GOVERNO DO PARANÁ

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A MÚSICA, A GEOGRAFIA E O PROGRAMA FOLHAS
Márcia Aparecida Labres de Oliveira
UFPR/SEED-PR email: [email protected]
Maria Eneida Fantin
SEED-PR email: [email protected]
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho foi a análise do conteúdo das Diretrizes Curriculares para
Educação Básica em Geografia, documento elaborado pela Secretaria de Estado da Educação
do Paraná (SEED), para o programa de formação continuada dos professores, relacionando-o
com a proposta de uso da música para o ensino de Geografia, essas atividades foram
desenvolvidas junto a SEED- PR, com o apoio da Equipe Pedagógica da disciplina de Geografia.
Destacar de maneira resumida o histórico e a origem das DCE; evidenciar a importância da
música como recurso didático pedagógico para o ensino de Geografia e utilizar a proposta do
FOLHAS para elaborar sugestões de trabalho com a música em sala de aula, tendo como base,
no caso da Geografia, os conteúdos estruturantes e básicos indicados pelas DCE. Além de fazer
uma breve análise das propostas de formação continuada, destacando os pontos positivos e
negativos das mesmas e sua concordância com os princípios básicos da atual gestão da SEEDPR.
PROPOSTAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DA REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
A atual gestão da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) tem os
seguintes princípios básicos: defesa da educação como direito de todos os cidadãos; valorização
dos profissionais da educação; garantia da escola pública, gratuita e de qualidade; atendimento à
diversidade cultural; gestão democrática, participativa e colegiada. Estes princípios norteiam a
elaboração dos programas desenvolvidos pela SEED/PR possibilitando a coerência entre os
compromissos políticos assumidos e as ações apresentadas, principalmente as relacionadas à
formação continuada dos professores da rede pública. Com a qualificação do professor, através
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de cursos de capacitação, grupos de estudos e a produção de material didático, há um maior
alcance destes objetivos, pois a valorização do profissional da educação reflete diretamente na
escola. É evidente que os diversos problemas existentes no ambiente escolar, não poderão ser
resolvidos em sua totalidade através das políticas adotadas, mas são elementos fundamentais para
o processo de melhoramento da educação pública.
As diferentes modalidades de formação continuada apresentadas pela SEED/PR
demonstram a preocupação em abranger todos os professores, possibilitando aos mesmos,
avanços no plano carreira e principalmente a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, trocar
informações e experiências e a retomada dos estudos, que por vezes são preteridos em função de
suas atividades cotidianas. Estas ações são direcionadas para todo o quadro funcional da SEED
(professores, diretores, pedagogos, bibliotecários, técnicos administrativos, auxiliar de serviços
gerais, merendeiras, inspetores) sempre com o objetivo principal de valorização do profissional
da educação e da escola pública.
AS DIRETRIZES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ
(DCE): BREVE HISTÓRICO.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Paraná (DCE) foram construídas a
partir de discussões coletivas, envolvendo os professores da rede estadual de ensino, por meio de
variadas metodologias, num amplo debate que teve início em 2003 e estendeu-se até 2008. Nos
anos de 2007 e 2008, as DCE foram submetidas a leituras críticas de professores de diversas
universidades brasileiras, especialistas no ensino das disciplinas de tradição curricular da
Educação Básica. Após enviarem seus pareceres, tais professores vieram a Curitiba para debater
pessoalmente com as equipes técnico-pedagógicas disciplinares as necessidades de ajustes dos
textos.
A finalidade das Diretrizes Curriculares Estaduais é orientar os professores das escolas da
rede pública de ensino na elaboração do currículo. O texto é organizado de modo a contemplar,
na dimensão histórica da disciplina, as relações entre a(s) ciência(s) de referência e a disciplina
escolar. Essa revisão histórica aponta para a seleção dos conteúdos estruturantes, tomados como
conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam e organizam os
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diferentes campos de estudo das disciplinas escolares. Os fundamentos teórico-metodológicos e
os encaminhamentos metodológicos indicam o modo como os conteúdos devem ser selecionados
e trabalhados na escola, além de estabelecer relações com o processo avaliativo. Os textos das
Diretrizes
compreendem
então:
Dimensão
histórica
da
disciplina;
Fundamentos
teórico-metodológicos; Conteúdos Estruturantes; Encaminhamentos metodológicos; Avaliação.
Os textos das diretrizes curriculares compreendem as seguintes disciplinas: Arte, Biologia,
Ciências Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua
Estrangeira Moderna, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia.
ANÁLISE DAS PROPOSTAS DAS DCE
A abordagem da dimensão histórica nas DCE apresenta de maneira objetiva os elementos
que fundamentam a trajetória e o processo histórico da Geografia bem como a transposição
didática do saber acadêmico com o escolar. Todos os fundamentos teóricos da Geografia são
citados, bem como sua relação com a História da Educação estão contextualizados em diferentes
períodos históricos.
De acordo com o texto, os interesses que definiram, em todas correntes do pensamento
geográfico, a evolução da Geografia como ciência e disciplina escolar, possuem uma relação
estreita com os sistemas políticos, econômicos e sociais vigentes em determinada época, muitas
vezes justificando ou contrapondo-se ao mesmo. A contextualização da história da educação está
relacionada de forma correta, de fácil entendimento, mostrando a inserção e adaptação da
Geografia na História da Educação Brasileira. Os fundamentos teóricos metodológicos
apresentados mostram o principal objeto de estudo proposto pelas DCE, que é o espaço
geográfico como produto da sociedade. Como eixo norteador das metodologias de ensino
estabelece-se o materialismo histórico, não apenas a visão economicista, mas também “as
relações políticas, culturais e sociais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas
escalas geográficas” (pág. 75). Em vários trechos do texto diferentes abordagens dos
“conceitos geográficos e seus diferentes vínculos políticos e ideológicos” são indicados para
o professor e também metodologias de trabalho para sala de aula e qual o nível de compreensão
sobre o assunto deverá ser alcançado pelo aluno (pág. 53). Os conteúdos estruturantes
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correspondem à abordagem histórica da disciplina, por seguir a ordem cronológica do processo
histórico da concepção da ciência geográfica. já os encaminhamentos metodológicos propostos
são claros, bem referenciados e relacionam-se com a proposta de avaliação das DCE de forma
condizente, pois a avaliação é parte do processo pedagógico, “valorizando a noção de que o
aluno possa, durante e ao final do percurso avaliar a realidade sócioespacial em que vive
sob a perspectiva de transformá-la onde quer que esteja.” (pág.86).
No capítulo destinado a ilustrar algumas práticas pedagógicas para o ensino de Geografia,
são mostrados elementos importantes que podem ser utilizados pelo professor no trabalho
docente: A aula de campo, os recursos áudio-visuais (filmes, trechos de filmes e programas,
imagens, charges, fotos etc), a cartografia e a literatura. Os exemplos apresentados para cada
recurso didático-pedagógico são claros e apresentam-se como instrumentos de grande valia no
processo de ensino de Geografia; porém dentre todos os itens elencados, um de grande
importância, que é a música, não aparece como referencial didático pedagógico para este
aprendizado. Deste modo com este trabalho pretende-se elaborar outras possibilidades de
práticas didáticas utilizando o recurso da música, trazendo alguns exemplos relacionados com as
DCE.
4. A MÚSICA COMO RECURSO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE
GEOGRAFIA
Conforme as DCE “a metodologia de ensino proposta... deve permitir que os alunos
se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de
produção e transformação do espaço geográfico” tendo em vista sua realidade e uma possível
transformação desta. Os recortes culturais, sociais e históricos que permeiam a dinâmica de uma
sociedade e consequentemente modificam seu espaço devem ser apresentados pelo professor
através de situações-problemas, que devem ser relacionados com o conteúdo a ser desenvolvido.
É importante ressaltar que em virtude das constantes mudanças no perfil do aluno e das
situações no cotidiano escolar; a diversificação das aulas aliada a um bom planejamento do
professor e a utilização de recursos didáticos, neste caso a música, transformam-se em importante
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ferramenta para o processo ensino aprendizagem e o despertar do interesse dos alunos, como
afirma OLIVEIRA (2005):
“... essa facilidade de assimilação encontrada nos mais diversos
gêneros musicais às propostas metodológicas e curriculares da
Geografia pode gerar bons resultados. Dificilmente se encontrará algo
mais atrativo, entre crianças e jovens, do que o compartilhar suas
preferências, sua reprovação ou aprovação às obras musicais, com
seus colegas e professores.”
Assim buscar novas formas para uma melhor compreensão do espaço e das relações do
homem na sociedade através das manifestações culturais, considerando a música como um dos
principais elementos que traduz o espaço vivido e permite maior facilidade de comunicação e uma
aprendizagem lúdica. Sabe-se que a música popular consiste em toda a manifestação cultural de
um povo ou sociedade em determinada época e lugar. Estas manifestações se mostram em
diferentes ritmos e formas como afirma CLAVAL (2007, cap.3, p. 63):
“A cultura é a soma dos comportamentos, dos saberes, das técnicas,
dos conhecimentos e dos valores acumulados pelos indivíduos durante
suas vidas e, em uma outra escala, pelo conjunto dos grupos de que
fazem parte. A cultura é transmitida de uma geração a outra.”
As manifestações culturais também são reflexos das novas formas de apropriação do
espaço pelo homem, sempre em busca de novas oportunidades e condições dignas de vida. Os
diferentes recortes espaciais que resultam deste processo, tornam-se mais evidentes no espaço
das cidades, criando assim dois tipos de cultura, conforme SANTOS (1998, p. 66):
“A cultura de massas... responde afirmativamente à vontade de
uniformização e indiferenciação que é, frequentemente, exterior ao
corpo social. A cultura popular tem suas raízes na terra em que se vive,
simboliza o homem e seu entorno, a vontade de enfrentar o futuro sem
romper a continuidade...mesmo desenraizada busca a reconstrução
desta nova cultura popular que é ao mesmo tempo filosofia e por isso,
um caminho para a libertação”
Esta transmissão da cultura se dá de diferentes modos e possui um sistema de
comunicação composto por gestos e pela linguagem. Neste processo o canto e a música são
agentes potencializadores da mensagem a ser transmitida ou recebida. Dentro dos recortes
culturais, sociais, histórico, políticos e econômicos que permeiam a dinâmica da sociedade e seu
espaço. Mas ao utilizar a música como recurso didático para o ensino de Geografia deve-se
considerá-la como um elemento principal do conteúdo a ser trabalhado e não somente como
auxiliar para uma boa compreensão do tema.
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5. A MÚSICA, A GEOGRAFIA E O PROGRAMA FOLHAS
Como parte de seu Programa de Formação Continuada, a Secretaria de Estado
da Educação do Paraná (SEED/PR) apresenta o Programa Folhas, que direciona metodologias
para elaboração de material didático para os professores da rede estadual de ensino que servirá
como suporte pedagógico para o professor. Este material deve ser construído com base as
Diretrizes Curriculares Estaduais (DCES) e produzido na forma de um artigo direcionado aos
alunos da Educação Básica; seu objetivo principal é desenvolver a prática de pesquisa no
cotidiano escolar e o incentivo a formação continuada. Apresenta os seguintes itens obrigatórios:
problema inicial, desenvolvimento teórico disciplinar e contemporâneo, desenvolvimento teórico
interdisciplinar, propostas de atividades (distribuídas ao longo de todo texto) e referências.
De
acordo com o FOLHAS “o desenvolvimento teórico ou proposição de práticas, portanto,
deve remeter-se ao problema e abordar o conteúdo da disciplina, garantido que o grau de
complexidade desse conteúdo seja adequado aos alunos e ao seu nível de ensino” (pág. 06)
Portanto o professor deverá usar uma linguagem apropriada a cada etapa da Educação Básica e
do Ensino Médio.
A elaboração do FOLHAS deve contar com a colaboração de um ou mais professores
das disciplinas da relação interdisciplinar. Após a análise dos itens obrigatórios considerando a
coerência entre os conteúdos e atividades propostos com as Diretrizes Curriculares Estaduais,
produz-se uma sinopse com uma breve apresentação das idéias propostas, que será cadastrada
via internet na página da Secretaria de Estado de Educação. Para a validação e posterior
publicação deste artigo deverá apresentar o parecer do Núcleo Regional de Educação (NRE) de
origem e do Departamento de Educação Básica (DEB), só após aprovação será publicado na
página oficial da SEED.
O exemplo aqui mostrado está relacionado com os conteúdos estruturantes e básicos
determinados pelas DCE para diferentes etapas do Ensino Fundamental séries finais e Ensino
Médio e adequados na medida do possível as orientações constantes no manual do FOLHAS.
Níve l de Ensino: Ensino Fundamental etapas finais – 8ª série/9º ano
Título: Os avanços tecnológicos modificam o cotidiano das pessoas?
Disciplina: Geografia
Re lação inte rdisciplinar 1: Língua Inglesa
Re lação inte rdisciplinar 2: Língua Portuguesa
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Conte údo Estruturante : Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Conte údo Básico: O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
Conte údo Espe cífico: Globalização
Avaliação: espera-se que o aluno relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a
diversidade cultural; relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades produtivas;
entenda a importância das redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades
produtivas. .
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“Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje ...
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante
Da infomaré
Que leve um oriki
Do meu velho orixá
Ao pôrto de um disquete
De um micro em Taipé...
Um barco que veleje
Nesse infomar
Que aproveite a vazante
Da infomaré
Que leve meu e-mail lá
Até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Aihê! Aihê! Aihê!...”
(Pela Internet – Gilberto Gil)
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A letra da música Pela Internet se refere a um dos mais eficientes e utilizados meios de
comunicação de nossa época, a Internet, também chamada rede mundial de computadores.
Você já “navegou” pela internet? Com qual finalidade? Na sua opinião, como a Internet passou a
interferir na vida das pessoas? Cite exemplos que você já vivenciou. Observe essas imagens:
Fonte: www.tomahock.com/blog/2008
O desenvolvimento das mais avançadas tecnologias da informação, acontecem em todas
as escalas: do local ao mundial. Os avanços tecnológicos estão presentes nas atividades
cotidianas e podem ser observadas no lançamento de diversos equipamentos eletrônicos
sofisticados e complexos. A globalização produz mudanças significativas em todas as partes da
sociedade moderna, onde seus hábitos passam a ser influenciados pelas novas tecnologias como
o telefone celular e a internet.
Atualmente as informações circulam com mais rapidez entre os países e chegam até as
pessoas pelos noticiários da televisão, rádios, jornais e revistas e principalmente pela internet.
Nela os fluxos de informações que existem na atualidade e quais são esta tecnologias; de que
modo essas tecnologias estão presentes em nosso e elas são reflexos do processo de
globalização em que vive a sociedade. A música faz referências à internet e ao computador,
utilizando termos em inglês, como por exemplo, web site, e-mail, hacker, etc., juntamente com
palavras usadas tipicamente na Bahia, sua terra natal, como por exemplo orixá, oriki, etc. A
música diz que hoje através da internet as pessoas podem se comunicar em qualquer lugar do
mundo. A internet tem sido cada vez mais utilizada por uma parcela da população mundial e vem
se destacando entre seus usuários como uma ferramenta de grande versatilidade, facilitando a
vida em muitos aspectos, como na comodidade de pagar contas, na compra de produtos, lazer e
entretenimento, além de pesquisas escolares, aulas virtuais e videoconferências.
A INTERNET NO BRASIL
“O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a fazer em 2005 um censo dos
internautas do País. O objetivo é ter dados oficiais e completos sobre o uso da tecnologia. Em
dezembro, o Ibope cerca de 11 milhões de usuários domésticos navegaram na web. O número é
5% menor que o registrado em novembro, quando foram contados 11,4 milhões de internautas.
O motivo da queda é o período de festas. De acordo com o instituto, o número de horas de
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navegadas por cada internauta foi de, em média, 13h23. Os sites de entretenimento foram os mais
visitados, atraindo 39% dos usuários da web brasileira. Os dados do Ibope, porém, não levam
em consideração os usuários que navegam pela internet nas empresas, em telecentros e em
cibercafés, por exemplo. É justamente essa dimensão que o IBGE quer ter quando finalizar seu
relatório.”
Fonte: http://www.link.estadao.com.br/index
Sabemos que o Brasil é um dos maiores usuário da rede mundial de computadores,
relacionando o texto e o gráfico acima responda a pergunta: o brasileiro sabe utilizar de maneira
eficiente a rede mundial de computadores?
CADÊ O PORTUGUÊS QUE ESTAVA AQUI?
Milhões de brasileiros estão acostumados a ter a internet como ferramenta quase que
indispensável no diaa-dia, seja na escola, em casa ou até mesmo no trabalho e se utilizam de uma
linguagem informal chamada de “internetês”. Existem muitos questionamentos quanto ao uso mais
freqüente do “internetês” em vez do português. Para o professor Marcos Barbosa,
Coordenardor do curso de Letras da UNIFEMM (Centro Universitário de Sete Lagoas),
em entrevista a revista VIU afirma que o perigo de substituir o português pelo “internetês”
não existe:
“De forma alguma. A linguagem do “internetês” é bastante informal, uma vez que tenta
reproduzir situações de fala real, nas quais os interlocutores se apresentam cara-a-cara,
frente-a-frente. Que o digam os usuários de “blogs” e “chats”. No caso da Língua Portuguesa,
quando escrevemos, ela nos fornece recursos que ultrapassam os sinais de pontuação e das
interjeições, facilitadores da tarefa em questão. Daí para dizer que o “internetês” vai matar o “vai
matar” o Português é um exagero sem tamanho e sem razão de ser. Nada disso. Pensar dessa
maneira é agir de forma equivocada e por demais preconceituosa. O que de fato precisamos (falo
como usuário costumeiro da língua/linguagem escrita e como professor de Português há mais de
quatro décadas) é, sim, deixar de bobagem e utilizar essa nova forma de comunicação – o
“internetês” – a nosso favor”. Fonte: www.unifemm.edu.br/v2/_files/entrevista_internetes.pdf
Analisem o quadro:
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O texto mostra uma conversa típica de chat (salas de bate papo) da internet, onde um
usuário está em busca de sugestões para um trabalho escolar, vc concorda com o comentário do
professor de que devemos usar o “internetês” a nosso favor? Ele é realmente uma nova
linguagem? De que maneira devemos utilizar a internet? Junto com os professores de língua
inglesa elabore um glossário com os termos em inglês mais utilizados na rede mundial de
computadores.
REFERÊNCIAS:
Música: Gilberto Gil. Pela Internet. Gilberto Gil. Quanta, Warner, 1997.
PIRES, Valquíria, Construindo consciências: geografia, 8ª série, Editora Scipione, São Paulo,
2006.
www.mundotecno.info
www.unifemm.edu.br/v2/_files/entrevista_internetes.pdf
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O desenvolvimento das atividades de estágio junto à Secretaria de Estado da Educação
trouxe uma nova dimensão de aprendizagem para o estágio de licenciatura em Geografia. Pois o
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contato do futuro professor com a equipe didático-pedagógica permite um conhecimento prévio
das propostas educacionais que orientam a educação pública. A análise do conteúdo das
Diretrizes Curriculares da Educação Básica esclareceu algumas dúvidas relacionadas ao
desenvolvimento em dos conteúdos geográficos em sala de aula e como dever ser o trabalho do
professor, já o contato com o Programa FOLHAS foi fundamental para este entendimento.
Apesar dos questionamentos apresentados neste relatório, as modalidades de formação
continuada oferecidas pela SEED-PR contribuem para o aperfeiçoamento e capacitação dos
professores, pois são desenvolvidas juntamente com as equipes disciplinares da SEED e
ofertados de maneira prática e acessível à todos os profissionais, o que constitui um avanço
significativo no tocante do melhoramento qualidade da educação pública no Estado do Paraná,
mas como em todo processo, carece de acompanhamento e modificações constantes.
A proposta inicial deste estágio era trabalhar a música como recurso didático pedagógico
para o ensino de Geografia para a educação básica. Como na leitura das DCE constatou-se que
a mesma não contempla este recurso, criaram-se alguns exemplos com as características do
FOLHAS, onde a música é o principal elemento das aulas. Como a música é uma linguagem
universal e exemplifica os diversos modos de vida e as transformações no espaço geográfico, no
âmbito social, econômico, político
e ambiental. Cabe ressaltar que neste trabalho foram
apresentados apenas alguns exemplos do vasto repertório musical brasileiro, que contempla os
vários eixos e conceitos existentes nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para
Geografia.
Juntamente com as músicas podem ser usadas imagens que reforçarão e proporcionarão
aluno uma idéia mais abrangente do conteúdo trabalhado, considerando também a possibilidade
de um trabalho de campo, seja no bairro onde mora ou em outro local. Relacionado os
conteúdos com a realidade do aluno, buscando exemplos concretos e que proporcionem uma
aprendizagem significativa, tornando a aula mais agradável, despertando a curiosidade e a
motivação. Neste caso o FOLHAS pode ser uma importante ferramenta do professor em sala de
aula. Sempre destacando a importância do planejamento de aula para um bom desempenho desta
proposta de aprender geografia com músicas tendo como abordagem o cotidiano da sociedade.
REFERÊNCIAS:
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CLAVAL, Paul, A Geografia Cultural, 3ª edição, Editora da UFSC, Florianópolis, 2007.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Geografia, Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, 2008.
OLIVEIRA, H., SILVA, M.; NETO, A., VLACH, V., Música como um recurso alternativo
nas práticas educativas em Geografia: Algumas Reflexões – Resumo- Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), Revista Caminhos de Geografia 8(15)73-81, Jun/2005.
SANTOS, Milton, O Espaço do Cidadão, Coleção Milton Santos, Edusp, 7ª edição, São
Paulo, 2004.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br acesso em 14/02/09.
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