Baseado no Capítulo 1: Evolução das idéias sobre a relação entre

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Fundamentos da Neuropsicologia – Profa. Carolina Cunha Nikaedo
Baseado no Capítulo 1: Evolução das idéias sobre a relação entre cérebro,
comportamento e cognição. Livro: Neuropsicologia teoria e prática
Definição:
Neuropsicologia é o campo das ciências que interessado em estudar as relações entre
sistema nervoso central (SNC) X funções cognitivas e comportamento, tanto nas
condições normais e patológicas (desenvolvimento anormal do SN, como dislexia) ou
lesões adquiridas, como TCE)
- Natureza multidisciplinar: fundamentos das neurociências e da psicologia
- Áreas associadas: psiquiatra, neurologia, pedagogia, geriatria, fonoaudiologia,
psicomotricidade
- Áreas de atuação:
pesquisa ou clínica
– Avaliação, Reabilitação –
diferentes idades
História da neuropsicologia
- 1ª vez uso do termo neuropsicologia 1913 ou 1936?
Disciplina científica recente (SBNP fundada em 1989) mas os pilares são antigos:
- Antiguidade: tentativa de localizar a alma no corpo humano
- Achados paleontológicos – homens das cavernas já tinham interesse no cérebro
*hipótese cardíaca: coração controlador atividade mental (Aristóteles compartilhava
desta idéia)
- Hipócrates e Galeno: importantes na solidificação da hipótese cerebral
- Dilema coração X cérebro * hipótese ventricular: idéia de que nos ventrículos
cerebrais circulavam fluídos ou espíritos. Este movimento gerava movimento e
diferentes sensações
- René Descartes: concordava com a hipótese cardíaca e atribuía a glândula pineal o
controle de certos comportamentos
- Nesta época da história já havia se consolidado a idéia de que o cérebro
desempenhava um papel crucial. A partir de então surgem os estudiosos que tentaram
compreender como este cérebro funcionava = HOLISTAS x LOCALIZACIONISTAS
- Início século XIX localizacionistas – Franz Joseph Gall (1757-1828) e a teoria da
frenologia
- análise da superfície do crânio atribuíram 35 diferentes órgãos, dentre eles:
área da coragem, da sabedoria, do talento poético, etc. Teoria muito criticada pela
comunidade científica
- meados do século XIX – reforço da idéia dos localizacionistas:
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- Paul Broca em 1861 apresentou 9 casos de pacientes com prejuízo na
nomeação
- Carl Wernicke (1848-1904): pacientes com disfunção na compreensão
- Início do século XX: Karl Lashley
- estudos com animais desanimadores: impossibilidade de localizar funções
como memória
- Em 1940 Walter Hess propôs a idéia de “organização cerebral”
- 1848: caso Phineas Gage
- 1950 William Scoville publica o caso H.M.:remoção bilateral do hipocampo e
das amígdalas
*processos mentais superiores, como a aprendizagem e memória depende de
diferentes centros específicos e conexões
Fim do localizacionismo *Aleksandr Luria (1980) neuropsicólogo soviético (1980) Novo
conceito de “sistema funcional” (pesquisadores americanos vão p/ União Soviética pós
2ª G.M.). Segundo esta teoria, funções mais básicas podem ser localizadas, mas os
processos mais complexos envolvem diversas áreas.
Propôs que o funcionamento cerebral estava baseado em três unidades funcionais:
1ª Unidade que regula o tônus cortical e a vigília (depende de estruturas como
formação reticular e áreas do sistema límbico)
2ª Encarregada de receber, processar e armazenar informações sensoriais que
chegam do mundo (áreas do córtex cerebral localizadas posteriormente ao sulco
central)
3ª Responsável pelo planejamento, programação, execução e monitoramento da
atividade mental (córtex cerebral situado nas regiões anteriores do cérebro e
organizado hierarquicamente em áreas corticais primárias, secundárias e terciárias)
- Apesar desta teoria ser amplamente reconhecida e aceita, Luria não considerou a
assimetria cerebral, hoje melhor explorada.
Figuras
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FRENOLOGIA
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