Eficiência energética

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Eficiência energética
Consumo de energia elétrica no mundo
1991 a 2004
EUA
12000
Austrália
10000
Alemanha
Japão
8000
Inglaterra
6000
Brasil
África do Sul
4000
Tailândia
2000
China
Bangladesh
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
0
1991
kWh / hab
14000
800
600
400
200
Ano
RESIDENCIAL
PÚBLICO
COMERCIAL
PIB
2005
2003
2001
1999
1997
1995
1993
1991
1989
0
PIB (bilhão US$)
1000
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1987
Consumo (TWh)
Crescimento do consumo de eletricidade no
Brasil versus o PIB
1987 a 2005
Edificações & Consumo de energia elétrica
Grande potencial de conservação de energia
Fonte: Balanço Energético Nacional
BEN 2006
Edificações & Consumo de energia elétrica
Grande potencial de conservação de energia
Setor Residencial
Participação dos eletrodomésticos no consumo de
eletricidade
BRASIL
TV
9%
Lava Roupa
0,4%
Microondas
0,1%
Som Ferro
Geladeira
3%
3%
22%
Freezer
5%
Ar Condicionado
20%
Chuveiro
24%
Lampadas
14%
Fonte: Relatório da pesquisa de Posse de Eletrodomésticos e Hábitos de Consumo
(Residencial) PROCEL 2007
Setor Residencial
Participação dos eletrodomésticos no consumo de
eletricidade
NORTE
NORDESTE
Lava Roupa
0,5%
Lava Roupa
0,3%
TV
11%
Som
5%
Ferro
3%
Microondas
0,1%
TV
9%
Som Ferro
3%
3%
Microondas
0,04%
Geladeira
25%
Geladeira
29%
Freezer
4%
Ar Condicionado
27%
Chuveiro
9%
Freezer
5%
Lampadas
11%
Ar Condicionado
40%
Chuveiro
2%
Lampadas
14%
Fonte: Relatório da pesquisa de Posse de Eletrodomésticos e Hábitos de Consumo
(Residencial) PROCEL 2007
Setor Residencial
Participação dos eletrodomésticos no consumo de
eletricidade
SUL
SUDESTE
Lava Roupa
Microondas
0,4%
0,1%
Lava Roupa
1%
TV
10%
Ar Condicionado
11%
Som Ferro
3%
3%
Microondas
0,2%
TV
7%
Geladeira
22%
Som Ferro
2%
3%
Geladeira
16%
Freezer
7%
Freezer
5%
Lampadas
8%
Ar Condicionado
32%
Chuveiro
26%
Lampadas
19%
Chuveiro
25%
Fonte: Relatório da pesquisa de Posse de Eletrodomésticos e Hábitos de Consumo
(Residencial) PROCEL 2007
Setor Residencial
Participação dos eletrodomésticos no consumo de
eletricidade
CENTRO-OESTE
Lava Roupa
1%
TV
7%
Som Ferro
3% 3%
Microondas
0,1%
Geladeira
24%
Ar Condicionado
18%
Freezer
4%
Chuveiro
28%
Lampadas
12%
Fonte: Relatório da pesquisa de Posse de Eletrodomésticos e Hábitos de Consumo
(Residencial) PROCEL 2007
17/10/2001 – Lei nº 10.295
Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso
Racional de Energia e dá outras providências.
Objetiva desenvolver a eficiência Energética no país.
Todos os equipamentos e edificações deverão respeitar níveis mínimos de
eficiência
19/12/2001 – Decreto nº 4.059
Regulamenta a Lei no 10.295.
Os níveis mínimos de eficiência energética, deverão ser estabelecidos segundo
regulamentação específica;
Cria o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética - CGIEE
Definição
• A Eficiência energética pode ser entendida como a
obtenção de um serviço com baixo dispêndio de
energia. Portanto, um edifício é mais eficiente
energeticamente que outro quando proporciona as
mesmas condições ambientais com menor consumo
de energia.
¾ Elemento 1: o edifício deve ser eficiente: deve adotar tecnologias
eficientes, que, quando operando conforme projetado, irá efetivamente
reduzir o uso de energia. Ex. Impossível um edifício ser eficiente se for
“pobremente” isolado em um clima frio, ou ter um chiller com baixo COP
em um clima quente.
¾ Elemento 2: o edifício deve fornecer as amenidades e
características apropriadas para aquele tipo de edifício. Ex. um edifício
de escritório deve fornecer 40 horas/semana de níveis adequados de
iluminação, condicionamento de ar, e equipamentos.
¾ Elemento 3: o edifício deve ter um baixo consumo de energia. A
evidência disso é o edifício possuir uma baixa demanda de energia para
aquecimento ou refrigeração comparado com outro edifício similar.
αcob
Ucob
Carga
Térmica
FP
Fator de
Projeção
Densidade
de Carga
Interna
FS
Fator Solar
Upar
Transmitância
Térmica
Absortância αpar
Capacidade
Térmica
1112 1 2
10
9
3
8
4
7 65
Critérios a serem adotados nos edifícios objetivando
a eficiência energética
¾ Uso da vegetação como sombreamento
¾ Uso de cores claras (paredes, telhados)
¾ Emprego da ventilação cruzada sempre que possível
¾ Escolha adequada de vidros
¾ Reduzir transmitância térmica de coberturas
¾ Uso de proteções solares em aberturas
¾ Uso racional da iluminação
¾ Uso de equipamentos eficientes
¾ Indicação de uso correto da edificação ao usuário
USO DE CORES CLARAS
Cobertura
verde_esc
verde_claro
branco
30
25
uma espessura de
5 cm de isolamento
com pintura
externa da telha na
cor branca
equivale a 10 cm
de isolamento com
pintura verde-claro
Q (W/m2)
20
15
10
5
0
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
Espessura (m)
Relação do fluxo de calor com a espessura de isolamento para as diferentes cores
de pintura externa da telha (Urucu - Amazonas).
O TIPO DE VIDRO
SIMPLES
ABSORVENTE REFLEXIVO
vidro verde, fumê
α+ρ+τ=1
películas e vidro
reflexivo
VIDROS COM
MÚLTIPLAS CAMADAS
O TIPO DE VIDRO
Fator Solar: o fator solar de uma abertura pode ser entendido como a razão
entre a quantidade de energia solar que atravessa a janela pelo que nela
incide.
Superfícies Separadoras
Fator Solar
VIDROS
Transparente simples 3mm
6 mm
Transparente Duplo 3 mm
Cinza (fume)
3 mm
6 mm
Verde
3 mm
6 mm
Reflexivo
3 mm
0,87
0,83
0,75
0,72
0,60
0,72
0,60
0,26 – 0,37
PELÍCULAS
Reflexiva
Absorvente
0,25 – 0,50
0,40 – 0,50
ACRÍLICO
Claro
Cinza ou Bronze
0,85
0,64
POLICARBONATO
Claro
Cinza ou Bronze
0,85
0,64
DOMOS
Claro
Translúcido
0,70
0,40
FS = U.α.Rse + τ
TIJOLO DE VIDRO
0,56
O TIPO DE VIDRO
Vidros Low-E (baixa emissividade): vidros
Low-E possuem cobrimentos especiais que
reduzem a transmissão de calor através das
aberturas. Os cobrimentos são muito finos,
filmes quase invisíveis (óxido de metal ou
semi-condutores) que são colocados
diretamente sobre uma ou mais superfícies de
vidro ou sobre filmes plásticos entre dois ou
mais panos de vidro.
O TIPO DE VIDRO
Vidros Refletivos: A especificação de vidros
refletivos requer estudos de suas
características de desempenho e de
elementos como a transmissão de luz, calor,
refletividade, cor do vidro, região em que se
localiza a obra e a finalidade da edificação.
O desempenho fotoenergético do vidro
refletivo, que filtra os raios solares através da
reflexão da radiação, garante controle eficiente
da intensidade de luz e de calor transmitidos
para os ambientes internos.
O TIPO DE VIDRO
Vidro Insulado: Eficiente como isolante do
fluxo de calor por condução, o vidro insulado é
composto por duas ou mais chapas,
separadas por câmaras de ar.
O quadro de vidro é selado em todo o seu
perímetro, a fim de evitar que ocorram trocas
entre a atmosfera interna da câmara e a do
ambiente externo. A câmara interna pode
conter uma mistura de ar com nitrogênio,
argônio ou outros gases.
Devido à inércia térmica do ar, essa câmara
constitui um elemento isolante que reduz o
coeficiente de transmissão de calor,
dificultando a passagem deste de um
ambiente para outro.
Uso Racional de Iluminação
Eficiência Luminosa
Uma fonte de luz ideal seria aquela que converteria toda sua potência de
entrada [W] em luz [lm]. Infelizmente, qualquer fonte de luz converte parte
da potência em radiação infravermelho ou ultravioleta. A habilidade da
fonte de converter potência em luz é chamada de eficiência luminosa, η:
LÂMPADAS
•
•
•
Lâmpadas incandescentes
Baixa eficiência luminosa (5-20 lm/W)
Lâmpada 60W – 730 lm > 12 lm/W
•
•
•
•
•
Lâmpadas fluorescentes
Melhor eficiência luminosa (60-103 lm/W)
Lâmpada T12 40W – 2600 lm > 65 lm/W
Lâmpada T8 32W – 2350 lm > 73 lm/W (2600 lm > 81 lm/W)
Lâmpada T5 28W – 2900 lm > 103 lm/W
•
•
•
Lâmpadas fluorescentes compactas
Melhor eficiência luminosa (44-69 lm/W)
Lâmpada 15W – 900 lm > 60 lm/W
USO RACIONAL DA ILUMINAÇÃO
USO DE
EQUIPAMENTOS
EFICIENTES
Lâmpadas T5 (28W)
Lâmpadas fluorescentes compactas
Iluminação de Tarefa
USO RACIONAL DA ILUMINAÇÃO
Distribuição racional dos circuitos para acionamento
independente das luminárias
¾ redução no consumo de energia
¾ manual ou automático
Sistemas de controle iluminação artificial tem a função de
fornecer a quantidade de iluminância somente quando
esta é necessária. Tipos de sistemas de controle:
¾ sensores de ocupação
¾ sistemas com sensores fotoelétricos
¾ sistemas de programação de tempo
DISTRIBUIÇÃO
RACIONAL DOS
CIRCUITOS
Acionamento independente da fileira de luminárias mais próxima à janela
SISTEMAS
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS:
— Fornecem a quantidade adequada de luz
DE CONTROLE
— Minimizam o consumo de energia
— Permitem o acionamento independente de lâmpadas
— Podem ser automáticos ...
• Sensor de ocupação
– detector de movimento (ondas
ultra-sônicas ou radiação
infravermelha)
– unidade de controle recebe
sinal e controla a potência da
luz
• Sistema de controle
fotoelétrico
– identificam a presença de luz
natural fazendo a diminuição
ou até mesmo o bloqueio da
luz artificial de maneira
automática (dimers)
• Sistema de
programação de
tempo
– temporizadores
– dimers
PROJETO DE
ILUMINAÇÃO
EFICIENTE
EXEMPLO DE REFORMA
NO SISTEMA DE
ILUMINAÇÃO
Influência da arquitetura no desempenho
luminoso de ambientes
Alguns recursos
arquitetônicos
para explorar a
luz natural
LUZ NATURAL
Influência da arquitetura no desempenho
luminoso de ambientes
Controle da radiação solar
– Proteções horizontais
– Brises marquises (mais conhecidas)
– Prateleiras de luz
– Redirecionam luz parte mais interna
– Diminuem nível iluminação perto janela
– Eficiência depende das dimensões,
orientação solar, material, acabamento e
refletância
– Proteções verticais
– Indicadas orientações leste e oeste
Fonte: Lamberts et al, 1997.
– Proteções móveis
– Controle do usuário (luz e/ou ganho
térmico)
Congresso Espanha, Norman Foster.
João Filgueiras Lima
Centro de Reabilitação Infantil
Sarah-Rio, Rio de Janeiro
http://www.arcoweb.com.br/
Programa Brasileiro de Etiquetagem
Uso de equipamentos eficientes
•
Programa de conservação de energia, que atua através de etiquetas
informativas, com o objetivo de alertar o consumidor quanto a
eficiência energética de alguns dos principais eletrodomésticos
nacionais.
•
As tabelas apresentam todos os produtos aprovados no Programa
Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e que, portanto, estão autorizados a
ostentar a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).
Estas tabelas são atualizadas periodicamente e representam o estágio
atual em termos de consumo de energia e/ou de eficiência energética dos
diversos produtos enfocados.
As informações contidas nas diversas tabelas são de responsabilidade dos
fabricantes e são colocadas à disposição dos usuários/consumidores como
uma fonte de auxílio na escolha do melhor produto, na hora da compra, em
termos de consumo elétrico e/ou eficiência energética.
•
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas_New.asp
Tabela CA
ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
Critérios 2006
Selo PROCEL de Economia de Energia
CONDICIONADOR DE AR
Data
8/11/2006
Coeficiente de eficiência energética (W/W)
Categoria 1
≤ 9.495kJ/h
≤ 9.000 BTU/h
Classes
Categoria 2
9.496 a 14.769
9.001 a 13.999
Categoria 3
14.770 a 21.099
14.000 a 19.999
Total de
model
os por
classe
Categoria 4
≥ 21.100
≥20.000
A
2,91
33
66,0%
3,02
24
60,0%
2,87
7
38,9%
2,82
1
8,3%
65
B
2,68
6
12,0%
2,78
11
27,5%
2,70
6
33,3%
2,62
6
50,0%
29
C
2,47
0
0,0%
2,56
2
5,0%
2,54
3
16,7%
2,44
0
0,0%
5
D
2,27
0
0,0%
2,35
0
0,0%
2,39
2
11,1%
2,27
2
16,7%
4
E
<2,27
11
22,0%
<2,35
3
7,5%
<2,39
0
0,0%
<2,27
3
25,0%
17
50un
40un
18u
12u
n
120un
n
Índices Mínimos para Condicionadores de Ar
BRASIL
CHINA
BRASIL
Portaria MME-MCT-MDIC 364/2007
Os índices mínimos chineses estão
parecidos com o nosso A....
Selos de Eficiência Energética
• Os produtos etiquetados que apresentam
o melhor desempenho energético em sua
categoria poderão também receber um
selo de eficiência energética. Isto
significa que estes produtos foram
premiados como os melhores em termos
de consumo específico de energia e faz a
distinção dos mesmos para o
consumidor. Para os equipamentos
elétricos domésticos etiquetados é
concedido anualmente o Selo Procel.
Para aparelhos domésticos a gás é
concedido o Selo Conpet.
Lições aprendidas de edifícios de Alto desempenho
¾ Proprietários fornecem a principal motivação para edifícios de baixo
consumo de energia;
¾ Foram estabelecidos objetivos “agressivos” de conservação de energia (a
partir de 40% acima do mínimo de norma);
¾ Muitas decisões não foram motivadas pelo custo;
¾ Aplicar as tecnologias disponíveis para o edifício atingir baixos níveis de
consumo de energia, (propriamente integradas no projeto);
¾ Um método de projeto integrado do edifício como um todo é uma boa
maneira de baixar o uso e o custo de energia;
¾ Os edifícios de baixo consumo de energia nem sempre operam de acordo
como eles foram projetados;
¾ Monitoramento do desempenho de energia fornece valioso feedback que
pode ajudar a manter o desempenho de sistemas para garantir que os
objetivos de projeto sejam alcançados;
Lessons Learned from Case Studies of Six High-Performance Buildings: P. Torcellini, S. Pless, M. Deru, B. Griffith,
N. Long, and R. Judkoff – Technical report – June, 2006
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