Liliam Carolini da Silva* Universidade Federal de Mato Grosso do

Propaganda
Liliam Carolini da Silva*
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/DCH/CPTL
[email protected]
Andressa Gouveia Ponso*
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/DCH/CPTL
[email protected]
Regimara da Silva Navarro*
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul /DCH/CPTL
[email protected]
Flávia Morete Binotto*
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul /DCH/CPTL
[email protected]
Leví Anjos de Souza*
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul /DCH/CPTL
[email protected]
POSSE E USO DA TERRA EM TRÊS LAGOAS/MS1
INTRODUÇÃO
O Estado de Mato Grosso do Sul era conhecido na mídia brasileira como a terra
do boi e da soja, atualmente um dos seus municípios mais importantes, Três Lagoas,
passou a ocupar lugar de destaque no cenário do agronegócio em virtude da instalação
da maior fábrica do mundo de linha contínua de celulose e papel, a partir da
monocultura do eucalipto. Mudando o seu passado que era destinado a agropecuaria,
mas que ainda é forte na região. Sua localização privilegiada no entrocamento dos rios
Sucuriu e Paraná, onde foi construido a Usina Hidréletrica Engº Souza Dias, mais
conhecida como Jupiá, possuindo acesso estrategico a região Sudeste e Centro-Oeste.
1
Trabalho orientado pela Profª.Drª Rosemeire Aparecida de Almeida.
*Bolsista PET/Geografia/UFMS
*Bolsista Iniciação Científica/UFMS
*Acadêmica do Curso de Geografia/UFMS
*Acadêmica do Curso de Geografia/UFMS
*Acadêmica do Curso de Geografia/UFMS
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
1
Com o presente trabalho investigamos a posse e o uso da terra no referido
município por meio da análise das publicações do IBGE, no caso o Censo Agropecuário
1995/1996,
a
Produção
Agrícola
Municipal/PAM
e
a
Produção
Pecuária
Municipal/PPM, buscando entender a dinâmica destas transformações no campo e, em
especial, o papel da pequena propriedade. O presente artigo buscou analisar o trabalho
realizado na disciplina de Prática de Ensino II, ministrada pela profª Rosemeire
Aparecida de Almeida, no curso de licenciatura em Geografia, da Fundação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS/Campus de Três Lagoas.
A CONCENTRAÇÃO DA TERRA EM MATO GROSSO DO SUL
Em termos de domínio do territorio, desde a colonização do nosso país prevalece
a grande propriedade, com os latifundiarios. A terra foi dominada por quem tem o
“poder”, e desde a queda do Sistema das sesmarias a terra é transformada em
mercadoria de acumulação de riquezas. Segundo Avelino (2008), a terra no estado de
Mato Grosso do Sul passou a ter uma importância fundamental a partir da década de 70,
pois foi o periodo em que passou a ser usada como uma garantia dada aos bancos para a
obtenção de financiamentos agrícolas. Sendo nesse periodo também que temos o
desaparecimento das pequenas propriedades voltadas para o autoconsumo. Começa-se o
processo de industrialização/modernização que entra no Estado devido aos incentivos
fiscais e o próprio financiamento. Assim, a monocultura de soja e principalmente a
criação do gado formaram a base da economia do estado. E hoje essas “culturas”,
associam-se a monucultura de eucalipto, em que temos no município de estudo uma das
maiores fabricas de celusose e papel do mundo e nesse ano teremos a construção de
outra do mesmo porte. Souza (1993) retrata muito bem o desaparecimento do pequeno
proprietário em Mato Grosso do Sul:
[...] Tais incentivos tiveram como consequência a continuidade do
modelo tradicional concentrador da propriedade da terra, uma vez que
o sistema não investiu em políticas para os pequenos e médios
proprietários. Em outros termos, podemos dizer que não houve, apesar
da vigência do Estatuto da Terra, uma vontade política por parte dos
militares no poder da Federação em modificar a estrutura
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
2
concentracionista da terra em Mato Grosso do Sul, fato que iria gerar
conflitos no campo.[...] (SOUZA apud AVELINO, 2008, p.116).
Esta política de estado é uma das grandes respon´saveis pela concentração de
terra no Mato Grosso do Sul, como um câncer que leva à ruína toda a sociedade, ou
como afirma Reclus.
[...] se alguns têm muito, é porque a maioria não tem nada. Alguns
grandes proprietários, atraídos pela paixão da terra, podem também ter
a ambição de ser admirados como benfeitores locais; mas o fato de
que a grande propriedade devora a terra ao seu redor é um desastre
apenas menor que a devastação e o incêndio. Ela termina, aliás, por
chegar ao mesmo resultado, isto é, à ruína das populações e muitas
vezez à própria ruína da terra.”( RECLUS, apud, GRABOIS, 2004, p.
87).
A questão da terra representa assim uma questão com grandes dimensões, pois
não é um problema que afeta só o Estado de Mato Grosso do Sul como foi sucitamente
abordado, mas sim em escala do mundo. E dentro dessa perspectiva vale resaltar a
importância de estudarmos a estruturação fundiária do estado, e a partir daí estabelecer
as relações provenientes da “ambição” que encurala os pequenos e médios proprietários
em entrar no sistema da monucultura deixando, segundo Dellazeri apud Avelino (2008),
a cada lote de terra coaptado pela soja ou pela pecuária e hoje o eucalipto, significou um
decréscimo na produção de alimentos básicos para o povo.
A POSSE DA TERRA EM TRÊ LAGOAS/ MS
O Censo Agropecuário 1995/6 nos revela que a pequena unidade de produção
em Três Lagoas ocupa apenas 3,05 % da área, a média unidade, detém 44,22 % da área
e a grande unidade, ocupa 52,73 % da área total.
Portanto, em termos de domínio do território, prevalece a grande propriedade,
como pode ser observado na tabela abaixo:
Tabela 01: Áreas dos estabelecimentos por grupos de área total de terras de Três
Lagoas/MS – 1996
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
3
Grupos de área total
Área total
Nº de estabelecimentos
Pequena - 1 a menos de 200 ha
29,893
531
Média - 200 a menos de 2000 ha
433.351
643
Grande - maior que 2.000 ha
516.659
116
950.010
759
TOTAL
Fonte: IBGE: Censo Agropecuário 1995/96.Org: SILVA. L. C da.
Todavia, a situação se inverte quando a questão é o número de pessoas
empregadas por estabelecimento, ou seja, a pequena unidade gera 44% das ocupações
enquanto a média e a grande representam 28% das ocupações no campo, cada uma.
Uma contradição muito interessante porque geralmente o discurso da expansão das
monoculturas e industrialização do campo tem como suporte a idéia da geração de
empregos, mas o que vemos é justamente o contrário, na verdade a agropecuária
empresarial é poupadora de mão-de-obra.
Uma vez que a área plantada tem decrescido, consideravelmente. Em relação ao
rebanho bovino, é preciso destacar que, embora predomine a grande unidade em número
de cabeças, quando a questão é a produção de leite a pequena propriedade responde por
37,07 % da produção. Aqui poderíamos questionar se na verdade o boi não serve
mesmo para dar a idéia de produtividade à grande unidade a fim de escondê-la da
Reforma Agrária, pois quando passamos ao longo da estrada temos a impressão que a
terra é produtiva ao ver os bois. Mas, será mesmo?
Outra revelação importante do Censo Agropecuário 1995/6 é em relação aos
produtos da silvicultura em Três Lagoas, no caso do carvão vegetal, 92% da produção
encontra-se nos estabelecimentos acima de 2.000 ha, quando o assunto é eucalipto o
grande estabelecimento é responsável por 94% e a média com 6%.
PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL EM TRÊS LAGOAS/MS
Como a área da pequena unidade é muito diminuta em Três Lagoas, representa
apenas 3,05 %, aliado ao fato de que ocorre uma expansão do agronegócio do eucalipto,
é perceptível a diminuição da área plantada de culturas relacionadas na produção de
alimentos quando se analisa o período de 1995 a 2007. Dito de outra forma, os
pequenos são os responsáveis pela produção dos alimentos, mas até quando?
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
4
Gráfico 01: Percentual da quantidade produzida (kilogramas) de feijão de cor em grão
de Três Lagoas/MS – 1995/96 – Fonte: IBGE - Censo Agropecuário de 1995/96. Org: SILVA, L.
C. da.
Os gráficos abaixo mostram a área plantada de feijão e a quantidade produzida,
ao longo dos anos de 1995 a 2007. Através do Sistema PAM (Produção Agrícola
Municipal).
Três Lagoas - Quantidade Produzida - Feijão
Toneladas
10
9
8
8
7
6
6
5
5
4
3
2
1
0
0
1995
1996
0
1997
0
0
1998
1999
2000
0
2001
0
2002
0
2003
0
2004
0
0
2005
2006
2007
Gráfico 02: Área (hectares) plantada de feijão em Três Lagoas/MS – 1995/2007 - Fonte:
IBGE – Sistema PAM.
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
5
Três Lagoas - Área Plantada Feijão
Hectares
80
70
60
60
50
40
40
30
20
15
10
0
0
1995
0
1996
1997
0
1998
1999
0
2000
0
0
2001
0
2002
2003
0
0
0
2004
2005
2006
2007
Gráfico 03: Quantidade produzida (toneladas) de feijão em Três Lagoas/MS –
1995/2007 - Fonte: IBGE – Sistema PAM.
Esses gráficos foram elaborados a partir dos dados obtidos do IBGE - Censo
Agropecuário 1995/96, e teve como objetivo mostrar de uma maneira mais realista, e
amostral a produção agricola em Três Lagoas/MS. Fica claro no primeiro gráfico que a
produção do feijão, que é um dos alimentos que não sai da mesa dos brasileiros, é
produzido 100% pela pequena propriedade e que o maior pico foi no ano de 1997/1999
e depois permaneceu cinco anos em constante e depois teve a produção em 2005 a 2007.
Outra produção que vale retratar é a lavoura temporária de mandioca corresponde a uma
produção de 88%, sendo uma das bases das comidas tipicas da região sul-matogrossense.
Três Lagoas - Quantidade Produzida - Mandioca
Toneladas
2.500
2.250
2.000
1.500
1.500
1.500
1.500
1.500
1.500
900
1.000
900
900
1.050
900
900
750
500
0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Fonte : IBGE 2009 - Ce nso Agrope cuário 1995/96
Gráfico 04: Quantidade produzida de mandioca em Três Lagoas/MS – 1995/2007 Fonte: IBGE – Sistema PAM.
PRODUÇÃO PECUÁRIA MUNICIPAL
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
6
Os gráficos abaixo deixam evidentes que é a pequena propriedade e a média,
responsáveis pela produção de leite no município.
Gráfico 05: Quantidade produzida de leite em Três Lagoas/MS – 1995/2006 – fonte
IBGE- Sistema PAM.
Já quando retratamos a criação bovina, a média e grande propriedade
principalmente, prevalecem no domínio da produção. Sendo que o rebanho bovino
sempre se mantém em uma constante e começa a diminuir a partir de 2007, que foi
quando iniciou-se a intensificação da monocultora de eucalipto na região de estudo.
Três Lagoas - Rebanho Bovino
Cabeças/Mil
1.200
1.000
885
858
822
855
857
911
918
927
947
957
938
888
791
800
600
400
200
0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Gráfico 06: Quantidade do rebanho bovino em Três Lagoas/MS – 1995/2007 - Fonte:
IBGE – Sistema PPM.
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
7
Gráfico 07: Cabeças de gado bovino em relação área dos estabelecimentos em Três
Lagoas/MS – 1995/96 - Fonte: IBGE- Sistema PPM
POR UMA GEOGRAFIA MAIS CRITICA NA ESCOLA
As relações da geografia com o ensino são íntimas e não apuráveis embora
pouco perscrutadas tanto pelos geógrafos como pelos estudiosos da questão escolar. É
evidente que estamos nos referindo à chamada geografia moderna ou tradicional, mais
popularmente conhecidas, estruturada em meados do século XIX. “Isto se manifesta na
indefinição do objeto desta ciência, ou melhor, nas múltiplas definições que lhe são
atribuídas”.(MORAES, 2007, p.31).
A geografia escolar, apesar de uma predisposição aparente ao tratar do mundo
que nos rodeia, acabou se desenvolvendo no mesmo plano das outras disciplinas, um
plano antes de tudo marcado pela abstração; ou seja, apesar do elevado número de
definições de objeto existente na reflexão geográfica, é possível apreender-se uma
continuidade neste pensamento. A escola é vista com tanta insignificância para os
alunos, que eles se sentem obrigados a freqüentá-las, não vão à escola por motivo de
prazer em aprender, mas por obrigação, seja dos pais ou da própria escola e quando
estão lá dentro, ao invés de participarem das aulas acabam cochilando, por acharem
tudo aquilo muito chato e cansativo.
Resende, 1989, em seu livro “A geografia do aluno trabalhador: caminho para
uma prática de ensino”, entrevistou alunos do “EJA” - Ensino de Jovens e Adultos, que
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
8
contaram suas histórias de vida incluindo o que acham do ensino da Geografia na
escola, dentre as falas destacamos uma que chamou muita atenção, à do aluno Antonio
Henrique da Silva de 18 anos, que cursa a 6º série do E.F.:
Acho que se deveria acrescentar mais alguma coisa à Geografia.
Acho que a maneira do pessoal dar a aula de Geografia, por que eu
lembro o seguinte: em 75, estudei num colégio, estudei até no meio
do ano na aula de geografia eu dormia, não sabia o por que. Então, do
jeito que a professora dava aula não dava vontade nenhuma de ouvir
a aula. Era preso demais; mostrar pra você o que está no livro, de
falar que questão é isso, isso e isso, e não mostrar o porque daquilo.
Ai da falta de interesse na gente, o nego fica mesmo sem vontade de
seguir em frente, de estudar, de prestar atenção de saber como é
aquilo. Eu acho que agente tem vontade de saber o porque das coisas.
Todo mundo saca que existe, mas precisa saber o porque.
(RESENDE, 1989, p. 59).
Almejamos mudar a concepção do ensino na escola, principalmente o ensino da
Geografia, criando um ambiente de convívio agradável para os alunos, fazendo-os sentir
prazer em participar das aulas e querer realmente entender as finalidades dos assuntos
explicados em sala, e não apenas “decorar” pra ir bem nas provas. Trata-se, não de fazer
do aluno um revolucionário, mas, ao contrário um cidadão ligado à comunidade a que
pertence, como diz Oliveira (1990).
A temática do ensino da geografia, deve ser construída numa perspectiva mais critica
(VESENTINI, 1991). Advém assim de mudar o conceito da geografia atual lecionada
nas escolas para uma geografia mais critica, colocando uma postura frente à realidade,
frente à ordem constituída; propondo uma “Geografia” que lute por uma sociedade mais
justa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de fundamental importância para o professor de geografia analisar os dados do
Senso Agropecuário do IBGE, pois permite um aprofundamento na didática escolar.
Esse material produzido permite um aprofundamento no ensino escolar, quando retrata a
situação da posse e uso da terra no Brasil em especifico na região de Três Lagoas/MS.
Assim os dados retirados do IBGE permitem que o professor, sem sair para um
trabalho de campo, faça um levantamento da realidade de determinado município,
possibilitando aos alunos entender e visualizar as implicações socioeconômicas e
agropecuárias de cada região.
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
9
Na pesquisa realizada comprovou-se que as pequenas e médias propriedades
superam as grandes em quase todos os quesitos propostos. E esta é uma característica
predominante na maioria dos municípios brasileiros. Sendo necessária uma mudança no
entendimento da sociedade sobre a importância da agricultura familiar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVELINO, F. J. J. A geografia dos conflitos pela terra em Mato Grosso do Sul. IN______: A
questão agrária em Mato Grosso do Sul: Uma visão multidisciplinar. Campo Grande MS:
Ed.UFMS, 2008. p.113-137.
FERRARI, L.J . Análise da utilização da terra na microrregião de Três Lagoas/MS com
base no censo agropecuário 2006. 2010. 61 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em
Geografia – Bacharel) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Três Lagoas/MS, 2010.
IBGE – CENSO AGROPECUÁRIO DE MS, 1995/1996.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 21ºed. São
Paulo: Annablume, 2007.
OLIVEIRA, A.U. de (Org). Para onde vai o ensino de geografia? 2ºed. São Paulo:
Contexto, 1990.
RESENDE, M. S. A geografia do aluno trabalhador:caminho para uma prática de
ensino. São Paulo: Loyola Coleção Educação Popular. nº5, 1989.
SPOSITO,E.S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento
geográfico.2ºed. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=lang_pt&id=B3ySI9D4k0wC&oi=fnd
&pg=PA3&dq=related:JXisaFuXEgEJ:scholar.google.com/&ots=ACe1BB3rdg&sig=6
qUz1etOpVSjyudY3_SzWwOG1Hw#v=onepage&q&f=false>. Acesso em 21/06/2010.
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
10
Download