SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AGRONOMIA VOLUME 12 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 1 ISSN 1676-6814 Anais AGRONOMIA - VOLUME 12 GARÇA/SP - 2016 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Exemplares desta publicação podem ser solicitados à: SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL - FAEF Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP www.grupofaef.edu.br / [email protected] Telefone: (14) 3407-8000 EDIÇÃO, EDITORAÇÃO ELETRÔNICA e ARTE FINAL Aroldo José Abreu Pinto Ficha Catalográfica elaborada pela biblioteca da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral - FAEF 630 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. S621a XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. Anais... – Garça: Editora FAEF, 2016. 328 p. vol 12 - (14 vols.) 15x22cm. ISSN 1676-6814 1. Ciências Agrárias 2.Ciências Contábeis 3. Administração 4. Agronomia 5. Engenharia Florestal 6. Medicina Veterinária 7. Pedagogia 8. Psicologia 9. Direito. 10 Enfermagem. 11 Comércio Exterior Os autores são responsáveis pelo conteúdo das palestras e trabalhos científicos. Reprodução permitida desde que citada a fonte. Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1. CEP 17400-000, Garça/SP www.grupofaef.edu.br / [email protected] (14) 3407-8000 4 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SUMÁRIO Apresentação ..................................................... 11 Comissão Organizadora ......................................... 13 Agradecimentos .................................................. 17 TRABALHOS APRESENTADOS A EFICÁCIA DA PERMANÊNCIA DAS FOLHAS NO PROCESSO DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE Coffea Canephora CORRÊA, Gabriel Pereira Dias; CORREIA, Pedro Augusto da Cruz; KATO, Jessé de Carvalho; MONTEIRO, Luís Felipe Travensolo; IOST, Regiane ....................................... 23 CONTROLE BIOLÓGICO ATRAVÉS DE FITOPATÓGENOS CONTATO, Luis; FRANCO, Mateus; GREGIO, Matheus; CAMILO, Vitor; IOST, Regiane ................................... 31 DEFENSIVOS ALTERNATIVOS NATURAIS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS E PRAGAS DE PLANTAS LUCENA, Mayara de Brito; IOST, Regiane; .................... 39 DESENHO TÉCNICO APLICADO AS CONSTRUÇÕES RURAIS NUNES, Camila Fernanda; ANDRADE, Carlos Henrique Jacob; CARVALHO, Gabriel Malheiros; ASSI, Lucas Cordeiro ........ 47 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 5 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA DESENHO TÉCNICO DENTRO DA TOPOGRAFIA Luis Carlos de SOUZA; Vitor Camilo FASSINA; Mateus de Campos FRANCO; Matheus Vernier GREGIO; Alexandre da Silva FELIPE ........................................................ 53 DESENHO TÉCNICO GEOMÉTRICO MENDES, Flávio; PEREIRA, Vanessa; Valle, Flavia; FELIPE, Alexandre .......................................................... 63 DETERMINAÇÃO DA UMIDADE RELATIVA UTILIZANDO O PSICRÔMETRO (REVISÃO DE LITERATURA) TOSCANO, Guilherme A.; LEONÇO, Lucas R.; LUCAS, Thales A.; BARBOSA, Rogério Zanarde ................................. 71 EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDA NO SOLO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SANTOS, Janaína Aparecida Sales dos; WIRGUES, Larissa Marques; BRAVARESCO, Lilian Lopes; MANCUSO, Mauricio Antonio Cuzato .................................................... 79 EFEITOS DO EXCESSO DE LASTRO E DA PATINAGEM NA COMPACTAÇÃO DO SOLO BERTOZZO, Daniel; MENDES, Guilherme; SANTOS, Jonas; BARBOSA, Rogério Zanardi ...................................... 87 EFICÁCIA DO INSETICIDA ATABRON NO CONTROLE DE Chrysodeixis includens E Helicoverpa armigera (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) Ana Flávia Rufino TAMARA; Krishna Galvão SANTANA; Marcelo Munhoz Venâncio de OLIVEIRA; José Paulo Gonçalves Franco da SILVA ............................................................ 95 EFICIÊNCIA DO POTÁSSIO EM NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO JANISCH, Paulo Ricardo Santos; SANINI, Jordan Santos; GUERREIRO, Gustavo ............................................ 105 6 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ESCALAS DIAGRAMÁTICAS PARA AVALIAÇÃO DA SEVERIDADE DE DOENÇAS EM PLANTAS DUARTE, Danilo Leme; DURÃES, Kryssia Taina Araújo; KRUGNER, Lucas de Almeida; IOSR, Regiane .................................................... 113 ESPÉCIES EXÓTICAS ARBÓREAS NA PRAÇA ISABEL ARRUDA EM BOTUCATU-SP Marcos Vieira FERRAZ; Lucas Tombi SCARAMUZZA .......... 121 ESTUDO DA MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA NA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL CONCEIÇAO, Fernando S.; OLIVEIRA, Marcelo M.V.; CHRISTIAN Norberto V.R.M.; BARBOSA, Rogério Zanarde ......... 127 ETANOL: SUAS MATÉRIAS-PRIMAS E A QUÍMICA EM SUA PRODUÇÃO Alex COIMBRA; Lucas SANTOS; Matheus FERREIRA; Juliana Iassia GIMENEZ ................................................... 135 EVOLUÇÃO DA MECANIZAÇÃO NA CULTURA DO CAFÉ MANFLIN, Fábio Henrique; RODRIGUES, Vagner; NETO, Antonio Alves; SCARAMUZZA, Lucas Tombi .................. 141 EVOLUÇÃO MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL E NO MUNDO BEZERRA, Júnior Simon; BARRETO, Gabriel Feltrin; PEREZ, Leonardo Mantovani; BARBOSA, Rogério Zanarde .......... 149 FAMÍLIA ARECACEAE (PALMAE) RODRIGUES, Aline Franciele Santos; SANTOS, Nathalia Carvalho dos; AMARO, Amanda Cristina Esteves ............ 159 FAMILIA ARECACEAE SANTOS, João Vitor Sobrinho; SILVA, Stefani Caroline Chaves; ASSI, Lucas Cordeiro; AMARO, Amanda Cristina Esteves ... 167 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 7 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA FAMÍLIA CUCURBITACEAE PEREIRA NETO, Sebstião Garcia; MARINO JUNIOR, José Roberto; AMARO, Amanda Cristina Esteves .................. 177 FAMÍLIA FABACEAE LUCENA, Mayara de Brito; LION, Pedro Augusto Oliveira; AMARO, Amanda Cristina Esteves ............................. 185 FAMILIA POACEAE GODOI, Cauê Lourenço; SOUZA-FILHO, Fernando Ferreira; SILVA, Helber Leme Costa; BARBOSA, Matheus Rodrigues; AMARO, Amanda Cristina Esteves ............................. 195 IDENTIFICAÇÃO, INCIDÊNCIA E MANEJO DE Sphenophorus levis NA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR (REVISÃO DE LITERATURA) João Victor Franco Rosa; Guilherme Augusto Toscano; José Paulo Gonçalves Franco da Silva ........................ 203 IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA CAD APLICADO NO DESENHO TÉCNICO Thales Andrei LUCAS; Alexandre Luis da Silva FELIPE ...... 213 INOCULAÇÃO DE MILHO COM Azospirillum brasilense REVISÃO DE LITERATURA João Victor Franco Rosa; Leonardo Diniz Ramires Casola ............................................................. 221 INOVAÇÃO DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA DA SILVA Enrique; DE PAULA João; COLOMBO Victor; BARBOSA Rogério Zanarde ...................................... 229 IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Lucas Rinaldi LEONÇO; Guilherme Augusto TOSCANO; João Victor Franco ROSA; Felipe Camargo de Campos Lima ............................................................... 237 8 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF A IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO Tiago Rodrigues GABRIEL; Alexandre Lui da Silva FELIPE ............................................................. 245 A IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES DE ESCALA – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Janaína A. Sales dos SANTOS; Lucas ZIMIANI; Matheus Henrique BIASOTO; Alexandre Luis da Silva FELIPE ......... 251 AGRICULTURA DE PRECIÇÃO GATTI João Vitor; BARBOSA Rogerio Zanarde; FELIPE Alexandre da Silva ............................................... 259 AMBIGUIDADES NO SISTEMA GNSS Junior Simon BEZERRA; Gabriel Feltrin BARRETO; Leonardo Mantovani PEREZ; Alexandre Luiz da Silva FELIPE .......... 265 ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO CARVALHO, Gabriel Malheiros de; NUNES, Camila Fernanda; CONTATO, Luiz Carlos de Souza; GIMENEZ, Juliana Iassia .................................................... 275 APLICAÇÃO DO SIG NO MANEJO DE BACIAS HIDROGRAFICAS SOUZA, André Andrade; VICTORIO, Tomaz Ferrazzini Marvulo; MATHEUS, Victor Paes Carolino; FELIPE, Alexandre Luiz da Silva ................................................................ 281 APLICAÇÃO DO VANT NA CANA-DE-AÇÚCAR FREITAS JUNIOR, Dirceu; MASSSUCATO, Otavio Bodoni; BASSAN, Vinicius; BARBOSA, Rogerio Zanarde............... 289 AQUAPONIA: UM SISTEMA BIOINTEGRADO FROIO, Renata; GATTI, João Victor; UNAMUZAGA, Pedro; FELIPE, Alexandre ............................................... 299 ASPECTOS DAS OPERAÇÕES MECANIZADAS NA PRODUÇÃO CAFEEIRA SILVA, Anelize Raad Soares da; ZUPELLI, Iara da Silva; SANTOS, Tiago Pereira dos; BARBOSA, Rogério Zanarde ... 309 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 9 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA AUXINA: HORMÔNIO DE DESENVOLVIMENTO FISIOLOGICO VEGETAL PEREIRA, Júlio César Santos; ALTHMAN, Michael Patrick Ferreira; MORETI, Uidson De Souza; SCARAMUZZA, Lucas Tombi .............................................................. 317 Normas para elaboração de artigo científico do Simpósio da FAEF ........................................................... 327 10 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF APRESENTAÇÃO A FAEF de Garça/SP vem se consolidando como Instituição de Ensino Superior capaz de contribuir para o desenvolvimento da região, do Estado e também do País colocando profissionais competentes no mercado de trabalho. Sua história inicia em 1989 e, de lá para cá, a respeitabilidade e o compromisso da Instituição é constatável, especialmente quanto à percepção de seu esforço para enveredar pelo caminho próprio das escolas sérias de nível superior, com eixo na tríade: Ensino, Pesquisa e Extensão. Em sua 19a edição, o evento vem enriquecido o desenvolvimento de virtudes, tendo como principais objetivos: - Estimular a criação cultural e o desenvolvimento humanístico; - Formar recursos humanos nas áreas de conhecimento que atua, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira; - Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e a difusão da cultura; - Promover a divulgação de conhecimentos cultural, científico e técnico que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação junto à sociedade. No evento, alunos e professores da FAEF, bem como alunos e profissionais de outras Instituições e demais interessados, puderam aprimorar seus conhecimentos, publicar suas pesquisas, apresentar Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 11 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA trabalhos científicos, além de terem mantido contatos com palestrantes renomados nas diversas áreas do saber e desenvolver suas virtudes. Todas estas atividades e produção científica deram origem a mais uma edição dos Anais do Simpósio da FAEF que, com imensa satisfação, oferecemos aos leitores. Acima de tudo, os Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas são resultantes de um esforço conjunto dos nossos alunos, professores, coordenadores, diretores e mantenedora e concretizam o estímulo e a valorização à pesquisa científica promovidos por esta Faculdade. COMISSÃO ORGANIZADORA 12 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF COMISSÃO ORGANIZADORA - Presidente de Honra: Profª. Drª. Dayse Maria Alonso Shimizu - Presidente Excecutivo: Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo - Vice-presidente: Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto COMISSÃO CIENTÍFICA Prof MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto Profª. Drª. Vanessa Zappa Profª MSc. Renata Shimizu Locatelli da Rosa Profª Msc. Kelly Karine Paschoal Profª Esp. Deise Aparecida Estanislau Dereça Prof. Msc. Odair Vieira da Silva Prof. Msc. Rangel Antônio Gazzola Prof. Esp. Lucas Tombi Scaramuzza Prof. MSc. Osni Álamo Pinheiro Júnior Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 13 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA COMISSÃO DE SECRETÁRIA, TESOURARIA E EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADOS Prof MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Sra. Daniela de Almeida Funakawa Cirillo Sr. Leandro Matta Profª Drª Vanessa Zappa Prof. Esp. Lucas Tombi Scaramuzza Profª Esp. Deise Aparecida Estanislau Dereça Prof. Martinho Otto Gerlack Neto Prof. Rangel Antônio Gazzola Profª MSc. Renata Shimizu Locatelli da Rosa Profª Msc. Kelly Karine Paschoal COMISSÃO DE CAPTAÇÃO DE PARCEIROS Prof Msc. Augusto Gabriel Claro de Melo Prof. Martinho Otto Gerlack Neto Prof. Esp. Lucas Tombi Scaramuzza Profª Esp. Deise Aparecida Estanislau Dereça Profª. Júlia Kawazaki Hori Prof. Esp. Paulo Jacobino Prof. Daniel Aparecido Marzola Profª Drª Saara Scolari Profª Drª Suzana Más Rosa Sr. Leandro Matta Sr. Sidney Marques Roberto Sr. Thiago Ramirez Cavalheiro Sr. Adriano Pereira da Silva 14 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA Prof. MSc. Osni Álamo Pinheiro Júnior Prof. Esp. Lucas Tombi Scaramuzza Prof. Daniel Aparecido Marzola Sra. Maria Aparecida da Silva Prof. Esp. Paulo Jacobino Profª MSc. Fernanda Tamara Neme Mobaid Agudo Romão Prof. Dr. Renan Botelho Sr. Denis Dias V. Barbosa Sr. Sidney Marques Roberto COMISSÃO DE CULTURA E ENTRETENIMENTO Prof MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Profª. Júlia Kawazaki Hori Prof. Osni Alamo Pinheiro Junior Profª MSc. Fernanda Tamara Neme Mobaid Agudo Romão Profª. Esp. Deise Estanislau Dereça Prof. Esp. Lucas Tombi Scaramuzza Maria Aparecida da Silva COMISSÃO DE MARKETING, COMUNICAÇÃO E MÍDIAS SOCIAIS Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Profª. Drª. Vanessa Zappa Sra. Suellen Nogueira Martins Alves Sra. Érika Alves de Souza Santos da Costa Sra. Euceny Caroline Pedroso Saccá Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 15 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Sr. Denis Dias V. Barbosa Prof. Paulo César Jacobino COMISSÃO DE APOIO AO ENSINO Prof. MSc. Odair Vieira da Silva Profª. MSc. Deise Aparecida Estanislau Dereça Profª. MSc. Renata Shimizu Locatelli da Rosa Profª. MSc. Kelly Karine Paschoal Profª MSc. Karla Borelli 16 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AGRADECIMENTOS A Comissão Organizadora da XIX Edição do Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF é grata aos patrocinadores e parceiros que colaboraram com a nossa Instituição. Contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa científica do Brasil: Caixa Econômica Federal, CREA-SP, AEAAG – Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Garça, 3s Comércio de Embalagens, Agrofort, Amanda Moretti: Podologia e Estética, Benemara, Bom Gás & Água, Burger King, Cartório 1º Ofício Três Lagoas, Casa de Carnes Panorama, Celeiro Vestuário, Cimento Marília, Comauto Auto Peças Marília, Composição Confecções, Construgar transportes de materiais para construção, Cooperativa Sul Brasil, Damásio Educacional, Dismagril, Eletro Center, Escritório Fiscontábil, Flora Mix, Gamag, Sacca’s Acessórios e Bijuterias, Ivo Madeiras, Javep – Veículos, Peças e Serviços Ltda, Leila Tecidos, Life Sucos, Studio Lu Sestito, Luís Fernando Bautz Gomes, Mafer Marília, Maria Morena Modas, Moreira’s Buffet e Eventos, Ogata Veículos e Peças Ltda Marília, Ortiz Minichiello (Advogacia e Consultoria), Auto Posto Rotatória de Garça – Ltda, Reipel, Santa Maria Park Hotel, Semag, Sicoob Credicitrus, Sindicato Rural de Garça, Status Formaturas, Tintas e Tintas, Top Cell – venda e assistência técnica especializada, Total Utilidades, Vestigiu’s Uniformes, VideoSystem – Filmagens Locações e vendas, Wizard Garça e Academia Work Body Fitness e Khorus. São raras as empresas que têm este grau de consciência da responsabilidade social que deve permear sua atividade comercial. Avante Brasil! Com Educação e Pesquisa Científica! O Grupo FAEF valoriza seus parceiros. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 17 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 18 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 19 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 20 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF XIX TRABALHOS APRESENTADOS Agronomia Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 21 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 22 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF A EFICÁCIA DA PERMANÊNCIA DAS FOLHAS NO PROCESSO DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE Coffea Canephora CORRÊA, Gabriel Pereira Dias1 CORREIA, Pedro Augusto da Cruz1 KATO, Jessé de Carvalho1 MONTEIRO, Luís Felipe Travensolo1 IOST, Regiane 2 RESUMO O presente artigo tem como objetivo comparar duas formas de manejo distintas no processo de estaquia, com a finalidade de identificar a melhor e mais rápida forma de enraizamento das mesmas; uma com a permanência das folhas e outra com total desfolha da estaca, ambas em casa de vegetação. Tendendo para maior eficácia no processo onde as folhas permaneceram intactas, acelerando e potencializando o processo de enraizamento, além de diminuir consideravelmente a mortalidade das hastes utilizadas. Palavras – Chave: Enraizamento, Estaca, Folhas, Manejo. 1 Acadêmico do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral de Garça – FAEF – São Paulo. e-mail: [email protected] Docente do curso de agronomia da FAEF – Garça/SP- Brasil. Email: [email protected] 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 23 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT This article aims to compare two different management forms in the process of cutting, with the purpose of identifying the best and fastest way of rooting; with the permanence of the leaves and another with total defoliation of the stake, both in the greenhouse. Tending towards greater effectiveness in the process where the leaves remained intact, speeding up and potentializing the rooting process, in addition to considerably decrease the mortality of stems used. Keywords: Rooting, Stake, Sheets, Management. 1. INTRODUÇÃO A cultura do café tem grande importância econômica no mundo todo, e devido a sua influência muito estudos são realizados com o objetivo de melhorar sua produtividade e acelerar alguns processos para obtenção de exemplares. O processo usual de propagação do cafeeiro, tanto da espécie arábica como canephora é por semente. Recentemente, alguns Estados produtores vêm utilizando outro método que é a propagação assexuada por meio de estacas, principalmente para espécies de Coffea canephora (BERGO, 1998). A estaquia é uma forma de propagação vegetativa, utilizada no cafeeiro como forma de obtenção de clones, ou seja, plantas idênticas a matriz, tendo como vantagem a garantia da preservação do material genético, com todas as características, incluindo resistência; garantia esta que não é possível na propagação por sementes, já que no caso do Coffea Canephora, popularmente chamado de robusta, o grão de pólen não tem a capacidade de fertilizar a planta, sendo necessário que ocorra o cruzamento, perdendo assim as características fiéis a da matriz. O trabalho realizado teve como objetivo avaliar o efeito da permanência das folhas no processo de enraizamento de estacas de coffea canephora, variedade popularmente denominada Robusta. 24 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2. DESENVOLVIMENTO O experimento foi conduzido no Viveiro de Mudas de Café localizado na cidade de Garça – SP, rodovia SP 294, km113 zona rural, onde procurou comparar duas formas de manejo de estacas para obtenção de clones de Coffea Canephora. A primeira é comumente utilizada no processo, que consiste no corte das folhas presentes nos ramos, técnica esta que só se faz necessária em processos que não envolvem casa de vegetação, permitindo assim a maior retenção de água nos ramos, mas por costume acaba sendo utilizada também em cultivo protegido. Já a segunda consiste na permanência das folhas nos ramos, gerando estacas com um par de folhas que posteriormente são inseridas na casa de vegetação (Fig. 1 e 2). Geralmente no processo de estaquia, as mesmas em fase semilenhosa são retiradas de ramos ortotrópicos do cafeeiro, sendo estes os ramos que crescem na vertical e dão origem a tronco e hastes. Este método é utilizado pelo objetivo de se obter plantas idênticas a matriz. Já que o fruto é o resultado do cruzamento entre plantas, Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 25 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA caso o utilize como semente a planta obtida não será de fato idêntica à planta mãe, este fato é uma particularidade da espécie Coffea Canephora. A produção de mudas por estacas reproduz uma cópia idêntica da mãe, permitindo um aumento de produtividade de até 30%, apenas com a seleção e clonagem de plantas superiores (BERGO, 1998). 2.1 Materiais e métodos Na execução do trabalho foram coletados ramos em seu ponto chamado de perfeito para o ‘pegamento’ (enraizamento) das mudas. Os ramos coletados foram separados em dois grupos para formas de manejo diferentes, sendo elas a desfolha onde parte das folhas presentes nos ramos é cortada e a não desfolha onde as folhas são preservadas inteiras. Os dois grupos para fins de estaquia receberam o mesmo corte, sendo estes nas duas extremidades mantendo um ângulo 65º (sessenta e cinco graus) com o objetivo de aumentar a superfície de contato e a área de absorção (Fig. 3). 26 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Ambos os grupos foram colocados em recipientes chamados “cochos” com areia grossa e fundo perfurado para drenagem, evitando o acumulo de água e proliferação de fungos. Areia por sua vez é utilizada como substrato por ser neutra, não sendo de fácil retenção de patógenos e de melhor drenagem alem de proporcionar a temperatura ideal para o desenvolvimento de plantas, como mostra a figuras 4 e 5. Após o estaqueamento na areia, os recipientes “cochos” com as estacas foram postos em casa de vegetação onde permaneceram por aproximadamente 45 a 60 dias, até aparecer o brotamento nas estacas. Os brotos apareceram na parte superior das estacas formando folhas novas. Isto é sinal de um bom “pegamento” da mesma, assim resultando no enraizamento. Vale ressaltar que não foi utilizado nenhum tipo de hormônio enraizador, foram utilizadas apenas as técnicas de manejo. Dando sequência ao processo as estacas que obtiveram sucesso no enraizamento foram transplantadas para tubetes (Fig. 6). As raízes foram cortadas de maneira que permanecessem apenas duas principais, que posteriormente resultariam nas pivotantes. O transplante se deu em um substrato que contém fibra de coco, palha de arroz carbonizada, espuma fenólica e adubo de liberação lenta (Fig. 7 e 8). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 27 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.2. Resultados e discussão Como pode ser observado nas figuras abaixo (Fig. 9 e 10), as estacas que tiveram suas folhas cortadas apresentaram grande diferença (negativa) em relação à outra forma de manejo. Tanto no enraizamento quanto na brotação. Vale salientar também que as estacas sem folhas tiveram um atraso no processo de enraizamento com maior perda do que as estacas que permaneceram com folha. 28 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Nas estacas em que foram deixadas as folhas houve menor perda de água, o que ajudou no processo de enraizamento, devido à permanência das mesmas em casa de vegetação, onde ficam constantemente expostas a umidade presente naquele ambiente, favorecendo os processos em questão. Se o processo fosse fora da casa de vegetação à forma correta seria um corte na metade da folha, ou seja, deixar apenas a metade da folha na estaca, assim evitando a maior perda de água, mas nunca é aconselhado retirar todas as folhas das hastes em processos fora da casa de vegetação. 3. CONCLUSÃO A permanência das folhas nas estacas de Coffea Canephora aparenta ter grande influência positiva no processo de clonagem, gerando raízes claramente maiores e melhores desenvolvidas. No entanto, os resultados apresentados nesse trabalho são preliminares. Novas pesquisadas precisam ser realizadas, tanto em condições de casa de vegetação como em campo, para que os Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 29 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA resultados possam ser analisados estatisticamente e conclusões mais concretas sejam obtidas. 5. REFERÊNCIA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA do cafeeiro (Coffea canephora) por enraizamento de estacas. Embrapa Nº 128, Nov/98, p.1-2. Disponível em: <www.embrapa.br>. Acesso em: 30 de abr de 2016. 30 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF CONTROLE BIOLÓGICO ATRAVÉS DE FITOPATÓGENOS CONTATO, Luis¹ FRANCO, Mateus¹ GREGIO, Matheus¹ CAMILO, Vitor¹ IOST, Regiane² RESUMO Um dos objetivos do presente trabalho é apresentar alternativas que colaborem na redução do uso de agrotóxicos por unidade de área, pois esse é um dos grandes problemas da agricultura mundial. Além disso, objetiva também estabelecer um marco da situação do controle biológico de doenças de plantas no Brasil, relatando alguns casos e apresentando também alguns produtos que servem para o controle de doenças, e esses produtos tem uma grande importância na redução do uso de agrotóxicos. Palavra-chave: Redução, agrotóxicos e controle biológico. ABSTRACT One of the publication’s goals is to present alternatives to collaborate in the reduction of pesticide use per unit area, because this is one of the major problems of world agriculture. In addition, it aims also to establish a framework of biological plant disease control situation in Brazil, reporting some cases happened. Featuring Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 31 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA also some products that cater to disease control, and these products have great importance in reducing the use of pesticides. Keyword: reduction, pesticides and biological control 1. INTRODUÇAO Por um lado, o uso intensivo de agrotóxicos para o controle de doenças, pragas e plantas invasoras na agricultura, tem, reconhecidamente, promovido diversos problemas de ordem ambiental, como a contaminação dos alimentos, do solo, da água e dos animais; a intoxicação de agricultores; a resistência de Patógenos, de pragas e de plantas invasoras a certos princípios ativos dos agrotóxicos; o surgimento de doenças iatrogênicas (as que ocorrem devido ao uso de agrotóxicos); o desequilíbrio biológico, alterando a ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica; a eliminação de organismos benéficos e a redução da biodiversidade entre outros. Por outro lado, a proteção de plantas por meio do uso de agrotóxicos, apresenta características atraentes, como a simplicidade, a previsibilidade e a necessidade de pouco entendimento dos processos básicos do agroecossistema para a sua aplicação. Para o sucesso com a aplicação de um fungicida de amplo espectro é importante o conhecimento de como aplicar o produto, sendo necessária pouca informação sobre a ecologia e a fisiologia de espécies, interações biológicas, ecologia de sistemas e ciclagem de nutrientes entre outras (Bettiol & Ghini, 2003). Essa simplificação interessa basicamente à comercialização de insumos que interferem em muitas espécies e consequentemente desequilibram o sistema (Bettiol, 2008). Entretanto, a preocupação da sociedade com o impacto da agricultura no ambiente e a contaminação da cadeia alimentar com agrotóxicos está alterando o cenário agrícola, resultando em mercados de alimentos produzidos sem o uso de agrotóxicos ou aqueles com selos que garantem que os agrotóxicos foram utilizados adequadamente. Esses aspectos estão fazendo com que a situação do uso dos agrotóxicos permeie a agenda ambiental de diversos países (Bettiol, 2008). Dentre as alternativas para a redução do uso de agrotóxicos o controle biológico é um dos mais discutidos, podendo tanto aproveitar o controle biológico natural quanto realizar a introdução de um agente de controle biológico (Bettiol, 2008). Como por 32 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF exemplo, alguns produtos que tem um alto rendimento em relação ao controle biológicos de pragas, são os Sonata® e Serenade®. 2. DESENVOLVIMENTO A história do controle biológico de doenças no Brasil é relativamente recente e marcada por interrupções. De uma forma resumida os principais acontecimentos foram: 1950 – Primeiro artigo publicado sobre o tema por Reinaldo Foster (Foster, R. 1950: Inativação do vírus do mosaico comum do fumo pelo filtrado de culturas de Trichodermasp. Bragantia 10: 139-148), pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas. 1986/1987 – 1ª e 2ª Reunião Brasileira sobre Controle Biológico de Doenças de Plantas, realizada em Piracicaba, SP, marcando a estruturação da área. 1987 – Primeiro produto comercial disponibilizado – Trichoderma viride -para o controle de Phytophthora cactorum em macieira, disponibilizado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Fruteiras de Clima Temperado, da Embrapa e desenvolvido por Rosa Maria Valdebenito-Sanhueza. 1990 – Utilização de Acremonium para o controle da lixa do coqueiro pela Maguari SA, sendo o produto desenvolvido por Shinobu Sudo. 1991 – Publicação do primeiro livro intitulado “Controle Biológico de Doenças de Plantas”, editado por Wagner Bettiol e publicado pelo então Centro Nacional de Pesquisa de Defesa da Agricultura, da Embrapa, atual Embrapa Meio Ambiente. 1992 – Realização da primeira sessão exclusiva de apresentação oral de trabalhos sobre controle biológico de doenças de plantas num Congresso Brasileiro de Fitopatologia (XXV), realizado em Gramado, RS, sob coordenação do Dr. Wilmar Corio da Luz. 1992 – Criada a primeira disciplina sobre “Controle biológico de doenças de plantas” no curso de pós-graduação em Proteção de Plantas, na UNESP/Botucatu por Wagner Bettiol. 1992 - Primeira empresa (BIOAGRO ALAM LTDA. Incubada no Departamento de Fitossanidade na Faculdade de Agronomia – UFRGS) especializada na produção e comercialização de Trichoderma. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 33 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 1997 – Publicação pelo IBAMA da portaria 131 de 03 de novembro de 1997 estabelecendo os critérios e procedimentos para efeito de registro e avaliação ambiental de agentes microbianos empregados na defesa fitossanitária. 2000 - produção de Tricovab® à base de Trichoderma stromaticum para o controle da vassoura-de-bruxa do cacaueiro pelo CEPEC/ CEPLAC em Ilhéus, BA. 2007 - IX Reunião Brasileira sobre Controle Biológico de Doenças de Plantas, realizada em Campinas, SP e criação da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio). 2008 – Registro do primeiro fungicida biológico comercial contendo um antagonista para o controle de doenças de plantas – Trichodermil® (Trichoderma harzianum), pela Itaforte Bioprodutos Ltda. 2009 – Mais de 20 marcas comerciais de produtos contendo agentes de controle biológico de fitopatógenos estão disponíveis para os agricultores; 2009 – Em vários cursos de pós-graduação em Fitopatologia é ministrada disciplina de controle biológico de doenças de plantas. 2009 - Aprovação pelo CNPq de projeto para determinação de metodologias e avaliação de qualidade dos produtos biológicos para o controle de doenças de plantas. O controle biológico de pragas e doenças constitui-se em um processo importante para atender a demanda, cada vez maior, de produtos e alimentos livres de resíduos deixados pelas aplicações de agrotóxicos. A sociedade vem pressionando os setores de produção na direção do aumento da oferta de alimentos mais saudáveis, a exemplo dos protocolos estabelecidos pelo mercado europeu que visam a segurança alimentar do consumidor. O Brasil e outros países, que tem na agricultura a base da sua economia, já sentem essa necessidade e começam a implantar sistemas mais sustentáveis de produção integrada, onde o controle biológico é ferramenta indispensável. Além da preocupação relacionada aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, a questão ambiental está diretamente associada a esse ensejo social de mudança do padrão químico convencional para métodos integrados de produção. A viabilidade econômica de um sistema de produção é um fator que afeta 34 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF diretamente o agricultor e talvez deva ser o primeiro a ser considerado para a maior aceitação do controle biológico. Se existem viabilidade econômica e eficácia no método, existe também o estímulo para o agricultor usar o insumo biológico. Dois produtos estão sendo utilizados como exemplo, que são Serenade® e Sonata®. O Serenade® é um fungicida bactericida microbiológico que possui múltiplos modos de ação. Os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713 presentes na formulação atuam na membrana celular das estruturas reprodutivas do fungo, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo junto ao sistema radicular. É usado em pulverização preventiva no controle de doenças, como Mancha - de - alternaria (Alternaria dauci), Mancha – púrpura (Alternaria porri), Mofo – cinzento (Botrytis cinerea), Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides, Podridão –olho – de – boi (Cryptosporiopsis perennans), Amarelão Tombamento (Pythium ultimum), Oídio(Sphaerotheca macularis), Rizoctoniose Tombamento (Rhizoctonia solani) e Mofo - branco Podridão – de – Sclerotinia (Sclerotinia sclerotiorum). O Sonata® é um fungicida biológico que possui múltiplos modos de ação. Atua no metabolismo celular levando à destruição das células e à morte do patógeno. Impede a germinação dos esporos do fungo nas plantas formando uma barreira física entre os esporos e a superfície da folha, colonizando os esporos do fungo. Compete por espaço e nutrientes com os patógenos, especialmente onde os nutrientes são raros como nas superfícies das folhas. Esse fungicida controla algumas doenças como, Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum), Mancha – púrpura (Alternaria porri), Mofo – cinzento (Botrytis cinerea), Oídio (Sphaerotheca fuliginea), Oídio (Sphaerotheca macularis), Oídio (Uncinula necator), Pinta – preta (Alternaria solani) e Podridão – Olho – de –boi (Cryptosporiopsis perennans). 2.1. RELATO DE CASO Por volta de 1950, tivemos a primeira publicação do uso de Trichoderma como agente de controle biológico de doenças de plantas no Brasil, quando Foster (1950) descreveu a inativação do vírus do Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 35 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA mosaico do fumo (TMV) por filtrados da cultura de Trichoderma sp. No estudo, o filtrado da cultura do antagonista reduziu em ate 90% a capacidade infectiva do vírus, avaliado pelo número de lesões locais nas folhas de Nicotiana glutinosa. Porem, somente em 1997 um produto a base de Trichoderma viride foi usado comercialmente no Brasil contra o apodrecimento de raízes e colo em macieira casada por Phytophthora cactorum (Valdemenito-Sanhueza, 1991). O agente de controle biológico foi escolhido por ter a capacidade de colonizar o solo e fazer a proteção das mudas após o plantio. O antagonista fui multiplicado em grãos de sorgo e acondicionado em pequenos sacos plásticos contendo a dose recomendada para uma cova de macieira (24 gramas). Durante os anos de 1989 e 1990, mais de 50 mil unidades desse produto foram produzidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e usadas no sul do Brasil. A primeira empresa privada especializada na produção em massa e comercialização de trichoderma no Brasil começou suas atividades em 1992, no estado do Rio Grande do Sul com o nome de BIOAGRO ALAM LTDA. fazendo parte do Departamento Fitosanidade da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Logo após, diversas empresas surgiram no mercado, havendo uma dezena de produtos comercias em uso no país. Trichoderma é agente de controle biológico de doenças de plantas mais estudado e utilizado no Brasil e em outros países da America Latina (Bettiol et AL., 2008). Com levantamento realizado em abril de 2008 por Bettiol e Morandi foi caracterizada a situação no mercado de trichoderma no Brasil, sendo identificadas 13 empresas com produzem e comercializam trichoderma, sendo restritas a 6 estados, principalmente no Centro-Sul do país. Todas as empresas aplicam a técnica de fermentação solida em grãos de mileto, arroz ou cereais, o volume de produção em torno de 550 toneladas por ano de grãos. As formulações disponíveis no mercado são: pó-molhável, grânulos dispersáveis, suspensão concentrada, grãos colonizados, esporos secos e óleo emulsionavel. Trichoderma harzianum, Trichoderma stromaticum e Trichoderma viride são as principais espécies de agentes de biocontrole comercializados. Sendo assim, em alguns produtos comercializados não tem há identificação da espécies. Foi verificado no estudo que entre os patógenos alvos, incluem, principalmente: Fusarium, Pythium, Rhizoctonia, 36 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Macrophomina, Sclerotinia, Selerotium, Botrytis e Crinipellis, para culturas de cebola, alho, fumo, soja, feijão, algodão, tomate, plantas ornamentais, morango e cacau. Além desta, alguns produtos são recomendados para o tratamento de sementes e tratamento de substratos. É de grande importância salientar que atualmente há apenas um produto a base de Trichoderma registrado no Brasil para o controle de Fusarium solani e Rhizoctonia solani na cultura do feijão. Porem, estão sendo analisadas, pelos órgãos competentes, solicitações de diversas empresas. Além disso, é fundamental considerar o trabalho da ABCBio (Associação brasileira das empresas de controle biológico) para que os filiados liberam o mais rapidamente possível os produtos junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A condição da produção e comercialização do Trichoderma no Brasil mostra o momento do controle biológico de doenças de plantas. Simultaneamente, com esse antagonista outros estão em situação semelhante, mas com menor volume de produção. 3. CONCLUSÃO Com base no exposto, concluímos que a redução de agrotóxicos é fundamental para o melhoramento na agricultura mostrando alguns fatos importantes acontecidos no decorrer da história, mostrando o quanto é importante para o controle biológico e usando a microbiologia como base para esse melhoramento na agricultura. Além disso, mostramos alguns produtos que são importantes e tem uma boa qualidade para esse propósito. 4. REFERENCIAS BETTIOL, W. Conversão de sistemas de produção. In: Poltronieri, L.S. & Ishida, A.K.N.(Eds.)MétodosAlternativos de Controle de InsetosPraga, Doenças e Plantas Daninhas:Panoramaatual e perspectivas. Belém. Embrapa Amazônia Oriental. 2008. pp. 289-308 BETTIOL, W. Controle de doenças de plantas com agentes de controle biológico e outras tecnologiasalternativas. In: Campanhola, C. & Bettiol, W. (Eds.) Métodos Alternativos de ControleFitossanitário. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 37 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Jaguariúna. Embrapa Meio Ambiente. 2003. pp. 191-215. BETTIOL, W. & GHINI. R. Proteção de plantas em sistemas agrícolas alternativos. In: Campanhola, C.& Bettiol, W. (Eds.) Métodos Alternativos de Controle Fitossanitário. Jaguariúna. Embrapa Meio Ambiente. 2003. pp. 79-95. BETTIOL, W.; GHINI, R.; MORANDI, M. A. B.; STADNIK, M.J.; KRAUSS, U.; STEFANOVA, M. & PRADO, A.M.C.Controle biológico de doenças de plantas na América Latina. In: Alves, S.B. & Lopes, R.B.(Eds.) Controle microbiano de pragas na América Latina: avanços e desafios. Piracicaba.FEALQ. 2008. pp. 303-327. BETTIOL, W. & MORANDI, M.A.B. Trichoderma no Brasil: história, pesquisa, comercialização e perspectivas. WPRS OILB Bulletin (no prelo). FOSTER, R. Inativação do vírus do mosaico comum do fumo pelo filtrado de culturas de Trichoderma sp. Bragantia 10: 139-148. 1950. VALDEBENITO-SANHUEZA, R.M. Possibilidades do controle biológico de Phytophthoraem macieira.In: Bettiol, W. (Ed.) Controle Biológico de Doençasde Plantas Jaguariúna. Embrapa- CNPMA. 1991. pp. 303305. Disponível em: <http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/defis/ DFI/Bulas/Fungicidas/sonata2016.pdf >. Acesso 20 set. 2016, 14: 30: 25. Disponível em: <http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/defis/ DFI/Bulas/Fungicidas/serenade2016.pdf>. Acesso 20 set. 2016, 15: 42: 33. 38 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DEFENSIVOS ALTERNATIVOS NATURAIS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS E PRAGAS DE PLANTAS LUCENA, Mayara de Brito¹. IOST, Regiane² RESUMO O presente trabalho teve como objetivo salientar a importância de utilizar defensivos naturais, pois atualmente o uso de agrotóxicos nas lavouras vem crescendo gradativamente e prejudicando o solo, em geral, o meio ambiente e causando resistência nas plantas. Portanto, é de grande importância a conscientização ao se utilizar produtos para proteger plantas, ou seja, que não seja tóxico para o homem e para o meio ambiente, podendo utilizar óleos essenciais, produtos naturais extraídos das plantas e caldas produzidas sem químicos. Palavras-chave: Agrotóxicos, Ambiente, Óleos essenciais, Resistência. ABSTRACT This study aimed to highlight the importance of using natural pesticides, as currently the use of pesticides on crops has been growing gradually and damaging the soil in general, the environment and 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] ²Professora dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 39 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA causing resistance in plants. Therefore, it is of great importance when using awareness products to protect plants, or that is not toxic to man and the environment and can use essential oils, natural products extracted from plants and grout produced without chemicals. Keywords : Agrochemicals, Environment, Essential oils, Resistance. 1.INTRODUÇÃO Atualmente, com o crescimento da população mundial, houve um aumento muito grande na demanda de produção de alimento, ou seja, a ciência com sua tecnologia desenvolveram defensivos agrícolas muito poderosos, capazes de produzir alimentos em grande escala, de forma que pragas e doenças sejam controladas rapidamente. Mas nem sempre foi assim, com o tempo, o uso excessivo desses produtos começou acarretar grandes problemas, como resistência das plantas ao produto, ou seja, climas desfavoráveis ou quando são utilizados agrotóxicos em excessos, são liberados na seiva da planta radicais livres como, aminoácidos e açúcares que são alimentos prontamente disponíveis aos insetos nocivos e patógenos. Isso faz com que essas pragas se tornem mais resistentes ainda contra o produto químico, que é utilizado com frequência, sem um intervalo entre uma plantação e outra. O controle natural de pragas e doenças é uma prática antiga, por meio de óleos essenciais e produtos naturais extraídos das plantas. Esse método é muito eficiente e produtivo, pois garante vida útil prolongada ao fruto pós-colheita, resistência contra pragas, doenças e mudanças climáticas, sendo bom para o meio ambiente e para o homem. Porém, o uso desse método em grandes produções é uma alternativa complicada, mas não impossível. Pois, por exemplo, para adquirir produtos naturais, como óleos essenciais, a planta passa por processos demorados de hidrodestilação. Portanto, a utilização dos defensivos naturais, pode ser aplicada para pequenas propriedades, pois é um produto viável que tem a capacidade de atender a demanda de pequenas lavouras. Mas estudos devem ser realizados com o objetivo de viabilizar a utilização desse método também em grandes propriedades. 40 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 O QUE SÃO DEFENSIVOS ALTERNATIVOS NATURAIS Os defensivos alternativos são todos os produtos químicos, biológicos, naturais ou orgânicos, desde que possuam as seguintes características: Não podem ser tóxico, devem ser eficiente no controle de insetos, pragas e microrganismos nocivos, não podem ser agressivo a natureza e ao homem, não influenciem a ocorrência de resistência de microrganismos e pragas, custo baixo para adquirir, fácil manejo e aplicação e o produto deve estar disponível ou material para adquirilo (PENTEADO, 2001). 2.1.1 CALDAS DEFENSIVAS 2.1.2 CALDA BORDALESA A calda bordalesa é umas das formulações mais antigas, ela é indicada para ação fungicida e bacteriostática em modo preventivo e tem função de atuar como repelente de vários insetos. Na mistura utiliza-se sulfato de cobre + cal virgem (hidratada). (PENTEADO, 2001). 2.1.3 CALDA VIÇOSA A calda viçosa tem a função fertiprotetora, ou seja, tem tratamento preventivo contra doenças fúngicas e nutriente foliar. (PENTEADO, 2001) A mancha angular tem como o agente causal da doença o fungo Pseudocercospora griseola (Sacc) Ferr, isto é, em pesquisas a calda viçosa mostrou se eficiente na prevenção dessa doença. (WENDLAND, 2016) 2.1.4 CALDA SULFOCÁLCICA Tem a função acaricida, inseticida e fungicida, para o tratamento de fruteiras. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 41 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA No inverno é recomendado para fruteira de clima temperado, passar em cobertura total. Já para fruteiras de clima tropicais, é aplicado em troncos e ramos. Atualmente vem sendo utilizado para tratamento fitossanitário, no período vegetativo, pois tem baixo custo e eficiência, tornando viável seu emprego (PENTEADO, 2001). 2.1.2 PLANTAS DEFENSIVAS É de grande importância o uso de produtos naturais para controlar doenças e pragas e não existe nada melhor do que as próprias plantas. O uso de extratos de chás ou suco de plantas é uma alternativa viável no combate de pragas e doenças. As plantas mais utilizadas em nível comercial são: 2.1.2.1 ALHO O extrato do alho tem ação fungicida, controlando doenças como míldio e ferrugens, além da ação bactericida. Controla e repele insetos nocivos. Ex: Lagarta da maçã e pulgão (PENTEADO, 2001). 2.1.2.2 CAVALINHA Seu nome científico é Uquisetum arvense ou Equisetum giganteum muito utilizado na agricultura orgânica para aumentar a resistência das plantas contra insetos nocivos em geral (PENTEADO, 2001). 42 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.1.2.3 CONFREI Seu nome científico é Symphytum officinale, tem a função de combater pulgões em hortaliças e frutíferas e também funciona como adubo foliar (PENTEADO, 2001). 2.1.2.4 ÓLEO DE NEEM O óleo de neem é um produto orgânico extraído da árvore nim cujo nome científico é Azadirachta indica A. Juss. O óleo é muito conhecido no mercado pelas suas inúmeras funções, sendo elas, fertilizante, repelente contra pragas em hortaliças, traças, pulgões, lagartas, gafanhotos, formigas e etc. Seu princípio ativo é Azadiractina, podendo ser aproveitado folhas e frutos (PENTEADO, 2001). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 43 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.1.2.5 FUMO O fumo tem em sua composição a nicotina, que funciona como um maravilhoso inseticida, contra pulgões, tripes e outras pragas. Ao aplicar como cobertura de solo previne ataque de lesmas, caracóis e lagartas. Mas os órgãos certificadores não recomendam seu uso, por conta da composição (PENTEADO, 2001). 2.3 ÓLEOS ESSENCIAIS Óleos essenciais são misturas complexadas de substâncias voláteis, ou seja, passam com facilidade do estado líquido para vapor ou gasoso sem necessidade de aquecimento, são lipofílicas, geralmente com odor, com pequeno peso molecular e líquido. O óleo pode ser extraído por meio de hidrodestilação, pelo método de expressão do pericarpo de frutos cítricos ou pelo método de refluxo solvente. Existe também o método, muito utilizado pelas indústrias 44 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF chamado “Enfleurage”, ou seja, é a extração do CO 2 supercrítico. Apresenta em temperatura ambiente, um aspecto oleoso, com características voláteis. Geralmente são incolores ou levemente amarelados, com sabor picante e acidificado, podendo ficar pouco estáveis a luz, ar e calor, e pouco solúvel em água. 2.3.1 PIMENTA-DE-MACACO Conhecida como pimenta de macaco o óleo de Piper aduncum tem alto teor de dilapiol. É uma espécie de planta que vem ganhando cada vez mais o interesse econômico, ainda mais quando se trata da extração do seu óleo para a proteção de plantas, contra lagartas (FAZOLIN, 2006). 2.4 VANTAGENS O uso de produtos alternativos pode aumentar a resistência natural da planta, pois, por exemplo, as plantas tratadas com as caldas defensivas apresentam grande resistência a patógenos, insetos nocivos e a mudanças climáticas como o intemperismo. Obtêm-se produtos saudáveis com preços diferenciados, já que os produtos sem agrotóxicos são mais valorizados pelo mercado, por causa de sua qualidade, com sabor mais agradável e isenção de contaminantes. O equilíbrio nutricional é muito importante, isso ocorre ao utilizar produtos ricos em enxofre, cobre, micronutrientes e entre outras substâncias naturais, podendo ser complexados ou não com a cal, representam grande equilíbrio nutricional e favorecem mecanismos de defesa natural. Os defensivos naturais garantem as plantas longevidade da vida útil, pois fornecem nutrientes importantes e renovam o vigor vegetativo, fornecem uma vida útil mais prolongada dos frutos na pós-colheita e aumento da produção da planta. De modo geral, a ação desses defensivos é benéfica, pois não favorecem a resistência de patógenos, tem baixo nível de toxidade e não prejudica o meio ambiente e o homem (PENTEADO, 2001). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 45 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso de defensivos naturais nas grandes propriedades não é viável ainda, pois, por exemplo, as plantas repelentes são produzidas em pequena escala, o que dificulta seu acesso. Mas na agricultura orgânica é possível o que torna os alimentos mais saudáveis e de boa qualidade sem prejudicar o meio ambiente e o homem. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PENTEADO, S.R. Agricultura orgânica. Piracicaba: ESALQ, 2001.41p. BETTIOL, W; MORANDI; M.A.B. Biocontrole de Doenças de plantas: Usos e perspectivas. Jaguariúna: Fundag, 2009.341p. FAZOLIN, M. et al. Potencialidades da pimenta-de-macaco (Piper aduncum L.): Características gerais e Resultados de Pesquisa.2006.53f.Dissertação- Empresa Brasileira de pesquisa agropecuária, Rio Branco/AC.2006. CAMPANHOLA, C. Métodos alternativos de fitossanitário.2.ed.Jaguariúna: Embrapa, 2003.279p. 46 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 controle SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DESENHO TÉCNICO APLICADO AS CONSTRUÇÕES RURAIS NUNES, Camila Fernanda¹ ANDRADE, Carlos Henrique Jacob¹ CARVALHO, Gabriel Malheiros¹ ASSI, Lucas Cordeiro¹ RESUMO O desenho técnico surgiu através da necessidade de representar suas ideias no papel, com precisão e detalhe. Os desenhos técnicos permitem aos engenheiros criarem projetos que possam ser executados por terceiros. Podemos usar o desenho técnico em construções rurais, como projetos de irrigações, projetos de drenagem, criação de animais, armazenamento e beneficiamento da produção obtida, habitações rurais, recuperação de solo e controle da erosão, entre outros. Com o desenho técnico aplicado a agronomia e construções rurais o engenheiro deverá saber expressar e interpretar, graficamente, elementos de desenho projetivo, arquitetônico, topográfico e cartográfico. Todos os projetos devem seguir suas respectivas normas. Palavras chaves: desenho técnico, rurais, normas. ¹Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da FAEF-Garça-Brasil. Email: [email protected]; [email protected]; [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 47 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The technical design emerged through the need to represent your ideas on paper, with precision and detail. Technical drawings allow engineers to create projects that can be performed by third parties. we can use the technical drawing in rural buildings, such as irrigation projects, drainage projects , animal husbandry , storage and processing of the obtained production, rural housing , soil reclamation and erosion control, among others. Technical design applied agronomy / rural constructions engineer should know how to express and interpret graphically design elements projective, architectural, topographic and cartographic. All projects must follow their respective standards. Keywords: design technician, rural, standards. 1. INTRODUÇÃO O desenho é a forma mais antiga de registro e comunicação de informação, mesmo ocorrendo diversas mudanças quanto ao seu modo de apresentação e produção diferente das mudanças tecnológicas verificadas ao longo da história, porém nunca foi substituída por nenhuma outra. Sendo assim, o desenho é considerado uma ferramenta de trabalho para todos os engenheiros e arquitetos (Arlindo, 2006). O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem uma certa finalidade fazer a representação de forma, dimensão e posição. Nos dias atuais temos os processamento de imagens via satélite, fotografia, vídeo, desenho manual e outros meios informáticos e sujeito ou não a regras previamente estabelecidas, como no caso do desenho técnico, ao qual elevam o nível da linguagem que permite o registro de toda simbologia gráfica possibilitando a comunicação (Carlos, 2006) As primeiras ideias do desenho são meramente transmitidas através de esboços, que nem sempre tão elaborados, já nas fases seguintes vão evoluindo e ganhando formas, podendo até mesmo passar por programas de computadores (João,2006). Na pratica pode-se dizer que, para interpretar um desenho 48 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF técnico é necessário enxergar o que não é visível, e tem a capacidade de entender uma figura plana onde poderíamos entender está técnica em dois grandes grupos: · Desenho projetista: São os desenhos que podem resultar as projeções de um objeto ou mais planos, e correspondem a observação ortográfica e as perceptivas. · Desenho não-projetivo: Nesses casos a maioria das vezes eles correspondem às determinados desenhos dos cálculos algébricos ( é o conceito dos processos empregados para transformar uma expressão em outra equivalente) , e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas, etc... Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 49 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA A construção rural é uma parte da engenharia rural importante em qualquer tipo de planejamento para realizar seus objetivos. O seu campo de atuação é bastante amplo, tendo um aumento de produtividade, usando métodos racionais da produção, o aproveitamento da industrialização em mercado, como os principais. Observando suas características próprias, que requerem conhecimentos relacionados a área agronômica, sendo aliado a simplicidade e a economia da execução, proporcionando dentro da técnica, o desejável funcionamento das instalações (Luís, 2006). As principais matérias usadas nas construções rurais são: · Pedra; · areia; · saibro; · gesso; · cal; · betume; · cimento; · produtos cerâmicos ( Tijolo, Telha, Manilhas, Ladrilhos e Azulejos ); · madeira ( De lei, branca ); · ferro; · cimento – amianto; · plásticos. Podemos usar a desenho técnico aplicado nas construções rurais, como desenvolver técnicas básicas e fundamentais para a aprendizagem do desenho técnico de acordo com as normas e objetivando o desenvolvimento de projetos que são feitos na área das ciências rurais. Um dos exemplos de desenho técnico aplicado nas construções rurais, são os projetos de irrigações, projetos de drenagem, criação de animais, em armazenamento e beneficiamento da produção obtida, habitações rurais, recuperação de solo e controle da erosão (Jorge, 1997). 2.DESENVOLVIMENTO O desenho técnico é constituído por normas de ABNT, com a intenção de padronizar os procedimentos. As normas que se aplicam 50 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ao desenho técnico em vigor no Brasil são NBR 8402, NBR 8403, NBR 10067, NBR 10126, NBR 12296. Outras normas podem ser utilizadas para desenhos específicos: arquitetura, elétrica, hidráulica e construções. São utilizados alguns instrumentos como: · Esquadros são usados em pares: um de 45° e outro de 30°/ 60°. A combinação de ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares). · Compasso é usado para traçar circunferências e para transportar medidas. · Escalímetro Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. O formato usado é o baseado na norma NBR 10068, que por padrão são os seguintes tamanhos: Esses são os principais elementos onde cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o desenho será visto com clareza. 3.CONCLUSÃO Conclui-se, portanto que uma boa expressão gráfica para se obter um projeto, parte-se inicialmente um mero desenho, onde é elaborado por engenheiros tornando-se um grande projeto para ser construído. Com o desenho técnico aplicado a agronomia/construções rurais o engenheiro deverá saber expressar e interpretar graficamente os seus projetos. Todos os projetos devem seguir suas respectivas normas. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 51 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 4.REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos. Rio de Janeiro, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Contagem de desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12296: Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1995. 52 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DESENHO TÉCNICO DENTRO DA TOPOGRAFIA Luis Carlos de SOUZA¹ Vitor Camilo FASSINA¹ Mateus de Campos FRANCO¹ Matheus Vernier GREGIO¹ Alexandre da Silva FELIPE² RESUMO O órgão responsável pela normalização técnica do país é a associação brasileira de normas técnicas (ABNT), fundada em 1940 para fornecer a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. A normalização é um processo para se estabelecer e aplicar regras com fins de abordar ordenadamente uma atividade especifica e com a participação de todos os interessados. Exemplos de normas da ABNT que envolvem o desenho técnico dentro da topografia são: NBR 8196 e NBR 10647. Palavras-chave: ABNT, desenho técnico, normas, regras e topografia. ABSTRACT The body responsible for technical standardization in the country is the Brazilian Association of Technical Standards (ABNT), founded in 1940 to provide the necessary basis for Brazil’s technological Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 53 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA development. Normalization is a process to establish and enforce rules with the purpose of addressing neatly one specific activity and with the participation of all stakeholders. Examples of relevant standards involving technical drawing within the topography are: NBR 8196 and NBR 10647. Keywords: ABNT, technical drawing, standards, rules and topography. 1. INTRODUÇÃO A topografia tem como principal objetivo efetuar o levantamento (efetuando medições de ângulos, distancias e desníveis) permitindo representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Tais operações efetuadas em campo tem o objetivo de coletar dados para posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico. Na topografia trabalhamos com medidas (lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da terra e com essas medidas são calculados áreas coordenadas, volume etc. Essas grandezas podem ser representadas de forma gráfica através de mapas ou plantas; mas para isso é necessário um solido conhecimento sobre instrumentação, técnicas de medição, estimativa de precisão e métodos de cálculos (KAHMEN; FAIG, 1988). Trabalhos de engenharia tem como base a topografia, onde o conhecimento das dimensões e formas do terreno que são importantes. Exemplos de tais aplicações: Locação de obras; Projetos e execuções de estradas; Trabalhos de terraplanagem; Planejamento urbano Grandes obras da engenharia tais como portos, tuneis, viadutos, pontes, etc.; Monitoramento de estruturas; Reflorestamento; Irrigação e drenagem; Etc. 54 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Em muitos trabalhos a topografia está presente na etapa de planejamento e projeto e fornecendo informações sobre o terreno. Na execução e no acompanhamento da obra, realizando locações e fazendo verificações métricas, e no monitoramento da obra após a sua execução, determinando, por exemplo, deslocamentos de estruturas. Dentro da topografia existem varias técnicas a serem aplicadas, como: Sistemas de coordenadas; Superfícies de referencias; Classificação dos erros de observação; 2. DESENVOLVIMENTO A topografia tem fundamental importância em muitos trabalhos ou projetos relacionados à área de agronomia, uma vez que fornecem dados e informações da área a serem trabalhada, facilitando o planejamento e a execução das ações a serem implantadas (locações de obras, demarcações de terras, loteamentos etc.)( FERREIRA, FALEIRO & SOUZA, 2008). Ao se projetar qualquer obra de Agronomia, é necessário o levantamento topográfico do lugar onde a obra será implantada. Daí a importância da Topografia, que se incumbe do levantamento ou medição, que deverá ser precisa e adaptada ao terreno. Apenas a Topografia pode medir ou calcular distâncias horizontais e verticais, calcular ângulos horizontais e verticais com alta ou altíssima precisão, como medir distâncias horizontais com erro provável de 1 para 100.000, calcular altitudes com precisão de um décimo de milímetro(FERREIRA et al., 2008). Aplicações: Mapeamento de pequenas áreas: a Topografia é o meio pelo qual se obtém as coordenadas planimétricas ou horizontais (X, Y) e as coordenadas altimétricas (Z) (FERREIRA et al., 2008). Estradas (rodovias e ferrovias): a Topografia participa do reconhecimento, ajuda no anteprojeto, executa a linha de ensaio ou linha básica, faz e loca o projeto do traçado geométrico, projeta a terraplanagem; resolve o transporte de terra, controla a execução Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 55 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA e pavimentação (infraestrutura, no Desenho Técnico 43 caso das ferrovias), colabora na sinalização, corrige falhas como curvas mal traçadas, etc(FERREIRA et al., 2008). Barragens: a Topografia faz os levantamentos planialtimétricos, loca o projeto, determina o contorno da área inundada, controla a execução da obra monitorando problemas de níveis e alinhamentos(FERREIRA et al., 2008). A aplicação da interpretação do desenho técnico para os profissionais da agronomia não se restringe apenas ao projeto de instalações rurais, edificações de armazenamento de grãos (desenho arquitetônico) ou interpretação do relevo (desenho topográfico). Atualmente as propriedades rurais utiliza-se de sofisticados recursos de gestão de uso do solo, entre eles a interpretação de fotos de satélites para definição de área de plantio(FERREIRA et al., 2008). Com o melhoramento da informatização do desenho técnico topográfico, o instrumental ficou reduzido a um microcomputador e uma impressora. Mas ainda existem profissionais que usam a técnica do desenho técnico tradicional, e mesmo em um escritório totalmente informatizado, tem a necessidade dos instrumentos básicos (Nascimento). Os instrumentos mais usados para o desenho técnico convencional são pranchetas, régua paralela, par de esquadros, escalimetros e transferidores (Nascimento). 2.1. Revisão de literatura Sistemas de coordenadas Um dos principais objetivos da topografia é a determinação de coordenadas relativas de pontos. São utilizados dois tipos de sistemas para definição da posição tridimensional de pontos: Sistemas de coordenadas cartesianas; Sistemas de coordenadas esféricas(Veiga, Zanetti & Faggion, 2007). Superfícies de referencias Divido as irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelos para sua representação, mais simples, regulares e 56 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF geométricas e quem mais se aproximam da forma real ou quanto mais complexa a figura empregada para a representação da terra, mais complexos serão os cálculos sobre essas superfícies (Veiga et al., 2007). Modelo esférico: Em diversas aplicações a terra pode ser considerada uma esfera como no caso a astronomia. Tratando-se de astronomia essas coordenadas são denominadas em latitude e longitude astronômica (Veiga et al.,2007). Modelo Elipsoidal: O elipsóide de revolução ou biaxial é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi-elipse (geratriz) em torno de um de seus eixos (eixo de revolução); se este eixo for o menor tem-se um elipsóide achatado (Veiga et al.,2007). Modelo Geoidal: O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. Não é uma superfície regular e é de difícil tratamento matemático (Veiga et al.,2007). Modelo Plano: Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada pela Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos topográficos. A NRB 13133 (Execução de Levantamento Topográfico) admite um plano com até aproximadamente 80 km (Veiga et al.,2007). Classificação dos erros de observação Para representar a superfície da Terra são efetuadas medidas de grandezas como direções, distâncias e desníveis. Estas observações inevitavelmente estarão afetadas por erros. As fontes de erro poderão ser: Condições ambientais: causados pelas variações das condições ambientais, como vento, temperatura, etc. Exemplo: variação do comprimento de uma trena com a variação da temperatura (Veiga et al.,2007). Instrumentais: causados por problemas como a imperfeição na construção de equipamento ou ajuste do mesmo. A maior parte dos erros instrumentais pode ser reduzida adotando técnicas de verificação/retificação, calibração e classificação, além de técnicas particulares de observação (Veiga et al.,2007). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 57 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Pessoais: causados por falhas humanas, como falta de atenção ao executar uma medição, cansaço, etc. Os erros, causados por estes três elementos apresentados anteriormente, poderão ser classificados em (Veiga et al.,2007).: Erros grosseiros Erros aleatórios Erros sistemáticos Unidades de medida: Metro e medida angular (Sexagesimal, Centesimal e Radianos)(Souza, Filho, Victer, Marques & Moreira, 1989) Listagem dos principais equipamentos topográficos e suas finalidades (Souza et al.,1989) : Nível óptico - trabalhos altimétricos. Teodolito - destinados à medição de ângulos, horizontais ou verticais, objetivando a determinação dos ângulos internos ou externos de uma poligonal, bem como a posição de determinados detalhes necessários ao levantamento Planimetro - determinação da área de uma poligonal. Cabo de agrimensor e trena - medição direta de alinhamento. Bússola - determinação de direções. Piquete - materialização do ponto topográfico. Nivelador de alvo - demarcação de curvas de nível e declividade do terreno. Goniòmetro - obtenção de ângulos horizontais. Nível de pé-de-galmha - demarcação de curvas de nível, locação de canais e cordões de terraço. Mira falante - medição indireta de distância e trabalho de nivelamento. Estaca testemunha - identificação do piquete. Ficha - marcação e controle das trenadas. Cimómetro - trabalhos altimétricos. Trapèzio - práticas altimétrícas. Nível de mangueira - práticas altimétrícas. Para facilitar a coincidência do centro óptico do aparelho com o ponto topográfico, utiliza-se o fio de prumo ou prumo óptico. Em 58 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF terrenos planos, o estacionamento do aparelho é obtido, formandose um triângulo aproximadamente equilátero. As técnicas para nivelamento do aparelho diferem em função do número de parafusos calantes e posição dos níveis, ficando, assim, seu detalhamento condicionado ao tipo de aparelho utilizado. Para facilitar o estacionamento do aparelho, o prato deve ficar o mais horizontal possível. A altura do instrumento deve ficar condicionada à altura do operador (Souza et al.,1989). Principais escalas e suas aplicações: A seguir encontra-se uma tabela com as principais escalas utilizadas por engenheiros e as suas respectivas aplicações (Souza et al.,1989). MEDIDA DIRETA DE DISTÂNCIAS A medida de distâncias de forma direta ocorre quando a mesma é determinada a partir da comparação com uma grandeza padrão, previamente estabelecida, através de trenas ou diastímetros (Souza et al.,1989). Trena de fibra de vidro: A trena de fibra de vidro é feita de material resistente, estes equipamentos podem ser encontrados com ou sem envólucro, os quais podem ter o formato de uma cruzeta, ou forma circular e sempre apresentam distensores (manoplas) nas suas extremidades (Souza et al.,1989). Piquetas: Os piquetes são necessários para marcar convenientemente os extremos do alinhamento a ser medido (Souza et al.,1989). Estacas testemunhas: São utilizadas para facilitar a localização dos piquetes, indicando a sua posição aproximada (Souza et al.,1989). Balizas: São utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos, quando há necessidade de se executar vários lances (Souza et al.,1989). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 59 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Nivel de cantoneira: A qualidade com que as distâncias são obtidas depende, principalmente de: cuidados tomados durante a operação, tais como: manutenção do alinhamento a medir; horizontalidade da trena; tensão uniforme nas extremidades (Souza et al.,1989). Algumas normas da ABNT são apresentadas a seguir: NBR 13133 – Execução de levantamento topográfico (Veiga et al., 2007). NBR 14166 – Rede de referência cadastral municipal – procedimento (Veiga et al., 2007). NBR 13133 – EXECUÇÃO DE LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS Esta norma fixa as condições exigíveis para a execução de levantamentos topográficos destinados a obter o conhecimento geral do terreno, relevo, limites, confrontantes, área, localização, amarração, posicionamento, informações sobre o terreno destinadas a estudos preliminares de projeto, informações sobre o terreno destinadas a anteprojeto ou projeto básico e informações sobre o terreno destinadas a projetos executivos. Também é objetivo desta norma estabelecer condições exigíveis para a execução de um levantamento topográfico que devem compatibilizar medidas angulares, medidas lineares, medidas de desníveis e as respectivas tolerâncias em função dos erros, relacionando métodos, processos e instrumentos para a obtenção de resultados compatíveis com a destinação do levantamento, assegurando que a propagação dos erros não exceda os limites de segurança inerentes a esta destinação (Veiga et al., 2007). NBR 14166 – REDE DE REFERÊNCIA CADASTRAL MUNICIPAL – PROCEDIMENTO O objetivo desta norma é fixar as condições exigíveis para a implantação em manutenção de uma Rede Cadastral Municipal. A destinação desta Rede Cadastral Municipal é apoiar e elaboração e a atualização de plantas cadastrais municipais, amarrar, de um modo geral, todos os serviços de Topografia, visando as incorporações às plantas cadastrais do município, referenciar todos os serviços topográficos de demarcação, de anteprojeto, de projetos, de implantação e acompanhamento de obras de engenharia em geral, de urbanização, de levantamentos de obras 60 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF como construídas e de cadastros imobiliários para registros públicos e multifinalitários (Veiga et al., 2007). 3. CONCLUSÃO Com estudo do desenho técnico que é a base para varias áreas de trabalho, como a topografia, temos que seguir diferentes normas criadas pela ABNT, desiguinadas para o uso e manejo correto dessa prática, como: Uso de matérias Escalas Unidades de medida Sistemas de Coordenadas Superfícies de referencias Observação e anotação dos erros 4. REFERENCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133: Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14166: Rede de referência cadastral municipal - procedimento. Rio de Janeiro, 1998. 23p. FERREIRA, C.Regis; et al. DESENHO TÉCNICO. Goiânia, 2008. Manual de Orientação DESENHO E TOPOGRAFIA, Brasília, 1989. NASCIMENTO, Cristiano. Desenho Técnico Topográfico (instrumental em normas). Florianópolis. SOUZA. Devaldo; et.al. MANUAL DE ORINTAÇÃO DESENHO E TOPOGRAFIA. Brasilia, 1989. VEIGA, L. A. K. Sistema para Mapeamento Automatizado em campo: conceitos, metodologia e implantação de um protótipo. São Paulo, 2000. 201p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 61 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA VEIGA, L. A. K.; CINTRA, J. P. Estações totais e a interface com o computador. In: Simpósio Latino Americano de Agrimensura e Cartografia. 2., 2000, Foz do Iguaçu. Resumos... Foz do Iguaçu, 2000. VEIGA, A.K. Luis; et.al. FUNDAMENTOS DE TOPOGRÁFIA. 2007. WILD TC2002. User manual. Heerbrugg, Suiza. 1994. 62 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DESENHO TÉCNICO GEOMÉTRICO MENDES, Flávio¹ PEREIRA, Vanessa¹ Valle, Flavia¹ FELIPE, Alexandre² RESUMO Este artigo teve como objetivo de mostrar a importância da disciplina do desenho técnico geométrico, quanto na profissão, quanto pessoal. O artigo teve a finalidade de demonstrar o surgimento do desenho técnico geométrico e descrever um pouco da sua importância e da historia no Brasil, que foram marcados pelos altos e baixos. Durante cada processo do desenho inúmeras ferramentas são utilizadas para concretização do desenho, normalmente essas ferramentas são como lápis, papel e materiais de modelagem, mas agora, o computador lhe oferece novas ferramentas e simulações bem mais avançadas, assim diminuindo o tempo de realizações das atividades desenvolvidas no desenho. Palavras chave: CAD, Desenho Geométrico no Brasil e a Importância do Desenho Geométrico. ¹Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. ²Docente do curso de Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 63 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT This article aims to show the importance of the discipline of geometric technical drawing, as in the profession and personal. The article aims to demonstrate the emergence of geometric drawing and describe some of its importance and history in Brazil, which were marked by ups and downs. During each process are numerous drawing tools used to achieve the design, typically these tools are like pencils, paper and modeling materials, but now, the computer offers new tools and simulations much more advanced, thus reducing the time of achievement of the activities developed in the drawing. Keywords:CAD, Geometric Design in Brazil and the importance of Geometric Design. 1.INTRODUÇÃO O objetivo desse artigo é estudar a importância do desenho técnico na geometria, no aspecto argumentativo a favor da necessidade do desenho técnico em todos os estágios, ao longo das necessidades exigidas para o desenho geométrico para futuro trabalho. O desenho técnico é uma estrutura didática que prevalece as atividades que desenvolvem a capacidade de transmitir um desenho segundo as normas da ABNT. O desenho tem por instrução a representação dos objetos mais perto possível, em formato real. Entendo assim o mesmo, o uso de ambos desenhos formais e não formais e de grande existência ajuda para formular um longo desenvolvimento dos sistemas do CAD e do desenho, esquematizando a importância do desenho na consultoria de um projeto, ajudando a manter metas e habilidades durante sua execução de trabalho. A geometria ira lhe conceder habilidades de promover atendimentos e de outras sabedorias, em outros estágios das atividades executadas, também ira-lhe capacitar e resolver raciocínio lógico, pensando em diversas organizações e criatividades. 64 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 O Desenho técnico geométrico no Brasil O Desenho Geométrico permaneceu no Brasil como uma componente curricular escolar durante 40 anos – de 1931 a 1971. Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, propor opções onde o Desenho não seria uma matéria obrigatória nos currículos, ela permaneceu até aparecer neste mesmo período uma emergente desvalorização da disciplina (ZUINT, 2000). As Construções Geométricas executadas com instrumentos como régua e compasso também não seriam mais obrigatórias em vestibulares de Arquitetura e Engenharia na década de 70 (ZUINT, 2000). 2.2 Desenho geométrico no desenho técnico e em projetos arquitetônicos Para a construção de um projeto, por meio do desenho técnico, torna-se necessário, a utilização de uma linguagem que seja comum a todos, com linhas e símbolos definidos, para que todas as pessoas envolvidas na execução da obra possam compreender o projeto elaborado, para isso a representação gráfica, que é trabalhada no ensino do Desenho Geométrico, exerce um papel de extrema importância. Essa padronização é feita no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), (MARINHO, J.; et al). Por meio do Desenho Técnico, a representação arquitetônica torna-se bem mais eficiente, pois apresenta dados precisos, com informações numéricas e textuais, que influenciam diretamente na execução da obra. (MARINHO, J.; et al). 2.3 Desenho Geométrico: Conceito e Importância Segundo (MARINHO, J.; et al) que o Desenho Geométrico é um conjunto de técnicas e processos para construções de formas geométricas. É muito fácil observar as formas geométricas em tudo ao nosso redor, presentes no cotidiano como, por exemplo, nas ruas, Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 65 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA nas casas, nas estampas das roupas, nos brinquedos, na natureza. Lima (1991, Apud OLIVEIRA, s/d) considera os desenhos das figuras geométricas parte importante para a compreensão, a fixação e a imaginação criativa. Ele acha fundamental que o estudante por si só desenhe a figura, procurando caminhos, imaginando construções, pesquisando interconexões, forçando o raciocínio, e exercitando a mente. A percepção visual é muito importante também para o desenvolvimento científico. GARDNER (1994), nos trás um exemplo deste “olhar” nesta comparação: A visão de John Dalton do átomo como um minúsculo sistema solar, são produtivas figuras que originam e ajudam a incorporar concepções científicas chave. O Desenho Geométrico desenvolve ainda a criatividade, que aliado ao conhecimento, são muito importantes para o desenvolvimento tecnológico, onde se tem por finalidade a criação de novos produtos e serviços. Mesmo que uma boa porcentagem da representação gráfica em engenharia seja na forma de esboço informal, é o desenho formal que é o foco de muito treinamento pesado em CAD para engenheiros. Por outro lado, muitos engenheiros não recebem treinamento formal em desenho de esboço. Ele é assumido como um dom natural. Três textos típicos usados no ensino básico de desenho mecânico foram examinados. Cada um deles apresentou apenas algumas poucas páginas de informação sobre o esboço, “sketching”. Adicionalmente, os sistemas de CAD não facilitam, nem possuem meios significativos de suporte ao desenho de esboço. GARDNER (1994) Para os efeitos deste artigo, o termo CAD é definido como o uso de computador gráfico interativo para ajudar a resolver os problemas de projeto mecânico. As atuais ferramentas de CAD ajudam no processo de projeto de quatro maneiras: como uma ferramenta avançada de desenho; como assistente na visualização de objetos e dados; como organizador e comunicador de dados; e como pré e pós-processador para as técnicas analíticas de avaliação por computador, tais como elementos finitos, determinação das propriedades de peso e massa, análise cinemática etc. Para todos esses usos o “desenho” precisa estar suficientemente refinado para que isso possa ser feito. Assim, para os sistemas correntes de CAD, o D significa desenho e não projeto. (SCHEER,S.; et al). 66 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.4 Suas principais vantagens são: 1. O Desenho permite concretizar os conhecimentos teóricos da geometria, confirmando graficamente as propriedades das figuras geométricas (OLIVEIRA, s/d). 2. Ao estudar as demais matérias, os alunos aprendem as linguagens verbal e simbólica. Ao estudar Desenho, aprende a linguagem gráfica, precisa e concisa, a mais antiga das linguagens. A criatividade técnico-científica, que é a capacidade de pesquisar e encontrar soluções consegue-se com uma teoria mínima, curta e inesquecível do Desenho. É como se estivéssemos desemaranhando um fio. Numa ponta do fio: o que se sabe. Na outra ponta: o que se quer (OLIVEIRA, s/d). 3. Nada melhor que o desenho geométrico para resolver capacidades importantes como: organização, autodisciplina, iniciativa, serenidade e capricho. d. Com exercícios de Desenho apropriados para estimular a conexão de neurônios cerebrais, desenvolve-se a visão espacial (OLIVEIRA, s/d). Buscando o aprofundamento do estudo da relação entre Desenho Geométrico e outras disciplinas que envolvem a representação de projetos foi realizada uma pesquisa exploratória aplicada em alunos do curso Técnico em Edificações. Este curso foi escolhido, pois tanto a disciplina Desenho Geométrico quanto desenho técnico e outras relacionadas à representação de projetos são lecionados. (MARINHO, J.; et al) Neste levantamento buscou-se perceber se os alunos consideravam essa disciplina importante, e se, sob a ótica dos estudantes, gera realmente algum enriquecimento ao aluno, contribuindo para seu crescimento pessoal e profissional (MARINHO, J.; et al) 2.5 A Relação do Desenho com a Solução com a Solução de Problemas. A análise inicial das fitas de vídeo feitas durante o processo de desenvolvimento de projetos levou à constatação de sete usos ou funções para o ato de desenhar: (SCHEER,S.; et al). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 67 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 1. Arquivar e documentar a forma geométrica do projeto; (SCHEER,S.; et al). 2. Comunicar ideias entre projetistas e entre projetistas e pessoal da manufatura; (SCHEER,S.; et al). 3. Agir como ferramenta de análise (SCHEER,S.; et al). 4. Simular o projeto (SCHEER,S.; et al). 5. Servir de elemento complementar de checagem da integridade do projeto (SCHEER,S.; et al). 6. Tornar aparentes para o projetista os detalhes a serem projetados os esboços ou outros desenhos estão sendo feitos (SCHEER,S.; et al). 7. Atuar como uma extensão da memória de curto termo do projetista. Projetistas, muitas vezes inconscientemente, fazem esboços para ajudá-los a relembrar ideias que eles, de outros modos, possivelmente esqueceriam. Foram constatado que essas observações são ambas transitórias (sobrepostas) e incompletas. Em particular, baseado nos dados e leituras na literatura da psicologia cognitiva, conclui-se que o último item é potencialmente mais rico do que ele aparenta (SCHEER,S.; et al). 2.6 Descobertas e criações de grandes geômetras: - A área sob o arco de uma parábola (Arquimedes); - A aproximação do valor numérico do numero PI (Arquimedes); - O volume de superfícies de revolução (Arquimedes); - Sistema de Coordenadas (Arquimedes); - A união da geometria com a álgebra, o que resultou na geometria analítica (Descartes); - O diâmetro que divide o círculo em duas partes iguais (Tales de Mileto); - Os ângulos opostos pelo vértice são iguais (Tales de Mileto); - Geometria euclidiana (Euclides). 2.7 Subáreas da Geometria: Geometria analítica: relaciona a álgebra e a análise matemática com a geometria (SCHEER,S.; et al). 68 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF · Geometria plana: também chamada de Geometria Euclidiana, estuda o plano e o espaço baseando-se nos postulados de Euclides; Geometria Espacial: realiza o estudo de figuras tridimensionais. Nessa área de estudo, é possível calcular o volume de um sólido geométrico (SCHEER,S.; et al). 2.8 Visualização da informação. O sistema CAD geométrico é utilizado no escritório estudado tanto para desenhos bidimensionais quanto tridimensionais. No entanto, esses desenhos têm pouca ou nenhuma correspondência automática, exigindo ao projetista maior tempo para alterações e atualizações do projeto. De fato, como observado na utilização de três viewports no AutoCAD 2002 por parte do projetista, os desenhos eram completamente independentes entre si, apesar de se referirem à mesma informação (corte, planta e perspectiva). (SCHEER,S.; et al). 2.9 Gerenciamento da informação do projeto. No sistema CAD geométrico, o projetista representa as informações através de desenhos técnicos com pouca ou nenhuma conexão entre si. Desta maneira, para uma leitura da totalidade da informação do projeto, é necessário um gerenciamento manual desses diversos desenhos, que podem estar em arquivos separados ou em locais diferentes da mesma prancha de desenho. Isso requer constantes transposições das informações de um local para outro, o que demanda tempo, pode comprometer a qualidade da informação e dificultar o controle de atualizações e versões. (SCHEER,S.; et al). 3.CONCLUSÃO Na atualidade o projeto sofre com inúmeras falta de integração, nas fases iniciais por até mesmo modernas praticas do CAD, que vem sendo o material mais utilizado didaticamente. Devem-se propor mudanças na realidade de ensino, implantando projetos que desenvolvam melhorias e propostas atrativas tanto na formação, Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 69 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA assim incentivando os alunos a estudarem a disciplina, já que sua prática significa um grande ganho em outras áreas do conhecimento, permitindo assim, novas descobertas. O objetivo principal desse trabalho foi mostrar a necessidade da disciplina de Desenho Geométrico nos currículos escolares, e especificamente no currículo de curso superior, em edificações, para que auxilie na formação de pessoas que tenham criatividade e percepção visual, características próprias do desenho e necessárias no mundo atual. A persistência no uso do sistema CAD geométrica também pode ser resultado da falta de informação não a respeito da potencialidade dos sistemas CAD-BIM, mas sim de que a sua implantação, em geral, demanda modificações no próprio processo de projeto. Por exemplo, são comuns os relatos a respeito da dificuldade no preenchimento dos parâmetros dos elementos tridimensionais, por conta do hábito dos projetistas de postergar decisões projetuais, e não por conta da interface do programa. 4.REFRENCIAS BIBLIOGRAFICAS MARINHO,J.; et al. A importância do Desenho Geométrico no ensino básico e nível médio.2010. Disponível em: http://www.ifto.edu.br/ jornadacientifica/wp-content/uploads/2010/12/06-AIMPORT%C3%82NCIA-DO.pdf OLIVEIRA, C, L. Importância do Desenho Geométrico.2005. Disponível em:https://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12005/ClezioLemes deOliveira.pdf ROHELEDE,E.; SPECK,H,J.; GÓMEZ,L,A. A importância no processo de projeto.2000. Disponível em: http://www.abenge.org.br/ CobengeAnteriores/2000/artigos/026.PDF SCHEER,S.; et al. Impactos do uso do sistema CAD geométrico e do uso do sistema CAD-BIM no processo de projetos em escritório de arquitetura. Disponível em: http://s3.amazonaws.com/ academia.edu.documents/3242682/Artigo-30.pdf?AWSAccess KeyId=AKIAJ56TQJRTWSMTNPEA&Expires=1473629085&Signature =U%2FUpDBnnkYCfO2QYQns88JwXpD8%3D&response-contentdisposition=inline%3B%20filename%3DImpactos_Do_Uso_Do_Sistema _CAD_Geometric.pdf 70 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DETERMINAÇÃO DA UMIDADE RELATIVA UTILIZANDO O PSICRÔMETRO (REVISÃO DE LITERATURA) TOSCANO, Guilherme A.1 LEONÇO, Lucas R.1 LUCAS, Thales A.1 BARBOSA, Rogério Zanarde2 RESUMO O presente trabalho trata-se em determinar a umidade relativa do ar utilizando o psicrômetro, assim mostrando passo a passo de como funciona o mesmo, como os cálculos são utilizados junto com a tabela padronizada para determinar a umidade relativa, foi revisado também a umidade relativa em ponto de orvalho, pressão de vapor, pressão parcial de vapor, pressão de saturação. Palavras chave: : bulbo-umido, bulbo-seco, pressão, ar. ABSTRACT The present work this consists in determining the relative humidity using psicrómetro, so displaying step by step how to run the same as 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. Email: [email protected] 2 Docente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. Email: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 71 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA calculations are used along with the standard table to determine the relative humidity was revised also relative humidity in dew point, vapor pressure, partial pressure of vapor pressure saturation. Keywords: bulb–humid, bulb-dry, pressure, air. 1.INTRODUÇÃO No final do século dezenove que a maior parte dos pesquisadores começaram a usar o psicrômetro, a invenção desse aparelho veio a partir do termômetro que já tinha surgido no ano de 1592 inventado pelo físico Galileu Galilei (MARIN ET AL,. 2001). O ar atmosférico é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases, podendo ser eles argônio, dióxido de carbono e vapor d’água. O ar seco pode ser considerado o nitrogênio, o dióxido de carbono e os outros gases e em relação ao ar úmido é considerado o vapor d’água (ALMEIDA, 2005). A organização mundial da saúde tem uma classificação, sendo que entre 40 a 30% já é considerado em situação de observação, entre 29 a 20% é considerado em situação de atenção, entre 19 a 12% a situação já é de alerta e abaixo de 12% a situação é de emergência. Essa divisão ajuda ao órgão de prevenção a ter um controle maior (DOPHEIDE ET AL,. 2013). A umidade relativa do ar é a razão entre a pressão parcial de vapor (Pv) exercida pela moléculas de água presentes no ar e a pressão de saturação (Pvs), nessa mesma temperatura, ou seja, UR%= (Pv/Pvs)*100 (LOPES et al,. 2008). A umidade é a quantidade de vapor de água que está presente na atmosfera em um determinado momento, por exemplo, se a umidade relativa do ar estiver se cinquenta por cento, temos a metade da quantidade de vapor de água que o ar consegue suportar, quando essa quantidade chega ao limite ocorre o ponto de saturação (ALMEIDA et al,. 2014). A psicrometria é baseada em três leis, sendo elas a Lei dos Gases Perfeitos, na Lei de Dalton e no Primeiro Princípio do Termo Dinâmico (SENTELHAS e ANGELOCCI, 2009). O psicrômetro ele tem um par de termômetros, sendo que a primeiro termômetro é a temperatura do ar (bulbo seco), e o segundo 72 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF termômetro vai mostrar o valor da temperatura do bulbo úmido (bulbo molhado), como mostra a figura 1. A temperatura do segundo termômetro vai ser sempre menor que a temperatura do ar, então quanto maior a diferença entre a temperatura do ar em relação com a do bulbo úmido terá uma menor umidade relativa (SILVA et al,. 2007). Figura 1: Psicrômetro Fonte: www.euro-didacta.com Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 73 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA A temperatura em relação ao bulbo seco é indicada com o auxílio de um termômetro comum, sendo um termômetro de mercúrio ou digital, já a temperatura do bulbo molhado é necessário ter um psicrômetro, assim ele já contém a temperatura do bulbo seco e para se obter a temperatura do bulbo molhado é só umedecer o bulbo do psicrômetro e depois daí terá a temperatura do bulbo molhado (INDRIUNAS, 2010). 2. DESENVOLVIMENTO A umidade relativa do ar é importante que façamos esse tipo de medicação para mostrar, por exemplo, o benefício de uma densa vegetação sobre a temperatura, pois a temperatura do termômetro seco provavelmente estará mais baixa do que em uma área que não existe vegetação, e temperatura do termômetro de bulbo úmido será mais baixa, o que podemos observar que a umidade relativa do ar estará mais eleva onde estiver uma densa vegetação (LIMA et al,. 2009). A Tabela 1 mostra como estimar a umidade relativa do ar apenas comparando as duas temperaturas: Na primeira coluna esta as temperaturas de bulbo seco, e na primeira linha esta as temperaturas do bulbo úmido (depressão do bulbo úmido), assim podemos observar que se obtendo as duas temperaturas por forma de acompanhar as linhas onde as duas temperaturas se juntam, temos a umidade relativa do ar (SCHNEIDER, 2000). A umidade relativa do ar é um fator abiótico muito importante do sistema respiratório. Para saber realmente o valor da umidade relativa do ar é necessário saber a temperatura do bulbo seco junto com a do bulbo úmido, assim será retirada a diferença entre o bulbo seco com a do bulbo úmido, com esse resultado e a temperatura de bulbo seco e com a ajuda da tabela teremos o resultado da umidade relativa do ar (CUNHA, 2012). A temperatura do ponto de orvalho é a temperatura em que o ar úmido se torna saturado (momento em que o vapor d’água começa a condensar devido a um processo de resfriamento), esse momento ocorre nas madrugadas em torno das quatro e cinco da manhã (OLIVEIRA, 2010). 74 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Tabela 1: Fonte: www.ebah.com.br Pressão de vapor é o valor da pressão exercida pelo vapor d’água presente na atmosfera, sendo que este valor é função da temperatura do ar atmosférico. Quando o ar está confinado em um ambiente, esse ar exerce uma determinada pressão, como a água que contem no ar está na forma de vapor, essa água na forma de vapor exerce Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 75 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA também tentando ocupar todo o volume, exercendo toda a pressão nessa parede, assim sendo chamada de pressão de vapor. Essa pressão tem um valor máximo e um valor mínimo estimado para cada temperatura (AMOEDO et al,. 2013). Pressão de saturação (Pvs) é o valor máximo de vapor d’água na atmosfera para uma temperatura. É quando o ar não consegue mais absorver água na forma de vapor é chamado de pressão de saturação (ALMEIDA, 2005). Pressão parcial de vapor (Pv) é o valor de pressão de vapor d’água quando o ar atmosférico não esta saturado. Se caso o ar estiver saturado normalmente a pressão de vapor é uma pressão parcial de vapor (SILVA et al,. 2007). 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Para se obter a umidade relativa do ar com a utilização do psicrômetro é uma das formas mais simples, pois com os cálculos utilizados e a tabela disponibilizada acaba se tornando uma maneira simples, pois acaba sendo uma diferença do termômetro de bulbo seco com a do bulbo molhado. 4. REFERÊNCIAS ALMEIDA, I.; SALVADOR, F.; RAGI, G.; MARTINS V. Engenhocas: Psicrômetro. Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (UNESP). p.12. 2014. ALMEIDA, M. J. P. M. Psicrômetro: Medida da umidade relativa do ar. F 809- Instrumentação para Ensino. Ano Internacional da Física. Ensino Superior de Agricultura Luiz de Queiroz- USP (ESALQ). Piracicaba/SP. p.18. 2005. AMOEDO, A. Z.; SANTOS, J.; LOPÊS, J. J. Psicrômetro para medição de umidade relativa. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia Mecânica, Energia e Fenômenos de Transportes. Porto Alegre/RS. p.16. 2013. CUNHA, A. R. Programação, conexão e avaliação de psicrômetro aspirado de termopar de baixo custo em micrologger para estudos 76 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF agrometeorológicos. Universidade Estadual Paulista UNESP, Faculdade de Ciencias Agronomicas, Departamento de solos e recursos ambientais. Revista Brasileira de Meteorologia. Botucatu/SP v.28. n.2. p.221-232. 2012. DOPHEIDE, K. W. M.; NETO, L. R.; RAMANZINI, R. Psicrômetro de Bulbo úmido com aquisição de dados. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Porto Alegre/RS. p.27. 2013. INDRIUNAS, A. Como funciona a umidade do ar. Laboratório de FísicaUSP. p.4. 2010. LIMA, T. C. C.; GEREMIAS, L. D.; PARRA, J. R. P. Efeito da temperatura e umidade relativa do ar no desenvolvimento de Liriomyza sativae Blanchurd (Diptera: Agromyzidae) em Vigna unguiculata. Ensino Superior de Agricultura Luiz de Queiroz- USP (ESALQ). Piracicaba/ SP. p.7. 2009. LOPES, R. P.; SILVA, J. S.; REZENDE, R. C. Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas. In: Princípios básicos de psicrômetria. Editora: Aprenda Fácil. Viçosa/MG. p.39-62. 2008. MARIN, F. R.; ANGELOCCI, L. R.; FILHO, M. A. C.; NOVA, N. A. Construção e Avaliação de Psicrômetro Aspirado de Termopar. Revista Cientifica Agrícola. Piracicaba/SP. v.58. n.4. p.839-844. 2001. OLIVEIRA, A. S. Fundamentos de Meteorologia e Climatologia. In: Umidade atmosférica. Núcleo de Engenharia de água e solo. Universidade do Recôncavo da Bahia. Cruz das Almas/BA. p.8. 2010. SCHNEIDER, P. S. Termometria e Psicrometria: Medições Térmicaseng3108. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Porto Alegre/RS. p.36. 2000. SENTELHAS, P. C.; ANGELOCCI, L. R. Meteorologia Agrícola: Umidade do ar- Chuva- Vento. Ensino Superior de Agricultura Luiz de QueirozUSP (ESALQ). Piracicaba/SP. p.52. 2009. SILVA, T. G. F.; ZONIER, S.; MOURA, M. S. B.; SEDIYAMA, G. C.; SOUZA, L. S. B. Umidade relativa do ar: Estimativa e espacialização para o estado de Pernambuco. XV Congresso Brasileiro de Agrometeorologia. Aracajú/SE. 2007. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 77 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 78 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDA NO SOLO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SANTOS, Janaína Aparecida Sales dos1 WIRGUES, Larissa Marques1 BRAVARESCO, Lilian Lopes1 MANCUSO, Mauricio Antonio Cuzato2 RESUMO O uso intenso de herbicidas vem sendo solução eficaz e rápida no combate a plantas daninhas. Entre esses herbicidas, encontram-se os com elevado poder residual, que se não observados diversos fatores inerentes à sua composição e às características físico-químicas do solo, podem afetar severamente as culturas subsequentes, havendo redução drástica da produtividade das culturas agrícolas. Além disso, se utilizados de forma inadequada, podem estimular a ocorrência de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas. Desse modo, é extremamente importante seguir certos critérios de boas práticas agrícolas, sempre sob orientação de algum engenheiro agrônomo qualificado. Palavras-chave: controle químico; meia-vida; plantas daninhas. 1 Discentes do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. Email autor principal: [email protected] 2 Professor Doutor, docente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 79 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The intense use of herbicides has provided an effective and quick control against weed. Among several types of herbicides, there are some with high residual effect, and if it is not observed some herbicide composition and soil related-characteristics, subsequent crops might be affected, with drastic yield decreasing. Also, herbicide misapplication might influence weed resistance to the molecules. Thus, it is extremely important to follow certain criteria of good agricultural practices, always under a qualified agronomist supervision. Key-words: chemical control; half-life; weed. 1.INTRODUÇÃO Assim como a infestação por plantas daninhas, o efeito residual prolongado de herbicidas no solo é uma grande preocupação para os produtores. Em virtude da variabilidade genética das plantas daninhas e pela eficácia do método, o uso de herbicida com poder de controle residual após sua aplicação vem sendo cada vez mais constante, sendo que tal efeito também pode ser prejudicial em alguns tipos de solos ou para culturas subsequentes, especialmente se aplicado de forma inadequada. A importância de se usar herbicidas com efeito residual está no interesse em se ter uma área livre de infestantes até o fechamento do dossel das plantas da cultura, aumentando, assim o período anterior à interferência (PAI), onde plantas daninhas e cultivadas convivem harmonicamente, sem haver prejuízos na produtividade das mesmas. Além disso, o fato do controle por tempo mais prolongado, proporcionado por herbicidas com efeito residual, faz com que seja necessário menor número de aplicações para se obter a mesma eficiência de controle em relação aos herbicidas sem efeito residual, culminando, assim, em menor risco de contaminação ambiental. Entretanto, deve-se ficar atento a diversos fatores inerentes ao solo e ao herbicida, como, por exemplo, suas características físicoquímicas, solubilidade, volatilidade, distância de mananciais de água, deriva (vento), composição da fauna e flora do solo, meia-vida do 80 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF herbicida, hora e modo de aplicação, treinamento do aplicador, dose e regulagem de pulverizadores, entre outros, que podem tornar o efeito residual dos herbicidas prejudiciais caso não sejam observados com critérios. Diante do exposto, objetivou-se, mediante a presente revisão bibliográfica, abordar os principais aspectos sobre o efeito residual dos herbicidas no solo e suas consequências. 2.DESENVOLVIMENTO As plantas daninhas têm elevada capacidade competitiva por agua, luz e nutrientes com qualquer cultura cultivada, além de poder apresentar efeitos alelopáticos nocivos às mesmas, tornando-se de fundamental interesse a redução de infestação dessas plantas a níveis abaixo do dano econômico, onde a produtividade das culturas não seria afetada. Para tanto, tem se utilizado, especialmente em cultivos de larga escala, a aplicação de herbicidas com efeito residual visando, além do controle das plantas daninhas, a redução do banco de sementes. Entretanto, expressivo número de produtores ainda utilizam esses herbicidas sem levar em consideração as condições do local, como clima, solo, rotação de cultura, além da má utilização dos produtos químicos, entre outros fatores, acarretando em resíduos no solo que podem trazer danos significativos às culturas, reduzindo a produtividade (SILVA et al., 2007). Como exemplo de prejuízos causados por plantas daninhas, citase a redução em 42% no rendimento da cultura da soja. Desse modo, a utilização de herbicidas residuais em mistura com dessecantes tem aumentado, com o intuito de diminuição significativa na quantidade de aplicações e redução nos custos de aplicação, além de diminuir a exposição do aplicador e ter uma menor compactação dos solos (VALENTE, 2000). Grande parte dos herbicidas é aplicada diretamente no solo, em pré-plantio incorporado ou pré-emergência. Sendo assim, o controle das plantas daninhas e como o produto vai reagir com o solo, até o resultado final dessa aplicação, vai depender da interação e do comportamento da molécula no meio, pois durante o ciclo da cultura principal os herbicidas podem não ser degradados por completo, devido a estruturas químicas e condições edafoclimáticas, deixando Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 81 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA resíduos no solo que podem ser tóxicos ou não. Os solos brasileiros têm ampla variabilidade das características químicas, físicas e biológicas, contudo o estudo do comportamento de herbicidas em cada um desses solos ainda é praticamente inexistente (INOUE, 2011). Para se evitar perdas e redução de rendimento das culturas subsequentes, é necessário levar em consideração a degradação dos herbicidas no solo e isto depende de alguns fatores: A) decomposição microbiana, com algas, fungos e actinomicetos; B) decomposição química, ocorrendo oxidação, hidrogenação e dissociação; C) adsorção dos herbicidas aos colóides do solo, que está associada às características do solo, da água e da composição físico-química do herbicida; D) lixiviação, ligada à solubilidade que o herbicida tem com a água; E) volatilização, que pode ocorrer tanto na aplicação, quanto quando estiverem nas folhas e implicará na fase em que o herbicida passa do estado líquido para o gasoso; F) fotodecomposição, quando a radiação solar faz com que ocorra a decomposição do herbicida, influenciado por diversos fatores; G) absorção pelas plantas, que pode ocorrer tanto pelas raízes como pelas folhas, bem como outros órgãos, porém em menores quantidades (KARAN, 2005). Os solos podem apresentar efeitos residuais decorrentes de pulverizações de culturas anteriores ou também com aplicações durante o ciclo, pois ainda existem produtores que não levam em consideração diversos fatores inerentes à atividade agrícola, como clima, cultivar e solo, acarretando em baixa produtividade. Assim sendo, é importante saber o efeito residual dos herbicidas no solo, de acordo com suas características químicas, físicas e biológicas. É necessário o conhecimento na hora da escolha dos produtos e sua dosagem, assim como levar em consideração o impacto ambiental que esses efeitos residuais possam vir a causar, para evitar perdas de produção, tendo métodos que podem ser usados para a recuperação de solos contaminados como a fitorremediação (MANCUSO, 2011). Como já relatado anteriormente, as plantas daninhas apresentam ampla variabilidade genética, além de possuírem elevada capacidade de adaptação e sobrevivência em condições adversas ambientais e nos agro ecossistemas, fazendo com que produtores tomem como medida de controle e principal ferramenta em seu combate o uso intensivo de herbicidas. Como consequência do uso dos herbicidas, muitas vezes de forma inadequada, pode ocorrer a seleção de biótipos 82 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF resistentes de plantas daninhas, ou seja, elas passam a não serem mais mortas ou prejudicadas com ação dos componentes químicos do produto, inviabilizando a utilização dos mesmos e ocasionando maiores custos com o controle, o que reduz o rendimento e a qualidade dos produtos agrícolas (MONSANTO, 2016). Em trabalho realizado por Nascimento e Yamashita (2009), foram observados sintomas visuais de toxicidade nas culturas da alface, pepino e tomate, semeadas em solos contaminados com resíduos de 2-4-D + Picloram, quatro dias após a semeadura. Os sintomas visuais observados nas plântulas foram retorcimento do caule, crescimento anormal e amarelecimento gradativo das folhas, quando comparadas à testemunha, que foi semeada em solos livres de resíduos de herbicidas. Os sintomas mais severos foram constatados na cultura da alface. Sendo assim, os autores concluiram que se o solo estiver contaminado com resíduos de herbicidas, os danos acarretados às culturas podem ser irreversíveis, afetando o desenvolvimento da planta e diminuindo seu rendimento econômico. Johnson e Talbert (1996), em estudos sobre o efeito residual do herbicida imazaquin, observaram que resíduos do mesmo no solo afetaram as culturas de melão, pepino, girassol e mostarda, até quando semeadas aos 112 dias após aplicação. Em países de clima temperado, recomenda-se que o período de tempo entre a aplicação do imazaquin e o plantio de culturas subsequentes varie de 11 meses, no caso das culturas do sorgo, tabaco, feijão e soja, e até 26 meses para a cultura da beterraba açucareira (BHALLA et al., 1991). Walsh et al. (1993) estudaram os efeitos residuais do imazaquin aplicado via solo na cultura da soja sobre algumas culturas subsequentes (trigo, milho, sorgo e algodão). Os autores observaram que a maior dose aplicada do herbicida afetou o desenvolvimento apenas da cultura do algodão, sem, no entanto, causar redução na produtividade. No Brasil, tem sido relatados, em varias regiões, problemas com resíduos de herbicidas aplicados via solo nas culturas antecessoras, acarretando em prejuízos paras as subsequentes, principalmente quando a cultura antecessora passou por algum período de estiagem ou veranico, o que causa menor decomposição e lixiviação das moléculas aplicadas no solo. Cada herbicida reage de forma diferente com cada tipo de solo. Dentre os fatores que podem interferir nessa reação, estão a persistência do herbicida no solo (relacionada com a meia-vida década Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 83 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA produto), temperatura e pH do solo, precipitação ou umidade do solo, presença de microrganismos decompositores das moléculas, entre outros. Assim, para determinação do período de controle de plantas daninhas é importante que se saiba o tempo que o herbicida permanecerá ativo no solo, determinando-se, portanto, o potencial residual desse herbicida quais problemas isso pode acarretar à utilização agrícola dessas áreas em plantios subsequentes (KARAN, 2005). 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso de herbicidas em culturas para o controle de plantas daninhas é essencial, mas o mesmo pode acarretar em prejuízos. O efeito residual deixado no solo após uma aplicação, mesmo que executada de forma adequada, pode afetar a próxima produtividade das culturas subsequentes. O controle químico, através do uso de herbicidas, é o meio mais rápido e eficaz de combate à infestação de plantas invasoras. Contudo, deve ser ministrado seguindo critérios definidos por pesquisas, respeitando-se as condições ambientais e as características inerentes aos produtos. Além disso, se associado a outros métodos de controle, o uso de herbicidas é vantajoso e seu impacto ambiental e como agente colaborador da resistência de plantas daninhas é reduzido drasticamente. Portanto, é de suma importância o estudo e conhecimento das plantas daninhas que afetam a área, bem como da herbicidologia. Além disso, o conhecimento das características físico-química dos solos é necessário quando se faz aplicação de herbicidas com elevado poder residual. Diante desse cenário, o papel do engenheiro agrônomo é de fundamental importância na orientação de funcionários e produtores, visando à boa prática agrícola no manejo de plantas daninhas com o emprego de técnicas adequadas. Com boa orientação, evitam-se gastos desnecessários, reduzindo o impacto ambiental da atividade agrícola e obtendo-se elevadas produtividades. 4.REFERÊNCIAS BHALLA, P. et al. Imazaquin herbicide. In: SHANER, D.L.; O’CONNOR, S.L. (ed.). The imidazolinone herbicides. Boca Raton: CRC Press, 1991. p.237-245. 84 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF INOUE, M.H.; SANTANA, C.T.C.; OLIVEIRA JR. R.S.; POSSAMAI, A.C.S.; SANTANA, D.C.; ARRUDA, R.A.D.; DALLACORT, R.; SZTOLTZ, C.L. Efeito residual de herbicidas aplicados em pré-emergência em diferentes solos. Planta Daninha, v. 29, n. 2, 2011. JOHNSON, D.H.; TALBERT, R.E. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF EFEITOS DO EXCESSO DE LASTRO E DA PATINAGEM NA COMPACTAÇÃO DO SOLO BERTOZZO, Daniel1 MENDES, Guilherme1 SANTOS, Jonas1 BARBOSA, Rogério Zanardi2 RESUMO Com a evolução na área da mecanização agrícola, consequentemente aumentou se o uso de maquinário dentro das plantações, isso é um dos principais fatores de compactação do solo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, a partir de um a revisão bibliográfica, os efeitos do excesso de lastro e de patinagem na compactação do solo. Após a realização do trabalho concluiu-se que o lastro e a patinagem influenciam significativamente na compactação do solo sendo, a patinagem influenciada pelo lastro do trator. No entanto, deve ser bem realizada a lastragem e o índice de patinagem dos tratores antes do uso no campo. Palavras chave: equilíbrio, manejo; tipo de solo. ABSTRACT With the evolution in the field of agricultural mechanization, consequently increased the machinery traffic in the plantations, it 1. Alunos acadêmicos do curso de Agronomia/ E-mail: [email protected]. 2. Professor do curso de Agronomia/ E-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 87 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA is one of the main soil compaction factors. This study aimed to evaluate, from a bibliographical review, the effects of excess ballast and skating in soil compaction. After completion of the study concluded that the ballast and skating significantly influence on soil compaction being, skating influenced by tractor ballast. However, it should be well performed and ballasting of the tractor slip rate before use in the field. Key words: balance; management; soil type. 1.INTRODUÇÃO Com o passar do tempo houve uma grande evolução em relação às tecnologias voltadas a área da agricultura, principalmente na área de maquinários agrícolas. Consequentemente o uso desses maquinários se tornou intenso e diário em praticamente todos os manejos dentro das lavouras. Porém, de acordo com estudos já é comprovado que o tráfego excessivo de máquinas é um dos grandes fatores que contribuem para a compactação dos solos das lavouras, principalmente em sistemas de plantio convencional (STRECK; et al,2004). Por outro lado, vários são os nos métodos de plantio que foram criados com o objetivo de conservar o solo, como plantio direto e cultivo mínimo. Mas até esses necessitam de cuidados isso porque, em todos os sistemas o tráfego de máquinas é indispensável (RALISCH, 2007). Desde muito tempo, a compactação do solo é um problema grande e que pode em casos extremos causar a inviabilidade de produção em uma determinada área, ou ao menos ser muito caro para reverter o processo (NOVAK; et al, 1992). A compactação do solo é um problema muito sério causado pelos maus manejos do solo e por tráfego excessivo de maquinário. Atua destruindo a estrutura física do solo impedindo ou interrompendo o desenvolvimento das raízes das plantas, assim diminuindo a produção da área. Normalmente ocorre primeiramente na camada mais superior do solo de 0- 10 cm (STRECK; et al,2004). As máquinas agrícolas são constituídas de várias partes e peças, sendo que cada uma exerce um papel importante para que a máquina realize seu trabalho perfeitamente. Dentre essas partes estão os lastros, que tem o papel de proporcionar a máquina (trator) melhor 88 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF estabilidade, e eficiência de tração (realização de atrito com o solo) (RINALDI, 2011). O processo de colocação de lastro em um trator é denominado lastragem, que consiste em aumentar o peso deste, podendo ser feita com a colocação de pesos líquidos (colocados nos pneus, normalmente água), pesos metálicos maciços (colocados na parte externa das rodas), ou ainda com pesos na estrutura do trator (na parte frontal, colocação de pneus duplos, dentre outros) normalmente peças com peso específico (KLAVER, 2013). Entretanto, o presente trabalho teve como objetivo a partir de uma revisão bibliográfica ver os efeitos do excesso de lastro e da patinagem na compactação do solo. 2.DESENVOLVIMENTO 2.1.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A lastragem é um fator que pode influenciar diretamente no índice de patinagem de um trator, por estar relacionada com o peso do trator. Onde, seus efeitos podem influenciar além da compactação do solo, no desempenho operacional, isso levando também em consideração o tipo de solo e de serviço exercido pelo trator/ implemento (LOPES; et al, 2003). O lastro e a patinagem estão interligados e são fatores que podem influenciar no desenvolvimento do serviço pelo trator. Sendo assim, a falta ou o desequilíbrio entre eles pode acarretar vários problemas tanto no desenvolvimento do serviço, como economicamente, por influenciar no gasto de combustível e no desgaste dos pneus (FILHO; et al, 2010). Isso se agrava se essas tiverem a quantidade de lastro irregular, pois o excesso de lastro também significa excesso de peso. Além disso, pois como o lastro e a patinagem estão ligados, o lastro irregular vai influenciar na porcentagem de patinagem desse trator. A patinagem de acordo com pesquisas pode influenciar até mais que o excesso de lastro na compactação do solo (LOPES; et al, 2005). O excesso de lastro do trator juntamente com o peso deste aumenta a pressão sobre o solo fazendo assim com que se diminuam Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 89 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA macro poros entre as partículas de solo, fazendo assim que esse fique mais adensado. Podendo se agravar de acordo com o tipo de solo e a quantidade de vezes que esse trator passa na mesma área (NOVAK; et al, 1992). Já a porcentagem de patinagem se da a partir da regulação do lastro, esta acaba pela forma de agir compactando mais ainda o solo, pois faz com que a força seja exercida durante um tempo maior sobre o mesmo local (KLAVER, 2013). Os solos argilosos possuem menor quantidade de macro poros e normalmente são mais úmidos, sendo assim mais sensível a compactação, ou seja, o inverso dos solos arenosos. O grau de compactação pode variar de acordo com as condições e o tipo de solo em questão, sendo que esta ocorre de acordo com a pressão exercida, diminuindo o volume do solo e aumentando sua resistência a penetrações e a densidade do solo, diminuindo principalmente os macroporos (por raízes principalmente) (STONE; GUIMARAES; MOREIRA, 2002). As consequências são dessa compactação são varias, podendo variar de acordo as condições do solo, cultura cultivada, implemento/trator. Acarretando uma diminuição significativa na produção da área pelo fato das plantas não conseguirem desenvolver plenamente seu sistema radicular, se agravando com o passar do tempo (BEUTLER; et al, 2006). Para que não ocorra compactação pelo excesso de lastro ou alto índice de patinagem, deve se ser feitos cálculos a partir de uma coleta de valores obtidos após um teste que deve ser feito com o trator sem e com o implemento, percorrendo uma distância de 50 metros lineares. Isso, para verificar a porcentagem de patinagem, se esta está acima ou abaixo do indicado levando em consideração o tipo de solo. Porem, atualmente os implementos já sai das fabricas com a lastragem certa e com instruções e avisos em relação a estes itens. No entanto, usa- se a fórmula a seguir: P(%) = 90 100 · P(%) – índice de porcentagem; · Tc – tempo com carga; · Ts – tempo sem carga; Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Após a realização dos cálculos será possível verificar se o índice de patinagem está dentro dos padrões adequados. Caso não esteja acima do recomendado deve- se diminuir o lastro do trator, já se estiver abaixo do recomendado deve- se aumentar a quantidade de lastro no trator. 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Contudo, concluiu se que a lastragem deve ser bem testada para que esta fique dentro dos padrões específicos de cada solo e máquina. Assim, o índice de patinagem provavelmente estará também dentro dos limites. Isso porque, a patinagem pode ser até mais compactadora que o excesso de lastro, sendo um causado pelo outro, podendo ocasionar sérios problemas na área relacionada à estrutura física do solo (diminuindo a produtividade e dificultando os manejos deste). 4.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEUTLER, A. M.; CENTURION, J. F.; CENTURION, M. A. P. C.; SILVA, A. P. Efeito da compactação na produtividade de cultivares de soja em Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 91 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA latossolo vermelho. Revista Brasileira de Ciências do Solo; Piracicaba- SP, v.30, p.787-794, 2006. SEIXAS, F.; SOUZA, C. D. Avaliação e efeito da compactação do solo, devido à freqüência de tráfego, na produção de madeira de eucalipto. Revista Árvore. Viçosa; vol.31, 2007. STRECK, C. A.; REINERT, D. J.; REICHERT, J. M.; KAISER, D. R. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF EFICÁCIA DO INSETICIDA ATABRON NO CONTROLE DE Chrysodeixis includens E Helicoverpa armigera (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) Ana Flávia Rufino TAMARA¹ Krishna Galvão SANTANA ¹ Marcelo Munhoz Venâncio de OLIVEIRA ¹ José Paulo Gonçalves Franco da SILVA² RESUMO As lagartas Crysodeixis includens e Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) estão entre as principais pragas da soja no Brasil. O objetivo do ensaio foi avaliar a eficiência do inseticida Atabron, Nomol, Rimon e Match, em diferentes dosagens, no controle das lagartas, em plantas de soja, sobre condições de campo. Os inseticidas foram pulverizados após constatação das pragas. Foram realizadas cinco avaliações, utilizando-se pano-de-batida. Embora os inseticidas tenham reduzido a quantidade de lagartas, a eficiência se mostrou baixa. Sugere-se ajustes nas dosagens e na tecnologia de aplicação, visando melhor a eficiência dos inseticidas. Palavras-chave: controle químico, Glycine max L., lagarta falsamedideira. ¹ Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF - Garça - SP - Brasil. [email protected] ² Professor do curso de Agronomia da FAEF - Garça - SP - Brasil Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 95 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT Caterpillars Crysodeixis includens and Helicoverpa armigera ( Lepidoptera: Noctuidae) are among the main soybean pests in Brazil. The objective of the test was to evoluate the efficiency of insecticide Atabron, Nomol, Rimon and Match at different dosages, in control of caterpillars in soybean plants on field conditions. Insecticides were sprayed after finding pest. Five evaluations were performed using rags-to-beat. Although insecticides have reduced the amount of caterpillars, the effiency proved to be low. It is suggested adjustments in the dosage and application technology, aiming at better efficiency of the insecticides. Keywords: chemical control, Glycine max L. , false - medideira caterpillar. 1. INTRODUÇÃO O Brasil se destaca como o segundo maior produtor mundial de soja, Glycine max L. (Merrill), sendo responsável por mais de 85 milhões de toneladas na safra de 2013/2014 (CONAB, 2015). Durante seu desenvolvimento, a cultura pode ser afetada por diversas pragas, com destaque para a lagarta-falsa-medideira Chrysodeixis includens (Walker 1857) (Lepidoptera: Noctuidae), capaz de causar danos à soja em todas as áreas cultivadas no território nacional (EMBRAPA, 2006). Mesmo com a possibilidade de ocorrência de forma simultânea com a lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) (Lepidoptera: Noctuidae), há relatos de ocorrência isolada, principalmente nos primeiros estágios de desenvolvimento das lavouras (PAPA e CELOTO, 2011). A lagarta C. includens era considerada praga de menor importância até algumas safras agrícolas atrás, pois seu controle populacional ocorria de forma natural, através de parasitóides e fungos entomopatogênicos. Entretanto, as sucessivas pulverizações de inseticidas vêm afetando o complexo de inimigos naturais da lagarta, favorecendo surtos populacionais desse inseto (MOSCARDI, 2008). Somado a isso, as pulverizações de fungicidas para controle da ferrugem asiática e outros fitopatógenos da soja, têm contribuído 96 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF significativamente para a redução de fungos entomopatogênicos importantes para o controle natural de populações de C. includens (SOSA-GÓMEZ, 2006). A lagarta de C. includens apresenta coloração verde-clara, com linhas brancas longitudinais sobre o dorso e três pares de pernas abdominais, fazendo com que seu deslocamento seja do tipo mede palmo (PAPA e CELOTO, 2011). Atinge cerca de 35 mm de comprimento e o seu ciclo pode durar cerca de 15 dias. Os adultos possuem as asas anteriores de coloração marrom brilhante com um pequeno desenho prateado. Em geral, as mariposas ovipositam mais de 600 ovos sobre a face abaxial das folhas durante períodos noturnos. As lagartas eclodem após três dias, medindo cerca de 5 mm de comprimento e passam por seis estádios de desenvolvimento antes de completarem a fese jovem (PINTO e SILVA, 2011). Os danos causados pelas formas imaturas do inseto se caracterizam pela presença de folhas com aspecto rendilhado, uma vez que as lagartas não consomem as nervuras das mesmas, e geralmente ocorrem antes da floração, comumente antecedendo a ocorrência da lagarta-da-soja (PAPA e CELOTO, 2011). O consumo de folhas dessa espécie é maior em comparação a A. gemmatalis, podendo chegar a 200 cm2 (GAZZONI, 2011). No Brasil, seu manejo vem sendo realizado principalmente através do controle químico (PAPA e CELOTO, 2011). Além dessa praga, houve recentemente, a incidência de Helicoverpa armigera (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) em lavouras do território nacional, o que vem causando enormes preocupações por parte dos produtores agrícolas (CZEPAK et al., 2013). A importância dessas espécies se dá pelos danos causados às plantas, incidência e dificuldade no manejo por métodos tradicionais, como a aplicação de inseticidas (MENDES e WAQUIL, 2009). Os danos severos causados por essas pragas na cultura da soja e sua baixa suscetibilidade a alguns ingredientes ativos, elevam a importância da escolha do inseticida a ser utilizado, bem como o emprego da dosagem correta, a fim de oferecer aos produtores uma estratégia eficaz e ao mesmo tempo duradoura de manejo. Adicionalmente, a busca por novas moléculas merece ser estimulada, a fim de ampliar as opções de controle da praga. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 97 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Material e Métodos O ensaio foi conduzido na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), pertencente à FCA/UNESP de Botucatu, entre os meses de novembro e fevereiro de 2016. Foi verificada a eficiência de diferentes dosagens do inseticida Atabron em comparação com os inseticidas presentes na (Tabela 1), no controle da lagarta-falsa-medideira, C. includens, e H. armigera em soja. Para tanto, uma área foi semeada com soja, cultivar ‘Conquista’ no espaçamento de 45 cm entre linhas. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com 11 tratamentos e 4 repetições, sendo as parcelas experimentais constituídas de 5 fileiras de soja com 6 m de comprimento (Figura 1). Durante o ensaio foram mantidos os tratos culturais normalmente recomendados para a cultura. 98 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Ao início da incidência das pragas, quando as plantas apresentavam cerca de 45 dias de idade, as parcelas foram pulverizadas com os diferentes tratamentos (volume de calda de 200 L/ha), utilizando-se um pulverizador manual experimental (Modelo Herbicat), propelido por CO2 comprimido, equipado com quatro pontas de jato leque e com pressão de trabalho de 35 psi (Figura 2). Foi avaliado o número de lagartas vivas aos 0 (prévia), 3, 7, 10, 14 e 21 dias após a aplicação (DAA) e para tanto, foram efetuadas duas amostragens por parcela (4 metros lineares), utilizando-se pano de batida. Durante o período de avaliações, também foi verificada a possível fitotoxidez dos produtos sobre as plantas. A eficácia dos produtos no controle das lagartas foi determinada através da fórmula proposta por Abbott (NAKANO et al., 1981), conforme descrição a seguir: Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 99 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Os dados obtidos foram analisados através do teste F e as médias comparadas pelo teste de LSMeans a 5% de probabilidade. Para as análises foi utilizado o software estatístico SAS 9.2 (SAS INSTITUTE, 2001). 2.2. Resultados e Discussão A avaliação prévia realizada quando as plantas apresentam cerca de 45 dias de idade demonstrou que havia infestação suficiente de C. includens na área, permitindo a realização do ensaio (Tabela 2). Entretanto, não houve infestação significativa de H. armigera, inviabilizando assim a contagem dessa segunda espécie durante a condução do ensaio. Aos três dias após a aplicação (3 DAA), todos os tratamentos, com exceção a Rimon na dose mais baixa (15 g i.a./ha), diferiram do controle em relação ao número de lagartas vivas por pano de batida. Entretanto, ao verificar a eficiência dos produtos, foi observado uma baixa eficiência dos tratamentos, sendo inferior a 50% (Tabela 3). Aos 7 DAA, todos os tratamentos diferiram do controle (Tabela 2), com destaque para Atabron (15 g i.a./ha) e Atabron+Orthene, que apresentaram os valores mais baixos em relação ao número de lagartas vivas (5 e 4,75 respectivamente). Porém, novamente os valores de eficiência dos inseticidas foram inadequados (abaixo de 53.66%). Aos 10 DAA, novamente todos os tratamentos diferiram do tratamento controle em relação ao número de lagartas vivas por pano de batida. Cabe destacar os produtos Atabron (25 g i.a./ha) e Nomolt (30 g i.a./ha), que apresentaram eficiência de controle acima de 70%. Os demais tratamentos apresentaram um acréscimo na eficiência de controle em relação as avaliações anteriores, com exceção a Atabron na dose mais baixa. Nas demais avaliações, 14 DAA e 21 DAA, não houve diferença entre os tratamentos e os valores de eficiência se mantiveram abaixo de 55%. Isso sugere que novas aplicações podem ser realizadas após 14 dias da primeira aplicação. Em relação a eficiência dos produtos, embora tenham atingido níveis mais satisfatórios apenas aos 10 da aplicação, deve-se levar em conta que se tratam de inseticidas fisiológicos, que atuam no 100 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF desenvolvimento dos insetos, e que por isso requeerem um certo intervalo de tempo para reagirem nos insetos. Diante disso, pode-se sugerir novas investigações a campo, utilizando-se dosagens mais elevadas de Atabron, assim como novas alternativas relacionadas à tecnologia de aplicação, como volume de calda, número de aplicações, bicos de aplicação, utilização de adjuvantes, entre outros. 3. CONCLUSÕES Nas condições em que o ensaio foi realizado, pode-se concluir que o inseticida Atabron e os demais testados, reduzem a infestação de C. includens a campo. Porém, apresentaram baixa eficiência de Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 101 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA controle (menor que 80%), justificando alterações nas dosagens, modificações relacionadas à tecnologia de aplicação dos inseticidas e/ou reaplicações que antecedem 21 dias. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFORD, A. R.; HAMMOND, J. 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É levada em conta a transição do K no solo, para desenvolvimento do cultivar. O manejo correto da adubação potássica pode minimizar perdas assim como evitar o esgotamento de K do solo. No Brasil, muitos trabalhos referentes à adubação potássica apontam para a ausência de resposta a este nutriente disponível mesmo que a maioria dessas pesquisas seja desenvolvida em solos com teores de K de médio a alto; outro aspecto que deve ser levado em consideração é a presença de plantas de cobertura no sistema que podem influenciar a resposta a este nutriente. Palavras-chave: absorção, calagem, disponibilidade de nutrientes, K trocável, K não-trocável. 2 Docente do curso de Agronomia Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral-FAEF, GarçaSP, Brasil. E-mail: Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 105 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT This research aims by means of scientific articles and books survey information on potassium efficiency, lime application also in fertilization. It is taken into account the transition of K in the soil for farming development. The correct handling of potassium fertilization can minimize losses as well as to prevent the depletion of soil K. In Brazil, many works on the potassium fertilization point to the lack of response to this nutrient available even though most of such research is developed in soils with K content of medium to high; another aspect that must be taken into account is the presence of cover plants in the system which may influence the response to this nutrient. Keywords: absorption, liming, nutrient availability, exchangeable K, K non-exchangeable. 1.INTRODUÇÃO A forma com que o potássio (K) se liga à matéria mineral sólida do solo, bem como a energia dessas ligações, dá origem a diversas formas de K no solo: estrutural, trocável, não-trocável e solúvel (VILLA; FERNANDES; FAQUIN, 2004; CABBAU et al., 2004). Nos solos, as formas não-trocáveis, trocáveis e solúveis estão em equilíbrio dinâmico, de modo que qualquer alteração nos teores de K na solução do solo provocada pela adubação, absorção pela planta ou perda por lixiviação, irá alterar os teores das demais formas desse elemento no solo, principalmente das formas trocável e não-trocável. O período de maior exigência do K ocorre no estádio de crescimento vegetativo da soja, apresentando a velocidade de absorção máxima do nutriente nos trinta dias que antecedem ao florescimento (Bataglia & Mascarenhas, 1977). Bataglia e Mascarenhas (1977) e Rosolem (1980) deixam clara a posição de importância ocupada pelo potássio na nutrição mineral da soja, destacando que é um dos macronutrientes mais absorvidos e exportados pela cultura. Para que os solos esgotados em potássio possam ser recuperados mediante aplicações de adubos potássicos, existem problemas 106 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF causados em parte pela lixiviação do nutriente (Raij, 1991). Por outro lado, a seleção de cultivares com maior eficiência em absorver o K do solo e/ou utilizar o nutriente absorvido, passa a ser alternativa útil e viável. Baseando-se em evidências disponíveis, pode-se afirmar que as variáveis consideradas nos processos fisiológicos que abrangem a eficiência nutricional, tais como a absorção de um dado elemento, sua translocação e uso pela planta, sugerem controle genético da nutrição. Vários autores têm relatado as particularidades do assunto: Vose (1963); Gerloff & Gabelman (1983); Epstein & Jefferies (1984); Marschner (1986) e Duncan & Baligar (1990). Os possíveis mecanismos de controle das necessidades nutricionais das plantas abrangem a aquisição dos nutrientes do ambiente, sua movimentação através das raízes e liberação no xilema, sua distribuição nas plantas e utilização no metabolismo e crescimento (Marschner, 1986; Mengel & Kirkby, 1987). Diante das adversidades do meio, os ajustes das plantas, sejam morfo- fisiológicos, que apresentem respostas diferenciais, quanto à capacidade de produzir matéria seca com os nutrientes disponíveis, mantendo a concentração tissular adequada (ou pelo menos, mínima) podem vir a contribuir com eventual ganho de produção. Assim, o presente trabalho teve por objetivo estudar o comportamento de quatro cultivares de soja, quanto à eficiência na utilização de K, quando cultivados em dois níveis de potássio na solução nutritiva. Verifica-se que há concordância de opiniões, colocando o requerimento de nutrientes como componente necessário à qualidade e quantidade de produção, seja esta expressa em ganho de matéria seca ou quantidade de bens produzidos, ao final do período produtivo da planta. 2.DESENVOLVIMENTO Com a ampliação do sistema plantio direto, aumentou-se a necessidade de se conhecer a mobilidade vertical de cada nutriente no solo principalmente aquelas que afetam diretamente a nutrição da planta, uma vez que, nesse sistema, os fertilizantes são aplicados Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 107 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA nos centímetros superficiais, sem incorporação posterior. A mobilidade dos nutrientes no perfil pode afetar a sua disponibilidade aos vegetais (Kepkler & Anghinoni, 1996) e as perdas por lixiviação entre outros fatores (Ceretta et al., 2002). Por isso, também pode influenciar na escolha das técnicas mais adequadas de fertilização do solo, como épocas e doses, pois o manejo inadequado da adubação potássica pode trazer problemas ambientais e, ou, econômicos. A disponibilidade de K, assim como a capacidade de suprimento deste nutriente pelo solo, depende da presença de minerais primários e secundários, da aplicação de fertilizantes e da CTC do solo, além da ciclagem do nutriente pelas plantas. Em outras palavras, a disponibilidade depende das formas de K presentes e da quantidade armazenada em cada uma dessas formas (McLean & Watson, 1985; Nachtingall & Vall, 1991), aspectos que contribuem na movimentação e dinâmica do K no perfil do solo. 2.1 Calagem Baseado em Goerdet (1975) Acredita-se que a relação entre Ca e Mg deve ser aplicada em 3:1, entretanto novas pesquisas mostram que a relação ideal não condiz necessariamente nesse numero, mas na transição do Mg no solo, uma adubação maior por tonelada será eficaz apenas nesse mecanismo. A calagem promove o aumento das concentrações de Ca e Mg do solo, relativamente à do K, podendo reduzir a absorção de K pelas raízes e provocar sua deficiência (Goedert et al., 1975). No entanto, a calagem favorece a manutenção do teor de K trocável do solo, pois aumenta a CTC efetiva e reduz as perdas por lixiviação. Em certos casos, pode aumentar a disponibilidade de K às plantas mais do que a de Ca e Mg, devido ao menor grau de atração do K pelas cargas negativas do solo (Barber & Humbert, 1963). O balanço ideal de cátions no complexo de troca deve estar ocupado por 65% de Ca2+, 10% de Mg2+, 5% de K+ e 20% de H+ , perfazendo uma saturação igual a 80% (Bear & Toth, 1948). No entanto, essa proporção é variável com a cultura, o tipo de solo e também com o nível de saturação por bases. A resposta da soja à fertilização potássica tem se mostrado dependente da relação (Ca+Mg)/K trocável nos solos, alcançando as produtividades mais 108 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF elevadas quando seus valores encontravam-se entre 22 e 31 (Mascarenhas et al., 1987; Mascarenhas et al., 1988; Mascarenhas et al., 2000) ou menores que 40 (Rosolem et al., 1992). Contudo, a correlação entre o (Ca+Mg)/K trocável no solo e a produção de matéria seca pelas plantas não tem apresentado resultados satisfatórios para solos e culturas distintos (Usherwood, 1982). 2.2 Lixiviação no solo O suprimento de K para as plantas se dá através da solução e dos sítios de troca dos colóides do solo, que estão em equilíbrio com o K fixado e o K estrutural dos minerais (Sparks & Huang, 1985). No entanto, Sparks (1987) relata que o K do solo também pode ser classificado em função da velocidade com que se disponibiliza às plantas, sendo considerado K solúvel (prontamente disponível), K rapidamente trocável, K vagarosamente trocável, e K estrutural (praticamente indisponível). O tipo de solo pode influenciar nessa velocidade de suprimento às plantas. Rosolem et al. (1996) argumentam que as divisões entre as formas de K do solo são arbitrárias, e deveriam corresponder às diferenças quanto à disponibilidade deste nutriente às plantas. Quando se fala em passagem do K da forma trocável para a não trocável pode ser rápida, dependendo da concentração do nutriente na solução do solo, fazendo com que seja possível a ocorrência de perdas por lixiviação das formas inicialmente não disponíveis, devido à tendência natural de equilíbrio do solo (Rosolem et al., 2006). 2.3 Plantio Direto Para recomendações de adubação potássica às culturas, principalmente no sistema de plantio direto, é importante definir a disponibilidade das diferentes formas de K no solo às plantas (Elkhatib & Hern, 1988) e suas influências na dinâmica do K no perfil do solo. Isso porque a aplicação insuficiente de adubo pode levar ao esgotamento das reservas do solo, e a aplicação excessiva pode intensificar as perdas, mesmo em solos com média e alta capacidade de troca catiônica (Ernani et al., 2007a). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 109 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Baseado nessa revisão bibliográfica conclui-se em relação ao ciclo do K, que os fatores idade, cultivar e estado nutricional em K afetam as relações de eficiência e o índice de utilização de potássio. A movimentação de K varia com o tipo de solo, além disso, o sistema de plantio acarreta uma maior movimentação e retenção de umidade e microrganismos. 4.REFERÊNCIAS BATAGLIA, O.C.; MASCARENHAS, H.A.A. Absorção de nutrientes pela soja. Campinas: Instituto Agronômico, 1977. 36p. (Boletim Técnico, 410). BATAGLIA, O. & MASCARENHAS, H. A. A. Absorção de nutrientes pela soja. Campinas, Instituto Agronômico, 1977. 36p. (Boletim técnico, 41). BEAR, F.E.; TOTH, S.J. Influence of calcium on availability of other soil cations. Soil Science, v.65, p.69-74, 1948. ELKHATIB, E.A. & HERN, J.L. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Brasileira de Ciência do Solo, 2003. CD-ROM. MASCARENHAS, H.A.A.; BULISANI, E.A.; MIRANDA, M.A.C. de; BRAGA, N. R. & PEREIRA, J. C. V. N. A. Deficiência de potássio em soja no Estado de São Paulo: melhor entendimento do problema e possíveis soluções. O Agronômico, Campinas, 40(1):34-43, 1988a. MEDEIROS, Jailma dos Santos de et al.Formas de potássio em solos representativos do Estado da Paraíba. Rev. Ciênc. Agron. [online]. 2014, vol.45, n.2, pp.417-426. ISSN 1806-6690. http://dx.doi.org/ 10.1590/S1806-66902014000200025. RAIJ, B. van. Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba, Ceres/ POTAFOS, 1991. 343p ROSOLEM, C.A.; MARUBAYASHI, O.M. & THIAGO, W.M. Significância de formas não-trocáveis de potássio na nutrição da soja. Científica, 24:263-273, 1996. ROSOLEM, C.A.; NAKAGAWA, J. & MACHADO, J.R. 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Para tanto foram coletadas 100 folhas ao acaso no Sítio São Bento localizado em Garça- SP, e escolhidas 15 com 5 níveis de severidade de 1 a 9 pontos. As escalas diagramáticas são fundamentais na avaliação de doenças determinando a necessidade ou não de controle da doença. 1 Acadêmico do curso de Agronomia na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal – FAEF Garça/SP ([email protected]) 2 Acadêmica do curso de Agronomia na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal – FAEF Garça/SP ([email protected] 3 Acadêmico do curso de Agronomia na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal – FAEF Garça/SP ([email protected]) 4 Professora de Fitopatologia, Proteção Florestal e Microbiologia Agrícola na FAEF Garça/SP Doutoranda em Proteção de Plantas - FCA/Unesp - Campus de Botucatu e Embrapa Meio Ambiente ([email protected]) Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 113 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Fitossanidade; Incidência; Severidade. ABSTRACT Quantification of plant diseases is an essential part for the correct interpretation of studies of control and epidemiology. The diagrammatic scales should be easy to apply and may represent the disease development stages, allowing for immediate evaluation. They consider prepared to aspects of the pathogen and the host. This study examined a number of diagrammatic scales of different diseases and developed diagrammatic scales for the assessment of coffee rust. Therefore, were collected 100 leafs at random in Site São Bento located in Garça/SP and chosen 15 leafs with 5 levels of severity from 1 to 9 points. The diagrammatic scale is critical in the assessment of disease determining whether or not to control the disease. KEYWORDS: Epidemiology; Phytosanity; Incidence; Severity. 1.INTRODUÇÃO A quantificação de doenças de plantas é parte fundamental para a correta interpretação de estudos de controle e epidemiologia. A fitopatometria é uma ferramenta que visa analisar e avaliar os sintomas e sinais (Cunha, 2001) podendo assim estudar a epidemiologia e o progresso da doença, avaliando a eficiência e resistência dos patógenos, facilitando assim a diagnose e determinação de manejo adequado em épocas de maior incidência, eficiência de defensivos e determinação de perdas (Moraes, 2015). As doenças podem ser quantificadas em métodos diretos; onde se avalia os sintomas, sinais, incidência, severidade, intensidade, distribuição do patógeno na planta e os efeitos causados. E métodos indiretos, onde se avalia a população do patógeno. Os diagramas consideram as lesões, tamanhos, estádios, distribuições e níveis de severidade da planta, representando-as graficamente o formato do órgão afetado, levando em consideração as características do patógeno e da doença, sendo possível realizar avaliações precisas. Tais dados permitem a construção de escalas 114 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF diagramáticas e curvas de progresso da doença (Alves; Nunes, 2012). Devendo se considerar as características da doença e do hospedeiro. 2.DESENVOLVIMENTO Uma escala diagramática é a representação gráfica de uma série de plantas, ou partes de plantas com sintomas em diferentes níveis de severidade da doença. Para elaboração da escala diagramática consideramse os limites inferiores e superiores, correspondendo à quantidade máxima e mínima da doença, considerando as limitações em que se distinguem claramente as informações de campo (Martins, et al., 2004). As doenças são quantificadas em métodos diretos e indiretos. A quantificação em métodos diretos é realizada pelos parâmetros de incidência; severidade e intensidade; onde incidência é o parâmetro simples e de maior facilidade em uma amostra e consiste na frequência ou porcentagem de plantas doentes; severidade são parâmetros em que se observam os sintomas e sinais visíveis em porcentagem da área lesionada, sendo o mais apropriado para quantificar doenças foliares; e intensidade são o nível e estádio da doença, compreendendo incidência e severidade. E métodos indiretos se avaliam a infestação e propagação do patógeno estimada em população. Este método vem ser utilizado quando os sintomas são diminuição de vigor e produção. As estratégias fundamentais para avaliação e definição de desenvolvimento são: · Chaves descritivas que para quantificar a severidade da doença utilizam escalas arbitrárias com número de graus; · Análise de imagem que consiste na transferência de imagens de câmara ou vídeo para microcomputador gerando uma visão para avaliação das áreas doentes e sadias; · Escalas diagramáticas que são a principal ferramenta de avaliação onde representam série de plantas com sintomas em diferentes níveis de severidade em ilustrações; · Sensoriamento remoto obtido por câmaras e sensores de satélites proporcionando resultados promissores. A escala diagramática para determinação do grau de severidade da ferrugem (Hemileia vastatrix) do cafeeiro foi desenvolvida a partir Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 115 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA da coleta manual ao acaso de folhas doentes de Coffea arábica L. cv Mundo Novo ao longo de toda a plantação, localizada no sítio São Bento, cidade de Garça-SP. Foram coletadas e avaliadas 100 folhas, e escolhidas 15 para representar a escala proposta, onde o índice de severidade varia de 1 a 9 pontos com 5 níveis de severidade. As folhas foram avaliadas por diferentes pessoas, e todas apresentaram resultado satisfatório e próximo à escala proposta. Após a separação, as folhas foram colocadas em uma cartolina branca e cobertas utilizando papel autoadesivo transparente. Foram feitas 3 linhas com 5 folhas em cada linha, sendo a primeira e a terceira linha demonstrando a parte abaxial, onde aparecem os sinais da doença, e a segunda linha apresentando a parte adaxial da folha, onde fica visível a necrose do tecido nos diferentes níveis de severidade (Fig. 1). Ferrugem do cafeeiro 1 - Sem doença (ou sem sinais visíveis) 3 - 1% a 15% de severidade 5 - 16% a 30% de severidade 7 - 31% a 45% de severidade 9 - (o nível mais alto) >46% de severidade 116 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Outras escalas diagramáticas estão representadas nas figuras abaixo (Fig. 2, 3, e 4). Mancha ocular em milho 0,9% de severidade 18% de severidade 2% de severidade 32% de severidade 4% de severidade 51% de severidade 9% de severidade Mancha do alvo da soja 1% de severidade 19% de severidade 2% de severidade 33% de severidade 5% de severidade 52% de severidade 9% de severidade Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 117 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3.CONCLUSÃO As escalas diagramáticas são métodos simples e eficazes para a diagnose visual da severidade das doenças, porém para serem propostas como método seguro e preciso, as escalas diagramáticas já devem ter sido testadas e validadas por diversos profissionais para correção de seus índices em caso de resultados insatisfatórios. 4.REFERÊNCIAS ALVES, S. A. M.; NUNES, C. C. Metodologia para elaboração de escalas diagramáticas para avaliação de doenças em plantas. Comunicado técnico, ISSN 1808-6802, Julho; 2012.Bento Gonçalves; R. S. Pag- 13. file:///C:/Users/Usuario/Documents/cot120.pdf (acesso em 29/ 04/2016). 118 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Cercosporiose do café CUNHA, R. L.; POZZA, E.A.; DIAS, W.P.; BARRETTI, P.B. Desenvolvimento e validação de uma escala diagramática para avaliar a severidade da ferrugem (Hemileia vastatrix) do cafeeiro. Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (2. : 2001 : Vitória, ES). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2001. 181p. : il. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 119 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA http://www.sbicafe.ufv.br/handle/123456789/1204 (acesso em 28/ 04/2016) GARÇON, C. L. P.; ZAMBOLIN, L.; MIZUBUTI, E. S. G.; VELE, F. X. R. & COSTA. H. Controle da Ferrugem do Cafeeiro com Base no Valor de Severidade. https://www.researchgate.net/profile/ F r a n c i s c o _ Va l e 2 / p u b l i c a t i o n / 2 6 2 4 5 9 9 2 8 _ C o f f e e _ l e a f _ rust_control_based_on_rust_severity_values/links/ 0a85e53b2f1f1266bd000000.pdf (acesso em 30/04/2016). MARTINS, M. C.; GUERZONIL, R. A.; CÂMARA, G. M. S.; MATTIAZZIL. A.; LOURENÇO, S.A.; AMORIM. L. Escala Diagramática para a Quantificação do Complexo de Doenças Foliares de Final de Ciclo em Soja. Fitopatol. bras. 29(2), mar - abr 2004. MORAES, S. A. Quantificação de doenças em plantas- 2015. SOARES, R. M.; GODOY, C. V & OLIVEIRA, M. C. N. Escala diagramática para avaliação da severidade da mancha alvo da soja. Embrapa Soja, 86001-970, Londrina, PR, Brasil. http://www.scielo.br/pdf/tpp/ v34n5/v34n5a07.pdf (acesso em 28/04/2016) IMAGENS http://www.academicjournals.org/journal/AJAR/article-full-textpdf/5C2522452821 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141370542011000600005 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010041582006000100008 120 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ESPÉCIES EXÓTICAS ARBÓREAS NA PRAÇA ISABEL ARRUDA EM BOTUCATU-SP Marcos Vieira FERRAZ1 Lucas Tombi SCARAMUZZA2 RESUMO A presença de espécies arbóreas exóticas em praças municipais merecem maior atenção. Muitas dessas espécies podem servir como disseminadoras de sementes a menor ou maior distância da planta que as originou, provocando, assim, uma invasão dessas espécies no município, e com isso, tornarem-se um problema local. Objetivou-se o levantamento das espécies exóticas na Praça Isabel Arruda, no município de Botucatu-SP. A maioria das árvores são de porte elevado, ao exemplo de Dillenia indica, Jacaranda mimosifolia, Michaelia champaca e Magnolia grandiflora. A Praça Isabel Arruda possui um total de 109 indivíduos arbóreos, distribuídos em 26 diferentes espécies, onde destaca-se a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), nativa, sendo representada por 24 indivíduos, seguida de jacarandá-mimoso (Jacarandá mimosifolia), exótica, com 06 indivíduos. Desse total de espécies, 85 são de origem nativa e 24 são de origem exótica. Palavras chave: praça, árvore exótica, árvore nativa. 1 Engenheiro agrônomo, Professor Substituto, Departamento de Horticultura, FCA/UNESP, Rua José Barbosa de Barros, 1780, Botucatu, SP, CEP 18610-307. [email protected] 2 Engenheiro Agrônomo, Coordenador do Curso de Agronomia da FAEF, Garça-SP Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 121 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The presence of exotic tree species in municipal squares deserve greater attention. Many of these species can work as seed disseminators from close or far from the plant that it were originated, thus causing an invasion of these species in the municipality and thereby become a local problem. The objective of this survey was to identify the exótic species at Isabel Arruda Square, in Botucatu-SP. Most of the trees are high-sized, like Dillenia indica, Jacaranda mimosifolia, Michaelia champaca and Magnolia grandiflora. The Isabel Arruda Square has a total of 109 trees, spread over 26 different species, where there is the sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), native, represented by 24 individuals, followed by Jacaranda mimoso (Jacarandá mimosifolia), exotic, with 06 individuals. Of these species, 85 are native origin and 24 are of exotic origin. Key words: square, exotic tree, native tree 1. INTRODUÇÃO No momento atual, algumas praças e jardins no município de Botucatu, SP, estão sendo reformadas. Alguns estudos estão sendo feitos pelo poder público local, no intuito de se conhecer e/ou acompanhar o desenvolvimento das espécies, principalmente arbóreas e exóticas, já existentes, que compõem estes espaços públicos e a arborização urbana municipal. Uma das preocupações diz respeito à origem destas espécies e têm como intuito verificar, através de levantamentos fitossociológicos, a sua origem. Essas árvores, através da disseminação de suas sementes, podem servir como fonte de propágulos das espécies arbóreas invasoras do ambiente urbano. Ziller et al. (2004) comentam que espécies exóticas invasoras são aquelas que ocorrem numa área fora de seu limite natural historicamente conhecido, como resultado de dispersão acidental ou intencional por atividades humanas. As possíveis origens dessas espécies invasoras podem ser as praças e jardins municipais. Entende-se que uma praça é, ou não, uma área 122 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF verde, e têm a função principal de lazer, e que havendo vegetação é considerado jardim (BORTOLETO, 2004). Portanto, objetivo deste trabalho foi identificar as espécies arbóreas exóticas introduzidas no paisagismo da Praça Isabel Arruda, que fica localizada no Centro do município de Botucatu, SP. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Material e métodos A Praça Isabel Arruda localiza-se compreendida entre as ruas José Dal Farra, Dr. Costa Leite, Major Leônidas Cardoso e Avenida Santana, sendo dividida, ao meio, pela Avenida República do Togo, no município de Botucatu, SP, situado a 22º53’09" de latitude sul, 48º26’42" de longitude oeste (WIKIPÉDIA, 2015). Identificou-se e levantou-se as espécies in loco com posterior confirmação de algumas espécies que no local apresentaram dúvidas, comparando-se as excicatas com a literatura especializada na Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal (BRUMMITT e POWELL, 1992; LORENZI, 1992; APG II, 2003; SOUZA e LORENZI, 2008). 2.2 Resultados e discussão A Praça Isabel Arruda possui um total de 109 indivíduos arbóreos, distribuídos em 26 diferentes espécies, onde destacam-se a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), nativa, sendo representada por 24 indivíduos, seguida de jacarandá-mimoso (Jacarandá mimosifolia), exótica, com 06 indivíduos. Desse total de espécies, 85 são de origem nativa e 24 são de origem exótica. A altura média calculada dos vegetais foi de sete metros e sessenta e sete centímetros. A Caesalpinia ferrea (pau-ferro) foi a espécie de maior porte, com 19 metros de altura. A distribuição de todas as espécies arbóreas exóticas presentes na Praça Isabel Arruda, do município de Botucatu, SP, são apresentadas na tabela 1, e as espécies arbóreas nativas são apresentadas na tabela 2. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 123 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 124 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF A Praça apresenta um percentual de 22% para espécies exóticas, o que pode ser considerado como sendo um valor elevado quando comparado com as espécies nativas. Os valores percentuais comparativos entre as origens das espécies são apresentados no quadro 1. 3. CONCLUSÃO Há grande influência de plantas exóticas na Praça Isabel Arruda, no município de Botucatu, SP. A área do estudo apresenta uma população de 109 espécies, sendo que 24 delas são exóticas. A espécie de maior ocorrência entre as nativas foi a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), sendo representada por 24 indivíduos. A espécie de maior ocorrência entre as exóticas foi o jacarandámimoso (Jacaranda mimosifolia), com seis indivíduos. 4. REFERÊNCIAS APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 125 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Botanical Journal of the Linnean Society, London, v.141, p.399-436. BORTOLETO, S. Inventário Quali-Quantitativo da Arborização Viária da Estância de Águas de São Pedro-SP. 2004. 95 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, São Paulo, 2004. BRUMMITT, R. K., POWELL, C. E. Authors of plant names: a list of authors of scientific names of plants, with recommended standard forms of their names, including abbreviations. Richmond, Surrey: Royal Botanic Gardens Kew. 1992. 732p LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992, 368p. SOUZA, V. C., LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008. 704p. WIKIPEDIA. Botucatu (São Paulo). Disponível em: < https:// pt.wikipedia.org/wiki/Botucatu>. Acesso em: 01 dez 2015. ZILLER, S. R.; ZENNI, R. D.; GRAF NETO, J. Invasões biológicas: introdução, impactos e espécies invasoras no Brasil. In: PEDROSAMACEDO, J. H.; BREDOW, E. A. (eds.) Princípios e rudimentos do controle biológico de plantas: coletânea. Curitiba: UFPR, 2004. p. 17 - 41. 126 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ESTUDO DA MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA NA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL CONCEIÇAO, Fernando S1 OLIVEIRA, Marcelo M.V1 CHRISTIAN Norberto V.R.M 1 BARBOSA, Rogério Zanarde 2 RESUMO Com o aumento populacional ao longo dos anos, os setores de produção, pesquisas e tecnologia tiveram que se adaptar rapidamente, para suprir a demanda de alimentos que havia sendo requerida. Isto fez com que muitos avanços nas áreas tecnológicas fossem incentivados, logo surgiram novas tecnologias que serão apresentadas nesta revisão enfatizando a grande contribuição destes setores para a produção de maquinas de implementos agrícolas, visando relatar o grande aumento na produção de grãos, que só foi possível devido a tal avanço. Palavras Chaves: Evolução tecnológica, Equipamento, Implemento, Maquinas, Produtividade. 1 Discentes do curso de Agronomia e Engenharia Florestal, Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral-FAEF, Garça-SP, Brasil. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. 2 Docente do curso de Agronomia Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral-FAEF, Garça-SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 127 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT With the increase in population over the years, the sectors of production, research and technology had to adapt quickly to supply the demand for food that was being required. This made many advances in technology areas being encouraged, soon came new Technologies that Will be presented in this review with emphasizes in the great contribution of these sectors to the production of agricultural implements machines, with aim to report the large increase in grain production, which was only possible because such development. Key words: technological evolution, equipment, Implement, Machine tools, Productivity. 1.INTRODUÇÃO O aumento populacional mundial ao decorrer dos anos tem gerado grandes preocupações em relação ao abastecimento de alimentos para suprir a demanda e paralelo a isto, também houve um grande avanço da ciência para poder contribuir com a tentativa de maximizar o setor de produção de alimentos em todo o mundo, contribuindo também na mecanização agrícola. Tal evolução científica permitiu ao homem a produção de alimentos em larga escala 3e que também reduziu o trabalho manual, o uso da tração animal e aumento do trabalho mecanizado bem como o uso de tratores. Segundo ZERBINATI (2011), o fator do sucesso na agricultura é devidamente advindo de vários estudos que permite sempre buscar melhoras na produção. Os mesmos autores ainda relatam o aumento no uso de máquinas agrícolas ao longo dos anos nos sistemas de produção e a procura de produtores rurais que investem no campo ao adquirirem tratores e implementos. De acordo com dados da ANFAVEA, (2006), no ano de 1970 as indústrias no Brasil que fabricavam tratores, ao longo do ano venderam 16,7 mil unidades para os produtores e em 1971 um grande aumento chegando a 25,5 mil. Com a grande demanda, em 1980 foram fabricadas no território brasileiro 7,478 tratores, sendo um recorde. Já nos anos 2000 até 2004 as unidades vendidas passam de 128 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 35, 5 mil para 69,4 mil unidades de máquinas agrícolas respectivamente, respondendo no aumento de áreas cultivadas e alta elevação no setor de grãos onde, a soja teve um crescimento de 39,8% na Região Sul e 66,1% na região Centro-Oeste. As grandes fabricantes de máquinas e implementos ao observarem o aumento constante nas vendas, vêm cada vez mais investindo em novas tecnologias como, maior potência das máquinas, melhor conforto e estabilidade para o operador e buscando melhorias sem atacar o meio ambiente e que possa atingir a demanda de produção de alimentos. O presente trabalho objetiva levar informações, através de levantamentos bibliográficos, o avanço da mecanização agrícola, apresentando as tecnologias do mercado neste setor, a grande contribuição da ciência para produção de máquinas e implementos, e relatar o aumento da produtividade de grãos nos últimos anos que só foi possível em tão pouco tempo, devido sua evolução tecnológica. 2.DESENVOLVIMENTO 2.1.REVISÃO DE LITERATURA Segundo Neto (1985), a mecanização agrícola se iniciou no Brasil por conta da instalação da indústria de tratores em 1959, quando o Plano Nacional da Indústria de Tratores de Rodas foi instituído e as primeiras unidades começaram a ser produzidas no ano seguinte (1960). Várias tentativas governamentais, anteriormente a este acontecimento, foram realizadas com o objetivo de proporcionar uma maior independência de importação maquinário, sendo que, até então, nosso mercado era suprido por uma grande variedade de máquinas de todos os modelos e origem. Um dos motivos que mais ajudou para o surgimento e a viabilização das indústrias de tratores no Brasil foi à implantação da indústria automobilística (ocorrida nos anos 50) e a consequente expansão do setor de autopeças, que se apresentou em primeira fase, uma admissível capacidade de inatividade (NETO, 1985). Ainda para Neto (1985), as providências por parte do governo Federal, encadeado pelo efetivo início da produção de tratores Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 129 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA agrícolas no Brasil, vieram com a Resolução nº 224, de 1959, do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), onde frisou as determinações técnicas para cada categoria de trator de rodas a ser produzido pelas empresas. Inicialmente foram apresentados vinte projetos com diversas propostas e justificativas, sendo que apenas dez foram aprovados pelo Geia, que ressaltava como exigência importante, o emprego do motor diesel, a participação de capitais nacionais no empreendimento, o cumprimento dos índices de nacionalização dentro dos prazos estabelecidos e fixados etc. Dos dez projetos aprovados, apenas seis foram aptos a se efetivarem. Decorrente a esses acontecimentos, em 1960 se registrava um total de trinta e sete tratores de rodas de média potência produzido, sendo que trinta e dois pela Ford e cinco pela Valmet. Observando assim, a predominância de empresas subsidiárias de outras empresas estrangeiras nesse setor industrial (NETO, 1985). De acordo com o Portal do Agronegócio (2015), houve uma grande melhoria na adaptação de equipamentos com mais precisão em sua funcionalidade e no resultado de todo trabalho no campo, após essas mudanças industriais na mecanização. As vantagens ocorreram principalmente no plantio, possibilitando assim colheitas mais rápidas, permitindo o cultivo de mais de uma safra anualmente.·. O setor de maquinário agrícola passa por uma fase de modificação, acarretando no aumento cada vez mais da fabricação de equipamentos com maiores níveis de tecnologia e estrutural, devido ao crescimento da agricultura de precisão. A tendência é que ocorra, de forma gradual, as substituições de algumas máquinas por um menor número de tratores ou colhedoras, porém com melhor e maior desempenho e rapidez. (PORTAL DO AGRONEGÒCIO, 2015). Segundo Celeres (2014), a mecanização agrícola, além criar condições favoráveis para as atividades de campo, é atualmente uma necessidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população rural é economicamente ativa (trabalhadores rurais) no Brasil, sofreu uma redução de 16% entre 2005 e 2011. De 64% do total populacional do País em 1950 a população rural caiu para 16% em 2010, observando assim que hoje existe um menor número de pessoas que habitam e vivem no campo, e que produz alimento para uma crescente população urbana. É importante ressaltar que o crescimento da produção agrícola, 130 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF foi bastante relevante e expressivo nas últimas décadas no CentroOeste, Norte e Nordeste do Brasil. Por serem áreas com menores populações e grandes áreas de cultivo ativo, acaba aumentando-se a necessidade de mecanização adequada e funcional no campo. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o Brasil em 2013/2014 colheu 193 milhões de toneladas de grãos, significando no aumento de quase 70% em uma década. No mesmo período houve uma expansão de 16% de área cultivada (CELERES, 2014). Segundo a Fealq (1979), começou ser implantada a partir de 1966 a indústria de colheitadeiras no Brasil, com uma maior concentração de unidades indústrias de produção na região Sul do País. Pelo surto e rápido crescimento da produção de soja nessa região, além da consorciação do mesmo com trigo nesta região, a demanda por esse maquinário agrícola foi impulsionada inicialmente, o que explica a concentração locacional industrial. Porém, a partir da década de 70 essa indústria ganhou maior impulso, com o aumento da exportação de cereais e de grãos a agricultura brasileira, principalmente as localizadas nas regiões Sul e Sudeste, que já vinha automatizando suas fases de etapas produtivas através da utilização de cultivadores motorizados, juntamente com tratores e de seus implementos, passou, a partir de então, a incorporar progressivamente as colheitadeiras automotrizes. De acordo com Moreira (2009), na safra de 2008/2009 constatou um índice de 49,1% de colheita total utilizando colheitadeiras no estado de São Paulo, com a soma de 3.9 milhões de hectare (há) de área colhida, demonstrando um aumento de 15 mil (há) comparado com a safra de 2007/2008. Além da pressão de ambientalistas a colheita mecanizada também foi influenciada pela diminuição de custo de 15% e 20% menor quando comparada a colheita manual (BATISTA, 2007). Para Neto (1985), a grande variedade de tipos, modelos e especificações, assim como a enorme diversidade de estabelecimentos que as fabricam, o último segmento da indústria de máquinas agrícolas, os implementos agrícolas, constitui-se em um dos mais difíceis de ser definido e estudado. O espectro desses produtos inclui desde pequenas ferramentas de uso manual como enxadas, pás, foices, passando por grades e arados dos mais diversos Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 131 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA tamanhos e modelos, até equipamentos com maior grau de complexidade tecnológica, como por exemplo, as modernas máquinas de plantio direto. Visto que, na maioria das vezes são utilizados junto com os tratores, os implementos agrícolas, principalmente aqueles mais sofisticados, tem sua produção e, consequentemente, suas vendas vinculadas ao desempenho da demanda de tratores agrícolas comprados e produzidos. Neste sentido, observa-se que o mercado de implementos não tem uma dinâmica própria, sendo bastante dependente do mercado de tratores agrícolas. Em relação ao conjunto das empresas que compõem este segmento industrial, destaca-se a ampla diversidade dos tipos de organizações produtivos, tendo como exemplo pequeno, médio e grandes empresas; simples oficinas de origem familiar com processos semi-artesanais até fábricas complexas que se utilizam de equipes especializadas em projetos (NETO, 1985). 3.CONCLUSÃO A modernização e os avanços tecnológicos na mecanização agrícola permitiram um grande aumento da produtividade nas últimas décadas centuplicando a produção de grãos, mas ainda é um grande desafio para cumprir a demanda de alimentos. Com base nas informações, conclui-se que este setor está em expansão, entretanto, é necessário que se tenha ciência para a utilização de maquinários agrícolas de forma que possa preservar o meio ambiente e que o produtor possa ter mais informações sobre as novas tecnologias neste setor para melhorar a produtividade. 4.REFERENCIAS MOREIRA, R. (2009) – As inovações tecnológicas no campo. 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PORTAL DO AGRONEGÒCIO, (2015) – Evolução das tecnologias agrícolas. Disponível em <http://www.portaldoagronegocio.com.br/ noticia/agricultura-precisao-2101/evolucao-das-tecnologiasagricolas-130496> Acessado em 14/09/2016. ZERBINATI, Matheus T. (2011) – Mecanização agrícola – história e as tendências do mercado. Disponível em <https:// agrimanagers.wordpress.com/2011/05/28/mecanizacao-agricolahistoria-e-as-tendencias-do-mercado/> Acessado em 13/09/2016. ANFAVEA ,(2006) – Máquinas agrícolas. Disponível em <http:// www.anfavea.com.br/50anos/154.pdf> Acesso em 28/09/2016 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 133 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 134 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ETANOL: SUAS MATÉRIAS-PRIMAS E A QUÍMICA EM SUA PRODUÇÃO Alex COIMBRA 1 Lucas SANTOS¹ Matheus FERREIRA ¹ Juliana Iassia GIMENEZ2 RESUMO O etanol, o qual pode ser produzido a partir de várias matériasprimas, vem sendo amplamente estudado desde que pesquisas revelaram que ele pode substituir o petróleo, matéria fóssil que pode esgotar Palavras-chave: etanol, combustível, matéria-prima ABSTRACT Ethanol, which can be produced from various raw materials, has been widely studied since research has shown that he can replace oil, fossil matter that may exhaust Keywords: ethanol, fuel, raw material 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Docente dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 135 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 1.INTRODUÇÃO Desde a crise petrolífera que atingiu o mundo na década de 70 (1970) é constante a busca por novas fontes de combustíveis que possam competir com os derivados de petróleo existentes no mundo e que possam substituí-las. Consequentemente reduzir a quantidade de CO2 entre outros gases que que desde a era da industrialização tem-se concentrado cada vez mais na atmosfera terrestre, pela utilização desta matéria fóssil. Com isso o etanol tem sido estudado por diversas pesquisadores mundo a fora, como o futuro substituto dos combustíveis fósseis, e também substituto para indústrias químicas que usam derivados de petróleo. Este que pode ser obtido através da cana-de-açúcar, sorgo sacarino entre outras matérias como milho, beterraba, cereais. Neste contexto, o etanol tem sido tema de estudo de diversos pesquisadores em todo o mundo, colocando-o como o futuro substituto dos combustíveis fósseis, e também substituto para indústrias químicas que usam derivados de petróleo. O objetivo deste trabalho é apresentar o etanol, matérias-primas que podem ser utilizadas para a sua produção, e descrição do processo químico empregado na sua fabricação. 2.DESENVOLVIMENTO De acordo com SIAMIG (2016), com a crise do petróleo em 1975 criou-se o primeiro programa mundial usando o álcool (etanol) como combustível no Brasil, visando o uso alternativo deste combustível em substituição ao petróleo e seus derivados. O Proálcool em 1975 (Decreto nº 76.593), tinha o objetivo de estimular a produção do combustível, abastecendo o mercado interno e externo. De acordo com o decreto, a produção oriunda da canade-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo deveria ser incentivada por meio da expansão da oferta de matérias-primas, com especial ênfase no aumento da produção agrícola, na 136 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF modernização, na ampliação e instalação de novas unidades produtoras e na construção de unidades armazenadoras (NOVA CANA, 2016). O etanol é o álcool etílico (C2H5OH) produzido desde os tempos antigos pela fermentação dos açúcares encontrados em produtos vegetais, como (cereais, beterraba e cana). Ainda hoje, boa parte do etanol industrial é feita por meio da fermentação (BASTOS, 2007). Diversas são as matérias-primas utilizadas na produção de etanol, as quais podem ser divididas em três categorias de acordo com a composição: sacaríneos, amiláceos e celulósicos. Entre os produtos chamados sacaríneos, assim conhecidos por possuírem majoritariamente o açúcar sacarose, que dá origem ao etanol, citam-se a cana-de-açúcar, sorgo sacarino (colmo), beterraba, sucos de frutas em geral, entre outros. Com relação aos amiláceos, que possuem esse nome por conterem majoritariamente o amido, mencionam-se a mandioca, cereais de um modo geral, sorgo (grãos), batata e babaçu (mesocarpo). A outra categoria é a de matériasprimas celulósicas, na qual o etanol é produzido a partir da celulose existente em sua composição, na qual se destacam o eucalipto, marmeleiro, serragem, bagaço de cana, pericarpo de babaçu, casca de arroz, entre outros (OLIVEIRA; SERRA; MAGALHÃES apud MACEDO (1993). O novo conceito de etanol (ou bioetanol) corresponde a sua fabricação utilizando como matéria-prima a biomassa lignocelulósica. O conceito de biorrefinarias emergem como fundamentais para a expressiva ampliação pretendida da produção de etanol (BASTOS,2007). De acordo com NOVA CANA (2016), o etanol não é um produto encontrado na natureza, para que possa obtê-lo é necessário extraílo de outras substâncias, sendo a forma de obtenção mais simples através de moléculas de açúcar encontradas em vegetais como canade-açúcar, milho, beterraba, batata, trigo e mandioca. O processo chamado fermentação consiste basicamente em adicionar ao caldo da cana-de-açúcar micro-organismos que quebrem moléculas de açúcar (C6H12O6), transformando-as em duas moléculas de etanol (C2H5OH) mais duas moléculas de gás carbônico (CO2). São etapas da produção do etanol: Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 137 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA - Lavagem: A cana de açúcar, chegando às usinas é colocada em uma esteira rolante, onde é submetida à lavagem para retirada de poeira, areia, terra e outros tipos de impurezas. Na sequência, a cana é picada e passa por um eletroímã, que retira materiais metálicos do produto. - Moagem: Nesse processo, a cana é moída por rolos trituradores, liberando um líquido denominado melado. Cerca de 70% do produto original forma o melado, enquanto 30% constitui a parte sólida transformando-se em bagaço. Do melado, é dada continuidade ao processo de fabricação do etanol, enquanto o bagaço pode ser utilizado para geração de energia na usina, através de sua queima. - Eliminação de impurezas: Para eliminar os resíduos presentes no melado (restos de bagaço, areia, etc.), o líquido é passado por uma peneira, sendo posteriormente encaminhado para repouso em um tanque, fazendo com que as impurezas se depositem ao fundo – processo chamado decantação. Depois do processo de decantação, o melado puro é extraído e recebe o nome de caldo clarificado. O último processo de extração de impurezas é a esterilização, em que o caldo é aquecido para eliminar os micro-organismos presentes. - Fermentação: Finalmente puro, o caldo é levado a dornas (tanques) no qual é acrescentado fermento com leveduras (fungos ou mais frequentemente a levedura Saccharomyces cerevisiae). Esses microrganismos se alimentam do açúcar presente no caldo, ou seja, quebram as moléculas de glicose, liberando etanol e gás carbônico. O processo de fermentação cerca de 24 horas, e como resultado produz o vinho, chamado também de vinho fermentado, que possui leveduras, açúcar não fermentado e cerca de 10% de etanol. - Destilação: Estando o etanol misturado ao vinho fermentado, o próximo passo é separá-lo da mistura. Neste processo, o líquido é colocado em colunas de destilação, nas quais ele é aquecido até se evaporar. Na evaporação, seguida da condensação (transformação em líquido), é separado o vinho do etanol, ficando pronto o álcool hidratado, usado como etanol combustível, com grau alcoólico em torno de 96%. - Desidratação: Do álcool hidratado é necessário retirar a água contida nele para finalmente se obter o álcool anidro, para a desidratação, um solvente é colocado ao álcool hidratado, o qual mistura-se apenas com a água e os dois são evaporados juntos. Outros 138 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF sistemas, chamados peneiração molecular e pervaporação, utilizam tipos especiais de peneiras que retêm apenas as moléculas da água. Após ser desidratado, surge o álcool anidro, com graduação alcoólica em cerca de 99,5%, o qual é utilizado isolado ou misturado à gasolina, como combustível. Segundo OLIVEIRA et al. (2012) a produção de etanol a partir da beterraba é idêntica ao processo de produção a partir da cana-deaçúcar, enquanto o processo de produção a partir da mandioca, batata doce e milho necessita da etapa de conversão do amido em açúcares solúveis, o qual é realizado por meio do cozimento destes com enzimas que realizam a quebra. De acordo com NOVA CANA (2016) existem outros processos para a obtenção de etanol, tais como: - Hidratação do etileno (gás incolor obtido no aquecimento da hulha – tipo de carvão mineral), o qual consiste na síntese química entre as moléculas de água (H20) e moléculas do etileno (C2H4), resultando no etanol (C2H6O). Esse método, controlado em laboratório, utiliza ácidos como catalizadores, como o ácido sulfúrico (H2SO4), ou o ácido fosfórico (H3PO4), que possibilitam a ocorrência da reação; - Redução do acetaldeído (composto orgânico de fórmula C2H4O). Também chamado de etanal, o acetaldeído possui estrutura molecular muito semelhante ao álcool etílico, diferindo apenas pela ausência da hidroxila (OH-). Com a ação de um agente redutor, o acetaldeído ganha um íon de hidrogênio (H+) que se liga ao oxigênio formando a hidroxila, e consequentemente, o etanol. A matéria-prima deste processo costuma ser o acetileno (gás incolor de forma C2H2), que em processo de hidratação produz o acetaldeído, que finalmente produz o etanol. 3.CONCLUSÃO Verifica-se com esta revisão, a existência de diversas matériasprimas para a produção de etanol, demonstrando a possibilidade da total substituição dos combustíveis fósseis, os quais constituem uma fonte não-renovável. Salientamos a necessidade de pesquisas para o desenvolvimento de manejo mais prático e viável, para que se possa atrair novos Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 139 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA produtores destas matérias-primas visando a produção do etanol. Com tudo isso, chegamos à conclusão das diferentes formas da geração do etanol, nos mostrando diferentes mercados, abrindo mais a visão para um futuro em que o combustível fóssil não será mais uma opção. E ao sabermos de todos esses fatos, facilitamos o entendimento e a forma de se enxergar esse mercado, juntamente com a possibilidade de pesquisas para manejos mais práticos e viáveis para que se possa atrair novos produtores para destinarmos essas culturas alternativas para a obtenção do etanol. 4. REFERÊNCIAS BASTOS, V. D. Etanol, alcoolquímica e biorrefinarias. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Setorial, Rio de Janeiro, n. 25, p. 5-38, 2007. NOVA CANA. Nova Cana: Tudo sobre etanol, cana, açúcar e cogeração. Disponível em: https://www.novacana.com/estudos/ contextualizacao-historica-do-etanol-120913/. Acesso em 19 de setembro de 2016. NOVA CANA. Nova Cana: Tudo sobre etanol, cana, açúcar e cogeração. Disponível em: https://www.novacana.com/etanol/fabricacao/. Acesso em 19 de setembro de 2016. SIAMIG, Associação das Industrias Sucroenergéticas de MG. Disponível em: http://www.siamig.com.br/index.php?option=com _content&view=article&id=79&Itemid=77. Acesso em 19 de setembro de 2016. 140 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF EVOLUÇÃO DA MECANIZAÇÃO NA CULTURA DO CAFÉ MANFLIN, Fábio Henrique1 RODRIGUES, Vagner¹ NETO, Antonio Alves ¹ SCARAMUZZA, Lucas Tombi² RESUMO A mecanização no processo da colheita da cultura do café, trouxe grandes benefícios em toda a estrutura da cadeia produtiva do grão, que desempenha fundamental importância econômica e cultural na sociedade. Apresentamos o processo evolutivo da mecanização e principais equipamentos, visando o auxilio tanto ao engenheiro agrônomo, quanto demais profissionais ligados à área. Palavras-chave: Colheita, Cultura do café, Mecanização ABSTRACT The mechanization in the coffee crop harvest process, brought great benefits throughout the structure of grain productive chain, which plays a fundamental economic and cultural importance in society. Here the evolutionary process of mechanization and main 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF - Garça - SP - Brasil. E-mail: [email protected] ² Coordenador do curso de Agronomia da FAEF - Garça - SP - Brasil Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 141 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA equipment, aiming to assistance both the agronomist, the other professionals working in this field. Key words: Crop, Coffe culture, Mechanization 1. INTRODUÇÃO De origem etíope e centenária, o café tem participação fundamental na estrutura da sociedade ocidental, tanto no aspecto cultural e, principalmente, no econômico. A estrutura de colheita segue o desenvolvimento tecnológico, iniciando-se pela colheita manual até a utilização das mais modernas máquinas e equipamentos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), a safra brasileira de café arábica foi estimada em 39,2 milhões de sacas, enquanto a de robusta foi prevista em 11 milhões de sacas. No Estado de São Paulo, os produtores estão animados com o desenvolvimento dos grãos e a expectativa é de que a produção seja 40% maior do que a registrada no ano de 2015. Segundo Santinato (2015) , o sucesso de um setor agrícola está ligado à modernização das práticas culturais, onde enquadra-se a mecanização. Esta pode ser utilizada em praticamente todas as etapas do manejo da cultura do café, do preparo do solo à colheita e recolhimento do grão de café do chão. O fator decisivo para a mecanização é o relevo em que a cultura está implantada; lavouras em declives acentuados não possibilitam a mecanização em algumas operações. As regiões com maior possibilidade para expansão da mecanização são o cerrado de Minas Gerais, Goiás, Bahia e São Paulo. O objetivo principal deste trabalho é apresentar o processo evolutivo da mecanização da colheita do café e os principais equipamentos envolvidos. . 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Evoluções agronômicas na cafeicultura O Brasil é o maior e o mais eficiente parque cafeeiro do mundo, promovendo pesquisa e desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes a ferrugem e nematoides; desenvolvendo 142 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF novas tecnologias de espaçamentos de plantios, nutrição das plantas, controles fitossanitários, podas e irrigação; promovendo mecanização total das lavouras e plantio alinhado e em renque, espaçamento reduzidos, maior número de plantas. Também apresenta o uso de sistemas de irrigação em pivô central, gotejamento e outros. Segundo Camargo et al (2001), o café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo de frutificação, ao contrário da maioria das plantas que completam o ciclo reprodutivo no em um mesmo ano. Após muitas tentativas para definição e esquematização das fases evolutivas do cafeeiro, chegou-se a uma forma constituída de seis fases envolvendo os dois anos fenológicos, iniciados em setembro. As fases são: · 1ª fase: Fase vegetativa, com duração de sete meses e vai de setembro a março (meses com dias longos); · 2ª fase: Fase também vegetativa, vai de abril a agosto (meses com dias curtos), quando há indução das gemas vegetativas, dos nós formados na fase 1, para gemas reprodutivas. No final da fase 2, em julho e agosto, as plantas entram em relativo repouso com formação de um ou dois pares de folhas pequenas, que aparecem no período de relativo repouso do cafeeiro, entre os dois anos fenológicos. Em seguida vem a maturação das gemas reprodutivas após a acumulação de cerca de 350 mm de evapotranspiração potencial (ETp), a partir de abril; · 3ª fase: Fase de florada e expansão dos frutos (setembro a dezembro). As floradas ocorrem cerca de 8 a 15 dias após o aumento do potencial hídrico nas gemas florais (choque hídrico), causado por chuva ou irrigação; · 4ª fase: Fase de granação dos frutos (janeiro a março); · 5ª fase: Fase de maturação dos frutos ao completar cerca de 700 mm de somatório de ETp, após a florada principal; · 6ª fase: Fase de senescência e morte dos ramos produtivos, não primários, em julho e agosto. 2.2 Breve histórico da introdução da cultura do café no brasil · Introdução no Brasil em 1727 – Primeira plantação no Estado do Pará; Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 143 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA · 1728 - Estado do Maranhão; · 1770 - Estado da Bahia; · 1773 - Estado do Rio de Janeiro (Carência de Mão de Obra); · 1825 - Vale do Paraíba – SP/MG (Formação da Serra da Mantiqueira); · 1840 a 1930 - Todo Estado de São Paulo; · 1940 a 1960 - Estado do Paraná; · 1970 - Início da mecanização do café ocorreu na década de 70 com surgimento da Ferrugem do Cafeeiro (Hemileia vastatrix) ; · Jacto desenvolve seu primeiro turbo- atomizador – Café · 1975 – Geada Negra nos estados de São Paulo e Paraná, que quase erradicou os cafezais. 2.3 Dificuldades no desenvolvimento da colheita mecanizada Um dos grandes problemas enfrentados na mecanização é a mudança de paradigma do agricultor. Antes da mecanização e da evolução agronômica, o sistema de plantio era em covas, com quatro plantas por covas, árvores de grande porte, diâmetro dos troncos grandes, alto número de quebra das lâminas recolhedoras e muito café no chão. O sistema de arruação enleirava grande quantidade de terra no centro da rua, e as ruas eram de difícil dirigibilidade para as máquinas; as hastes vibratórias da colhedeira era de má qualidade e tinha um alto índice de quebra.Os proprietários tinham grande preconceito em relação a máquina pois consideravam que danificariam as árvores, que arrancariam os pés de cafés, e que no ano seguinte não teriam mais colheita. Devido ao alto custo da mão-de-obra no preparo da pré-colheita/ colheita, do êxodo rural, das exigências trabalhistas, encargos sociais, custo de EPIS, adequações fitossanitárias a evolução tecnológica é uma realidade presente nas lavouras de café de todo o Brasil. A mecanização é um caminho sem volta. Realidade: colher café com mínimo de mão de obra ou zero dia homem por hectare. 144 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.4 Máquinas de colheita 2.4.1 Colheita na árvore: Conforme Martins (2015), em 1979, a empresa Jacto lançou a primeira colhedora de café automotriz do mundo, a 4x2 K3, sendo pioneira no setor. O trabalho seria árduo para mudar a mentalidade do cafeicultor, e o então vice-presidente da República Aureliano Chaves esteve presente no lançamento da colhedora, sendo um marco na história mundial, pois houve muito trabalho para demonstração, conscientização e quebra de preconceitos. Em 1983 foi lançado o Derriçador Unilateral de café “Kokinha”, equipamento com sistema de vibração, rotação, sendo tracionado por trator; porém ele somente derriça o café no chão, chacoalhando os ramos do cafeeiro. Em 1986 foi lançado o Derriçador Bilateral de café “Koplex”, um equipamento com sistema de vibração, rotação, tracionado por trator, que derriça o café no chão, chacoalhando os ramos do cafeeiro, porém de ambos os lados, passando por cima do pé do café com rolos. Em 1996 iniciou-se o desenvolvimento de um novo protótipo, início da série KTR e em 1997 foi lançado a K3 4x2 com novos transportadores. Em 2000 a Jacto lançou a K3 4X2 Advance, e a KTR Advance, com bicas laterais de descarga móvel. Em 2002 foi lançado lança a K3 Challenger 4x4. Em 2007, foi lançado a K3 Millennium 4x4, deixando mais um marco na história da cafeicultura brasileira, vendendo a colhedora de número 1000. Em 2013 foi lançado a KTR 3500, e em 2015 a K 3500. Mais novo lançamento no mercado, a K3500 colhe, descarrega em todos os sentidos (laterais e traseiros), poda, esqueleta, pulveriza e aduba, podendo ser utilizada o ano todo em todas as operações. Em 2011, houve um salto na evolução tecnológica do maquinário através do Otmis Maps (GPS). Possui sensor de volume, antena (GPS), medidor de volume, monitor de colheita proporcionando o mapeamento da produtividade. O agricultor descarrega as informações do pen-drive no portal www.otmis.com.br, que gerará Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 145 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA automaticamente os mapas e permitirá o acesso mediante user name e senha, mapa da colheita em percurso. Para o preparo da colheita mecanizada na árvore, primeiramente, efetua-se a dessecação em tempo hábil; procede-se a retirada do material vegetal debaixo do cafeeiro para o centro da rua sendo em seguida triturado; faz-se a colheita mecânica com uma ou duas passadas, podendo haver o repasse manual conforme necessidade. 2.4.2. Máquinas de varrição Máquinas que recolhem os grãos em baixo dos pés de café, tiveram uso iniciado na década de 90. Nesse processo, sopram as folhas restando somente o grão. Porém observava-se muitas perdas, tanto de tempo quanto de grãos, pois o maquinário era lento e os grãos tinham de ser ensacados e deixados para recolhimento posterior. Ofereciam também riscos ao operador, pois produziam grande nuvem de poeira. Como exemplo deste maquinário temos o modelo Urso Branco, Dragão Sol e a Selecta. Nos anos 2000, houve a expansão da colheita de varrição, com o lançamento de máquinas que recolhem os grãos de café centralmente, através de raspadores. Neste processo, equipamentos enfileiram os grãos no centro das ruas, e a recolhedora “raspa” esses grãos, podendo, em alguns modelos, triturar as folhas, limpando o solo. Após o recolhimento, os grãos passam por um processo de pré-limpeza, através de bicas de jogo. Ainda assim restam muitos resíduos para os lavadores. Os modelos de varrição disponíveis no mercado são Miac, Mogiana, Dragão Central, Gafanhoto, Arábica I, Pinhalense, Solution, Terra, dentre outros. 2.4.2.1. Como proceder ao preparo e o processo para colheita mecanizada por varrição Efetua-se a dessecação em tempo, retira-se o material vegetal debaixo da planta para o centro da rua e tritura-se o mesmo, A colheita mecânica é feita com uma ou duas passadas, com repasse manual se necessário; o grão é enleirado no centro da rua onde a máquina de varrição o recolhe. 146 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.6. Avanços através da mecanização A mecanização total garantiu a sustentabilidade da cafeicultura brasileira, viabilizou o investimento em grandes áreas de plantio de café e promoveu uma administração facilitada, reduzindo os custos. O modelo adotado para a colheita mecanizada otimiza todas as outras operações, adubação, colheita, poda, pulverização e irrigação; aumento da qualidade do café colhido com menores indices de café no chão. Há ganhos de valor agregado com a “Colheita Seletiva Mecanizada”, podendo a colheita ser feita por colheita seletiva da planta toda, colheita das ponteiras, colheita do meio e Colheita das saias Existe a possibilidade da colheita ser efetuada em declividade de até 30%, sem alteração na eficiência de colheita, mas com acréscimo de até 21,6% no tempo demandado para a colheita. - Vantagens da mecanização Menor custo final por saca colhida; eliminação de problemas trabalhistas; menor desgaste com mão de obra (greve); maior controle da qualidade do serviço; dispensa as adequações fitossanitárias. - Desvantagens da mecanização Custo inicial do investimento; qualificação dos operadores temporários; assistência integral (manutenção); dimensionamento da frota ,transporte, turnos do lavador com demanda aumenta no momento da colheita. 3. CONCLUSÃO A mecanização promoveu uma otimização da cafeicultura, proporcionando revolução tecnológica para o setor. Para o Brasil, possibilitou a manutenção da liderança mundial como produtor, a entrada de recursos e diversificação no agronegócio, através da competitividade no setor. Para o setor comercial, além da agregação de faturamento, houve melhora no nível de qualificação técnica e comercial, para a Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 147 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA promoção da revenda, da prestação de serviços, operações de manutenção (oficina), e aluguel do maquinário. Para o produtor, proporcionou maior retorno de investimentos, menor número de operadores e tratores e otimização do maquinário. 4.REFERÊNCIAS CAMARGO, A. P.; et al. Definição e esquematização das fases fenológicas do cafeeiro arábica nas condições tropicais do Brasil. Revista Bragantia. v. 60, n. 1. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2001. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S000687052001000100008>. Acesso em 29/04/2016. DUARTE, A. P. Colheita Mecanizada de café do chão. Disponível em <http://fundacaoprocafe.com.br/sites/default/files/publicacoes/ pdf/3%20-%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20e%20rendimento %20na%20colheita%20mec%C3%A2nica%20do%20caf%C3%A9%20do%20ch% C3%A3o.pdf> Acesso em 29/04/2016. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). 2016. Disponível em < http:/ /www.sidra.ibge.gov.br/bda/prevsaf/>. Acesso em 01/05/2016. MARTINS, W. G. Colheita Mecanizada de Café. Portfolio para clientes Empresa Jacto. Boa Esperança - Minas Gerais. Setembro de 2015. SANTINATO, F.; et al. Mecanização - um caminho sem volta. Revista Campo e Negócios Grãos. Edição 146. Uberlândia: Agrocomunicação, 2015. Disponível em <http://www.revistacampoenegocios.com.br/ mecanizacao-um-caminho-sem-volta>. Acesso em 28/04/2016. 148 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF EVOLUÇÃO MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL E NO MUNDO BEZERRA1, Júnior Simon BARRETO1, Gabriel Feltrin PEREZ1, Leonardo Mantovani BARBOSA2, Rogério Zanarde RESUMO Num mundo onde cada vez mais a demanda pela maior produção de alimentos, ocorre a evolução dos maquinários agrícolas que é de grande importância para que haja um aumento na produtividade na mesma quantidade de área cultivada. Essa evolução aconteceu com o desenvolvimento da agricultura mundial devido ao grande aumento na população mundial, no Brasil essa indústria de maquinários foi implantada um pouco tardia mais hoje em dia com o Brasil sendo um dos maiores produtores agrícolas do mundo essa tecnologia cresce a cada dia mais. Com as grandes montadoras agrícolas crescendo cada vez mais as projeções futuras são inimagináveis. Palavras-chave: Agricultura, Desenvolvimento, Evolução, Maquinários. ABSTRACT In a world where more and more demand for increased food production, is the development of agricultural machinery which is 1 2 Discentes do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected]. Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 149 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA very important for there to be an increase in productivity in the same amount of acreage. This evolution happened with the development of world agriculture because of the large increase in the world population in Brazil that the machinery industry was set a little late more today with Brazil being one of the largest agricultural producers in the world this technology grows every day more. With large agricultural manufacturers growing increasingly future projections are unimaginable. Key-words: Agriculture, Development, Evolution, Machinery 1 INTRODUÇÃO A produção agrícola, nos últimos 50 anos, foi em média superior ao crescimento da população mundial. O primeiro fato que podemos destacar e que marcou a evolução da agricultura mundial e brasileira teve início nas décadas de 60 e 70. A chamada “Revolução Verde” foi iniciada nos EUA e disseminada nos países menos desenvolvidos, referindo à invenção e disseminação de novas práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola (FONSECA, 1990). Nos últimos anos com a maior demanda na produção de alimentos e elevação dos preços das commodities agrícolas especialmente os grãos que possibilitou a produção de grãos no País, foi um dos principais fatores que impulsionaram as vendas de maquinários agrícolas para se produzir em maior escala (FONSECA, 1990). O surgimento das máquinas e implementos para a agricultura no século XIX possibilitou ganhos de produtividade agrícola e do trabalho, mudando definitivamente a trajetória das técnicas de produção e elevando a oferta de produtos agrícolas no mundo. Por outro lado, este processo reduziu a necessidade de envolvimento de mão de obra na produção agrícola. Desde esta época, a evolução técnica do setor foi constante e gerou crescente oferta de equipamentos que utilizam tecnologias cada vez mais avançadas, contribuindo para o aumento da produtividade no campo. Por outro lado, a indústria se concentrou e passou a investir altas quantias em inovação tecnológica (FONSECA, 1990). Este trabalho tem por objetivo mostrar evolução da máquinas agrícolas no Brasil e no mundo e também os principais marcos que dessa evolução. E EVOLUÇÃO DA- INDÚSTRIA 150 2 SURGIMENTO Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) ISSN 1676-6814 DAS MÁQUINAS SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AGRÍCOLAS NO MUNDO Até o século dezoito, os instrumentos agrícolas ainda eram rudimentares. A revolução industrial e a crescente população demandando cada vez mais de alimentos colocou a Europa (e principalmente a Inglaterra) em geral em situação bastante delicada, precisava aumentar a produtividade agrícola para cobrir a necessidade de subsistência da população (FONSECA, 1990). Foi a partir das semeadeiras que o processo de mecanização tomou grande impulso, já que este tipo de plantio, para grãos economizava 54,5 litros de sementes e elevava a produtividade da colheita em 10,5 hectolitros1 por hectare, demonstrado por Thomas Coke (FONSECA, 1990). As colheitadeiras, inventadas na Grã-Bretanha e Estados Unidos da América em meados de 1780, foram efetivamente usadas meio século depois. Uma nova versão de colheitadeiras surgiu em 1833, quando o americano Obed Hussey, criou uma máquina mais prática que a colheitadeira do escocês Bell, projetada para ser puxada por animais de tração (FONSECA, 1990). Entre 1830 e 1860, as ceifadeiras e segadeiras para feno e trigo foram as grandes inovações, gerando espaço para o desenvolvimento de outros equipamentos dedicados à colheita. Entre 1850 e 1870, a Inglaterra e a Europa deixaram de ser o principal centro técnico da agricultura. Nesse período, Estados Unidos, Austrália, Argentina, entre outros, tornaram-se grandes supridores de produtos essenciais, como trigo, produtos lácteos, carne e produtos tropicais. A máquina de descaroçar o algodão foi um dos principais avanços na época, projetada por Eli Whitney. Considerada uma verdadeira inovação, já que este processo precisava de grande de mão de obra, foi um equipamento que gerou grande aumento na produtividade da cultura (FONSECA, 1990). O ferreiro John Deere (Illinois – EUA) desenvolveu, em 1837, arados de ferro forjado liso, que se adaptavam bem à agricultura da pradaria. O sucesso das ceifadeiras e enfardadeiras de tração animal encorajaram inovações para a cultura do milho que aravam, semeavam e cobriam em uma mesma operação (FONSECA, 1990). Os EUA foram os pioneiros no uso de tratores, grandes trilhadoras Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 151 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA e “combines”, as colhedeiras movidas a vapor, que executavam em um dia a colheita de 12 hectares de trigo e realizavam todas as operações necessárias até o ensacamento do grão (FONSECA, 1990). Em Dakota, por volta de 1880, fazia-se aração em grande escala, com dezenas de arados trabalhando simultaneamente e paralelamente. Esses arados eram montados sobre pequenos carros sobre duas rodas em que um homem direcionava quatro cavalos que geravam a tração para o cultivo de imensas áreas (FONSECA, 1990). Vale observar que a mecanização não ficou limitada às grandes fazendas monocultoras, mas expandiu-se para outros agricultores. Essa tendência mecanização firmou-se no começo do século XX. As vendas anuais de máquinas agrícolas dos Estados Unidos, incluindo as exportações, alcançaram 101 milhões de dólares, frente a 7 milhões de dólares ao ano, alcançados 50 anos antes (FONSECA, 1990). As empresas deixaram de ser unidades artesanais para serem manufaturas. No fim do século XIX, já se formavam oligopólios nos Estados Unidos e na Europa (CLARK, 1929). Segundo Fonseca (1990) nos anos de 1980 apontava a Deere como a líder no mercado de maquinas agrícolas com cerca de 20 % do mercado mundial, e em segundo a Case/IH com 15 %, seguida pela Massey com 10 % e a Ford 5%. Um fato marcante na evolução dos maquinários foi a fusão e aquisição que tem por destaque nos anos de 1980 a aquisição da International Harvester pela Case e da New Holland pela Ford, e na década seguinte aconteceu a fusão das duas empresas que formaram a CNH Case New Holland que faz parte do grupo Fiat depois que ocorreu o processo de integração com a Fiat Allis. 2.1 EVOLUÇÃO DAS MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL O Brasil é o quarto maior mercado de tratores agrícolas do mundo, ficando atrás apenas da Índia, China e Estados Unidos. Em 2013, o País apresentou o segundo maior crescimento de vendas, de 17% frente a 2012, de acordo com a Agrievolution Alliance (VIAN ET AL. 2014). A mecanização agrícola no Brasil teve seu marco com a implantação da indústria de tratores no Brasil no ano de 1959 com a 152 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 153 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA instituição do Plano Nacional da Industrias de Tratores de Roda com as primeiras unidades produzidas em 1960 (VIAN ET AL. 2014). Um dos fatores que possibilitou a implantação da indústria de tratores foi o surgimento do setor automobilístico nos anos 50 e também com a expansão do setor de autopeças que foi capaz de suprir a demanda de peças (VIAN ET AL. 2014). No ano de 1960 registrou-se uma produção de 37 tratores de roda de potência media, sendo 32 deles produzidos pela Ford e 5 produzidos pela Valmet, empresas essas subsidiarias no mercado estrangeiro. No ano seguinte a indústria teve uma impulsão e colocou um total de 1.679 maquinas no mercado brasileiro. Segundo MELO (1976) no ano de 1963 a indústria de maquinas agrícolas era composta de seis firmas com capacidade de produção de 21.600 unidades considerando apenas um turno de trabalho. Em 1960 a relação era de um trator para cada 440ha cultivados sendo diminuída para 99ha/trator em 1980. No ano de 1993 o índice de mecanização mundial era de 52,2ha/trator representando a metade do índice brasileiro em 1995 (VIAN ET AL. 2014). 154 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Segundo Sarti, Sabbatini e Vian (2009) a tendência do mercado agrícola são uma maior potencia e automação dos maquinários, o que permite uma melhor eficiência, ganho maior e uma redução dos custos com as empresas do setor que buscam cada vez mais a diferenciação pela qualidade, potencia dos tratores e colheitadeiras. 2.2PRINCIPAIS MONTADORAS DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS O Fordson, foi o primeiro trator a obter grande sucesso, montado pela Ford e lançado em 1917. A grande inovação deste trator foi na linha de produção, onde pela primeira vez um trator foi montado em série, permitindo uma grande redução nos custos, em relação aos outros tratores montados descontinuamente, abrindo caminho para sua difusão na agricultura (MELO, 1976) Em 1917 a General Motors adquiriu a Samson Sieve-Grip Trator Company, de Stockton, Califórnia e planejou uma linha de carros e caminhões para ser produzida com os tratores. O modelo M foi produzido em 1919 mais era extremamente caro em relação ao Ford, o modelo Iron Horse foi produzido no mesmo ano movido por quatro cilindros da série 490 (MELO, 1976). Em 1837, John Deere, ferreiro e inventor, tinha pouco mais do que uma forja, um pedaço de aço polido que tinha sido jogado fora e uma ideia que viria ajudar os agricultores, alterando para sempre o rosto da agricultura. Em 1848, Deere dissolveu a sociedade com Andrus e mudou-se para Moline (Illinois), um pouco mais ao sul, para aproveitar a água e a facilidade de transporte que o Rio Mississipi poderia oferecer (MELO, 1976) Deere morreu em casa em 17 de maio de 1886. A companhia que ele fundou, continuou crescendo após a sua morte, e se tornou uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos para a agricultura e de construção do mundo, com negócios em mais de 160 países e com cerca de 46 mil funcionários no mundo inteiro. Entre os anos de 1920 e 1940 foram lançadas outras novidades, a John Deere introduz o modelo “D” com um custo menor em relação ao Fordson, que serviu como referência para outros tratores de sua linha, até os anos de 1960 (FONSECA, 1990). H. Hans, em 1921, desenvolveu o Lanz Bulldog que tinha como vantagem, em relação ao trator da John Deere, é que poderia ser Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 155 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA operado com qualquer tipo de combustível (gasolina ou óleo vegetal), assim apresentando um menor número de componentes (FONSECA, 1990). A Minneapolis Moline no ano de1938 com o modelo UDLX Comfartractor teve a intenção de combinar os atributos de um carro a um trator, foi o primeiro trator a ter cabine fechada (MELO, 1976). Depois da segunda guerra mundial Lamborghini começou a montar tratores com o equipamento excedente da guerra, em 1948 ele fundou a Lamborghini Trattori S.P.A. em sua garagem com o modelo Carioca que ajudou a impulsionar a Lamborghini ao posto de maior companhia agrícola da Itália (MELO, 1976). A Fiat é um enorme conglomerado em todos os tipos de industrias, ela está no ramo detratores a muito tempo operando no mercado da agricultura desde 1919 e é a segunda maior do segmento atrás apenas da John Deere, ela carrega marcas como a New Holland e a Case (MELO, 1976). O sistema Ferguson de engate de três pontos é conhecido no mundo todo. É uma marca que surgiu em 1958 da fusão entre marcas Massey Haris originaria dos Estados Unidos e Canadá e Ferguson originaria da Inglaterra, essa marca possui linha completa de equipamentos agrícolas incluindo tratores, colheitadeiras de grãos, pulverizadores e diversos implementos (MELO, 1976). 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A evolução dos maquinários agrícolas vem junto com o desenvolvimento da agricultura, num mundo onde a procura de alimentos vem crescendo junto com a população a necessidade de uma maior produção vem tomando conta dos principais centros agrícolas do mundo. Os maquinários vêm evoluindo e a cada dia que passa novas tecnologias vem surgindo para suprir essa demanda de alimentos, hoje em dia já existem sistemas de precisão que tornam a agricultura cada vez mais eficientes, no Brasil essa evolução demorou para acontecer mais hoje em dia devido à grande produção que ocorre no Brasil a indústria de maquinários ocupa um grande espaço na economia. 156 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMATO NETO, João. A indústria de máquinas agrícolas no Brasilorigens e evolução. São Carlos: Revista de Administração de Empresas, 1985. DEERE, J. Anual Report. 1999-2008 FONSECA, M. D. G. D. Concorrência e progresso técnico na indústria de máquinas para agricultura: um estudo sobre trajetórias tecnológicas. 1990. 268 (Doutorado). Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo. MELO, Fernando Homem de. Substituição de importações e insumos modernos. São Paulo: FIPE/USP, 1976. 142p. SARTI, F.; SABBATINI, R.; VIAN, C. E. F. Perspectivas do investimento em Mecânica. ProjetoPIB. 2009. Disponível em: <http:// www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/ Galerias/Arquivos/empresa/pesquisa/pib/pib_mecanica.pdf>. VIAN, Carlos Eduardo de Freitas et al. Origens, Evolução e Tendências da Indústria de Máquinas Agrícolas. Piracicaba: Resr, 2014. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 157 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 158 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF FAMÍLIA ARECACEAE (PALMAE) RODRIGUES, Aline Franciele Santos 1 SANTOS, Nathalia Carvalho dos ¹ AMARO, Amanda Cristina Esteves 2 RESUMO As palmeiras estão entre as plantas mais importantes para os seres humanos. Delas podem ser obtidos alimentos, material para construção civil, utensílios diversos, bijuterias de luxo, óleo para uso medicinal e energético, lubrificantes e muitos outros produtos industrializados. Além disso, elas têm lugar de destaque em projetos de paisagismo e na recuperação de ambientes degradados. O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de gêneros e espécies, descrevendo a família estudada, citando os locais de ocorrência e a sua importância para o agronegócio. Palavras-chave: Palmeiras; Arecaceae; Palmae. ABSTRACT The Palm are among the most important groups of plants to humans. Of these can be obtained food, construction material, various tools, luxury jewelry, oil for medicinal use and energy, 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]; 2 Professora dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 159 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA lubricants and many other industrial products. In addition, they have a prominent place in landscaping projects and in the recovery of degraded environments. The objective of this study was to survey of genera and species, describing the family studied, citing the occurrence of sites and their importance for agribusiness. Keywords: Palm trees; Areceae; Palmae. 1.INTRODUÇÃO Pertencentes a família Arecaceae (Palmae), as palmeiras são plantas monocotiledoneas, lenhosas, formando um grupo natural de plantas, com morfologia muito característica, que permite, mesmo aos mais leigos, a sua identificação sem maiores dificuldades (SODRÉ, 2002). Essa família apresenta espécies das mais relevantes entre os grupos vegetais de importância econômica regional, tornando essenciais para o sustento destas comunidades. Além disso, são plantas magníficas, com grande beleza e potencial altamente ornamental nas composições paisagísticas, traduzindo nos jardins, o mais fiel estilo tropical, admirado por todos os aficionados desta arte (SODRÉ, 2002). O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de gêneros e espécies, descrevendo a família estudada, citando os locais de ocorrência e a sua importância para o agronegócio. 2. DESENVOLVIMENTO De acordo com Judd (2009) e Aguiar (2013), a família Arecaceae, conhecida como a família das Palmeiras, apresenta plantas com caule raramente ramificados e com grande potencial meristemático apical, originando uma das características mais conhecidas que é o seu tamanho. Com grande potencial meristemáticos as espécies desta família levam consigo uma caraterística diferentes de algumas famílias, que é a altura podendo chegar até os 5 metros. Umas das peculiaridades desta família é que ela possui a maior semente do mundo pertencente a espécie Lodoicea maldivica (coco do mar) de acordo com JUDD (2009). 160 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Fisionomicamente as palmeiras, são árvores e arbustos, com caule revestido pela bainha das folhas ou lisos com cicatrizes evidentes (AGUIAR, 2013). E plantas as vezes espinhosas devido a modificações foliares, fibras expostas, raízes de pontas agudas, ou expansões de pecíolo (JUDD, 2009). Segundo Judd (2009) e Aguiar (2013), as folhas da Arecaceae são alternas e espiraladas, em geral agrupadas em coroa terminal, mas as vezes bem separadas simples e inteiras, ou grandes e pseudocompostas. Apresentam inflorescência de grande dimensão, axilares e terminais, envolvidas, pelo menos de início por uma grande bráctea (espata), geralmente lenhosa (AGUIAR, 2013). Suas flores são muito pequenas, trímeras, heteroclamídeas, actinomórficas, concrescentes ou livres, sésseis, unissexuais ou hermafroditas. Estames (3) 6 “. Ovário súpero de 3(-10) carpelos. Polinização por insetos; com néctar como recompensa (AGUIAR, 2013). Os frutos desta família são do tipo drupa, em geral com uma semente, frequentemente fibroso, raramente baga, endoperma com óleos ou carboidratos, às vezes ruminado (JUDD, 2009). FORMULA FLORAL: Com espécies amplamemte distribuídas em zonas tropicais e subtropicais, sobretudo nas Américas, muitas espécies são de grande importância para a economia (AGUIAR, 2013). O número exato de espécies é muito contraditório dependendo dos autores. Segundo o livro “Field Guide to the Palms of The Americas”, seriam aproximadamente 200 espécies típicas. Se forem incluídas as hibridas naturais, variedades botânicas e subespécies este número ultrapassaria 300. De acordo com Souza & Lorenzi (2012), apresentam 200 gêneros e 2000 espécies, sendo que, no Brasil, ocorrem aproximadamente 40 gêneros e 260 espécies entre as nativas e exóticas. Gêneros nativos: · Acrocomia - com a macaúba brasileira Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 161 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 162 · Aiphanes · Allagoptera · Aphandra · Astrocaryum - com o tucum · Attalea - com a piaçava · Bactris - a que pertence a pupunha · Barcella · Butia · Chamaedorea · Chelyocarpus · Cocos – no qual se situa o coco-da-bahia · Copernicia - que tem a carnaúba · Desmoncus · Dyctyocaryum · Elaeis - como o dendê · Euterpe - com o açaí e palmito-juçara · Geonoma · Hyosphate · Iriartea · Iriartella · Itaya · Leopoldinia · Lepidocaryum · Lytocaryum · Manicaria · Mauritia - a que pertence o buriti · Mauritiella · Oenocarpus · Pholidostachys · Phytelephas · Prestoea · Raphia - palmeira da ráfia Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF · Socratea · Syagrus - com o jerivá e o catolé · Trithrinax · Wendlandiella · Wettinia Gêneros introduzidos: · Acoelorraphe · Archonthophoenix · Areca- com a palmeira de betel · Arenga · Balaka · Bismarckia · Borassus · Brassiophoenix · Calamus · Calyptrocalyx · Carpentaria · Caryota · Chamaerops · Chambeyronia · Chryosophila · Coccothrinax · Corypha · Cyrtostachys · Dictyosperma · Drymophloeus · Dypsis · Gaussia · Gronophyllum · Heterosphate · Howea · Hyophorbe Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 163 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 164 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA · Hyphaene · Latania · Licuala · Livistona · Nypa · Oncosperma · Orania · Oredoxa · Phoenicophurum · Phoenix - com a tamareira · Pigafetta · Pinanga · Pritchardia · Pseudophoenix · Ptychosperma · Ravenea · Reinhardtia · Rhapis - palmeira rápis · Roystonea - a que pertence a palmeira imperial · Sabal - com o sabal · Satakentia · Schippia · Seafortia · Serenoa · Synechasthus · Thrinax · Trachycarpus · Veitchia · Verschaffeltia · Wallichia · Washingtonia · Wodyetia · Zombia Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Agronomicamente falando várias espécies da família Arecaceae apresentam interesse econômico, geralmente tropicais (AGUIAR, 2013). Segundo Judd (2009), são espécies alimentícias como, por exemplo, Cocos (coqueiro), Elaeis (dendê), e as que apresentam meristema apical comestível (palmito) como os gêneros Euterpe (açaí e jussara) e Bactrix (pupunha). Consoante a Judd (2009), diversos gêneros além de produzirem frutos comestíveis, são importantes economicamente falando pois fornecem fibras e material de cobertura como as espécies dos gêneros Caleemus, Copercicia e Raphia. Há espécies da família de uso ornamental de acordo com Aguiar (2013) como as Chamaerops humilis, Roystonea regia, Washingtonia filifera, W. robusta, Trachycarpus fortunei, Phoenix canariensis. 3.CONCLUSÃO As palmeiras juntamente com ás arvores, arbustos, gramados e plantas rasteiras constituem elementos componentes de parques e jardins. São as plantas mais características da flora tropical, com capacidade de transmitir ao meio em que são cultivadas, algo do aspecto luxuriante e do fascínio das regiões tropicais. São por esse motivo elementos muito importantes na composição do paisagismo nacional. A importância agronômica, no caso das palmeiras é que elas têm dupla renda, os seus frutos são comercializados e o palmito também, além das folhas que servem para a agricultura familiar, pela quantidade de fibras que contem sendo utilizada na produção de artesanatos. 4. REFERÊNCIAS AGUIAR, C. Botânica: para Ciências Agrarias e do Ambiente. Bragança: Instituto Politécnico de Bragança, 2013, 90 p. JUDD, W. S. et al. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, 632 p. SOUZA, V.C; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 165 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas do Brasil baseado em APG III. 3ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012. LORENZI, H. SOUZA, H. M. de. COSTA, J. T. M. CERQUEIRA, L. S. C. de. VON BEHR, N. Palmeiras no Brasil – nativas e exóticas. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1996. SODRÉ, J. B. Palmeiras no Paisagismo. Apostila – INAP. Belo Horizonte – Minas Gerais / Brasil. 2002. 166 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF FAMILIA ARECACEAE SANTOS, João Vitor Sobrinho1 SILVA, Stefani Caroline Chaves¹ ASSI, Lucas Cordeiro¹ AMARO, Amanda Cristina Esteves2 RESUMO Este artigo refere-se às plantas da família botânica Arecaceae (Palmae), a qual é conhecida popularmente como ‘’Palmeiras’’. Nesta pesquisa poderá ser encontrada descrição da família botânica, listas de principais espécies, importância econômica, características, gêneros e uso em paisagismo. Palavra-chave: Arecaceae, Palmeiras. Espécies. ABSTRACT This article refers to the plants of the botanic family Arecaceae (Palmae), commonly known as ‘Palm tree’. In this research can be found description of the botanic family, lists of major species, economic importance, characteristics, gender and use in landscaping. Keyword: Arecaceae, Palm tree, Species. 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF-Garça-SP-Brasil. E-mail: [email protected], [email protected], e [email protected]. 2 Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 167 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 1. INTRODUÇÃO A família Arecaceae está incluída entre as Angiospermas mais antigas do planeta contendo mais de 200 gêneros e 3.000 espécies restritas às regiões tropicais ou temperadas. As plantas dessa família são palmeiras lenhosas, caule do tipo estipe, com vasos em todos os órgãos vegetativos, com crescimento secundário atípico (sem formação de um cambio vascular), com menor amplitude ecológica (número de habitats), se comparada as eudicotiledôneas lenhosas (BAUERMANN, 2010). Ao contrário das árvores, as palmeiras não apresentam crescimento de ramos laterais (galhos), por que lhe falta à camada geradora responsável pela formação de estruturas secundaria (BAUERMANN, 2010). Devido a suas características botânicas constituem um grupo bem peculiar e com grande importância econômica e nutricional por se tratar de uma família que contem grande utilidade na fabricação de cosméticos e produtos alimentícios (BAUERMANN, 2010). A maior parte das palmeiras é nativa das regiões tropicais, mas algumas espécies ocorrem em regiões subtropicais ou mesmo em temperadas quentes, como a Chamaerops humilis L., existente nas margens do mar Mediterrâneo entre outras (BAUERMANN, 2010) O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico de gêneros e espécies pertencentes à essa família botânica, informando a descrição morfológica e sua importância Agronômica. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Ocorrência As plantas da família Arecaceae são plantas típicas dos trópicos, mas se encontram espalhadas nos mais diferentes habitats, mostrando adaptações específicas a cada meio. Parecem desenvolverse melhor nas florestas quentes e úmidas e nas ilhas (RODRIGUES, 2009). 168 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.2. Características Apresentam diversos tipos de folhas, formadas por bainha, pecíolo e lâmina, contem margens lisas, denteadas ou com espinhos podendo ter dois formatos, pinadas e palmadas (SOUZA et al, 2004). As inflorescências são formadas por brácteas pedunculares, raque e ramos florais, ocorre sua florada assim que as palmeiras atingem as formas adultas, porém diversos tipos de palmeiras chegam a seu estágio adulto em diferentes idades e podem florescer com três anos de idade ou até mesmo de trinta a oitenta anos (SODRÉ, 2005). Os frutos são majoritariamente do tipo drupa, ou seja, fruto carnoso envolvido por um endocarpo duro, são muito variáveis, popularmente conhecido como cocos ou coquinhos (SOUZA et al, 2004). Geralmente o fruto é preenchido por uma única semente dura e densa com formato variável. A maior parte da semente é formada por um endosperma conhecido como albúmen. O embrião está imerso no endosperma, normalmente em um extremo (SODRÉ, 2005). As raízes são cilíndricas do tipo fasciculada (cabeleira), nas quais não contem raiz principal, podendo ocorrer raízes aéreas em locais úmidos. Os caules são alongados, cilíndricos ou colunares, geralmente sem ramificação, caule com estipe, raramente dicotomicamente ramificada, terminando em uma coroa de folhas pinadas ou flabeliformes, ou trepadeiras, podendo conter espinhos e bainhas cobrindo o caule (SOUZA et al, 2004). 2.3. Importância econômica A família Arecaceae é de suma importância pois possui grande utilidade na produção de muitos produtos como, por exemplo, alimentos, combustível, medicamentos caseiros ou confecção de utensílios e adornos domésticos e, em alguns casos, como matéria prima para as indústrias locais. Além disso, são plantas com muito potencial na área de paisagismo por conter formas airosas e esbeltas, produzindo belos efeitos ornamentais em qualquer espaço que seja plantada (SODRÉ, 2005). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 169 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.4. Gêneros que pertencem a essa família Nativos: Acrocomia, Aiphanes, Allagoptera, Aphandra, Astrocaryum, Attalea, Bactris, Barcella, Butia, Chamaedorea, Chelyocarpus, Cocos, Copernicia, Desmoncus, Dyctyocaryum, Elaeis, Euterpe, Geonoma, Hyospathe, Iriartea, Iriartella, Itaya, Leopoldinia, Lytocaryum, Manicaria, Mauritia, Mauritiella, Oenocarpus, Pholidostachys, Phytelephas, Prestoea, Rhapia, Socratea, Syagrus, Trithrinax, Wendlandiella, Wettinia (SOUZA; LORENZI, 2012). Introduzidos: Acoelorrhaphe, Archontophoenix, Areca, Arenga, Balaka, Bismarckia, Borassus, Brassiophoenix, Calamus, Calyptrocalyx, Carpentaria, Caryota, Chamaerops, Chambeyronia, Chryosophila, Coccothrinax, Corypha, Cyrtostachys Dictyosperma, Drymophloeus, Dypsis, Gaussia, Gronophyllum, Heterosphathe, Howea, Hyophorbe, Hyphaene, Latania, Licuala, Livistona, Nypa, Oncosperma, Orania, Oreodoxa, Phoenicophorum, Phoenix, Pigafetta, Pinanga, Pritchardia, Pseudophoenix, Ptychosperma, Ravenea, Reinhardtia, Raphis, Roystonea, Sabal, Satakentia, Schippia, Seafortia, Serenoa, Synechasthus, Thrinax, Trachycarpus, Veitchia, Verschaffeltia, Wallichia, Washingtonia, Wodyetia, Zombia (SOUZA; LORENZI, 2012). 2.5. Principais espécies Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.): espécie originária do Brasil com ocorrência marcante em áreas de vegetação aberta, até 15m de altura, espinhos escuros e agressivos. Folhas pinadas, compridas, de aspecto crespo, também associada a espinhos. Inflorescências interfoliares vistosas, formadas por flores amareladas. Frutos globosos, na cor acastanhada quando maduros. Multiplica-se exclusivamente por sementes. Com grande potencial ornamental (SODRÉ, 2005). Archontophoenix cunninghamii H.Wendl & Drud: espécie originária da Austrália, apresentando palmito espesso e muito vistoso, folhagem pinada, arqueada, composta por pinas longas e planas. Inflorescências subfoliares, abaixo do palmito, em vistosos cachos 170 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF brancos ou púrpuros. Frutos globosos, na cor vermelho-brilhante, muito ornamentais. Propaga-se facilmente por sementes (SODRÉ, 2005). Areca vestiaria Giseke: planta pertencente a um dos mais importantes gêneros da família Arecaceae, com cerca de 50 espécies amplamente distribuídas pela Índia, Malásia, Filipinas, Indonésia e sul da China, habitando geralmente áreas de extratos inferiores das florestas. Com palmito aparente, atingindo até cerca de 5m de altura. Folhas pinadas, com pinas largas, muito ornamentais. Inflorescências subfoliares, curtas, com flores miúdas e discretas. Frutos pequenos, na cor vermelha, quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Bismarckia nobilis Hildebrandt & H. Wendl.: única espécie do gênero, nativa de Madagascar, atingindo por volta de 12m de altura, com estipe solitário, robusto e retilíneo. Folhagem palmada, verdeazulada, muito vistosa, de consistência rígida, chegando o seu limbo alcançar 3m de diâmetro. Inflorescências interfoliares, longas e ramificadas, seguidas de frutos pretos quando amadurecidos. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Butia capitata (Mart.) Beccari: espécie pertencente a um gênero de plantas bem brasileiras, de porte pequeno a médio, com até 6m de altura, estipe solitário e robusto, marcado por textura oriunda do desprendimento das folhas velhas. Folhagem pinada, com pinas rígidas e estreitas, na cor verde-acinzentada, presas a pecíolo bastante arqueado. Inflorescências interfoliares, pendulares e ramificadas na cor esbranquiçada. Frutos pequenos, amarelo-claros quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Caryota mitis Loureiro: planta originária da Índia e sudeste Asiático, com altura em torno de 6m, conforme a espécie. Apresenta conformação de touceira densa. Folhagem bipinada, grande, constituída por pinas recortadas nas extremidades. Inflorescências interfoliares, agrupada em cachos pendentes e curtos. Propaga-se por sementes e divisão de touceira (SODRÉ, 2005). Caryota urens (Lam.) Mart.: planta originária da Índia e Malásia, de porte médio para grande, podendo atingir mais de 15m de altura. Estipe solitário, robusto e altaneiro, marcado por anéis brilhantes provocados pelos desprendimentos das folhas velhas. Folhagem bipinada, bastante grande, constituída por pinas recortadas nas Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 171 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA extremidades, em forma de cunha. Inflorescências interfoliares, pendulares e volumosas na cor verde. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Chamaedorea elegans Mart.: palmeira originária do México e Guatemala, de porte pequeno, com altura inferior a 2 metros, apresentando estipe solitário e fino. Folhas pinadas, constituídas de pinas curtas, largas e lanceoladas. Inflorescência interfoliar, ramificada e voltada para cima, na cor amarelo-alaranjada. Frutos pequenos, presos a hastes avermelhadas, arredondados e negros quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Chamaerops humilis L.: espécie originária da região Mediterrânea, de porte pequeno, atingindo até 4m de altura, estipes frequentemente múltiplos, curvos, marcados por cicatrizes foliares, formando touceira densa. Folhagem palmada na cor verde ou acinzentada, conforme a variedade; a lâmina da folha apresenta-se profundamente dividida, enquanto que os pecíolos são armados por espinhos pequenos e recurvados. Inflorescência interfoliar com cachos curtos de flores creme-amareladas. Propaga-se por sementes ou separação de mudas que surgem ao lado da planta-mãe (SODRÉ, 2005). Cocos nucifera L.: espécie das mais populares em todo o mundo, com origem incerta, embora observa-se ocorrência espontânea no litoral brasileiro, mais precisamente entre Rio Grande do Norte e Bahia. Apresenta porte médio para grande, atingindo até 20m de altura, frutificando precocemente, motivo que os leva a ser chamados de anãs. Seu estipe solitário apresenta-se revestido de fibras, retilíneo ou curvado. Folhagem composta por pinas planas na cor verde forte. Inflorescência interfoliar, creme, ininterrupta ao longo do período produtivo. Frutos grandes, muito decorativos. Palmeira de grande importância econômica em todo o mundo devido a seu fruto do qual se extrai água para consumo in natura; outras partes são usadas para fabricação de doces, recipientes e substratos para plantas. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Copernicia macroglossa H.Wendl. ex Becc.: espécie exótica de porte pequeno, com até 6m de altura, originária de Cuba, com estipe solitário, revestido pelo aglomerado de folhas secas, persistentes, durante grande parte do ciclo vital da planta. Folhagem palmada com recortes profundos, rija, pecíolo curto, disposta densamente. 172 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Inflorescência interfoliar, ramificada e longa, excedendo o limite da folhagem. Frutos pequenos, globosos, escuros quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Corypha umbraculifera L.: planta exótica, originária da Índia e Ilha Sri Lanka, de grande porte, chegando a ultrapassar 20m de altura, estipe solitário, robusto, retilíneo e revestido pelos restos de bainhas das folhas velhas desprendidas. Folhagem densa, com folhas digitadas de grandes dimensões e sustentadas por fortes pecíolos. Inflorescência terminal, muito ramificada, na cor creme. A inflorescência que só ocorre em média aos 50 anos de vida da planta, determina sua morte paulatina. Frutos na cor castanha quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Cyrtostachys renda B.: espécie originária da Tailândia, Malásia, Sumatra e Borneu, de porte pequeno a médio, com até 8m de altura, apresentando estipes múltiplos, esguios, visivelmente anelados, com palmito muito vistoso, na cor vermelho-brilhante. Folhagem pinada, arqueada, constituída por pinas longas e planas. Inflorescências subfoliares formadas por flores pequenas que se transformam em frutinhos vermelhos quando maduros. Propaga-se por sementes ou divisão de touceiras (SODRÉ, 2005). Dypsis decaryi Dypsis decaryi (Jum.) Beentje & J. Dransf: espécie originária de Madagascar, de porte pequeno a médio, até 6m de altura, estipe solitário. Folhagem pinada, arqueada no extremo, com folíolos finos na cor verde-acinzentada. Os folíolos inferiores transformam-se em filamentos pendentes, enquanto que um polvilhamento branco recobre as folhas desde o pecíolo. Inflorescência interfoliar, votada para cima, com frutos arredondados, amarelo-pálidos, quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Pritchardia pacifica W.: planta originária das Ilhas Fiji e outras do Pacífico, de grande porte, com altura até 12m, estipe solitário, retilíneo, de textura lisa e pardacenta. Folhagem em leque, com o limbo plissado e consistente. Inflorescência interfoliar, muito ramificada. Frutos pequenos, inicialmente, vermelhos que vão se transformando em negro-acastanhados. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Ptychosperma elegans B.: espécie originária da Nova Guiné e ilhas circundantes, estendendo-se pelas Ilhas Salomão, Carolina e Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 173 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA norte da Austrália. Apresenta estipe solitário, delgado, elegante, com palmito proeminente e folhas pinadas, curtas, constituídas de pinas com ápices recortados irregularmente, em geral planas, ao longo da raque. Inflorescência subfoliares, abaixo da zona do palmito, ramificada, sucedida de frutos pequenos, globosos, na cor vermelhavivo, quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Roystonea regia (Kunth) O.F.Cook (syn. R. elata, R. floridana): planta originária do Panamá, Cuba e Guiana, de grande porte, com até 15m de altura. Estipe solitário, robusto, liso, aparentando coloração esbranquiçada, abaulado na base ou não, com palmito volumoso revestido de verde. Grandes folhas pinadas, com folíolos longos, inseridos em ângulos diferentes. Inflorescência subfoliar, na base do palmito, bastante ramificada. Frutos arredondados, pequenos e arroxeados. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). Washingtonia filifera Wendl.: planta originária da América do Norte, de grande porte, chegando até 15m de altura. Estipe solitário, muito robusto, com textura atraente, produzida pela reminiscência das folhas velhas ainda aderentes, produzindo um desenho trançado. Folhagem em leque, com folhas grandes, rígidas, divididas em segmentos pendulares com muitos fios. E sustentadas por pecíolos vigorosos e fortemente armados por espinhos recurvados. Inflorescência interfoliar, ramificada e pendente, chegando a sobressair o limite da copa. Frutos diminutos e pretos quando maduros. Propaga-se por sementes (SODRÉ, 2005). 3. CONCLUSÃO Com este artigo, concluímos que a família botânica Arecaceae tem uma grande importância no reino vegetal, pois além do seu grande papel no paisagismo, muito utilizados em qualquer canto do mundo, também tem grande importância econômica sendo utilizada em muitos produtos, tanto cosméticos quanto alimentícios, entre outros. 4. REFERÊNCIAS BAUERMANN, S. G. et al. Diferenciação polínica de Butia, Euterpe, Geonoma, Syagrus e Thritrimax e implicações paleoecológicas de 174 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Arecaceae para o Rio Grande do Sul. Iheringia, v.65, n.1, p35-46. 2010. RODRIGUES, B. N. Análise morfológica e cromossômica de populações da palmeira clonal Geonoma elegans Mart., em diferentes altitudes no núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar – SP. 2009. 55 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade de Taubaté, Serra do Mar/SP. 2009. SODRÉ, J. B. Morfologia das palmeiras como meio de identificação e uso paisagístico. 2005. 62 f. Especialização (Plantas Ornamentais e Paisagismo) - Universidade Federal de Lavras. Lavras/MG. 2005. SOUZA, H. M. et al. Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarium de Estudos da Flora LTDA., 2004. 416 p. SOUZA, V.C; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas do Brasil baseado em APG III. 3ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 175 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 176 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF FAMÍLIA CUCURBITACEAE PEREIRA NETO, Sebstião Garcia1 MARINO JUNIOR, José Roberto1 AMARO, Amanda Cristina Esteves2 RESUMO As cucurbitáceas se agrupam em mais de 850 espécies constituídos por 120 gêneros, no Brasil destaca-se a produção dos gêneros Cucurbita, Citrullus, Cucumis e Sechium. São plantas de ciclo anuais, eudicotiledôneas, herbáceas, monoicas possuem flores masculinas e femininas na mesma planta, sendo o processo de polinização de extrema importância, pois aumentam a viabilidade, variabilidade genética, produtividade e qualidade dos frutos. As cucurbitáceas apresentam grande diversidade e aceitação na alimentação ocupando espaços nas mesas tendo participação significativa na produção mundial, possuindo grande importância agronômica e econômica gerando pesquisas e empregos visando à variabilidade genética, tolerância e produtividade. Palavras-chaves: Cucurbitaceae, Cucumis, Citrullus, Cucurbita. ABSTRACT The cucurbitaceas get together over more them 850 species and constituded by 120 genus, in Brazil stands out the production of genus 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected] 2 Professora do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 177 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Cucurbita, Citrullus, Cucumis and Sechium. They are plants with annual cycle, eudicotyledon, herbaceous, monoecious, with malee and female flowers on the same plant, the process of pollination is extremely important, it increases the reability and genetic variability, productivity and fruit quality. The cucurbitaceas present great diversity and acceptance in food, occupying spaces in the table, having significant participation in world production, presenting great agronomic and economic importance, creating research, jobs, targeting the genetic variability, tolerance and productivity. Key-words: Cucurbitaceae, Cucumis, Citrullus, Curcubita 1.INTRODUÇÃO A família Cucurbitaceae é de extrema importância econômica e alimentar, pois agrupa mais de 850 espécies constituído por 120 gêneros, os quais apresentam valores funcionais reconhecidos (NUNES et al., 2011). Está classificada dentro da divisão Magnoliophyta, classe Magnoliopsida e se divide em duas subfamílias Cucurbitoideae e Zanonioideae, distribuídas em regiões de clima quentes e úmidas subtropicais, tropicais e temperadas (SILVA, 2004). Devido à variedade de espécies constituindo grande variabilidade genética localizado no Brasil há várias pesquisas sobre polinização, produção de frutos, sementes e incidência de doenças nos cultivares, visando alternativas e tecnologias na criação de híbridos resistentes para aumentarem a produção, viabilidade e qualidade dos frutos (LEAL, 2013) O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a família Cucurbitaceae, descrevendo suas peculiaridades, locais e importância agronômica e econômica. 2.DESENVOLVIMENTO As cucurbitáceas são plantas anuais, herbáceas, de crescimento indeterminado ou determinado (abobrinha de árvore), eudicotiledôneas de hábito rastejante ou trepador, podendo possuir gavinhas para sustentação e proteção das ramas e frutos contra ventos. Possuem ramos primários vigorosos e secundários, as folhas são dispostas de forma alternada (NETO et al., 2008). As plantas são 178 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF monoicas, as quais possuem flores unissexuais masculinas e unissexuais femininas, na mesma planta. Suas flores são actinomorfas, diclamídeas, cujo o cálice apresenta (3-)5(-6) sépalas, dialissépalas ou gamossépalas, e a corola apresenta (3-)5(-6) pétalas, geralmente gamopétalas (SOUZA; LORENZI, 2012). A flor feminina apresenta hipâncio geralmente alongado, ovário ínfero, (2-)3(-5) carpelos, unilocular ou dividido em falsos lóculos pela intrusão de placentas parietais. As flores masculinas contêm (1-)3-5 estames livres entre si com ou sem estaminódios. O número de estames e a sua disposição, constituem caráter de valor na sistemática das cucurbitáceas (SILVA, 2004). No Brasil ocorrem cerca de 25 gêneros e 150 espécies (SOUZA; LORENZI, 2012). Gêneros nativos: Apodanthera Cayaponia Ceratosanthes Cucurbitella Cyclathera Echinopepon Elaterium Fevillea Gurania Helmontia Luffa Melancium Melothria Melothrianthus Posadaea Pseudocyclanthera Psiguria Pteropepon Rytidostylis Selysia Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 179 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Sicana Sicydium Sicyos Siolmatra Wilbrandia Gêneros introduzidos: Citrullus Cucumis Cucurbita Ecballium Lagenaria Momordica Peponopsis Sechium Trichosanthes Os gêneros Cucurbita e Cyclanthera são originários do continente Americano e os demais gêneros são originários da África e da Ásia. No Brasil, destaca-se em todo país a produção dos gêneros Cucurbita (abóboras, abobrinhas, morangas e abóboras de árvore), Citrullus (melancia), Cucumis (melão, pepino e maxixe) e Sechium (chuchu), sendo estes produzidos em grande escala em relação aos gêneros Luffa sp. (Bucha vegetal), Legenaria (cabaças e caxis). Nos estados de Minas Gerais e Bahia se concentra os maiores produtores de abóbora nativa e de moranga; já o cultivo de pepino está concentrado nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, onde se destaca o cultivo em sistema protegido os principais produtores de melancia estão situados no Nordeste e Sul (PINHEIRO; AMARO, 2010). A polinização é de extrema importância para fecundação e pegamento dos frutos, esse processo ocorre intensamente pela manhã, sendo as abelhas os principais agentes polinizadores aumentando a frutificação, qualidade, variabilidade e produtividade dos frutos. Recomenda- se ter colmeias próximas aos plantios na fase de frutificação e evitar pulverizações com inseticidas nesta fase ou na presença de abelhas (DIAS et al., 2010). São plantas sensíveis às variações de fotoperíodo, sendo que o maior fotoperíodo favorece 180 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF o crescimento e o florescimento da cultura (NETO et al., 2008). As cucurbitáceas são exigentes em nutrição sendo necessário implantar a cultura em solos balanceados de acordo com a cultura, com temperatura constante superior a 12 graus centígrados, necessita de rega contínua e de solos drenados para que se alcance a produtividade esperada (PONCINI, 1975). Se possível deve-se adotar práticas de proteção e posicionamento dos frutos melhorando sua aparência, pois diminui o contato direto com o solo para evitar o apodrecimento e manchas (DIAS et al., 2010). É alta a incidência de doenças nas cucurbitáceas, pois são sensíveis as variações climáticas, em casa de vegetação o ataque de fitopatógenos é favorecido pela temperatura e umidade, destacando-se os fungos e ataque de insetos vetores de vírus causando danos representativos na produção, na qualidade e no valor de mercado. A técnica de enxertia é empregada nas cucurbitáceas tendo como finalidade conferir resistência à doenças, pragas de solo, variações climáticas e proporcionar vigor ao cultivar (PEIL, 2003). O cultivo intenso promove o desenvolvimento e resistência de diversas pragas (PINHEIRO; AMARO, 2010) como doenças, vermes de solos e insetos. Deve promover boas práticas como manejo da água de irrigação, controle de pragas daninhas, manejo de defensivos agrícolas e rotação de cultura para diminuir o ciclo e ataque de pragas e doenças, promovendo o cultivo sustentável (DIAS et al., 2010). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 181 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3. CONCLUSÃO A família Cucurbitaceae tem grande diversidade entre espécies, apresentando participação significativa na produção mundial e na alimentação, na qual são consumidos frutos e sementes. Possui grande importância econômica, pois demanda grande mão de obra nos tratos culturais como preparo do solo, plantio, desbaste, condução das ramas, colheita, comercialização, permitindo gerar empregos diretos e indiretos aumentando a renda da agricultura no campo. As cucurbitáceas são exigentes em nutrição e tratos culturais, os extencionistas rurais devem promover boas práticas para diminuir o ciclo e ataque de pragas e doenças, visando à produtividade promovendo o cultivo sustentável com mínimo de impacto ao meio ambiente e á saúde humana e animal. 4. REFERÊNCIAS ALMEIDA, D. P. F. Cucurbitáceas hortícolas. 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Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/ 182 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF bitstream/tede/3767/8/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Iada%20 Anderson% 20Barbosa%20Leal%20-%202013.pdf NETO, C. R.; TEIXEIRA, C. A. D.; FERNANDES, C. F. et al. Cultivo da melancia em Rondônia. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2008. 103 p. file:///C:/Users/Usuario/Documents/melancia.pdf NUNES, E. D.; LIMA, M. A. C.; BORGES, R. M. E. et al. Atributos físicos de qualidade em acessos de abóbora procedentes de estados da região nordeste. 2011. Acesso em: 07 set 2016. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/904891/ 1/Dora2011.pdf PEIL, R. M. A enxertia na produção de mudas de hortaliças: revisão bibliográfica. Ciência Rural. Santa Maria, v.33, n.6, p.1169-77, novdez, 2003. Acesso em: 10 set 2016. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF FAMÍLIA FABACEAE LUCENA, Mayara de Brito 1 LION, Pedro Augusto Oliveira1 AMARO, Amanda Cristina Esteves 2 RESUMO Este trabalho teve como objetivo buscar informações sobre a Família Fabaceae. Nele buscaram-se a descrição da família botânica, antigamente conhecida como Leguminosae, sendo a terceira maior família das Angiospermas, seus locais de ocorrência é por todos continentes exceto no Polo norte e sul. As Fabaceae apresenta três subfamílias sendo elas Caesalpinoideae, Papilionoideae e a Mimosoideae. Foi incluso na pesquisa sua importância agronomicamente como plantas alimentícias, por produzir grãos utilizados como base na alimentação humana. Assim a elaboração deste artigo foi importante para um aprendizado mais profundo da família botânica. Palavras-chave: Botânica; Fabaceae; Leguminosae; Sistemática. ABSTRACT This study aimed to seek necessary information on the Fabaceae family. It sought the description of the botanical family, formerly known as Leguminosae, being the third largest family of Angiosperms , their places of occurrence is for all continents except North and 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Professora dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 185 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA South Pole. The fabaceae has three subfamilies and they Caesalpinoideae, Papilionoideae and Mimosoideae . It has been included in the research importance agriculturally as food plants by producing grains used as the basis for human consumption. So the writing of this article was important for a deeper learning of the botanical family. Keywords: Botany; Fabaceae; Leguminosae; Systematics. 1.INTRODUÇÃO A família Fabaceae, antigamente conhecida como Leguminosae, é a terceira maior família das Angiospermas, sua distribuição é cosmopolita, podendo ser encontrada em diversos habitats e ecossistemas. Nessa família inclui-se cerca de 650 gêneros e aproximadamente 19 mil espécies. Os maiores gêneros são: Indigofera - 500 espécies; Crotalaria -500 espécies; Trifolium – 300 espécies; Phaseolus – 200 espécies; Lupinus e Dalbergia – 200 espécies (CAPELLARI, 2000). Sua importância agronomicamente é que suas espécies combinadas com outras plantas melhora a fertilidade do solo, elas são muito empregadas como adubo verde, pois suas raízes contêm nódulos que são resultados da ação com bactérias do gênero Rhizobium, que fixam nitrogênio no solo. Já os resíduos da cultura podem servir como forragem. Além de função alimentícia (por exemplo, feijão, ervilha e grão-de-bico), as leguminosas podem ser ricas em fibras (crotalaria), forrageiras (trevo-forrageiro, alfafa), oleaginosas (soja, amendoim), e, também, podem fornecer madeira (jacarandá-da-bahia, caviúna), ornamentais, invasoras e medicinais (CAPELLARI, 2000). O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a família Fabaceae, descrevendo suas peculiaridades, locais e importância agronômica e econômica. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 DISTRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA FABACEAE Fabaceae é uma das maiores famílias de plantas no mundo, em relação a gêneros e espécies, e em importância economicamente e 186 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF agronomicamente. Sendo registrada no Brasil com 2.735 espécies e 212 gêneros (16 endêmicos), sendo abundantes em quase todos os seus biomas e ecossistemas (LIMA et al, 2014). Com o tempo, a família sofreu algumas modificações, quanto à posição, organização intrafamiliar e relações evolutivas com outros grupos de plantas. Reconheceram que mesmo dentro de um único grupo, identificaram três subfamílias para fabaceae, sendo elas: Papilionoideae, Caesalpinioideae e Mimosoideae, também apresentada no presente trabalho (MARTINS, 2009). 2.2 CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS São plantas diversificadas, tanto em seu hábito quanto em porte e folhas. Seu hábito é variado podendo ser herbáceas, trepadeiras, arbustivas, arbóreas, trepadeiras lenhosas, e raramente espinescentes. Ramos frequentemente armados com acúleos ou espinhos (QUEIROZ, et al 2009). As raízes de quase todas as plantas possuem a simbiose que com auxilio das bactérias Bradirbizobium e Rhizobium, as quais fazem com que o nitrogênio se fixe com mais facilidade no solo. Suas flores são hermafroditas, completas, 4-5 pétalas sua inflorescência geralmente é racemosa, com flores vistosas ou não. Corola é dialipétala ou gamopétala, actinomorfa ou zigomorfa. O androceu é dialistêmone ou gamostêmone, podendo ser oligo (raro) diplo ou polistêmone. O gineceu pode ser unicapelar, súpero e característico de toda família. A corola geralmente é pentâmera. Suas pétalas são semelhantes entre si ou diferenciadas em carenas ou quilhas, alas ou asas e vexilo ou estandarte (QUEIROZ, et al, 2009). Seu fruto é característico como vagem ou legume, podendo ocorrer em alguns casos como: folículo, lomentos, sâmara, drupa e legumes atipicamente indeiscentes (QUEIROZ, et al, 2009). Suas folhas são alternas e compostas, podendo ser pinadas, bipinadas, trifoliadas e digitadas. Alguns têm a presença de estipulas, que em muitos casos se transforma em espinhos. Na base de suas folhas contém articulações chamadas de pulvinos e pulvínulos. Algumas espécies do gênero Mimosa utilizam essas articulações para se movimentar mais rápido contra agente externos, denominado como plantas sensitivas (QUEIROZ, et al, 2009). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 187 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.3 PRICIPAIS ESPÉCIES Arachys hypogaea L. (amendoim); Crotalaria juncea L. (crotálaria); Crotalaria paulina Scharank (crotálaria); Dalbergia nigra Allem. (jacarandá-da-bahia); Erythrina crista-galli L. (eritrina-cristade-galo); Erythrina falcata Benth (suinã); Glycine max (L.) Merr. (soja); Glycine wightii (Wight & Arn.) Verdc. (soja perene); Lathyrus odoratus L. (ervilha-de-cheiro); Lens esculenta Moench. (lentilha); Lupinus albus L. (tremoço); Medicago sativa L. (alfafa); Myrocarpus frondosus Allemão (cabreúva-amarela); Ormosia arborea Harms (olho-de-cabra); Phaseolus vulgaris L. (feijão); Stizolobium aterrimum Piper & Tracy (mucuna-preta) (CAPELLARI, 2000). 2.4 SUBFAMÍLIAS 2.4.1 PAPILIONOIDEAE É a maior subfamília entre a Fabaceae, representando cerca de 13.800 espécies divididas em 483 gêneros, em 28 tribos. Sendo o grupo mais importante economicamente é o maior grupo que contem plantas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico (RODRIGUES; GARCIA, 2008). Tem função de recuperar áreas degradadas e na manutenção da sustentabilidade do solo. Dentre as principais espécies de interesse econômico destacam-se a soja (Glycine max (L.) Merr.), o feijão (Phaseolus vulgaris L.), o amendoim (Arachys hypogaea L.), a ervilha (Pisum sativum L.), o grão de bico (Cicer arietinum L.) e a alfafa (Medicago sativa L.), importantes na indústria alimentícia (CARDOSO et al., 2012). Compreendem plantas que variam de espécies herbáceas até espécies arbóreas, espalhadas por todo o planeta, apesar de ser representantes herbáceos encontrados em regiões temperadas. Caracteriza-se por folhas pinadas, em geral trifoliadas, inflorescência racemosa ou paniculada e flor papilionóide, característica morfológica comum a quase todas as Papilionoideae (CARDOSO et al., 2012). As flores têm simetria zigomorfa e prefloração imbricada vexilar, havendo algumas exceções (LEWIS et al., 2005; RODRIGUES; GARCIA, 2008). Também exibem sementes com a região do hilo bem delimitada e embrião com eixo da radícula 188 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF curvo, característica que as diferencia das Caesalpinioideae e Mimosoideae (CARDOSO, 2008). 2.4.2 MIMOSOIDEAE Mimosoideae é a segunda maior subfamília de Fabaceae, com 3.270 espécies pertencentes a 82 gêneros e quatro tribos (Mimoseae, Acacieae, Ingeae e Mimozygantheae). São distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais, com diversos gêneros distribuídos nas regiões temperadas. A América tropical, África, Ásia e Austrália são os maiores centros de diversidade dos táxons de Mimosoideae, sendo que na América tropical sua diversidade é ainda maior. No Brasil, foram encontradas 580 espécies nativas em 26 gêneros (BARROS et al., 1999). Estudiosos apontam o monofiletismo de Mimosoideae, posição que tem ganhado força a partir de estudos moleculares e morfológicos. De outra forma, trabalhos recentes mostraram resultados que indicam a possibilidade de classificar as Mimosoideae como grupo parafilético devido ao fato de os gêneros Dinizia e Piptadeniastrum serem mais próximos filogeneticamente dos gêneros de Caesalpinioideae (SANTOS, 2011). Seu hábito é variado com espécies arbóreas, arbustivas, lianas e herbáceas. Morfologicamente, Mimosoideae apresentarem folhas em geral bipinadas, com folíolos frequentemente numerosos; corola com prefloração valvar, flores pequenas, actinomorfas e agrupadas de diversos modos, principalmente espiciforme e capituliforme. Apresentam sépalas e pétalas geralmente unidas na base, sendo os estames a parte mais vistosa da flor. No que se refere à semente, apresentam pleurograma, e quanto ás raízes, apresentam nódulos. Os frutos podem ser de diversos tipos (LEWIS et al., 2005). 2.4.3 CAESALPINIOIDEAE A justificativa das indefinições quanto à classificação filogenética de Fabaceae é o fato das Caesalpinioideae constituírem um grupo parafilético (SOUZA; LORENZI, 2012; QUEIROZ, 2009). A insuficiência de estudos aprofundados sobre o grupo justifica a permanência dessas Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 189 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA plantas ao lado das Mimosoideae e Papilionoideae como subfamília de Fabaceae apesar das diferenças. As Caesalpinioideae compreendem 171 gêneros e cerca de 2.250 espécie. Estão distribuídas em quatro tribos (Caesalpinieae, Detarieae, Cassieae e Cercideae) esta última, à qual pertence o gênero Bauhinia, é claramente distante das demais, o que justifica o seu monofiletismo Tem hábitos variados, sendo caracterizados especialmente pelas folhas paripinadas; flores zigomorfas, diclamídeas ou mais dificilmente monoclamídeas, dialipétalas, com prefloração imbricada, de modo geral com o número de estames sendo o dobro do de pétalas, sendo livres entre si e pouco vistosos. As sementes apresentam pleurograma (SOUZA; LORENZI, 2012). 2.5 PRINCIPAIS GÊNEROS 2.5.1 Indigofera Os representantes do gênero são arbustos, subarbustos ou ervas, eretos ou prostrados. O indumento geral das plantas é constituído predominantemente por tricomas bifurcados que, são raros na família Fabaceae, e em menor grau por tricomas simples. Todas as espécies possuem os tricomas bifurcados predominantemente com os braços retos, de mesmos tamanhos e adpressos, orientados na mesma direção e em sentidos opostos. Na folha possuem duas estípulas na base das folhas, normalmente subuladas e com o comprimento variando. Sobre a inflorescência constituem-se de racemos axilares, subsésseis, em geral as inflorescências apresentam um indumento denso. Suas flores são pediceladas protegidas por brácteas, com o pedicelo e o cálice coberto por tricomas bifurcados (MOREIRA; TOZZI, 1997). 2.5.2 Crotalaria Constitui-se em um dos maiores gêneros da família Fabaceae, com cerca de 500 espécies, distribuídas em regiões tropicais e subtropicais. É o único dentre todos os gêneros que apresenta representantes nativos do Brasil. Caracterizam-se por adotar porte herbáceo ou arbustivo; folhas digitado-trifolioladas, unifolioladas 190 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ou simples; flores com corola predominantemente amarela; estames 10, monadelfos, formando um tubo aberto por fenda, anteras dimorfas e legumes inflados. São encontradas em diferentes condições ambientais, sendo áreas próximas a rios, morros litorâneos, restingas, campos e cerrados. E ainda, são oportunistas e muito comuns como invasoras e aparecem em locais como: margem de estradas e pastagens. (MIOTTO 2005; LEWIS et al., 2005) O legume inflado, quando este próximo à deiscência, suas sementes ficam livres em seu interior e, assim, quando agitado produz som parecido ao de um chocalho ou ao guizo de cascavel (QUEIROZ, 2009). 2.5.3 Trifolium Este gênero abrange toda a melhoria de um pasto degradado, por possuir alto valor nutritivo e excelente produção de forragem. São plantas herbáceas, às vezes com rizomas lenhosos, pequenas e médias empresas, com hastes ereto, ascendente, enraizamento nos nós ou não (MORAES, et al, 1989). 2.5.4 Phaseolus Representado pelos diversos tipos de feijão. De modo geral, podem ser utilizados como adubo verde ou cultura de cobertura para proteção do solo, sendo, portanto, uma fonte de renda e alimento. Outra característica que favorece a produção do gênero Phaseolus é a variabilidade climática que se adaptam facilmente (NOBRE et al., 2012). 2.5.5 Lupinus São plantas herbáceas, anuais ou perenes. Raramente arbustos. Contém hastes eretos. Folhas alternas, estipuladas, largamente pecioladas, digitadas, persistentes; estípulas na base do pecíolo; folíolos (3)5-10(15). Inflorescências racemosas, terminais, eretas, com flores dispersas ou agrupadas em verticilos ao longo do eixo, brácteas normalmente caducas; bractéolas persistentes, geralmente adnatas a base do copo. A cor pode variar de amarelo para verde (DURAN, 2011). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 191 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.5.6 Dalbergia Contém a presença de nódulos radiculares do tipo aesquinomenóides sendo a sinapomorfia do grupo; tricomas com base glandular em órgãos vegetativos e reprodutivos e o lobo abaxial bem desenvolvido do cálice, entretanto, em alguns taxa, estes últimos traços foram secundariamente transformados (LIMEIRA, 2012). 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluindo, a família Fabaceae adota diversas utilizações como, por exemplo, compõem a alimentação básica humana, pode ser incluída na ração animal, melhoram a fertilidade do solo, são ornamentais, e medicinais, também podem ser utilizadas como forrageiras e fornecer madeira. Portanto, as Fabaceae são importantes para a economia e traz grandes benefícios para a agricultura em si. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SCHWIRKOWSKI, P. Fabaceae. FloraSBS, 2016. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF FAMILIA POACEAE GODOI, Cauê Lourenço1 SOUZA-FILHO, Fernando Ferreira¹ SILVA, Helber Leme Costa¹ BARBOSA, Matheus Rodrigues¹ AMARO, Amanda Cristina Esteves2 RESUMO Poaceae é uma família do Reino Plantae, do Filo Magnoliophyta, da Classe Liliopsida e da Ordem Poales. É uma das famílias que são mais utilizadas na agricultura, por sua variabilidade de produção, pois dela geram-se: alimentos, biocombustíveis, alimentos para animais, entre outros. Ela também apresenta resistência ao clima quente, e visa um bom lucro para o País. Suas culturas podem ser anuais, semi-perene ou perene. Também a principal família economicamente falando, pelo sistema Angiosperm Phylogeny Group. Palavras chaves: Família, Poaceae, Táxon. ABSTRACT Poaceae is a family of the Kingdom Plantae, Phylum Magnoliophyta, Class Liliopsida and Poales Order. It is one of the families that are most widely used in agriculture, in variability of 1 Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 2 Professora do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 195 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA production, as it generates up: food, biofuels, animal feed, among others. It also has a lot of resistance to hot weather, and aims at a good profit for the country. Their cultures may be annual, semievergreen or evergreen. Also the main family economically speaking, by the Angiosperm Phylogeny Group system. Key words: family, Poaceae, Taxon. 1. INTRODUÇÃO A família Poaceae, anteriormente chamada de Gramineae, e, por isso, também conhecida como gramíneas. Seus representantes consistem em plantas floríferas, monocotiledôneas e é a família mais importante dentre as famílias economicamente relevantes para os humanos. Em 1789, no Sistema de Jussieu, Gramineae era o nome de uma ordem que tinha 58 gêneros. Com o passar dos anos e novas descobertas, em 1981 o Sistema de Cronquist incluiu esta família na ordem Cyperales. Só que mais tarde, esta ordem deixou de existir e foi então que o Angiosperm Phylogeny Group (APG) em 1998 determinou esta família, que recebia o nome de Gramineae, e tinha perto de 700 gêneros e 12.000 espécies, numa nova ordem: Poales (SOARES, 2009). Uma das principiais espécies da família Poaceae é o Arroz (Oryza sativa), um dos alimentos mais consumidos pelo mundo, principalmente na Ásia. O seu cultivo vem da China e Índia, e existem evidencias que certificam que o arroz existe há mais de 7000 anos. Devido ao nome desse vegetal, não se sabe como surgiu o nome, as informações mais concretas remontam ao ano de 2822 a.C., durante uma cerimônia instituída pelo imperador da China, que consistia em semear o arroz, ele próprio. O nome arroz derivou-se da Arábia, que chamavam de Uruz, Rouz, ou Arous. Na América, não existem documentos seguros para afirmar a época precisa do início do cultivo do arroz no continente. Contudo, as informações que se têm data de 1694, na Carolina do Norte, e em 1718, na Louisiana, nos Estados Unidos. O arroz é um dos alimentos mais populares do Brasil. Foram os portugueses que trouxeram para cá e deram para os índios. No Brasil, as notícias sobre cultivo do arroz começam ao início da colonização, depois ele se dispersa pelo litoral do nordeste, sendo somente para o próprio consumo. Somente com a abertura dos portos 196 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF por D. João VI, em 1808, é que o cereal começou a ser importado para o país, fazendo com que o arroz entrasse no habito dos brasileiros. Em 1904, no município de Pelotas, surge a primeira lavoura empresarial, já irrigada. Depois, a cultura chegou a Cachoeira do Sul e, a partir de 1912, teve grande impulso, graças aos veículos movidos a vapor. Eles acionavam bombas de irrigação nos veículos, o que facilitava a inundação das lavouras de arroz. Assim sendo, junto com a tecnologia, veio o desenvolvimento genético, aprimorando elas e integrando tecnologias do plantio à colheita, melhorando a qualidade do grão, mas em 1940, quando maiorias das pessoas moravam na zona rural, o trituramento dos grãos era feito através do pilão, que exigia muito esforço, com o crescimento da população e da demanda de alimentos, foram criados meios industriais para colheita e plantio. (SANTANA, 2012). Também temos o Trigo (Triticum sp.) é uma gramínea cultivada em todo o mundo, sendo a segunda maior cultura de cereal. Ele é um alimento básico, utilizado para fazer farinha, e junto dela o pão, também alimentos dos animais, e até junto na fabricação de cerveja. O trigo também é plantado como uma forrageira, para produção de feno. Ele foi primeiramente cultivado no Oriente Médio, originado da Síria, Turquia e Iraque, há 10.000 anos, ela teve sucesso como uma planta para a produção de alimentos, tendo um maior sucesso como planta de semente pequena, e que não se dispersa pelo vento. O cultivo de trigo é chamado de triticultura, e em 2003, foi um dos maiores consumos mundial (67 kg per capita), perdendo somente para o ano de 1997, que foi 101 kg per capita. O trigo é o alimento básico, ao contrario do arroz, ele é mais difundido globalmente. O manejo dele necessita de conhecimento dos estágios da plantação, aplicando fertilizantes, fungicidas, ajudando corretamente nos estádios de desenvolvimento da planta. Sabendo isso, também será preciso saber como identificar os períodos de maior risco para a planta quanto ao clima, ele deve ser livre de insetos e doenças para poder dar uma boa produtividade ao produtor, do contrario poderá perder totalmente a cultura. (SANTANA, 2012). Temos também a Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), que vem também da Ásia, que foi introduzida no Brasil pelos portugueses, começando pelo nordeste, sendo responsável por ter tido uma das maiores exportadoras de açúcar do mundo, no século XVI. Hoje se Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 197 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA encontra mais na região do interior do estado de São Paulo, um dos maiores produtores do Brasil, produzindo atualmente o etanol, que economicamente contribui para um desenvolvimento sustentável. Geralmente ela era utilizada como alimento para o gado, e em ingredientes de alimentos (rapadura), na aguardente, entre outros produtos. Este arbusto apresenta o caule delgado, agradável ao tato e extenso, o qual é recoberto de folhas igualmente compridas e esverdeadas. Na haste há um elevado teor de açúcar. Ela se desenvolve em temperaturas altas e úmidas, que juntando, facilitam a germinação, e o progresso do vegetal. As terras apropriadas para o cultivo desta planta são as mais fundas densas, dotadas de maior estrutura e fecundas. Por ser grosseira, a cana-de-açúcar evolui de forma satisfatória em territórios repletos de areia e menos abundantes de recursos, como o cerrado. A cana-de-açúcar alem de ajudar economicamente ela ajuda as regiões que tem usinas de açúcar a dar empregos, a região que tem maior produtividade é de Ribeirão Preto, e o cultivo dela é um dos mais significativos nas regiões tropicais. (SANTANA, 2012). No entanto, uma pequena mudança no sistema APG para APGII, em 2003, e novos estudos científicos diminuíram a quantidade de gêneros para 700 e de espécies para 10.000. No Brasil, já foram encontradas e descritas 170 gêneros e 1500 espécies do total. Estima-se que 20% da superfície da Terra seja coberta por espécies dessa família. A identificação das espécies que compõem as pastagens é dificultada por existirem representantes dessa família que apresentam uma morfologia basicamente igual as das outras espécies. A família Poaceae tem uma grande diversidade para o agricultor que lida tanto com ramo das pastagens para gado, quanto para produtividade de grãos. As pastagens têm grandes valores nutricionais, de extrema importância para o gado, e por isso às vezes são escolhidas espécies da família Poaceae do que de outras famílias. O conhecimento desta família e de suas espécies adquire especial interesse no Rio Grande do Sul, onde a maior parte da pecuária é baseada em pastagens naturais. Ela também possui grande valor ornamental, pois apresenta varias plantas que são utilizadas para paisagismo, como o mini-bambu (Pogonatherum paniceum (Lam.) Hack (WELKER; LONGHI-WAGNER, 2007). 198 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a família Poaceae, descrevendo suas peculiaridades, locais e importância agronômica e econômica. 2. DESENVOLVIMENTO As plantas da família Poaceae morfologicamente são plantas herbáceas anuais, bianuais ou perenes, raramente lenhosas; sistema radicular fasciculado, formando muitas vezes rizomas ou estolhos. Caules geralmente cilíndricos e ocos. Folhas alternas, dísticas, formadas por bainha, lígula e limbo; as bainhas envolvem o caule, com as margens livres ou unidas, por vezes aureoladas na base do limbo na inserção com a bainha; a lígula situada na junção da bainha com o limbo, geralmente membranácea, em alguns casos reduzidos a uma orla de pelos ou raramente nula. Limbo geralmente linearlanceolado, menos vezes ovado, com inervação paralelinérvea (ARAUJO, 2006). Flores em geral hermafroditas, secundariamente unissexuais, constituídas por (1)3-6 estames e ovário súpero, bicarpelar ou tricarpelar, unilocular, geralmente com dois estiletes; as flores são aclamídeas, reunidas em espiguetas com1-2 glumas basais e duas glumelas por flor (uma inferior, ou lema, e outra superior, ou pálea). O fruto é do tipo cariopse (ARAUJO, 2006). Alguns gêneros pertencentes à família Poaceae: Achnatherum, Aegilops, Agrostis, Aira, Airopsis, Alopecurus, Ammophila, Ampelodesmos, Anisantha, Anthoxanthum, Antinoria, Apera, Aristida, Arrhenatherum, Arundo, Avellinia, Avena, Axonopus, Bothriochloa, Brachiaria, Brachypodium, Briza, Bromopsis, Bromus, Calamagrostis, Carex, Catapodium, Celtica, Cenchrus, Ceratochloa, Chaetopogon, Chloris, Coix, Cortaderia, Corynephorus, Crypsis, Cutandia, Cynodon, Cynosurus, Dactylis, Dactyloctenium, Danthonia, Deschampsia, Dichanthelium, Dichanthium, Digitaria, Echinaria, Echinochloa, Eleusine, Elymus, Elytrigia, Eragrostis, Festuca, Gastridium, Gaudinia, Glyceria, Hainardia, Helictotrichon, Holcus, Hordeum, Hyparrhenia, Imperata Koeleria, Lagurus, Lamarckia, Leersia, Linkagrostis, Lolium, Megathyrsus, Melica, Melinis, Mibora, Micropyrum, Milium, Miscanthus, Molineriella, Molinia, Nardus, Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 199 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Neoschischkinia, Oplismenus, Oryza, Oryzopsis, Panicum, Parafestuca, Parapholis, Paspalidium, Paspalum, Pennisetum, Periballia, Phalaris, Phleum, Phragmites, Phyllostachys, Pleioblastus Poa, Polypogon, Pseudarrhenatherum, Pseudosasa, Psilurus, Puccinellia, Rostraria, Rytidosperma, Saccharum, Schismus, Secale, Setaria, Sorghum, Spartina, Sphenopus, Sporobolus, Stenotaphrum, Stipa, Taeniatherum, Thamnocalamus, Triplachne, Trisetaria, Trisetum, Triticum, Ventenata, Vulpia, Vulpiella, Wangenheimia, Zea. Do ponto de vista econômico, ela é a principal família da Angiospermas, não pela quantidade de espécies, mas pela importância dela na alimentação, pastagens, construção civil, paisagismo, e ainda algumas espécies são usadas como plantas medicinais. Na alimentação são mais usados o arroz (Oryza sativa L.) e o trigo (Triticum aestivum L.). Nas pastagens são mais usadas as braquiárias, o capim marmelada (Urochloa spp.) e o capim elefante (Pennisetum purpurem Schum.). Na construção civil são usados alguns bambus dos gêneros Bambusa, Dendrocalamus e Guadua. No paisagismo são mais utilizadas as grama batatais (Paspalum notatum Flüggé), grama são carlos (Axonopus compressus (Sw.) Beauv.). No caso de plantas medicinais o capim-limão (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf) e a citronela (Cymbopogon martinii (Roxb.) Wats) são os mais comuns (CANTO-DOROW; LONGHI-WAGNER, 2001). Ela é a família mais importante na agricultura, produzindo: cereais (75% originado de trigo, arroz e milho; fornecem 50% da proteína e 60% da energia na alimentação); e produzindo forragem para os ruminantes. As mais conhecidas são: milho (Zea mays L.), cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.), braquiária (Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf.) (CANTO-DOROW; LONGHI-WAGNER, 2001). Para identificar ou determinar exemplos de Poaceae a primeira vista pode-se parecer uma prática muito difícil, mas na verdade esta família é uma das únicas que apresentam uma grande diferença de variabilidade genética dentre todas as outras famílias. Para podermos identificar ou diferenciar, utilizam-se caracteres como a presença de espigueta, e também da inflorescência. Deve-se levar em conta a dimensão e o número de flores da espigueta, a eventual presença de dois tipos de espiguetas diferentes, a presença e o tipo de arista, o arranjo das várias espiguetas no conjunto da 200 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF inflorescência, e o tipo de inflorescência (CANTO-DOROW; LONGHIWAGNER, 2001). 3. CONCLUSÃO Conclui-se que a família Poaceae é uma das mais importantes para agronomia, dela são retirados alimentos, pastagens para animais, construções civis, paisagismos, e até para ajudas medicinais, sendo uma das mais importantes famílias, economicamente. É uma família extremamente versátil, pois através destas múltiplas espécies que contém, e não fugindo muito a uma morfologia padrão, conseguiu ocupar quase todos os tipos de habitat disponíveis, em todos os climas. A família Poaceae floresce na primavera, e apresentam um grão de pólen muito uniforme, que ao microscópio óptico podemos distinguir diversas espécies, com tamanho pequeno a mediano. A família Poaceae abrange um considerável numero de plantas ornamentais, utilizadas em todo o mundo, como as diversas espécies de gramas, utilizadas em jardins que tem um bom tamanho, como plantas usadas para formação de sombras em áreas de pisoteio. 4. REFERÊNCIAS CANTO-DOROW, T, S.; LONGHI-WAGNER, H, M. Novidades taxonômicas em digitaria haller (Poaceae) e novas citações para o gênero no Brasil. 1º Ed. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. 197p. NAKAMURA, A, T.; LONGHI-WAGNER, H, M.; SCATENA, V, L. Desenvolvimento de ovulo, fruto e semente de espécie de poaceae (poales). Revista Brasil, v.32. n.1, 2009. SOARES, A.; et al. Gêneros da família poaceae, 2009. Disponível em: <http://naturdata.com/taxa/plantae/magnol/iophyta/ liliopsida/poales/poaceae>. Acesso em 13 Set. 2016. WELKER, C. A. D.; LONGHI-WAGNER, H. M.; A família Poaceae no Morro Santana, Rio Grande do Sul, Brasil. 2007. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/ 571/331>. Acesso em: 13 Set. 2016. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 201 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 202 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF IDENTIFICAÇÃO, INCIDÊNCIA E MANEJO DE Sphenophorus levis NA CULTURA DA CANA-DEAÇÚCAR (REVISÃO DE LITERATURA) João Victor Franco Rosa1 Guilherme Augusto Toscano1 José Paulo Gonçalves Franco da Silva2. RESUMO O Brasil possui as matrizes energéticas mais sustentáveis do mundo. Somente a cana-de-açúcar produz cerca de 15 a 18% da energia no Brasil, acima de toda a produção das hidroelétricas que geram em torno de 13 a 15% da energia brasileira. A cultura da cana-de-açúcar é muito afetada pela presença de pragas de solo. A correta identificação é o ponto inicial para o MIP, principalmente se tratando de Sphenophorus levis, cuja espécie apresenta semelhança morfológica com Metamasius hemipterus. Este presente estudo tem como objetivo descrever as características do inseto, para sua correta identificação. Também tem a finalidade de relatar os tipos de manejo presentes para controle dessa espécie. Palavras-chave: manejo, pragas, Saccharum officinarum. 1 Dicente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF Docente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF E-mail: [email protected] 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 203 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT Brazil has the most sustainable energy matrixes in the world. Only sugarcane produces about 15 to 18% of energy in Brazil, above all production of hydroelectric generating around 13 to 15% of the Brazilian energy. The culture of sugarcane is greatly affected by the presence of soil pests. Correct identification is the starting point for the MIP, especially when dealing with Sphenophorus levis who has similar insects in crops, Metamasius hemipterus. This present study aims to describe the morphological characteristics of this insect, in order to support the correct identification. It also has the objective to describe the methods for the management of this species. Keywords: management, pest, Saccharum officinarum 1. INTRODUÇÃO O Brasil possui as matrizes energéticas mais sustentáveis do mundo. A capacidade do país em produzir energia limpa é enorme. No centro de toda essa produção a cana-de-açúcar ocupa um lugar de destaque, sua produção é das mais ecológicas auxiliando na redução de CO2. Somente a cana-de-açúcar produz cerca de 15 a 18% da energia no Brasil, juntando etanol e cogeração de energia, acima de toda a produção das hidroelétricas que geram em torno de 13 a 15% da energia brasileira (MIRANDA, 2008). Cada tonelada de cana-de-açúcar é capaz de produzir 1,2 barris de petróleo em comparação no potencial energético (CICERO et al., 2009). O Brasil é o maior produtor mundial de cana, sendo o estado de São Paulo responsável por 51,7% de toda produção nacional (CONAB, 2016). A cultura da cana-de-açúcar é afetada por diversas espécies de pragas, sendo muitas delas, pragas de solo. Em geral, são de difícil controle por estarem protegidas abaixo da camada superficial de solo. Dentro da classe de pragas de solo está a Sphenophorus levis. Sua primeira ocorrência nos canaviais foi na década de 1970 (ALENCAR, 2016). Levando em consideração que hoje a melhor forma de controle de pragas é o manejo integrado de pragas (MIP), o estudo dos insetos pragas e dos insetos parasitas é imprescindível. A correta 204 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF identificação é o ponto inicial para o MIP, principalmente se tratando do S. levis, cujas características morfológicas são semelhantes a outra espécie de besouro, Metamasius hemipterus, considerado praga secundária e cujo os danos são presentes em colmos já danificados (DINARDO-MIRANDA, 2005). A importância de estudos sobre o S. levis tem aumentado devido aos danos que causa à cana-de-açúcar e ao crescente número de regiões afetadas. Nas regiões onde já foram registradas a ocorrência da espécie, as alterações no processo de colheita, partindo do método da queima de cana e para a colheita mecanizada, tem aumentado a incidência dessa espécie nas lavouras (DINARDO-MIRANDA, 2014). Este presente estudo tem como objetivo a descrição das características morfológicas dessa espécie, a fim de auxiliar na correta identificação do inseto. Além disso, tem o objetico de descrever os tipos de manejos adotados para o manejo da praga. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. CANA-DE-AÇÚCAR A cana-de-açúcar tem sua origem na Ásia. Pertence a família Poaceae e ao gênero Saccharum. A maioria dos plantios no Brasil são com híbridos adquiridos pelo melhoramento genético (ALENCAR, 2016). A propagação é realizada de forma vegetativa. Seus colmos possuem gemas axilares capazes da formação de novas plantas, já que entre os nós e entrenós, são acumulados teores açúcares. Fatores como água, luz, temperatura e nutrição são responsáveis pelo crescimento dos colmos (GONÇALVES, 2008). A planta tem a capacidade de perfilhar, fato que contribui para a alta produtividade da cultura. Também é afetado por fatores climáticos além dos espaçamentos de plantio, profundidade, épocas de corte e plantio e o controle de pragas, doenças e plantas daninhas (SOARES et al., 2009). O ataque de pragas influência diretamente na produção de canade-açúcar, sendo esse o principal problema enfrentado atualmente. Com o aumento das áreas de cultivos também aumentam a incidência dos insetos (ALENCAR, 2016). São inúmeras as pragas que infestam Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 205 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA os canaviais, umas das mais importantes é a broca-da-cana Diatrae saccharalis, facilita a entrada de fungos, alimentando-se do colmo promove a redução de peso, morte de gema apical e encurtamento dos entrenós. A broca gigante Telchin licus provoca os mesmos sintomas (POLANCZYK et al., 2004). A cigarrinha das raízes Mahanarva spp. é outra importante praga encontrada nos canaviais brasileiros. O inseto se alimenta da seiva e introduz toxinas na planta, causando prejuízos de até 80% em condições não controladas (SANTOS & BORÉM, 2016). As pragas de solo apresentam difícil controle devido ao seus aspectos bioecológicos, permanecendo protegidas abaixo da camada superficial de solo ou em touceiras de planta. Geralmente, a incidência dessas pragas é notada apenas quando a planta começa a apresentar os sintomas do ataque do inseto (ALENCAR, 2016). As pragas de solo que requerem uma maior atenção são besouros e cupins. Besouros, entre eles, migdolus e gorgulhos-da-cana, bem como os cupins, se alimentam das bases das touceiras e do sistema radicular, podendo levar a morte das plantas em condições de alta infestação (SANTOS & BORÉM, 2016). 2.2. Sphenophorus levis O S. levis pertence a família Curculionidae, ordem Coleoptera (ARRIGONI & ALMEIDA, 2003). No estágio adulto, apresentam aparelho bucal mastigador, característico pela forma de bico ou rostro, descrito pela família a qual pertence (SANTOS & BORÉM, 2016). O inseto pode medir de 12 a 15 mm de comprimento, e apresenta coloração marrom com listras escuras ao longo do dorso, tendo a área ventral negra (DINARDO-MIRANDA, 2005). As fêmeas ovipositam na parte interior da base de colmos e perfilhos, e as larvas, assim que eclodem, inicial alimentação causando galerias e podendo levar as plantas a morte, redução nas brotações das soqueiras e reduz a longevidade do canavial, geralmente no segundo ano de ataque já deve ser renovado. A larva possui coloração branco-leitosa, tornandose amarelada com o desenvolvimento. Existe uma mancha no primeiro segmento torácico, próximo a cabeça de coloração castanho escura com espiráculos visíveis no abdome. Possui a cabeça castanho206 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF avermelhada (PÉREZ, 2008). O ciclo do inseto é de 7 a 10 dias na fase de ovos, 30 a 60 dias fase larval, 10 a 15 dias fase de pupa e 200 a 224 dias para adultos (Figura 1). Não é capaz de voos longos (SANTOS & BORÉM, 2016). Os prejuízos dos ataques podem chegar a reduções de 20 a 23 toneladas/ha/ano (ARRIGONI & ALMEIDA, 2003). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 207 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2.2.1. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E DISPERSÃO A espécie Sphenophorus levis é encontrada somente na América do Sul, presente em países como o Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Descrita como praga no Brasil no ano de 1978 no Estado de São Paulo. Inicialmente na cidade de Piracicaba, hoje está presente em todas as regiões do Estado de São Paulo, no Estado do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais (DINARDOMIRANDA, 2005; ALENCAR, 2016; MACEDO). O inseto possui baixa capacidade de dispersão, sendo capaz de se locomover de 3 a 5 metros por dia. Sua principal forma de disseminação é através de mudas infestadas, contendo ovos, larvas ou até mesmo insetos adultos. Seus ataques acontecem em formas de reboleiras, sendo capazes de infestar cerca de 167 ha/ano (CANASSA, 2014). 2.2.2. PLANTAS HOSPEDEIRAS Além da cana-de-açúcar, outras plantas podem são consideradas plantas hoespedeiras do inseto. Já foram relatadas plantas daninhas que servem como hospedeiros alternativos para S. levis. Entre elas, estão: o capim-marmelada (Brachiaria plantaginea L.), grama-seda (Cynodon dactylon L.) e capimcolchão (Digitaria horizontalis Willd.) (PÉREZ, 2008). Além dessas plantas, estudos também relataram a ocorrência da praga em plantas de milho (Zea mays) e em plantas de capim-colonião (Panicum maximum Jacq.) (PRECETTI & ARRIGONI, 1990) 2.2.3. Metamasius hemipterus Uma espécie considerada secundária, mas muito semelhante ao S. levis, é a M. hemipterus. A diferença entre essas espécies está na coloração dos adultos, onde M. hemipterus apresenta tons mais claro no tegumento em relação a S. levis (Figura 4). Na fase de larvas, a espécie M. hemipterus não possui mancha castanha próxima a região da cabeça (ALENCAR, 2016). 208 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Além disso, outras diferenças podem ser descritas em relação ao comportamento do inseto. A fêmea dessa espécie tende a depositar seus ovos em rachaduras nos colmos ou em danos causados por outros insetos pragas. Entretanto, ela própria não tem capacidade de danificar a planta. As larvas consomem os tecidos próximos ao dano, passando para o colmo e podendo provocar a morte da planta, infestando desde o rizoma até os entrenós (DINARDO-MIRANDA, 2014). 2.2.4. MONITORAMENTO E CONTROLE O monitoramento de insetos adultos do besouro é a colocação de toletes de cana, rachados ao meio, embebidos em inseticidas químicos durante 24 horas. Os toletes devem ser envolvidos em palha de cana e depositados próximos as touceiras, totalizando 100 toletes por hectare (ALMEIDA, 2005). Após 20 dias, deve-se proceder a contagem dos insetos mortos nas armadilhas. Esse método também serve como armadilha para deposição dos ovos de fêmeas recém emergidas (CÍCERO, 2009). A abertura de trincheiras de tamanho 0,5 m x 0,5 m x 0,3 m de profundidade serve para a coleta de pupas e larvas, sendo aconselhado a realização de 2 trincheiras por hectare (ALENCAR, 2016). Um dos principais métodos de manejo de S. levis é o controle mecânico, que consiste na destruição das soqueiras de cana-de-açúcar infectadas, objetivando a exposição das larvas e pupas a predadores naturais, como aves. Após a destruição deve-se deixar a área em Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 209 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA pousio, livre de plantas hospedeiras do inseto e realizar o plantio tardio de cana. O plantio deve ser realizado com aplicação de inseticida registrado para a praga (DINARNDO-MIRANDA, 2005; ALENCAR 2016). A pulverização química pode ser realizada de diferentes formas, umas delas é a aplicação direta pela colhedora. São acoplados bicos de pulverização com indução de ar, em jato dirigido nas touceiras. O inseticida atinge toda a touceira recém cortada, palha cobre o produto impedindo a incidência de raios solares e o produtor economiza, reduzindo a operação de aplicação do produto, volume de 100 l/ha de calda (GARCIA, 2016). Outra forma de aplicação de inseticidas consiste na utilização do cortador de soqueiras. Um disco de corte de 26 polegadas corta as touceiras de cana soca e possui um jato dirigido logo atrás do disco, a produto é depositado cerca de 10 cm dentro do solo, volume de 150 a 200 l/ha (DINARDOMIRANDA, 2014; GARCIA, 2016). O controle biológico pode ser explorado através do uso de fungos, bactérias e nematoides. O fungo Beauveria bassiana é o microrganismo mais utilizado atualmente, tendo apresentado resultados próximos a 92% de mortalidade da praga (GIOMETTI, 2009). Em estudo realizado por TAVARES (2006), o nematoide Sternernema sp. IBCB n6, apresentou resultados de mortalidade de 67% de larvas e 70% de adultos quando misturado a ¼ da dose recomendada do inseticida Thiamethoxam. Em outro estudo, a bactéria Bacillus thurigienses se mostrou eficiente e promissora no controle de S. levis, sendo necessário mais estudos sobre a forma de controle (CÍCERO, 2009). 3. CONCLUSÃO A exploração do manejo integrado de Sphenophorus levis na cultura da cana-de-açúcar, bem como sua correta identificação, são imprescidíveis para o manejo adequado da praga. A busca por novos métodos de manejo de pragas de solo é fundamental dentro da cultura da cana-de-açúcar. 4. REFERÊNCIAS ALENCAR, M. A. V. Sphenophorus levis VAURIE, 1978 (Coleoptera: curculionidae): Caracterização macroscópica e determinação de 210 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF inseticida e época de aplicação para controle. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 211 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA GONÇALVES, E. R. Fotossíntese, osmorregulação e crescimento inicial de quatro variedades de cana-de-açúcar submetidas à deficiência hídrica. Dissertação mestrado. Universidade Federal do Alagoas, Rio Largo, 2008. 66 p. MACEDO, N. Sphenophorus levis: Bicudo da cana-de-açúcar. BASF. Disponível em: <https://goo.gl/U5m5uL>. Acesso em: 14 set. de 2016. MIRANDA, J. R. História da cana-de-açúcar – History of sugarcane. Campinas/SP. Ed. Komedi, 2008. PÉREZ, K. G. Eficiência de iscas tóxicas no controle de adultos de Sphenophorus levis Vaurie (Coleoptera: Curculionidae) em canade-açúcar (Saccharum officinarum L.). Dissertação Mestrado. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. 2008. POLANCZYK, R.; ALMEIDA, L.; PADULLA, L.; ALVES, S. B. Praga de cana- de-açúcar x métodos alternativos de controle. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA CAD APLICADO NO DESENHO TÉCNICO Thales Andrei LUCAS1 Alexandre Luis da Silva FELIPE2 RESUMO O desenho técnico engloba um conjunto de metodologias e procedimentos indispensáveis para o desenvolvimento e comunicação de projetos. Com o desenvolvimento das tecnologias informáticas e dos sistemas de informação que ocorreu durante as ultimas duas décadas, os processos e métodos de representação gráfica utilizados pelo desenho técnico também passaram por diversas mudanças, passando de uma régua e esquadro para programas de desenho 2D até sistemas que utilizam modelação geométrica 3D. Protótipos virtuais são facilmente construídos e visualizados e os projetos desenvolvidos podem ser verificados em termos de folgas, interferências e até atravancamentos em situações de movimento através da tecnologia CAD. Palavras-chave: desenho técnico, informática, representação gráfica, tecnologia. 1 Acadêmico do curso de Agronomia da FAEF –Garça–SP –Brasil. E-mail: [email protected]. Professor dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 213 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The technical drawing includes a set of methodologies and procedures which are essential for the development and reporting of projects. With the development of computer technology and information systems that occurred during the last two decades, the procedures and methods of graphic representation used by the technical drawing also went through various changes, passing of a ruler and square to 2D drawing programs to systems using 3D geometric modeling. Virtual prototypes are easily constructed and viewed and developed projects can be verified in terms of clearances, interferences and to footprint you in situations of movement through CAD technology. Keywords: technical drawing, computer, graphic representation, technology. 1.INTRODUÇÃO De acordo com as necessidades dentro das diversas áreas da engenharia o desenho técnico tem como função auxiliar e facilitar a elaboração de projetos (VESCOVI, 2011), englobando varias metodologias tornando necessário o uso de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normatizadas internacionalmente (FERREIRA et al., 2008). A evolução dos softwares nos últimos anos apresenta uma importância significativa dentro das empresas, sejam para elaborar textos, planilhas, desenhos, cálculos ou banco de dados. Entretanto, enfatiza-se o uso do software AutoCAD por ser um programa mais completo para realização de projetos e pela facilidade encontrada para exercer suas funções (MARQUES E BOTREL, 2000). O seguinte trabalho tem como objetivo mostrar a importância do desenho técnico para o engenheiro e as mudanças ocorridas através do surgimento da tecnologia CAD, após a década de 1980, trazendo informações precisas sobre a melhor elaboração de projetos com qualidade e precisão e uma breve historia do seu surgimento e do seu conceito para melhor compreensão da sua importância. 214 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.DESENVOLVIMENTO O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica, que tem como objetivo de representar formas, dimensões e posições de um objeto de acordo com as varias formas exigidas pelas diversas modalidades de engenharia (VESCOVI, 2011). O surgimento veio através da necessidade de representar máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho com precisão, que é sua principal finalidade, ou seja, uma representação de formas do mundo material, que possa ser reproduzida de forma espacial e precisa. No geral, engloba uma serie de procedimentos necessários para o desenvolvimento e comunicação de projetos através de diversas metodologias, conceitos e ideias, tornando necessário o uso de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normatizadas internacionalmente (FERREIRA et al., 2008). Essa padronização é feita através de normas técnicas que são seguidas e respeitadas internacionalmente, necessárias para a universalização da linguagem gráfica e são resultados de esforço cooperativo para estipular códigos técnicos que regram as relações entre engenheiros, empreiteiros, produtores e consumidores, e também dos clientes. Cada país possui suas normas e devem ser seguidas, direta ou indiretamente, por todos que estão ligados ao setor da engenharia, em todo o território nacional. No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que foi fundada em 1940. Para induzir a globalização dessas normas foi e facilitar o intercambio de produtos e serviços entre os países do mundo todo, foi criado a Organização Internacional de Normalização – ISO, fundada em 1947, numa reunião entre representantes de cada país, realizada em Londres, tornando uma regra criada por um país e aprovada pelos demais países, como uma regra internacional. No Brasil há muitas normas que estão de acordo com a ISO, que são editadas pela ABNT e registradas pelo INMETRO, chamadas de NBR, e regem a linguagem do desenho técnico em seus mais diversos parâmetros (FERREIRA et al., 2008). Os trabalhos que exigem certo conhecimento em tecnologia estão completamente ligados à expressão gráfica, que através de gráficos, diagramas e desenhos que expressam o que deve ser executado, resumindo muitas vezes cálculos exaustivos, estudos econômicos entre outros (RIBEIRO et al,.). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 215 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA O desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia, e exige estudo e treinamento para a execução e interpretação de linguagem gráfica, que utiliza figuras para representar formas espaciais, que nada mais é que enxergar o que não é visível. Para sua confecção, são necessárias uma serie de operações para fabricação e montagem, sendo assim na criação de qualquer equipamento exige o uso do desenho técnico. No século XVII, com intenção de facilitar as construções de fortificações, um matemático francês chamado Gaspar Monje, que era um ótimo desenhista, utilizava projeções ortogonais com um sistema de correspondência entre os elementos do plano e do espaço, denominado sistema de Geometria Descritiva, que era a base do desenho técnico, que após a revolução que o desenvolvimento industrial causou, foi necessário normalizar esse sistema de Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia, chamando-a de Desenho Técnico (VESCOVI, 2011). Para que um desenho chegue à produção, primeiramente é feito um esboço, onde nele o desenho é dividido em vista frontal, vista lateral e área de corte. A vista frontal é a mais importante por normalmente representar o objeto na posição de utilização, com maior riqueza de detalhes voltados para quem estiver observando. Após a elaboração do esboço, eles são passados para os computadores, que através de vários softwares, facilitam a elaboração da apresentação do desenho e sua manipulação (VESCOVI, 2011). Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, houve uma popularização dos computadores em praticamente todos os setores da engenharia, onde empresas de todos os tamanhos utilizam-se deles para desenvolver seus trabalhos, sejam em textos, cálculos, banco de dados ou até desenhos, através de softwares e hardwares especializados que realizam diversas operações com precisão e agilidade, além de facilitar a correção de erros ocorridos na confecção de um projeto se feito em um computador (MARQUES E BOTREL, 2000). Na medida em que a agricultura se torna um negócio, a tecnologia promove um controle seguro e confiável de sua produção além de um controle eficiente sobre a força de trabalho, fazendo com que o computador ocupe um lugar primordial na construção de qualquer tipo de projeto de qualidade, com destaque na agricultura, 216 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF facilitando a administração de grandes recursos produtivos realizado por um número bem menor de pessoas se comparado a outros sistemas, sendo assim uma ferramenta com grande potencial de ajudar empresários, administradores e produtores na concepção de um programa agrícola dinâmico e coerente. Em centros de pesquisa e universidades têm sido desenvolvidos softwares cada vez mais direcionados para cada área do setor agrícola, mostrando claramente o quando a informática é importante para o setor (PINO, 2005). Estações de CAD são capazes de dispensar etapas de um projeto como o rascunho e o trabalho de um desenhista, onde o próprio projetista pode desenvolver um desenho em CAD, porem o programa exige estudo e conhecimento para conduzir um processo de criação de um desenho, e muitos ainda tem dificuldades em confeccionar detalhes necessários na produção de um projeto objetivo. O CAD (Computer Aided Design – Projeto Assistido por Computador) nada mais é que um instrumento de automação de desenhos, dentre eles o AutoCAD, que se tornou o software mais importante relacionado a desenho na informática, devido a muitos benefícios, como formatos de arquivos compatíveis com uma grande quantidade de sistemas, uma grande variedade de softwares que trabalham junto com o AutoCAD aperfeiçoando ainda mais suas funções, grande variedade de hardwares de visualização, plotagem e impressão de arquivos CAD e também pela facilidade de acesso e treinamento, através de escolas, cursos e treinamentos específicos oferecidos por instituições ligadas à indústria (MARQUES E BOTREL, 2000). O uso de programas que utilizam tecnologias CAD se difundiu amplamente em praticamente todas as áreas que envolvem engenharia, porem nas ciências agrárias seu uso ainda é limitado devido ao alto custo de implantação, falta de conhecimento do potencial de aplicação em projetos que envolvem cálculos e desenhos além da falta de tempo para treinamento. (PINO, 2005). Durante a década de 1980, o uso das pranchetas foi substituído pelo sistema CAD para a elaboração de projetos, após praticamente 10 anos o sistema apresentou grande evolução com a inclusão de projetos em 3D, no qual é possível analisar um projeto mais próximo da realidade possível, tanto de objetos como peças automobilísticas até um projeto de arquitetura completo como representado na figura abaixo (SILVA et al., 2004). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 217 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 218 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF O AutoCAD é um programa desenvolvido pela AUTODESK, de alta precisão não apresentando limites em relação aos tipos de desenhos que podem ser elaborados por ele, ou seja, se é possível fazer manualmente, também é possível fazer no AutoCAD. Outro ponto importante do sistema CAD, é que ele permite implantar novos comandos através de uma programação AutoLisp, que é um programa que trabalha com o processamento de listas, e uma vez que aplicado ao código do AutoCAD, se torna um interpretador natural de códigos fonte AutoLisp, possibilitando a criação de novos comandos no AutoCAD, muito utilizado nas áreas de estudo agronômico, mais precisamente em irrigação e drenagem com o RainCAD, que é um programa para auxilio e simulação de irrigação em projetos paisagísticos (PINO, 2005). Como a aplicação dos sistemas CAD são bem limitados nas ciências agrárias, uma área de destaque é na utilização em sistemas de irrigação e drenagem, como na visualização de plantas e imagens aéreas para estudo de aptidão de áreas e culturas a implantação de sistemas de irrigação; determinação de posição e espaçamento entre drenos; projetos, simulações e construção de protótipos de emissores de irrigação; construção de plantas de redes hidráulicas em projetos de irrigação; visualizações de equipamentos em 3D; cálculos de linhas laterais, secundarias e principais utilizando recursos da programação AutoLisp; e também desenhos e ilustrações de equipamentos utilizados na irrigação e drenagem, tornando o uso da tecnologia CAD cada vez mais promissora dentro da agricultura (PINO, 2005). 3.CONCLUSÃO Conclui atraves deste trabalho que o estudo do desenho tecnico é de fundamental importância não apenas em areas ligadas a engenharia como em todos os setores de uma indústria, sendo necessario o seu uso em praticamente todo tipo de confecção de equipamentos ou qualquer outro tipo de construção de projetos com qualidade e precisão, além da grande revolução que a tecnologia CAD trouxe para o desenho tecnico, facilitando e tornando muito melhor o desenvolvimento de qualquer tipo de projeto atraves de um computador. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 219 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 4. REFERÊNCIAS BINSFELD, Eduardo Krein. Relação Entre o Desenho Técnico e Projetos de Implementos Agrícolas. FERREIRA, Regis de Castro. Desenho Técnico; Março 2008. MARQUES, Patrícia Angélica Alves; BOTREL, Tarlei Arriel. Biblioteca Automatizada para Irrigação por Aspersão no AutoCAD. Congersso e Mostra de Agroinformática 18 a 20 de outubro de 2000. Ponta Grossa-Paraná. PINO, Miguel Angel Isaac Toledo Del. Sistema Computacional de Auxilio ao Desenho, Simulação e Desenvolvimento de Projetos de Irrigação Localizada. Piracicaba 2005. RIBEIRO, Antônio Clélio. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico. SILVA, Alindo et al. Desenho Técnico Moderno. 4º edição. Setembro 2004. VESCOVI, Felipe. Desenho Técnico e Suas Aplicações. Dezembro 2011. 220 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF INOCULAÇÃO DE MILHO COM Azospirillum brasilense - REVISÃO DE LITERATURA João Victor Franco Rosa1 Leonardo Diniz Ramires Casola2 RESUMO O produtor brasileiro vem se tecnificando cada vez mais em busca de maiores produções em menos espaço. A utilização de bactérias fixadoras de nitrogênio é recorrente no meio agrícola, e a bactéria diazotrófica Azospirillum brasilense é uma ferramenta a ser utilizada em gramíneas como o milho. Ela é capaz de retirar o gás dinitrogênio (N2) do ambiente e transformá-lo em amônio (NH3), forma que é utilizável pela planta. Este artigo tem como objetivo avaliar a forma como a bactéria Azospirillum brasilense atua no aumento de produtividade e de melhorias no crescimento de plantas de milho, através de revisão de literatura. Palavras-chave: inoculantes, nitrogênio, Zea mays L. ABSTRACT The brazilian producer has been improving more and more in search of higher yields in less space. The use of nitrogen-fixing bacteria recurs in the farmed environment, and diazotrophic bacteria 1 Dicente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF Docente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF E-mail: [email protected] 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 221 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Azospirillum brasilense is a tool to be used in grasses such as maize. She is able to remove the dinitrogen gas (N2) environment and turn it into ammonia (NH3), so that is usable by the plant. This article aims to assess how the bacterium Azospirillum brasilense operates in increased productivity and improvements in the growth of corn plants, through literature review. Keywords: inoculants, nitrogen, Zea mays L. 1. INTRODUÇÃO Cerca de 80% da produção brasileira de grãos é composta basicamente por milho e soja. A principal diferença entre os dois grãos é que a soja é uma commodity, sendo que sua venda já é dada logo após a colheita. O milho, por sua vez, é destinado ao comércio interno, seguindo para consumo humano e animal. A produção de milho tem crescido cerca de 3,0% e sua área plantada cresceu em torno de 0,4% (EMBRAPA, 2015). Segundo a CONAB (2016), a área total plantada de milho, incluindo primeira e segunda safra, no ano de 2014/2015 foi de 15693 mil hectares. Com produção de 84672 mil toneladas de grãos. O produtor de milho vem se especializando e tecnificando cada vez mais. Um maior fluxo de informações promovidas pela iniciativa privada e por órgãos governamentais, através de técnicos e profissionais do meio agrícola, auxilia o produtor na inserção de tecnologias e tomada de decisões (EMBRAPA, 2015). O uso dessas tecnologias visa o aumento de produção de maneira econômica e diminuindo as agressões ao meio ambiente, buscando substituir as formas tradicionais de tratos culturais que consistem no uso exagerado de defensivos agrícolas e fertilizantes (MELLO, 2012). A produção de grãos de milho é muito influenciada pelo nitrogênio (N). Sua falta pode acarretar numa redução de 14% a 80%. Sua aplicação deve ser realizada no plantio e em cobertura, sendo um dos tratos culturais mais onerosos ao agricultor (PANDOLFO et al., 2014). Para uma agricultura mais sustentável, a melhor forma de incorporação de nitrogênio no solo é a fixação biológica de N2 (MARTINS et al.,2014). 222 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Uma das formas de produção consiste no uso de bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP), que consistem em microrganismos benéficos as plantas que tem a capacidade de colonização de áreas das plantas, essenciais ao crescimento e absorção de nutrientes. As BPCP podem promover o crescimento do sistema radicular, auxiliam na fixação biológica de nitrogênio, aumentam a produção de hormônios e agem como agentes biológicos no combate a alguns patógenos (HUNGRIA, 2011). Atualmente, a bactéria diazotrófica, Azospirillum brasilense é a mais pesquisada no Brasil para o crescimento de raízes e fixação de nitrogênio em plantas de milho (HUNGRIA, 2011). Este artigo tem como objetivo avaliar a forma como a bactéria Azospirillum brasilense atua no aumento de produtividade e de melhorias no crescimento de plantas de milho, através de revisão de literatura. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO A deficiência de nitrogênio em solos tropicais é muito acentuada. Estudos mostram que apenas 50% do que é aplicado via cobertura é aproveitado pelas plantas, o restante se perde via volatilização e lixiviação (REPKE et al., 2013). A adubação orgânica tem se mostrado cada mais eficiente ao longo dos anos, foram observados aumentos significativos na produtividade, resistência das plantas a pragas e doenças e na quantidade dos nutrientes encontrados nas plantas (VASCONCELOS, 2006). Segundo Coelho & França (1995), com o aumento da produtividade também crescem a extração de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Tendo o milho maior exigências quanto ao teor de nitrogênio e potássio, seguidos por cálcio, magnésio e fósforo. A exportação de nitrogênio pela cultura do milho é muito alta, sendo necessárias adubações de cobertura ao longo do ciclo para sua reposição. Experimentos realizados no Brasil mostram que cerca Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 223 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA de 70 a 90% dos testes obtiveram êxito, quanto ao aumento de produção, com aplicações do nitrogênio (CRUZ et al., 2008). A fertilização compõe cerca de 40% dos gastos culturais. Dessa porcentagem, cerca de 70% corresponde a adubação nitrogenada. A utilização de genótipos adaptados a ambientes com pouca presença de nitrogênio e capazes de associação às bactérias fixadoras de N, podem ajudar os agricultores na redução de custos. A genética da planta e o ambiente são variáveis importantes que devem ser avaliados para obtenção do resultado esperado (VOGT et al., 2014). 2.2. BACTÉRIA Azospirillum brasilense O ato da fixação biológica é considerado o segundo mais importante processo biológico atrás somente da fotossíntese. Cerca de 65% do N na terra foi fixado via atuação de bactérias fixadoras (REPKE et al., 2013). Estudos brasileiros mostram que a inoculação com A. brasilense apresenta um aumento significativo não somente no teor de N, mas também aumento nos teores de P e K, resultados semelhantes a outros relatados em outros países (HUNGRIA, 2011). As bactérias do gênero Azospirillum são capazes de utilização de nitrogênio exclusivamente da atmosfera para seu crescimento. Conhecidas como diazotróficas, são aeróbicas e se associam com diversas plantas gramíneas de interesse econômico. Com a utilização do gênero Azospirillum pode-se observar um crescimento significativo da produção de grãos, paralelamente um aumento nos teores de fósforo, potássio e de nitrogênio nas plantas (HUERGO, 2006). As diazotróficas são os únicos seres capazes de transformar o gás dinitrogênio (N2), presente em 80% da atmosfera, em amônio (NH3), forma que é utilizável pelas plantas (HUERGO, 2006). A fixação de nitrogênio pela Azospirillum brasilense difere-se da forma como ocorre em leguminosas com Bradyrhizobium japanicum, não há simbiose entre a planta e a bactéria. A disponibilidade do N ocorre pela excreção da bactéria ou por mineralização em sua morte. A Azospirillum brasilense está presente na rizosfera, não ocorrendo sua penetração no tecido das raízes e nem existindo formação de nódulos. Essa bactéria promove também 224 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF a produção de hormônios, como a giberelina e auxina, que auxiliam um crescimento dos tecidos radiculares, caulinares e foliares das plantas. Tornando maior e mais eficiente a absorção de nutrientes e água, resultando inclusive em maior resistência a veranicos (PANDOLFO et al., 2014; MELO & AZEVEDO, 1998). Estima-se que a fixação promovida por Azospirillum brasilense varie de 40 a 200 kg/ha-1/ano-1 de nitrogênio, dependendo da genética da planta, da estirpe bactéria e do ambiente (CHAVARRIA & MELLO, 2011). Na aplicação deve-se avaliar a microbiota já existente no solo, levando em consideração que as bactérias diazotróficas somente são competitivas com outras bactérias em ambientes com baixa concentração de N (SILVA et al., 2007). 2.3. A INOCULAÇÃO COM Azospirillum brasilense Estudos realizados por pesquisadores do estado do Paraná resultaram em 4 estirpes da bactéria para utilização com gramíneas, sendo estes resultados usados para autorização da produção de produtos comerciais contendo as bactérias. As estirpes Ab-V4, AbV5, Ab-V6 e Ab-V7 são as com melhores resultados chegando de 24 a 30% a mais no rendimento de grãos (HUNGRIA, 2011). A inoculação é semelhante a usada na cultura da soja, podendo ser utilizada na forma sólida (turfa) e na forma líquida. Devem ser tomadas cautelas quanto a temperatura, não exposição direta ao sol e não aplicar conjuntamente com produtos químicos (HUNGRIA et al., 2010). A maneira mais comum do tratamento ainda é por sementes. A aplicação em sulcos ainda é estudada como forma de reduzir a mortalidade com o tratamento químicos utilizado para proteção das sementes (BASI, 2013). Segundo Basi et al. (2011) não houve diferença de resultados na aplicação de bactérias, estirpes Ab-V5 e Ab-V6, via semente ou via sulco. 3. CONCLUSÃO A inoculação de sementes de milho com a bactéria Azospirillum brasilense se mostra muito eficiente no aumento de produtividade. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 225 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Promove uma maior produção de fito-hormônios do crescimento das raízes melhorando a absorção de nutrientes e de água, gerando maior resistência a veranicos. Sendo capazes de fixarem no solo o nitrogênio atmosférico, as bactérias diazotróficas auxiliam na preservação do meio ambiente, já que o produtor evita a aplicação de fertilizantes químicos, reduzindo também seu custo de produção. 4. REFERÊNCIAS BASI, S.; LOPES, E. C. P.; KAMINSKI, T. H.; PIVATTO, R. A. D.; CHENG, N. C.; SANDINI, I. E. Azospirillum brasilense nas sementes e no sulco de semeadura da cultura do milho. Semana de Integração, Ensino, Pesquisa e Extensão. Guarapuava: Anais da II SIEPE, 2011. BASI, S. Associação de Azospirillum brasilense e de nitrogênio em cobertura na cultura do milho. Dissertação Mestrado. Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO PR, p. 63, 2013. COELHO, A. M.; FRANÇA, G. E. de. Seja o doutor do seu milho: nutrição e adubação. Informações Agronômicas. Piracicaba/SP, n. 71, p. 1-9, 1995. CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Indicadores da Agropecuária, n. 8, 2016. CRUZ, J. C.; KARAM, D.; MONTEIRO, M. A. R.; MAGALHÃES, P. C. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF INOVAÇÃO DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA DA SILVA Enrique1 DE PAULA João1 COLOMBO Victor1 BARBOSA Rogério Zanarde2 RESUMO O presente trabalho propõe-se a descrever o comportamento da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas. No Brasil os produtos agropecuários sempre tiveram grande impacto na formação do produto interno bruto e com destaque para o superávit da balança comercial. No período pós-guerras, com a revolução verde, houve necessidade de mais terras para o cultivo de novos produtos, como a soja, e também para a expansão das pastagens destinadas à produção pecuária. Este trabalho trata-se de um estudo de caso da Indústria de Máquinas Agrícolas e seu desenvolvimento de pulverizadores e também de bicos, demonstrando como a inovação de máquinas evoluiu em decorrência das ampliações e alterações de demandas. Esse comércio exige que as empresas de máquinas e implementos agrícolas instaladas no Brasil, estejam preparadas para competir nesses mercados, através de uma eficiência produtiva de classe mundial e capacitação do setor. Palavras chaves: Agricultura. Inovação. Indústria de Máquinas. Implementos Agrícolas. Tecnologia. 1 Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2 Docente do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 229 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The present work is proposed to describe the behavior of the machinery and agricultural implements. In Brazil the agricultural products have always had great impact on the formation of the gross domestic product and the trade balance surplus. In the post war period, with the green revolution, there was need for more land for the cultivation of new products, such as soybeans, and also for the expansion of pastures intended for livestock production. This work deals with a case study of Agricultural machinery industry and its development of pulverisers and nozzles, demonstrating how the innovation of machines evolved due to the expansions and updates to demands. This trade requires companies of agricultural machinery and implements installed in Brazil, are prepared to compete in these markets, through a worldclass production efficiency and capacity in the sector. Key words: Agriculture. Innovation. Machinery industry. Agricultural Implements. Technology. 1.INTRODUÇÃO Os impactos da abertura econômica, iniciada nos anos 1990, foram em sua grande maioria na direção esperada e desejada, uma vez que teriam a virtude de corrigir as distorções trazidas pelo regime de industrialização por substituição de importações dos anos anteriores (DAHAB, S., 1993). De acordo com essa interpretação, as mudanças ocorridas na estrutura industrial brasileira assumiriam um caráter basicamente positivo, uma vez que essas teriam trazido importantes ganhos de eficiência técnica e alo cativa, graças ao aumento das escalas produtivas e à realocação dos recursos em linha com as vantagens comparativas do país (setores intensivos em saídas naturais e mão de obra), o que colaboraria para a retomada de uma trajetória de crescimento econômico sustentado e para o aumento do bem estar na economia (MOREIRA, M. M., 1999). A Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas caracteriza-se por uma estrutura econômica e bem-sucedida bastante heterogênea, pois faz parte de uma cadeia produtiva que abrange diversos e distintos setores, envolvendo relações interindustriais. O setor é 230 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF composto por empresas de grande e pequeno porte, de capital estrangeiro e nacional, e que se cultivam à produção de bens que são bastante distintos entre si no que tange aos insumos requeridos e às características físicas e funções técnicas (de uso) dos produtos. A expressão desta heterogeneidade é uma estrutura de oferta segmentada, onde se distinguem dois principais campos de atuação das empresas do setor: máquinas agrícolas automotrizes e implementos agrícolas. Essa segmentação do mercado se reflete ainda sobre os condicionantes da dinâmica competitiva da indústria, de modo que em termos de fontes de barreiras à entrada, fontes de vantagens competitivas, formas de capacidade tecnológica e padrões de estratégias produtivas e mercadológicas observam-se diferenças marcantes ao nível de cada segmento (COUTINHO, L. O., 1997). Outra característica é a necessidade das empresas em acompanhar a modernização da agropecuária, situação que exige constantes mudanças nas características desses produtos. Dois fatos colaboraram para isso, sendo o primeiro na década de 1970, quando a crise do petróleo atingiu o Brasil, que passou a incentivar a busca de máquinas movidas a combustíveis alternativos, e o segundo na década de 1980, quando houve a necessidade de adaptação das máquinas para serem utilizadas no plantio direto (ESALQ, 2005). O setor de bens de capitais mecânicos, que ocupa a décima posição no ranking mundial, tem mantido aumento constante, com valores superiores aos do Produto Interno Bruto (PIB), apesar da oscilação da economia nacional, observando-se investimentos na produção, desenvolvimento tecnológico e aumento no nível de emprego (ABIMAQ, 2006). Trabalho tem objetivo de contribuir para a compreensão de vários fatores relacionados à inovação tecnológica adotada pelas empresas, mostrando as trajetórias tecnológicas percorridas pela indústria de máquinas e implementos agrícolas nos últimos anos. 2.DESENVOLVIMENTO 2.1 CENÁRIO MUNDIAL Ao final da década de 1980, a rápida difusão de inovações de produtos e de processos em particular as tecnologias de automação Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 231 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA flexível de base microeletrônica e as novas Técnicas de organização da produção – promoveu uma sensível elevação dos padrões de qualidade e de produtividade da indústria mundial. A maioria das nações industrializadas, assim como diversos países de industrialização recente do sudeste asiático, respondeu positivamente às consequentes transformações nos critérios definidores da competitividade internacional, conseguindo manter posições ou avançar na disputa pelos mercados internacionais. Ao mesmo tempo, a indústria brasileira encontrava-se em um quadro de estagnação. A longa duração da instabilidade macroeconômica travava as possibilidades de expansão do mercado interno enquanto a saída exportadora, embora tenha se consolidado no período, mostrava-se insuficiente para dinamizar a economia. Níveis de produção, emprego e produtividade oscilavam em torno de um patamar, sem demonstrarem qualquer tendência de retomada de crescimento (KUPFER, 1998). De acordo com a FAO (2003), existiam cerca de 26,4 milhões de tratores agrícolas no mundo e um volume exportado, no ano de 2000, de 1,21 milhão de unidades, perfazendo US$ 8,3 bilhões em valor. Este crescimento assume fundamental importância quando se observa que a maioria dos países concorrentes do Brasil vem diminuindo suas terras aráveis, como, por exemplo, os EUA e a Rússia. Este fato demonstra as enormes possibilidades de crescimento da produção brasileira e de se tornar cada vez mais um importante player na produção agrícola mundial, influenciando sobremaneira a produção de máquinas agrícolas no Brasil, em função das enormes potencialidades de crescimento futuro do mercado doméstico (VEGRO, C. L. R., 2009). No que diz respeito à tecnologia (difundida e acessível), as grandes empresas produtoras de máquinas agrícolas têm apostado na chamada agricultura de precisão, considerada a nova fronteira tecnológica na mecanização agrícola. Trata-se de novos produtos lançados pelas indústrias de máquinas agrícolas que incorporam equipamentos computadorizados e tecnologia de satélites que permitem precisar a quantidade e a localização de insumos como fertilizantes, sementes e pesticidas, reduzindo o desperdício e os poluentes. Nessa linha, as empresas têm procurado lançar novos produtos que impliquem em menor erosão do solo, mais leves e menos 232 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF compactadores do solo, máquinas com menor emissão de poluentes e mais econômicas e o uso crescente de inovações no campo da informática que permita aperfeiçoar a utilização de insumos agrícolas (MARANGONI J. C., 2002). 2.2 NO BRASIL O Brasil tem potencial para ter uma área de cultivo maior do que os EUA, devido ao seu clima mais favorável, que é geralmente mais úmido e chuvoso, sua topografia relativamente plana e uma provisão enorme de terras cultiváveis, que são apropriadas à agricultura mecanizada. Pode-se concluir que o futuro da agricultura no Brasil tem grande potencial e a expansão gradual da área de terras agricultáveis do país acontecerá inevitavelmente durante os próximos 50 a 100 anos. A taxa de crescimento de longo prazo em área foi calculada em, aproximadamente, 3 a 4 % ao ano, sob condições existentes, entretanto, esta taxa acelerou recentemente, devido a uma moeda corrente local fraca e preços de artigos agrícolas relativamente fortes. Até mesmo com este crescimento modesto, a área de soja poderia aumentar 200% durante os próximos 50 anos, elevando-se de 18 milhões de há, em 2002, para 54 milhões de ha em 2052 (PROJETO G. D. C., 2003). O padrão tecnológico da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas é caracterizado pelas inovações adaptativas, o que é fácil de compreender quando se leva em conta que praticamente cada solo/cultivo/operação apresenta requisitos específicos do conjunto “máquina/usuário”. Nas empresas brasileiras, esta característica é marcante mesmo entre as produtoras de tratores e cultivadores, Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 233 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA que tem se limitado às adaptações marginais, buscando robustez e simplificação de funções (DAHAB S., 1993). 3.CONCLUSÕES Na agricultura as maquinas agrícolas vem com o objetivo de inovação mais avançados, fazendo com que seus serviços sejam mecanizados e com um tempo menor de mão de obra. Sendo assim um serviço onde deveria ter várias pessoas foi substituído pela máquina que tende a ter mais facilidade. Por tanto a evolução é bem favorável e útil, trazendo importantes ganhos de eficiência técnica, cativando os fazendeiros, sendo assim terá um aumento de lucro em sua produtividade terá renovação em ambas às partes, tanto lucrativas como uma colheita com benefícios, já que maquinas tende a ter o mínimo de desperdício possível. 4.REFERÊNCIAS ABIMAQ. Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Anuário ABIMAQ 2005. 2005. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Lucas Rinaldi LEONÇO1 Guilherme Augusto TOSCANO¹ João Victor Franco ROSA¹ Felipe Camargo de Campos Lima 2 RESUMO O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o setor econômico do agronegócio, bem como elencar sua importância par a economia brasileira. Assim é possível mostra como é importante o agronegócio para a economia brasileira, pois 22% de toda a economia do nosso pais é representada pelo agronegócio, e como os números dizem que a cada ano que passa a nossa agricultura vem batendo recordes de anos anteriores, com a ajuda dos outros países o Brasil está sendo um dos mais exportadores do mundo em relação a agricultura, com isso o país movimento cerca de 22% do PIB brasileiro. A representatividade desse setor demonstra sua grande importância para o país, embora ainda seja necessário cuidados específicos com os entraves do agronegócio, como custos elevados de tributos e dificuldades logísticas em transporte. Palavras-Chave: economia, Brasil, agricultura, exportação. 1 Discente da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça – FAEF – Garça-SP, Brasil, [email protected] 2 Docente da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça – FAEF – Garça-SP, Brasil, [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 237 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT This article aims to discuss the economic agribusiness sector and to list its importance even the Brazilian economy. Thus it is possible to show how the agribusiness to the Brazilian economy is important because 22% of the economy of our country is represented by agribusiness, and as the numbers say that every year our agriculture has reached record highs of previous years, with the help of other countries, Brazil being one of the world’s exporters in relation to agriculture, thus the country move about 22% of Brazilian GDP. The representation of this sector demonstrates its great importance for the country, although further specific care barriers of agribusiness, such as high costs of taxes and logistical difficulties in transportation. Keywords: economy, Brazil, agriculture, export. 1.INTRODUÇÃO A vida do agricultor mudou muito nas última décadas, a atividade ganhou respeito e possui grande importância econômica no mundo e no Brasil, e o agronegócio representa 22% de toda a riqueza do país (PACHECO et al,. 2012). Boa parte da realidade vivida no campo se deve a força do cooperativismo, com a filosofia da união pregada pelas cooperativas ultrapassou os limites do campo e está presente em diversos outros setores da nossa sociedade (PACHECO et al,. 2012). Desde a colonização o Brasil é grande produtor e exportador de cana-de-açúcar, em meados do século XVII o algodão, tabaco e o cacau também passam a entregar a pauta de exportações da colônia portuguesa, o café também dirigido ao mercado externo tem seu auge de produção no século XIX, a pecuária por sua vez era uma atividade voltada para o mercada interno, estratégica para ocupação de território (SILVA et al,. 2007). Mais de cento e noventa anos após a independência do Brasil, o agronegócio do país passou por uma grande revolução tecnológica, possibilitou não só o aumento da produtividade, mais diversificação dos cultivos e cuidados com o meio ambiente. Até os anos 80 o Brasil não exportava carne nem se quer produzia soja, o país enfrentava 238 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF uma forte crise econômica que minava suas possibilidades de crescimento (SILVA et al,. 2007). O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o setor econômico do agronegócio, bem como elencar sua importância par a economia brasileira. 2.DESENVOLVIMENTO No ano de 2014 o Brasil exportou 96 bilhões de dólares em produtos do agronegócio, resultados dos investimentos que o país vem fazendo desde os anos 70 em pesquisas, tecnologias, extensão rural e políticas de incentivo à produção. Nos anos de 2014 o Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, com destaque para o açúcar, café, sofá, milho, suco de laranja e carnes (CONCEIÇÃO e CONCEIÇÃO 2014). No início dos anos 2000, o ranking de produção e exportação apontava o Brasil como o número 1 em suco de laranja, 4º maior produtor em milho e se tornou um fenômeno na produção da soja, sendo o segundo produtor e o segundo exportador mundial do grão, a soja é exportada para 95 países, sendo que o maior comprador é a China, o milho tem exportação para 48 países, sendo que o maior comprador é o Irã e o suco de laranja tem uma exportação para 68 países, sendo que o maior comprador é a Bélgica (GUILHOTO et al,. 2006). Porém, mais recentemente, vemos que os principais produtos do país ainda são os mesmo da época colonial, hoje o Brasil é o maior produtor e exportador de café, e açúcar. O açúcar te uma exportação para 126 países, sendo que o principal comprador é a Rússia, e o café tem uma exportação para 133 países, sendo que o maior comprador é o Estados Unidos (CONCEIÇÃO e CONCEIÇÃO 2014). Com a crise financeira internacional do início dos anos 2000, os obstáculos foram grandes na tentativa de ganhar competividade, o setor produtivo cobra do governo soluções mais rápidas, afinal o agropecuária já sustentava 22% do produto interno bruto brasileiro (GUILHOTO et al,. 2006). No mercado internacional o Brasil está entre os líderes do produção e exportação de carnes bovinas, suínas e de frango, é na pecuária Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 239 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA alias que enfrenta a concorrência mais acirrada. A pecuária brasileira em relação a carne bovina é o segundo produtor e o terceiro exportador, sendo o mais comprador a Rússia, tendo concorrentes como Índia, Estados Unidos e a Austrália, a carne de frango o Brasil é o terceiro maior produtor e o primeiro exportador , tendo como maior comprador o Japão, sendo os maiores concorrentes os Estados Unidos e a Tailândia, a carne suína o Brasil é o quarto maior produtor e o quarto maior exportador, tendo como principal comprador a Rússia e os concorrentes são Canadá, Estados Unidos, China e Ucrânia (SILVA et al,. 2013). Para o governo brasileiro as perspectivas são positivas, pois as projeções que o Brasil possui no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento para os próximos 10 anos mostram que o Brasil comparado com os países aliados como os Estados Unidos, Argentina, China, Austrália entre outros tem a tendência de se tornar o segundo maior exportador do mundo (MAREGA et al,. 2014). O trabalho dos agricultores em resolver os problemas que se encontravam em campo, agora tem alguns fatores que são muitos importantes, o primeiro deles é o papel do estado em relação a agricultura, nos anos 80 não tinha como financiar em bancos a agricultura, já nos anos 90 com a chegada do Real a economia brasileira começou a se estabelecer a área da agricultura, a partir dos anos 90 o cenário comercial brasileiro para o agronegócio começou a se conseguir mais ajuda com financiamentos para uma melhor estabilidade como um todo. Um outro fator importante foi a criação da EMBRAPA que proporcionou em alguns produtos especificamente como soja, milho, trigo, arroz, feijão a criação de tecnologias para adaptação ideal para o meio ambiente, que possibilitou safras recordes a partir dos anos 70 (SILVA et al,. 2013). Hoje o principal mercado externo do agronegócio brasileiro é a China, cuja as importações crescem acima de 30%, e também os países Árabes que no ano de 2000 importava do Brasil menos de 1 bilhão de dólares e chegaram em 2011 importando mais de 10 bilhões de dólares, e ainda o setor ainda tem potencial para continuar batendo recordes (MAREGA et al,. 2014). No ano de 2012 as exportações Brasileiras do agronegócio somaram um valor recorde de 95,81 bilhões de dólares, o setor gera 30% dos empregos no país, responde por 40% das exportações, produz o equivalente à 22% do PIB nacional e movimenta cidade inteiras. 240 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Cristalina-GO é uma das cidades que antes era a terra dos cristais e de 10 anos para cá se tornou um grande polo para o agronegócio do país com o mais alto PIB agrícola, maior área irrigada da américa latina acaba atraindo investimentos milionários e tem taxa de desemprego próximo de zero (SILVA et al,. 2014). Ainda existem nós que amarram a extensão do interno bruto como a carência de infraestrutura, se for comparado os custos do transporte brasileiro comparados no período de 2013 e 2012 o Brasil teve um aumento do custo de 204%, já o mercado norte americano teve um aumento de apenas de 53%. Mesmo com os investimentos feitos pelo governo federal sendo muito volumosos, são extremamente suficientes, o que é mesmo necessário para o Brasil é uma maior agilidade dos processos de implementação desses projetos (HEREDIA et al,. 2013). A segurança jurídica é um ponto que o Brasil teve um avanço significativo no ano de 2014 com a constituição do código florestal, sendo possível ter uma produção expressiva ser um grande produtor e preservar essa grande natureza que nós temos no Brasil (HEREDIA et al,. 2013). Porém alguns entraves como cargas de impostos que superam 35% do PIB dificultam o fechamento de balanço financeiro em algumas condições de trabalhos, a maior parte dessa arrecadação recai sobre o setor de serviços e sobre o agronegócio (MONTOYA, et al., 2011). Embora seja visível a tentativa do governo de criar politicas voltadas ao agronegócio, permanecendo atuante, seja por politicas setoriais ou politicas generalistas voltadas a infraestrutura. Eventualmente gerando alguns conflitos de interesses sobre os caminhos dessas políticas púbicas (HEREDIA, et al., 2013). 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a prévia revisão sobre o agronegócio brasileiro fica caro que o agronegócio brasileiro caminha em uma linha crescente em relação ao Brasil, pois o PIB brasileiro está sempre em alta por causa do nosso agronegócio está sempre batendo os recordes. Historicamente o país tem uma agricultura representativa, que se torna crescente ao longo do tempo. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 241 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Ainda existem desafios para quem atua no agronegócio, como os alto custos de transportes e as dificuldades logísticas para aquisição de insumos e escoação de produtos. Os programas governamentais de apoio a agricultura tem agido em condições específicas, porém ainda há a necessidade de apoios e investimentos em infraestrutura básica e comum como rodovias, ferrovias e portos. 4.REFERÊNCIAS CONCEIÇÃO, J. C. P. R.; CONCEIÇÃO, P. H. Z. Agricultura: Evolução e importância para a balança comercial brasileira. Revista IPEA. Brasília/DF. p.36. 2014. GUILHOTO, J. J. M.; SILVEIRA, F. G.; ICHIARA, S. M.; AZZONI, C. R. A importância do agronegócio familiar no Brasil. Ensino Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) USP. Piracicaba/SP. p.28. 2006. HEREDIA, B.; PALMEIRA, M.; LEITE, S. P. Sociedade e economia do “agronegócio” no Brasil. Revista Brasileira de Ciencias Sociais. v.25. n.74. São Paulo/SP. 2013. MAREGA, P. T.; GÉGLIO, A.; ROSSI, C. A.; GOMES, A. Agronegócio no Brasil: perspectivas e limitações. Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói/RJ. p.59. 2014. MONTOYA, M. A.; FINAMORE, E. B.; PASQUAL, C. A.; BOGONI, N. M. 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Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (IPEA). Rio de Janeiro/RJ. p.20. 2014. SILVA, N. M. G.; CESARIO, A. V.; CAVALCANTI, I. R. Relevância do agronegócio para economia brasileira atual. Universidade Federal de Paraíba (UFPB). João Pessoa/PB. p.5. 2007. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 243 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 244 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF A IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO Tiago Rodrigues GABRIEL¹ Alexandre Lui da Silva FELIPE² RESUMO Nesta breve revisão vamos observar um pouco da importância e funções do desenho técnico , observar que para se criar um desenho técnico é necessário observar e seguir normas da ABNT que são padronizadas mundialmente , para que um desenho possa ser lido e interpretado em qualquer parte do mundo, no meio rural o desenho técnico é empregado em diversas áreas , sendo indispensável o seu conhecimento. Palavras-chave: IMPORTÂNCIA ; DESENHO ; NORMAS . ABSTRACT In this brief review we watch a little of the importance and functions of the technical design, to observe to create a technical drawing is necessary to observe and follow ABNT standards that are globally standardized so that a drawing can be read and interpreted anywhere in the world in rural areas the technical design is employed in several areas, being essential to their knowledge . Keywords: IMPORTANCE ; DRAWING ; STANDARDS ¹Acadêmicos do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail:[email protected] ²Professor dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 245 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 1.INTRODUÇÃO Para o projetista ou Engenheiro a arte de representar um objeto ou fazer sua leitura através do Desenho Técnico é muito importante, uma vez que nele estão contidas todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peça. O Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar, com precisão, máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho, bem como edificações de projetos de Engenharia e Arquitetura. A principal finalidade do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim, constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos. O desenho técnico é considerado como a linguagem gráfica universal da Engenharia e Arquitetura. Da mesma forma que a linguagem verbal escrita exige alfabetização, é necessário que haja treinamento específico para a execução e a interpretação da linguagem gráfica dos desenhos técnicos, uma vez que são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de metodologias e procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e ideias. Para isso, faz-se necessária a utilização de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente.( FERREIRA, FALEIRO &SOUZA 2008). Permite que projetos realizados por alguém sejam feitos por terceiros.(GRAH , 2016) DESENVOLVIMENTO A fim de transformar o Desenho técnico em uma linguagem padronizada, foi necessária a universalização dos procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas, que nada mais são do que códigos técnicos que regulam relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora as suas próprias normas que passam a ser válidas em todo território nacional. 246 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940. Para facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização de cada país decidiram fundar, em 1947, a ISO (International Organization for Standardization), com sede em Londres. Assim, quando uma norma técnica é criada por algum país e é aprovada pelos demais, esta pode ser internacionalizada, passando a compor a ISO. No Brasil há uma série de normas, as NBRs, que estão de acordo com a ISO e regem a linguagem do desenho técnico em seus mais diversos parâmetros: - NBR 10647 – Norma geral de Desenho Técnico; - NBR 10068 – Layout e dimensões da folha de desenho; - NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; - NBR 8402 – Definição da caligrafia técnica em desenhos; - NBR 8403 – Aplicação de linhas para a execução de desenho técnico; - NBR 13142 – Dobramento da folha; - NBR 8196 – Emprego da escala em desenho técnico; - NBR 10126 – Emprego de cotas em desenho técnico; - NBR 6492 – Representação de projetos arquitetônicos. ( FERREIRA, FALEIRO &SOUZA 2008). Atribuições do Técnico Agrícola DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985 Art. 6º - As atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: [...] IV - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional; V - elaborar orçamentos relativos às atividades de sua competência; VI - prestar assistência técnica e assessoria no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos e vistorias, perícia, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras, as seguintes tarefas: Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 247 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA [...] 2) desenho de detalhes de construções rurais; 3) elaboração de orçamentos de materiais, insumos, equipamentos, instalações e mão-de-obra; [...] VII - conduzir, executar e fiscalizar obra e serviço técnico, compatíveis com a respectiva formação profissional; [...] XVI - treinar e conduzir equipes de execução de serviços e obras de sua modalidade; [...] Parágrafo único - Em se tratando de obras, é obrigatória a manutenção de placa visível ao público, escrita em letras de forma, com nomes, títulos, números das carteiras e do CREA que a expediu, dos autores e co-autores responsáveis pelo projeto e pela execução. O revolucionário projetista do exército de Napoleão Ainda adolescente, Monge foi incentivado a ingressar na escola militar, onde desenvolveu sua técnica para representar no papel as manobras militares, e mantiveram em segredo por 15 anos. Só era permitido ensiná-lo aos futuros engenheiros militares. Somente em 1794, em plena Revolução Francesa, Monge pôde divulgar sua invenção em escolas civis de Paris. (GRAH , 2016). Utilizando de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas, o desenho técnico é definido como linguagens gráficas universal da engenharia. Exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem um treinamento específico porque são utilizados figuras (Bidimensionais) para representar formas espaciais, na prática podem dizer que para interpretar um desenho é necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura. O Desenho Técnico é um desenho operativo após sua confecção segue-se uma operação de fabricação ou montagem, desta forma para fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de equipamento sempre precisará de um desenho técnico. No Século XVII, por patriotismo e visando facilitar as contruções de fortificações o Matematico Frances “Gaspar Monje”, tinha uma habilidade como desenhista, utilizando projeções ortogonais um sistema com correspondencia Buinivoca entre os elementos do plano do espaço. O Sistema criado por “Gaspar Monje” a geometria descritiva era a base utilizada pelo desenho técnico. Com a explosão Mundial do 248 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF desenvolvimento industrial, foi necessário normalizar a utilização da Geometria Descritiva desta forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia chamando a de Desenho Técnico. Hoje em dia os Desenhos são elaborados por Computadores, pois existem vários Softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos. Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharia, os primeiros desenhos que darão início a viabilização das idéias são desenhos elaborados a mão livre, chamados de “Esboço”. utilizando computadores são elaborados os desenhos preliminares que correspondem ao estágo intermediario dos estudos que são chamados de antiprojeto. 2.CONCLUSÃO Pretendeu-se com o trabalho explicar de forma simples como é importante o conhecimento de normas e como deve ser interpretado um desenho técnico , visto que é uma ferramenta indispensável nos dias de hoje para se criar algum tipo de objeto, pode ser feito a mão , mas nos dias de hoje quase não se utiliza esse método pois existem programas de computador que contém todoas as ferramentas necessárias para se fazer um desenho. 3.REFERÊNCIAS FALEIRO, H. T. ; FERREIRA, R.C; SOUZA, R. F. Universidade federal de goiás escola de agronomia e eng. de alimentos setor de engenharia rural. Apostila de Circulação interna da Escola de Agronomia e Eng. de Alimentos. ed.1, v.1, 2008 GRAH,V. Introdução ao Desenho Técnico e Construções Rurais, 2016 http://pt.scribd.com/doc/10257092/Desenho-tecnico-aula23escalas RIBEIRO, A. C. . Curso de desenho técnico. 1. ed. LORENA: EEL-USP, 2009. v.1. 466 p Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 249 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 250 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF A IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES DE ESCALA – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Janaína A. Sales dos SANTOS1 Lucas ZIMIANI1 Matheus Henrique BIASOTO1 Alexandre Luis da Silva FELIPE2 RESUMO A escala é a relação entre as dimensões de um desenho e a medida real do que está sendo representado. A existência da escala é de grande importância, pois permite que algo seja representado com dimensões proporcionais. E sem ela não seria possível representar grandes objetos e áreas. A escala está dividida em três tipos, que seriam escala de redução, escala real e escala de ampliação. A escala de redução é aplicada na representação de grandes objetos e a de ampliação pequenos objetos, enquanto a escala real faz representações com as mesmas dimensões reais. Palavras-chaves: DESENHO TÉCNICO; REPRESENTAÇÃO; PROPORÇÃO. ABSTRACT The scale is the relationship between the ratio of the dimensions of a design and actual measurement of what is being represented. ¹ Discente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. Email: [email protected] ² Docente do curso de Agronomia da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF. Email: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 251 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA The existence of the scale is of great importance because it allows something to be represented with proportional dimensions. And without it would not be possible to represent large objects and areas. The scale is divided into three types, that would be downscaling, real scale and scale. The downscaling is applied to the representation of large objects and magnifying small objects, while the real scale makes representations with the same real dimensions. Keywords: TECHNICAL DRAWING; REPESENTATION; PROPORTION. 1.INTRODUÇÃO A escala é a proporção entre as dimensões de um objeto e a representação e sua utilização tem grande influência no nível de detalhamento, em relação a precisão e a quantidade de detalhes amostrados. Toda carta ou mapa deve ser produzido com o seu uso, pois, não pode ser representado com as medidas reais, devido ao fato de não caber no papel. A não ser que seja apenas um esboço onde o objeto maior é representar os objetos. Pode ser aplicada em qualquer desenho desde de que atenda as normas do órgão regularizador (ABNT), que possui escalas normalizadas. É comum o seu uso em cartas, mapas, plantas, representação de objetos, entre outros. As escalas adotadas podem ser de ampliação, redução e real. Na escala de redução o objeto é reduzido à um tamanho que permita ser representado. Na escala real o objeto e a representação possui dimensões iguais. A escala de ampliação aplica-se na representação de pequenos objetos sendo aumentado no papel. Pode ser indicada no desenho de diferentes maneiras, seja no formato de fração com números chamado de escala numérica ou indicada por escala gráfica. A escala gráfica é representada através de uma reta segmentada, as divisões possuem distâncias equivalentes. 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 CONCEITO A escala nada mais é que uma relação entre as dimensões de um fenômeno, como por exemplo, um objeto ou um local e sua 252 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF representação. Ou seja, a escala busca encontrar uma proporção entre o tamanho daquilo que está sendo representado e sua representação. Portanto através da escala é possível representar algo que não caberia no papel, mas mesmo assim seria proporcional à realidade, desde que se tenha a adoção de uma escala (CARVALHO; ARAÚJO, 2008). Existem vários tipos de representação, dentre eles estão as cartas e mapas, podendo ser produzidas no formato digital ou convencional. A representação é uma projeção de uma superfície contendo os detalhes presentes nelas. Sendo esses detalhes classificados como naturais ou artificiais, sendo que os naturais são elementos da natureza como rios, montanhas, etc. os artificiais são elementos criados pelo homem como estradas, edificações, entre outros. A representação desses elementos é necessária o uso de escala (SILVA et al., 1998). A escala não só pode ser representada com a mesma unidade de medida, ou seja, de centímetros para centímetros, como também de centímetro para qualquer outra unidade de distância, desde que sejam equivalentes. A exemplo dos mapas eles normalmente são representados em centímetros ou milímetros enquanto o terreno é medido em quilômetros ou metros (ROSA, 2004). O grau de detalhamento de uma representação está diretamente relacionado ao tamanho da escala, pois quanto menor a escala pior será o nível de detalhamento, ou seja, maior será a generalização da representação, conferindo uma menor clareza na representação, tornando-a mais distante da realidade. E caso de escalas maiores ocorre o inverso. Portanto em escalas maiores o grau de detalhamento é superior, quando comparado a escalas pequenas (MENEZES; COELHO NETO). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 253 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA A escala a ser utilizada deve ser determinada de acordo com a finalidade do mapa e a conveniência da escala. O nível de detalhamento do mapa é proporcional ao tamanho da escala. As escalas são divididas três grupos quanto a sua finalidade e o grau de detalhamento, como demonstrado na figura 1 (CARDOSO, 2006). Para determinar o tamanho da escala a ser aplicada, deve-se considerar a menor feição a ser representada, independentemente do tamanho das feições maiores. Outro fator a ser considerado é o tamanho da área. Toda escala deve ser a mais representativa possível. O erro tolerável varia de acordo com a escala, quanto menor a escala maior o erro tolerável (ROSA, 2004). Quando possível o objeto deve ser representado com as dimensões reais, mas isso dificilmente acontece, pois geralmente os objetos são representados. Existem normas que regulariza a escala. O órgão regularizador disponibiliza as escalas normalizadas (figura 2), mas se essas escalas não atender as necessidades do usuário ele pode calcular uma nova escala desde que esteja dentro das normas (SILVA et al., 2011). 2.2 TIPOS DE ESCALA Os objetos nem sempre podem ser representados em tamanho real, quando se trata de grandes objetos ou áreas é necessário utilizar a escala de redução, onde as dimensões reais do objeto ou local são reduzidas a um tamanho representável em papel. Já a escala de ampliação é utilizada na representação de objetos pequenos, devendo 254 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF amplia-los para uma melhor visualização. Por fim a escala natural ou real onde o objeto é representado com as dimensões reais. Ambos estão representados na figura 3. (BARBOSA, 2010). 2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ESCALAS A escala pode ser dividida em numérica e gráfica. Como demonstrada na figura 4 a escala gráfica é representada através de um ábaco com uma linha graduada, dividida em partes equivalentes cada uma dessas partes apresentam uma unidade de comprimento para o terreno ou um de seus múltiplos (SANTOS, 2013). A escala numérica é representada por uma fração com números que correspondem a medida do terreno e a medida do mapa com unidade de medida equivalente. Por exemplo, uma escala (1:1000) significa que 1 cm no papel equivale a 1000 cm no terreno, ou seja, será mil vezes maior no terreno, sendo está uma escala de redução (FERREIRA, 2008). A escala de ampliação e escala real também pode ser representada na forma numérica, como demonstrado anteriormente na escala de redução. Uma escala de ampliação pode ser representada da seguinte forma, 2:1, significando neste exemplo, que a representação é duas vezes maior que o objeto. Na escala real ou natural as dimensões reais e as representadas são iguais, sendo representada na forma numérica como 1:1 (VALE, 2006). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 255 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3.CONCLUSÃO A escala é de extrema importância pois sem a sua adoção seria impossível realizar a produção de mapas de forma representativa, pois os mapas são usados para representar grande áreas que não seria possível sua representação no papel de forma equivalente, mas com o uso da escala da faz-se uma relação entre uma representação e a área representada. A escala deve ser usada de forma correta de acordo com a finalidade do que está sendo representado, pois a escala está diretamente ligada ao grau de detalhamento da representação, ou seja, quanto maior a escala melhor é o nível de detalhes, ocorrendo o inverso com as escalas menores. A escala pode ser utilizada para diferentes finalidades como para representação de mapas, cartas, plantas, entre outras finalidades. É necessário tomar alguns cuidados no uso de escala, principalmente quando se trata da interpretação para que não ocorra erros que possa comprometer a representação. Principalmente quando se trata de mapas, pois representa grande áreas, ou seja, são utilizados grandes números. 4.REFERÊNCIAS BARBOSA, J. P. Desenho técnico mecânico. Instituto Federal Espirito Santo – São Matheus. 2010. 163 p. CARDOSO, M. A. Geografia. Centro Federal de Educação Teológica de Minas Gerais – Varginha, 2006. 63 p. CARVALHO, E. A.; ARAÚJO, P.C. Escala. UDUFRN, Natal, 2008. 248 p. 256 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF DENCKER, K. L. Apostila de desenho básico. UDESC – Santa Catarina, 2009. 74p. FERREIRA, R. C. Escalas e cotagem. Universidade Federal de Goiás Goiânia, 2008. 11p. MENEZES, P. M. L; COELHO NETO, A. L. Escala: estudo de conceitos e aplicações. UFRJ - Rio de Janeiro. 6 p. Disponível em: <http:// w w w. r c . u n e s p . b r / i g c e / p l a n e j a m e n t o / d o w n l o a d / i s a b e l / cartografia_geog_isabel/Aula2/aula2_escala1.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2016. ROSA, R. Cartografia básica. Universidade Federal de Uberlândia Uberlândia, 2004. 72 p. SANTOS, A. R. Apostila de elementos da cartografia. UFES – Alegre, 2013. 57 p. SILVA, A.; RIBEIRO, C. T.; DIAS, J.; SOUSA, L. Desenho técnico moderno. 4ª Edição, 2011. SILVA, I. F. T.; FREITAS, A. L. B.; MAGALHÃES, W. G.; AUGUSTO, M. J. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AGRICULTURA DE PRECIÇÃO ¹ GATTI João Vitor ²BARBOSA Rogerio Zanarde ³FELIPE Alexandre da Silva RESUMO A agricultura de precisão é um processo de gestão da variabilidade do processo de produção agrícola onde pode estar gerenciando a variabilidade de cada aspecto de um plantio tendo como objetivo atingir o potencial máximo e preciso das lavouras, utilizando técnicas e equipamentos (sistemas de posicionamento, mapeamentos de produtividades, correção dos níveis de fertilidade, correção do nível de compactação, correção de drenagem, manejos de pragas e doenças, sistemas de direcionamentos, aplicação localizada de insumo utilizando aplicação baseado no mapeamento) tudo isso é feito para que ocorra o manejo preciso das lavouras assim tendo uma produção maior e preciso da cultura. INTRODUÇÃO A agricultura de precisão baseia-se no gerenciamento localizado de sistemas agrícolas, utilizando recursos como mapeamento dos fatores de produção, ferramentas de suporte a decisão e aplicação ¹Docente de engenharia Agronômica, Sociedade Cultural e Educacional de Garça – FAEF ² Prof. Dr. Rogério Zanarde Barbos, Doutor em Irrigação e Drenagem | FCA-Unesp ³Prof Dr Alexandre da silva Felipe Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 259 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA localizada de insumos. Em termos econômicos, está tecnologia permite a priorização de áreas onde o potencial de produção é menor. A principal redução em custo, é com insumos, usando apenas o necessário, e deixando a adubação de luxo e desperdício. Diversas técnicas e equipamentos estão disponíveis para a utilização, mas as principais utilizadas são o monitoramento e o mapeamento da produção em colhedoras automotrizes. Análise de solo também está apresentando grandes resultados na agricultura de precisão, principalmente pela agilidade em que se é feita, e a quantidade de informação fornecida para o agricultor, como por ex: (Compactação, condutividade elétrica, Profundidade efetiva, temperatura, etc). A agricultura de precisão pode ser definida como uma tecnologia moderna para o manejo do solo, dos insumos e das culturas, de modo adequado e considerando as variações espaciais e temporais dos fatores que afetam a produtividade. A agricultura de precisão visa a produção agrícola como um todo, não somente á aplicação de insumos ou de mapeamentos diversos , mas todos processos envolvidos em um plantio mecanizado da cultura , utilizando sistemas via satélite. Técnicas de aplicação localizadas de defensiva também estão sendo desenvolvidas, outras já estão em uso. Outra técnica utilizada é a aplicação de fertilizantes e corretivos de acordo com as necessidades e recomendação de cada local do campo. Para tal serviço, são utilizadas maquinas chamadas de distribuidores VRT (“Variable Rate Technology”). Uma outra técnica utilizada, é o mapeamento de produtividade, gerando mapas que ilustram uma “radiografia” da cultura em cada ponto do talhão, possibilitando o manejo mais adequado para cada talhão. Outro tema importante da agricultura de precisão, é a possibilidade de redução do impacto ambiental através da diminuição do uso de insumos agrícolas. DESENVOLVIMENTO 2.1 SISTEMA DE GEOPROCESSAMENTO GLOBAL(GPS) O sistema de geoprocessamento global (GPS) na agricultura ele 260 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF é projetado para dar coordenada e as enviando para o computador. Existem vários tipos de sistema de posicionamento na agricultura 3 são mais utilizados, o DGPS (correção via satélite submétrico) GPS absoluto (submétrico) e o RTK (real time kinematic). O GPS e o RTK são utilizados para fazer mapa de produtividade e necessário para fazer o plantio de adubo. “O funcionamento do GPS funciona com a medição do tempo de emissão do sinal de cada satélite para a terra, posicionando alguns satélites assim emitindo ondas para a terra porem ocorre algumas perturbações no sinal assim causando alguns erros na navegação, ocorre perturbação pela ionosfera e a troposfera há erros de sincronia de horários, multicaminhamento e o DOP assim tendo algumas falhas (MARINO 2003 p 6, 22-28). 2.2 MAPEAMENTO DE PRODUTIVIDADE O mapeamento de produtividade é muito importante no levantamentos de dados para a aplicação, assim tendo uma agricultura de precisão e permite obter dados da produtividade, ao fazer o mapeamento de produtividade, conseguindo obter dados para as correções de fertilidade, compactação do solo, problemas de drenagem e até mesmo pragas que estão no solo. “O mapeamento de produtividade só tem vantagem pois possibilita obter das analises uma maneire de correção do solo uma precisão no plantio assim tendo uma economia de gastos e um aplicação correta tendo uma produção muito mas eficaz” (ZERBATO 2002 p 01-87) 3 APLICAÇÃO LOCALIZADAS DE INSUMOS A aplicação de insumos em mapeamento tem sido utilizado na adubação e correção da fertilidade do solo. Isso possibilita a aplicação de insumos apenas em locais necessários, aplicando doses variáveis e não uniforme, gerando assim um a economia e evitando desperdícios. A aplicação localizada de insumos compreende três etapas: Coleta de dados (mapeamento), interpretação dos mapas (sistema de suporte a decisão) e aplicação localizada. No caso de fertilizantes e corretivos, por exemplo, o sistema Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 261 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA começa pelo mapeamento de produção da cultura. São utilizadas colhedoras equipadas com sistema de posicionamento global (GPS), monitores de produção e equipamentos para coleta de amostras de solo georeferênciadas. Depois se utiliza sistemas de informação geográficas (SIG) e conceitos geoestatístico, que são transformadas em mapas. Esse planejamento torna-se em mapas de tratamento, interpretados pelas máquinas que faz a aplicação localizada, apenas em quantias necessárias (variável). O posicionamento dos alvos é uma etapa muito importante, e pode-se utilizar 2 métodos. A primeira é um sistema on-line, onde as máquinas se deslocam no campo, e os sensores detectam e aplicam somente onde é necessário. A segunda é mapas de tratamento georeferenciados, que com o auxílio de sistemas de suporte a decisão, que utilizando os pontos traçados no mapa, realizam a aplicação localizada. 3.1 DETECTAÇÃO DE ALVOS A detectação instantânea das plantas, através de sensores óticos que identificam as diferenças na reflexão da luz pelas diversas superfícies que existem nas áreas agrícolas, como plantas daninhas, restos vegetais, o solo, etc. Outra opção é usar o sistema de imagens, que analisa, identifica, e imediatamente os alvos e aplica o produto utilizado. 3.2 APLICAÇÃO BASEADA EM MAPEAMENO O mapeamento é realizado de acordo com a infestação e suas características, usando DGPS (Sistema de posicionamento global diferencial). Durante a aplicação, o computador de bordo do pulverizador, determina o posicionamento em que se encontra a máquina (Via DGPS) e determina o tratamento recomendando para esta posição, controlando a dose ao longo do deslocamento. Para a coleta dos dados para a confecção dos mapas, podem ser realizadas através de um (palm-top), acoplado a um DGPS, que através do caminhamento no campo, pode-se coletar as informações. 262 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Mas esse método é para pequenas áreas. Neste caso, a coleta de dados pode ser em conjunto com a colheita, podendo registrar as informações enquanto a máquina se desloca pelo local. O processamento de imagens também pode ser uma opção. 3.3 EQUIPAMENTOS PARA APLICAÇÃO LOCALIZADA Os pulverizadores utilizados, são altamente sofisticado, o sistema é controlado por um computador central, que armazena os dados, sobre locais, doses, mapas, e além disso, ele analisa e interpreta. A central de controle é capaz de analisar em tempo real os dados, como posicionamento geográficos do DGPS. Isso lhe permite uma aplicação localizada e sem desperdício, aplicando apenas o doce certa, no local necessário. O princípio básico destes sistemas está relacionado ao armazenamento do defensivo e do diluente em recipientes separados, fazendo a mistura apenas no momento da aplicação. A intensidade do fluxo varia de acordo com a velocidade da máquina, largura da barra, dimensão dos bicos, a definição de vazão dos defensivos, entre outros. Outro fator importante é a segurança na troca de produtos, facilitando a logística da aplicação e do deslocamento da máquina no campo. 4 GERENCIAMENTO DAS APLICAÇÕES VRT NO ALGODAO A técnica se baseia para encontrar a melhor tipo de tratamento médio do campo para começar as devidas aplicações em toda á lavoura , embora este método este método trás bons resultados , tem um erro de imprecisão espaciais , isto causa uma diferença significativa no campo. Para obter um bom resultado, foram tomadas algumas medidas no uso do sistema espacial para correção de alguns erros , como identificar , qualificar , mapear , e criar precisões corretas. 4.1 INTEGRAÇÃO NDVI-POTENCIAL DE PRODUÇÃO “Normalized difference vegetation index” nada mais é do que o índice que analisa a condição da vegetação no campo, através de Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 263 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA sensores remotos diante de uma unidade de precisão média, esse índice é uma matemática de bandas espectrais que são captadas por sensores nas maiorias dos casos de uso do NDVE “Satélites”. Através disso é possível obter dados do monitoramento de cultura, detectação de seca , localização de pragas , estimativas de produtividade , modelagem hidrológica , mapeamento da cultura. CONSIDERAÇÕES FINAIS Agricultura de precisão veio revolucionar o plantio. Com as tecnologias que ela proporciona, e maquinários disponíveis, é possivelmente reduzir gastos, atingir a produção máxima da área, com um tempo muito menor e maior qualidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA < h t t p s : / / w w w. a g e n c i a . c n p t i a . e m b r a p a . b r / Re p o s i t o r i o / 1622_000fkl0f2ta02wyiv80sq98yqf7fpgf0.pdf >: Acesso em 09/09/ 2016 <http://www.ufrgs.br/agronomia/materiais/6145530001.pdf>: Acesso em 09/09/2016 264 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AMBIGUIDADES NO SISTEMA GNSS Junior Simon BEZERRA1 Gabriel Feltrin BARRETO1 Leonardo Mantovani PEREZ1 Alexandre Luiz da Silva FELIPE2 RESUMO O Sistema Global de Posicionamento e de Navegação por Satélite (Global Navigation Satellite System – GNSS) é um termo padrão para sistemas de navegação por satélites, que foi lançado na década de 60 pelos Estados Unidos. Entre os sistemas que compõem o GNSS estão o GPS (EUA), GLONASS (Rússia), Galileo (União Europeia), Beidou/Compass (China). As maiores ambiguidades desse sistema ficam por conta da Troposfera e da Ionosfera, sendo que cada camada tem efeitos distintos na propagação das ondas. Este artigo tem por objetivo mostrar quais são os efeitos que essas camadas oferecem nas ondas de propagação e como afetam o sinal. Palavras-chave: Ambiguidades, GNSS, Ionosfera, Satélites, Troposfera. ABSTRACT The Global Positioning System and Satellite Navigation (Global Navigation Satellite System - GNSS) is a standard term for navigation 1 Discentes do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected] 2 Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 265 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA systems by satellite , which was launched in the 60s by the United States . Among the systems that make up the GNSS are GPS (US) , GLONASS (Russia), Galileo (European Union) , Beidou / Compass (China) . The greatest ambiguity of this system are due to the ionosphere and the troposphere , where each layer has different effects on the propagation of the waves. This article aims to show what are the effects that these layers provide the propagation of waves and how they affect the signal. Keywords: Ambiguities , GNSS , Ionosphere , Satellites , Troposphere . 1 INTRODUÇÃO O GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite é a nova designação para o conjunto de Sistema de Posicionamento Global, o GNSS é uma das tecnologias espaciais de posicionamento mais avançadas que surgiram recentemente, e tem revolucionado as atividades relacionadas com posicionamento, o sistema não para de evoluir e de criar dependências em todas as áreas do conhecimento. Já são mais de trinta que aplicam o GNSS em suas atividades, estando entre elas navegação marítima, segurança pessoal, agricultura de precisão, meteorologia, lazer, aviação civil, meio ambiente, geodésia, geodinâmica, e outras tantas. A expectativa e de que cada vez mais essa tecnologia se aprimore, e num futuro próximo dispositivos moveis, veículos, maquinas agrícolas terão um receptor de posicionamento por satélite instalado a bordo. Essa tecnologia esta se tornando cada vez mais precisa, para isso tem se utilizado o uso de dados de redes de estação de referencia, esse posicionamento tem se tornado efetivo nos últimos anos devido à alta acurácia proporcionada pelo método RTK (Real Time kinematic) em rede, detalhes desse método pode ser observados em Alves (2008; 2011) e Alves e Monico (2011). Outra possibilidade para aplicações que requerem acurácia dessimétrica é o DGPS em rede (ALVES et al. 2011). Apesar de toda a eficiência desse sistema existem ainda algumas ambiguidades a serem ajustadas, essas que ocorrem tanto na troposfera quanto na ionosfera e também no multicaminhamento, esse que consiste na reflexão do sinal por meio de obstáculos naturais ou artificiais. Este 266 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF artigo busca retratar como esses fatores interferem na interceptação ou propagação do sinal gerando falhas e erros de localização. 2 SISTEMAS GNSS O GNSS (Global Navigation Satellite System), ao integrar os vários sistemas de posicionamento por satélite existente, tem como principal objetivo viabilizar a navegação de alta precisão. Os principais sistemas que compõem o GNSS são: GPS (Global Positioning System), GLONASS (Global’naya Navigatsionnaya Sputnikovaya Sistema), Galileo e mais recentemente o Beidou/Compass. Acredita-se que num futuro próximo, com a existência de diversos sistemas de posicionamento por satélite disponíveis, seja realizada efetivamente a integração entre tais sistemas. Com isso, poderá ser obtido um posicionamento mais acurado, devido principalmente a grande quantidade de dados. Schönemann et al. (2011) discute esse tema. A fim de aumentar a precisão das informações dos sistemas GNSS são utilizados sistemas de aumento de precisão denominados genericamente pela OACI de GBAS (Ground Based Augmentation System). O sistema opera através da transmissão, via estação terrestre, das correções de erros para uma determinada localidade. 2.1 GPS Em 1973 iniciou-se o desenvolvimento do Global Positioning System (GPS), projetado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) para oferecer a posição instantânea, bem como a velocidade e o horário de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre ou bem próxima a ela num referencial tridimensional (LETHAM, 1996). O GPS consiste de três segmentos principais: espacial, controle e de usuário. 2.1.1 SEGMENTO ESPACIAL O sistema GPS utiliza a constelação (conjunto) NAVSTAR de 24 satélites, construídos pela divisão aeroespacial da Rockwell Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 267 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA International e da Lockheed Martin, posicionados a cerca de 20200 km acima da superfície terrestre, distribuídos por seis planos orbitares aproximadamente circulares, com inclinação de cerca de 55° em relação ao equador, de tal modo que em qualquer lugar da superfície terrestre se encontrem simultaneamente e no mínimo quatro satélites acima do horizonte, podendo ser visíveis em determinados períodos 7 satélites da constelação. 2.1.2 SEGMENTO DE CONTROLE TERRESTRE O segmento de controle terrestre compreende o sistema de controle operacional, o qual consiste de uma estação de controle mestra, estações de monitoramento mundial e estações de controle de campo. Estação mestra - está localizada na base FALCON da USAF em Colorado Springs-Colorado. Estações de monitoramento - rastreiam continuamente todos os satélites da constelação NAVSTAR, calculando suas posições a cada 1,5 segundos. Estações de Campo - formadas por uma rede de antenas de rastreamento dos satélites NAVSTAR. Têm por finalidade ajustar os tempos de passagem dos satélites, sincronizando-os com o tempo da estação mestra. O GPS é um sistema multipropósitos, que permite aos usuários determinar suas posições expressa em latitude, longitude e altura geométrica ou elipsoidal em função das coordenadas cartesianas X, Y e Z em relação ao centro de massa da Terra (SEGANTINE, 1999). 2.1.3 SEGMENTO DE USUARIO O segmento dos usuários está associado às aplicações do sistema. Refere-se a tudo que se relacionam com a comunidade usuária, os diversos tipos de receptores e os métodos de posicionamento por eles utilizado. Este segmento é composto pelos receptores localizados na superfície terrestre, no ar, a bordo de navios e de alguns satélites. As antenas captam sinais de quatro ou mais satélites 268 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF simultaneamente, processam os dados determinando a posição, velocidade e o momento da observação dos pontos. 2.2 GLONASS Inicialmente desenvolvido pela antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), consiste numa constelação de 24 Satélites em 3 planos orbitais. Foi completado em 1995, porém houve uma degradação do serviço, o qual tem sido recuperado gradativamente pela Rússia desde 2001. O segmento de controle do GLONASS é composto por cinco estações terrestres, distribuídas em território pertencente à antiga União Soviética, localizadas em Moscou (Estação Principal), St. Petersburg, Ternopol, Eniseisk e Komsomdsk-na-Amure. 2.3 GALILEO Trata-se de um GNSS em construção pela União Europeia, concebido desde o início como um projeto civil, em oposição ao GPS americano, ao GLONASS russo e ao Compass chinês que são de origem militar, tendo várias vantagens: maior precisão (ainda a ser confirmado em testes reais), maior segurança (possibilidade de transmitir e confirmar pedidos de ajuda em caso emergência) e menos sujeito a problemas (o sistema tem a capacidade de testar a sua integridade automaticamente), quando totalmente operacional deverá ter uma precisão maior que aquela do GPS e uma constelação de 30 Satélites em 3 planos orbitais. 2.4 BEIDOU/COMPASS BEIDOU – Beidou Navigation System (China): Também chamado de Beidou 1, é um sistema experimental com cobertura regional, composto por 4 satélites. COMPASS – (China): Também chamado Beidou 2, não é uma extensão do Beidou 1, mas um novo sistema em desenvolvimento. Deverá ser composto por uma constelação de 35 satélites, sendo 5 geoestacionários. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 269 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3 AMBIGUIDADES DO SISTEMA O GNSS tem sido cada vez mais utilizado para realizar posicionamento em que se requer alta acurácia e curto intervalo de tempo de coleta de dados. Diversos são os tipos de erros que afetam as observáveis GNSS, sendo que a maioria deles pode ser eliminada, minimizada ou ate mesmo evitada, atualmente, as maiores fontes de erros nas observáveis GNSS são as influências da troposfera e da ionosfera. Como as camadas que compõem a atmosfera são altamente variáveis espacialmente, a modelagem das mesmas deve ser regionalizada. 3.1 TROPOSFERA A Troposfera é considerada a camada mais superficial da atmosfera terrestre, com espessura média de aproximadamente 50 km. Ela é um meio não dispersivo para a faixa de frequência do GNSS. O atraso troposférico pode ser dividido em duas componentes: hidrostática e úmida. A primeira representa cerca de 90% do atraso, é gerada pela influência da atmosfera hidrostática (ZHD – Zenithal Hydrostatic Delay). O erro devido a essa componente é de aproximadamente 2,3 m no zênite. A segunda componente ocorre devido à atmosfera úmida (ZWD Zenithal Wet Delay), ou seja, pela influência do vapor d’água atmosférico. Tal atraso é geralmente menor, representando cerca de 10% do atraso troposférico total. Porém, sua variação temporal e espacial é muito maior, chegando a 20% em poucas horas, o que torna impossível uma previsão adequada a partir de medidas da umidade na superfície (SPILKER, 1994). O atraso troposférico total (ZTD – Zenithal Tropospheric Delay) pode aumentar cerca de 10 vezes próximo ao horizonte (10° de elevação) (SEEBER, 2003). A variação na refratividade atmosférica (N) causa mudanças na direção e diminuição na velocidade das ondas eletromagnéticas ao se propagarem na troposfera. Isso gera na trajetória dos sinais GNSS uma leve curvatura, se comparada à trajetória geométrica entre um satélite no espaço e um receptor na superfície da Terra. A diferença entre a comprimento da trajetória efetivamente percorrida pelo sinal 270 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF (S) e o comprimento da trajetória geométrica (Sg) é denominado atraso troposférico (DTROP), dado por: DTROP = S – Sg = 10-6 +” Nds. Para facilitar a modelagem das variações da refratividade, e por consequência o atraso troposférico, são empregadas as funções de mapeamento (DAVIS, et al., 1985; NIEL, 1996; entre outros). 3.2 IONOSFERA A ionosfera é uma das principais fontes de erros no posicionamento GNSS. A radiação solar causa a fotoionização da atmosfera terrestre nas altas altitudes, criando, na atmosfera superior, regiões parcialmente ionizadas, conhecidas como ionosfera, que estão compreendidas, aproximadamente, entre 50 a 1000 km de altura. A ionosfera, como um meio dispersivo para a faixa de frequência GNSS, afeta a modulação e a fase da portadora, fazendo com que sofram, respectivamente, um retardo e um avanço (CAMARGO, 1999). Outros parâmetros que influenciam a refração ionosférica são principalmente a atividade solar e o campo geomagnético. A refração ionosférica também depende da localização geográfica e do tempo (SEEBER, 2003). Assim, o TEC apresenta variações diárias, sazonais, geográficas e de longo período (ciclo solar de 11 anos). Além dos efeitos já citados, comparecem irregularidades ionosféricas, como à anomalia equatorial, tempestades geomagnéticas, bolhas ionosféricas e cintilação. As cintilações ionosféricas são mudanças rápidas que ocorrem na fase e amplitude do sinal de rádio recebido, as quais são causadas por irregularidades na densidade de elétrons ao longo do caminho percorrido pelo sinal na ionosfera, podendo enfraquecer o sinal recebido pelos receptores GNSS, fazendo que ocorra em muitos casos a degradação ou até mesmo perca do sinal (CONKER et al., 2003). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Fica claro que nos dias de hoje cada vez mais o uso dos sistemas GNSS fica indispensável, tanto para praticas simples como no uso Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 271 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA diário num GPS automotivo ou num dispositivo de telefone celular, indo até no uso mais complexo como na agricultura de precisão, topografia até no uso militar. Apesar de todas as tecnologias empregadas nesses sistemas ainda existem algumas falhas de localização devido às camadas que compõem a atmosfera (troposfera e ionosfera), essas que fazem acontecer erros de ate alguns metros na precisão. Espera-se que um dia todos os componentes do sistema GNSS se unam tornando-se um único sistema que oferecera inúmeras possibilidades aos usuários de todo o mundo. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVES, D. B. M. Desenvolvimento e Implantação do RTK em Rede para Posicionamento Geodésico no Estado de São Paulo, 2011. PósDoutorado – Universidade Estadual Paulista - Departamento de Cartografia, Presidente Prudente. ALVES, D. B. M.; MONICO, J. F. G. GPS/VRS positioning using atmospheric modeling. GPS Solutions (Heidelberg), v.15, n.3, DOI 10.1007/s10291-010-0187-3, p. 253-261, 2011. ALVES, D. B. M.; DALBELO, L. F. A.; MONICO, J. F. G.; SHIMABUKURO, M. H. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO CARVALHO, Gabriel Malheiros de1 NUNES, Camila Fernanda CONTATO, Luiz Carlos de Souza GIMENEZ, Juliana Iassia RESUMO Considerando que a acidez do solo é decorrente da escassez de compostos derivados de bases dos nutrientes de origem, podemos inferir que o solo brasileiro em sua grande maioria apresenta significantes limitações para o estabelecimento, desenvolvimento e manutenção dos sistemas de produção da maioria das culturas, devido à sua acidez. Então para que o cultivo não seja prejudicado pela acidez, a realização da análise química do solo apresenta-se como etapa indispensável do sistema de produção. Palavras-chave: acidez, fertilidade do solo, nutrientes. ABSTRACT Through analysis and studies we conclude that acidity in the soil, has its origin in the lack of compounds derived from bases of the source of nutrients. We therefore conclude that the brazilian 1 Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da FAEF-Garça-Brasil. Email: [email protected], [email protected], [email protected] ² Docente dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF- SP-BRASIL. Email: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 275 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA soil mostly presents significant limitations to the establishment, development and maintenance of production systems of most cultures, due to the acidity. So what the production system does not have the acidity characteristics, chemical analysis of soil is extremely important. Keyword: acidity, nutrients, soil fertility. 1. INTRODUÇÃO A maioria dos solos brasileiros apresenta limitações ao estabelecimento e desenvolvimento dos sistemas de produção de grande parte das culturas, em decorrência da sua acidez, a qual pode ocasionar alterações na fertilidade dos solos, restringindo o crescimento e desenvolvimento das plantas (SOUZA et al., 2007). Os solos podem ser ácidos devido à pobreza em bases do material de origem, ou devido a processos que acabam por favorecer a remoção ou lavagem de elementos básicos como potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), sódio (Na), entre outros. Em ambos os casos, a acidificação se inicia, ou se acentua, devido à remoção de bases da superfície dos coloides do solo. Nesse contexto a origem da acidez do solo é causada principalmente pela lavagem de Ca e Mg do solo pela água da chuva ou irrigação, pelas colheitas ou ainda pela utilização de fertilizantes químicos (OLIVEIRA et al., 2005). Outra possível causa da acidificação do solo é a erosão laminar, a qual, transporta solo superficial fértil para as maiores profundidades e expõe as terras das camadas inferiores que são ácidas e, normalmente não possuem a fertilidade necessária para as práticas agrícolas (AMARAL, 1984). Neste contexto, considerando a acidez da grande parte dos solos do Brasil, para o satisfatório crescimento e desenvolvimento das plantas torna-se necessária a aplicação de corretivos. A correção da acidez consiste em neutralizar os íons H+, com os íons OH-. Neste sentido, o calcário libera Ca²+, Mg ²+, e o Co²- que é a base química, ou seja, o componente que proporciona a formação de OH-. O valor da constante de ionização (Kb1) mostra que o Co² - é uma base fraca, isto é, a reação de formação de OH- produzido neutralizará o H+ da solução, responsável pela acidez (ALCARDE, 2005). 276 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.DESENVOLVIMENTO A análise química do solo é uma técnica utilizada há mais de um século e meio, com a finalidade de auxiliar nas recomendações de calagem e adubação, além de possibilitar o controle da fertilidade do solo. O químico Justus von Liebig foi o primeiro a realizar análise de solo, em 1840, no entanto, até o início de 1920 pouco progresso foi observado. Já nas décadas de 20 e 30 foram realizadas importantes contribuições e a partir daí esta análise tem sido amplamente utilizada em todo mundo (MAGALHÃES, 1997). Fator imprescindível para a produtividade sustentável na agricultura, a análise química do solo é o instrumento básico para a transferência de informações sobre calagem e adubação, do laboratório para o agricultor. Por este conceito, pode-se dizer que a análise de solo tem como objetivo conhecer o grau de fertilidade do solo para a adequada recomendação de corretivos e fertilizantes, com vista à produção. Esta análise de atual constante emprego, recentemente tem sido utilizada também para o monitoramento da poluição de solos (SILVA, 2009). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 277 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA A amostragem de solo é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da fertilidade do solo. Neste contexto, segundo Raij et al. (1997) alguns aspectos específicos como a definição de glebas, retirada de amostras compostas, ferramentas utilizadas, local e profundidade de amostragem e outros devem ser considerados na amostragem, visando a maior uniformidade no procedimento. A interpretação da análise também é uma etapa muito importante para o entendimento dos valores obtidos na análise de solo (laudo técnico entregue pelo laboratório). Com isso, pode-se determinar se o solo está adequado para o tipo de cultura que será implantada, podendo haver a necessidade de aplicação de adubos e corretivos no solo (calcário). A interpretação da análise de solo deve ser feita por profissional habilitado (Eng. Agrônomo, Florestal ou Zootecnista), o qual com base nas informações da propriedade agrícola e na análise de solo e/ou planta poderá indicar se o solo apresenta adequada disponibilidade de nutrientes para as culturas, e recomendar, caso necessário, a adubação e calagem (SERRAT et al., 2002). Portanto, a análise de solo é indispensável para se calcular a dose de calcário que deve ser aplicada, do mesmo modo que não pode ser dispensada para se determinar a dose necessária de nitrogênio, fosforo e potássio (MALAVOLTA, 1984). Além de corrigir a acidez, a calagem deve garantir teores suficientes de magnésio no solo admitidos como 5 mol/dm³ para a maioria das culturas e 9 mol/dm³ de magnésio para culturas muito adubadas com potássio. O cálcio é, normalmente, suprido em quantidade suficiente pela calagem (RAIJ et al., 1997). A neutralização do alumínio é uma das formas utilizadas para recomendação de calagem em diversas regiões do Brasil. O alumínio trocável é um dos principais componentes relacionados à acidez dos solos. Deve-se considerar que a dose de calcário calculado por esse método é insuficiente para elevar o pH do solo de modo sensível, geralmente só até pH 5,7, ou um pouco menos (LOPES et al., 1990). O nitrogênio é um dos principais nutrientes requeridos pela maioria das culturas, sendo ele extremamente móvel no solo. Além disso, é grande a variação do seu teor no solo, em decorrência dos processos de mineralização da matéria orgânica e da imobilização do N, processos que atuam simultaneamente. 278 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF O nitrogênio não é determinado na maioria dos laboratórios de análises de solos em atividade no Brasil, pois até o momento não foi desenvolvido um método que pudesse ser adotado em análises rotineiras e que aliassem os requisitos de rapidez a uma interpretação eficiente. Por estas razões, por exemplo, nas recomendações apresentadas no manual de adubação para o estado do Rio de Janeiro, atenção especial é dada ao suprimento de nitrogênio para cada cultura, com ênfase na aplicação de adubos orgânicos, com ou sem complementação de adubo mineral nitrogenado, dependendo da exigência da cultura e do histórico da área ou da situação em que é explorada (FREIRE et al., 1988). 3.CONCLUSÃO Conclui-se que para se obter um resultado satisfatório de produtividade, diante de qualquer cultura, é indispensável a realização da análise de solo, pois a partir desta é possível definir quais medidas devem ser tomadas e qual será o caminho traçado Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 279 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA para uma devida e correta correção. Deste modo, verifica-se que a análise química do solo é um dos métodos quantitativos mais utilizados para a obtenção de dados de fertilidade, sendo vantajosa pelo seu custo operacional e rapidez. 4.REFRENCIA BIBLIOGRAFICA MUZILLI, O. et al. Análise de solos: interpretação e recomendação de calagem e adubação para o Estado do Paraná. Circular - Fundação Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, n. 9, p. 50, 1978. SANCHES, P. A. Manejo del suelo en sistemas de cultivos multiples. In: SANCHES, P. A. Suelos del trópico: características y manejo. San José: IICA, 1980, p. 301-343. 280 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF APLICAÇÃO DO SIG NO MANEJO DE BACIAS HIDROGRAFICAS SOUZA, André Andrade1 VICTORIO,1 Tomaz Ferrazzini Marvulo1 MATHEUS, ¹ Victor Paes Carolino1 FELIPE, Alexandre Luiz da Silva2 RESUMO O seguinte trabalho buscou mostrar a importância do uso do Sistema de Informação Geográfica - SIG no manejo de bacias hidrográficas, e mostra a importância desse manejo e porque cada vez mais as exigências aumentam para o uso desse recurso muito precioso que é a água. Com o crescimento da população e o aumento do uso da agua, regras para o seu uso foram criadas tornando a necessidade de mapeamento e estudos dessas bacias cada vez mais importantes. O SIG consiste em um programa de computador que utiliza os dados coletados no campo para formar mapas e bancos de dados com o intuito de facilitar nos desenvolvimentos de estudos do manejo dessas bacias hidrográficas. Palavras – chave: Sistema de informação Geográfica, Bacia hidrográfica, Manejo e bacia hidrográfica 1 Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 2 Docente do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 281 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The following study aimed to show the importance of the use of Geographic Information System - GIS in watershed management, and shows the importance of management and as more and more demands increase for the use of this very precious resource that is water, with population growth and increased water use, rules for its use were created making the need for mapping and studies of these increasingly important basins. The GIS consists of a computer program that uses the data collected in the field to form maps and databases in order to facilitate the development of management studies of these watersheds. Key - words : Geographic Information System, River Basin Management and watershed 1.INTRODUÇÃO O sistema de informação Geográfica é uma tecnologia nova e muito abrangente, seu uso vem crescendo na elaboração de projetos ambientais, agindo como um agente facilitador na definição dos rumos que o projeto irá tomar, e seu uso é relativamente fácil pois, através da base de dados do local qualquer pesquisador com uma base cartográfica e um GPS, pode facilmente desenvolver um estudo da hidrologia da região que ele pretende desenvolver seu projeto. 2.DESENVOLVIMENTO A agua é um dos recursos mais importantes para o homem, e seu manejo de forma sustentável está se tornando cada vez mais imprescindível com o passar dos anos, este assusto está relacionado com a forma natural de armazenamento, concentração e distribuição desse recurso que segundo o autor (Figueira de Sá, 2010) ocorre através das bacias hidrográficas, por essa questão o seu estudo e seu manejo é tão importante nos dias de hoje. Visto essa importância das bacias hidrográficas o SIG se mostra uma ferramenta muito valiosa para esses estudos, ainda segundo o autor esse estudo deve ser realizado como uma atividade que parte 282 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF do campo para o escritório, e retornando ao campo com uma visão sistêmica depois do uso do SIG e não apenas como uma ferramenta facilitadora. O sistema de informação geográfica é a ferramenta mais atualizada nos dias de hoje e por isso o uso dessa ferramenta vem crescendo na gestão ambiental segundo o autor (Figueira de Sá, 2010), a evolução do conceito SIG se relaciona também com diferentes áreas de pesquisa que contribuem para o seu desenvolvimento, com o intuito de gerar um sistema de informações geográficas – SIG para a gestão e planejamento de bacias hidrográficas. Segundo o autor (Rocha), o uso do sistema de informações geográficas se torna cada vez mais importante a medida que as cidades crescem, polos industriais se desenvolvem e áreas irrigadas aumentam sua extensão pois com esses aumentos a agua se torna cada vez mais um recurso escasso, e com isso ocorreu o surgimento de conflitos por esses recurso muito precioso, o que forçou o governo federal, e alguns governos estaduais o desenvolvimento de medidas para o controle do uso desse recurso, no estado de São Paulo o uso dos recursos hídricos e regulamentado pela lei 7663/91 que estabelece bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento e manejo, tornando os estudos realizados utilizando o SIG cada vez mais importantes. Segundo o autor o SIG utiliza as características especiais da superfície da terra como dados sobre vegetação e topografia, ou qualquer outro dado relacionando com a distribuição espacial do local, essas informações são registradas separadamente em formato numérico, ou seja todas essas informações espaciais formam um banco de dados, o SIG produz como resultados mapas, os quais podem representar diferentes bancos de dados em conjunto, mas também segundo o autor podem ser em forma de sumários estatísticos. Na figura 1 podemos ver as diversas camadas de dados e informações que o SIG coleta, essas camadas são sobrepostas afim de se formar os mapas com todas as informações em apensas um mapa. Na figura 2 o autor também fala sobre as camadas de dados utilizado pelo SIG, mostrando que com esse tipo de sistema os estudos avançaram muito e se tornaram muito mais precisos e detalhados. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 283 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Na figura acima podemos ver como é realizada essa coleta de dados e a formação do banco de dados com essas informações que segundo o autor Farias (2015) esses dados são sobrepostos em camadas afim de fornecer um mapa com diversas informações sobre o terreno estudado, ou seja em um mesmo mapa é fornecido informações sobre a hidrográfica do terreno, relevo do terreno e até o uso dos solos localizados no mapa. Segundo o autor Farias (2015), o SIG é uma ferramenta acessível a todas as pessoas desde que ela tenha um computador e internet, pois existem sistemas ou softwares gratuitos como o Google Earth, outro sistema é o Quantum GIS que é disponibilizado pelo governo, no Brasil é possível encontrar alguns órgãos que usam o SIG como o (INPE) Instituto nacional de pesquisas espaciais, (IBGE), instituto 284 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF brasileiro de geografia e estatística e a (ANA) Agencia Nacional de Aguas, essas agencias disponibilizam informações sobre essas regiões, que podem auxiliar no estudo do local. Segundo o autor (Becker) o sistema de informação geográfica tem um potencial muito grande para o estudo de questões fundamentais da ecologia, principalmente aquelas que envolvem componentes espaciais, a utilização do SIG pode ser aplicada de várias maneiras como expõe o autor: · Produção de mapas; dados secundários a partir de dados originais, como exemplo · Quantificação de associação entre características espaciais · Quantificação de padrões da paisagem e relações espaciais · Quantificação de padrões temporais · Quantificação de mudanças temporais · Ligação entre dados espaciais e modelos · Zoneamento, classificação e priorização de bacias conservação, manejo e planejamento Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 285 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Como mostrado pelos autores o SIG está cada vez mais sendo usados nas pesquisas e nos pretos ecológicos de manejo, e esse é um processo que tende a aumentar com a acessibilidade a tecnologia, ou seja todas as pessoas podem fazer uso do SIG, esse sistema é um grande avanço pois utiliza a tecnologia de forma a facilitar o processo de tomada de decisões sobre os projetos, podendo ser aplicados no estudo de bacias hidrográficas cujo o manejo correto se torna cada vez mais imprescindível para o ser humano visto a necessidade de conservação desse recurso natural escasso e muito importante para a manutenção da vida. Além do grande crescimento das tecnologias que cada vez mais faz parte das nossas vidas e está presente em cada vez mais processos de mapeamento, trabalhando para melhorar o manejo e a conservação dos recursos naturais escassos 4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECKER, F. Gertum, Aplicações de Sistemas de Informação Geográfica em Ecologia e Manejo de Bacia Hidrográficas. Disponivel e m : < h t t p s : / / w w w. r e s e a r c h g a t e . n e t / p u b l i c a t i o n / 2 5 5 9 9 2821_Aplicacoes_de_Sistemas_de_Informacao_Geografica_em_Ecologia _e_Manejo_de_Bacias_Hidrograficas>. Acesso em 9 de Setembro de 2016 FARIAS, Roberto, A Importância dos sistemas de informações geográficas (SIGS) para a limnologia, 2015 Disponível em: < https:/ /limnonews.wordpress.com/2015/03/23/a-importancia-dossistemas-de-informacoes-geograficas-sigs-para-a-limnologia/>. Acesso em 9 de Setembro de 2016 FRANCISCO DE SÁ, et. al. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF APLICAÇÃO DO VANT NA CANA-DE-AÇÚCAR FREITAS JUNIOR, Dirceu ¹ MASSSUCATO, Otavio Bodoni ¹ BASSAN, Vinicius ¹ BARBOSA, Rogerio Zanarde ² RESUMO No trabalho descrito abaixo, aborda-se o tema onde duas tecnologias são colocadas para atuar juntas em favorecimento de produtores de cana de açúcar, ajudando na diminuição de custos e aumento e ganho de produtividade. Maquinas pesadas e computadores serão os responsáveis para tal tarefa, onde tudo parte de um planejamento feito de um veículo aéreo não tripulado (VANT), que coleta as características de uma área e transfere para um computador, onde é criado projetos para um melhor aproveitamento da área, de modo que não traga risco de degradação do solo. Palavras chave: Agricultura; Maquinas; Produtividade; VANT. ABSTRACT In the work described below, addresses the issue where two technologies are put to work together in favor of sugar cane producers, helping to decrease costs and increase productivity and 1 2 Discentes do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected] Docente do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. e-mail: [email protected]. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 289 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA gain. heavy machinery and computers will be responsible for this task where all part of a plan made of an unmanned aerial vehicle (UAV ) , which collects the characteristics of an area and transfers it to a computer, where it is created designs for a better use of area , so as not to bring the risk of soil degradation. Keywords: Agriculture; Machine tools ; Productivity; UAV . 1. INTRODUÇÃO Modelagem Numérica de Terreno (MNT) É uma representação matemática computacional da distribuição de um fenômeno espacial que ocorre dentro de uma região da superfície terrestre. Dados de relevo, informações geológicas, levantamentos de profundidade do mar ou de um rio, informações meteorológicas e dados geofísicos e geoquímicos são exemplos típicos de fenômenos representados por um MNT (CÂMARA et al., 2014) Com os avanços das técnicas e equipamentos destinados a aplicação da agricultura de precisão, os MNTs têm se tornado uma importante ferramenta para o planejamento e gestão da produção agrícola, sejam eles: Na representação dos atributos químicos e físicos do solo, gerando mapas de recomendação de fertilizantes, corretivos ou defensivos agrícolas, ou na representação da altimetria, gerando mapas de declividades utilizados para a análise dos potenciais de mecanização em cada área ou gerando análises hidrológicas, como base aos projetos de sistematização e conservação do solo (CORSEUIL, 2006). Segundo Silva et al. (2014) mais recentemente, surgiram uma série de modelos de Drones e/ou VANTs que entre algumas de suas funcionalidades, possibilitam a geração de MNTs altimétricos, com altas precisões altimétricas e ainda, o imageamento de grandes áreas em pouco espaço de tempo. Eliminando assim a necessidade de operações mais onerosas como o mapeamento utilizando-se de motocicletas e/ou outros veículos passando por toda a área de interesse. Podemos analisar essas grandes revoluções na tecnologia observando os trabalhos que podem ser realizados na cana de açúcar, que tem grande potencial econômico no Brasil desde a era colonial. (RODRIGUES, 2010) 290 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Relato de caso A utilização de equipamentos aéreos para criação de planos altimetricos é de extrema importância principalmente para a agricultura, pois isso facilita um dimensionamento melhor da área e um melhor planejamento para futuras implantações com o avanço da tecnologia pode perceber que a criação de novos equipamentos e novos softwares está cada vez mais implicando na produção e no dimensionamento de custos de produção. (SILVA et al, 2014) Na cana de açúcar por exemplo, a adoção dos sistemas de Piloto Automático que utilizam de receptores GNSS RTK para direcionamento das máquinas agrícolas (colhedoras e plantadoras) surgiu a possibilidade do uso dos dados coletados por estes durante a operação(percorrendo todo o terreno) para a geração dos MNTs a serem usados no momento do planejamento da reforma do canavial, entretando esses dados obtidos ainda apresentavam uma precisão altimetrica entre 7,5 cm a 15,0 cm aproximadamente e não gerava uma resolução espacial, assim não sendo possível identificar possíveis problemas de erosão ou até mesmo de escoamento superficial, entretanto com o passar dos anos na medida em a tecnologia avançou Drones e/ou VANTs que entre algumas de suas funcionalidades, possibilitam a geração de MNTs altimétricos, com altas precisões altimétricas entre 7,5 cm a 45 cm e ainda, o imageamento de grandes áreas com Resolução espacial entre 3,0 cm a 30 cm em pouco espaço de tempo. Eliminando assim a necessidade de operações mais caras e dificultosas como o mapeamento utilizando-se de motocicletas e/ou outros veículos passando por toda a área de interesse como no sistema GNSS RTK. Devido à importância do mapeamento planialtimétrico e utilização dos MNTs para as atividades de planejamento da produção da cana-de-açúcar, principalmente às relacionadas a Conservação dos Solos e Sistematização da cultura, este trabalho tem por objetivo, discorrer sobre duas das mais recentes tecnologias utilizadas para este fim (GNSS RTK e VANT), demonstrando um comparativo entre a precisão dos MNTs gerados a partir de cada uma delas. (MORIYA, 2015) Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 291 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Um dos receptores utilizados é o receptor GNSS RTK, marca Trimble, modelo FMX ou FM-1000 e esse conjunto de receptor GNSS RTK, que conectado ao sistema de direção das máquinas agrícolas, possibilitam que esta percorra um trajeto pré-definido com precisão de 2,8 cm. (TREVISAN et al, 2014) FIGURA 1: Sulcação com GPS. Fonte: (SANCHES, 2016.) Simultaneamente à operação, há o registro automático de uma nuvem de pontos (arquivo shapefile, contendo uma série de dados relativos à navegação GNSS), os quais foram analisados e utilizados para a geração do MNTOs veículos aéreos geralmente utilizados pelas empresas que atuam nas áreas agrícolas são veículo Aéreo Não Tripulado, tipo planador, marca SenseFly, modelo eBee. (ALBUQUERQUE, 2013) Os Vôos são geralmente realizados com resolução espacial de 10 cm e precisão altimétrica de H”15 cm, coletando os pontos de controle em campo (pontos georreferenciados com GNSS L1 com correção diferencial). Estes pontos de controle melhoram a precisão de posicionamento do receptor GPS nativo do VANT. O MNT altimétrico é gerado automaticamente no software PostFlight 3D (figura 6), por meio de estereoscopia (fotografias áreas obtidas com 70% sobreposição). (NUNES et al., 2013) 292 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Figura 2: 3 a 45 cm 16 MPixels de precisão Fonte: ( AVANTE TOPOGRAFIA, 2016) Com a geração dessas imagens, com sobreposição e com pontos MNT coletados ao longo da área para aumentar a precisão, é possível gerar o planialtimetrico do terreno e assim, facilitando a criação de melhores linhas de plantio, identificação de corredeiras, identificação de possíveis terraços, diminuindo manobras de operação e reduzindo custos. (ALVES et al., 2015) A partir da avaliação completa da cultura a ser produzida e com amostras geo referenciadas, o produtor tem as informações necessárias para a utilização racional dos insumos nos pontos corretos (MUNDO CLIMA - EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO CLIMÁTICAS, 2016). Esta será capaz de apresentar eficiência sem causar danos por excesso de aplicação. Com todas essas vantagens, agricultores estão aderindo a agricultura de precisão para poder ter em sua lavoura o meio mais rentável e sustentável, assim não ocorrendo a perda de insumos, gastos com plantio convencionais. (PRATES et al., 2015) Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 293 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Figura 3: plano altimetrico gerado a partir de dados captados pelo VANT. Fonte: ( AVANTE TOPOGRAFIA, 2016) Figura 4:projeto de linhas de manejo para cana de açúcar criado a partir de dados obtidos por drone Fonte: (BASSAN, 2016) 294 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Apesar dessa tecnologia trazer vários benefícios ao campo, alguns agricultores mais tradicionais ainda não aceitam aderir a agricultura de precisão, pois encaram como um custo a mais na produção. Esses produtores enfatizam o gasto muito alto com a aquisição dos pacotes de aparelhos que possibilitam o funcionamento dessa pratica, além de se queixarem dos gastos de treinamentos com seus funcionários e operadores. Atualizações constantes também devem ser realizadas nos aparelhos, possibilitando assim o melhor funcionamento dos mesmos. (PRATES et al., 2015) Todas essas práticas geram custos, que são encarados como prejuízo por alguns produtores. Outro fator que pode ser considerado um maleficio é a questão social, pois com o avanço não só da agricultura de precisão, mas também da mecanização, as vagas de empregos no setor estão diminuindo consideravelmente e de forma avançada, pois uma máquina consegue substituir o serviço braçal de várias pessoas. Figura 5: resultado de plantio com dados obtidos via VANT e aplicação com GPS. Fonte: (BASSAN, 2016) Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 295 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Figura 6: exemplo de geo referenciamento do solo para aplicação localizada com a utilização de GPS. Fonte: ( AVANTE TOPOGRAFIA, 2016) 3. CONCLUSÃO A utilização de veículos aéreos não tripulados(VANT) gera o mesmo produto que a utilização de veículos tripulados que percorrem a mesma área, porém a utilização de VANT facilita o processo no computador e é possível analisar as imagens e gerar dados de produção, falhas, daninha e até mesmo pragas que estão no campo no momento, esse geoprocessamento facilita na elaboração de projetos de linhas, criação de terraços a partir de corredeiras ou até mesmo de possíveis bacias identificadas a partir do plano altimetrico e assim reduzindo custos de manejo, reduzindo manobras na pratica de colheita e tratos, reduzindo a perda, aumentando a produtividade e a duração da cana-de-açúcar no canavial a partir da utilização do GPS, reduzindo custos. 296 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 4. BIBLIOGRAFIA CORSEUIL, C. W. 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Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 297 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA pub_avaliacao-da-precisao-dos-sinais-rtk-e-rtx-em-ensaio-estaticoe-cinematico-02-07-2015.pdf>. Acesso em: 20 set. 2016. RODRIGUES, Luciana Deotti. A CANA-DE-AÇÚCAR COMO MATÉRIA-PRIMA PARA A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS: IMPACTOS AMBIENTAIS E O ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO COMO FERRAMENTA PARA MITIGAÇÃO. Faculdade de Engenharia da Ufjf, Juiz de Fora, v. 1, n. 1, p.10-12, nov. 2010. Disponível em: <http://www.ufjf.br/analiseambiental/ files/2009/11/monografia.-1.pdf>. Acesso em: 22 set. 2016. ALBUQUERQUE, Caio. Veículo aéreo não tripulado é testado na agricultura: VANT. Agencia Usp de Noticia: N, Piracicaba-sp, v. 1, n. 1, p.1-1, 17 set. 2013. Diario. Disponível em: <http://www.usp.br/ agen/?p=152908>. Acesso em: 20 set. 2016. NUNES, Emanoel Jr da S. et al. Apontamentos de aula: Sistema Global de Posicionamento (GPS): GPS. Apostila Gps Esalq: ap. 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Tecnologia Embarcada nos Veículos Aéreos Não Tripulados – Aplicação na Cultura da Cana-de-Açucar: VANT. Centro Paula Souza- Fatec Pompeia: FATEC POMPEIA-SP, Pompeia-sp, v. 1, n. 27, p.23-24, 10 jan. 2015. Anual. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/magneswg1/uso-do-vant-nacanadeacar>. Acesso em: 21 set. 2016 298 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AQUAPONIA: UM SISTEMA BIOINTEGRADO FROIO, Renata¹ GATTI, João Victor¹ UNAMUZAGA, Pedro¹ FELIPE, Alexandre² RESUMO A palavra aquaponia vem da ligação entre duas outras: aquicultura (produção de organismos aquáticos) e hidroponia (produção de plantas sem solo) e diz respeito a produção de ambos em um sistema biointegrado. A aquaponia refere-se então, a uma estratégia onde se dá a produção de organismos aquáticos juntamente com a hidroponia, de maneira que hajam benefícios para ambos. Isso se dá devido à água proveniente dos organismos aquáticos apresentar uma melhor qualidade por conta da solução nutritiva que apresenta devido aos nutrientes nela presentes (como compostos de fósforo e nitrogênio) do que a água comumente utilizada. Palavras-chave: Aquaponia, aquicultura, hidroponia, solução nutritiva, sistema biointegrado. 1 Acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]. 2 Docente do curso de Engenharia Agronômica da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 299 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT The word aquaponics is the link between two others: aquaculture ( aquatic production ) and hydroponics (production plants without soil ) and concerns the production of both in a biointegrado system. Aquaponics then refers to a strategy which takes the production of aquatic organisms with hydroponics so that have benefits for both. This is due to the water coming from the aquatic organisms present a better quality due to the nutrient solution which has present therein due to nutrients (such as phosphorus compounds and nitrogen) than the water usually used. Keywords: Aquaponics , aquaculture , hydroponics , nutrient solution , biointegrado system. 1.INTRODUÇÃO A palavra aquaponia vem da junção entre duas outras: aquicultura (produção de seres aquáticos) e hidroponia (produção de plantas sem solo) e diz respeito a produção de ambos em um sistema biointegrado. A aquaponia refere-se então, a uma estratégiaonde se dá a produção de organismos aquáticos juntamente com a hidroponia, de maneira que hajam benefícios para ambos (CASTELANNI et al.,2009). Isso se dá devido à água proveniente dos organismos aquáticos apresentaruma qualidade melhor por conta da presença de nutrientes (como compostos de fósforo e nitrogênio) do que a água comumente utilizada. Apesar de a aquicultura e a hidroponia serem técnicas de produção de alimentos com mais de cinquenta anos, os resultados mais relevantes em aquaponia só se apresentaram nesta última década. (CARNEIRO et al.,2015). A estratégia da aquaponia se destaca por sua relevância em um contexto mundial onde nos deparamos com situações de estresse hídrico. A forma de sistema biointegrado figura como uma técnica agropecuária de produção inovadora que permite alcançar os objetivos de fornecimento de alimentos junto à diminuição do esgotamento dos recursos hídricos (HUNDLEY, 2013). Desta forma, a aquaponia tem como objetivo a produção de alimentos saudáveis através de uma visão de respeito ao meio 300 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ambiente, e considerando o princípio da sustentabilidade tão exigido em nosso cenário atual com o reaproveitamento de restos de ração, dejetos dos peixes e da água; sendo que a água utilizada no tanque dos peixes é a mesma a ser utilizada para nutrir e regar as plantas (CASTELANNI et al.,2009). Existe uma grande expectativa para que esta alternativa seja amplamente utilizada no Brasil devido aos seus benefícios e à economia que proporciona com relação à água, assim sendo, este trabalho visa lançar mão de inovações no sistema biointegrado de forma a facilitar a implantação da técnica em propriedades rurais (CASTELANNI et al.,2009). 2.O SISTEMA BIOLÓGICO: UM FLUXO CONTÍNUO De acordo com Carneiro et al. (2015), a ração é o insumo mais importante no sistema daaquaponia, os peixes após se alimentarem da ração produzem excretas ricas em nutrientes que mais tarde serão utilizados no desenvolvimento das plantas. Existe desta maneira um fluxo contínuo de nutrientes entre os diferentes tipos de organismos vivos envolvidos nesteciclo biológico natural, destacando-se principalmente a nitrificação realizada pelas bactérias. As bactérias nitrificantes responsáveis por esse processo são as do gênero nitrosomonas e nitrobacter que convertem a amônia (NH3) em nitrito (NO2) e em nitrato (NO3). Estas bactérias transformam substâncias tóxicas provenientes dos peixes em nutrientes a serem aproveitados pelas plantas em seu organismo, e as plantas por sua vez ao se apropriarem destes nutrientes realizam uma filtragem biológica da água que gera uma condição adequada para o desenvolvimento dos peixes (CARNEIRO et al.,2015). As plantas necessitam de um maior número de nitrogênio, por isto o nitrato se configura na forma adequada para a absorção, desta forma o manejo correto das colônias de bactérias existentes no processo é um ponto crucial para o funcionamento do sistema. As bactérias aparecem de forma natural mediante a sua existência no ambiente de filtro biológico em que atuam, mas sua inserção também pode ser induzida com água de outro local onde elas estejam presentes. Após a introdução de peixes, são necessários de 20 a 40 dias em um sistema de aquaponia para que apresente um ciclo de Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 301 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA nitrificação balanceado e para que se possa acrescentar a presença de plantas. (CARNEIRO et al., 2015). Outro ponto que demanda muito cuidado e atenção é o pH, devido a existência de três organismos bastante diferentes (os peixes, plantas e bactérias) em um mesmo espaço. Assim sendo, deve-se considerar as reais necessidades de cada um deles para que o pH seja mantido em um nível que possibilite a vida de todos (CARNEIRO et al., 2015). As plantas apresentam em um sistema hidropônico a necessidade de um pH entre 5,5 e 6,5; já as bactérias nitrificantes que são maiormente aeróbicas se desenvolvem em um pH de 7,0 e 8,0. E por fim, os peixes de água doce e que se adequam ao sistema de aquaponia têm seu pH ótimo para desenvolvimento entre 7,0 e 9,0. Desta maneira, para garantir a existência de todos, recomenda-se que o pH da água no sistema seja mantido entre 6,5 e 7,0 (CARNEIRO et al.,2015). Neste cenário a correção contínua do pH é extremamente relevante para uma boa filtragem biológica, considerando que após a colonização pelas bactérias e do equilíbrio do sistema, os níveis 302 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF de pH podem cair. Para a realização da manutenção através da correção em aquaponia faz-se uso de substâncias tamponantes à base de potássio (K) e cálcio (Ca) como: hidróxido de potássio KHCO3, hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e calcário dolomíticoCaMg(CO3)2 (CARNEIRO et al.,2015). Estas substância também atuam na suplementação das plantas envolvidas no sistema, sendo que a adição KOH ou de Ca(OH)2 tem de ser feita com o devido cuidado, poispodem aumentar de maneira rápida o pH. Já KHCO3 e CaMg(CO3)2 aumentam a alcalinidade e podem conferir menores variações nos níveis de pH (CARNEIRO et al.,2015). 3. ESPÉCIES DE PEIXES E CRUSTÁCEO NO SISTEMA BIOINTEGRADO O peixe ou organismo a ser considerado no sistema deve ser capaz de se adaptar a altas densidades para estocagem e a exposição à manejos constantes (Rakocy, 2007). Exemplos de peixes com estas características são a tilápia do Nilo Oreochromisniloticus, peixes ornamentais como a carpa colorida Cyprinuscarpio e até mesmo o camarão-da-amazônia Macrobrachiumamazonicum (CASTELLANI et al.,2009). Para Carneiro et al. (2015), a tilápia do Nilo se destaca por ser um peixe mais rústico e resistente, tem uma boa adaptação alimentar, é capaz de tolerar grandes necessidades de estocagem, apresenta um bom valor comercial, e desta forma é o peixe mais escolhido em sistemas aquapônicos com bons resultados. Porém, há outras espécies que devem ser consideradas nesta perspectiva tendo que se levar em conta que uma espécie nativa apresenta: fatores relacionados a temperatura do sistema, densidade de estocagem, disponibilidade de alevinos, juvenis e ração, bem como a demanda no mercado para compra da espécie. Outra espécie que é bastante utilizada considerando todo este contexto é o tambaqui Colossomamacropomumque se destaca por ser bastante resistente e interessante do ponto de vista comercial (CARNEIRO et al.,2015). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 303 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Como já foi feita a menção, o uso de peixes ornamentais também é outra alternativa bastante atrativa, como o uso da carpa colorida Cyprinus carpio também chamada de Koj. Esta é uma espécie que possui um alto potencial de adaptação a variações na qualidade da água e também tolera grandes densidades de estocagem, além de ser um peixe bastante comercial e ter a possibilidade ser usado até para fins educacionais ou de exposição (CARNEIRO et al.,2015). 4.PLANTAS ADEQUADAS AO SISTEMA As espécies vegetais são sempre as mais recomendadas para este sistema biointegrado considerando a sua melhor adaptação relacionada à hidroponia. Espécies como o alface, o manjericão, o agrião, o repolho, a rúcula, o morango, a pimenta, o tomate, o quiabo, o pepino, dentre outras; também são capazes de se adaptarem bem neste contexto (CARNEIRO et al.,2015). Inicialmente, acreditava-se que apenas espécies de plantas menos folhosas poderiam ser cultivadas, porém com o passar do tempo e o aumento da demanda do mercado evidenciou-se a possibilidade criar sistemas aquapônicos capazes de produzir, teoricamente, qualquer vegetal que apresente de pequeno a médio porte. O desenho de um sistema de aquaponia deve considerar o espaço, nutrição, aeração, a temperatura e a radiação solar (CASTELANNI et al., 2008). 5.O CULTIVO DAS ESPÉCIES NO SISTEMA E SEU AMBIENTE Uma das principais questões a se considerar para iniciar o cultivo e criação em aquaponia diz respeito ao tamanho da área a ser construída para o cultivo dos vegetais. Deverá se pensar e estabelecer a relação entre a quantidade de plantas e a densidade de estocagem de peixes, pois a disponibilidade de nutrientes está intimamente ligada a esta relação (CASTELLANI et al.,2009). Carneiro et al. (2015), propõe que para calcular esta relação deve-se considerar a quantidade de alimento fornecido diariamente aos peixes (a ração) com o tamanho da área disponibilizada para o cultivo de vegetais. Desta forma, 60 a 100g de ração que são dados aos peixes fornecem nutrientes para cada m2 da área de cultivo do 304 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF vegetal envolvido, 60g/dia deve ser direcionado à produção de um metro quadrado de vegetais que não exigem tantos nutrientes como alface e outras folhosas (CARNEIRO et al.,2015). Já as plantas mais exigentes, demandam uma maior quantidade de nutrientes na água do sistema, considerando então 100g de ração por dia para os peixes. Porém, pesquisas apresentaram resultados demonstrando que em média os peixes se alimentam de 1,5% de seu peso por dia, ou seja, 10 kg de peixes irão consumir por volta de 150 g de ração no dia, o que torna possível o aproveitamento para cultivo de vegetais envolvendo uma área de aproximadamente 6 m2 com alfaces ou 4m2 com tomateiros (CARNEIRO et al.,2015). O ambiente para criação dos peixes se configura na presença de um ou vários tanques em tamanhos e volumes variados, podendo ser de poucos litros a vários metros cúbicos e de diferentes tipos de materiais desde que sejam resistentes. Por ser um local destinado à produção de alimento, é de extrema importância que sejam usados materiais que não contaminem a água (CARNEIRO et al.,2015). De acordo com Carneiro et al. (2015), os sistemas de aquaponia menores, nos quais a densidade de estocagem de peixes são menores que 10kg/m3 utilizam-se tanques ou caixas com 100 L e 1.000L, podendo ser considerados os toneis de 200 L e containers tipo IBC de 1.000L. Outro aspecto importante a se considerar é o do fluxo de água que irá passar pelo tanque de criação dos peixes em que se deve levar em conta a velocidade da água e a taxa de renovação da mesma. A taxa de renovação está relacionada à densidade de estocagem dos peixes existentes no tanque, devendo ser ao menos metade do volume do tanque a cada hora para densidades até 10 kg/m3, o fluxo não deverá ser tão rápido de forma a comprometer o desenvolvimento dos peixes. Para densidades superiores a taxa deve ser de no mínimo uma troca total por hora (CARNEIRO et al.,2015). A existência de filtros de sólidos para densidades de peixes mais elevadas é extremamente relevante para a limpeza dos resíduos sólidos do ambiente. O filtro decantador mais eficiente no sistema aquapônico possui um fundo cônico onde os resíduos densos se sedimentam e são retirados através de uma válvula em sua base. Os resíduos sólidos em suspensão são retirados por meio de filtro de telas ou de peneiras finas (CARNEIRO et al.,2015). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 305 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Carneiro et al. (2015), propõe que o sistema de aeração dentro da aquaponia não é apenas destinado aos peixes, mas também necessário para as raízes das plantas e bactérias nitrificantes responsáveis pelo filtro biológico. A aeração deve estar presente diretamente na água do tanque de criação de peixes e também no cultivo de vegetais se considerar o ambiente flutuante. Para Carneiro et al. (2015), o cultivo de vegetais é possível destacar vários tipos de ambientes em um sistema aquapônico, cada um com seus benefícios e desvantagens. O mais utilizado é o NFT (nutrientfilmtechnique) ou ambiente de cultivo em canaletas, onde as raízes das plantas se localizam em canaletas e ficam parcialmente sob a água que apresenta os nutrientes requeridos para o desenvolvimento das mesmas. Este sistema demanda o uso de várias canaletas representadas por tubos de PVC que são organizadas paralelamente considerando desnível de 8% e 12% para que a água flua por gravidade. A água sai do tanque dos peixes e passa por um sistema de filtro de resíduos sólidos para não comprometer a nutrição e oxigenação das plantas. Este sistema se destaca por sua ergonomicidade, conferindo a possibilidade de um manejo facilitado das culturas e para limpeza (CARNEIRO et al.,2015). Outro sistema de interessante utilização é o DWC (deepwaterculture), floating, raftou ambiente flutuante que é escolhido para produção em média ou larga escala. Neste tipo de ambiente há um grande volume de água e o ambiente flutuante irá apresentar canais bem longos (dezenas de metros), estreitos(de 0,5m a 1,5m) e rasos (de 0,2 a 0,4m) para a produção geralmente de folhosas como o alface (CARNEIRO et al.,2015). As plantas são organizadas em placas de poliestireno com orifícios espaçados entre si com base na necessidade de crescimento de cada espécie, as raízes ficam sob a água com nutrientes o tempo todo e por isto deve-se levar em conta a fonte de aeração que deverá estar presente em todo o canal (CARNEIRO et al.,2015). Já no Media-filledbed, gravelbed ou ambiente de cultivo em cascalho, dá-se o uso do substrato considerando uma grande relação superfície/volume, como por exemplo o uso de argila expandida, pedra brita, seixos de leito de rio, rochas vulcânicas, areia grossa, dentre outros. Este mesmo substrato que sustentará os vegetais, é 306 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF também colonizado pelas bactérias nitrificantes, que funciona também como um filtro biológico (CARNEIRO et al.,2015). Para Carneiro et al. (2015). mais incomum em termos de utilização dos sistemas levantados é o Wickingbedou ambiente de cultivo em areia, como o próprio nome já diz o cultivo se dá na areia ou com o uso de pó de coco como substrato para o desenvolvimento de vegetais. A água entra pela parte da base dos canos de PVC perfurados, e com o auxílio de dreno permite a manutenção de uma lâmina d’água com 5 cm de altura aproximadamente. Esta água com os nutrientes presente é capaz de subir pela areia por volta de 20 cm até a superfície por capilaridade e favorecer o crescimento dos vegetais. 6.CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, a aquaponia tem se tornado uma boa alternativa para um público cada vez maior que busca produzir o seu alimento de forma mais saudável e sustentável. A união entre sistema hidropônico e aquicultura (criação de peixes em cativeiro), configurase em uma relação de simbiose e forma um minissistema ecológico fechado e grandemente favorável para o meio ambiente, pois nele ocorre a reutilização de todos os elementos envolvidos no sistema. Porém, mesmo aparentando ser muito simples, através do presente estudo identifica-se um sistema muito complexo que irá proporcionar interação entre biomassas extremamente diversas – peixes (aquática), plantas (terrestre), além das bactérias – e promover o equilíbrio entre estas diferentes biomassas não é de todo fácil, exigindo estudo e muita atenção no manejo para alcançar a produtividade numa perspectiva comercial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, A. M. de, Agroecologia, Princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Embrapa, Brasilia, DF, 2005. Carneiro, P.C.F. ; Maria, A.N. ; Nunes, M.U.C. ; FUJIMOTO, R. Y. . Aquaponia: produção sustentável de peixes e vegetais.. In: Tavares Dias, M.; Mariano, W.S.. (Org.). Aquicultura no Brasil: novas Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 307 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA perspectivas. 1ed.São Carlos: Pedro & João, 2015, v. 2, p. 683-706. CASTELLANI, D.; ABIMORAD, E.G.; CAMARGO, A.F.M. Aquaponia: aproveitamento do efluente do berçário secundário do camarão-daamazônia (Macrobrachium amazônicum) para produção de alface (Lactuca sativa) e agrião (Rorippanasturtium aquaticum) hidropônicos. Bioikos, v.23, n.2, p.65-75, 2009. HUNDLEY, G. M. C.; NAVARRO, R. D. Aquaponia: a integração entre piscicultura e a hidroponia. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável,Viçosa, v. 3, p. 52-61, 2013. Santos, A.O.; Neto, B.L.R.; Zwirtes, D.S.; Silva, R.B. & Yonenaga, W.H. (2008). Produção de alface hidropônica: uma abordagem pela dinâmicas de sistemas. Anais do 4ºCongresso Brasileiro de Sistemas - UNI-FAEF, 2008, Franca,SP. v.1. 308 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF ASPECTOS DAS OPERAÇÕES MECANIZADAS NA PRODUÇÃO CAFEEIRA SILVA, Anelize Raad Soares da1 ZUPELLI, Iara da Silva2 SANTOS, Tiago Pereira dos3 BARBOSA, Rogério Zanarde4 RESUMO Os processos mecanizados realizados na produção cafeeira têm promovido melhorias na qualidade dos produtos obtidos e na minimização das perdas, o que proporciona o aumento dos lucros dos cafeicultores. O cultivo deste tipo de cultura ainda carece de pesquisas sobre os efeitos da mecanização exercidos na produtividade da cultura ao decorrer do tempo. Esta pesquisa teve por objetivo analisar os principais aspectos das operações mecanizadas na produção de café, como a colheita, assim como a influência na composição do custo de produção. Palavras-chave: Análise financeira; cafeicultura; mecanização; processos mecanizados; variáveis de produção. 1 Acadêmica do curso de Agronomia da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] Acadêmica do curso de Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] 3 Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] 4 Professor dos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF – Garça – SP – Brasil. E-mail: [email protected] 2 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 309 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA ABSTRACT Mechanized processes performed in coffee production have promoted improvements in the quality of the products obtained and to minimize the losses, which provides increased profits of farmers. The cultivation of this kind of culture still lacks research on the effects of mechanization exercised in the productivity of the culture over time. This research aimed to analyze the main aspects of mechanized operations in the coffee production as the harvest, as well as the influence on the cost of production composition. Keywords: Financial analysis; coffee; mechanization; mechanized processes; production variables. 1. INTRODUÇÃO O setor agropecuário sempre teve grande importância à economia brasileira, formando atualmente a base de um conjunto agroindustrial que representa cerca de 20,6% do PIB nacional, quando se agrupam as esferas de insumos agropecuários, agroindústria e comercialização. Nota-se que nas últimas décadas houve considerável pretensão à obtenção de novas tecnologias para a realização mais eficaz de processos na agricultura em relação à modernização da agropecuária, onde um dos mais relevantes fatores neste processo é a mecanização da agricultura, especialmente na produção de grãos (NOGUEIRA, 2001). Este tipo de prática está enquadrada em um mercado internacional excessivamente competitivo, onde os concorrentes mais influentes são as economias desenvolvidas que financiam vigorosamente seus produtores rurais e possuem barreiras à importação de produtos agropecuários. A produção de grãos demanda aumentos crescentes de escala para minimizar custos, de maneira que se preserve a prática viável aos produtores rurais (NOGUEIRA, 2001). Para que se obtenha o sucesso desta escala é imprescindível a realização dos processos mecanizados das várias etapas do desenvolvimento produtivo, como o preparo do solo, aplicação de 310 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF fertilizantes e defensivos, plantio e colheita. A agricultura brasileira demonstra grandes contrastes no uso de tecnologia pelos produtores rurais. Visando que o Brasil está dentre um dos poucos países com habilidade de estender sua produção agropecuária, seja por intermédio do prolongamento da área plantada ou pelo acréscimo da produtividade, a mecanização pode exercer um papel fundamental para que este potencial se concretize (NOGUEIRA, 2001). A colheita do café é uma operação complexa, pois forma-se por consecutivos procedimentos, como, arruação, derriça, varrição, recolhimento, abanação e transporte, onde deve ser iniciada quando a maioria dos frutos estiverem maduros e antes que se inicie a queda dos frutos secos. Em comparação a outras culturas, a colheita do café é mais árdua de ser realizada, em decorrência da morfologia da planta, da desuniformidade de maturação e da alta porcentagem de água dos frutos, prejudicando assim os processos executados na mecanização (FILGUEIRAS, 2001). A colheita é de essencial significância na produção, pois é o momento de receber o lucro dos investimentos empreendidos. Desta forma, os processos mecanizados da colheita transformam-se em um coeficiente de fundamental relevância, visando a probabilidade de aprimoramento das operações de campo e minimização de despesas (SILVA, 2004). A vibração das hastes, assim como o impacto que elas exercem, têm-se evidenciado como um método eficaz de colheita de vários produtos agrícolas, tais como: azeitona, citros e nozes. As máquinas recomendadas para a colheita do café, independentemente de seu porte, empregam essa técnica como base de derriça, tendo-se apresentado como um processo eficaz no decurso da operação de colheita (OLIVEIRA et al., 2007). Esta pesquisa teve por objetivo analisar as relações da colheita mecanizada através do percentual produtivo da cultura cafeeira, além de avaliar os custos operacionais da colheita mecanizada do cafeeiro, promovendo deste modo, a utilização de métodos eficazes em relação aos processos mecanizados usados na produção do café, com o objetivo principal de obter o aumento da produtividade e a redução de custos em meio à técnicas sustentáveis. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 311 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1.1. ATIVIDADE AGRÍCOLA O Brasil demonstra um enorme potencial de crescimento à sua produção agrícola, pois possui um clima que favorece a possibilidade de duas ou mais safras por ano, vastas extensões de áreas agricultáveis não utilizadas; abundantes recursos hídricos; produtores e agroindústrias que possuem considerável nível tecnológico; procura em escala mundial por alimentos em crescimento; além de ampla capacidade de aumento no consumo interno (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). Ainda com todo esse potencial, a agricultura brasileira não apresenta uma taxa crescente expressiva nos últimos anos. Neste caso, é essencial à formação da esperança dos vários agentes econômicos que atuam na economia brasileira, saber sobre os principais impedimentos a um avanço mais vigoroso da agricultura, como também avaliar as suas perspectivas para os anos conseguintes (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). Quando menciona-se a agricultura, não retrata-se somente a produção de alimento e fornecimento de matéria-prima, mas principalmente em desenvolvimento, pois todas os retornos obtidos através da produção da atividade agrícola resulta em benefícios à população de maneira geral (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). Em frente às procedências, nota-se que a agricultura tem a finalidade de produzir alimentos e matérias-primas indispensáveis para a satisfação das necessidades de uma população em estado crescente. Esta prática conceitua-se por intermédio das culturas temporárias e permanentes (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). 2.1.2. INFLUÊNCIA DA COLHEITA MECANIZADA NA PRODUÇÃO CAFEEIRA Os apresentados nesta pesquisa foram estabelecidos a partir da concretização de um experimento realizado nos anos de 2000 a 2004, conduzido na fazenda Capetinga, localizada no município 312 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF de boa esperança, sul de Minas Gerais em uma área de latossolo vermelho com 3,0ha de lavoura da variedade Mundo Novo, com doze anos de idade, plantada no espaçamento de 4m entre linhas e 1m entre plantas, totalizando 2.500plantas ha -1 (FIGUEIREDO, 2007). Estabeleceu-se a produtividade da lavoura cafeeira antes da colheita, onde foi observado uma carga pendente média de 7,0L planta-1 na safra de 2000, 3,5L planta -1 na safra de 2001 e 7,0L planta-1 na safra de 2002, com menos de 1% de grãos caídos no chão antes da primeira passada (Tabelas 1, 2 e 3) (FIGUEIREDO, 2007). Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 313 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Nas safras estudadas, pôde-se observar que, conforme o acréscimo da vibração de colheita, aumentou-se a quantidade de café colhido, com 5% de probabilidade, pelo teste F (T1, T2 e T3). A produtividade total média nos anos de 2000 e 2002 se apresentaram semelhantes (Tabelas 1 e 3); já no ano de 2001, a produtividade total média foi menor à dos anos anteriores (Tabela 2), retratando-se de um ano de baixa produtividade, causa da característica fisiológica do cafeeiro, pois a planta alterna anos de altas e baixas produtividades (FIGUEIREDO, 2007). Re t r a t a n d o a i n f l u ê n c i a d a c o l h e i t a m e c a n i z a d a n a produtividade da lavoura, não foi observada variação significativa da produtividade total, sendo que os resultados não distinguiram estatisticamente, a 5% de probabilidade, pelo teste F, nas distintas safras estudadas (Tabelas 1, 2 e 3), nas áreas colhidas tanto mecanicamente quanto manualmente (FIGUEIREDO, 2007). A colheita com uma única passada da colhedora (T7), realizada com índice de verde variando de 0 a 5%, não demonstrou diferença considerável aos outros tratamentos estudados. A colheita manual demonstrou uma produtividade média de 7,2L planta -1 na safra de 2000; 4,55L planta -1 na de 2001 e 6,62L planta -1 na safra de 2002, onde não diferiu estatisticamente dos tratamentos colhidos mecanicamente (FIGUEIREDO, 2007). 314 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.2 MECANIZAÇÃO E A COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO A produtividade na agricultura aprimora-se em um processo consecutivo de tomadas de decisão pelo produtor, que precisa escolher quando e como elaborar os procedimentos recomendados pela pesquisa ou técnicos, onde pode optar pela realização ou não de certas práticas. A Ciência Contábil interage nesse contexto, administrando os objetivos de desempenho, assim como o custo-benefício da mecanização agrícola atuando e influenciando diretamente as estratégias de competitividade pela melhor eficácia e produtividade da cultura (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). A modernização da agricultura tem relação a investimentos em máquinas, equipamentos e dispositivos que auxiliam a produção a transformar materiais, informações e consumidores, de maneira a agregar valor e alcançar a produtividade e lucratividade desejadas. Os efeitos do acréscimo desses custos na atividade agrícola resultam em maior gasto de produção relacionado ao uso de máquinas e equipamentos, constituindo parcialmente os custos variáveis, uma vez que seus valores são classificados em função do tempo usado para a realização de cada atividade na produção de grãos (VIEIRA; BRIZOLLA, 2000). 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Mecanização Agrícola tem se demonstrado como um conjunto de processos que ao decorrer do tempo se tornaram indispensáveis à promoção de novos métodos e tecnologias que aprimorassem as formas de produção no campo. De acordo com os dados obtidos observou-se que a produção da lavoura de café não foi influenciada pela colheita mecanizada ao decorrer dos anos. O aumento da vibração fez com que o volume de grãos colhidos também fosse aumentado, contudo a desfolha aumentou proporcionalmente. Os custos de produção se apresentaram reduzidos conforme o aumento do grau de mecanização. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 315 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA 4. REFERÊNCIAS FIGUEIREDO, Carlos Augusto Pereira de. Influência da colheita mecanizada na produção cafeeira. Ciência Rural, v. 37, n. 5, 2007. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/%0D/cr/v37n5/ a41v37n5.pdf>. Acesso em 22 set. 2016. FILGUEIRAS, W. H. Modelagem da planta de café por elementos finitos para estudos de colheita por vibração. 2001. 81 f. 2001. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola)– Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. Disponível em:< http:/ /www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio1/ Pos4.pdf>. Acesso em 22 set. 2016. NOGUEIRA, Antônio Carlos Lima. Mecanização na agricultura brasileira: uma visão prospectiva. Caderno de pesquisa em administração, v. 8, n. 4, 2001. Disponível em:< http:// regeusp.com.br/arquivos/v08n4art7.pdf>. Acesso em 22 set. 2016. OLIVEIRA, Ezequiel de et al. Influência da vibração das hastes e da velocidade de deslocamento da colhedora no processo de colheita mecanizada do café. Engenharia Agrícola, v. 27, n. 3, p. 714-721, 2007. Disponível em:< http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69162007000400014>. Acesso em 22 set. 2016. SILVA, FM da. Colheita mecanizada e seletiva do café: cafeicultura empresarial: produtividade e qualidade. Lavras: Ufla/Faepe, p. 75, 2004. Diponível em:< http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/ 123456789/5302/F11n30_36-CBPC-2010.pdf?sequence=1>. Acesso em 22 set. 2016. VIEIRA, Eusélia Paveglio; BRIZOLLA, M. M. A influência da mecanização da atividade agrícola na composição do custo de produção. http://www. anpcont. com. br/site/docs/congressoI/01/ CCG152. pdf Acesso em, v. 5, n. 04, p. 2010, 2000. Disponível em:<http://congressos.anpcont.org.br/congressos-antigos/i/ images/ccg%20152.pdf>. Acesso em 22 set. 2016. 316 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF AUXINA: HORMÔNIO DE DESENVOLVIMENTO FISIOLOGICO VEGETAL PEREIRA, Júlio César Santos1 ALTHMAN, Michael Patrick Ferreira1 MORETI, Uidson De Souza1 SCARAMUZZA, Lucas Tombi2 RESUMO Auxina são hormônios vegetais, também conhecidos como fitormônios, são compostos orgânicos produzidos pelas plantas e desempenham funções fundamentais no seu crescimento e desenvolvimento, esses hormônios estão presentes em pequenas quantidades e são produzidos nos tecidos vegetais.esse hormônio influencia praticamente todos os estádios do ciclo de vida de um vegetal, da germinação á senescência. Palavra-chave:, Crescimento,fitormônios, hormônios, Vegetal. ABSTRACT Auxin vegetable hormones are also known as phytohormones arem organic compounds produced by the plants and fundamental functions in its play growth and development, such hormones are present in 1 PEREIRA, Júlio César Santos; ALTHMAN, Michael Patrick Ferreira; MORETI, Uidson De SouzaAcadêmicos do curso de Engenharia Agronômica.- FAEF – 2016. 2 SCARAMUZZA, Lucas Tombi- Especialista em Manejo e produção de grandes culturas. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 317 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA small quantities and are produced in plant tissue. hormone that influence practically all life cycle stages of a vegetable, germinating senescence. Keywords: Growth, Phytohormones, hormone, vegetable. 1.INTRODUÇÃO Auxina significa em grego “crescer” e o nome é dado a um grupo de compostos que estimulam o crescimento. A auxina foi o primeiro hormônio descoberto em plantas e é um, dentre uma vasta gama, dos agentes químicos sinalizados que regulam o desenvolvimento vegetal e o mais comum de ocorrência natural é o ÁCIDO 4-CLOROINDOL-3ACÉTICO (4-CL-AIA), ÁCIDO INDOL-3-BUTIRICO (AIB) e oÁCIDO INDOL-3-ACETICO (AIA) e tambémexiste auxinas sintéticas, o ÁCIDO 2,4-DICLOROFENO-XIACÉTICO (2,4-D) e ÁCIDO 2METÓXI-3,6-DICLOROBENZÓICO (DICAMBA) que podem ser utilizados como herbicidas na horticultura e na agricultura. Uma das principais funções desse hormônio nos vegetais superiores é a regulação do crescimentopor alongamento de caules jovens e coleóptilos. Baixos níveis de auxina são também necessários para o alongamento da raiz, embora altas c o n c e n t ra ç õ e s a t u e m i n i b i n d o o c r e s c i m e n t o d e s s e órgão(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) 2.DESENVOLVIMENTO A auxina pode ser de origem natural (hormônio) ou sintética e podem estar em diferentes regiões nas plantas (folhas, caule, raiz, frutos, sementes), que atuam como mediadores de processos fisiológicos, provocando alterações nos processos vitais e estruturais, com a finalidade de aumentar o crescimento dos órgãos, e com isso vai melhorar produção, e promover uma melhor qualidade do da planta (CASTRO; VIEIRA, 2001). O efeito dessas substâncias sobre as plantas cultivadas tem sido pesquisado com o intuito de melhorar qualitativa e quantitativamente a produtividade das culturas (ALLEONI et al. 2000). 318 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.1.LOCALIZAÇÃO DA AUXINA Pôde-se comprovar que as auxinas estão largamente distribuídas no reino vegetal. As quantidades de AIAque se medem oscilam entre 1 e 100µg por Kg. de importância seco, embora com as modernas técnicas de extração e correção das perdas ao longo do processo os valores máximos em alguns tecidos podem ser inclusive três vezes maiores. (TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) Quanto à distribuição da auxina nos diferentes órgãos ou tecidos, viu-se, utilizando o teste de epicótilode ervilha, que na plántula de trigo existia alto conteúdo no ápice do coleóptilo que ia diminuindo à medida que se descia ao longo do mesmo, se atingindo o mínimo na base e um incremento à medida que se progredia para o ápice da raiz, sendo o valor neste ponto menor que o que existe no ápice do coleóptilo(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) 2.2.BIOSINTESES DA AUXINA Segundo Pompelli, M. (2012),Existem informação suficiente para demonstrar que o Ácido indol-3-acétilico (AIA) se sintetiza a partir de triptófano. Esta transformação podem levá-la a cabo microrganismos e inclusive pode ser produzido uma conversãooxidativa quando o triptófano se encontra em presença de peroxidasas e de radicais livres. As vias de sínteses do AIA baseiam-se na evidência obtida a partir da presença de intermediários e sua atividade biológica e o isolamento de enzimas capazes de converter in vivo estes intermediários em AIA. A produção de auxina sugere-se que pode estar unida ao cambium de tal forma que a autólisis do conteúdo celular de células de xilema em diferenciação liberta triptófano que é convertido em AIA.(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) Em folhas encontrou-se AIA e parece que seu conteúdo decrece com a idade, embora pode haver um novo acréscimo em tecido senescente, provavelmente por causa do acréscimo de triptófano como consequência da proteolisis. Se acrescenta-se C-triptófano a folhas, estas são capazes do transformar emAIA, embora sejam mais eficientes as folhas mais jovens.(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 319 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Há que considerar a possibilidade de que os elevados níveis de AIA que se medem em tecidos jovens podem ser consequência da presença de substâncias protetoras que evitem sua oxidação, e não de uma elevada atividade biosintética.(CASTRO, P. 1979) Pode ser concluído que os locais mais importantes de sínteses de auxina são: as folhas jovens em expansão, o tecido cambial, os ovários imaturos e sementes em desenvolvimento. No entanto, outros tecidos também têm a capacidade de sintetizar AIA (folhas maduras, caules e raízes).(CASTRO, P. 1979) 2.3.TRANSPORTE DAS AUXINAS Um hormônio carateriza-se por mover nos organismos vegetal desde um ponto de síntese até seu local de ação. Apesar de algumas objeciones, está claro que existe um movimento das auxinas através do organismo; esta deslocação de um local a outro se denomina transporte da auxina, embora os mecanismos que participam neste processo não sejam totalmente conhecidos. (POMPELLI, M. 2012) A particularidade mais notável do transporte auxínico é que se realiza de forma polar, isto é, em um segmento de caule irá sempre em direção basipétala, em um segmento de raiz irá em direção aceopétala(se deslocaria para o ápice da raiz). A polaridad do transporte de auxina foi evidenciada por Went emcoleóptilos de aveia. Posteriormente demonstrou-se em outros tecidos, tanto de caules como de raízes.(AMARAL, L. 2016) 2.4.CATABOLISMO AUXINICO A concentração de auxina nas plantas pode ser regulado não só por sua taxa de síntese e a velocidade de transporte para e desde o órgão que se considere, senão pelos mecanismos de inactivación; de fato, está claramente demonstrado que o AIA é inativado facilmente por quase todos os tecidos vegetais. Às vezes a inativação do AIA pode ser conseguido mediante conjugação do AIA com outras moléculas como açúcares ou aminoácidos. Detectou-se em plantas o ácido indol3-acetil L-aspértico.(SANTOS, D. et al. 2013) 320 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.5.RECEPTORES DAS AUXINAS As plantas embora carecem de sistema nervoso, possuem, ao igual que os animais, um sistema hormonalde comunicação a longa distância mediante o qual as células alvo traduzem o sinal hormonal em uma resposta específica. Embora desconhece-se quais são os mecanismos que regulam esta transmissão se pensa que podem ser parecido aos que funcionam nos animais.(SANTOS, D. et al. 2013) Estes receptores são proteínas que se unem de forma específica e reversível ao sinal químico; depois de realizar-se a união experimentam uma mudança conformacional, passando de uma forma inativa a uma forma ativa, pondo em marcha um programa molecular que conduz à resposta caraterística.(SANTOS, D. et al. 2013) Depois de ensaiar diversos substituintes e estudar seu comportamento como auxinas, se chegou à conclusão de que, para que existisse atividade, era necessária a presença de uma carga fraccionalpositiva no anel, situada a uma distância de 0.50 nm da carga negativa do grupo carboxilo.(SANTOS, D. et al. 2013) Esta distância entre a carga positiva e negativa dá-se sempre entre os compostos com atividade auxínica, sejam indólicos, fenoxiacéticos, benzoicos ou picolínicos, inclusive na auxina sem anelcarboximetildimentil-ditiocarbamato pode adotar uma configuração plana que recorda a um anel e nesta situação o átomo de N toma uma ligeira carga positiva situada a 0.50 nm do grupo carboxilo. Cabe pensar que, graças a esta configuração, as auxinas se unirão ao receptor que apresente uma distribuição de cargas situadas à mesma distância. A busca de receptores para auxinas em plantas baseou-se no estudo de duas respostas caraterísticas: a proliferação de callos e indução de raízes ou caules regulado pelo balanço auxinas/ citoquininas e aelongación do coleóptilo ou seções de caule. 2.6.MECANISMO DE AÇÃO Quando se aplica auxina a um tecido com capacidade de resposta de crescimento há um período delatencia de duração variável antes Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 321 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA de que aumente a taxa de crescimento. Depois desse período, que quase nunca é inferior a 8 minutos, a taxa de crescimento aumenta rapidamente durante 30-60 minutos até atingir o máximo; posteriormente, a taxa de crescimento pode ser feito estável, atingir um segundo máximo ou inclusive diminuir.(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) O período de latencia varia de uns tecidos a outros, aumenta ao diminuir a concentração de auxinaaplicada ou se alonga ao diminuir a temperatura, mas não pode ser eliminado o período de latencia nem com temperatura elevada, nem com alta concentração de auxina nem eliminando a cutícula que rodeia ao tecido. O atraso não pode ser relacionado por tanto com o tempo que demora em penetrar a auxina.(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) 2.7.PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AUXINAS - Crescimento do caule e da raiz - ocorre através do processo de alongamento das células vegetais. Quando a planta apresenta baixa quantidade de auxinas, suas raízes podem crescer, porém o caule não se desenvolve. Já a alta concentração desegundo Taiz, L. Zeigues, E. auxinas pode provocar o crescimento do caule, deixando as raízes pouco desenvolvidas Dominância apical – auxinas fabricadas pelo meristema apical do caule diminuem a atividade das gemas axilares que ficam perto do ápice. Quando a gema apical é extraída da planta, ocorre o surgimento de ramos, folhas e flores laterais(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) Tropismos – as auxinas atuam no controle dos tropismos (movimentos relacionados ao crescimento das plantas de acordo com estímulos da natureza). Exemplo: fototropismo (movimento das plantas em reação aos estímulos luminosos). Produção e desenvolvimento de frutos – as auxinas são produzidas nas sementes, possibilitando a formação dos frutos pelo ovário.(TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) Queda de folhas velhas – como apresentam baixa concentração de auxinas, as folhas velhas caem da planta. Formação de raízes – são as raízes que brotam na base do caule. Este processo é gerado pela presença das auxinas. (TAIZ, L. e ZEIGER, E. 2004) 322 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF 2.8.AUXINAS SINTETICAS Depois da descoberta do AIA, pensou-se que, se uma estrutura tão simples era capaz de produzir respostas tão notáveis sobre o crescimento, teria que haver mais compostos com propriedades análogas; muitos pesquisadores começaram a ensaiar diferentes moléculas para ver se tinham as propriedades descritas para o AIA, e assim, cedo se descobriu que também era capaz de favorecer o crescimento das células o ácido indenoacético, o ácido 2benzofuranacético, o ácido 3-benzofuranacético, o ácidonaftalenacético e uma série de compostos. Posteriormente, viu-se que outros compostos que possuíam anel indólico também resultavam ativos, como o ácido 3indolpirúvico, e o ácido indolbutírico derivados do naftaleno como o ácido naftil-1-acético e o ácido naftoxi-2-acético. Por último, o fato de que alguns ácidos fenoxiacéticos tinham atividade auxínicalevou à descoberta do 2,4diclorofenoxiacético (2,4-D) com uma grande atividade. A partir de aqui desenvolveu-se uma larga gama de moléculas com atividade auxínica, como o ácido 2-metil, 4-clorofenoxiacético (MCPA) e o ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético (2,4,5-T).(AMARAL, L. 2016). EXEMPLO: Alga Ascophyllumnodosum: A Ascophyllumnodosum (L.) Le Jolis, membro da ordem Fucales e a família Fucaceae, se destaca. É uma fonte natural de macro e micronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe, Mn, Cu e Zn), aminoácidos (alanina, ácido aspártico e glutâmico, glicina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, tirosina, triptofano e valina), citocininas, auxinas, e ácido abscísico, substâncias que afetam o metabolismo celular das plantas e conduzem ao aumento do crescimento, bem como ao incremento da produtividade. É, ainda, portadora de compostos antioxidantes. Tais substâncias afetam o metabolismo celular das plantas e conduzem ao aumento do crescimento, bem como ao incremento da produtividade. Os extratos de tais algas, pela riqueza de conteúdo, atuam na divisão celular e na síntese de proteínas (por terem em sua Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 323 Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CU LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA composição citocininas, auxinas e giberelinas); mantêm a integridade das membranas celulares por terem em sua composição antioxidantes (capazes de proteger as células das toxinas que ela própria produz naturalmente ou em resposta a estresses). Benefícios Estudos têm demonstrando que o emprego de extratos de algas marinhas propicia aumento de taxa de germinação, enraizamento, desenvolvimento inicial e produção de culturas como café, alface, tomate, milho e feijoeiro, entre outras. 3.CONCLUSÃO Neste trabalho deu-se a conhecer, alguns dos aspetos mais importantes do ácido indol acético mais conhecido como a auxina. Dá-se a conhecer aspetos tão importantes como sua síntese, transporte, funções, caraterísticas, efeitos. Podem também ser muito importante para novas pesquisas, auxiliando tecnicas para o melhoramento vegetal. Do que se menciono do transporte auxínico é que se realiza de forma polar, isto é, em um segmento de caule irá sempre em direção basipétala, em um segmento de raiz irá em direção aceopétala (se deslocaria para o ápice da raiz). Também neste trabalho se mostram outras caraterísticas da auxina de igual importância, para o correto desenvolvimento fisiológico de uma planta. 4.REFERÊNCIAS Amaral, L. OS HORMÔNIOS VEGETAIS .2016. Disponível em :https:/ /www.nead.uesc.br/arquivos/biologia/mod4bloco4/eb7/eb7-oshormonios-vegetais.pdf>. Acesso em 14 de agosto.2016. Castro, P. MECANISMO DE AÇÃO AUXINICA. Anais da E. S. A. “Luiz de Queiroz” 1979.Disponível em :https://www.scielo.br/pdf/aesalq/ v36/34.pdf>. Acesso em 14 de agosto.2016. J. Azcon-Bieto e M. Talon. Madri.(1996). FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA VEGETAL. 1ra edição. 324 Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 SOCIEDADE C U LTURAL E EDUCACIONAL DE G ARÇA Anais do XIX Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF Pompelli, M. AUXINAS E CITOCININAS. Pernambuco: Universidade federal de Pernambuco, 2012. Disponível em :https://www.ufpe.br/ lev/downloads/auxinas_citocininas.pdf. Acesso em 14 de agosto.2016. Salisbury F/Ross. C (1994). FISIOLOGIA VEGETAL. EDITORIAL IBEROAMERICANA. SIVORY M./CASO 0 . (1980). Fisiologia Vegetal. Editorial Hemisfério Sul. Santos, D. Braga, R. Guimaraes, F. Passos, A. Silva, D. Santos, J. Nery, M. DETERMINAÇÃO DE ESPÉCIES BIOINDICADORES DE RESÍDUOS DE HERBICIDAS AUXINICOS. Viçosa: Universidade federal de viçosa, 2013.Disponível em :https://www.redalyc.org/pdf/3052/ 305228470008.pdf>. Acesso em 14 de agosto.2016. Taiz, L. e Zeiger, E. FISIOLOGIA VEGETAL.In:Auxina: hormônio de crescimento,3º ed. Porto alegre, 2004. Cap.19, p.449-482. Vermelhas Gardeñas Manuel (1993). CONTROLE HORMONAL DO DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS. Garça/SP: Editora FAEF, 2016. Vol 12 (14 vols.) - ISSN 1676-6814 325 Normas para elaboração de artigo científico do Simpósio da FAEF SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL - FAEF Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP www.grupofaef.edu.br / [email protected] Telefone: (14) 3407-8000