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AULA 2: A PALAVRA DE DEUS
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. Salmo
119:105.
Para os cristãos evangélicos, a Bíblia é considerada como nossa “única regra de fé
é prática”. Isso quer dizer que tudo aquilo que cremos e praticamos deve estar
baseado na Palavra de Deus.
De maneira prática, o que isso quer dizer? Significa que experiências pessoais,
convicções, maneira de pensar, entre outras coisas, nunca deverão estar em
desacordo com o que a Bíblia afirma. Vamos usar um exemplo bastante comum
para esclarecer isso: os católicos creem que a Virgem Maria em algumas ocasiões
apareceu a alguns fiéis (como em Lourdes e Fátima, por exemplo), reforçando a
crença que eles têm de que ela tem um papel de mediadora entre Deus e os
homens, e de que ela é digna de ser cultuada. Porém, será que é possível crer
nisso? Vamos observar alguns versículos bíblicos:
1 Timóteo 2:5 - “Pois há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens:
o homem Cristo Jesus”.
Lucas 4:8 - “Jesus respondeu: 'Está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a
ele preste culto'”.
Fica bastante claro que crer que alguém (além de Jesus) é mediador entre nós e
Deus é algo complemente fora do ensino bíblico. O mesmo ocorre com a crença
de que é possível prestar culto a qualquer pessoa além do Deus verdadeiro.
O mesmo princípio vale para outras crenças e filosofias que conflitam com as
Escrituras (espiritismo, budismo, hiduísmo, etc.).
Que postura devemos ter ao ler a Bíblia?
Para respondermos a essa pergunta, vamos observar um verso da própria Bíblia:
Josué 1:8 - “Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas
de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito.
Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido”.
1. Uma postura de intimidade: “Não deixe de falar as palavras”, ou seja,
precisamos ser familiarizados com o que está escrito. Isso implica uma constância
na leitura, e não algo ocasional.
2. Uma postura de meditação: “meditar nelas”. Meditar é muito mais do que
ler corriqueiramente. É parar para pensar, buscar o sentido, e deixar que aquelas
palavras produzam em nós uma mudança, edificação, conforto, entre outras
bênçãos.
3. Uma postura de obediência: “para que você cumpra”. Não basta ler; temos
que fazer o que ali está ordenado.
Com relação à postura de obediência, muitas vezes as pessoas perguntam: “O
que fazer com aquilo que não está claro na Bíblia?”. Para responder a essa
pergunta, vamos usar um exemplo de algo que é polêmico para algumas
pessoas: a música. É comum ouvirmos a seguinte pergunta: “Um cristão 'pode'
escutar música secular (“do mundo”)?.
Não existe na Palavra nenhum “mandamento” declarando algo como “Vocês não
ouvirão música mundana”. Diante disso, alguém poderia afirmar que está tudo
correto se ouvirmos todos os tipos de música. Mas será que é assim mesmo?
Vejamos o que está escrito em 1 Coríntios 10:23 - “'Tudo é permitido', mas nem
tudo convém. 'Tudo é permitido', mas nem tudo edifica'”.
A pergunta é: “Ouvir qualquer tipo de música 'convém'?”. Outra pergunta: “'Ouvir
essas músicas é algo edificante?”. Percebe-se que para muitas situações, teremos
que observar outros princípios da Palavra, em vez de apenas buscar uma
proibição ou autorização.
Vamos seguir com esse exemplo – música secular. Quais as implicações?
a) Há músicas, ritmos e letras com fundo espiritual pagão. Muitas vezes,
sem que o ouvinte saiba, há composições que têm o objetivo de 'atrair' espíritos
malignos quando são executadas.

Ritmos: há “batidas” conhecidas, por exemplo, como “ponto de macumba”,
e em algumas composições populares esses ritmos estão presentes;

Letras: algumas vezes, até mesmo inocentemente disfarçadas, há letras
que afrontam a Palavra de Deus. Há algumas que fazem isso diretamente (seja
em música popular, rock pesado, ou outros estilos).
b) Existe também um poder de indução na música. Muitas vezes, sem
perceber, estamos acompanhando (com os pés, ou com as mãos) o ritmo de
determinada música que estamos ouvindo. A música também é um veículo para
fixar ideias.
c) Há o risco da memória sensorial. O que é isso? Costumes, ideias,
lembranças ficam melhor gravados quando associados a um sentido ou emoção. É
o que ocorre com aromas (perfumes, cheiros), por exemplo. Músicas que
“marcaram” uma época em que estávamos distantes de Deus podem despertar
sentimentos antigos, e inconvenientes, que podem nos afastar novamente de
Deus.
d) Letras com conteúdo inapropriado. Ainda que não haja algo explicitamente
espiritual, como vimos no item “a”, a maioria das letras traz conteúdo sensual,
violento, irreverente, para nomear apenas algumas inconveniências.
e) A questão da inspiração. Muitas vezes, ainda que o compositor não tenha
buscado isso, uma música pode carregar um conteúdo espiritual, dependendo da
inspiração sob a qual foi composta. Quando não há um compromisso com Deus, a
pessoa pode estar produzindo algo sob influência maligna, mesmo sem saber.
Diante de tudo isso, como responder àquela pergunta inicial sobre “podermos ou
não” ouvir música secular? Como afirmamos, não há um “mandamento” a
respeito disso, mas demonstramos que na maioria das vezes será altamente
desaconselhável fazê-lo. Na verdade, quando não há uma determinação clara, o
cuidado deve ser ainda maior, pois nossa atitude deverá basear-se na nossa
consciência e no nosso desejo: queremos mais agradar a Deus, ou satisfazer
nossa carne?
Voltando mais especificamente ao nosso tema – A Palavra de Deus – vamos
finalizar com algumas orientações práticas para a leitura da Bíblia, e destacar
quais os benefícios desta leitura.
Orientações:

Enquanto possível, devemos estabecer horário e local determinados para a
leiturra. Isso ajudará a disciplinar-nos nesse hábito abençoado.

Devemos nos valer de um meio de fazer anotações. Isso nos ajudará a fixar
o que foi lido.

É importante ter um plano de leitura. De outra forma, se apenas lermos
aleatoriamente, nossa compreensão ficará limitada.
Benefícios:

Fortalece-nos na luta contra o pecado (quando Jesus foi tentado pelo diabo,
Ele o venceu com a Palavra)

Possibilita-nos evitar erros doutrinários (como no exemplo que utilizamos
no início do estudo)

É uma arma para a guerra espiritual (em Efésios 6 a Palavra é chamada de
“espada do Espírito”)

Dá-nos poder na oração, pois saberemos pedir de acordo com a vontade de
Deus (João 15:8 - “se as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o
que quiserem, e lhes será concedido”)

Traz orientações para as decisões práticas que temos que tomar (Salmo
119:105 – a Palavra é “lâmpada” e “luz” para o caminho)
Período de ministração:
a) Orar pelos participantes, para gerar neles o desejo de uma prática de leitura
bíblica intensa.
b) Orar fortalecendo-os na decisão de abandonar práticas que, ainda que não
sejam proibidas, são inconvenientes.
c) Orar, abençoando-os, para que tenham uma semana de vitória, através da
vigilância em oração e constância na Palavra.
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