COMPARAÇÃO DA TAXA DE DEPOSIÇÃO E EFICIÊNCIA DE DEPOSIÇÃO ENTRE OS CONSUMÍVEIS E71T-1C (tubular) x ER70S-6 (sólido) Mauro Apolinário da Luz Jaime Casanova Soeiro Junior Prof. Dr. Sérgio Duarte Brandi ARAME TUBULAR e MIG MAG Arame Tubular Arame Sólido Grande competitividade para se obter: - Alta velocidade de soldagem - Alta taxa de deposição - Alta eficiência de deposição - Boa penetração - Boa qualidade (bom acabamento, poucos respingos) ARAME TUBULAR e MIG MAG Características: • • • • • Tipos de transferência diferentes Maior extensão do eletrodo para o tubular Maior densidade de corrente no tubular Maior taxa de deposição no tubular Maior eficiência de deposição no sólido MIG MAG e ARAME TUBULAR • Foram os que mais cresceram mundialmente; • Processos muito semelhantes; • Utilizados em aplicações semelhantes. OBJETIVO Este trabalho compara a taxa de deposição e a eficiência de deposição entre o arame sólido ER70S-6 e o arame tubular E71T-1C com diferentes parâmetros para conhecer quais são as melhores condições para cada consumível. MATERIAIS E MÉTODOS AWS A5.20 E71T-1C AWS A5.18 ER70S-6 • Chapa ASTM A36 • Todos os cordões iniciados com a chapa na mesma temperatura • Chapa resfriada, secada, escovada, identificada, pesada (antes e depois da soldagem) . • Carretéis de arame pesados antes e depois da soldagem. Matriz de experimento: Parâmetros fixados: Vazão do gás: 15 l/min Veloc. avanço: 5 mm/seg Recomendações: Tubular: Corrente: 120 a 300 A Gás: CO2 puro DBCP: 19 a 38 mm Sólido: Corrente: 120 a 380 A Gás: CO2 e Misturas DBCP: 12 a 20 mm Equipamento Aplicação Fonte, alimentador e tocha convencionais (tensão constante CC 600 A) Usada na soldagem com os dois processos Sistema de Mecanização Linear Utilizado na posição Plana, a 5 mm/seg de velocidade de avanço . Balança de precisão (0,01 g) Pesagem das chapas, dos arames e da escória, antes e depois da soldagem Sistema de Aquisição de Dados de Soldagem Aquisição dos sinais instantâneos de corrente, Tensão de arco e velocidade do arame Transferências Metálicas Transferência por curto circuito: Transferência guiada por escória: Arame Sólido Quando o arame toca na poça de fusão ocorre a extinção do arco elétrico, transferindo a gota de metal fundido. Arame Tubular Durante a formação da gota, há primeiro a fusão da capa metálica e depois do fluxo interno. OSCILOGRAMA – Arame Sólido Oscilogramas de (a) tensão, (b) corrente e (c) Velocidade de arame. Soldagem com o arame ER70S-6, DBCP de 12 mm, 200 A, 30 V e CO2. Número de curtos circuitos: 09 cc em 200 ms (09 gotas em 200 ms). OSCILOGRAMA – Arame Tubular Oscilogramas de (a) tensão, (b) corrente e (c) Velocidade de arame. Soldagem com o arame E71T-1C, DBCP de 12 mm, 257 A, 27 V e CO2. Número de curtos circuitos: 3 cc em 200 ms. MACROGRAFIAS ARAME SÓLIDO ARAME TUBULAR CÁLCULOS Taxa de Deposição Td = Pf= Taxa de deposição (Kg/h) Peso da chapa final (Kg) Pi = Peso da chapa inicial (Kg) Ta = Tempo de arco aberto (h) Volume do Arame Va = Volume do arame (mm³) Da = Diâmetro do arame (mm) Valim = Velocidade alim. arame (m/min) Volume da Gota Massa da Gota V1gota = Volume da gota (mm³) Mgota Va = Volume do arame (mm³) Fdest = Frequência dest. gota ρgota Supondo que a gota seja esférica: Rgota = Raio da gota (mm) = Massa da gota (g) = Densidade do aço da gota (g/cm³) RESULTADOS E DISCUSSÕES Diâmetro da gota a) Principais efeitos para o ø da gota 1- As maiores gotas foram produzidas pelo CO2 puro e pelo arame tubular. 2- O aumento da corrente e da DBCP reduzem o diâmetro da gota. Diâmetro da gota Interações para o ø da gota 3- Os gases de proteção não interagiram com as outras variáveis. Diâmetro da gota Interações para o ø da gota 4- Interação corrente/consumível: Em 200 A o ø da gota é igual e em 250 A o tubular tem maior gota; Diâmetro da gota Interações para o ø da gota 5- Interação corrente/DBCP: Em DBCP de 12 mm a corrente de 250 A provoca gotas maiores. Em DBCP de 20 mm a corrente de 200 A passa a ter maior gota. Diâmetro da gota Interações para o ø da gota 6- Interação consumível/DBCP: Em DBCP de 12 mm o tubular tem maior gota Em DBCP de 20 mm o ø da gota é igual para ambos Frequência de Destacamento da Gota Principais efeitos para Freq. Destacamento 1- Variáveis que provocam o aumento da Frequência de Destacamento das Gotas: Mistura rica em Ar, Arame Sólido, Corrente de 250 A e DBCP de 20 mm. Frequência de Destacamento da Gota Interações para a Freq. Destacamento 2- Os gases de proteção não interagiram com as outras variáveis. Também não houve interação corrente/consumível. Frequência de Destacamento da Gota Interações para a Freq. Destacamento 4- Interação Consumível/DBCP: Em DBCP de 20 mm ambos apresentam Freq. Dest. Gota iguais. Em DBCP de 12 mm o arame sólido apresentou maior Freq. Taxa de Deposição Principais efeitos para Taxa de Deposição 1- Maiores corrente e DBCP aumentam da Taxa de Deposição. A corrente é a variável de maior potencial para aumentar esta taxa. Taxa de Deposição Interações para a Taxa de Deposição 2- Não há interação do gás utilizado com outros parâmetros, mas se observa que com CO2 a taxa de deposição é sempre maior do que com mistura. Taxa de Deposição Interações para a Taxa de Deposição 3- A DBCP de 20 mm aumenta a Taxa de Deposição em qualquer situação, porém com menor potencial comparada à corrente. Taxa de Deposição Interações para a Taxa de Deposição 4- Com a mudança da corrente de 200 A para 250 A, o arame sólido teve menor crescimento na Taxa de deposição, comparado ao arame tubular. Eficiência de Deposição Principais efeitos para Eficiência de Deposição 1- Variável que provoca o aumento mais significativo na Eficiência de Deposição: Consumível. Eficiência de Deposição Interações para a Eficiência de Deposição 3- A eficiência do arame sólido permaneceu superior à do tubular, mais significativamente nas combinações de consumível/gás, consumível/corrente e consumível/DBCP. CONCLUSÕES Com base nos materiais e métodos utilizados foi possível concluir que: 1 - A corrente elétrica é a principal variável para o aumento da Taxa de Deposição e é diretamente proporcional ao aumento da mesma. Com a mudança de 200 A para 250 A: Arame sólido aumenta em 15 % Arame tubular aumenta em 44 % CONCLUSÕES 2 - A DBCP é outra variável que influencia na Taxa de Deposição e é diretamente proporcional ao seu aumento. Com a mudança da DBCP de 12 para 20 mm: Arame sólido apresenta aumento de 11% Arame tubular apresenta aumento de 8% CONCLUSÕES 3- Média da Taxa de Deposição (Kg / h) 5,463 Kg/h 5,5 5,4 5,3 5,020 Kg/h 5,2 5,1 5 4,9 4,8 4,7 E71T-1 E71T-1C TUBULAR ER70S-6 ER70S-6 SÓLIDO Na melhor condição de cada arame: (DBCP de 20 mm, CO2, 250 A) Taxa de Deposição Kg/h E71T-1C Tubular 8 7 6 5 4 ER70S-6 Sólido 3 2 1 150 200 250 300 A 4- Média da Eficiência de Deposição (%) 94 % 94% 92% 90% 86 % 88% 86% 84% 82% E71T-1 TUBULAR E71T-1C ER70S-6 SÓLIDO SÓLIDO ER70S-6 ER70S-6 Na melhor condição de cada arame: (DBCP de 20 mm, CO2, 250 A) CONCLUSÕES 5- No arame sólido ER70S-6 e no arame tubular E71T-1C, as variáveis gás de proteção, DBCP e Intensidade de Corrente, não interferem na Eficiência de Deposição. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr Sérgio Duarte Brandi pelo apoio e orientação no trabalho; Ao Prof. Dr Freddy Poetscher pela ajuda na análise dos resultados; À Metalúrgica Atlas pela ajuda na execução do experimento; À Belgo Bekaert Arames pelo fornecimento dos consumíveis. Outras conclusões: Com a mudança do gás de proteção, de mistura Ar+25%CO2 para CO2, a penetração do cordão aumenta em média 7% no arame sólido e em média 15% no arame tubular. Em média o arame sólido ER70S-6 tem penetração 91% maior do que o arame tubular E71T-1C. A penetração do cordão, para os dois arames, é diretamente proporcional ao aumento da corrente e inversamente proporcional ao aumento da DBCP. Com a mudança do gás de proteção, de mistura Ar+25%CO2 para CO2, a taxa de deposição aumenta em média 9% no arame sólido e 4% no tubular. Taxa de Deposição na melhor condição de cada arame Eficiência de Deposição na melhor condição de cada arame Bico de contato Bocal DBCP Arame Arco Peça