Concurso de Residência Médica – 2016 Leia com atenção Esta prova tem duração de 4 horas e é constituída de 80 questões objetivas para as seguintes áreas: • • • • • • • Cirurgia Geral Clínica Médica Obstetrícia e Ginecologia Pediatria Medicina Preventiva e Social Mantenha sua cédula de identidade sobre a carteira. Na folha de respostas dos testes, assinale apenas uma alternativa, usando caneta esferográfica preta ou azul-escuro e preenchendo com cuidado o alvéolo correspondente. Não rasure ou amasse a folha de respostas nem a utilize para qualquer outra finalidade. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que estiver totalmente em branco. • Não será permitido sair da sala antes de decorrida uma hora e meia do início das provas, salvo em caso de extrema necessidade. • Utilize, para rascunhos, qualquer espaço disponível no caderno de questões. • Ao final da prova, os três últimos candidatos deverão permanecer na sala, para assegurar a confiabilidade do processo seletivo. • Após o término da prova, devolva ao fiscal de sala todo o material que você recebeu, devidamente identificado nos locais adequados. BOA PROVA! Identificação obrigatória Nome do(a) candidato(a): ______________________________________________ Assinatura:___________________________________________________________ COREME – UNITAU 2016 1 COREME – UNITAU 2016 2 Cirurgia Geral 1 Na esofagite eosinofílica, a principal forma de tratamento é a) b) c) d) e) inibidor de bomba protônica (IBP) de 12/12 horas. fundoplicatura a Nissen (360º). fundoplicatura Lind (270º). não tomar líquido nas refeições e elevar a cabeceira da cama + IBP. eliminar alergia alimentar e/ou indicar corticoide tópico via oral. 2 Na pancreatite aguda leve, deve-se pedir tomografia do abdome e iniciar antibiótico profilático a partir do início da dor a) b) c) d) e) 1 dia/1 dia. 2 dias/ 1 dia. 4 dias/ não usar antibiótico profilático. 5-7 dias/ 2 dias. não se pede TC e não se usa antibiótico na pancreatite leve. 3 Na avaliação da gravidade da pancreatite aguda, qual o melhor parâmetro a ser usado à beira do leito? a) b) c) d) e) Apache II Ranson Inrie-Glasgow Idade, ureia e derrame plural SIRS (Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica) 4 Em relação ao suporte nutricional na pancreatite aguda grave, qual a conduta mais indicada? a) b) c) d) e) Paciente em jejum por 72 horas e, após esse período, iniciar alimentação parenteral. Iniciar alimentação parenteral logo no início da doença. Paciente em jejum por 48 horas e, após alimentação, iniciar alimentação parenteral total. Dieta enteral o mais precocemente possível. Dieta via oral, após 48 horas de jejum. 5 No adenocarcinoma de pâncreas, qual mutação genética é a mais frequente? a) b) c) d) e) P53 CDKN2A K-RAS GNAS CA 19-9 6 A cirurgia de Whipple é indicada para o tratamento do adenocarcicoma de cabeça de pâncreas. Quando realizada em hospital de referência, quais são, respectivamente, as médias de mortalidade e de morbidade? E qual a complicação mais frequente? a) b) c) d) e) 2-5%; 15-30%; fístulas pancreáticas. 10-20%; 5-10%; fístulas biliares. 30-50%; 5-6%; fístulas gástricas ou duodenais. 0%; 5%; infecção intracavitária. 20%-40%; 20-30%; infecção do sítio cirúrgico. COREME – UNITAU 2016 3 7 Quais são os tratamentos respectivos para as seguintes lesões hepáticas? I. hiperplasia nodular focal de 5 cm II. adenoma hepático de 5 cm III. hemangioma de 5 cm IV. cisto hepático simples de 5 cm V. 5 metástases de câncer reto, nos segmentos 2 e 3 VI. 1 metástase de câncer de pâncreas, no segmento 1 a) b) c) d) e) expectante, cirúrgico, expectante, expectante, cirúrgico, somente quimioterapia cirúrgico, expectante, expectante, cirúrgico, somente quimioterapia, cirúrgico expectante, cirúrgico, cirúrgico, expectante, expectante, somente quimioterapia cirúrgico, expectante, expectante, expectante, cirúrgico, cirúrgico expectante, cirúrgico, cirúrgico, somente quimioterapia, cirúrgico, cirúrgico 8 Dos fatores elencados abaixo, qual NÃO está diretamente relacionado ao aparecimento do esôfago de Barrett e do adenocarcicoma de esôfago? a) b) c) d) e) Obesidade Doença do refluxo com erosão Doença do refluxo sem erosão Tabagismo Infecção por helicobacter pylori Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. Na hérnia inguinal direta, a fraqueza da fascia transversalis se faz no triângulo de __________. Na classificação de Nyhus, ela é__________. O tratamento mais indicado é a técnica de__________. 9 a) b) c) d) e) Calot/ II/ Bassini Hessert / IIIA/ Liechtenstein Smal-Admiran / IIIC/ Stoppa Hessert/ I/ Mac Vay Hasselbach/ IIIB/ Liechtenstein 10 a) b) c) d) e) Na hipertensão portal por cirrose alcoólica, com varizes esofágicas sangrantes, qual o melhor procedimento, após estabilização hemodinâmica? Cirurgia de Warren Derivação esplenorrenal proximal e esplenectomia Desconexão ázigo-portal e esplenectomia Derivação porta-cava Ligadura elástica endoscópica e betabloqueador 11 Paciente com tumor cístico pancreático, com dilatação do ducto principal (>1 cm) e presença de conteúdo gelatinoso. Qual o diagnóstico provável e qual a conduta mais indicada? a) b) c) d) e) Cistoadenoma mucinoso/ expectante Cistoadenoma seroso/ expectante IPMN (Intraductal Papilífero Mucinoso Neoplasia)/ cirurgia Tumor sólido cístico pancreático/ cirurgia Tumor neuronedócrino cístico/ cirurgia COREME – UNITAU 2016 4 12 a) b) c) d) e) Na cirurgia bariátrica (Bypass gástrico em Y de Roux), uma das possíveis complicações é a hérnia interna, que se faz pelo espaço de__________, com dor abdominal e elevação da__________. Pringle/ CPK Morisson/ Leptina Told/ GLP1 Petersen/ Amilase Wislow/ Lipase 13 Definição de câncer gástrico precoce. Tratamento para o seguinte caso: adenocarcinoma de antro, diferenciado, de 3 cm, invadindo muscular própria. a) Lesão não infiltra além da submucosa, com ou sem gânglio comprometido/ gastrectomia 4/5 com omentectomia maior e menor e esvaziamento glanglionar D2. b) Lesão infiltra até muscular própria, sem gânglio comprometido/ gastrectomia total com omentectomia maior e menor, esvaziamento D1+. c) Lesão infiltra até serosa, sem gânglio comprometido, gastrectomia/4/5 com omentectomia maior e menor, esvaziamento D2+. d) Lesão não infiltra além da mucosa, sem gânglio comprometido/ gastrectomia total, com esvaziamento D2+. e) Lesão infiltra até submucosa, sem gânglio comprometido/ ressecção endoscópica. 14 a) b) c) d) e) Esofagectomia subtotal com esôfago-gastro anastomose cervical Esofagectomia total com esôfago coloplastia Gastrectomia total com esôfago-jejuno anastomose em Y de Roux Esôfago gastrectomia parcial com gastro-jejuno anastomose em Y de Roux Gastrectomia proximal com gastro-esôfago anastomose 15 a) b) c) d) e) Qual a conduta mais indicada nos casos de carcinoma da junção gastroesofágica classificados como Siewert III? As principais causas do abdome agudo obstrutivo, nos adultos, em ordem de frequência decrescente, são: hérnia externa, neoplasias, bridas e aderências. bridas e aderências, hérnias internas, tumores. íleo biliar, estenoses, carcinomatose peritoneal. neoplasia, volvo de sigmoide, bridas e aderência. hérnia interna, neoplasia, doença de Crohn. 16 Na colangite infecciosa, qual a causa mais comum? E qual a sequência preferencial de tratamento? a) b) c) d) Coledocolitíase; antibiótico para gérmen G- e tratamento cirúrgico Estenose de via biliar; antibiótico para gérmen G+ e tratamento cirúrgico Coledocolitíase; antibiótico para gérmen G+ e drenagem transparietal Tumor na via biliar; antibiótico para gérmen G- e PER (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada) e) Coledocolitíase; antibiótico para gérmen G- e CPER (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada) COREME – UNITAU 2016 5 Clínica Médica 17 Mulher jovem apresenta quadro de febre recorrente por acometimento de vias aéreas superiores, acompanhada de dor torácica, que varia com a respiração e com a posição do tórax, variando, também, de intensidade e de duração. Seu exame físico revela a presença de um atrito pericárdico. Das situações abaixo, qual NÃO indica a necessidade de internação hospitalar? a) b) c) d) e) Elevação de enzimas de necrose miocárdica Febre acima de 38 ºC e leucocitose Derrames pericárdicos volumosos, com ou sem tamponamento cardíaco Acometimento em pacientes imunocomprometidos Presença de bloqueio de ramo esquerdo no eletrocardiograma 18 Homem, 50 anos, admitido em unidade de pronto atendimento com relato de dor torácica súbita, de leve intensidade, em aperto iniciado há 15 minutos de sua admissão. Após rápida coleta de enzimas de injúria miocárdica, seu ECG revelou corrente de lesão subepicárdica nas derivações D2, D3 e AVF. Ao exame físico, apresentava PA: 160x80 mmHg; FC: 100 bpm. Em se tratando de infarto agudo do miocárdico, qual dos critérios abaixo determina a reperfusão coronária imediata? a) b) c) d) e) A característica da dor torácica. O achado eletrocardiográfico. O nível de pressão arterial. A frequência cardíaca. Os valores das enzimas cardíacas. 19 Homem, 16 anos, relata início de leve dor torácica contínua, com momentos de piora e duração maior que 24 horas, iniciada há 15 dias, após quadro de resfriado comum. Refere, ainda, presença de dispneia progressiva aos grandes esforços, evoluindo aos esforços moderados, acompanhada de palpitações arrítmicas. Qual exame NÃO deve ser indicado, nesse caso? a) b) c) d) e) Cintilografia miocárdica com Tálio Eletrocardiograma Ecocardiograma Ressonância magnética cardíaca Biomarcadores de necrose e inflamação miocárdica Texto para as questões 20, 21 e 22. Homem, 59 anos, branco, procura ambulatório com queixas de palpitações, tremores, polifagia e emagrecimento. O quadro teve início há 30 dias. Refere tratamento para arritmia cardíaca com amiodarona 200 mg/dia há seis meses. Nega outras comorbidades e/ou intercorrências. Ao exame: PA: 120x80 mmHg; FC: 68 bpm; Peso: 63,2 kg; Altura: 1,76 m; IMC: 20,4 kg/m2; tireoide: normal; tremores de extremidades. Restante do exame físico dentro da normalidade. Exames laboratoriais: TSH: 0,01 (0,35-4), T4l: 4,12 (0,7-1,8), TRAB: negativo, AntiTPO: negativo, Anti-tireoglobulina: negativo. US de tireoide: volume normal (11,6 g), heterogênea, hipovascular e sem nódulos. Cintilografia de tireoide: captação diminuída difusamente. COREME – UNITAU 2016 6 20 Qual a hipótese diagnóstica? a) b) c) d) e) Hipertireoidismo autoimune. Tireoidite de Hashimoto. Hipertireoidismo induzido por amiodarona tipo 1. Doença de Basedow Graves. Hipertireoidismo induzido por amiodarona tipo 2. 21 O tratamento de escolha é a) b) c) d) e) Metimazol. Prednisona. Levotiroxina sódica. Propranolol. Propiltiouracil. 22 O seguimento do paciente deve ser baseado em a) b) c) d) e) Cintilografia da tireoide. Ultrassonografia da tireoide. TSH e T4 livre. AntiTPO e TRAB. Hemograma, TGO e TGP. 23 Paciente de 26 anos procura ambulatório para mostrar exames realizados. Nega queixas, patologias ou hospitalizações prévias. Dentre os exames, há eletroforese de hemoglobinas, que mostra: hemoglobina A1 62%; hemoglobina A2 2%; hemoglobina F 1% e hemoglobina S 35%. Quanto a esse caso, é CORRETO afirmar: a) Trata-se de doença do traço falciforme, deve haver anemia leve e poucos sintomas. b) Trata-se, provavelmente, de doença falciforme, e a persistência de hemoglobina fetal faz com que haja poucos sintomas. c) Trata-se de doença falciforme em sua forma minor, e pode nem haver anemia. d) Trata-se de traço falciforme, não configura doença, e orientação genética deve ser feita. e) Trata-se de doença do traço falciforme, e a hidroxiureia deve ser usada para prevenir crises álgicas. 24 Mulher, 38 anos, procura assistência médica devido a dores e a edema articulares, além de cansaço e fraqueza há 10 dias. Exames com hemoglobina 6,8 g/dl (normal 12-16); reticulócitos 8% (normal 1,5-2,5%). Quanto a esse caso, podemos afirmar: a) b) c) d) e) Anemia inflamatória deve ser confirmada com o perfil de ferro. Anemia ferropriva deve ser confirmada com o perfil de ferro. Artrite infecciosa deve ser a causa de anemia da doença crônica, nesse caso. Reticulocitose faz pensar em anemia por doença renal crônica. Anemia hemolítica autoimune é a provável causa, e o Coombs direto deve ser solicitado. COREME – UNITAU 2016 7 25 Mulher, 32 anos, é levada por familiares à emergência, com história de cefaleia há dois dias. Referem que hoje ela apresentou crise convulsiva. Negam patologias. Dá entrada em pós-ictal, pouco sonolenta, com paresia de dimídeo direito, temperatura 38 ºC, descorada ++/4+, algumas petéquias em membros inferiores, sem sinais meníngeos, tomografia de crânio normal, hemograma mostra anemia, plaquetopenia e reticulocitose. Quanto ao caso, pode-se afirmar: a) Mais importante, nesse momento, é o isolamento respiratório da paciente. b) A transfusão de plaquetas deve ser feita imediatamente, devido ao risco de sangramento em SNC. c) A pesquisa de esquisócitos em sangue periférico é importante, devido à suspeita de púrpura trombocitopênica trombótica. d) A transfusão deve ser feita com componentes filtrados, devido à suspeita de leucemia aguda. e) Crise convulsiva febril deve ser afastada, e a paciente deve ficar em observação, pelo menos, por 24 horas. 26 Paciente feminina, 21 anos, negra, sem antecedentes patológicos prévios, procura o ambulatório devido a quadro de edema generalizado, com início nos últimos 10 dias, com ganho recente de peso de 8 kg, além de espuma na urina. Refere, ainda, dor articular frequente, além de rash malar após exposição solar. O exame físico demonstrou edema corporal generalizado; PA: 110x70 mmHg. Foi solicitada a sua internação, e os exames laboratoriais realizados inicialmente demonstraram proteinúria de 5 gramas, complementos séricos (C3, C4 e CH50) dentro da normalidade, hipoalbuminemia (2,1 g) e hipercolesterolemia (colesterol total de 380 mg/dL). Qual o provável diagnóstico sindrômico, o diagnóstico etiológico e o tratamento medicamentoso inicial que deve ser recomendado? a) b) c) d) e) Síndrome nefrítica, glomerulonefrite pós-infecciosa, antibioticoterapia. Síndrome nefrótica, nefropatia diabética, insulina. Síndrome nefrótica, lúpus eritematoso sistêmico, corticoide. Síndrome nefrítica, nefropatia por AIDS, antirretrovirais. Síndrome nefrótica, neoplasia, quimioterápicos. 27 Paciente do sexo masculino, 65 anos de idade, com antecedente de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica por mais de 15 anos, além de obesidade (85 kg e altura 1,62 m) e dislipidemia, em tratamento médico irregular, sem controle clínico adequado, encaminhado para o ambulatório de nefrologia para acompanhamento, devido a elevação das escorias nitrogenadas e edema corporal. Após a avaliação inicial, foi constatado, por meio de exames laboratoriais: creatinina 3,0 mg/dL, ureia de 90 mg/dL, colesterol total 280 mg/dL, HDL 35 mg/dL, triglicérides 235 mg/dL, ácido úrico 8,5 mg/dL/ glicemia 210 mg/dL / glicemia pósprandial 250 mg/dL/ cálcio 8,0 mg / fósforo 6,0 mg / Hb 10,5 g/dL / Ht 32,5% / potássio 5,0 mEq/L, US com rins de tamanho, forma e ecogenicidade dentro do normal, com espessura córtico-medular pouco reduzida. Fundo de olho com retinopatia proliferativa grau II. Com base nesses exames, o paciente foi considerado como portador de nefropatia crônica, secundária a nefropatia diabética e hipertensiva. Sobre a insuficiência renal crônica, pode-se afirmar: a) O melhor parâmetro para o diagnóstico é a creatinina sérica. b) Todo nefropata crônico tem sempre rins de dimensões diminuídas. c) Os controles pressórico e glicêmico inadequados podem influenciar de forma negativa a progressão da nefropatia crônica. d) As infecções são a principal causa de mortalidade em casos de nefropatia crônica. e) A anemia não é frequentemente observada nesse grupo de pacientes. COREME – UNITAU 2016 8 28 Com relação à avaliação diagnóstica da insuficiência renal aguda (IRA), é INCORRETO afirmar: a) b) c) d) O clearance de creatinina é o melhor exame e método para avaliação. Relação ureia/creatinina maior que 40 pode sugerir IRA pré-renal. O incremento diário da creatinina e a redução do volume urinário são marcadores diagnósticos. Exames de imagem, como ultrassom e tomografia, podem ser importantes no diagnóstico de causas obstrutivas. e) A fração de excreção de sódio é baixa (<1%), com sódio urinário < 20 mEq/L na IRA pré-renal. 29 Paciente, 70 anos, mora com sua família, procura a emergência com queixa de febre 38 ºC há dois dias, tosse produtiva com catarro amarelado e espesso e dor na base do hemitórax esquerdo ao respirar profundamente. Antecedentes de tabagismo. Afirma que deixou de fumar há 10 anos. No exame físico do tórax, observam-se estertores creptantes na base do pulmão esquerdo. FR: 24 irpm, FC: 105 bpm, PA: 110x70 mmHg. Em relação ao diagnóstico, é CORRETO afirmar: a) Trata-se de Pneumonia Adquirida na Comunidade. A radiografia de tórax é indicada para confirmar o diagnóstico e, mesmo, para auxiliar na programação terapêutica. b) Trata-se de uma traqueobronquite, e não é necessário realizar a radiografia de tórax. c) Para fazer o diagnóstico, é preciso realizar hemograma, PCR, radiografia de tórax e cultura do escarro. d) Trata-se de pneumonia atípica, portanto é importante realizar a cultura do escarro. e) Trata-se da primeira manifestação da DPOC agudizada. 30 Homem, 30 anos, procura a emergência e refere ter sofrido um acidente automobilístico há 20 dias e ter-se submetido à cirurgia no joelho direito. Após 15 dias de repouso, começou a deambular e notou edema na perna direita e dor à deambulação. Relata que foi examinado por clínico geral há dois dias, quando foi prescrito cetoprofeno via oral e recomendado repouso. Porém, não houve melhora da dor. Relata, ainda, que começou a perceber cansaço ao deambular e a apresentar dor em face posterior do hemitórax esquerdo, em pontada. Ao exame físico: apresenta dor à dorsiflexão do pé direito e temperatura diminuída na perna direita, em relação à esquerda. Ao palpar o músculo da panturrilha, o paciente faz fácies de dor. A cicatriz cirúrgica do joelho apresenta bom aspecto. Propedêutica respiratória: taquipneico FR: 28 irpm, MV presente bilateralmente, sem ruídos adventícios, SpO2: 95%. AC: RCR 2 tempos sem sopros, FC: 100 bpm e PA: 140x90 mmHg. Exames complementares: radiografia de tórax não mostra alterações, e ecocardiograma mostra fração de ejeção e função do VE preservadas, sem alterações em válvulas, e pericárdio normal. Qual(is) a(as) principal(ais) hipótese(s) diagnóstica(s) para o paciente em questão? E qual conduta terapêutica é a mais apropriada? a) Trombose venosa profunda. O tratamento é a heparina fracionada 1 mg/kg peso/dose a cada 12 horas. b) Infecção da ferida operatória. O tratamento é a Ceftriaxona 2,0 g IV 12/12 horas. c) Tromboflebite da perna direita. O tratamento é Oxacilina 1,0 g IV 4/4 horas, anticoagulação com heparina não fracionada 18 UI/kg/hora em infusão contínua, e titular a dose para manter o TTPA 1,5 a 2,0 vezes o valor basal. d) Trombose venosa profunda da perna direita e provável embolia pulmonar aguda. O tratamento é anticoagulação com heparina não fracionada 80 UI/kg de ataque, após manutenção 18 UI/kg/hora em infusão contínua, e titular a dose para manter o TTPA 1,5 a 2,0 vezes o valor basal. e) Trombose venosa profunda da perna direita e provável embolia pulmonar aguda. O tratamento é trombólise com alteplase 100 mg em 2 horas, precedido de um bolus de heparina 60 UI/kg. COREME – UNITAU 2016 9 31 Idoso, 78 anos, em acompanhamento ambulatorial devido a síndrome demencial, evoluiu há 3 meses com quadro de disfagia alta. Em uso de anticolinesterásico (Donepizila 10 mg/dia) há seis anos. Familiares negam outras doenças e hábitos de tabagismo e etilismo pregressos. Relatam que o paciente apresenta dificuldade para deambular e se vestir, assim como necessita de ajuda para ir ao sanitário. Apresenta IMC 20, circunferência de panturrilha esquerda de 28. Mini Mental de 10 para escolaridade de 4 anos. Apresenta lentificação na deambulação, prótese dentária total em bom estado de conservação e adaptação, ausência de anomalias de orofaringe, sem adenomegalias ou tireoide palpáveis. Aparelhos respiratório, cardíaco e abdominal sem alterações. Em relação ao caso descrito, NÃO se pode afirmar: a) A evolução da síndrome demencial pode predispor ao quadro de disfagia alta. b) Devido ao prejuízo das atividades diárias, deve-se considerar a realização de endoscopia digestiva alta, para o uso de sonda nasoenteral. c) É o tipo de complicação que pode predispor a pneumonia por broncoaspiração. d) É um paciente que pode evoluir para sarcopenia secundária, piorando sua locomoção e aumentando consideravelmente o risco de quedas. e) O uso de espessantes na alimentação e a intervenção fonaudiológica serão importantes, nesse estágio da doença. 32 Idosa, 75 anos, procurou ambulatório com quadro de tonturas do tipo desequilíbrio, não rotatórias, com instabilidade postural sem envolver a cabeça e sem alterações auditivas ou perda da consciência. O quadro teve início há 4 meses. Relata ser ansiosa e fazer uso de amitriptilina 25 mg/dia há 6 meses, devido a insônia. A medicação foi prescrita pelo médico do posto de saúde que ela frequenta regularmente. Devido às tonturas, também lhe foi prescrito cinarizina por 1 mês, porém não houve melhoras. Nega doenças pregressas e hábitos como tabagismo e etilismo. Refere ingerir café puro com frequência (4 vezes ao dia). Exame físico: ausência de nistagmo; PA: 130x80 mmHg (sentada e em pé); FC: 78 bpm; Cardiovascular: bulhas rítmicas em 2T sem sopros audíveis. Em relação ao quadro descrito, é CORRETO afirmar: a) Provavelmente, é uma vertigem paroxística benigna, e deve-se considerar o uso de drogas antieméticas para tratamento. b) Trata-se de uma síndrome de Ménière, e a restrição de cafeína pode ajudar no tratamento. c) Trata-se de neurite vestibular, e deve-se utilizar antivertiginosos mais potentes, como betaistina. d) É um caso típico de labirintite, e deve-se aumentar a dose da amitriptilina para diminuir a ansiedade e associar antiemético. e) Deve-se considerar a suspensão da amitriptilina e a diminuição da ingesta do café, uma vez que podem levar ao quadro de tonturas do tipo desequilíbrio. COREME – UNITAU 2016 10 Obstetrícia e Ginecologia 33 I. H., 48 anos, foi encaminhada para o Pronto Socorro de Ginecologia e Obstetrícia (PSGO) do Hospital Universitário (HU) pela médica da Unidade de Saúde da Família, devido a menorragia. No PSGO, foram prescritos anti-inflamatório não hormonal, de 12/12 horas, e ácido tranexâmico, 2 comprimidos de 8/8 horas, com melhora do sangramento. Após esse procedimento, a paciente foi encaminhada ao ambulatório. Na consulta ambulatorial, queixouse de que os ciclos estão irregulares há 4 meses, com hipermenorragia, dismenorreia, dor pélvica em peso nos últimos meses, dispareunia de profundidade, alteração do humor, fogachos, diminuição da libido e insônia. O índice de Kupperman e Blatt resultou em 28. Esqueceu-se de trazer o ultrassom realizado no PSGO. Negou doenças prévias. Na primeira gestação, fez 4 consultas de pré-natal. O RN, do sexo feminino, pesou 2900 g. Menarca aos 12 anos, ciclos 04/30 dias. DUM: 30/11/2015. Coitarca: 23 anos. Gesta II, parto cesárea aos 32 anos, abortamento aos 34 (fez curetagem). Método anticoncepcional: não faz uso de nenhum. O exame físico geral estava normal. Cor parda. IMC 28. Exame especular: vagina rósea, rugosa, conteúdo fisiológico, colo com orifício externo circular, epitelizado. Toque vaginal indicou temperatura normal, colo cartilaginoso e indolor à mobilização, aumento de duas vezes o volume uterino, sendo o útero com superfície irregular, pouco doloroso à mobilização, com anexos normais. De acordo com a história e o exame físico, as hipóteses diagnósticas mais prováveis são: a) b) c) d) e) hiperplasia endometrial, síndrome do climatério leve. adenomiose, mioma uterino, síndrome do climatério moderada. carcinoma de endométrio, hemorragia uterina disfuncional, síndrome do climatério acentuada. mioma uterino, ameaça de abortamento. miohiperplasia, hemorragia uterina disfuncional, síndrome do climatério leve. 34 M. T., 23 anos, procurou o Posto de Saúde com queixa de amenorreia. Refere irregularidade menstrual desde a menarca, aos 13 anos; por isso, o médico anterior prescreveu ciclo 21, aos 16 anos, o que a deixou com ciclos regulares. Porém, a paciente deseja engravidar. Parou o anticoncepcional por conta própria, menstruou logo após o término da cartela, e está há 05 meses sem menstruar. Refere que, depois de deixar de tomar o anticoncepcional, teve aumento de peso, queda de cabelos, manchas escuras na axila, piora da acne e aumento dos pelos. Nega outras queixas. Antecedentes pessoais: vacinas em dia, nega doenças e alergias. Antecedentes familiares: avó paterna, hipertensão; avó materna, diabetes; mãe, hipertireoidismo. Antecedentes menstruais: ciclos 04/30 dias nos últimos 8 anos. Data da última menstruação: 30/06/2015. Coitarca: 17 anos, 1 parceiro. Nuligesta. Pela história clínica da paciente, o diagnóstico mais provável é a) b) c) d) e) hipogonadismo hipergonadotrófico. hiperprolactinemia. falência ovariana precoce. síndrome de ovários policísticos. hipertireoidismo. 35 Para se confirmar o diagnóstico da paciente M.T. (ver enunciado da questão 34), devem ser solicitados os seguintes exames: a) b) c) d) e) ressonância magnética de crânio e ultrassom transvaginal. ultrassom transvaginal e histeroscopia diagnóstica. ultrassom de tireoide e transvaginal. dosagem de FSH, LH, TSH e prolactina e ressonância magnética de sela túrcica. dosagem de FSH, LH, TSH, prolactina, SDHEA, testosterona, 17- OH progesterona e ultrassom transvaginal. COREME – UNITAU 2016 11 36 Paciente de 18 anos veio ao Posto de Saúde para consulta com o médico de família, com queixa de sangramento menstrual durante o uso do anticoncepcional oral com etinilestradiol 0,03 mg e 60 mg de gestodeno. Qual a melhor conduta? a) Fazer investigação sobre uso correto do anticoncepcional oral referido pela paciente e sobre uso de drogas associadas, e manter o anticoncepcional por mais um período, para observação. b) Suspender imediatamente o anticoncepcional oral. c) Trocar por um anticoncepcional oral com dose de 35 mg de etinilestradiol, imediatamente. d) Trocar por um anticoncepcional transdérmico no próximo ciclo, já que o sangramento vaginal mostrou a ineficácia do oral. e) Trocar por um anticoncepcional oral contendo somente progestógenos. 37 M. L., 23 anos, procurou a unidade de saúde, queixando-se de corrimento vaginal, dispareunia e disúria. Ao exame especular, notou-se o colo do útero edemaciado, sangrando facilmente ao toque da espátula, com a presença de muco pus no orifício externo do colo. Dada a dificuldade da realização dos procedimentos diagnósticos complementares no momento da consulta, a melhor conduta, considerando os critérios do Ministério da Saúde, é a) b) c) d) e) encaminhar para a unidade de saúde de referência do município. tratar com creme vaginal que contenha tetraciclina e anfotericina B. tratar com aciclovir, penicilina benzatina e ceftriaxona. tratar com azitromicina ou doxiciclina e ceftriaxona. encaminhar para colposcopia. 38 Considerando o gráfico do ciclo menstrual, indique quais afirmativas estão CORRETAS. COREME – UNITAU 2016 12 I. Se o corpo lúteo for insuficiente, o ciclo menstrual será proiomenorreico. II. Se o número de folículos for pequeno, não ocorrerá o pico de LH, porque a quantidade de FSH é insuficiente para provocar o feed back positivo do LH. III. A progesterona é responsável pela fase proliferativa do endométrio. IV. O crescimento insuficiente do folículo está diretamente relacionado com a diminuição do LH. V. Se não houver ovulação, o ciclo poderá ser polimenorreico ou espaniomenorreico. a) b) c) d) e) Apenas I e V estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas II, III, IV e V estão corretas. Apenas I, II, III, V estão corretas. I, II, III, IV e V estão corretas. 39 Paciente, 45 anos, queixa-se de corrimento vaginal branco acinzentado, há dois meses, fluido, sem prurido. Nega dispareunia. Ao exame especular, vê-se: Qual o agente mais provável? a) b) c) d) e) Neisseria gonohreae Clamydia trachomatis Gardnerella vaginallis Candida albicans Trichomonas vaginallis 40 Com base no Manual de Saúde Sexual e Reprodutiva, do Ministério da Saúde, analise as afirmações abaixo. I. Os anticoncepcionais hormonais combinados, que contêm estrogênio e progesterona (pílulas combinadas e injetáveis de uso mensal), não devem ser usados em lactantes, pois interferem na qualidade e na quantidade do leite materno, e podem afetar adversamente a saúde do bebê. II. No controle do DIU, a ultrassonografia de rotina não é necessária, pois o diagnóstico só indica a retirada do DIU caso já se encontre parcialmente no canal cervical. III. Em caso de gravidez durante o uso do DIU, se os fios estão visíveis e a gravidez está no primeiro trimestre: explicar à mulher que a remoção é indicada devido ao risco de infecção. Explicar, também, que ela corre o risco de abortamento espontâneo. Se a paciente aceitar, remover o DIU, ou encaminhar para a remoção. IV. Permanecendo o sangramento intermenstrual após três meses em mulheres que usam a pílula corretamente, impõe-se a realização de exame ginecológico minucioso, para afastar outras etiologias. COREME – UNITAU 2016 13 Estão CORRETAS a) b) c) d) e) I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. 41 Em relação à fisiologia fetal, assinale a alternativa CORRETA. a) A pressão capilar pulmonar é mais alta do que aquela observada na circulação sistêmica, e o canal arterial liga-se à aorta antes da emergência do tronco braquiocefálico. b) O teor de oxigênio é maior no ventrículo direito do que no átrio esquerdo, em virtude da circulação proveniente da veia cava inferior e da circulação placentária. c) A hemoglobina fetal tem maior afinidade pelo oxigênio do que a hemoglobina materna, e se mantém predominante no sangue fetal até 40 semanas de gestação. d) A urina fetal é hipertônica em relação ao plasma materno, pela alta concentração de eletrólitos, e desempenha papel importante no volume de líquido amniótico a partir do segundo trimestre da gestação. e) O surfactante pulmonar diminui a tensão superficial dos alvéolos e tem como seu principal componente a dipalmitoilfosfatidilcolina (lecitina), produzida de maneira estável pelos pneumócitos II, a partir da 35ª semana de gravidez. 42 Ao examinar a parturiente, o interno relatou que o maior eixo fetal coincidia com o maior eixo uterino. O dorso fetal era palpado à esquerda do abdômen materno, e a escava não estava completamente ocupada. Então, definiu, nessa ordem: a) b) c) d) e) atitude, situação e apresentação do concepto (esta última, cefálica fletida não insinuada). situação, posição e apresentação do concepto (esta última, pélvica). situação, variedade de posição e apresentação do concepto (esta última, córmica). atitude, situação e variedade de posição do concepto (esta última, occípito esquerda anterior). atitude, posição e variedade de posição, pois a apresentação fetal só poderia ser reconhecida pelo toque vaginal. 43 Observe a ultrassonografia abaixo. A cavidade uterina está vazia e o útero aparece circundado por imagem anecoica, que ressalta seus contornos e também o das alças intestinais, desde o colo até a sua porção fúndica. Foi obtida em paciente de 19 anos atendida no setor de emergência do Hospital Universitário de Taubaté (PSGO). A paciente queixava-se de dor abdominal súbita e contínua há 24 horas. Referia irregularidades menstruais nos últimos 90 dias, com sangramento vaginal contínuo, de pequena intensidade, há 2 semanas. Apresentava instabilidade hemodinâmica evidente no momento da admissão. Qual o diagnóstico mais provável nesse caso? COREME – UNITAU 2016 14 a) b) c) d) e) Hemoperitônio por prenhez ectópica rota Abortamento completo, pois a cavidade uterina estava vazia Hemoperitônio por cisto de ovário roto Hemoperitônio por rotura de focos de endometriose Ascite por tuberculose pélvica 44 A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu, em 1985, na cidade de Fortaleza, as categorias das práticas de assistência ao parto normal. Dentre essas práticas, as consideradas úteis, que devem ser estimuladas, são: a) os esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o segundo estágio do trabalho de parto. b) o monitoramento cuidadoso do progresso do trabalho do parto, por exemplo, por meio do partograma. c) o estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário. d) a estimulação do mamilo, para aumentar contrações uterinas, no terceiro estágio do trabalho de parto. e) o uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação de nervos. 45 Primigesta, com 37 semanas e 2 dias de gestação, vem encaminhada de Posto de Saúde Municipal, com queixa de diminuição dos movimentos fetais. Avaliando cartão de pré-natal, observa-se que realizou 10 consultas, com evolução normal da gestação, sem doenças associadas ou da gravidez. Exame físico mostra altura uterina de 34 cm. Pressão arterial 110 mmhg x 65 mmhg, dinâmica uterina ausente. Toque: colo grosso, posteriorizado, amolecido e impérvio. Realizou o exame abaixo. 160 120 Estímulo Sonoro Com base nos dados descritos e no exame, assinale a alternativa CORRETA. a) Trata-se de gestação de baixo risco, com cardiotocografia que mostra boa vitalidade fetal; a paciente pode ser contrarreferida ao posto de origem, para seguimento do pré-natal. b) Trata-se de gestação de termo, com alteração de vitalidade; deve-se induzir o parto. c) Trata-se de gestação prematura, com Doppler suspeito; a paciente deve ser internada para observação. d) Trata-se de gestação de termo, com cardiotocografia suspeita; a paciente deve retornar para nova avaliação em 24 horas. e) Trata-se de gestação prematura (menos que 38 semanas completas), com cardiotocografia normal; a paciente deve retornar ao pronto-socorro em 7 dias, para reavaliação. COREME – UNITAU 2016 15 46 Em relação à contratilidade uterina, assinale a alternativa CORRETA. a) Só está presente quando se inicia o trabalho de parto. b) São necessárias 4 contrações em um intervalo de 10 minutos para que se caracterize um trabalho de parto. c) O chamado triplo gradiente descendente é importante para que as contrações sejam efetivas para a dilatação do colo e para a descida da apresentação. d) O período de repouso fisiológico das contrações é o quarto período do parto, quando estas cessam. e) A contração uterina é responsável pelo trombotamponamento que ocorre no 4º período do parto. 47 Assinale a sequência CORRETA dos tempos do mecanismo do parto. a) b) c) d) e) Dilatação, expulsão, dequitação e quarto período. Insinuação, dilatação, descida, desprendimento do polo cefálico e rotação externa. Dilatação, insinuação, descida, desprendimento do polo cefálico e rotação externa. Insinuação, descida, rotação interna, desprendimento do polo cefálico e rotação externa. Dilatação, insinuação, rotação interna, rotação externa e dequitação. 48 Paciente inicia seu pré-natal com 12 semanas de gestação; refere ter dois filhos de, respectivamente, 6 e 4 anos de idade. Refere um abortamento de 11 semanas, com necessidade de curetagem, e outro de 6 semanas, sem necessidade de curetagem. Em relação à nomenclatura obstétrica, assinale a alternativa CORRETA. a) b) c) d) e) Tercípara, secundigesta com dois abortamentos. Tercigesta, secundípara com dois abortamentos. Quartípara, secundigesta com dois abortamentos Quintigesta, secundípara com dois abortamentos. Quartigesta, secundípara com dois abortamentos. COREME – UNITAU 2016 16 Pediatria 49 Nas campanhas nacionais de vacinação antipoliomielite, a vacina utilizada é a oral (VPO), em vez da injetável (VPI). O principal motivo dessa escolha, para controle da poliomielite no Brasil, é a) b) c) d) e) o baixo custo da VPO. a aceitabilidade, pelas crianças, da via oral. a disseminação do vírus vacinal pela via fecal-oral. a possibilidade de congelamento da VPO, sem que se perca sua potência. o fato de não ser necessário pessoal especializado para sua aplicação. 50 Um menino de 6 anos é admitido na enfermaria pediátrica com quadro de febre baixa e inchaço nos joelhos e tornozelos há 4 dias. Há 1 dia apresenta dor abdominal em cólica e sangue nas fezes. Os tornozelos e pés estão moderadamente edemaciados e dolorosos. Apresenta, ainda, lesões purpúricas palpáveis ao redor dos tornozelos e na superfície extensora das pernas. A pressão arterial é normal. O hemograma revela anemia moderada, leucocitose e contagem normal de plaquetas. Também é encontrada hematúria. Em relação ao caso descrito, o principal diagnóstico é a) b) c) d) e) poliarterite nodosa. púrpura de Henoch-Schönlein. meningococcemia. febre reumática. doença de Kawasaki. 51 O sinal clínico de uma fratura de base de crânio é a equimose a) b) c) d) e) mentoniana. periorbitária unilateral. da asa nasal. na região frontal. na região mastoidea. 52 Menino de 4 anos é levado à Unidade Básica de Saúde. Os pais referem que, há alguns dias, ele tem acordado com edema em volta dos olhos. No decorrer do dia, o edema se acumula nas pernas e no períneo. Ao exame físico, encontra-se em anasarca e com pressão arterial dentro da normalidade. O exame de urina revela proteinúria 3+, 5 hemácias/campo, cilindros hialinos e granulosos. Em relação a esse quadro, a hipótese diagnóstica mais provável é a) b) c) d) e) glomerulonefrite aguda. nefropatia por IgA. síndrome hemolítico-urêmica. infecção do trato urinário. síndrome nefrótica. COREME – UNITAU 2016 17 53 J. K. L., sexo feminino, 10 anos e 6 meses, estágio de Tanner M2P2, peso 44 kg, estatura 143 cm, IMC: 22 kg/m2 (percentil entre 85-95). Assinale a alternativa que indica os diagnósticos CORRETOS. a) b) c) d) e) Puberdade precoce e obesidade. Peso adequado e puberdade adequada. Baixo peso e puberdade atrasada. Sobrepeso e puberdade adequada. Peso adequado e puberdade precoce. 54 Lactente de 6 meses, com crescimento e desenvolvimento normais e sem alterações ao exame físico, iniciará alimentação complementar, mas manterá aleitamento materno. Em relação à prevenção de anemia carencial de ferro, a conduta mais adequada é a) b) c) d) e) apenas adicionar carne vermelha à “papinha”. ferro elementar 3 mg/kg/dia. ferro elementar 1mg/kg/dia. solicitar ferro sérico e hemograma para avaliação de necessidade de profilaxia. solicitar ferritina sérica e hemograma para avaliação de necessidade de profilaxia. 55 Uma menina de 2 meses de idade é trazida à consulta, no pronto atendimento, devido a tosse intensa há 8 dias. Na última noite, os pais notaram que a criança "ficou roxinha" e "parou de respirar" por alguns segundos, após um dos acessos de tosse. A criança está com a vacinação em dia. Ao exame físico: eupneica, petéquias em face, paroxismos de tosse seguidos de cianose e ausculta pulmonar sem alterações. O hemograma mostra leucocitose (30.000 células/mm3) com acentuada linfocitose. Nesse caso, qual a conduta médica indicada? a) Considerar que a criança pode ter uma infecção causada por Bordetella, e dispensá-la, assegurando aos pais que haverá uma evolução clínica favorável. b) Internar a criança, iniciando penicilina cristalina. c) Internar a criança, pois ela pode vir a apresentar hipóxia e convulsão e iniciar macrolídeo. d) Dispensar a criança, prescrevendo amoxicilina. e) Colher cultura de secreção nasofaríngea e dispensá-la. 56 Menino com 2 meses de idade é levado a uma Unidade Básica de Saúde. A mãe refere estar muito preocupada, pois há 15 dias a criança vem apresentando pápulas eritematosas pequenas na face, no pescoço e no tronco, algumas confluentes, em alguns momentos mais evidentes (pioram com o calor). Ausência de febre ou de outras queixas. A hipótese de diagnóstico mais provável é a) b) c) d) e) alergia à proteína do leite de vaca. dermatite de contato. escarlatina. miliária rubra. estrófulo. COREME – UNITAU 2016 18 57 Menino com 4 anos de idade tem diagnóstico de anemia falciforme e é levado ao prontosocorro com quadro agudo de febre e queda importante nos níveis de hemoglobina, caracterizado como episódio aplásico. O agente viral mais frequentemente envolvido nesses episódios, potencialmente fatais, é o a) b) c) d) e) vírus de Epstein-Barr. citomegalovírus. vírus herpes simples. hantavírus. parvovírus B19. 58 Uma jovem de 13 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor de garganta, mal-estar geral e febre há 5 dias. Há 3 dias ela foi atendida em outro serviço e iniciou o uso de amoxicilina. Hoje, notou o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Está febril, com faringe e tonsilas palatinas hiperemiadas. Há aumento de gânglios cervicais, principalmente na cadeia cervical anterior, e linfadenopatia epitroclear. O exantema é maculopapuloso, localizado em tronco, face e membros superiores. Fígado e baço são palpáveis a 2 cm do rebordo costal. O restante do exame físico é normal. O diagnóstico mais provável é de a) b) c) d) e) mononucleose infecciosa. escarlatina. toxoplasmose. rubéola. faringite. 59 Recém-nascido a termo, 40 semanas de idade gestacional, mãe primípara, sem intercorrências no pré-natal. Nasceu de parto vaginal, em boas condições de vitalidade, pesando 3300 g, sendo encaminhado ao alojamento conjunto. Com seis horas de vida, apresentou dificuldade para mamar o seio materno. Ao exame físico, apresenta icterícia +/4+ em face e parte superior do tronco, restante do exame normal. Considerando o quadro descrito, o diagnóstico mais provável e a conduta correta são: a) b) c) d) e) icterícia fisiológica; suplementação com fórmula láctea de partida e fototerapia. icterícia fisiológica; tipagem sanguínea e bilirrubina total e frações. icterícia hemolítica; Coombs do recém-nascido. icterícia hemolítica; Coombs da mãe e fototerapia. icterícia hemolítica; tipagem sanguínea, Coombs da mãe e do recém-nascido, bilirrubina total e frações, fototerapia. 60 Lactente de 8 meses, sexo feminino, com quadro de febre há sete dias, apresentando vômitos incoercíveis há 20 horas. A mãe procura serviço médico e, durante interrogatório sobre antecedentes pessoais, relata que a paciente teve infecção do trato urinário (ITU) duas vezes, aos quatro e cinco meses de vida. Exame físico: regular estado geral e palidez moderada. Exame de urina (coletado por cateterismo vesical): leucocitúria: 60.000/ml, bacterioscopia: muitas bactérias. Faz-se o diagnóstico provável de ITU e solicita-se urocultura. A conduta mais adequada é a) solicitar internação hospitalar, hidratação venosa, início imediato de antibioticoterapia venosa. b) solicitar internação hospitalar, hidratação venosa e aguardar resultado de urocultura para iniciar antibioticoterapia. c) prescrever antibioticoterapia oral, anti-emético e liberar, com orientações e encaminhamento, para nefrologia pediátrica. COREME – UNITAU 2016 19 d) solicitar ultrassonografia de vias urinárias, para descartar malformações, antibioticoterapia oral e liberar, com orientações. e) aguardar parecer da nefrologia pediátrica para traçar conduta, já que se trata de uma criança com ITU de repetição 61 Pré-escolar, 4 anos, previamente hígida, apresenta sangramento retal importante, com queda significativa do hematócrito. Endoscopia digestiva alta e colonoscopia normais. O diagnóstico mais provável é a) b) c) d) e) pólipo juvenil. divertículo de Meckel. hiperplasia nodular linfóide. doença de Crohn. úlcera duodenal. 62 Recém-nascido a termo, atendido na sala de parto 30 segundos após o nascimento, não apresenta movimentos respiratórios espontâneos, e a frequência cardíaca é de 84 bpm. Nesse caso, qual a conduta médica indicada? a) b) c) d) e) Infundir adrenalina endovenosa. Administrar oxigênio por cateter. Ventilar com pressão positiva. Iniciar massagem cardíaca. Proceder a intubação orotraqueal. 63 Pré-escolar, sexo masculino, 3 anos, é levado à Unidade Básica de Saúde com temperatura de 38,5 ºC e tosse persistente há 48 horas. Exame físico: FR: 45 ipm, sem tiragem e com estertores crepitantes na base do hemitórax direito; SO2: 96%. Nesse momento, devem ser indicados: a) b) c) d) e) penicilina endovenosa, internação e radiografia de tórax. ceftriaxone endovenoso, internação e radiografia de tórax. amoxicilina via oral, tratamento ambulatorial e radiografia de tórax confirmatória. azitromicina via oral, tratamento ambulatorial, não sendo necessária a radiografia de tórax. amoxicilina via oral e tratamento ambulatorial, não sendo necessária a radiografia de tórax. 64 O teste do pezinho é um exame de triagem neonatal. A dosagem de tripsina imunorreativa no sangue é método utilizado para triagem de a) b) c) d) e) galactosemia. fenilcetonúria. fibrose cística. hiperplasia congênita de suprarrenal. hipotireoidismo. COREME – UNITAU 2016 20 Medicina Preventiva e Social 65 A escolha do Estudo Epidemiológico depende, EXCETO, a) b) c) d) e) da frequência do desfecho a ser investigado. do tipo de exposição. do conhecimento existente sobre a relação exposição-desfecho. do resultado da pesquisa que se pretende realizar. dos recursos disponíveis. 66 Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma afirmação relacionada aos Estudos Descritivos. a) Investigam a frequência e a distribuição de um agravo à saúde da população segundo suas características. b) Investigam a frequência e a distribuição de um agravo à saúde da população segundo as características do lugar. c) Investigam a associação entre fatores de risco ou proteção (variáveis independentes) e o agravo à saúde (variável dependente). d) Investigam a frequência e a distribuição de um agravo à saúde da população segundo as características do período (tempo). e) São exemplos de Estudos Descritivos: Relatos de Casos e Série de Casos. 67 Assinale a afirmativa INCORRETA. a) O objetivo das medidas de ocorrência (ou de frequência) é responder se existe uma associação entre uma exposição e um desfecho. b) Risco Relativo é uma medida de associação e corresponde à razão entre os riscos dos indivíduos expostos e os riscos dos não expostos. c) Quanto mais rara for uma doença, mais o odds ratio (OR) se aproxima do Risco Relativo (RR). d) Razão de Prevalência é a relação entre a prevalência nos expostos dividida pela prevalência nos não expostos, e é a medida de associação característica do Estudo Transversal. e) Em um estudo, 20% (0,20) dos doentes do grupo controle morreram, comparados a 15% (0,15) dos que receberam o tratamento em avaliação (intervenção); assim, o valor do Risco Relativo (RR) é 0,75. 68 Com relação aos Testes Diagnósticos, assinale a alternativa INCORRETA. a) Utilizam-se as Curvas ROC (Receiver Operator Characteristic Curve) para representar a relação entre sensibilidade e especificidade. b) Para se construir uma Curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve), traça-se um mapa que represente a sensibilidade e a especificidade para um conjunto de valores. c) Quando se tem uma variável contínua após a aplicação de um teste diagnóstico quantitativo (ex.: glicemia de jejum) e se pretende transformá-la numa variável dicotômica, do tipo doente/não doente, temos de utilizar um determinado valor, na escala contínua, considerado discriminatório entre essas duas classes: o cut off (ponto de corte). d) Testes mais sensíveis estão indicados para rastreamento de doenças e estão sujeitos a encontrar falsos-positivos. e) O ponto, numa curva ROC, em que há maior otimização das propriedades do teste é aquele que se encontra mais longe do canto superior esquerdo do diagrama. COREME – UNITAU 2016 21 69 Assinale Básica. verdadeiro ou falso para as afirmações relativas à Política Nacional de Atenção ( ) A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. ( ) A Atenção Básica é desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, assumindo a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. ( ) A Atenção Básica utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território, e orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. Assinale a sequência CORRETA. a) b) c) d) e) V, F, V. F, V, V. V, F, F. V, V, V. F, F, F. 70 A Estratégia de Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Em relação à ESF, é INCORRETO afirmar: a) A ESF deve: ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que atuam as Equipes Saúde da Família; atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura pró-ativa frente aos problemas de saúde/doença da população; desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados com base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade; buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias; e, ser um espaço de construção de cidadania. b) Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços, visando à organização do sistema local de saúde. c) Compete às Secretarias Estaduais de Saúde: pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, estratégias, diretrizes e normas de implementação e gestão da Saúde da Família no Estado, mantidos os princípios gerais regulamentados; estabelecer no Plano de Saúde Estadual metas e prioridades para a Saúde da Família; acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvimento da estratégia Saúde da Família nos municípios, identificando situações em desacordo com a regulamentação, garantindo suporte às adequações necessárias e divulgando os resultados alcançados, e outros. d) O Piso da Atenção Básica (PAB) consiste em um montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde e compõe o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica. e) O PAB é composto de uma parte fixa (PAB fixo), destinada a todos os municípios, e de uma parte variável (PAB variável), que consiste em montante de recursos financeiros destinados a COREME – UNITAU 2016 22 estimular a implantação das seguintes estratégias nacionais de reorganização do modelo de atenção à saúde: Saúde da Família (SF); Agentes Comunitários de Saúde (ACS); Saúde Bucal (SB); Compensação de Especificidades Regionais; Saúde Indígena (SI); e, Saúde no Sistema Penitenciário. 71 Norma que procura restaurar o compromisso da implantação do SUS e estabelecer o princípio da municipalização, tal como havia sido desenhada. Institui níveis progressivos de gestão local do SUS e estabelece um conjunto de estratégias que consagra a descentralização políticoadministrativa na saúde. Também define diferentes níveis de responsabilidade e competência para a gestão do novo sistema de saúde (incipiente, parcial e semiplena, a depender das competências de cada gestor), e consagra ou ratifica os organismos colegiados com grau elevado de autonomia: as Comissões Intergestoras (Tripartite e Bipartite). Qual alternativa corresponde a essa Norma Operacional Básica (NOB)? a) b) c) d) e) NOB 01/91 NOB 01/92 NOB 01/93 NOB 01/96 NOAS 01/2002 72 “[...] em sua dimensão de política governamental, deve ser lembrada de fato como direito de todo cidadão ao acesso às esferas de atenção em saúde, desde as ações assistenciais em todos os níveis de complexidade (continuidade da assistência) até as ações preventivas e de promoção da saúde. Para isso requer uma rede de serviços (integração das ações) para viabilizar a, então, atenção integral. Ainda, considera-se também que a atenção integral ao ser humano supera a fragmentação das ações sobre os sujeitos que devem ser observados, respeitando suas dimensões biológicas, subjetivas e sociais” (HUMANIZASUS, 4 ed. Brasília, 2008). O trecho acima, retirado do documento base para gestores e trabalhadores do SUS, relacionase a qual dos princípios do SUS? a) b) c) d) e) Universalidade Integralidade Equidade Participação da comunidade Descentralização 73 Diante de um indivíduo com tosse persistente e produtiva há mais de 04 semanas, deve-se solicitar exames para rastrear, do ponto de vista epidemiológico, a) b) c) d) e) pneumonia. blastomicose americana. tuberculose. silicose. toxoplasmose. COREME – UNITAU 2016 23 74 As Doenças Crônicas Não Transmissíveis e a Saúde do Idoso passaram saúde coletiva no Brasil, a) b) c) d) e) a ser prioridade em devido ao desenvolvimento tecnológico e de organização dos serviços. por se caracterizarem como elevadas Magnitude, Transcendência e Vulnerabilidade do agravo. por contrariarem a atual tendência dos perfis epidemiológicos do país. por implicarem baixo custo de assistência à saúde. por não caracterizarem o perfil demográfico brasileiro atual. 75 A Estratégia de Saúde da Família NÃO é a) articulada a um sistema de referência de média e alta complexidade. b) um modelo técnico assistencial que deve ser integrado aos níveis de maior complexidade do Sistema Local de Saúde. c) uma estratégia multiprofissional de assistência à saúde. d) uma proposta racionalizadora com o objetivo único de redução de custos, visando à eficiência do sistema. e) um programa baseado em adscrição de clientela. 76 Qual das afirmações abaixo NÃO corresponde ao preenchimento de uma Declaração de Óbito? a) O preenchimento deve ser feito à maquina ou com letra de forma, utilizando-se caneta esferográfica. b) Devem ser evitadas, sempre que possível, emendas ou rasuras. c) Evitar deixar campos em branco. d) A Declaração de Óbito é impressa em papel especial, carbonado em duas vias. e) A causa básica do óbito não deve ser registrada como parada cardiorrespiratória. 77 A tuberculose é caracterizada como um problema de Saúde Pública, devido a) b) c) d) a não existir, ainda, medicação padronizada para seu tratamento. a baixa incidência, porém com elevada vulnerabilidade. a dificuldades diagnósticas, em decorrência da sofisticação tecnológica dos exames de imagem. ao fato de atender a todos os critérios de priorização de um agravo com elevada magnitude, transcendência e vulnerabilidade. e) a impossibilidade ética de busca ativa de sintomáticos respiratórios e de comunicantes. 78 Quanto à hanseníase, é possível afirmar: a) b) c) d) e) O diagnóstico é predominantemente clínico, dispensando exames complementares. Apresenta baixa virulência, porém com elevada mortalidade. A perda de sensibilidade é progressiva: inicialmente à dor e, posteriormente, térmica e tátil. A transmissão se dá por contato e por via parenteral. O tratamento é feito por três meses, para formas paucibacilares. COREME – UNITAU 2016 24 79 O Programa Nacional de Hepatites Virais tem por objetivo a) selecionar portadores para profilaxia primária. b) limitar acesso ao tratamento das formas crônicas. c) centralizar as ações de vigilância epidemiológica, prevenção, assistência e controle das hepatites virais em âmbito nacional. d) garantir, na atenção básica, a detecção precoce, por meio de testes rápidos. e) estimular o uso preventivo de inibidores de protease. 80 Quanto à assistência às pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), deve-se a) considerar o nível de células CD4, para início da terapêutica antirretroviral. b) considerar indevida a notificação compulsória, pelo caráter de sigilo e de confidencialidade. c) oferecer imediatamente o tratamento antirretroviral, assim que identificado o estado de portador da infecção, independentemente do nível de células CD4. d) concentrar as ações de prevenção e diagnóstico precoce nos ambulatórios especializados, devido à experiência de seus profissionais. e) aguardar o aparecimento de sinais e sintomas, para início de tratamento. COREME – UNITAU 2016 25 COREME – UNITAU 2016 26 Concurso de Residência Médica - 2015 GABARITO-RASCUNHO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 COREME – UNITAU 2016 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 27