título do resumo

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ANÁLISE DE ARTIGOS PUBLICADOS NA REVISTA BRASILEIRA DE
GEOGRAFIA ENTRE OS ANOS DE 1955 A 1965 E SEUS SIGNIFICADOS
PARA A EPISTEMOLOGIA DA GEOGRAFIA
Luiz Gustavo de Almeida, Rosana Figueiredo Salvi, e-mail do orientador:
[email protected]
Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências/CCE
Área e subárea do conhecimento: Geografia Humana/Epistemologia.
Palavras-chave: RBG, Teoria, Metodologia.
Resumo
A pesquisa levantou nas publicações da Revista Brasileira de Geografia (RBG),
entre os anos de 1955 a 1965, as teorias, as metodologias e os objetivos de
pesquisa encontrados nos artigos desse período. Especificamente com o
objetivo de responder as quais teorias, metodologias e objetivos de pesquisa
utilizavam nesse período. Concluiu-se que as teorias eram variadas, mas se
distribuíam predominantemente nas áreas de Geografia Humana, com
destaque para a Geografia Urbano industrial e Geografia Agrária, embora a
Geografia Física aparecesse com volumes dedicados à Geomorfologia e à
Climatologia.
Introdução
A sistematização do conhecimento geográfico ocorre no início do século XIX,
como um conhecimento autônomo relacionado ao processo de produção
capitalista.
Neste trabalho, partindo do ano de 1955 até o ano de 1964, foi
elaborado um quadro separado em Geografia Humana e Geografia Física com
o título, autor, ano, volume e número dos artigos visando explorar as
tendências dispostas na Revista Brasileira de Geografia, os métodos, teorias e
objetivos utilizados pelos autores nos artigos publicados para articular as
análises de três artigos.
1. “As Zonas Pioneiras do Brasil” – Revista Brasileira de Geografia,
Volume 17, Número 4 De 1955
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O autor Prof. Leo Waibel estuda, como uma teoria comparativa do Brasil
com os Estados Unidos, dispondo de condições naturais. Objetiva analisar as
zonas pioneiras do Brasil, os problemas da agrogeografia e da colonização no
país mostrando o fenômeno através de mapas. Condições as quais ligam a
economia visando à expansão e o lucro. O agricultor, residente do sertão é o
único capacitado de moldar uma zona pioneira. Não sendo ele, com a
agricultura e o povoamento, o homem apossa das terras aumentando os
preços, derrubando a mata e construindo casas e ruas.
A cultura algodoeira despertou as alternativas agrícolas possível de lucro.
Pensado no lema “marcha para oeste” desconsideravam as condições de todo
território nacional, e principalmente, a região leste a qual provia de grande
condição econômica e era mais desenvolvida. Observados nas imagens
dispostas no artigo, envolvia a condição política em desbravar o desconhecido
sem conhecer o que já haviam conquistado e explorado.
O professor Leo Waibel define a “zona pioneira” como uma faixa de terra
ampla entre a mata virgem e a zona civilizada, inserida num disparo da
agricultura e do povoamento. Estas zonas tratadas semelhantes às observadas
no meio oeste americano. Com a cultura cafeeira no centro leste do Brasil, por
conta das áreas ideias para produção, visara a condição de expandir para o
interior por conta das condições naturais e econômicas.
A valorização e colonização dos Estados de Mato Grosso e Goiás diante o
conhecimento sobre as condições naturais dificultava a adaptação dos
imigrantes europeus. Melhor se existisse a ocupação do leste do Brasil e se os
mercados locais e centros industriais antes de ir para oeste.
2. “Urbanização e industrialização na orla oriental da Baía de
Guanabara” – Revista Brasileira de Geografia, volume 18, número 4
de 1956
O autor Pedro Pinchas Geiger utiliza o estudo como teoria tendo como objetivo
estudar as transformações de áreas rurais por sua proximidade a grandes
cidades. A transformação das antigas áreas rurais situadas na Baía de
Guanabara pelo processo de urbanização e industrialização relacionada com a
região da cidade do Rio de Janeiro. No século XVIII, o Rio de Janeiro era o
centro de comércio para São Paulo, Minas Gerais e Campos. Começou em
São Gonçalo, próxima a Niterói a maneira geral de servir Campos. Niterói era
uma importante zona rural instalada na Baía de Guanabara com usinas de
açúcar e aguardente passando pelos portos que tinham na margem da Baía.
O método utilizado dispõe de comparações indicando através de um
censo a população em diferentes anos, os estabelecimentos industriais que
vinham aumentando e as fábricas que produziam mais dinheiro. A diferente
agricultura no oriente da Baía de Guanabara durante o século XIX gerou
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problemas econômicos por conta da substituição da plantação de açúcar. A
evolução industrial se tornou mais potente, principalmente depois de 1940,
ocorrendo em um território de condições geográficas favoráveis vistas nas
imagens expostas. Com a proliferação de uma agricultura remanescente
firmada nesse local desde a Primeira Guerra Mundial.
O bairro do mercado do Rio de Janeiro são condições importantes para
a industrialização no oriente da região da Baía de Guanabara. A indústria local
de Niterói e São Gonçalo está ligada as estradas e vias férreas. Com a
existência de importantes rios e a posição do porto de Niterói desencadeiam
baixos custos mostrados por imagens no método de estudo do autor. A
organização da população urbana pareia com condições geográficas.
Portanto, vê-se que a região foi desenvolvida diante a influência das
condições gerais. O desenvolvimento da urbanização começou em Niterói,
coberta por pequenas e grandes propriedades incluindo uma moderna área
industrial. A área de São Gonçalo entrou numa transição de rural para urbana.
3. “Características gerais da agricultura brasileira em meados do
século XX” – Revista Brasileira de Geografia, volume 23, número 2
de 1961
O autor Nilo Bernardes se baseia em dados estatísticos não só para a
importância dessa atividade na economia do país, mas também no uso correto
ou não da terra e as diferenças entre as regiões comparadas no método de
tabelas expostas no artigo. No Brasil, de fato sendo observados nas imagens
expostas no artigo, há dois tipos de culturas arrendatárias representadas pelo
café, algodão, cana, cacau e da agricultura de subsistência de milho, feijão e
mandioca sendo os principais em desenvolvimento.
O autor define a descrição das fazendas de gado, de cultivo comercial
em grande escala classificando-os de acordo com a organização dos trabalhos
explicados os diferentes sistemas de trabalho existentes. Verifica a presença
de uma relação entre a estrutura da propriedade da terra e do tipo de
vegetação no Brasil. As grandes fazendas de gado são fundamentais quando
em áreas arborizadas as fazendas alternam com pequenos sítios. Nota-se
também a influência de colonos Europeus na posse da terra, organização do
trabalho e as formas de uso da terra analisados pelos mapas metódicos
apresentados pelo autor.
Então, mostra os problemas da economia rural do país, acentuando os
produtos de fatores econômicos gerais ofuscados naqueles à agricultura,
chamados de estrutura agrária e organização da propriedade da terra.
Considerações Finais
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As tendências geográficas que permearam desde o surgimento até hoje, foram
palco para criação e exposição de ideias em diferentes pontos de vista entre
qualquer pessoa. Argumentos de importantes autores e implantação de
modelos da Geografia foram postos em estudo. Estes, o espaço, formas da
terra, relação do homem com o meio e vice-versa, processos sociais,
epistemológicos, métodos entre outros. A Geografia é uma ciência a qual se
encaixa em todas as outras, a partir da observação até a crítica, trazendo
consigo uma visão e opinião clara e objetiva.
Na Revista Brasileira de Geografia dispondo de artigos científicos, desde
1939, vimos às diferenças dos objetivos e teorias empregados para
expressarem os acontecimentos que vinham a acontecer. De grande
importância para relacionar, comparar, debater, criar e inovar sempre buscando
a interação com a humanidade a fim de poder contribuir de alguma forma no
descobrimento do país, seus aspectos e problemas existentes.
Destaca a importância do domínio dos assuntos tratados nas
publicações para discutirmos os aspectos geográficos existentes e suas
contribuições para a sociedade. Os artigos científicos nos propõem uma ideia
clara dos objetos de estudo que podemos ministrar para apresentar um
trabalho. As análises feitas buscam o entendimento desses fatos ressaltando a
tendência existente com seus métodos, teorias e objetivos de estudo.
Agradecimentos
Agradeço à UEL e à Fundação Araucária pelo auxílio à pesquisa.
Referências
BERNARDES, Nilo. Características gerais da agricultura brasileira em meados
do século XX. Revista Brasileira de Geografia, volume 23, número 2 de 1961.
363 p.
GEIGER, Pedro Pinchas. Urbanização e industrialização na orla oriental da
Baía de Guanabara. Revista Brasileira de Geografia, volume 18, número 4 de
1956. 495 p.
MORAES, Ant. Carlos Robert. Geografia: Pequena Historia Critica. São
Paulo: Hucitec, 1994.
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. IBGE, 1955 a 1965.
SPOSITO, ES. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento
geográfico [online]. São Paulo: Editora UNESP, 2004, 220 p.
WAIBEL, Leo. As Zonas Pioneiras do Brasil. Revista Brasileira de Geografia,
Volume 17, Número 4 De 1955. 389 p.
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