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Tópico 6
Discriminação de Preços
Fátima Barros
Organização Industrial
1
Pricing
«
A maior dor de cabeça dos gestores em
termos de marketing
«
Qual é o objectivo? Qual é o preço
apropriado?
«
Pricing é a tentativa da empresa de capturar
parte do valor criado pelo seu produto.
«
Mas os custos...
Fátima Barros
Organização Industrial
2
Factores importantes
«
Sensibilidade da Procura
«
Custos
«
Complementos ou substitutos
«
Dinâmica: fidelização, curvas de experiência
«
Informação
«
Aspectos psicológicos
«
Concorrência
Fátima Barros
Organização Industrial
3
Factores que afectam a sensibilidade ao
preço.
«
Quem toma a decisão é quem paga?
«
O custo do bem representa % substancial na despesa total?
«
O comprador é o utilizador final? Se não, tem que concorrer
em preço no mercado dos consumidores?
«
Nesse mercado preço elevado é sinal de qualidade elevada?
«
Os custos de busca do consumidor são elevados?
«
O timing da compra é importante para o consumidor?
«
O consumidor consegue comparar o preço e a performance
das alternativas?
«
Há custos de mudança significativos?
Fátima Barros
Organização Industrial
4
Segmentação de Mercado
«
Uma estratégia de pricing depende de:
ü Custos
ü Sensibilidade ao preço
ü Concorrência
ü Se um destes factores variar significativamente
através de segmentos de mercado vale a pena
usar estratégias de marketing sofisticadas
Fátima Barros
Organização Industrial
5
Discriminação de Preços
Fátima Barros
Organização Industrial
6
Railroad Tariffs for Passengers
(Dupuit (1849)
«
Fátima Barros
“It is not because of the few thousand francs
which would have to be spent to put a roof
over the third-class carriages or to uphoslter
the third-class seats that some company or
other has open carriages with wooden
benches... What the company is trying to do
is to prevent the passengers who can pay
the second class fare from traveling thirdclass; it hits the poor, not because it wants
to hurt them, but to frighten the rich.”
Organização Industrial
7
Discriminação de preços
«
Muitas vezes as empresas não praticam o
mesmo preço para todas as unidades
vendidas:
ü Lojas de fotocópias praticam preços mais baixos para
estudantes e fazem descontos de quantidades;
ü Os comboios cobram preços mais baixos a certos tipos de
clientes e em certos horários; ainda 1ª e 2ª classe.
ü As companhias aéreas têm uma variedade de tarifas;
ü Frequentemente na compra de um produto de consumo o
cliente recebe um coupon que lhe dá descontos numa
próxima aquisição
Fátima Barros
Organização Industrial
8
Discriminação de Preços
«
A discriminação de preços surge mais frequentemente
na venda de serviços do que na venda de produtos
ü Os serviços são normalmente consumidos no momento
da compra;
ü Os serviços são muitas vezes um “bem perecível”, não
são potencialmente armazenáveis para serem vendidos
mais tarde
Fátima Barros
Organização Industrial
9
Discriminação de Preços
«
Consiste em desenhar preços à medida dos
diferentes segmentos de consumidores
«
Exige:
ü Separação de segmentos
ü Cada segmento de consumidores tem um preço
diferente
ü Segmentos têm elasticidades diferentes
Fátima Barros
Organização Industrial
10
Pricing em Monopólio
Preço
Lucros= $8
10
8
6
4
Cmg
2
P = 10 - 2Q
1
Fátima Barros
2
3
4
5
Quantidade
Rmg = 10 - 4Q
Organização Industrial
11
Uma regra simples de Markup
«
Suponhamos que a elasticidade da procura de uma
empresa é EF
«
Rmg = P[1 + EF]/ EF
«
Fazendo Rmg=Cmg e simplificando obtemos a
seguinte fórmula para o preço :
«
P = [EF/(1+ EF)] x Cmg
«
O preço óptimo é um markup sobre os custos
relevantes (custos marginais)
«
Quanto maior a elasticidade da procura, menor
markup.
Fátima Barros
Organização Industrial
12
Muitas vezes as empresas usam um markup
sobre os custos totais médios
P=CTM(1+mk) ou seja markup=(P-CTM)/CTM
Problemas:
ü Ignoram condições do mercado.
ü Volatilidade da Procura
ü Estratégia de preços dos concorrentes
ü Ignora que a quantidade vendida é função do preço
ü Usa CTM em vez do Cmg
Vantagens:
ü Fácil de utilizar
Fátima Barros
Organização Industrial
13
Discriminação de Preços de 1º Grau
(ou Discriminação Perfeita)
«
Prática que consiste em cobrar a cada
consumidor a quantia máxima que ele está
disposto a pagar por cada unidade do bem.
«
Permite à empresa extrair todo o excedente
do consumidor
Fátima Barros
Organização Industrial
14
Discriminação Perfeita de Preços
Preço $
10
8
Lucros
.5(4-0)(10 - 2)
= $16
6
4
Custo
Total
2
Cmg
D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fátima Barros
Organização Industrial
Quantidade
15
Inconvenientes:
«
Na prática os custos de transacção e a escassez
de informação tornam difícil implementar esta
política de preços (mas os vendedores de
automóveis e alguns profissionais ficam muito
perto).
«
A discriminação de preços não funciona se os
consumidores puderem revender o produto
(arbitragem).
Fátima Barros
Organização Industrial
16
Discriminação de Preços de 2º Grau
«
«
Fátima Barros
Prática que consiste em usar uma tabela
discreta de preços descrescentes para
diferentes intervalos ou escalões de
consumo.
Ex: Tarifação do gás, da electricidade
Organização Industrial
17
Discriminação de Preços de 2º Grau
P
Procura
P1
PM
P2
P3
Cmg
c
Rmg
Q1
1º Bloco
Fátima Barros
QM
Q2
2º Bloco
Organização Industrial
Q3
Q
3º Bloco
18
Discriminação de Preços de 2º Grau
Preço/KWH
6c
4c
2c
Rmg
100
Iluminação/electrodomésticos
Fátima Barros
200
350
aquecimento
Organização Industrial
KWH/mês
outras
19
Preço por escalão ou preço por
bloco
«
A ideia é encorajar os indivíduos a comprar
+ unidades sem ter que diminuir o preço das
quantidades pelas quais o indivíduo estava
disposto a pagar um preço mais alto
«
Este tipo de desconto não segmenta os
clientes pelo pricing mas segmenta
diferentes compras feitas pelo mesmo
consumidor
Fátima Barros
Organização Industrial
20
Preço
Descontos de quantidade
Procura
P1
Cmg
90
Fátima Barros
120
Organização Industrial
Quantidade
21
Preço
Desconto de quantidade Óptimo
P1
Procura
A=B
A
B
Cmg
100
Fátima Barros
120
Organização Industrial
Quantidade
22
Discriminação de 2º grau
«
Preços por blocos podem ser interpretados
da seguinte maneira:
ü A empresa anuncia uma tabela de preços onde os
preços dependem da quantidade comprada
ü Cada consumidor, num processo de auto-selecção
escolhe o bloco que maximiza o seu excedente
ü Neste caso a empresa não tem informação
suficiente para atribuir a cada consumidor um
bloco de preços (ex: companhias de seguros)
Fátima Barros
Organização Industrial
23
Discriminação de Preços de 3º Grau
«
Prática que consiste em cobrar preços
diferentes a grupos diferentes de
consumidores pelo mesmo produto.
«
Exemplos: descontos para estudantes e
reformados, mercados regionais e
internacionais, empresas e particulares.
Fátima Barros
Organização Industrial
24
Pricing de um monopolista com Cmg nulo
Preço Espectad.Receita
60
0
∆Q/Q
40
30
20
10
0
Fátima Barros
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
Elastic.
0
200,0%
50
∆P/P
-18,2% -11,00
50.000
66,7%
-22,2%
-3,00
40,0%
-28,6%
-1,40
28,6%
-40,0%
-0,71
22,2%
-66,7%
-0,33
18,2% -200,0%
-0,09
80.000
90.000
80.000
50.000
0
Organização Industrial
25
E se existirem 2 segmentos de mercado
mercado??
Preço
60
50
40
30
20
10
Fátima Barros
O caso do concerto de Rock
P. em Geral Estudantes Total
600
1000
1400
1800
2200
2600
0
0
600
1200
1800
2400
Organização Industrial
600
1000
2000
3000
4000
5000
Receita
36.000
50.000
80.000
90.000
80.000
50.000
26
Estudantes
Público em geral
Preço P. em Geral dQ/Q
60
30
20
10
Elast.
60
0
50
0
200,0% -22,2%
-9,00
40
600
66,7% -28,6%
-2,33
30
1200
40,0% -40,0%
-1,00
20
1800
28,6% -66,7%
-0,43
10
2400
22,2% -200,0%
-0,11
0
3000
-40,0% -0,50
2200
16,7%
dP/P
-28,6% -0,88
1800
20,0%
EstudantesdQ/Q
-22,2% -1,50
1400
25,0%
Preço
-18,2% -2,75
1000
33,3%
40
Elast.
600
50,0%
50
dP/P
-66,7% -0,25
2600
14,3% -200,0% -0,07
0
3000
Organização
Receita Total = 40*1400 + 20*
1800Industrial
= 56 000 + 36 000 = 92 000
Fátima Barros
27
Solução da Discriminação de
Preços de 3º Grau
Fátima Barros
«
Considere que a procura de um produto
se divide entre dois grupos c/ procuras c/
diferentes elasticidades, E1 < E2
«
Quais são os preços que maximizam os
lucros?
«
P1 = [E1/(1+ E1)] × Cmg
«
P2 = [E2/(1+ E2)] × Cmg
Organização Industrial
28
Um Exemplo
«
Suponhamos que a elasticidade da procura de
filmes Kodak nos US é EU = -1.5, e no Japão é EJ
= -2.5. Que preços deve a Kodak praticar nos US
e no Japão?
«
O custo marginal de produção de um filme é $3
«
PU = [EU/(1+ E U)] × Cmg = [-1.5/(1 - 1.5)] × $3
= $9
«
PJ = [EJ/(1+ EJ)] × Cmg = [-2.5/(1 - 2.5)] × $3 =
$5
«
A estratégia de preços óptima para a Kodak é
cobrar um preço mais elevado nos US, onde a
procura é menos elástica
Fátima Barros
Organização Industrial
29
Case Studies
«
Coupons e descontos: porque é que as
empresas usam estes coupons em vez de
reduzirem simplesmente o preço?
«
Políticas de preços nos hóteis
«
Pricing das companhias aéreas
Fátima Barros
Organização Industrial
30
Discriminação de Preços pelo
Timing
«
Restaurantes almoço/jantar
ü Big Mac é uma alternativa
«
Fátima Barros
Cinemas e teatros: matinées vs. noite
Organização Industrial
31
Discriminação Intertemporal de Preços
Exemplos:
•Saldos
•Livros
•Computadores
P1
P2
Cmg
Rmg1
Q1
Fátima Barros
D1
D2
Rmg2
Q2
Organização Industrial
32
Peak -Load Pricing
«
Útil quando o custo de servir um consumidor varia
significativamente com o timing da compra
«
Ocorre quando a procura varia em momentos diferentes
mas a procura não é “storable”
ü Ex: aviões, hóteis, electricidade, telefones, teatros, pontes c/
portagem
«
Como não se pode deslocar a oferta dos produtos ao longo
do tempo o melhor é tentar gerir a procura.
«
Assim, quando a procura durante os períodos de pico é
muito alta, excedendo a capacidade da empresa, esta deve
praticar peak-load pricing.
Fátima Barros
Organização Industrial
33
Peak Load Pricing
Cmg
PH
DH
PL
RmgH
DL
RmgL
QL
Fátima Barros
QH
Organização Industrial
34
Two-Part Pricing
«
Quando não é possível cobrar preços diferentes por diferentes
unidades vendidas, mas existe informação sobre a procura,
as tarifas em duas partes podem permitir à empresa
extrair todo o excedente dos consumidores.
«
Tarifas em duas partes consiste numa franquia fixa mais um
preço por unidade.
ü Exemplo: Clubes de Golf, parques da Disney, rent-a-car
(fee+x por Km)
«
Funciona como um desconto de quantidade: grandes
consumidores pagam menos do que pequenos consumidores,
pelo mesmo produto.
Fátima Barros
Organização Industrial
35
Como funciona a tarifa em duas partes?
Price
1. Preço= Custo Marginal
2. Calcula-se o excendente
do consumidor.
10
3. Aplica-se uma fixed-fee
igual ao excedente do
consumidor
8
6
Fixed Fee = Lucros = $16
Preço por 4
unidade
Cmg
2
D
1
Fátima Barros
2
3
4
5
Organização Industrial
Quantity
36
Preço/minuto
Preço/minuto
Heterogeneidade dos Consumidores
Light user
DL
Heavy user
DH
DL
Cmg
Cmg
Q* L
Fátima Barros
QL
Minutos/mês
Organização Industrial
Q* H
QH Minutos/mês
37
Preço/minuto
Preço/minuto
Heterogeneidade dos Consumidores
Light user
DL
P*
Heavy user
DH
DL
P*
Cmg
Cmg
Q* L
Fátima Barros
QL
Minutos/mês
Organização Industrial
Q* H
QH Minutos/mês
38
Preço/minuto
Preço/minuto
Heterogeneidade dos Consumidores
Light user
DL
DH
DL
s1
s1
P*
s6
P*
s2
s3
Q* L
Fátima Barros
Heavy user
Cmg
QL
s2
Minutos/mês
Organização Industrial
s3
s4
s5
Q* H
Cmg
QH Minutos/mês
39
Dois tipos de Consumidores
«
Separação: P=Cmg e
ü TL=s1+s2+s3
ü TH=s1+s2+s3+s4+s5+s6
«
Tarifa uniforme: dilema entre tarifa demasiado alta
(light users saiem do mercado) e tarifa demasiado
baixa (vai ser adoptada pelos heavy users)
ü 1ª hipótese: T=s1+s2+s3 e P=cmg; H users ganham
surplus=s4+s5+s6 e Lucro=2*T
ü 2ª Hipótese:T=s1 e P>Cmg; Lucro=2*(s1+s2)+s3+s4
ü Lucros da empresa aumentam se s4>s3.
Fátima Barros
Organização Industrial
40
2 Tarifas e 2 perfis de consumidores
250
200
Ass Low
Ass High
Procura L
Procura H
Exc. Low
Exc. High
150
100
50
Fátima Barros
Organização Industrial
89
0
83
0
77
0
71
0
65
0
60
0
54
0
48
0
42
0
36
0
30
0
-50
24
0
18
0
0
41
Caso: a taxa de activação da PT
Em Fevereiro de 1998 a Portugal Telecom introduziu uma
“taxa de activação” de chamadas que gerou uma grande
polémica. A publicidade da PT enfatizava que os consumidores
que mantivessem o mesmo número e duração de chamadas não
iriam pagar mais do que antes. No entanto, a PT foi bastante
criticada. Argumentou-se por exemplo que as empresas quando
alteram os preços é para aumentar os lucros, e que os
consumidores iriam ficar prejudicados com a taxa.
Parece-lhe possível que a afirmação da PT esteja certa e que
mesmo assim os seus lucros aumentem? E se isso for possível,
os consumidores irão ficar prejudicados com o novo tarifário?
Fátima Barros
Organização Industrial
42
Preço por
minuto
Alterações:
• Preço por min =15
• Taxa de activação = 5*3 = 15
Procura
Lucro antes = (20-10)*3= 30
A
P0=20
P1=15
C
Lucro depois =
(15-10)*4+15 = 35
Cmg=10
3 min 4 min
Fátima Barros
Organização Industrial
Duração da
chamada
43
Quando é que é rentável usar preço
por bloco e tarifas de 2 partes?
«
Quando as quantidades compradas pelos
clientes individuais são muito sensíveis ao
preço
«
Quando o produto não pode ser facilmente
armazenado (para utilização posterior) ou
revendido
«
As procuras dos indivíduos são semelhantes
ou é possível segmentar os consumidores
pelo pricing, dividindo-os (auto-selecção) em
grupos com procuras semelhantes
Fátima Barros
Organização Industrial
44
Block Pricing
«
Prática que consiste em colocar diversas
unidades do mesmo produto em conjunto e
vendê-las como um único pacote.
«
Exemplos
ü Papel
ü Pacotes de 6 latas de cerveja
ü iogurtes
Fátima Barros
Organização Industrial
45
Exemplo:
A Procura de um consumidor típico é (P=10-2Q):
P
Q
8
1
6
2
4
3
2
4
nCmg
=2
nQual é o número óptimo de unidades num
pacote?
n Qual é o preço óptimo do pacote?
Fátima Barros
Organização Industrial
46
Nº Óptimo de Unidades no Pacote?
Preço
10
8
6
4
Cmg = AC
2
D
1
Fátima Barros
2
3
4
Organização Industrial
5
Quantidade
47
Nº Óptimo de Unidades no Pacote:
Preço
Valorização do consumidor das
4 unids= (8)(4)/2 + (2)(4) = $24
10
8
6
Preço
Óptimo do Pacote: $24
4
Cmg = CM
2
D
1
Fátima Barros
2
3
4
Organização Industrial
5
Quantidade
48
Custos e Lucros com Block Pricing
Preço
10
8
Lucros = $16
6
Custos = $8
4
Cmg
2
D
1
Fátima Barros
2
3
4
Organização Industrial
5
Quantidade
49
Planos Pacotes de Minutos vs PréPagos
Preço/minuto
Vitamimo
0,292
Pmédio
pacote
0,246
Procura
0,237
90
Fátima Barros
minutos
Organização Industrial
50
Pmédio
pacote
Preço /minuto
Planos Pacotes de Minutos
Procura
Preço por
minuto
90
Fátima Barros
120
Organização Industrial
minutos
51
Bundling
«
Prática que consiste em vender dois ou mais
produtos em conjunto e cobrar um único
preço pelo cabaz.
«
Exemplos
ü Pacotes de férias (avião +hotel)
ü Computadores e software
ü Restaurantes e menus de preço fixo
ü Rede fixa e Internet
Fátima Barros
Organização Industrial
52
Um Exemplo
Filme A
Filme B
Cinema X
$12 000
$3 000
Cinema Y
$10 000
$4 000
Solução:
Preços separados: PA=$10 000; PB=$3 000;
RT= 2x($10 000+$3 000)= $26 000
Bundle: Pbundle =$14 000; RT=2x$14 000=$28 000
Fátima Barros
Organização Industrial
53
Um Exemplo
Filme A
Filme B
Cinema X
$12 000
$4 000
Cinema Y
$10 000
$3 000
Solução:
Preços separados: PA=$10 000; PB=$3 000;
RT= 2x($10 000+$3 000)= $26 000
Bundle: Pbundle =$13 000; RT=2x$13 000=$26 000
Fátima Barros
Organização Industrial
54
Um Exemplo com os filmes Kodak
«
Dimensão Total do Mercado: 4 milhões de
consumidores
«
Tipos de consumidores
ü 25% usam apenas filme Kodak
ü 25% só revelam o filme na Kodak
ü 25% usam apenas filme Kodak e só revelam na
Kodak
ü 25% não têm preferência
«
Fátima Barros
Para simplificar: custos zero
Organização Industrial
55
Preços de Reserva para os filmes da Kodak e para a
revelação do filme, por tipo de consumidor
Tipo
F
FD
D
N
Fátima Barros
Filme Revelação
$8
$3
$8
$4
$4
$6
$3
$2
Organização Industrial
56
Preços de Reserva de vários consumidores
r2
C
10
6
A
5
B
3.25
3.25
Fátima Barros
5
Organização Industrial
8.25
10
r1
57
Bundling e Preços de Reserva
Decisões com venda separada
Decisões com bundling
r2
r2
C
10
Consumid.
compram só
bem 2
r2 = 9.25 - r1
6
P2
A
5
Consumid.
Consumid.
não compram compram só
nenhum
bem 1
B
3.25
3.25
Fátima Barros
Consumid.
compram
ambos
5
8.25
10
r1
Organização Industrial
P1
r1
58
Procuras negativamente correlacionadas: ainda os filmes: vale a
pena mixed bundling?
rB
4 000
Y
X
3 000
PA+PB =14 000
10 000
Fátima Barros
12 000
Organização Industrial
14 000 rA
59
Mixed Bundling vs. Pure Bundling
r2
P1
C1=20
Ind.
A
90
B
50
P2
Pcabaz Lucro
90 150
50
200
Pure B. 100
Mix. B. 89.95 89.95 100
229.9
C
40
30
C2=30
D
10
10 20
Fátima Barros
50 60
Organização Industrial
90
100
r1
60
Mixed Bundling c/ Custos Marginais Nulos
P1
r2
Ind.
90
80
B
A
P2
Pcabaz
Lucro
80
80
-
320
Pure B. Mix. B. 90
90
100
120
400
420
C
40
30
D
10
10
Fátima Barros
40
80
Organização Industrial
90
100 120
r1
61
Cross-Subsidies
«
Os preços cobrados por um produto são
subsidiados pela venda de outro produto
«
Pode ser rentável quando as procuras dos bens
são complementares
«
Exemplos
ü Telemóveis
ü Bebidas e refeições nos restaurantes
Fátima Barros
Organização Industrial
62
Resumo
«
Discriminação de Preços de 1º, Block pricing e
tarifas em duas partes permitem à empresa
extrair todo o excedente do consumidor
«
Bundling e discriminação de preços de 2º e 3º
permitem à empresa extrair parte (mas não todo)
o excedente do consumidor.
Fátima Barros
Organização Industrial
63
Política de Preços para Bens Duráveis
Fátima Barros
Organização Industrial
64
Bens Duráveis
«
Bens que não se esgotam imediatamente no
seu consumo;
ü Ex: um automóvel, um frigorífico, um livro, um
diamante
«
perduram durante um determinado nº de
períodos
«
A “Terra” é talvez o bem mais durável
ü Menor depreciação
Fátima Barros
Organização Industrial
65
Problema do monopolista com um
bem durável
«
Cria a sua própria concorrência
«
Ao vender hoje reduz a procura amanhã
«
O monopolista compete com ele próprio no futuro
Fátima Barros
Organização Industrial
66
Implicações
«
Existência de um mercado de “segundamão”:
ü o poder de mercado do monopolista no futuro é
determinado, em parte, pela sua produção hoje.
«
Os preços que os consumidores estão
dispostos a pagar hoje dependem do que eles
esperam que sejam os preços no futuro
ü Se antecipam descida dos preços no futuro têm
incentivos para adiar a compra logo reduzem o
poder de mercado do monopolista no presente
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67
«
O bem durável hoje é um substituo
imperfeito do mesmo bem amanhã
«
O monopolista faz discriminação intertemporal de preços
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Conjectura de Coase
«
A durabilidade do produto e as expectativas
dos consumidores podem reduzir
substancialmente, ou mesmo eliminar, o
poder de monopólio do monopolista.
«
Problema: o monopolista não tem a
possibilidade de tornar credível o
compromisso de não baixar os preços no
futuro para explorar a procura residual.
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69
Estratégias para reduzir o efeito da
Conjectura de Coase
«
Alugar em vez de vender
«
Reputação
«
Limitar a Capacidade
«
Novos clientes
«
Redução da durabilidade
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70
I. Alugar
«
Alugar em vez de vender:
ü a empresa mantem os direitos de
propriedade do produto mas atribui ao
cliente o direito de usufruir do bem por um
período contratado a um determinado
preço.
ü (caso Xerox, United Shoe Machinery
Corporation; mais tarde o governos dos EU
obrigou as empresas a vender)
Problemas associados ao aluguer:
Risco moral, selecção adversa, activo específico
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71
II. Reputação
«
Reputação
«
O monopolista pode investir na sua
reputação resistindo à tentação de aumentar
a oferta hoje.
«
Reduz a oferta no curto prazo e este é o
custo para manter os preços de monopólio
no futuro.
ü Exemplos:De Beers e os vídeos da Disney.
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72
Clausulas Contratuais
«
O monopolista compromete-se a comprar no
futuro o bem (buy back) pelo mesmo preço
ü Problema: dificuldade de aplicação se o
comportamento abusivo do cliente diminuir o valor
do bem
«
O monopolista compromete-se a reembolsar
retroactivamente os seus clientes se no
futuro praticar preços mais baixos
ü EX: Chrysler
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73
III. Limitar a Capacidade
«
Compromisso credível para não aumentar a
oferta amanhã é destruindo a possibilidade
de produzir no futuro.
ü Eliminação da possibilidade de reproduzir uma
determinada obra de arte no futuro
ü Produção de um modelo de automóvel ou um
relógio que é uma série limitada
«
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Custos marginais crescentes que tornam
credível o limite de capacidade
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74
V. Redução da Durabilidade
«
Ao reduzir a durabilidade o monopolista
aumenta a procura no futuro podendo assim
manter os preços elevados
«
Assim o monopolista tem sempre incentivos
para reduzir a durabilidade do bem, se não
consegue comprometer-se a manter os
preços elevados no futuro.
ü Ex: processos de inovação do produto permitem reduzir a
concorrência entre as gerações novas e velhas do mesmo
produto
Elevados custos de investimento R&D
ü Ex: automóveis, vestuário, livros de texto
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75
Reciclagem
«
A possibilidade de um produto ser reciclado
significa que existe um mercado de segundamão que vai competir com o mercado de
“primeira-mão”
«
O mercado de segunda-mão restringe o
poder do monopolista
ü Dependendo da taxa de depreciação do produto
ü Ex: semi-novos na indústria automóvel e Alcoa
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76
Monopoólio vs. Oligopólio
«
O monopolista tem incentivos para alugar
para evitar os problemas associados às
expectativas dos consumidores acerca dos
preços futuros
«
O oligopolista pode preferir vender porque
“agarra” hoje; no aluguer só pode agarrá-lo
com segurança durante um período
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Oligopólio
«
Quanto maior a concorrência será de esperar
um ratio Vendas/Aluguer mais elevado
«
A IBM e a Xerox aumentaram os seus ratios
de Vendas/Aluguer (que inclui serviços de
manutenção) entre 1968 e 1983 quando a
concorrência aumentou
1968
1983
IBM
0.46
1.38
Xerox
0.28
0.85
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