necessidade na graduação? primeiros socorros, uma

Propaganda
NECESSIDADE NA GRADUAÇÃO?
FAG - FACULDADE ASSIS GURGACZ
MIDBAR TEIXEIRA GONÇALVES
PRIMEIROS SOCORROS, UMA
2
CASCAVEL
2009
3
FAG - FACULDADE ASSIS GURGACZ
MIDBAR TEIXEIRA GONÇALVES
PRIMEIROS SOCORROS, UMA NECESSIDADE
NA GRADUAÇÃO?
Artigo apresentado na disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso, do curso de licenciatura em
Ciências Biológicas 5° Período da FAG, como
requisito para composição da média final.
Professora Orientadora: Greicy Kiel.
CASCAVEL
2009
4
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................. 05
1.1 HISTÓRICO DE PRIMEIROS SOCORROS ................................................ 08
1.2 PRIMEIROS SOCORROS NO BRASIL E PARANÁ ................................... 10
1.3 DEFINIÇÔES............................................................................................ 11
1.4 PRIMEIROS SOCORROS E A SOCIEDADE .............................................. 11
1.5 PRIMEIROS SOCORROS E A ESCOLA .................................................... 12
1.6 PRIMEIROS SOCORROS E OS DOCENTES ............................................. 14
1.7 PRIMEIROS SOCORROS E AS GRADES CURRICULARES DOS CURSOS
DE LICENCIATURA ................................................................................. 14
2 - MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 15
3 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 17
3.1 – CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES. ....................................... 17
3.2 – IMPORTÂNCIA DO PS NA FORMAÇÃO DO DOCENTE ....................... 17
3.3 – EXPERIÊNCIA COM SITUAÇÕES DE PS .............................................. 19
3.4 – PS NA FORMAÇÃO CONTINUADA...................................................... 21
3.5 – CONHECIMENTO CONCEITUAL DOS PARTICIPANTES SOBRE PS.... 21
3.6 – CONHECIMENTO PRIMORDIAL PARA TODOS .................................. 26
3.7 – QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO .............. 28
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 30
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 32
5
6 - ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO ........................................................................... 35
7- ANEXO 2 – TABELA 4 ..................................................................................... 36
8 - ANEXO 3 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA .............................................. 37
6
Primeiros Socorros: Uma necessidade na Graduação?
Midbar Teixeira GONÇALVES1
Sandra Moraes GIANNOTTI2
RESUMO
A consciência da aplicabilidade dos Primeiros Socorros (PS) é muito nova na historia da humanidade,
aproximadamente 120 anos. No Brasil a maioria da população ainda não conhece seus princípios e as instituições
educativas dão pouca ênfase ou até não incluem esses conceitos em tempo algum na formação do cidadão. O
desconhecimento dos PS pela maioria da população pode acarretar, por não se sentirem aptos e preparados para
ajudar, o medo, receio e até mesmo o descaso com pessoas necessitadas. O mesmo pode ocorrer nas instituições de
ensino das nossas cidades, pelo fato destes profissionais não estarem habilitados ou ainda desatualizados para a
aplicação dos PS. Este estudo procurou mensurar os conhecimentos de PS adquiridos pelos docentes ao longo da sua
formação acadêmica ou posterior a ela, buscando justificar a importância e necessidade da inclusão de alguma forma
nas graduações, as noções básicas de PS. Este estudo é uma pesquisa de campo descritiva e exploratória, com
abordagem quantitativa, sendo desenvolvido um questionário exploratório com questões conceituais e atitudinais,
relatando informações profissionais cotidianas. O trabalho foi desenvolvido em um Colégio da Rede Pública
Estadual. As atividades de campo foram realizadas em três momentos. O primeiro momento foi à exposição e
explicação dos objetivos do projeto e do princípio do voluntariado devidamente documentado pelo comitê de ética. O
segundo momento foi à entrega dos questionários aos participantes da pesquisa e o terceiro o recolhimento do
material. Os dados coletados foram tabulados e analisados individualmente com o subsídio da fundamentação
teórica, foi ainda realizada uma análise quantitativa nas questões conceituais para verificar o nível de conhecimento
sobre o tema pesquisado. A metade dos sujeitos da pesquisa já participou de algum curso de Primeiros Socorros,
como formação continuada, essa busca pelos PS após a graduação reforça a necessidade desses conhecimentos no
cotidiano e a talvez a necessidade da inclusão do mesmo na grade curricular dos cursos de graduação.
Palavras-chaves: Primeiros Socorros; Educação; Docentes.
1
Acadêmico de Ciências Biológicas da Faculdade Assis Gurgacz. Endereço: Rua Pixinguinha, 429, Bairro Brasília,
Cascavel PR Endereço Eletrônico [email protected]
2
Mestre em Educação. Docente da Faculdade Assis Gurgacz. Endereço: Rua Seringueira, 280 - Recanto Tropical,
Cascavel PR. Endereço eletrônico: [email protected]
7
ABSTRACT
SUMMARY
Awareness of the applicability of First Aid is very new in the history of humanity, about one
hundred and twenty years. In Brazil, most of the population still doesn’t know its principles and
educational institutions give little emphasis or not to include these concepts at any time in the
training of citizens. The lack of PS by the majority of the population may have, because they feel
fit and ready to help, scare, fear and even the neglect of needy people. The same can occur in
educational institutions of our cities, because these professionals are not qualified or outdated for
the application of First Aid. This study sought to measure the knowledge acquired by the First
Aid faculty throughout their academic training or after it, trying to justify the importance and
necessity of including some form in ranks, the basics of First Aid. This study is a descriptive field
research and exploration, with a quantitative approach, and developed a questionnaire exploratory
conceptual and attitudinal issues, reporting daily business information. The study was conducted
in a public school, where there was already a bond due to the activities of internships undertaken.
The field activities were conducted in three stages. The first time was the exhibition and
explanation of project objectives and the principle of voluntary documented by the ethics
committee. The second time was the delivery of questionnaires to the research participants and
the third gathering of the material. The data collected were tabulated and analyzed individually
with the allowance of the theoretical foundation, has already taken a quantitative analysis of the
conceptual questions to determine the level of knowledge about the theme. Half of the research
subjects participated in a course on First Aid, and continuing education, the search for the First
Aid after graduation reinforces the need for such knowledge in daily life and perhaps the need to
include it in the curriculum of undergraduate courses.
Keywords: first aid, education, teachers.
8
1 - INTRODUÇÃO
A consciência da aplicabilidade dos Primeiros Socorros (PS) é muito nova na historia da
humanidade, aproximadamente 120 anos. No Brasil a maioria da população ainda não conhece
seus princípios e as instituições educativas dão pouca ênfase ou até não incluem esses conceitos
em tempo algum na formação do cidadão, isso tem contribuído para o aumento dos índices de
morbidade e até morte no Brasil.
“Traumas e lesões decorrentes de causas diversas são hoje os mais relevantes problemas de
saúde pública, situando entre as dez principais causas de mortalidade em todo o mundo, sendo
responsável por cerca de cinco milhões de óbitos anualmente e a causa de elevadas taxas de
incapacidade” (KRUG, 1999, apud CARVALHO, 2008).
Segundo Nasi et al. (2005), o trauma não costuma acontecer só dentro dos serviços de
saúde, ou ainda nos locais com atendimento imediato de profissionais capacitados. O trauma
pode acontecer-nos mais diversos lugares. Só damos o devido valor a este conhecimento, quando
nos deparamos com situações em que pessoas necessitam de auxílio e não temos a informação, a
capacitação e o domínio da situação.
Em um estudo realizado em uma escola da França, Predine et al. (2002, apud FIORUC,
et al. 2008) observaram que 52,7 % dos acidentes ocorreram durante atividades esportivas, 12,7
% atividades de recreação, e as lesões mais freqüentes foram: contusões (50,7%), ferimentos
(18,7%), tendinite (11,7%), distensão (9,2%) e outras (9,2%)
É importante ter consciência de que situações emergenciais podem acontecer em
qualquer lugar, e essa possibilidade aumenta onde há concentração de pessoas, sendo assim, uma
escola é um lugar onde poderá ocorrer com freqüência. Segundo Zimermann (2003), na préescola as crianças são orientadas a telefonar para o serviço de emergência pré-hospitalar quando
encontram uma pessoa inconsciente ou necessitando de auxílio médico. A população deve estar
capacitada para agir em qualquer situação de emergência, prestando atendimento de Primeiros
Socorros.
9
Definem-se como Primeiros Socorros (PS) o atendimento providenciado à pessoa doente
ou ferida, podendo ser realizada pela população em geral. (VELDE, et al., 2007 apud
PERGOLA, A. M. 2008).
Desta forma, acredita-se ser importante que os profissionais da área de educação saibam
portar-se frente a uma situação em que uma pessoa necessita de auxílio e de PS. É importante
destacar que, saber diferenciar uma situação de emergência com uma de urgência, faz toda a
diferença.
Neste contexto, fazem-se necessárias algumas definições na esfera do atendimento préhospitalar, primeiramente entendendo a diferença entre dois termos que parecem iguais, mais não
o são.
“Emergência refere-se a uma situação crítica, uma necessidade imediata, necessitando de
muita agilidade no atendimento, referindo à urgência, conclui que ela demande pressa, rapidez
e ou brevidade, mais dentro de uma normalidade razoável, indicando que emergência precede
a urgência” (NASI et a., 2005).
Sabendo classificá-la, possibilitará a solicitação de ajuda de forma razoável, centrada e
sem desesperos, qualificando o risco de vida que a vítima se encontra. Para esclarecer melhor:
uma fratura de extremidade é caso de urgência, por outro lado, uma reação alérgica de vias aéreas
por picada de insetos, que implica na perda de respiração por edema de glote, necessidade vital
do ser humano, deve ser classifica como emergência.(CARDOSO, 2003).
Segundo Cardoso (2003) somente pessoas que têm conhecimento das gravidades das
lesões, poderão agir de forma correta e precisa ao descrever o fato na solicitação de órgãos de
apoio. Como no caso acima citado, haja vista que não houve trauma e a intervenção deve ser feita
no hospital com medicamentos, o aplicador de PS optaria pela condução por meios próprios ao
Pronto Socorro mais próximo.
Segundo Deliberato (2002), a educação básica é o ponto de partida para a prevenção de
acidentes, cita ainda que em algumas situações é a população adulta que deve ser inicialmente
instruída, se realmente desejamos diminuir a incidência alarmante de casos de acidente
domésticos, escolares, no trabalho ou na comunidade.
10
Verifica-se a importância da identificação do nível de conhecimento dos profissionais
quanto à abordagem das noções básicas de Primeiros Socorros e a implementação de planos de
emergências no ambiente escolar (FIORUC et al., 2008).
Buscou-se com esta pesquisa mensurar o conhecimento adquirido de Noções Básicas de
PS nos cursos de formação de licenciaturas, ou se não houve conhecimento algum, indicando a
necessidade de destinar carga horária para uma disciplina de Primeiros Socorros, ou até mesmo a
sua obrigatoriedade, buscando salvaguardar vidas e evitando a morbidade em idade laboral, tendo
sempre um profissional com noções de PS junto das crianças e adolescentes nas situações de
imprevistos, garantindo acima de tudo direitos previstos no ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) no seu Artigo 7 que estabelece que a criança e o adolescente têm direito à proteção
à vida e à saúde (PALÁCIO DO PLANALTO, 1990).
A portaria 737 do Ministério da Saúde de 2001 na sua introdução, afirma que os
acidentes e as violências resultam de ações ou omissões humanas e de condicionantes técnicos e
sociais, afirma ainda que os acidentes e violências no Brasil configuram um problema de saúde
pública de grande magnitude e transcendência que tem causado fortes impactos na morbidade e
mortalidade da população.
Muitas vezes nos vemos envolvidos em situações mesmo dentro de nossa casa. Alguns
conhecimentos básicos de Primeiros Socorros têm salvado pessoas, que inadvertidamente
provocam situações graves (BUONO, 2004). Toda pessoa, em qualquer fase de sua vida, está
sujeita a sofrer acidentes, pois são numerosos os perigos que nos cercam em nossa vida agitada
(FONSECA, 2005).
Segundo Buono (2004) no lar, as crianças são as maiores vítimas de acidentes e o
cuidado deve ser redobrado, diz ainda que qualquer pessoa treinada pode prestar os primeiros
socorros, conduzindo com serenidade, compreensão e confiança.
O acidente é entendido como evento não intencional e evitável, causadores de lesões
físicas e emocionais no âmbito doméstico ou nos ambientes sociais, como o do trabalho, do
trânsito, da escola, de esporte e de lazer (MINISTÉRIO DA SAÚDE).
A preocupação com a segurança dos escolares não é nova. Segundo Rodrigues (1979) no
Brasil em 1974 houve uma solicitação por parte do Comitê de Prevenção de Acidentes, da
Sociedade Brasileira de Pediatria, a inclusão nos programas de educação e cidadania, de estudos
e práticas relativas à prevenção de acidentes em geral. Este mesmo comitê foi honrado com um
11
convite pelo Ministério da Educação para elaborarem um livro sobre acidentes e medidas
preventivas, visando ao ensino desta matéria, sendo ainda incluso noções básicas de primeiros
socorros adaptadas para as faixas etárias de idade.
Os PS são importantes na vida de todos, tanto crianças como adultos. As intercorrências
podem ocorrer com todos e em qualquer lugar, assim atitudes de socorrismo muitas vezes são
realizadas sem o mínimo de conhecimento, acarretando muitas vezes um agravamento das lesões
existentes ou um atendimento doloroso e lesivo.
“Após a ocorrência de uma lesão traumática, é considerado o tempo crítico para a instituição
do tratamento que modificará o prognóstico, uma vez que até 40% dos óbitos ocorrem na fase
pré-hospitalar do cuidado. Esse curto período de tempo é a margem de atuação do serviço de
atenção pré-hospitalar, que visa retirar a vitima de lesão traumática de forma rápida e segura
do local do evento e levá-la ao local onde receberá o tratamento mais adequado” (LADEIRA,
BARRETO, 2008).
Sendo assim, tem-se proposto uma maior preocupação com qualidade de vida social, a
começar pela capacitação de profissionais da área da educação, formando multiplicadores, tanto
na habilidade de PS, quanto na consciência para a diminuição das atitudes que venham originar
lesões a si mesmo ou ao próximo.
1.1 - HISTÓRICO DE PRIMEIROS SOCORROS
A preocupação com o manejo de pacientes com trauma tem origem nos períodos de
guerra. As primeiras descrições referem-se ao transporte de soldados franceses, no século XVIII,
para serem tratados longe dos campos de batalha. A filosofia adotada implicava apenas no
transporte até os hospitais de campanha, sem a preocupação com o tratamento durante o trajeto
(DALCIN, 2005 apud NASI, 2005)
Com o advento da guerra civil americana e com a criação da Cruz Vermelha
Internacional, esse modelo de transporte para tratamento longe do conflito firmou-se como mais
adequado (NOVAIS, 1994).
12
Em 1870 depois da guerra franco prussiana, Dumont, um vigoroso entusiasta em
primeiros socorros frente aos feridos de guerra começou clamar por humanidade e por essa
época, incentivou a comunidade a que se ensinasse os primeiros socorros a serem aplicados não
só em tempos de guerra, mais em tempos de calamidade, catástrofes, fomes etc (NOVAIS, 1994).
As primeiras descrições de serviços não militares de atendimento a pacientes vítimas de
traumas são do início do século XX e também se fundamentaram apenas no transporte dos
pacientes para atendimento em nível hospitalar. Durante a segunda guerra mundial, ocorreu a
disseminação dos serviços de atendimento a pacientes politraumatizados. A guerra da Coréia e a
do Vietnã marcam o início da experiência com o tratamento no campo de batalha (DALCIN,
2005 apud NASI, 2005).
Os anos que se seguiram demonstraram nitidamente a necessidade da existência de
serviços especializados em trauma e a importância do atendimento em nível pré-hospitalar de
forma adequada, culminando com a estruturação dos Emergency Medical Services (EMS), que
determinaram procedimentos da maneira como são estruturados hoje. Nos Estados Unidos, no
final da década de 60, o curso de atendimento Pré-Hospitalar em trauma (PHTLS, Pré-Hospital
trauma Life Suport), foi estruturado na metade dos anos 80, após a experiência bem sucedida da
utilização do suporte avançado de vida no trauma (ATLS, Advanvce Trauma Life Suport) no
atendimento hospitalar e à vítima de trauma, como ainda é utilizada até os nossos dias (DALCIN,
2005 apud NASI, 2005).
Na França, há descrição da preocupação com o tratamento no campo de batalha já no
período do governo de Napoleão. O primeiro SAMU Francês foi estruturado no começo dos anos
70.
Segundo Dalcin (2005, apud NASI, 2005). Cabe demonstrar as diferenças entre os
modelos americano e francês de atendimento pré-hospitalar. No primeiro, o atendimento é
centrado na rápida transferência do paciente do local do trauma até um centro especializado
(catch and carry, ou “pegar e levar” como também é conhecido de forma informal). Minimizando
o tempo despendido na cena do trauma e otimizando os procedimentos no local para que o
transporte seja com rapidez, no modelo francês, o atendimento acontece no local do trauma,
sendo considerado como diferencial nos resultados em longo prazo. Tais diferenças são tão
visíveis já na estruturação dos serviços: no modelo americano a atendimento é dado por EMTs
(emergency medical technicians “Técnicos de Emergências Medicas”), profissionais sem
13
formação médicas, nos SAMUs (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) o atendimento
está centrado na figura do profissional médico e socorristas
1.2 - PRIMEIROS SOCORROS NO BRASIL E PARANÁ
No Brasil, a partir da década de 90 surgiu uma maior preocupação com o atendimento
Pré-hospitalar em duas modalidades: atendimento clínico e trauma, surgindo o SAMU de Porto
Alegre e o SIATE (Sistema de Atendimento ao Trauma em Emergência) em Curitiba (PMPR).
O SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) de Porto Alegre tem sua origem
no modelo francês de atendimento pré-hospitalar. Sua história remonta ao ano de 1993, com a
organização pelo Ministério da Saúde do Seminário Internacional de Atenção as Urgências, com
a apresentação do modelo e da proposta de cooperação com a França, que foi definida no ano de
1994. (NASI, 2005).
Ainda contemporâneo ao SAMU (Porto Alegre) que além do atendimento clínico, atende
também os traumas, surge no Paraná o (SIATE) Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma
em Emergências, com exclusividade para o trauma, que teve o seu primeiro movimento
desencadeado por uma decisão interministerial de maio de 1987. Cabe esclarecimento que hoje
no Paraná, ainda é de responsabilidade do SIATE o atendimento ao trauma em emergências, e ao
SAMU os casos clínicos, sendo que em vários outros estados os SAMUs, que estão, ao modelo
de Porto Alegre, em níveis federais, atender os casos clínicos e traumas.
A missão do SIATE é prestar o socorro de emergência às vítimas de acidentes ocorridos
em vias e logradouros públicos, em ambientes profissionais e domiciliares, garantindo o suporte
básico e avançado de vida, e transportá-las para os hospitais de referências integrados ao sistema
SUS (Sistema Único de Saúde), por meio de ambulâncias, em condições ideais, com
equipamentos e procedimentos médicos indispensáveis ao suporte de vida, evitando o
agravamento das lesões e melhorando suas condições clínicas.
O atendimento do SIATE é exclusivo ao trauma, sendo que em torno de 70% das
ocorrências está relacionado a acidentes de trânsito, como atropelamento, colisão, capotamento,
queda de bicicleta, 10% a acidentes interpessoais como agressão, ferimento por arma de fogo,
14
ferimento por arma branca, 10% devido a quedas e os 10% restante dos atendimentos são de
causas variadas como queimaduras, soterramento, acidente de trabalho ou ainda problemas
clínicos com risco iminente de vida (PMPR).
Estes sistemas de atendimento pré-hospitalar dão um suporte rápido de apoio aos casos
citados, em função destes, cabe à sociedade uma interação maior na importante missão de
preservar a vida e o bem estar geral da mesma.
1.3 - DEFINIÇÕES
“PS refere-se ao atendimento imediato e temporário de uma pessoa que esta ferida ou adoece
repentinamente. Os PS servem para reconhecer condições adversas em que à vida da vítima
está em risco e se deve tomar atitude necessária para manter a vítima viva e na melhor
condição possível até obter atendimento médico” (HAFEN, 2002 et al, apud, BERNARDES,
et al, 2007).
A palavra Emergência deriva do latim emergentia que significa ocorrência perigosa,
situação crítica ou necessidade imediata, já a palavra Urgência também derivada do latim
urgentia, significa pressa, rapidez, brevidade ou necessidade imediata.
Segundo Novais (1994) denominam-se Primeiros Socorros ao tratamento aplicado de
imediato ao acidentado ou portador de mal súbito, antes da chegada do médico.
1.4 - PRIMEIROS SOCORROS E A SOCIEDADE
A população brasileira, na sua grande maioria, não possui capacitação em primeiros
socorros e não sabe que o simples ato de telefonar para o Corpo de Bombeiros (193) ou para o
SAMU (190 ou 192, a depender do estado) é um procedimento de extrema importância e um ato
de legítima cidadania (ZIMERMANN, 2003).
15
A nossa realidade diária demonstra essas necessidades. O trânsito nas grandes cidades
está a cada dia mais violento, a própria violência nos seus termos gerais está em todos os lugares:
dentro dos lares, no comércio, nas indústrias, nas instituições públicas e privadas. As atividades
lúdicas e os esportes praticados são fontes de possíveis situações emergenciais nas escolas, até
mesmo a estrutura física pode ser precursora de acidentes, ainda o percurso entre colégio e a casa,
justificam a necessidade de conhecimento e noções de primeiros socorros pelos docentes que
estão atuando no sistema de formação educacional.
“A omissão de socorro, segundo o artigo 135 do Código Penal Brasileiro consiste em “deixar
de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. O não cumprimento do referido artigo
implica em pena de detenção de 1 (um) ano a 6 (seis) meses, ou multa. Tal penalidade pode
ser aumentada na metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada
se resulta em morte”(ZIMERMANN, 2009).
Em muitas situações, essa falta de conhecimento por parte da população acarreta inúmeros
problemas, como o estado de pânico ao ver o acidentado, a manipulação incorreta da vítima e
ainda a solicitação excessiva e às vezes desnecessária do socorro especializado em emergência.
(FIORUC, 2007), o que poderá causar lesões graves às vítimas, levando a quadros de morbidez e
até óbito.
Segundo Ladeira e Barreto (2008) é o tempo decorrido entre a ocorrência de uma lesão até
a instituição do tratamento que modificará o prognóstico, uma vez que 40% dos óbitos ocorrem
na fase pré-hospitalar.
A aplicação de medidas correta de primeiros socorros nos momentos iniciais após o
trauma será um fator determinante na recuperação da vítima ou poderá até mesmo significar a
diferença entre a vida e a morte (VIEIRA, 2003).
1.5 - PRIMEIROS SOCORROS E A ESCOLA
16
A cada dia que se passa surge a necessidade de um profissional capacitado e apto a
adquirir novos conhecimentos, visando o melhor desempenho das suas funções e
responsabilidades,
preparados
para
as
adversidades,
qualificações
transversais
como
conhecimento em informática, noções em psicologia, noções em direito como os administrativos
e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dentro deste contexto de atualização os princípios
básicos de PS se encaixam muito bem, haja vista, todos estarmos sujeitos a situações
emergenciais.
“A escola como instituição precisa aumentar a abrangência de sua ação, considerando que ela
não é a única agência educacional na comunidade, o que o estudante aprende em casa ou em
suas atividades fora da escola pode ter tanta, se não maior, influência em seus hábitos, em seu
comportamento como em suas atitudes em geral” (KRASILCHIK, 2008).
Desta forma, os docentes como multiplicadores de PS contribuirão ao desenvolvimento de
atitudes preventivas, para o bem comum social, segundo Krasilchik, (2008) visando à capacitação
dos indivíduos e dos grupos para lidarem com problemas fundamentais do cotidiano relacionados
à saúde.
O profissional precisa estar certo e seguro das providências a serem tomadas perante um
aluno lesionado que se encontre sob sua responsabilidade, já que os primeiros socorros, quando
prestados corretamente, podem evitar maiores danos posteriores ao aluno (SARDINHA, 2006)
Os primeiros minutos dos incidentes, mesmo os mais diversos, fazem a diferença entre a vida e
morte.
Seguindo a linha deliberativa da Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por
acidentes e violência, conforme a portaria 737 de 16/05/2001 do Ministério da Saúde, onde é
proposta uma maior preocupação com qualidade de vida social. Seria importante começar pela
capacitação de profissionais da área da educação, formando multiplicadores, tanto na habilidade
de PS, quanto na consciência para a diminuição das atitudes que venham originar lesões a si
mesmo ou ao próximo.
Acredita-se que a capacitação dos profissionais contribuirá com o trabalho de educação
em saúde desenvolvido por profissionais da área, vindo ao encontro da iniciativa da Política
Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências do Ministério da Saúde
(MISTÉRIO DA SAÚDE).
17
1.6 - PRIMEIROS SOCORROS E OS DOCENTES
São muitas as dificuldades que os docentes encontram no desempenho da função, dentre
as quais se destacam a inclusão de alunos com Necessidades Especiais e os problemas clínicos
como epilepsia, obesidade, diabetes infantil e os diversos tipos de transtornos (ROSA, 1997).
Segundo Rosa (1997) os professores reclamam da falta de cursos de PS especialmente
voltados para o atendimento de epilepsia, sujeitando as crianças a sérias complicações no quadro
clínico. Este apelo reforça a busca de maior disseminação dos Primeiros Socorros.
Outro fator de grande importância para conhecimento da população e que não existe a
divulgação é a obrigatoriedade de disponibilizar em lugares com circulação acima de 5000
pessoas, o DEA (Desfibrilador Externo Automático), Muitas são as mortes súbitas ocorridas em
atividades esportivas, levando a atletas, aparentemente saudáveis ao óbito, mostrando que nestes
locais é necessário um suporte avançado de atendimento Pré-Hospitalar. O DEA pode ser
operado por leigos com um pequeno treinamento.
Ferreira (2001, apud MIYADAHIRA, 2005) considerando que o grande número das
paradas cardíacas ocorre em ambiente extra-hospitalar, sendo fundamental que a população leiga
esteja familiarizada com as técnicas e prioridades no atendimento de ressucitação.
Segundo Miyadahira (2005), a cidade de Londrina no Paraná foi a pioneira na aprovação
da Lei Municipal de Acesso Público à Desfibrilação, (Lei Municipal n° 344/2003), diz ainda que
foi aprovado no Senado e só falta aprovação na Câmara Federal o projeto de obrigatoriedade do
DEA. A fAG (Faculdade Assis Gugazc conta hoje com dois: um destes aparelhos está a
disposição no ginásio e outro na Clínica FAG.
1.7 - PRIMEIROS SOCORROS E AS GRADES CURRICULARES DOS CURSOS DE
LICENCIATURA
Até mesmo alguns cursos da área da saúde não são contemplados com uma disciplina
específica de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgências, como Psicologia, Fonoaudiologia,
Odontologia (FAG), sendo apenas Medicina e Enfermagem contempladas com uma disciplina
que pode ser com optativa ou obrigatórias. Já nos cursos de licenciatura verifica-se que esta
18
disciplina é oferecida também apenas a alguns cursos como Educação Física e Enfermagem. No
curso de Educação Física da Universidade Estadual do Oeste do Paraná no Campus de Marechal
Cândido Rondon existe uma disciplina obrigatória de Socorros de Urgências com carga de 90
horas (UNIOESTE). Nos cursos de licenciatura da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) somente os
cursos de educação física e enfermagem possuem na grade curricular a disciplina de Primeiro
Socorros
Segundo Gonçalves e Araújo (1997, apud BERNARDES) os próprios colegas docentes
do ambiente escolar, sabem que o profissional de Educação Física foi o único que contou com a
formação em Socorros de Urgências. Isto mostra a dependência que os docentes têm de um
profissional que obteve na graduação o conhecimento de PS, o que até pode dar certa
comodidade aos outros professores de outras áreas.
Apesar desse fato, o que se deve pensar é que o profissional de Educação Física
normalmente estará envolvido com outras atividades no espaço escolar além do que nem sempre
este profissional estará no espaço da escola.
Partindo do princípio de que os alunos que estão nas salas de aulas também podem sofrer
acidentes, agressões, desmaios ou crises convulsivas, seria pertinente que todos os docentes
possuíssem conhecimento de PS, pois nessas situações, muitas vezes, as atitudes de socorro
devem ser de imediato, importante salientar que ao prestar os PS sem os treinamentos devidos, o
docente poderá agravar a situação do aluno, podendo deixá-lo tetra ou paraplégico, devido a
manipulação errada da vítima nos cuidados com a coluna, em alguns casos irreversíveis.
2 - MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo passou pelo Comitê de Ética recebendo autorização de aplicação pelo parecer
n° 134/2009. A Rede Estadual da cidade de Cascavel - Paraná foi escolhida para a realização
deste trabalho, que hoje conta com 39 escolas, com aproximadamente 16.946 alunos, sendo que
para esta estrutura estão contratados aproximadamente, entre professores e funcionários, 2.091
pessoas.
19
De acordo com Andrade (1999, Apud FORLIN) e Martins (2000, apud FORLIN), este
estudo é uma pesquisa de campo descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa e
quantitativa.
Esta pesquisa se deu com a seleção voluntária de docentes da Rede Pública da cidade de
Cascavel PR, citados como sujeitos da pesquisa, especificamente em um Colégio da Rede
Estadual de Ensino na região leste, onde também já havia sido realizada parte do estágio de
licenciatura.
O primeiro contato foi a solicitação junto ao diretor do Colégio, para a explicação do
projeto, e um posterior agendamento para uma reunião ordinária com os docentes, na qual foi
apresentado o projeto dessa pesquisa e feito o convite aos mesmos para participarem. Neste
mesmo momento foi explicado também o “TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO”, que segue a regulamentação conforme a Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde.
É importante salientar que não houve risco nenhum à integridade física dos pesquisados
nem mesmo ocorreu desconforto nas atividades de avaliação através dos questionamentos.
O levantamento dos dados se deu por um questionário (anexo 1) organizado com quinze
questões, elaboradas a partir de material teórico pertinente ao tema e testado anteriormente. O
questionário era composto por questões objetivas tendo apenas uma das alternativas com resposta
correta e duas questões abertas.
Para fins de tabulação foram classificadas como: correta ou incorreta as questões 07, 09,
11, para a questão 15, coerente e incoerente e as questões 16 e 17 foram analisadas como
depoimentos. Os dados coletados foram tabulados e analisados frente ao referencial teórico
estudado e discriminado em percentuais simplificados. Para mensurar como estavam estes
conhecimentos foram quantificadas as respostas corretas das questões conceituais de cada
participante. As perguntas conceituais no questionário aplicado eram as de número 07, 09, 11 e a
15.
Os resultados obtidos durante estudo ficarão mantidos em sigilo, arquivados por um
período de cinco anos pelo pesquisador, esta pesquisa obteve homologação e aprovação junto ao
conselho de ética da instituição com base na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
20
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a análise dos dados as questões foram divididas em 4 grupos:
1 - Caracterização dos participantes;
2 - Importância dos PS na formação docente;
3 - Experiência com situações de PS;
4 - PS na formação continuada.
3.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES:
Do total de 23 participantes, 9% são do sexo masculino e 91% feminino, com uma média
de idade no masculino de 41 anos e no feminino de 34,6 anos. O tempo de docência desses
participantes é em média de 18 anos para o masculino e de 20.8 anos para o feminino, sendo que
a média geral foi de 14,4 anos. O número de profissionais do sexo feminino sobrepõe aos de sexo
masculino. A Média do tempo de docência ficou num patamar acima do 10 anos.
3.2 - IMPORTÂNCIA DO PS NA FORMAÇÃO DOCENTE:
Consideramos que os docentes como multiplicadores de PS contribuirão ao
desenvolvimento de atitudes preventivas, para o bem comum social. Segundo Krasilchik, (2008)
visando a capacitação dos indivíduos e dos grupos para lidarem com problemas fundamentais do
cotidiano relacionados à saúde.
Foram questionados (questão 3) se haviam recebido informações sobre PS na graduação,
ou se haviam participado de curso de PS fora da graduação (tabela 1)
21
TABELA 1 – Momento em que os professores tiveram curso de PS
Questão
Frequência
Sim
Não
Total
Informação de PS
na graduação
Nº
10
13
23
%
43,48
56,52
100
Participou de curso
sobre PS fora da
graduação
Nº
%
12
11
23
52,17
47,83
100
Quando os participantes foram questionados se receberam informação sobre PS na
graduação ou se haviam feito esse curso fora da graduação, verificou-se que 56,52% não tiveram
na graduação a formação de PS, que praticamente a metade dos participantes buscou esses
conhecimentos em cursos fora da graduação. O curso pode ter ocorrido antes da graduação,
durante a graduação, podendo ser em semanas acadêmicas ou em mini-cursos fora da
universidade, e após a graduação, como ofertas de aperfeiçoamento profissional.
Considerando os conhecimentos de primeiros socorros, Sardinha (2006) ressalta que o
profissional da educação precisa estar certo e seguro das providências a serem tomadas perante
um aluno lesionado que se encontre sob sua responsabilidade, ressaltando ainda que os primeiros
socorros prestados corretamente podem evitar maiores danos posteriores ao aluno.
Apesar da importância do conhecimento em PS apontado pelo autor, menos da metade
dos participantes tiveram oportunidade de obter este conhecimento na graduação, o que
demonstra uma fragilidade na formação do profissional que durante sua atuação sempre estará em
contato com situações adversas.
Quando indagados se gostariam de fazer um curso de PS, a maioria, (95,65%), respondeu
que sim. Deste modo Krasilchik (2008) aponta como positivo à capacitação dos indivíduos e dos
grupos para lidarem com problemas fundamentais do cotidiano relacionados à saúde. Em relação
aos professores é possível vê-los como multiplicadores de conhecimentos de PS contribuindo
com o desenvolvimento de atitudes preventivas no espaço escolar.
Segundo Deliberato (2002), a educação básica é o ponto de partida para a prevenção de
acidentes, afirmando ainda que em algumas situações é a população adulta que deve ser
inicialmente instruída, se realmente desejamos diminuir a incidência alarmante de casos de
22
acidente domésticos, escolares, no trabalho ou na comunidade. Sendo assim, é importante
começar pela capacitação dos docentes que serão possíveis disseminadores deste conhecimento.
3.3 - EXPERIÊNCIA COM SITUAÇÕES DE PS
Das pessoas entrevistadas, todas já vivenciaram alguma situação de emergência no espaço
escolar. Dentre essas pessoas, algumas também vivenciaram situações emergenciais em outros
lugares (Figura 1).
120
100
100
80
60
40
33,33
20
16,67
16,67
Residência
Trânsito
0
Escola
atendeu mais de 1 local
FIGURA 1 – Local em que os participantes já vivenciaram uma ou mais situação de PS.
Atenderam em mais de um local, 33,33% dos participantes, 16,67% atenderam em suas
próprias residências e 16,67% no trânsito.
23
Segundo Nasi et al. (2005), o trauma não costuma acontecer somente dentro dos serviços
de saúde, ou ainda nos locais com atendimento imediato de profissionais capacitados. O trauma
pode acontecer nos mais diversos lugares. Portanto a formação inicial e continuada em PS
condiciona o docente a estar apto a todo o momento e em qualquer lugar. É importante ressaltar
que todos os que já participaram de alguma situação de atendimento, atenderam pelo menos uma
ocorrência no âmbito escolar, reforçando a pertinência do conhecimento de PS na formação de
professores.
Ainda com relação aqueles que realizaram algum atendimento, foi pedido que
classificassem suas atuações conforme opções elencadas na questão nº 5 do anexo 1 em:
excelente, regular, bom e insuficiente, não houve nenhuma classificação para a opção “regular”.
(Figura 2)
FIGURA 2 – Avaliações atribuídas pelos participantes aos atendimentos.
Dos participantes que realizaram atendimento de emergência, a maioria considerou a
atuação excelente 16,67%, e 66,66% como boa e 16,67% julgaram insuficientes quanto a sua
atuação (Figura 3).
24
Apesar da avaliação que os participantes fizeram das suas atuações terem sido
consideradas como boa e excelente, não se pode considerar que essas pessoas não precisariam
mais realizar cursos em PS, é importante que se tenha curso de reciclagem periódico, uma vez
que esses conhecimentos devem sempre ser atualizados e reforçados. Segundo Sardinha (2006), o
profissional poderá estar protegido de acusações de negligência quando atuar corretamente nas
situações de emergência.
3.4 - PS NA FORMAÇÃO CONTINUADA
Com relação à formação continuada, solicitamos que indicassem se já haviam participado
de um curso de PS, sendo que mais da metade (52,17%) dos participantes, respondeu que sim.
Acredita-se que a capacitação dos profissionais das escolas contribuirá com o trabalho de
educação em saúde desenvolvido por profissionais da área (GASPARETTO, 2004, apud
FIORUC). Neste aspecto é importante ressaltar que a formação deve ser atualizada, ou
poderemos incorrer na aplicação das técnicas erradas ou desatualizadas.
3.5 - CONHECIMENTO CONCEITUAL DOS PARTICIPANTES SOBRE PS
Quando os entrevistados foram solicitados a escolher qual seria a melhor definição para o
conceito de PS (questão 7) verificou-se que a maioria tinha o conceito certo.(Tabela 2).
25
TABELA 2 – Definição de PS na visão dos entrevistados conforme opções da questão 7
Possui Curso
Opções
Auxílio dispensado a doente até o
transporte ao hospital
Ações iniciais a vítima de acidente ou
mal súbito para manter a vida, sem
provocar mais lesões ou agravar as já
existentes, até a chegada do socorro
Ações iniciais somente a vítima de
acidente, para manter a vida até a
chegada do socorro
Total
Sim
Total
Não
Nº
%
4,35
2
8,70
10
43,48
21
91,30
0
0
0
0
0
52,17
11
47,33
23
100
Nº
%
Nº
%
1
4,35
1
11
47,82
0
12
De todos os participantes 8,70% optaram por “Auxílio dispensado a um doente, até que
seja transportado a um hospital”; 91,30 % optaram pela resposta mais apropriada “Ações iniciais
à vítima de acidente ou mal súbito para manter a vida, sem provocar mais lesões ou agravar as já
existentes, até a chegada de socorro”. A maioria dos participantes, tanto os que possuem curso
quanto os que não possuem curso de PS, optaram pela resposta mais coerente. Isso pode ter
ocorrido pelas repetições conceituais de PS na mídia ou por exclusões de respostas erradas, ou
ainda pela grande maioria ser portadora de curso, realmente conhecendo as definições
Solicitamos que informassem “Qual seria sua atitude ao deparar-se com alguém que tenha
um corte no punho com grande sangramento?” Com as seguintes opções “Amarrariam alguma
coisa acima do corte”; “colocaria sobre o corte uma camiseta ou algum tecido que estivesse ao
seu alcance”; “Faria um torniquete com um cinto até a chegada do socorro”. Esta era uma questão
de opção única, para ver se saberiam o conceito de aplicação do torniquete, colocamos então de
duas formas “Amarraria alguma coisa acima do corte” e “Faria um torniquete até a chegada do
socorro, conforme tabela 3.
26
TABELA 3 – Atitude dos entrevistados ao se deparar com alguém que tenha um corte no punho e
um grande sangramento
Possui curso
atitude
Amarraria alguma coisa acima do
corte
Colocaria no corte uma camiseta ou
tecido ao alcance
Apertaria
simplesmente
o
ferimento com a mão
Faria um torniquete até a chegada
do socorro
Total
Sim
Total
Não
Nº
%
17,40
7
30,44
5
21,74
8
34,78
13,04
0
00
3
13,04
3
13,04
2
8,70
5
21,74
12
52,16
11
47,84
23
100
Nº
%
Nº
%
3
13,04
4
3
13,04
3
Verificou-se que 52,18% não dominam o conceito de aplicação do torniquete, pois não
perceberam as duas respostas iguais, mostrando que estes conceitos não estão claros aos
participantes. Na segunda opção, considerada a mais correta, o total dos que não possui curso
21,74%, foi maior do que os que possuíam curso, 13,04%. Este é um conceito que sempre se tem
divulgado, e de forma geral todos deveriam optar por esta resposta, não se tem uma uniformidade
nos cursos. Levando-se em conta que haveria necessidade de se proteger com relação às
secreções contaminantes, a resposta mais incorreta seria a de apertar o ferimento direto com a
mão, mesmo assim 13,04% dos participantes que optaram por esta questão possuíam curso de PS,
deixando clara a necessidade de atualização dos conhecimentos, para terem claro que ao aplicar
esta técnica, as mãos sempre devem estar protegidas por luvas ou alguma proteção improvisada
como sacos plásticos.
Segundo Oliveira (2001), o torniquete deve ser sempre considerado como último recurso
e só deve ser aplicado quando os outros métodos falharem, pois esta técnica está praticamente
fora de uso, em virtude de causar problemas maiores, tais como necrose dos tecidos, ou
problemas vasculares, ou até amputação de membros.
Segundo Vieira (2003) a aplicação de medidas correta de PS nos momentos iniciais após
o trauma será um fator determinante na recuperação da vítima ou poderá até mesmo significar a
27
diferença entre a vida e a morte. Uma atitude rápida e acertada garantiria ao ferido o estado de
consciência até a chegada ao hospital, o que evitaria o choque hipovolêmico.
Os participantes foram também indagados se seriam capazes de identificar uma PCR
(Parada cardiorespiratória) e se saberiam aplicar a técnica de RCP (Ressucitação
Cardiopulmonar).
A maioria dos entrevistados não reconheceria PCR nem saberiam aplicar RCP (Figura 3).
FIGURA 3 – Considerações referentes à identificação de PCR e a aplicação de RCP.
Neste questionamento obtivemos que 95,65% consideram-se incapazes de reconhecer
uma PCR e não dominam a técnica de ressucitação cardiopulmonar (RCP), apenas 4,35%
afirmaram que conseguem identificar uma PCR e estão hábeis na aplicação da técnica. Ainda,
dos que tinham noções de PS apenas 16,67 % se disseram capazes de identificar uma PCR e
aplicar a técnica de RCP. Importante ressaltar a necessidade de domínio desta técnica, pois
segundo Pergola (2008) as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes no
Brasil e no mundo.
28
Segundo Ladeira & Barreto (2008) o tempo decorrido entre a ocorrência de uma lesão até
a instituição do tratamento é que modificará o prognóstico, uma vez que 40% dos óbitos ocorrem
na fase pré-hospitalar. A aplicação de medidas correta segundo Vieira (2003) será um fator
determinante na recuperação. As doenças cardiovasculares matam cerca de 17 milhões de pessoas
por ano no mundo, sendo as que mais matam no mundo (ALVES, 2009). Isso implica uma
necessidade de maior atenção pelos docentes, haja vista grande parte da população estar sujeitas a
essas doenças. Foram então questionados se saberiam identificar uma parada cardiorespiratória e
se tinham habilidades de aplicar as técnicas de RCP (Ressucitação Cardiopulmonar). Isso é
primordial num atendimento, pois é uma situação de intervenção imediata na qual o aplicador de
PS deve manter oxigenação cerebral até a chegada da Equipe de Socorro de Emergência. O fato
dos participantes não se sentiram seguros na aplicação das técnicas de RCP, mesmos os que
fizeram o curso, talvez se deva ao fato de estarem desatualizados ou já se passou muito tempo
que o fizeram.
Questionou-se os participantes se eles concordavam com algumas afirmações a respeito
da epilepsia. (figura 4).
FIGURA 4 – Afirmações referentes à epilepsia.
29
Verificou-se que ainda hoje muitas pessoas têm concepções errôneas a respeito da
epilepsia. Segundo Lefevre (1980, apud ROSA, 1997) esta doença é considerada de ocorrência
muito freqüente com nítida prevalência para manifestar em crianças.
Foram colocadas opções que prevalecem no conhecimento popular, além da resposta
corretas. Com relação ao contágio por saliva, um total de 18 sujeitos discordou desta afirmativa,
ou seja, 78,26% acreditam que não existe contágio de qualquer doença epilética por secreções, os
21,74% restantes concordaram que existe contágio pelas secreções de saliva, apesar de ser em
menor numero os que concordaram ser a saliva uma forma de contagio neste caso, pode-se
considerar este numero alto, dado que esta é uma crença popular que já foi em muito esclarecida.
Outro ponto requerido foi à necessidade de segurar a língua da pessoa em crise convulsiva
com um dos dedos ou algum objeto, 47,93% concordaram com a afirmativa, demonstrando que
grande parte dos sujeitos ainda estão optando pelo conhecimento empírico, os outros 52,17%
discordaram da afirmativa. Dos que concordaram com a afirmação 47,93% já participaram de
curso de PS, mais um conceito errado e considerado grave, podendo causar lesões na vítima ou
em quem está atendendo, se o objeto usado for um dos seus dedos.
A ocorrência de crises convulsivas ou epilepsia é um incidente muito comum nas escolas.
Segundo Fioruc (2007) as convulsões são consideradas alterações súbitas das funções cerebrais,
causando contrações musculares involuntárias, apresentando normalmente perda de consciência.
Foram investigados alguns fatos e conceitos neste sentido, buscando até verificar se ainda
existem alguns tabus que permeiam este incidente como: a contaminação pela saliva; que a
vítima engole a língua; necessidade de se passar álcool para que a pessoa venha recobrar a
consciência.
Segundo Rosa (1997) os professores reclamam à falta de cursos de PS especialmente
voltados para o atendimento de epilepsia, sujeitando as crianças a sérias complicações no quadro
clínico. Este apelo reforça a necessidade de maior disseminação dos Primeiros Socorros.
3.6 – CONHECIMENTO PRIMORDIAL PARA TODOS
30
Em uma situação de acidentes, ao considerar a importância de saber os números de
emergências, foi perguntado aos participantes quais telefones de emergência como o SIATE
(Sistema de Atendimento de Trauma e Emergência), SAMU (Sistema de Atendimento Médico de
Emergência, PMPR (Polícia Militar do Estado do Paraná), PRE (Polícia Rodoviária Estadual,
BOMBEIROS (Corpo de Bombeiros).
Constatou-se que as mesmas dificuldades que a população em geral têm de acionar estes
órgãos de emergências ocorrem também com os participantes, que acabam confundindo o
telefone de um e outro órgão na hora de acionar a emergência.
O SIATE é um departamento do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná. Sabemos que
muitas pessoas fazem à distinção, colocando como dois órgãos distintos, ou confundindo com o
SAMU, houveram pessoas que sabiam o nº do telefone do departamento, mais não sabiam o
telefone do órgão e vice-versa. Um pouco de atenção é o suficiente para tirar essa dúvida, haja
vista que nestas Viaturas estão escritos em letras garrafais “BOMBEIROS” e o telefone 193. Foi
solicitado aos participantes que relatassem os telefones de emergências das instituições e um
departamento (figura 5).
FIGURA 5 – Souberam informar os telefones de emergência.
31
Obteve-se que apenas 26,09% saberiam acionar o SIATE, 34,79% o SAMU, 47,83 % a
PMPR, 26,09 % PRE e 39,13 % saberiam acionar o Bombeiro, mesmo a Polícia militar não
chegou a atingir a os 50%. Isso traz à tona a falta de informação, ou até mesmo a falta de
atenção, pois sem um apoio de equipes de emergências não justifica o atendimento, que deve ser
complementado com o encaminhamento a casa hospitalar.
Segundo Cardoso (2003) somente pessoas que têm conhecimento das gravidades das
lesões, poderão agir de forma correta e precisa ao descrever o fato na solicitação de órgãos de
apoio. Como descrever a situação se não saberiam a quem ligar, isto seria mais um motivo de
desespero, agravando a situação.
Uma informação importante para um bom atendimento de PS é saber a quem recorrer nas
diversas situações, inclusive dependendo da localização do ocorrido, são os telefones de
emergências dos órgãos da segurança pública e saúde, importante para toda a população, que
muitas vezes não sabe a quem recorrer nas mais diversas situações. A população brasileira, na
maioria, não possui capacitação em primeiros socorros e não sabe que o simples ato de telefonar
para o Corpo de Bombeiros (193) ou para o SAMU (190 ou 192, a depender do estado) é um
procedimento de extrema importância e um ato de legítima cidadania (ZIMERMANN, 2003)
[grifo nosso].
3.7 – QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
Segundo Nascimento (2005) os Estabelecimentos de Ensino necessitam de maior
adequação no atendimento aos primeiros socorros. Esse é um fato primordial, muitas instituições
têm nas pedagogas as atendentes de seus escolares acidentados, as quais cheia de boa vontade
realizam o trabalho, mais se elas têm de resolver esses problemas, então necessitam de
capacitação, e o empregador pode e deve proporcionar esta qualificação.
Primeiros socorros, como toda ciência, estão em constante aperfeiçoamento, sendo
necessário que haja uma formação continuada para que os conhecimentos previamente adquiridos
32
não fiquem obsoletos, outro fato é a questão da prática, devendo ser considerado um sistema de
treinamento continuado para sua atualização.
Quando os participantes foram questionados sobre conceitos básicos sobre PS, detectouse que a minoria pode ser considerada com condições técnicas para o PS, a partir de seus
conhecimentos conceituais sobre os mesmos. (FIGURA 9).
FIGURA 6 – Condição Técnica conforme a avaliação de questões conceituais de PS.
Do total de participantes, conforme (FIGURA 6), apenas 34,78% foram classificados com
condições técnicas, sendo que desses 21,74 % haviam participado de cursos básicos de PS, e
13,04% não possuíam curso de PS. Dos que participantes que tem condição técnica, 34,78%
participou de um curso básico de PS.
Deve-se ressaltar que foi possível perceber que a maioria dos participantes, (65,22%),
teria dificuldades em aplicar os PS, outro fato é que destes, 34,78 são possuidores de curso PS, os
quais deveriam, ter alcançado melhores classificações. Isso talvez se deva ao fato dos PS
necessitar sempre de uma formação continuada, sendo muito provável que isto não tenha
acontecido com estes participantes.
33
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao atuar na área de atendimento pré-hospitalar como combatente e socorrista do Corpo de
Bombeiros em Cascavel-Pr por mais de 11 anos, várias ocorrências foram atendidas em
estabelecimentos de ensino e, por muitas vezes foi possível assistir a reportagens de crianças que
morreram engasgadas nas escolinhas, ou, de incêndios em escolas com crianças mortas e feridas.
Essas vivências foram o incentivo para propor este trabalho.
É comum o assunto de PS só ser valorizado em épocas de ocorrências de grandes
proporções, sendo isso preocupante, pois esta preparação deve se antecipar a esses eventos. O
cenário de ocorrências de acidentes é bem diferente com a ação de pessoal treinado e preparado
para eventos não só de grandes proporções mais os de pequena proporção, melhorando a
qualidade de vida da sociedade brasileira.
Para a pesquisa de referencial teórico encontramos dificuldades pela escassez de material,
muitas das literaturas que tivemos acesso encontravam-se desatualizadas e muito resumidas com
relação ao PS, apenas manuais com técnicas que estão desatualizadas.
Este fato ocorre muito provavelmente pelo pouco estudo e divulgação, tornando o tema
sem interesse da população. Não é apenas nos momentos de crise que devemos nos ater ao tema,
é preciso estar preparado para as emergências antes que elas aconteçam, principalmente os
profissionais que trabalham diretamente com seres humanos sob suas responsabilidades, o que se
espera é que haja uma preocupação neste sentido.
O resultado obtido demonstrou que houve uma busca pelo conhecimento de PS após a
graduação, e que esta informação encontra-se desatualizada, como nos caso de aplicações de
técnicas mais elaboradas como RCP e manobras de desobstrução de Vias Aéreas.
Ainda existem muitas crenças, em relação à epilepsia, fato que pode se considerado grave,
que causam constrangimentos aos dois lados. Esses são exemplos que reforçam a necessidade do
PS tanto na graduação quanto na formação continuada, melhorando o atendimento dispensado
aos escolares, garantindo os direitos previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Este conhecimento deve estar sempre em atualização para eficácia da aplicação das
técnicas. Um fato curioso é que dos considerados habilitados, 63 % não possuíam curso PS,
mostrando que de alguma forma assimilaram esses conceitos com pesquisas de buscas
34
individuais ou por alguns deles terem respondido os questionários com mais tempo e porventura
tenham buscado a resposta correta em meio virtual ou em algum manual de sua biblioteca
particular.
Hoje são primordiais estes conhecimentos, em qualquer lugar que estamos, nos
deparamos com incidentes. Mas será que além de atender saberemos acionar o socorro e
transporte para vítima. O estudo indicou que grande parte dos participantes não saberia acionar o
SIATE, não saberiam acionar o SAMU e não saberiam acionar o Corpo de Bombeiros.
Tudo isso reforça a necessidade de se rever os conteúdos curriculares dos cursos de
graduação, buscando contemplá-los com carga horária de PS em alguma disciplina ou até mesmo
especificar uma como: Socorros de Urgências ou PS, sobretudo contendo aulas práticas, para
possibilitar uma habilitação aos graduados em licenciatura que deverá ser retomada
periodicamente.
Muitos cursos não contemplam este assunto nas disciplinas e, este profissional, muitas
vezes até mesmo antes de terminar a graduação, começa atuar nas escolas, desprovido deste
conhecimento.
Muito há que se fazer pelos PS, como estudos mais abrangentes inclusive sobre toda a
sociedade; promover uma sistemática de formação continuada para docentes e comunidade
escolar; incluir nas graduações os PS; estender para os escolares de nível fundamental e médio
um sistema de palestras preventivas de acidentes e noções básicas de PS visando maior qualidade
de vida e menores índices de internamentos, de morbidade e óbitos na idade laboral, com grande
economia na área da saúde.
35
5 – REFERÊNCIAS
BERNARDES, E. L., MACIEL, F. A. & DEL VECCHIO, F. B. Primeiros Socorros na Escola:
Nível de Conhecimento dos Professores. Movimento e Percepção, Movimento e Percepção v. 8
n° 11, p 289 a 305, jul/dez 2007, Espírito Santo do Pinhal, Sp.
BRAIL, Estatuto da Criança e do Adolescente, Diário Oficial da União em 16.7.1990.
BUONO, A. N., BUONO, E. A. Primeiros Socorros e Prevenção de acidentes de trabalho e
doméstico, pg 11, 2 ed. LTR, , São Paulo, 2004. 152 p.
CARDOSO, T. A. O., Manual de Primeiros Socorros, Ministério da Saúde, Fundação
Osvaldo Cruz (s. ed) Rio de Janeiro, Brasil. 2003, 207 p.
CARVALHO, Y. M., CECCIM, R. B., Formação e Educação em Saúde: Aprendizados com
Saúde Coletiva, In: CAMPOS, G.W. et al. (Org.) Tratado de Saúde Coletiva, 2ª ed. Editora
Hucitec, São Paulo, 2008, p. 137-170.
DELIBERATO, P. C. Fisioterapia Preventiva, 1ª Edição – Barueri SP - Manoele ltda, 2002.
382 p
FAG
http://www.fag.edu.br/
Acesso em 06/11/2009
FERREIRA, D. F., STAPLEON E., TIMERMAM S., RAMIRES J. A.F., Aplicação prática do
ensino em emergências médicas. Rev. Soc Cardiol Estado São Paulo. 11(2) :505 A 511 2001.
2001.
FIORUC, B.E, MOLINA AC, JUNIOR, W,V; LIMA, S. A. M., LIMA A. M. L. Educação em
saúde: abordando primeiros socorros em escolas públicas no interior de São Paulo. Rev. Eletr.
Enf. [Internet]. 2008;10(3):695-702.
FONSECA, A. S. Guia de Primeiros Socorros de A a Z. DCL, Brasil, 2005) 48 p.
FORLIN, C. Avaliação do conhecimento sobre Primeiros Socorros dos Cuidadores de criança de
6 meses a 6 anos. Artigonal/Ciência.
KRASILCHIK, M., Prática de Ensino de Biologia, Sp 4ª ed, Usp, 2008, 189 p.
LADEIRA, R. M., BARRETO, S. M. In ARAUJO, C. Q B. et al, Relevância da Sistematização
do Atendimento Pré-Hospitalar na Melhoria do Prognóstico em Pacientes Traumatizados. Revista
Tema v.7 números 10/11, p.12-18, Campina Grande, 2008.
36
MIYADAHIRA, A. M. K., QUILICI A. P., MARTINS C. C., ARAUJO G.L., PELLICIOTTI J.
S. S., Ressucitação cardiopulmonar com a utilização do desfibrilador externo semi-automático:
avaliação do processo ensino-aprendizagem. Rev. Esc Enferm USP, 42 (3) p 532 a 538. São
Paulo. 2008.
NASCIMENTO, N. R. do. Primeiros Socorros em Estabelecimentos de Ensino. Cascavel.
Universidade Paranaense – UNIPAR, 2005.
NASI, L. A., Rotinas em Pronto Socorro, 2ª ed, Porto Alegre, artmed, 2005, 800 p.
NOVAES, J. S, NOVAES, G. S., Manual de Primeiros Socorros para Educação Física, 1ª ed,
Rio de Janeiro, Sprint, 1994. 274 P.
OLIVEIRA, B. F. M., PROLIN M. K. F., TEIXEIRA JR. E. V., 2001, Trauma, Atendimento
Pré-hospitalar. Editora Atheneu, São Paulo, SP. 307 P.
PERGOLA, A. M., ARAUJO, I. E. M., O Leigo em Situações de Emergência, Revista da Escola
de Enfermagem da USP, v. 42 p. 769 a 775, dezembro 2008, São Paulo.
PMPR
<http://www.pmpr.pr.gov.br/pmpr/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1063>
Acesso em 03/05/2009
RODRIGUES, T. Y. Educação Preventiva de Acidentes, Brasília, 1979.
ROSA. M. L. R. Obstáculos percebidos por pais e professores no atendimento das necessidades
de crianças com epilepsia. Ver. Latino-am. Enfermagem. Ribeirão Preto, v.5 número especial,
p. 37 – 44, 1997.
SARDINHA, L. R. Análise do Nível de Capacitação dos Profissionais de Educação Física
atuantes no Ensino Médio da Rede Pública Estadual da Cidade de Ipatinga para Execução dos
Primeiros Socorros. Revista Digital Movimento “Educação Física em Foco- Ipatinga- MG V.1
UENEP
http://www.falm.edu.br/index.php?option=com_content&task=view&id=159&Itemid=261
Acesso em 24/10/2009
UFRJ
Disponível em:
http://www.biof.ufrj.br/bacharelado/gradecurricular.html
Acesso em 24/10/2009
Unioeste
Disponível em:
http://www.unioeste.br/cursos/rondon/edfisica/relacao_disciplinas_2.asp
Acesso em 24/10/2009
37
VIEIRA, T. de O.; Vieira, L. de O.; ZIMMERMANN, A.D. Mortalidade e anos potenciais de
vida perdidos por acidentes de trânsito. Revista Baiana de Saúde Pública, 27(2): p. 169-184,
2003.
ZIMERMANN, A. D. Primeiros Socorros: Uma questão de cidadania., Janus Revista digital de
Medicina e Saúde. Ano 1, v 1, 2004.
38
ANEXO 1
39
ANEXO 2
40
ANEXO 3
Download