Biomedicina Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Correa Sistema Endócrino 2 O sistema endócrino é constituído por um grupo de órgãos (algumas vezes referidos como glândulas de secreção interna) cuja função principal é produzir e secretar hormônios diretamente no interior da corrente sanguínea. Os hormônios atuam como mensageiros para coordenar atividades de várias partes do corpo, função do tecido alvo. GLANDULAS (ORGÃOS) SUBSTÂNCIAS (HORMÔNIOS) TECIDO ALVO Eixo hipotálamo-hipófise O hipotálamo está intimamente relacionado com a hipófise no comando das atividades. Localiza-se abaixo do tálamo, na região do diencéfalo. Possui vias de ligação com todos os níveis do sistema límbico. Liga- se ao Sistema Nervoso e ao Sistema Endócrino, controlando a maioria das funções vegetativas, endócrinas, comportamentais e emocionais do corpo. A hipófise é dividida em dois lados: o anterior (adenohipófise) e o posterior (neurohipófise). Os hormônios tróficos são hormônios que controlam outras glândulas e são classificados em: •Tireotrópicos: atuam sobre a tireóide. •Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula adrenal •Gonadotróficos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas. •Somatotróficos: atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também eleva o consumo de gorduras e inibe a síntese de insulina do pâncreas, aumentando a concentração de glicose no sangue. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E DO HIPOTÁLAMO Quanto a sua origem os hormônios da hipófise e hipotálamo podem ser classificados em : - Hormônios da hipófise posterior - Hormônios da hipófise anterior - Hormônios hipotalâmicos 6 HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E DO HIPOTÁLAMO Os hormônios da hipófise posterior são também conhecidos como hormônios neuro-hipofisários. Exemplo: oxitocina e vasopressina (ADH) Oxitocina: principal h. estimulante da lactação e contração uterina Vasopressina : h. antidiurético. Tratamento da diabetes insípido (síndrome clínica caracterizada pela incapacidade de concentração do filtrado urinário, com consequente desenvolvimento de urina hipotônica e aumento de volume urinário) 7 HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E DO HIPOTÁLAMO Os hormônios da hipófise anterior estimulam vários órgãos. - Hôrmonio adenocorticotrófico (ACTH), corticotrofina- regula a secreção de mais de 30 adrenocorticocosteróides - Hormônio melanócito - estimulante (MSH), melanotrofina- responsável pelas alterações pigmentárias - Hormônio lactogênio (PRL), prolactina – promove a secreção de leite - Hormônio do crescimento (GH), somatotrofina – estimula crescimento e regula muitos tecidos. - Hormônio estimulante da tireóide (TSH), tirotrofina –regula a secreção de hormônios da tireóide 8 HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E DO HIPOTÁLAMO - Hormônio lipotrófico (LPH), lipotrofina – possui potencial para produzir vários efeitos metabólicos, como o de afetar a mobilização de gorduras. - Hormônio luteinizante (LH), lutrofina – estimula a ovulação promove a secreção de progesterona e testosterona - Hormônio folículo estimulante (FSH), folitrofina – promove e maturação do folículo de Graaf e regula a secreção de estrogênio na mulher Folitrofina e lutrofina: gonadotrofinas 9 HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E DO HIPOTÁLAMO Os hormônios hipotalâmicos controlam a liberação ou inibição dos hormônios da hipófise. - Hormônio liberador de gonadotrofina - Hormônio liberador de lutrofina - Melanoloberina - Melanostatina - Somatostatina ou hormônio inibidor da liberação da somatotrofina - Tiroliberina ou hormônio liberador da tirotrofina - Fator liberador de prolactina - Fator inibidor da liberação da prolactina - Fator liberador de somatotrofina - Fator liberador de folitrofina - Fator liberador de corticotrofina 10 HIPOTÁLAMO HÍPÓFISE GnRH( h. liberador de gonadotrofina) Hormônio folículo-estimulante (FSH): estimula a formação do folículo de Graaf do ovário, dos túbulos seminíferos do testículo e também estimula a espermatogênes TRH( h. liberador de tireotrofina) Hormônio tirotrofina (TSH): estimula as tireóides e a formação de tiroxina. CRH( h. liberador de corticotrofina) Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH): estimula a secreção dos hormônios córtico suprarenais. GHRH( h. liberador de GH) Hormônio somatotrofina (GH ou STH), também denominado hormônio do crescimento: atua sobre as cartilagens de crescimento dos ossos; controla parte do metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos PRH( h. liberador de prolactina) Hormônio prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a secreção de leite Hormônio somatotrofina (GH ou STH), também denominado hormônio do crescimento: atua sobre as cartilagens de crescimento dos ossos; controla parte do metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos. Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH): estimula a secreção dos hormônios córtico supra-renais. Hormônio folículo-estimulante (FSH): estimula a formação do folículo de Graaf do ovário, dos túbulos seminíferos do testículo e também estimula a espermatogênese. Hormônio luteinizante (LH): regula a produção e liberação de estrogênio, progesterona e de testosterona. Hormônio prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a secreção de leite. Hormônio tirotrofina (TSH): estimula as tireóides e a formação de tiroxina. Hormônio ocitocina: atua no útero favorecendo as contrações no momento do parto, e em nível mamário facilita a secreção do leite. Hormônio vasopressina (ADH): regula a contração dos vasos sanguíneos, regulando a pressão e ação antidiurética sobre os túbulos renais. Fisiopatologia das doenças: DISTÚRBIO NA HIPÓFISE A hipófise controla muitas funções endócrinas, assim as patologias afetam diversas funções orgânicas. • Hipofunção da hipófise: Motivo: lesão de massa-tumor, doença inflamatória (sarcoidose,) doença infecciosa (tuberculose, sífiles), agressões físicas (traumas, cirurgia). Tratamento: hormônio da tireoide, esteroides sexuais, glicocorticoides, vasopressina e em alguns casos é preciso administrar também o hormônio do crescimento. • Hiperprolactinemia: Motivo: compressão do tronco da hipófise (lesão de massa), estímulo físico (amamentação), efeito hormonal (gravidez, terapia por estrogênios), drogas (agentes antipsicóticos- antagonistas dopamina). A dopamina inibe secreção de prolactina, assim agentes antipsicóticos que inibem dopamina levam ao aumento de prolactina. Prolactina em excesso é uma causa comum de infertilidade e galactorréia Tratamento: agonistas dopaminérgicos (Exemplos: Cabergolina (Dostinex), Pergolida, Quinogolida. Bromocriptina, • Anormalidade do eixo hormônio do crescimento - fator de crescimento: - Excesso de hormônio crescimento (Acromegalia) Hormônio do crescimento promove a síntese proteica e o crescimento tecidual. Motivo: distúrbio raro que ocorre principalmente devido a um adenoma na hipófise. Sinais e sintomas: em adultos ocorre o alargamento das extremidades (mão, pé, queixo); e em crianças o gigantismo. Tratamento: agonista de dopamina (inibe a secreção do hormônio do crescimento) • Anormalidade do eixo hormônio do crescimento - fator de crescimento: - Deficiência H. Crescimento Motivo: distúrbio comum que ocorre por motivos de genética (baixa estatura familiar), condições endócrinas (deficiência do hormônio do crescimento, resistência ao hormônio, síndromes genéticas)., doença crônica, nanismo psicossocial, retardo intra-uterino do crescimento. Tratamento : hormônio do crescimento recombinante humano - acelera o crescimento esquelético linear, potencializa a mobilização de glicose e ácido graxo, anabolismo em órgãos e tecidos moles. DISTÚRBIO NA TIREOIDE Situada na porção anterior do pescoço. A tireoide é regulada pelo hormônio tireotrófico (TSH) da adeno-hipófise. A tireóide produz T3 (triiodotironina) e o precursor (T4 - tiroxina, tetraiodotirosina) - adição de iodo na tirosina presente na tireoide. Esses hormônios controlam a velocidade de metabolismo do corpo. Distúrbio na tireoide • Hipertireoidismo Com o funcionamento exagerado da tireoide, todo o metabolismo fica acelerado. Levando ao batimento cardíaco acelerado, elevação da temperatura do corporal, emagrecimento devido ao maior gasto calórico. Esse quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas e vasculares. Causas: ingestão de hormônio, adenoma hiperfuncionante, tireoidite, adenoma secretor de TSH, doença auto-imune (Graves- anticorpos ativam receptores TSH) Hipertireoidismo Tratamento: Metimazol e propiltiuracila - diminuem a produção do hormônio da tireoide nos folículos tireoidianos. Propiltiuracila também inibe formação de T3 a partir de T4. Antagonistas B-adrenoceptores : antagonizam os efeitos dos hormônios nos órgãos alvo. Exemplo: Propanolol, esmolol. • Hipotireoidismo O metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, batimento cardíaco lento, o sangue circula mais lentamente, menor gasto de energia, propensão à obesidade,. Causas: destruição autoimune, inflamação, dano físico, deficiência de iodo, doenças da hipófise. Tratamento: levotiroxina sintética (1-T4); liotironina (hormonio sintético da tireóide) DISTÚRBIO DO METABOLISMO DOS CARBOIRATOS A regulação do pâncreas endócrino não se dá pelo eixo hipotalâmico -hipofisária, ao contrário, o metabolismo dos lipídeos e carboidratos é regulado por: • Sinais do intestino (liberados pela distensão gástrica e pelo conteúdo alimentar) • Sinais da corrente circulatória (níveis circulantes de glicose) • Sinais intracelulares (acúmulos energéticos intracelulares) A insulina estimula as células do fígado e dos músculos a armazenar glicose em forma de glicogênio; estimula as células adiposas a formar gorduras a partir de ácidos graxos e glicerol; estimula as células do fígado e dos músculos a fazer proteínas a partir de aminoácidos; Quando está em jejum, o pâncreas libera glucagon para que seu corpo possa produzir glicose. Este mobiliza glicose das reservas de dentro do corpo e aumenta as concentrações de glicose na corrente sanguínea. Diabetes melito tipo 1: agressão auto imune às células pancreáticas (diabete melito juvenil). Ocasionado pela destruição da célula B do pâncreas, em geral por decorrência de doença autoimune, levando a deficiência absoluta de insulina. Diabetes melito tipo 2: a insulina é secretada porém é ineficiente pra normalizar a glicose plasmática. (resistência a insulina) Diabetes na gravidez : os hormônios liberados durante a gravidez pela placenta podem reduzir a sensibilidade das suas células e torná-las mais resistentes à insulina. Assim, o corpo exige mais insulina para controlar os seus níveis de açúcar no sangue. Tratamento • Insulina de curta ação (regula), ação intermediária e prolongada. Insulina humana NPH e insulina humana regular – insulina regular ou cristalina, de ação rápida, está indicada em cetoacidose, gravidez e trabalho de parto, situações de emergência, em combinação com insulinas de ação média ou prolongada, em bombas de infusão subcutânea e em tratamento tipo bolo antes das refeições. A insulina isófana (NPH), de ação média, é usada em tratamento de manutenção para controle glicêmico basal. As insulinas de ação intermediária e prolongadas possuem uma manifestação mais gradual devido a adição de um tampão, que altera a solubilidade (lenta) ou adição de protamina às suspensões de insulina em Zn+2. As insulinas de ação prolongada possuem o tampão e a suspensão em Zn+2 para retardar ainda mais a absorção. • Antidiabéticos orais: Metformina (biguanida) constitui a primeira escolha no tratamento de diabetes tipo 2 (resistência a insulina). Esta aumenta os transportadores de glicose, aumenta a sensibilidade dos tecidos a insulina, inibe gliconeogênese. Vantagens: não causa ganho de peso, não causa hipoglicemia, Glibenclamida e glicazina (sulfonilureias): Estimulam liberação de insulina pelo pâncreas. Bloqueia canais dependentes de K+ Efeito colateral: hipoglicemia Repaglinida: Estimulam liberação de insulina pelo pâncreas. Bloqueia canais dependentes de K+ Efeito colateral: hipoglicemia HORMÔNIOS CORTICOÍDES São substâncias sintetizadas a partir do colesterol pelo córtex da adrenal, também denominado supra-renal cuja atividade é controlada pela ação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) liberado pela hipófise. Na córtex da adrenal podem ser distinguidas três zonas: a) Camada glomerular externa que secreta mineralocorticóides que regulam o balanço eletrolítico e aquoso (principal exemplo é a aldosterona) b) Camada fascicular média que sintetiza glicocorticoides. Esses influenciam diversas funções do organismo. Tem atividade antiinflamatório, influenciam o metabolismo dos carboidratos. Ex cortisol c) Camada reticular interna secreta hormônios sexuais 30 31 32 A) Mineralocorticóides: Os principais exemplos são aldosterona, desoxicortona e acetato de fludrocortisona. 33 34 B) Glicocorticoides (anti-inflamatórios esteroidais: O emprego principal é no alivio da dor e no combate a inflamações O cortisol é o glicocorticoide humano mais importante. Ele é essencial para a vida e regula ou sustenta uma grande variedade de funções cardiovasculares, metabólicas, imunológicas e homeostáticas. Os receptores de glicocorticoides são encontrados nas células de quase todos tecidos. • Doenças autoimunes • Transplante de órgãos/tecidos • Inflamação crônica • Reações de hipersensibilidade Hidrocortisona Dexametasona 35 36 HORMÔNIOS SEXUAIS As adrenais e os testículos produzem uma variedade de compostos capazes de estimular os receptores androgênicos. A diidrotestosterona e a testosterona são os principais exemplos de hormônios que atuam nos receptores androgênicos. Podem ser classificados como: A) Androgênicos – Apresentam efeito androgênico pronunciado e efeito anabólico fraco. Exemplos: fluoximesterona, mesterolona, testosterona, metiltestosterona. B) Esteróides anabólicos – são androgênicos fracos. Exemplos: etilestrenol, metandienona, nandrolona, oximetolona, oxandrolona. C) Antiandrogênios – Finasterida, dutastarida metenolona, 38 39 HORMÔNIOS SEXUAIS Estrogênios e Progestagênios são hormônios sexuais femininos. Os principais estrogênios são 17β- Estradiol: principal estrógeno ovariano Estriol: principal estrógeno placentário Estrona: estrógeno ovariano e pós-menopausa Os progestagênios naturais são secretados principalmente pelo corpo lúteo e pela placenta. O mais abundante é a Progesterona. 40 41 42 43 INÍCIO DA MENSTRUAÇÃO: Enquanto o endométrio descama, o FSH é secretado em maior quantidade pela hipófise , fazendo com que se desenvolvam os folículos ovarianos Perto do 7º dia do ciclo, o FSH começa a diminuir e, com a falta desse hormônio, alguns folículos param de crescer e morrem. Durante seu crescimento, o folículo ovariano produz quantidades de estradiol, cada vez maiores. Esse hormônio produz aumento da espessura do endométrio, preparando-o para receber o embrião. Quando a quantidade de estradiol atinge seu máximo, é estimulada a liberação de grande quantidade de hormônio luteinizante (LH) pela hipófise. Algumas horas após, ocorre a ovulação. Após a ovulação, o folículo se transforma numa estrutura chamada corpo lúteo, e passa a fabricar, além do estradiol, o hormônio progesterona, que prepara do endométrio para a implantação do embrião. Se a concentração deste hormônio no sangue for baixa, o endométrio pode ser não receptivo ao embrião e não ocorre gravidez. Se não ocorre implantação, a progesterona e o estradiol param de ser fabricados pelo corpo lúteo, seu nível diminui no sangue e se inicia outra menstruação. 47 A terapia com estrogênios é utilizada para: • Repor a produção hormonal normal nos quadros de deficiência • Suprir a produção endógena de hormônios (contraceptivos) • Tratar outras condições responsivas aos hormônios Agonistas: Tratamento menopausa Contracepção Antagonistas: Tratamento da infertilidade: aumento de FSH leva à ovulação Tratamento de câncer de mama Indução da Ovulação: (aumento de FSH) É bloqueador de receptor estrogênico central, aumentando a produção e a secreção de hormônio folículo-estimulante (FSH). Ex: Citrato Clomifeno. Pode causar ovulações múltiplas Menopausa: (Terapia de Reposição) Ex :Raloxifeno: agonista ósseo Possui efeitos de anti-reabsorção em mulheres no período pósmenopausa (importante na terapia da osteoporose) Quimioterapia para o Câncer: Ex: Tamoxifeno – antagonista do estrogênio no tecido mamário. Efetivo em 30-40% dos casos de câncer de mama Inibição da ovulação Pílula Combinada: Estrogênio (etinil estradiol, mestranol) + Progesterona (norgestrel, levonorgestrel) sintéticos 20-21 dias com intervalo de 7-8 dias Sangramento por suspensão Os progestogênios suprem o ciclo menstrual por efeitos hipotalâmicos e hipofisários. Os progestogênios tornam o muco cervical inóspito para os espermatozóides Os estrogênios regulam positivamente os receptores da progesterona e potencializam a sensibilidade aos progestogênios Os estrogênios contribuem para a retroalimentação negativa no hipotálamo e na hipófise Efeitos Adversos (Dependentes da dose) Cardiovasculares Efeitos endócrinos e metabólicos, câncer de mama Riscos Mínimos nas atuais formulações (baixas doses) Cardiovascular: pacientes com hipertensão e diabetes Risco de tromboembolia Câncer: não Náuseas, edema, cefaléia Levonorgestrel é progestogênio usado em contracepção de emergência, ou seja, de 72 a 120 horas pós-coito não protegido ou com baixa proteção, para a prevenção de gravidez não desejada. O método tem eficácia inconteste e segurança aceitável. Entre as principais indicações está a relação sexual sem uso de método anticoncepcional, falha conhecida ou presumida do método em uso de rotina, uso inadequado de anticoncepção e abuso sexual59. Quando apropriadamente iniciada, até 72 horas depois de coito não protegido, a contracepção de emergência prevenirá 80% das gravidezes em jovens e adultas que estão no período fértil e, assim, sob risco.