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1 - Descreva e caracterize os Equinodermos.
Equinodermas e cordados são Deuterostômios, pois neles a boca não
provém do blastóporo.
Ao contrário dos protostomados, a boca surge como uma nova abertura
localizada em oposição ao blastóporo, que forma o ânus.
As seis mil espécies do Filo Echinodermata são inteiramente marinhas e
incluem os conhecidos ouriços, estrelas, bolachas, pepinos e lírios-do-mar e
ofiuróides. Distinguem-se por apresentarem simetria radial pentâmera (cinco
partes).
A parede corporal contém um esqueleto de pequenas peças calcárias, ou
ossículos, que comumente apresentam espinhos superficiais, de onde origina-se a
denominação do Filo Echinodermata do grego echinos, espinho + derma, pele).
Existe um sistema vascular aqüífero único, composto por canais e apêndices com
a função de locomoção, alimentação ou troca gasosa.
Os equinodermas são quase que totalmente habitantes de fundo e de
substratos duros como pedras, rochas e corais, que também foram o habitat de
muitas formas extintas. Entretanto, algumas espécies de cada classe invadiram
fundos moles e adaptaram-se à vida na areia.
São exemplos de equinodermos: Asteróides (estrelas-do-mar), Ophiuroidea
(ofiúros ou ofiuróides), Echinoidea (Bolachas-da-praia ), Holothuroidea
(pepinos-do-mar), Crinoidea (lírios-do-mar).
2) Descreva e caracterize os peixes Agnatos, Condricties e Osteicties.
Classe Agnatha
A classe Agnatha (do grego a, sem + gnathos, mandíbula) inclui os
vertebrados fósseis mais antigos, que parecem ter sido os ancestrais dos demais
grupos de peixes.
Seis ordens de peixes agnatos são reconhecidas por alguns autores. Todas
desenvolveram pesadas escamas ósseas e placas sobre a pele e, por isso,
denominam-se coletivamente ostracodermos (do grego ostrakon, concha + derma,
pele).
Classe Chondrichthyes
A classe Chondrichthyes (do grego chondros, cartilagem + ichthys, peixe)
inclui cerca de 700 espécies contemporâneas de tubarões, raias e peixes
semelhantes, com o esqueleto composto apenas por cartilagem. Os condríctes
são muito antigos e surgiram no Devoniano inferior. Se eles evoluíram dos
placodermos ou diretamente dos os tracodermos ainda é incerto.
O esqueleto interno de todos os vertebrados é cartilaginoso durante a vida
embrionária e permanece nos peixes cartilaginosos. Embora a cartilagem não seja
substituída por osso, às vezes sais de cálcio são depositados nela para reforço. A
extensa armação dérmica ancestral foi reduzida a minúsculas escamas placóides
inseridas na pele. Suas camadas superficiais esmaltadas e semelhantes a dentina
assemelham-se às partes externas das escamas cosmóides. Os dentes
triangulares dos tubarões são muito parecidos com as largas escamas placóides
e, certamente, evoluíram a partir destas.
A cavidade bucal é contínua, posteriormente, com uma longa faringe. Um
espíraculo contendo uma brânquia vestigial e bolsas branquiais, contendo
brânquias funcionais, abrem-se da faringe para a superfície corporal. Um amplo
esôfago liga a faringe ao estômago em forma de J. Um intestino valvular curto e
reto, que recebe secreções do fígado e do pâncreas, continua para trás até a
cloaca. Ele contém uma espiral dobrada complexa, conhecida como válvula
espiral. Essa dobra helicoidal serve tanto para reduzir a velocidade da passagem
do alimento, como para aumentar a superfície intestinal de digestão e absorção.
O sistema circulatório é do tipo primitivo, com um coração indiviso, que se
restringe a bombear sangue venoso para as brânquias, onde este é oxigenado. O
sangue, que também é resfriado nas brânquias, é distribuído pelos tecidos a uma
pressão relativamente baixa.
Os rins primitivos são drenados nas fêmeas por um ducto arquinéfrico. Nos
machos, o ducto arquinéfrico transporta apenas os espermatozóides, que nele
penetram logo à frente dos rins provenientes dos testículos. A urina produzida, em
parte, pelo rim é drenada pelo ducto urinário.
Alguns íons são eliminados pelos rins, mas a maior parte do excesso de sal
ingerido com o alimento é eliminada pela glândula retal, excretora de sal, que se
esvazia na extremidade do intestino. O intestino e os ductos urogenitais
desembocam numa cloaca comum, que se abre para o meio externo, na superfície
inferior do corpo.
Uma parte especializada da nadadeira pélvica dos machos forma o clásper,
que é utilizado na transferência de espermatozóides para a fêmea. Os ovos são
fecundados na parte superior dos ovidutos e uma cápsula córnea protetora é
secretada ao seu redor por determinadas células de tais estruturas. As raias são
ovíparas, mas não passam por um estágio de larva como os demais peixes. Os
ovos apresentam uma grande quantidade de vitelo e os embriões desenvolvem-se
dentro da cápsula protetora. Alguns tubarões também são ovíparos, mas a maioria
incuba suas crias dentro do próprio corpo. Os ovos fecundados desenvolvem-se
numa porção modificada do oviduto, conhecida como útero. Em alguns, uma
íntima associação é estabelecida entre cada saco vitelínico do embrião e o
revestimento do útero, formando uma placenta do saco vitelínico. Neste caso, os
embriões são mais dependentes dos nutrientes da mãe do que do vitelo.
Entretanto, na maioria dos tubarões, incluindo os conhecidos cações, os ovos
desenvolvem-se no útero, mas existe uma dependência maior dos alimentos
acumulados no vitelo.
Classe Osteichthyes
A maioria dos peixes atuais é óssea, membros da classe Osteichthyes (do
grego osteon, osso + ichthys, peixe). A classe inclui algumas espécies tais como o
esturjão, salmão, percas e peixes pulmonados. Os vertebrados terrestres
evoluíram dos crossopterígeos, que são primitivos membros do grupo.
Estrutura Básica dos Peixes Ósseos
O esqueleto cartilaginoso embrionário dos peixes ósseos é substituído em grande
parte pelo ósseo, durante o desenvolvimento embrionário. As espessas escamas
ósseas primitivas das formas ancestrais perderam a camada superficial de
ganoína e cosmina. Entretanto, existem pequenas sobras em forma de finos
discos ósseos, que se desenvolvem sobrepostas às dobras dérmicas da pele.
Com o crescimento dos peixes, mais ossos são adicionados às escamas, que
aparecem em forma circular, denominando-se anéis. Em algumas espécies atuais,
de climas temperados, a taxa de crescimento diminui no inverno e os anéis
formados neste período são mais próximos, formando a marca de inverno.
Estimativas da idade do peixe podem ser feitas através da contagem destas
marcas.
As bolsas branquiais, onde situam-se as brânquias, abrem-se numa câmara
opercular comum. O sangue e a água movem-se através das brânquias em
direções opostas. Essa contracorrente é extremamente eficiente para a troca
gasosa. Uma bexiga natatória, que é um órgão hidrostático, estende-se na parte
dorsal da cavidade corporal. Os gases, principalmente o oxigênio, podem ser
secretados para seu interior ou reabsorvidos pelos capilares especializados de
sua parede. Dessa forma, a gravidade específica do peixe pode ser ajustada,
permitindo uma flutuação neutra em diferentes profundidades.
Actinopterígios
Os actinopterígios (do grego aktis, raio + pterygion, nadadeira) são os
conhecidos peixes de nadadeiras raiadas, tais como a perca. Suas nadadeiras
pares apresentam forma de abanos.
Sarcopterígios
Além do grande interesse devido à sua diversidade, os teleósteos têm uma
importância muito grande na evolução dos vertebrados. O ramo dos vertebrados
mais superiores passou pelos não tão espetaculares sarcopterígios, dos pântanos
do Devoniano inferior. Os sarcopterígios (do grego sarx, carne + pterygion,
nadadeira) incluem os peixes pulmonados e os crossopterígios. Seus típicos
apêndices pares são alongados, lobulados e sustentados internamente por um
eixo carnoso e ósseo.
A evolução dos sarcopterígios divergiu muito cedo em duas linhagens: os peixes
pulmonados (ordem Dipnoi) e os crossopterígios (ordem Crossopterygii). Os
crossopterígios primitivos possuíam um esqueleto interno bem ossificado, um
condocrânio articulado único e pequenos dentes cônicos que serviam para agarrar
a presa. Os anfíbios originaram-se desse grupo.
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