitanica (Hoffmanns. & Link)
Cout.
Família: Scrophulariaceae
Nome comum: “betónica-da-alemanha”
Descrição
Planta perene, rizomatosa, lenhosa, com pêlos; caule com 20-130 cm,
angulosos, flexíveis quando a planta está seca; folhas pecioladas, ovadas a
elípticas, raramente assimétricas, de ápice agudo a arredondado, crenadas a
dentadas; inflorescência com 3,5 cm de diâmetro, formada por 3-15 verticilos,
frequentemente com 8 flores por verticilo; brácteas ovadas, agudas; cálice com
pêlos; corola esbranquiçado a creme, às vezes purpúrea claro.
Ecologia
Arrelvados húmidos.
Distribuição
S da Península Ibérica. Em Portugal, CE, CW, S e SE.
Estatuto de Protecção
Não tem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita ao S da Península Ibérica.
Thelypteris palustris
Nome Científico: Thelypteris palustris Schott
Família: Thelypteridaceae
Descrição
Planta de rizoma longamente rastejante, delgado, pubescente e coberto no
ápice por alguns catafilos ovados e papilosos; folhas erectas; limbo lanceolado;
pecíolo subigualando o limbo, verde-amarelado mas anegrado na base, glabro
ou com raros pêlos incolores.
Ecologia
Lugares húmidos ou encharcados, ambientes frescos.
Distribuição
Europa, N de África, C e E de Ásia, N e W da Península, Cádiz, Levante e
Zagaroza. Em Portugal continental no C e SW.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante uma vez
que esta faz parte de habitats pouco frequentes.
Thymus mastichina
Nome Científico: Thymus mastichina (L.) L.
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Nome comum: “bela-luz”
Descrição
Arbusto lenhoso de caules até 40 cm; ramos numerosos e cobertos de pêlos
curtos;
folhas
estreitamente
ovadas
a
lanceolado-elípticas;
corola
esbranquiçada. Floresce de Março a Agosto.
Ecologia
Sítios descampados, pedregosos e secos.
Distribuição
Endémica da Península da Ibérica. Em Portugal, no NW, NE, CE, CS, SE e S.
Estatuto de Protecção
Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande
importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição
restrita, a Península Ibérica.
Viola palustris subps. juressi
Nome Científico: Viola palustris subsp. juressi (Link ex Wein) W. Becker ex
Cout.
Família: Violaceae
Nome comum: “violeta”
Descrição
Planta com rizoma longamente rastejante, não emitindo caules aéreos
folhosos; folhas 3 ou 4 por roseta; limbo reniforme e glabro; pecíolo fino; flores
pálido-lilacíneas, inodoras; sépalas ovado-obtusas; esporão obtuso, pálidolilacíneo.
Ecologia
Sítios húmidos, turfosos.
Distribuição
Euro-norteamericana, na península refugia-se nas zonas montanhosas no E, C
e S. Em Portugal ocorre a NW e CE.
Estatuto de Protecção
A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que apresenta,
em Portugal, uma área geográfica de distribuição muito restrita.
Wahlenbergia hederacea
Nome Científico: Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb.
Família: Campanulaceae
Descrição
Planta herbácea delgada; de caule glabro, prostrado, até 30 cm; folhas
pecioladas, orbicular-reniforme; flores solitárias, axilares, pedicelos até 10 mm;
corola com 6-10 mm, campanulada, azul-pálida. Floresce de Junho a Outubro.
Ecologia
Lugares húmidos e turfosos, geralmente em substratos ácidos.
Distribuição
W da Europa. Frequente no W da península. Em Portugal, NW, Terra Fria, C e
SW montanhoso.
Estatuto de Protecção
A conservação desta planta é importante, uma vez que encontra na serra de S.
Mamede o limite sul da sua área geográfica de distribuição, assim como, por
fazer parte de habitats pouco frequentes como são os meios turfosos.
Bibliografia:
- BINGRE, P., AGUIAR, C., ESPIRITO-SANTO, D., ARSÉNIO, P. & MONTEIROHENRIQUES, T. [Coord.s Cient.] (2007) A: Guia de Campo -As árvores e os arbustos
de Portugal continental.462pp. in vol. IX dea Sande Silva, J. [Coord. Ed.] (2007):
Colecção Árvores e Florestas de Portugal. Jornal Publico/ Fundação Luso-Americana
para o Desenvolvimento/ Liga para a Protecção da Natureza. Lisboa. 9 vols.
- CASTRO ANTUNES, J. H. S. (2006) – Notas do Herbário da Estação Florestal
Nacional (LISFA): Fasc. XXIII. Silva Lusitana 14 (1). EFN, Lisboa, Portugal.
- CASTROVIEJO, S.; AEDO, C.; BENEDÍ, C.; LAÍNZ.; MUÑOZ GARMENDIA, F.;
NIETO FELINER, G. & PAIVA, J. (eds.) (1997) – Flora Iberica. Plantas vasculares de
la
Península
Ibérica
e
Islas
Baleares.
Vol.
VIII
–
HALORAGACEAE-
EUPHORBIACEAE. Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; AEDO, C.; CIRUJANO, S.; LAÍNZ, M.; MONTSERRAT, P.;
MORALES, R.; MUÑOZ GARMENDIA, F.; NAVARRO, C.; PAIVA, J. & SORIANO, C.
(eds.) (1993) – Flora Iberica. Plantas vasculares de la Península Ibérica e Islas
Baleares. Vol. III – PLUMBAGINACEAE-CAPPARACEAE. Real Jardín Botánico,
CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; AEDO, C.; GÓMEZ CAMPO, C., LAÍNZ, M.; MONTSERRAT, P.;
MORALES, R.; MUÑOZ GARMENDIA, F.; NIETO FELINER, G.; RICO, E.;
TALAVERA, S. & VILLAR, L. (eds.) (1993a) – Flora Iberica. Plantas vasculares de la
Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. IV – CRUCIFERAE-MONOTROPACEAE. Real
Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; AEDO, C.; LAÍNZ, M.; MORALES, R.; MUÑOZ GARMENDIA, F.;
NIETO FELINER, G. & PAIVA, J. (eds.) (1997a) – Flora Iberica. Plantas vasculares de
la Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. V – EBENACEAE-SAXIFRAGACEAE. Real
Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; AEDO, C.; ROMERO ZARCO, C.; SÁEZ, L.; SALGUEIRO, F. J.;
TALAVERA, S. & VELAYOS, M. (eds.) (1999) – Flora Ibérica. Plantas vasculares de la
Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. VII (I) – LEGUMINOSAE (partium). Real Jardín
Botánico, CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; LAÍNZ, M.; LÓPEZ GONZÁLEZ, G.; MONTSERRAT, P.; MUÑOZ
GARMENDIA, F.; PAIVA, J. & VILLAR, L. (eds.) (1986) – Flora Iberica. Plantas
vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares Vol. I – LYCOPODIACEAEPAPAVERACEAE. Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
- CASTROVIEJO, S.; LAÍNZ, M.; LÓPEZ GONZÁLEZ, G.; MONTSERRAT, P.; MUÑOZ
GARMENDIA, F.; PAIVA, J. & VILLAR, L. (eds.) (1990) – Flora Iberica. Plantas
vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. II – PLATANACEAEPLUMBAGINACEAE (partium). Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
- DECRETO-LEI Nº 140/99 DE 24 DE ABRIL. Diário da Republica – I Série-A.
Ministério do Ambiente, nº 96 de 24 de Abril de 1999.
- DIRECTIVA 92/43/CEE DO CONSELHO DE 21 DE MAIO DE 1992. (Anexo II). Jornal
Oficial das comunidades europeias. N.º L 206/7 de 22/7/92.
- FRANCO, J. A. & AFONSO, M. L. R. (1994) – Nova Flora de Portugal (Continente e
Açores). ALISMATACEAE-IRIDACEAE. 3 (1). Escolar Editora. Lisboa.
- FRANCO, J. A. & AFONSO, M. L. R. (1998) – Nova Flora de Portugal (Continente e
Açores). GRAMINAE. 3 (2). Escolar Editora. Lisboa.
- FRANCO, J. A. & AFONSO, M. L. R. (2003) – Nova Flora de Portugal (Continente e
Açores). JUNCACEAE-ORCHIDACEAE. 3 (3). Escolar Editora. Lisboa.
- FRANCO, J. A. (1971) – Nova Flora de Portugal (Continente e Açores).
LYCOPODIACEAE-UMBELLIFERAE 1. Lisboa. (Ed. do Autor).
- FRANCO, J. A. (1984) – Nova Flora de Portugal (Continente e Açores).
CLETHRACEAE-COMPOSITAE. 2. Lisboa. (Ed. do Autor).
- ICN (2006) Plano Sectorial da Rede Natura.
- RIVAS-MARTÍNEZ, S.; DÍAZ, T. E.; FERNÁNDEZ-GONZÁLEZ, F.; IZCO, J.; LOIDI,
J.; LOUSÃ, M. & PENAS, Á. (2002) – Syntaxonomical Checklist (2001) of Vascular
Plant Communities of Spain and Portugal to Association Level. Itinera Geobotánica 15
(2).
- SÉNECA, A.; SÉRGIO, C.; QUEIRÓZ, P. & MATEUS, J. (1992) - Sphagnum
auriculatum Schimp. in Portugal with late Quaternary occurrences. Orsis, 7: 11 -20.
Download