SITIOS DE S. MAMEDE E NISA/ LAGE DA PRATA Fichas de Plantas com interesse para a Conservação Esta lista contém o elenco de plantas protegidas por legislação internacional e nacional e outras que apesar de não terem estatuto de protecção, possuem um elevado interesse para a conservação nacional ou regional dos Sítios, pelo facto de serem espécies raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção. Incluímos ainda, espécies consideradas importantes ao nível da composição e estrutura de diferentes habitats característicos da área dos Sítios. Anagallis tenella Nome Científico: Anagallis tenella (L.) L. Família: Primulaceae Descrição Planta perene, herbácea, de 7-25 cm de altura; folhas opostas ou subopostas, raramente alternas, suborbiculares; flores com pedicelo, cor rosada e branco na base, às vezes completamente branco. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Arrelvados húmidos, turfeiras, locais encharcados temporariamente até aos 1500 metros de altitude. Distribuição W da Europa, Região Mediterrânica e Macaronésia. Na serra de S. Mamede esta planta é vulgar. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Na serra de S. Mamede esta planta vive em habitats turfosos. A sua protecção é relevante para a conservação destas formações reliquiais de períodos climáticos passados onde o clima era mais frio. Aquilegia vulgaris subsp. dichroa Nome Científico: Aquilegia vulgaris subsp. dichroa (Freyn) T.E. Díaz Família: Ranunculaceae Nome comum: “erva-pombinha” Descrição Planta com caules de 20-75 cm, densamente vestidos de pêlos; folhas bitrissectas, verde-glaucescentes na página superior; flores bicolores; sépalas azuis; tépalas nectaríferas azul mas branco no ápice. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Planta que vive em sítios sombrios e húmidos sobre coberto de matas caducifólias. Distribuição NW da Península Ibérica e Macaronésia (Açores). Em Portugal, no N, C e SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita (NW da Península Ibérica e Açores). Arenaria conimbricensis Nome Científico: Arenaria conimbricensis Brot. Família: Caryophyllaceae Descrição Terófito de 5-15 cm, puberulento-glanduloso com caule ramoso; folhas lineares a linear-lanceoladas; flor disposta em cimeira frouxa, com várias a muitas flores. Floresce de Março a Junho. Ecologia Terrenos incultos e sítios secos. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no C e S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no C e S do País. É ainda uma planta interessante do ponto de vista da conservação por integrar comunidade inédita da Isoeto-Nanojuncetea. Armeria beirana Nome Científico: Armeria beirana Franco Família: Plumbaginaceae Nome comum: “armeria” Descrição Planta herbácea arrosetada; folhas lanceoladas, acuminadas, marcescentes; escapos erectos com 20-60cm; flores rosadas, rosa-lilacíneas ou brancas. Floresce de Maio a Agosto. Ecologia Esta planta surge nas fendas largas das rochas graníticas da serra de S. Mamede, nas matas caducifolias, sobre substratos ácidos, geralmente de grandes altitudes. Distribuição Endémica de W da Península Ibérica. A Serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita à Península Ibérica, sendo que o seu limite Sul de distribuição se encontra na serra de S. Mamede. Blechnum spicant Nome Científico: Blechnum spicant (L.) Roth Família: Blechnaceae Nome vulgar: “feto-pente” Descrição Planta com rizoma revestido de numerosos e pequenos catafilos castanhos e lineares; folhas oblongo-lanceoladas, 25-60 segmentos de cada lado. Ecologia Zonas húmidas e sombrias até aos 1000 m, sobre solos ácidos. Distribuição Por toda a Europa, Islândia, N de África, Macaronésia (excepto Cabo Verde), Ásia Menor e Cáucaso. Em Portugal continental no NW, C (excepto CS) e serra de Monchique. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante em S. Mamede por fazer parte de habitats rochosos pouco frequentes. Caltha palustris Nome Científico: Caltha palustris L. Família: Ranunculaceae Nome comum: “malmequer-dos-brejos” Descrição Planta anfíbia que enraíza no solo encharcado. Caules aéreos; folhas predominantemente basilares, crenadas a dentadas; flores com pétalas douradas na página superior e frequentemente esverdeadas na inferior. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Planta ripícola que vive em arrelvados húmidos. Distribuição Eurásia, N da América, N e C da Península Ibérica. Em Portugal no NE, sendo a serra de S. Mamede o limite sul da sua área de distribuição. Estatuto de Protecção Esta planta, embora sem estatuto de protecção, não é muito abundante em Portugal. A sua área de distribuição restringe-se ao NE de Portugal, sendo a serra de S. Mamede o seu limite sul de distribuição. Carex demissa Nome Científico: Carex demissa Hornem. Família: Cyperaceae Descrição Planta cespitosa de caules férteis, lisos, frequentemente arqueados; folhas lisas, planas, rígidas, pardas ou verde pálido; espiga solitária, cilíndrica ou fusiforme, pendunculada; espiga feminina oblonga ou elíptica, erecta. Floresce de Maio a Julho. Ecologia Arrelvados húmidos e turfeiras, sobre solos ácidos. Distribuição N, W e C da Europa. Em Portugal no N e C. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Na serra de S. Mamede esta planta vive em habitats turfosos. A sua protecção é relevante para a conservação destas formações reliquiais de períodos climáticos passados, onde o clima era mais frio. Carduus platypus Nome Científico: Carduus platypus Lange Família: Asteraceae (Compositae) Nome comum: “cardo” Descrição Planta subarrosetada até 85 cm de altura; folhas oblongas, glabras na página superior e pêlos nas nervuras da página inferior. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Terrenos cultivados, incultos e ripícola. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no NW, Terra Fria, CE montanhoso. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre a norte da serra de S. Mamede. Castanea sativa Nome Científico: Castanea sativa Mill. Família: Fagaceae Nome comum: “castanheiro” Descrição Árvore caducifólia de até 30 m; tronco cinzento-claro e brilhante, fendido em placas verticais; raminhos glabros, castanho-avermelhados com numerosas lentículas claras; folhas oblongo-lanceoladas, serrado-dentadas, glabrescentes mas escamulosas na página inferior. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Vive em soutos ou castinçais em regiões montanhosas ou locais frescos, em substratos silícios ou calcários descalcificados. Distribuição É oriunda dos Balcãs, Ásia Menor e Cáucaso, cultivada e naturalizada na Região Mediterrânica, C e W da Europa e Macaronésia. Em Portugal surge no N, CN, CE, serras de Sintra e d`Ossa, e SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A presença desta espécie é importante para a manutenção e conservação do habitat 9260 (Florestas de Castanea sativa). Celtica gigantea Nome Científico: Celtica gigantea (Link) F. M. Vázquez Família: Poaceae (Gramineae) Nome comum: “baracejo” Descrição Colmo com 50-250 cm, robusto, erecto e glabro; folhas convolutas, por vezes parcialmente planas, glabras e lisas na face externa, puberulentas na interna; bainhas glabras ou ligeiramente ciliadas; espiguetas com 22-35 mm. Floresce de Março a Agosto. Ecologia Arrelvados vivazes silicícolas e terrenos incultos. Distribuição Península Ibérica e N África (Marrocos). Frequente em quase todo Portugal continental. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A presença desta espécie é importante para a manutenção e conservação do habitat 6220 pt4 (Arrelvados vivazes silicícolas de gramíneas altas). Cephalanthera longifolia Nome Científico: Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch Família: Orchidaceae Descrição Planta com 17-60 cm; caules delgados, estriados, verdes; folhas lanceoladas a lineares; inflorescências com 4-21 flores, bráctea basal glabra; flores com sépalas lanceoladas, brancas; pétalas laterais oblongas, brancas; labelo rosa claro esbranquiçado com uma mancha amarela. Floresce de Março a Julho. Ecologia Orlas húmidas e sombrias de bosques caducifólios. Distribuição Grande parte da Europa (excepto NE), Cáucaso, W e SE da Ásia, Índia e N África. Em Portugal, no NE, CW, C e pontualmente no SE. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é elevada, a nível de biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Cistus inflatus Nome Científico: Cistus inflatus Pourr. ex Demoly Família: Cistaceae Nome comum: “sanganho” Descrição Arbusto perenifólio de pequeno porte, muito ramoso; com folhas opostas, oblongas ou oblongo-lanceoladas, verdes, com pêlos simples compridos e outros estrelados em ambas as páginas; flores com pétalas brancas, reunidas em cimeiras apicais; sépalas cordadas e revolutas. Floresce de Maio a Julho. Ecologia Matos e matagais xerofíticos, mais frequentemente em urzais do que em estevais, suporta bem a sombra e ambientes ruderalizados. Distribuição Endémica do W da Península Ibérica. Em Portugal ocorre por todo o território continental. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante, embora esteja bem representado em Portugal, a sua área geográfica de distribuição está restrita à parte ocidental da Península Ibérica. Cytisus multiflorus Nome Científico: Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet Família: Fabaceae (Leguminosae) Nome comum: “giesta-branca”; “piorno-branco” Descrição Arbusto de 0,5 m, erecto, com aspecto retamoide; folhas bem desenvolvidas só depois da floração, ramos angulosos, densamente seríceas quando jovens, glaberescentes mais tarde, estipuladas, com folíolos seríceos em ambos os lados; flores axilares, solitárias ou em grupos 2-3(4); pedicelos tomentosos, com 3 brácteas triangulares; corola branca, caduca. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Matos, matagais, sítios rochosos, frequentemente sobre solos graníticos e quartziticos. Distribuição W da Península Ibérica, introduzida no N América, Austrália e W Europa. Em Portugal ocorre no N e CE até à serra de S. Mamede. Surge ainda pontualmente no SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição natural restrita ao W da península Ibérica. Cytisus striatus Nome Científico: Cytisus striatus (Hill) Rothm. Família: Fabaceae (Leguminosae) Nome comum: “giesta-das-serras” Descrição Arbusto alto com 1-3 m de altura, caducifólio; raminhos estriados e acetinados ou vilosos em novos; folhas na base dos ramos, formadas por 3 folíolos; flores solitárias de cor amarela; fruto em forma de vagem coberta de pêlos. Floresce de Fevereiro a Junho. Ecologia Vive em matas, matos, orlas de bosques bem expostas ao sol sobre solos profundos. É muito frequente colonizar plantações florestais e solos abandonados pela agricultura. Distribuição W Península Ibérica e NW de Marrocos. Em Portugal ocorre por todo o território. A sua área de distribuição tem sido alargada pela acção do Homem. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, W da Península Ibérica e NW de Marrocos. Dactylorhiza markusii Nome Científico: Dactylorhiza markusii (Tineo) Baumann & Künkele Família: Orchidaceae Descrição Planta com 19-27 cm; caule verde; folhas linear-lanceoladas, verde-claro; inflorescências com 8-27 flores; brácteas lanceoladas, verdes; sépalas ovadas, amarelo pálido; pétalas laterais ovadas, amarelo pálido; labelo, ovado, trilobado, amarelo pálido. Ecologia Arrelvados e orlas de matos e bosques sobre substratos silícios. Distribuição SW da Europa e NW de África. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceaes possuem, de uma maneira geral, uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é elevada, a nível de biodiversidade e na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Digitalis thapsi Nome Científico: Digitalis thapsi L. Família: Scrophulariaceae Nome comum: “pegajo”; “dedaleira” Descrição Planta subarrosetada revestida por um indumento amarelo, glutinoso, de pêlos glandulosos; folhas inteiras a serradas, alternas; inflorescência frouxa, geralmente ramificada na base, cálice verde, corola tubuloso-campanulada, externamente cor-de-rosa e internamente esbranquiçada pintalgada a cor-derosa. Ecologia Planta nitrófila, rupícola, vive em terrenos secos e nas fissuras das rochas. Distribuição Endémica do SW da Península Ibérica. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, o SW da Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre em Trás-osMontes, Minho, Beira e Alto Alentejo. Drosophyllum lusitanicum Nome Científico: Drosophyllum lusitanicum (L.) Link Família: Droseraceae Nome comum: “erva-babosa” Descrição Planta perene, insectívora; folhas arrosetadas na base; flores de cor amarela. Ecologia Vive em sítios secos, charnecas, pinhais, sobre solos arenosos. Distribuição S e W da Península Ibérica e NW de África. Em Portugal ocorre pontualmente em todo o território, excepto no Minho e Trás-os-Montes. Estatuto de Protecção A conservação desta planta é de grande importância uma vez que não é muito frequente. Em Portugal ocorre pontualmente em todo o território, excepto no Minho e Trás-os-Montes e a sua área de distribuição restringe-se ao S e W da Península Ibérica e NW de África. Dryopteris affinis Nome Científico: Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenkins Família: Aspidiaceae Nome comum: “falso-feto-macho” Descrição Planta rizomatosa, com 20-150cm; pecíolo com ½ do tamanho do limbo, densamente paleáceo; páleas na sua maioria filiformes, algumas lanceoladas com ápice filiforme, castanho-avermelhadas a castanho-escuras; limbo lanceolado a triangular-lanceolada, coreáceo, verde-escuro. Floresce de Maio a Novembro. Ecologia Ambientes rochosos, lugares húmidos e sombrios Distribuição Europa, NW de África, N da Turquia. Em toda a Península Ibérica, muito raro no quadrante SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área geográfica de distribuição. Dryopteris filix-mas Nome Científico: Dryopteris filix-mas (L.) Schott Família: Aspidiaceae Nome comum: “fentanha-macha”; “fento-macho” Descrição Planta rizomatoza; folhas pecioladas, acastanhadas. Floresce de Maio a Novembro. Ecologia Planta ripícola, que vive em locais frescos e montanhosos. Distribuição Zonas temperadas no Hemisfério Norte, SW da Índia e Andes. Frequente na metade N da Península Ibérica e muito raro na parte S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição e também por esta fazer parte de habitats rochosos pouco frequentes. Epipactis helleborine subsp. tremolsii Nome Científico: Epipactis helleborine subsp. tremolsii (Pau) Klein Família: Orchidaceae Nome comum: “heleborinha” Descrição Planta herbácea com 20-70 cm; caule verde grisáceo que pode chegar a verdeescuro, com tons violáceos longitudinalmente; folhas caulinares helicoidais, ovadas, verde escuro-oliváceo; inflorescências com 15-40 flores, campanuladas; brácteas da flor basal oval-lanceolada, verde com tonalidades purpúreas; sépalas de cor verde amarelado com tons violáceos; pétalas laterais, oval-lanceoladas, de cor semelhante ás sépalas; labelo verde do lado exterior com margens esbranquiçadas a rosadas, do lado interior mais escuro, podendo chegar a negro. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Bosques caducifólios, orlas herbáceas, sobre substratos frescos e húmidos. Distribuição W da Região Mediterrânica, dispersa por quase toda a Península Ibérica. Em Portugal ocorre no NW, C e S. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Erica australis Nome Científico: Erica australis L. Família: Ericaceae Nome comum: “urze-vermelha” Descrição Arbusto alto, que chega atingir os 2m; ramos lenhosos e ramificados; folhas verdes, lineares, glabras ou pubescentes. As flores são dispostas em umbela, agrupadas na extremidade dos ramos; corola de cor rosa-avermelhada, tubulosa. Floresce de Fevereiro a Agosto. Ecologia Vive em matos seriais, em áreas montanhosas e em matagais seriais de tendências xerófilas, em áreas menos elevadas e sobre solos ácidos. É uma espécie beneficiada pelo fogo. Distribuição Península Ibérica e NW de África, em Portugal por todo a parte continental, embora rara no SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península Ibérica e NW de África, embora em Portugal esteja bem representada um pouco por todo o País, à excepção do SE, onde é menos frequente. Erica ciliaris Nome Científico: Erica ciliaris L. Família: Ericaceae Nome comum: “lameirinha” Descrição Arbusto com apenas 80 cm de altura, ramos lenhosos, ramificados, e pubescentes; folhas verdes de margens revolutas e pêlos glândulosos na margem; flores em cachos terminais; corola tubular, rosa-avermelhado. Floresce de Maio a Setembro. Ecologia Matos seriais higrófilos e meso-higrófilos sobre solos ácidos e húmidos, em áreas pouco elevadas de clima oceânico. Aparece geralmente nos urzais da Classe Calluno-Ulicetea de cobertura elevada dominada por urzes, tojos, estevas, entre outras. Distribuição W da Região Mediterrânica, em Portugal no NW, CN, CS e SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que a sua presença é indispensável para a conservação e manutenção do habitat prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica tetralix e Erica cilliaris). Erica lusitanica Nome Científico: Erica lusitanica Rudolphi Família: Ericaceae Nome comum: “urze-branca”, “queiroga” Descrição Arbusto alto, erecto, que pode exceder os 2 m de altura; ramos lenhosos, ramificados, densamente pubescentes; folhas verdes e lineares; flores solitárias ou em pequenas umbelas, muito densas e agrupadas na extremidade dos ramos; corola branca ou branco-rosada, tubulosa-campanulada. Floresce de Dezembro a Março. Ecologia Vive em margens de linhas de água temporárias, matos sobre solos frescos, charnecas húmidas, sobre solos ácidos. Distribuição SW de França e Península Ibérica. Em Portugal no C e S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, SW de França e Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no C e S do País. Erica scoparia Nome Científico: Erica scoparia L. Família: Ericaceae Nome comum: “urze-das-vassouras” Descrição Arbusto alto, erecto, excedendo frequentemente os 2 m de altura; ramos lenhosos, ramificados; folhas verdes, lineares, glabras, de margens revolutas; flores em pequenos cachos, muito densas e agrupadas na extremidade dos ramos; corola esverdeada, campanulada. Floresce de Abril a Maio. Ecologia Matos e matagais seriais, sobre solos oligotróficos com hidromorfismo temporário. Distribuição W da região Mediterrânica. Pouco frequente no Alentejo. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao W da Região Mediterrânica, sendo pouco frequente no Alentejo. Erica tetralix Nome Científico: Erica tetralix L. Família: Ericaceae Nome comum: “margariça” Descrição Arbusto lenhoso, de baixo porte, 20-70 cm de altura; folhas verdes, verticiladas, de margens revolutas; flores em umbelas terminais com sépalas pálido-rosada. Floresce de Abril a Outubro. Ecologia Matos seriais higrófilos em áreas montanhosas de clima temperado ou pluviomediterrânico e em matos turfófilos. Distribuição W e N da Europa. Em Portugal, no NW montanhoso, CW e CE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que a sua presença é relevante para a conservação e manutenção do habitat prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica tetralix e Erica cilliaris). Erica umbellata Nome Científico: Erica umbellata L. Família: Ericaceae Nome comum: “queiró”; “queiroga”; “torga” Descrição Arbusto lenhoso de pequeno porte, amoitado, denso, com rebentos pubescentes; folhas lineares, subimbricadas, mais ou menos pubescentes; flores dispostas 3-6 umbelas terminais; pedicelos com 2-4 mm, pubescentes; sépalas ovadas; corola púrpura-rosado-vivo, com lobos erectos; anteras geralmente excertas. Floresce de Março a Agosto. Ecologia Vive em urzais e matos xerofílicos. Distribuição Península Ibérica e NW de Africa. Em Portugal é vulgar excepto no CW calcário. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A protecção desta planta é importante para a manutenção e conservação do habitat 4030 (Charnecas secas europeias). Festuca ampla Nome Científico: Festuca ampla Hack. Família: Poaceae (Gramineae) Nome comum: “erva-carneira” Descrição Hemicriptófito semi-arrosetado; folhas medianas a compridas, filiformes, conduplicadas, as caulinares por vezes planas e estreitamente lineares, de cor verde; bainhas amareladas; panícula mais ou menos aberta na floração; espiguetas com flores férteis; gluma e lema verdes. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Arrelvados xerofíticos, matos ou matas ralas sobre solo pedregoso ou arenoso, geralmente ácido. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica, embora em Portugal esteja representada um pouco por todo o País. Flueggea tinctoria Nome Científico: Flueggea tinctoria (L.) G.L. Webster Família: Euphorbiaceae Nome comum: “tamujo” Descrição Arbusto com até 150 cm de altura; ramos finos, erecto-patentes, cilíndricos, espinescentes e avermelhados; folhas alternas, oblongo-obovadas, obtusas ou emarginadas; inflorescencias com flores axilares, solitárias 2-4(6), pétalas nulas. Ecologia Margens arenosas e leitos secos de curso de água. Distribuição SW da Península Ibérica, em Portugal ocorre nas Bacias do alto Douro, alto Tejo e Guadiana. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre nas bacias do alto Douro, alto Tejo e Guadiana. A sua presença é ainda importante para a conservação e manutenção dos habitats ribeirinhos. Galium broterianum Nome Científico: Galium broterianum Boiss. Família: Rubiaceae Descrição Erva perene de caules ascendentes, frouxos, tetragonais; folhas com 4 verticilos; inflorescências corimbosas; flores brancas. Ecologia Coloniza sítios húmidos ou sombrios e montanhosos. Distribuição Endémica do C e S da Península Ibérica. Em Portugal no NW, Terra Fria, CE montanhoso e SE montanhoso. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao C e S da Península Ibérica. Em Portugal só ocorre no NW, Terra Fria, CE montanhoso e SE montanhoso, sendo a serra de S. Mamede o limite sul da sua área de distribuição. Genista anglica Nome Científico: Genista anglica L. Família: Fabaceae (Leguminosae) Nome comum: “aliaga” Descrição Arbusto 0,3-1 m, espinhoso; folhas alternas, glabras, glaucas, lanceoladas ou elípticas; inflorescências terminais com 5-20 flores; brácteas elípticas, glabras, glaucas, com margem escariosa, linear-lanceoladas; cálice campanulado, bilabiado, glabro; corola amarela; vagem acastanhada. Floresce de Março a Junho. Ecologia Matos e charnecas húmidas Distribuição W e SW da Europa. Em Portugal, no N, CW, CS e SW. Estatuto de Protecção A conservação desta planta é importante, uma vez que apresenta uma área de distribuição geográfica em Portugal muito restrita e pouco abundante. A sua presença é ainda relevante para a conservação e manutenção do habitat prioritário 4020 (*Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica tetralix e Erica cilliaris). Genista falcata Nome Científico: Genista falcata Brot. Família: Fabaceae (Leguminosae) Nome comum: “tojo-gadanho” Descrição Arbusto com apenas 1 m de altura; raminhos acetinados com espinhos, na maioria tripartidos ou ramosos; folhas linear-lanceoladas a ovadas; flores em cachos terminais, com poucas flores; vagem cilíndrica e encurvada no ápice. Floresce de Março a Abril. Ecologia Matagais das orlas florestais e bosques jovens ou pouco densos, matos mesofilos, sobre solos ácidos, em áreas de clima mediterrânico chuvoso. Distribuição Endémico do C e W da Península Ibérica. Em Portugal no N, CN, CE e CS. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é importante, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao C e W da Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no N e C (excepto CW). Halimium lasianthum subsp. alyssoides Nome Científico: Halimium lasianthum subsp. alyssoides (Lam.) Greuter Família: Cistaceae Nome comum: “sargaça” Descrição Arbusto compacto; folhas oblongo-ovadas ou obovado-lanceoladas, verdeescuro na página superior e branco tomentoso na página inferior; flores em cimeiras pedunculadas; pétalas amarelas. Floresce de Abril a Maio. Ecologia Matos, matagais e terrenos incultos, sobre solos húmidos. Distribuição SW da França e NW da Península Ibérica. Na serra S. Mamede surge muito localizada encontrando aqui o limite sul da sua área de distribuição. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante por ser uma planta muito localizada na área de estudo. A sua área de distribuição restringe-se ao NW da Península Ibérica e na serra de S. Mamede encontra o limite sul da sua área de distribuição. Halimium ocymoides Nome Científico: Halimium ocymoides (Lam.) Willk. Família: Cistaceae Nome comum: “sargaço-branco” Descrição Arbusto pequeno, com apenas 1 m; folhas obovadas, cinzento-tomentosas; flores com pedúnculos longos e finos; 3 sépalas e 5 pétalas de cor amarela. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Vive em matos baixos, normalmente dominados por urzes, sobre solos delgados e ácidos. Distribuição Península Ibérica e N de Marrocos. Em Portugal no N, excepto NE, C e S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica e N de Marrocos. Halimium umbellatum Nome Científico: Halimium umbellatum (L.) Spach Família: Cistaceae Descrição Arbusto de 70 cm de altura, com numerosos ramos; folhas verde-escuro, oblongo-lanceoladas; flores brancas em cimeiras terminais. Floresce de Março a Maio. Ecologia Matos sobre influencia de clima fresco e húmido, frequentemente em solos silícios. Distribuição França e NW da Península Ibérica, desde da serra de S. Mamede até à Sierra Fria (Cáceres). Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área geográfica de distribuição. Juniperus oxycedrus subsp. lagunae Nome Científico: Juniperus oxycedrus L. subsp. lagunae Pau Família: Cupressaceae Nome comum: “zimbro-galego” Descrição Arvore de pequeno porte, raramente maior que 6 m, muito ramosa de folhas simples, 3 por nó. Ecologia Matagais estremes ou bosques mistos de quercineas, em encostas quentes e secas. Distribuição C, E e S da Península Ibérica. Em Portugal no NE e CE (Alto Douro e Alto Tejo). Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de elevada importância por se tratar de uma planta pouco frequente, sem estatuto de protecção. Em Portugal ocorre pontualmente no NE e CE (Alto Douro e Alto Tejo) e a sua área de distribuição restringe-se apenas ao C, E e S da Península Ibérica. Lamium bifidum Nome Científico: Lamium bifidum Cyr. Família: Lamiaceae (Labiatae) Descrição Planta com 10-40 cm de altura; folhas opostas, ovado-triangulares, crenadas; corola bilabiada, com o lábio superior bífido; flores brancas. Floresce e frutifica de Fevereiro a Maio. Ecologia Vive em incultos e descampados, arrelvados nitrófilos, frequentemente subruderal junto a muros graníticos, ambientes húmidos, sobre substratos ácidos. Distribuição C e W da Península Ibérica. Em Portugal no Alto Alentejo e na Beira Baixa. Estatuto de Protecção Planta sem estatuto de protecção, embora seja pouco frequente e restrita ao Alto Alentejo e Beira Baixa. A sua conservação é de elevada importância. Lavandula luisieri Nome Científico: Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez Família: Lamiaceae (Labiatae) Nome comum: “rosmaninho” Descrição Arbusto de pequeno porte, aromático, perenifólio; folhas acinzentadotomentosas; flores agrupadas numa espiga compacta e angulosa, maior que o pedúnculo; brácteas terminais estéreis, violetas ou purpúreas; corola purpúreaanegrada. Floresce de Março a Outubro. Ecologia Matos baixos e termófilos. Distribuição Endémica da Península Ibérica. C e S de Portugal. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, a Península Ibérica, sendo que em Portugal só ocorre no C e S. A sua presença é ainda relevante por fazer parte de diversos habitats. Lavandula sampaioana Nome Científico: Lavandula sampaioana (Rozeira) Rivas-Mart., T.E. Díaz & Fern. Gonz. Família: Lamiaceae (Labiatae) Nome comum: “rosmaninho-maior” Descrição Arbusto de pequeno porte, aromático, perenifólio; folhas acinzentadotomentosas ou verde-acinzentado-tomentosas, linerares de margens revolutas; flores agrupadas numa espiga subcilindrica, menor que o pedúnculo; brácteas terminais estéreis, violáceas a pálido-lilacíneas; corola purpúrea-anegrada. Ecologia Matos baixos, termófilos, sobre solos pobres em nutrientes e derivados de rochas duras. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo importante, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península Ibérica, sendo também uma espécie relevante na constituição de diferentes habitats. Leuzea conifera Nome Científico: Leuzea conifera (L.) DC. Família: Asteraceae (Compositae) Descrição Planta com 5-30 cm podendo atingir os 50 cm; caule branco lenhoso, folhoso até ao capítulo; folhas lanceoladas, inteiras ou penapartidas, pecioladas; corola purpúrea ou esbranquiçada. Ecologia Clareiras de matos e de machiais sobre solos margosos e pedregosos. Distribuição W da Região Mediterrânica. Em Portugal ocorre no NE e CW calcários, CS, SE e Barrocal Algarvio. Estatuto de Protecção Planta rara sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de elevada importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, o W da Península Ibérica. Em Portugal só ocorre nos calcários do NE, CW, CS, SE e Barrocal Algarvio, sendo que a sua presença é rara. Limodorum abortivum Nome Científico: Limodorum abortivum (L.) Sw. Família: Orchidaceae Nome comum: “limodoro-mal-feito” Descrição Planta com 10-47 cm de altura; folhas inteiras envaginadas, lanceoladas na parte superior; inflorescência 4-28 flores; bráctea da flor basal acuminada, sépalas oval-lanceoladas a oblongo-lanceoladas, violáceas; pétalas linearlanceoladas, laterais, violáceas, labelo concavo, violáceo com o interior branco com nervuras violáceas. Floresce de Abril a Maio. Ecologia Orlas sombrias de matagais e bosquetes. Distribuição W da Região Mediterrânica. Em Portugal, no C, SE e S. Estatuto de Protecção As espécies da família das Orchidaceaes de uma maneira geral possuem uma beleza muito atractiva. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é elevada, a nível de biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Linaria amethystea Nome Científico: Linaria amethystea (Vent.) Hoffmanns. & Link Família: Scrophulariaceae Nome comum: “esporão”; “esporas-bravas” Descrição Planta glabra ou puberulento-glandulosa, em geral pubescente (frequentemente com pêlos violáceos) na inflorescência, multicaule; caules com 5-35 cm, ascendentes, geralmente simples; folhas lineares a lanceoladas, verticiladas e alternas; cachos com 2-5(10) flores, geralmente frouxos; corola violáceo-azulada, amarelo-vivo ou branco-creme; esporão com 4-15 mm, fino. Ecologia Terrenos cultivados e incultos. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no C, SW e SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península Ibérica. Linaria incarnata Nome Científico: Linaria incarnata (Vent) Sprengel Família: Scrophulariaceae Descrição Planta frequentemente unicaule; simples ou pouco ramificado, por vezes piloso na base; folhas alternas; cachos geralmente com mais de 10 flores; corola violácea a purpúreo-avermelhada, com lábios muito abertos e lobos do lábio superior divergentes; esporão até 11 mm. Ecologia Terrenos cultivados e arrelvados xerofílicos. Distribuição Península Ibérica, naturalizada no C e NW da Europa. Em Portugal ocorre na bacia do Douro, CE, CW arenoso, SE e SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península Ibérica, embora já se encontre naturalizada no C e NW da Europa. Linaria saxatilis Nome Científico: Linaria saxatilis (L.) Chaz. Família: Scrophulariaceae Descrição Planta herbácea densamente pubescente-glandulosa; folhas lineares a oblongo-elípticas, alternas; flores amarelas. Floresce de Março a Setembro. Ecologia Sítios secos arenosos ou pedregosos, incultos. Distribuição N e C da Península Ibérica. Em Portugal no NW, Terra Fria e CE montanhoso. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se ao N e C da Península Ibérica, sendo a serra de S. Mamede o limite sul. Linaria triornithophora Nome Científico: Linaria triornithophora (L.) Willd. Família: Scrophulariaceae Nome comum: “esporas-bravas” Descrição Planta glabra, geralmente com um só caule de 50-130 cm, erecto; folhas lanceoladas; flores de cor purpúrea. Floresce de Abril a Setembro. Ecologia Sebes e matas caducifólias. Distribuição É endémica da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no NW, Terra Fria, CW arenoso e CE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península Ibérica, sendo a serra de S. Mamede o limite sul de distribuição. Lonicera periclymenum subsp. hispanica Nome Científico: Lonicera periclymenum subsp. hispanica (Boiss. & Reut.) Nyman Família: Scrophulariaceae Nome comum: “madressilva” Descrição Liana caducifólia, raramente com mais de 5 m; folhas oposto-cruzadas, elípticas a oblongas; flores branco-amareladas; fruto em baga avermelhada. Floresce de Maio a Junho. Ecologia Vive em bosques caducifólios ou perenifólios. Distribuição W, C, S da Península Ibérica. Em Portugal, Terra Quente, CE montanhoso e SW montanhoso, rara no CW calcário. Estatuto de Protecção A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita a uma parte da Península Ibérica. A serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição. Luzula lactea Nome Científico: Luzula lactea Link ex E.H.F. Mey. Família: Juncaceae Descrição Planta perene, com 30-60 cm de altura; folhas basais com margens ligeiramente revolutas; folhas caulinares mais estreitas e com bainha; flores brancas reunidas numa inflorescência densa. Floresce de Junho a Julho. Ecologia Matos, terrenos incultos e rupícola. Distribuição Península Ibérica, NW da Região Mediterrânica e Macaronésia (Açores). A serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição, onde é frequente a partir dos 850 m. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que a sua área geográfica de distribuição restringe-se ao NW da Região Mediterrânica e Açores, sendo que, em Portugal, ocorre apenas no NE, e a serra de S. Mamede é o limite sul da sua área geográfica de distribuição. Luzula sylvatica subsp. henriquesii Nome Científico: Luzula sylvatica subsp. henriquesii (Degen) P. Silva Família: Juncaceae Descrição Planta perene, com folhas basais pilosas nas margens e folhas caulinares mais pequenas. As flores surgem em inflorescências do tipo cimeira. Floresce de Abril a Julho. Ecologia Zonas húmidas de bosques, sobre solos ácidos de zonas montanhosas. Distribuição N e C de Espanha, N de Portugal e serra de S. Mamede. Estatuto de Protecção Planta rara, sem estatuto de protecção, a sua conservação é de elevada importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, quer em Espanha como em Portugal. A serra de S. Mamede é o seu limite sul de distribuição. Marsupella profunda Nome Científico: Marsupella profunda Lindb. Família: Gymnomitriaceae Descrição Briófito saxícola da família das Gymnomitriaceae. Ecologia Locais húmidos ou sombrios, ou fendas de rochas. Poderá variar altitudinalmente entre os 300 e os 1900 m. Distribuição Endemismo europeu, raro na Península Ibérica e segundo estudos recentes ocorre nas serras da Estrela e de S. Mamede e arredores de Santo Tirso. Existem ainda referências históricas para os arredores da Póvoa de Lanhoso, local onde não voltou a não encontrada. Estatuto de Protecção Espécie prioritária do Anexo B-II da Directiva Habitats e incluída no Anexo I da Convenção de Berna (Convenção Relativa à Conservação da Vida Selvagem e do Meio Natural da Europa, 1979). Molineriella laevis Nome Científico: Molineriella laevis (Brot.) Rouy Família: Poaceae (Gramineae) Nome comum: “erva-fina-maior” Descrição Terófito cespitoso; colmos delgados, erectos ou ascendentes; folhas planas ou conduplicadas; panícula muito frouxa; espiguetas brilhantes; lema oblonga e recta; caule com pêlos. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Sítios secos e descampados sobre solos frequentemente ácidos. Distribuição Endémica da Península Ibérica. Em Portugal no N, C e SE. Estatuto de Protecção A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península Ibérica e em Portugal ocorre a penas no N, C e SE, sendo que, a serra de S. Mamede representa o limite sul da sua área geográfica de distribuição. A sua presença é ainda relevante para a conservação e manutenção do habitat prioritário 3170 (*Charcos temporários mediterrânicos). Narcissus bulbocodium Nome Científico: Narcissus bulbocodium L. Família: Amaryllidaceae Nome comum: “campainhas-amarelas”; “campainhas-do-monte” Descrição Planta herbácea, vivaz, bulbosa; folhas estreitas e compridas, geralmente com 1 ou 2 flores amarelas de corola afunilada. Floresce de Janeiro a Março. Ecologia Matagais abertos, clareiras, comunidades de herbáceas e bermas de caminhos. Arrelvados, mais ou menos submetidos a pisoteio, sobre solos temporariamente encharcados. Distribuição W da Região Mediterrânica, em Portugal ocorre N, C, SW e SE. Estatuto de Protecção Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02. Narcissus pseudonarcissus subsp. portensis Nome Científico: Narcissus pseudonarcissus subsp. portensis (Pugsley) A. Fernandes Família: Amaryllidaceae Nome comum: “narciso-trombeta” Descrição Geófito bolboso; folhas lineares, de 10-12 x 6-8(9) cm, menores que o escapo; escapos com 17 cm, espata com 3 cm; flores concolores de amarelo vivo; segmentos do perianto estreitamente lanceolados com 20-22 x 7-8 mm; coroa 2,5-3 cm com a margem pouco expandida e bolbo 25-30 x 20-30 mm. Ecologia No Sitio de S. Mamede ocorre acima dos 900 m nas fendas de rochas quartziticas. Distribuição Endémico da Península Ibérica. NW de Portugal e Serra de S. Mamede. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que ocorre apenas na Península Ibérica e em Portugal restringe-se apenas ao NW e serra de S. Mamede. Bibliografia: Castro Antunes, J. H. S. (2006) – Notas do Herbário da Estação Florestal Nacional (LISFA): Fasc. XXIII. Silva Lusitana 14 (1). EFN, Lisboa, Portugal. Narcissus triandrus subsp. pallidulus Nome Científico: Narcissus triandrus subsp. pallidulus (Graells) Rivas-Goday Família: Amaryllidaceae Nome comum: “narciso” Descrição Planta herbácea bulbosa; folhas lineares, planas, não excedendo mais que a largura; flores pálido-sulfúreas a brancas ou amarelo-douradas, solitárias ou em inflorescências bifloras, muito raramente trifloras. Ecologia Habita em matas, matos, terrenos incultos, em encostas serranas e pastagens de altitude. Distribuição Endémico da Península Ibérica, em Portugal, no N, C e SW montanhoso. A Serra de S. Mamede é o limite sul da sua distribuição. Estatuto de Protecção Anexo B-IV do Dec-Lei n.º 49/2005 de 24/02. Ophrys lutea Nome Científico: Ophrys lutea Cav. Família: Orchidaceae Nome comum: “erva-vespa” Descrição Planta com 7-50 cm de altura; caules erectos e lisos; folhas basais ovadas a ovado-lanceoladas; inflorescências com 1-12 flores; brácteas lanceoladas, verde-claro ou verde amarelado; sépalas concavas, glabras, de margem revoluta, verde amarelado; pétalas de margem revoluta de cor amarela; labelo trilobado, pardo violáceo ou rosa escuro, com uma franja marginal de amarelo intenso. Ecologia Arrelvados, clareiras de matos, cultivos, sobre substratos básicos ou ácidos. Distribuição Região Mediterrânica. Em Portugal, ocorre no CS, CW e S. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceaes são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância em termos de biodiversidade é bastante relevante, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (FestucoBrometalia)). Ophrys tenthredinifera Nome Científico: Ophrys tenthredinifera Willd. Família: Orchidaceae Descrição Planta com 10-60 cm de altura; caules erectos; folhas basais ovadas a ovadolanceoladas ou oblongas, subagudas; inflorescências com 3-8 flores; brácteas inferiores lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, agudas, verde-claro; sépalas concavas, glabras, de margem revoluta, rosadas ou brancas com nervuras verdes; pétalas laterais triangulares, rosa purpúreo ou branco avermelhadas; labelo subquadrangular inteiro ou ligeiramente trilobado, alanrajado. Ecologia Pastagens, clareiras de matagais e bosques, tanto em substratos básicos como ácidos de preferência com textura arenosa. Distribuição Região Mediterrânica e Canárias. Em Portugal, ocorre no C e S. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância em termos de biodiversidade é bastante relevante, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos semi-naturais e fácies arbustivas em substrato calcário (FestucoBrometalia)). Orchis italica Nome Científico: Orchis italica Poir. in Lam. Família: Orchidaceae Nome comum: “flor-dos-macaquinhos” Descrição Planta com 7-50 cm; caules lisos e glabros; folhas basais mais ou menos em roseta, lanceoladas, onduladas na margem; folhas caulinares separadas da inflorescência; 14-50 flores com pétalas rosa claro, com nervos mais escuros; labelo branco ou rosa claro. Ecologia Arrelvados, clareiras de matos e bosques, sobre substratos básicos, secos e pedregosos. Distribuição Região Mediterrânica. Em Portugal, ocorre no CS, CW e S. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Orchis mascula Nome Científico: Orchis mascula (L.) L. Família: Orchidaceae Nome comum: “salepeira-maior”; “saririão-macho”; “satirião-macho” Descrição Planta com 16-43 cm, com escamas basais envaginadas; folhas basais em roseta, lanceoladas; inflorescências com 6-46 flores que se abrem desde da base ao ápice; brácteas lanceoladas, violáceas; sépalas rosadas a violáceas; pétalas laterais lanceoladas, com 1-3 nervos rosa-violáceos; labelo trilobado, rosa claro com pequenas manchas violáceas. Floresce de Março a Agosto. Ecologia Arrelvados, clareiras matos e bosques de azinheira, sobreiro ou carvalhos. Distribuição Grande parte da Europa até Cáucaso e W Ásia, N África e Macaronésia (Canárias). Em Portugal, no NW, N, CW, C, SE, SW. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é grande a nível da biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Osmunda regalis Nome Científico: Osmunda regalis L. Família: Osmundaceae Nome comum: “feto-real” Descrição Planta com folhas de 30-150 cm, as superiores internas são férteis e de crescimento anual; segmentos estéreis oblongos, obtusos, com nervação evidente; esporângios situados apenas nos segmentos distais das folhas férteis; segmentos férteis verde-pálidos, tornando-se rapidamente castanhos. Ecologia Sítios húmidos, frequentemente turfosos. Distribuição Ampla distribuição nas zonas temperadas e tropicais, não estando presente na Austrália e Ilhas do Pacifico. N, C e W peninsular. Em Portugal continental apenas no N, C e SW meridional. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante na serra de S. Mamede uma vez que esta faz parte de habitats rochosos pouco frequentes. Paeonia broteroi Nome Científico: Paeonia broteroi Boiss & Reuter Família: Paeoniaceae Nome comum: “rosa-albardeira” Descrição Planta com folhas basilares recortadas em segmentos; flores vermelhas. Floresce de Abril a Junho. Ecologia Matagais e bosques, encostas pedregosas. Distribuição W da Península ibérica. Em Portugal, no NE, C, SW e SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição muito restrita, o W da Península Ibérica, em Portugal ocorre no NE, C, SW e SE. Devido à sua beleza, uma das suas grandes ameaças é a colheita. Pinguicula lusitanica Nome Científico: Pinguicula lusitanica L. Família: Lentibulariaceae Descrição Planta carnívora, vivaz, com 5-15 cm de altura; folhas em roseta basal com contorno elíptico, um pouco revolutas; papilas que segregam uma viscosidade com que a planta capta e depois digere as suas presas (pequenos invertebrados); flor solitária com 5 sépalas rosadas, lanceoladas; corola com 5 pétalas fundidas, rosa pálido. Floresce de Abril a Setembro. Ecologia Turfeiras, arrelvados húmidos, sobre substrato silício. Distribuição W da Europa, NW de África. Em Portugal, frequente em quase todas as regiões, sendo mais rara no Baixo Alentejo, Beira Baixa e em Trás-os-Montes. Não cresce no Ribatejo e na Beira Alta. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Planta de interesse especial e pouco frequente com exigências ecológicas muito restritas, a sua conservação depende que se mantenha em bom estado os habitats que ocupa. As suas populações são sempre pequenas e a alteração da humidade de algumas zonas húmidas, poderá causar danos a essas populações. Polygala microphylla Nome Científico: Polygala microphylla L. Família: Polygalaceae Descrição Planta subarbustiva de 10-30 cm de altura; folhas lineares e caducas; flores azuis. Floresce e frutifica de Março a Junho. Ecologia Matos, sobre solos ácidos, mais ou menos, pedregosos. Distribuição Endémica na Europa. Em Portugal ocorre no NW, NE e C. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é de grande importância em Portugal, uma vez que é pouco frequente. Polystichum setiferum Nome Científico: Polystichum setiferum (Forssk.) Woynar Família: Aspidiaceae Nome vulgar: “fentanha” Descrição Planta de folhas com 30-120 cm, geralmente não persistentes; pecíolo revestido de grandes ramentos arruivados e de outros poliformes; limbo com 10-25 cm de largura, oblongo-lanceolado; segmentos secundários serrados, arredondados. Floresce de Abril a Agosto. Ecologia Sítios frescos geralmente montanhosos Distribuição Região Mediterrânica, Macaronésia e W da Região Eurossiberiana, dispersa por toda a península. Em Portugal ocorre no N, C (excepto CW calcícola e CS) e SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante uma vez que esta faz parte de habitats pouco frequentes. Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum Nome Científico: Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum (Spach) Talavera & P.E. Gibbs Família: Fabaceae (Leguminosae) Nome comum: “senradela-amarela”; “senradela-brava”; “serradela”; “serradela-amarela”; “serradela-brava” Descrição Arbusto baixo, erecto ou prostrado; ramos novos distintamente alados e comprimidos; folhas nulas; flores em fascículos axilares e terminais; cálice tubuloso, bilabiado, com o lábio superior bifendido e o inferior 3-fendido; corola amarela; vagem oblongo-linear, deiscente. Floresce de Março a Julho. Ecologia Charnecas e matos em solos ácidos. Distribuição Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal ocorre vulgarmente por todo o território, menos no SE (com excepção da serra d´Ossa. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Embora esta planta seja frequente, a sua conservação é importante para a conservação e manutenção do habitat 4030 (Charnecas secas europeias). Pyrus bourgaeana Nome Científico: Pyrus bourgaeana Decne. Família: Rosaceae Nome comum: “pereiro-bravo” Descrição Arbusto ou árvore caducifólia, espinhosa nos ramos inferiores ou em estado juvenil; copa aberta; renovos grossos e castanhos, raminhos cinzentos; folhas ovadas ou ovado-cordiformes, crenuladas; cimeiras corimbiformes; sépalas oblongo-lanceoladas, mucronadas; pétalas obovado-acunheadas, brancas. Ecologia Frequentemente junto a linhas de água torrenciais ou em encostas; orlas de bosques e montados, sobre todo o tipo de solo. Distribuição W e C da Península Ibérica, em Portugal no NE, C e S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Embora este endemismo seja muito frequente, a sua conservação é importante por apresentar uma área geográfica de distribuição restrita ao W e C da Península Ibérica. Em Portugal ocorre com frequência no NE, C e S. Quercus faginea Nome Científico: Quercus faginea Lam. Família: Fagaceae Nome comum: “carvalho-cerquinho” Descrição Árvore marcescente, até 25 m de altura; folhas crenado-dentadas, com as margens ligeiramente enrolando para dentro página inferior com pêlos. Ecologia Bosques sobre solos ricos em bases. Distribuição Península Ibérica e NW de África. Em Portugal no NE, C, SW e SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar e proteger, assim como o seu habitat por se trata de uma espécie relíquia da floresta portuguesa, existente apenas em reduzidas áreas no centro do país. Na área de estudo está presente a subespécie faginea embora de forma rara e residual sobre rochas básicas, daí a importância de ser conservada, e a subespécie broteroi que surge mais concretamente nos rios Tejo e Sever, a baixa altitude onde beneficia de situações térmicas e húmidas. Quercus lusitanica Nome Científico: Quercus lusitanica Lam. Família: Fagaceae Nome comum: “carvalhiça”; “carvalho-anão” Descrição Arbusto perenifólio raramente com mais de 50 cm de altura, formando tapetes densos; folhas sem pêlos, subcoriáceas e elíptico-ovadas. Ecologia Terrenos secos, pedregosos, silícios, muitas vezes em mosaico com matos de ericáceas, até aos 600 m. Distribuição Península Ibérica e Marrocos. Em Portugal, no C e S, franja ocidental, penetrando pelo vale do Tejo até ao S da Beira Baixa. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de extrema importância, a sua área geográfica de distribuição restringe-se à Península Ibérica e Marrocos, sendo que em Portugal ocorre apenas no C e S, franja ocidental, penetrando pelo vale do Tejo até ao S da Beira Baixa. Na área em estudo é importante ser conservado, uma vez que surge residualmente. Quercus pyrenaica Nome Científico: Quercus pyrenaica Willd. Família: Fagaceae Nome comum: “carvalho-negral” Descrição Árvore marcescente até 25 m; copa irregular; folhas lobadas a partidas, atingindo 2/3 da largura da aba da folha, muito tomentosas, de cor cinzenta. Ecologia Vive em bosques sobre solos ácidos e profundos. Predominantemente na região montanhosa em matas de clima mediterrânico relativamente chuvoso e com períodos de geadas. Distribuição W da Região Mediterrânica. Em Portugal vive no N, C, SW e mais a sul pontualmente nas serras d´Ossa e Monfurado. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar e proteger, assim como o seu habitat, por fazer parte da nossa floresta autóctone. Quercus robur Nome Científico: Quercus robur L. Família: Fagaceae Nome comum: “carvalho-alvarinho” Descrição Árvore caducifólia até 45 m; copa ampla; folhas verdes com forma oval e 4-8 lobos arredondados, ambas as faces sem pêlos. Floresce de Abril a Maio. Ecologia Matas em clima temperado, isto é, sem seca estival prolongada, sobre solos profundos e frescos. Distribuição C, W e N da Europa. Em Portugal no NW, CW, CN e pontualmente nas serras de S. Mamede e Sintra. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção esta espécie é extremamente importante conservar e proteger, assim como o seu habitat, por fazer parte da nossa floresta autóctone. Quercus rotundifolia Nome Científico: Quercus rotundifolia Lam. Família: Fagaceae Nome comum: “azinheira” Descrição Árvore perenifólia de 15-20m de altura; copa arredondada, densa; folhas verdeacinzentadas, oblongas ou elípticas, inteiras, com pêlos na página inferior. Ecologia Adapta-se a todos os tipos de solos, tanto calcários como silicíosos, estando limitada a solos hidromórficos. É resistente ao calor e à secura, devido às suas folhas esclerófilas que estão bem adaptadas a condições de xerófilia. Deste modo, suporta perfeitamente o clima e o solo característico do Alentejo, região em que esta espécie se encontra perfeitamente bem adaptada. Distribuição Região Mediterrânica ocidental. Em Portugal, no NE, C e S. Estatuto de Protecção Protegida pelo Decreto-Lei n.º 169/2001 de 25 de Maio. Quercus suber Nome Científico: Quercus suber L. Família: Fagaceae Nome comum: "sobreiro” Descrição Árvore perenifólia de copa ampla, pouco densa, com até 20 m de altura; folhas verde-escuras, oblongas e inteiras, página superior sem pêlos e a página inferior esbranquiçada por uma densa pelagem. Ecologia Solos soltos e permeáveis, sobretudo em zonas frescas. Tolerante a qualquer tipo de solo, desde que não sejam calcários e compactos. Exigente em humidade, não suporta geadas intensas e frequentes. Distribuição Região Mediterrânica ocidental. Estatuto de Protecção Protegida pelo Decreto-Lei n.º 169/2001 de 25 de Maio. Ranunculus bulbosus subsp. aleae Nome Científico: Ranunculus bulbosus subsp. aleae (Willk.) Rouy & Foucaud Família: Ranunculaceae Nome comum: “ranúnculo-bulboso” Descrição Planta até 30 cm; folhas vilosas, as basilares frequentemente com o segmento terminal trissecto e os segmentos laterais todos tripartidos; flores com 1330mm; pedicelos densamente revestidos de pêlos compridos, mais ou menos aplicados. Ecologia Prados e arrelvados húmidos. Distribuição Região Mediterrânica. Em Portugal no NE e CE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A Serra de S. Mamede é o limite sul da sua área de distribuição, a sua conservação em Portugal é importante uma vez que só surge no NE e CE. Ranunculus hederaceus Nome Científico: Ranunculus hederaceus L. Família: Ranunculaceae Nome comum: “ranúnculo” Descrição Planta até 40 cm, prostrada; caule ramoso; folhas todas laminares, reniformes ou suborbicular-cordadas, geralmente opostas, com 3-5 lobos superficiais, obtusos e inteiros; flores com 3-7 mm de diâmetro; tépalas nectaríferas. Ecologia Prados e arrelvados húmidos, charcas, em geral em ambientes alterados e abertos, prefere os meios ricos em sais minerais. Distribuição NW da Europa, em Portugal no N e C, excepto no CW calcário. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Embora seja bastante frequente, a conservação desta planta é importante para manutenção do habitat 3260 (Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion). Ranunculus peltatus Nome Científico: Ranunculus peltatus Schrank Família: Ranunculaceae Nome comum: “ranúnculo-aquático”; “borboleta-aquática” Descrição Planta aquática, cespitosa em terra ou estendido-erecta de baixo de água; folhas laminares reniformes a semiorbiculares, fendidas com lobos obovados de margens convexas e crenadas no ápice folhas capilares com lacíneas curtas ou compridas; flores com 20-30 mm de diâmetro; tépalas nectaríferas contíguas, obovadas, persistentes. Ecologia Águas estagnadas ou de corrente fraca. Distribuição Europa, na Região Mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal, no CW e CS, raro no SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. Embora seja bastante frequente, a conservação desta planta é importante para manutenção do habitat 3260 (Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion). Ruscus aculeatus Nome Científico: Ruscus aculeatus L. Família: Liliaceae Nome comum: “gilbardeira”; “erva-dos-vasculhos” Descrição Planta herbácea, perene, rizomatosa. Chega a atingir 1 m de altura, muito ramificada e os ramos terminam em espinhos; os frutos são bagas vermelhas. Floresce e frutifica desde do Inverno até ao final da Primavera. Ecologia Ocorre em praticamente todo o tipo de terrenos mas prefere os locais frescos e sombrios, contudo não aguenta os frios e geadas das altitudes mais elevadas. É frequente nas florestas de sobreiro, azinheira e carvalho de menor altitude. Também em matagais de pré-bosque. Distribuição S da Europa, Hungria, Turquia. Em Portugal, por todo o continente e Açores. Estatuto de Protecção Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02. Salix salviifolia subsp. australis Nome Científico: Salix salviifolia subsp. australis Franco Família: Salicaceae Nome comum: “borrazeira-branca”; “salgueiro-branco” Descrição Arvore com aproximadamente 6 m de altura; raminhos acastanhados ou avermelhados, glabrescentes. Ecologia Margens dos cursos de água temporários com acentuada estiagem, sobre solos profundos e húmidos. Distribuição Endémica do W da Península Ibérica. Em Portugal esta subespécie só ocorre no Sul do País. Estatuto de Protecção Anexo B-II do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02. Sanguisorba hybrida Nome Científico: Sanguisorba hybrida (L.) Font Quer Família: Scrophulariaceae Nome comum: “agrimónia-bastarda”; “agrimónia-brava” Descrição Planta herbácea com 30-150 cm, subarrosetada, erecta, viscosa; caules ramosos com pêlos glandulosos; folhas basais com 9-15 folíolos; flores femininas no ápice da inflorescência e flores hermafroditas na base. Floresce de Abril a Julho. Ecologia Bosques e matagais de substituição sobre terrenos frescos, normalmente em substrato silício. Distribuição Endémica do SW da Península Ibérica. Em Portugal ocorre no C, S e bacia do Douro. Estatuto de Protecção A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao SW da Península Ibérica. Scrophularia scorodonia Nome Científico: Scrophularia scorodonia L. Família: Scrophulariaceae Nome comum: “escrofulária; erva-do-mau-olhado” Descrição Planta herbácea de 25-100 (150) cm, mais ou menos pubescente; folhas ovadas a lanceoladas, obtusas a agudas, cordadas, duplamente crenadoserradas; brácteas na maioria foliáceas; pedicelos pubescentes-glandulosos; corola púrpura-baça; cápsula com 5-8 mm, globoso-ovóide, subobtusa. Floresce de Fevereiro a Setembro. Ecologia Sítios frescos e sombrios. Distribuição W da Europa para N até S da Inglaterra. Em Portugal no NW ocidental, Terra Quente, CW, CS e SE. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante por fazer parte de habitats rochosos pouco frequentes. Selaginella denticulata Nome Científico: Selaginella denticulata (L.) Spring Família: Selaginelaceae Nome comum: “selaginela” Descrição Planta de caule rastejante e muito ramificado; ramos dorsiventrais, cor verde; folhas até 2,5 mm, denticuladas e assimétricas. Ecologia Locais sombrios e húmidos. Distribuição Região Mediterrânica, Canárias e Madeira. Em Portugal continental, no C e S e Bacia do Douro. Estatuto de Protecção A conservação desta planta é importante, uma vez que em Portugal só ocorre no C, S e bacia do Douro. A sua presença é ainda relevante para a manutenção e conservação do habitat 8220 (Vertentes rochosas silíciosas com vegetação). Serapias cordigera Nome Científico: Serapias cordigera L. Família: Orchidaceae Nome comum: “serapião-de-flores-grandes” Descrição Planta de 12-40 cm de altura; caules verdes; folhas linear-lanceoladas; inflorescencias densas com 2-12 flores; brácteas ovado-lanceoladas, púrpuras, glabras com nervos de cor purpúreo mais intenso; sépalas lanceoladas, purpúreas com nervuras de purpúreo mais intenso; pétalas de base arredondada, purpúreas, labelo purpúreo escuro, quase negro, brilhante e com pilosidade branca. Ecologia Arrelvados, clareiras de bosques, sobre solos ácidos. Distribuição SW Europa. Em Portugal no N, Beira Litoral, Alto Alentejo e Algarve. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é grande a nível da biodiversidade, assim como na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Serapias lingua Nome Científico: Serapias lingua L. Família: Orchidaceae Nome comum: “erva-língua” Descrição Planta de 8-55 cm de altura; caule verde; folhas linear-lanceoladas; inflorescências com 2-6 flores com brácteas purpúreo-violáceas, glabras, com nervos de cor purpúrea mais intenso; sépalas ovais purpúreo-violáceas; pétalas laterais, mais curtas que as sépalas, labelo oblongo, castanho ou castanhopurpúreo. Ecologia Arrelvados húmidos, bosques. Distribuição Sul da Europa. Em Portugal, no N, CW, SE e Algarve. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Serapias parviflora Nome Científico: Serapias parviflora Parl. Família: Orchidaceae Nome comum: “serapião-de-língua-pequena” Descrição Planta de 10-40cm de altura; caules verdes; folhas linear-lanceoladas; inflorescencias com 1-15 flores; brácteas lanceoladas, rosa com nervos mais escuros purpúreos; sépalas ovado-lanceoladas, arrocheadas; pétalas com a base ovada-lanceolada; labelo rosa escuro. Ecologia Clareiras de matos e bosques, arrelvados. Distribuição S da Europa. Em Portugal, no C e S. Estatuto de Protecção Todas as espécies da família das Orchidaceae são, de uma maneira geral, de uma beleza muito atractiva. O comércio destas plantas está regulamento (Regulamento da Comissão n.º 2384/85/CEE de 30-07-1985), no entanto, não é suficiente para a sua conservação. Estas plantas não ocorrem com muita abundância e a sua importância é relevante a nível da biodiversidade, assim como, na manutenção e conservação do habitat 6210 (Prados secos seminaturais e fácies arbustivas em substrato calcário (Festuco-Brometalia)). Silene acutifolia Nome Científico: Silene acutifolia Link ex Rohrb. Família: Scrophulariaceae Descrição Planta de caules até 25 cm; folhas basilares e caulinares; flores rosadas. Floresce de Abril a Agosto. Ecologia Planta rupícola, vive em sítios pedregosos. Distribuição Endémica da Península Ibérica, encontra na serra de S. Mamede o limite sul da sua área de distribuição. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de extrema importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita à Península Ibérica, sendo que o seu limite sul é na serra de S. Mamede. Sphagnum auriculatum Nome Científico: Sphagnum auriculatum Schimp. Família: Sphagnaceae Descrição Planta extremamente polimórfica; com 20 cm de altura; forma tapetes puros ou ocorre misturado com outras espécies; coloração variável, verde, amarelo, acastanhado ou por vezes alguma coloração de vermelho (especialmente em formas aquáticas). Ecologia Vive num largo espectro de ambientes húmidos, habitats oligotróficos a mesotróficos. Distribuição Pontualmente no N e C de Portugal continental. Estatuto de Protecção Anexo B-V do Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24/02 Stachys germanica subsp. lusitanica Nome Científico: Stachys germanica subsp. lusitanica (Hoffmanns. & Link) Cout. Família: Scrophulariaceae Nome comum: “betónica-da-alemanha” Descrição Planta perene, rizomatosa, lenhosa, com pêlos; caule com 20-130 cm, angulosos, flexíveis quando a planta está seca; folhas pecioladas, ovadas a elípticas, raramente assimétricas, de ápice agudo a arredondado, crenadas a dentadas; inflorescência com 3,5 cm de diâmetro, formada por 3-15 verticilos, frequentemente com 8 flores por verticilo; brácteas ovadas, agudas; cálice com pêlos; corola esbranquiçado a creme, às vezes purpúrea claro. Ecologia Arrelvados húmidos. Distribuição S da Península Ibérica. Em Portugal, CE, CW, S e SE. Estatuto de Protecção Não tem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita ao S da Península Ibérica. Thelypteris palustris Nome Científico: Thelypteris palustris Schott Família: Thelypteridaceae Descrição Planta de rizoma longamente rastejante, delgado, pubescente e coberto no ápice por alguns catafilos ovados e papilosos; folhas erectas; limbo lanceolado; pecíolo subigualando o limbo, verde-amarelado mas anegrado na base, glabro ou com raros pêlos incolores. Ecologia Lugares húmidos ou encharcados, ambientes frescos. Distribuição Europa, N de África, C e E de Ásia, N e W da Península, Cádiz, Levante e Zagaroza. Em Portugal continental no C e SW. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação desta planta é importante uma vez que esta faz parte de habitats pouco frequentes. Thymus mastichina Nome Científico: Thymus mastichina (L.) L. Família: Lamiaceae (Labiatae) Nome comum: “bela-luz” Descrição Arbusto lenhoso de caules até 40 cm; ramos numerosos e cobertos de pêlos curtos; folhas estreitamente ovadas a lanceolado-elípticas; corola esbranquiçada. Floresce de Março a Agosto. Ecologia Sítios descampados, pedregosos e secos. Distribuição Endémica da Península da Ibérica. Em Portugal, no NW, NE, CE, CS, SE e S. Estatuto de Protecção Sem estatuto de protecção. A conservação deste endemismo é de grande importância, uma vez que apresenta uma área geográfica de distribuição restrita, a Península Ibérica. Viola palustris subps. juressi Nome Científico: Viola palustris subsp. juressi (Link ex Wein) W. Becker ex Cout. Família: Violaceae Nome comum: “violeta” Descrição Planta com rizoma longamente rastejante, não emitindo caules aéreos folhosos; folhas 3 ou 4 por roseta; limbo reniforme e glabro; pecíolo fino; flores pálido-lilacíneas, inodoras; sépalas ovado-obtusas; esporão obtuso, pálidolilacíneo. Ecologia Sítios húmidos, turfosos. Distribuição Euro-norteamericana, na península refugia-se nas zonas montanhosas no E, C e S. Em Portugal ocorre a NW e CE. Estatuto de Protecção A conservação desta planta é de grande importância, uma vez que apresenta, em Portugal, uma área geográfica de distribuição muito restrita. Wahlenbergia hederacea Nome Científico: Wahlenbergia hederacea (L.) Rchb. Família: Campanulaceae Descrição Planta herbácea delgada; de caule glabro, prostrado, até 30 cm; folhas pecioladas, orbicular-reniforme; flores solitárias, axilares, pedicelos até 10 mm; corola com 6-10 mm, campanulada, azul-pálida. Floresce de Junho a Outubro. Ecologia Lugares húmidos e turfosos, geralmente em substratos ácidos. Distribuição W da Europa. Frequente no W da península. Em Portugal, NW, Terra Fria, C e SW montanhoso. Estatuto de Protecção A conservação desta planta é importante, uma vez que encontra na serra de S. Mamede o limite sul da sua área geográfica de distribuição, assim como, por fazer parte de habitats pouco frequentes como são os meios turfosos. 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