Visualização do documento Estudo-EGITO.doc (42 KB) Baixar EGITO José Valadão Localizado no nordeste da África. A história do Egito desenvolveu-se na região cultivável nas margens do rio Nilo. O rio Nilo percorre mais de 6000 km. A área do nordeste da África é deserto, interrompido pelo rio Nilo. Com oásis nas suas margens, e graças às cheias anuais foi possível desenvolver a agricultura de cereais, da vinha, do papiro, da cebola e do lótus. Após as enchentes, as margens ficavam cobertas de aluvião, deixado pelo rio, sendo aproveitado pelos agricultores. O Período Pré-Dinástico - 4000 a 3200 a.C. Neste período vamos encontrar a região dividida em cidadesestados ou “nomos”, independentes, só havendo cooperação para fins econômicos. Após o quarto milênio a.C. aconteceu uma fusão de estados dando origem à dois grandes reinos, do Baixo Egito situado na região do Delta, e o do Alto Egito situado ao longo do vale do Nilo. A necessidade de construir grandes obras públicas e de defesa contra os inimigos, levou os nomos do Baixo Egito a se unirem, formanod um só reino. Mais tarde os nomos do Alto Egito se uniram, formando um só reino. Por volta de 3200 a.C., o faraó Menés unifica os dois reinos. Não se encontraram precisamente traços da existência de Menés. Existem documentos que se referem ao período imediato anterior à unificação. Em Hieracômpolis, que , supõe-se, foi a capital dos reis do Sul, encontraram-se monumentos que representam um rei chamado Scorpion lutando contra os egípcios do Norte. A autoridade de Scorpion parece ter estendido até o norte de Mênfis, e o verdadeiro unificador do país presume-se tenha sido seu sucessor Nârmer. Este rei é representado numa tabuinha, combatendo os egípcios do Norte, usando as insígnias do rei do Sul e do Norte. Pouco se sabe sobre os cinco séculos que duraram as duas primeiras dinastias, inauguradas por Nârmer. O PERÍODO DINÁSTICO Pode-se dividir o período dinástico do antigo Egito em três fases: - Antigo Império (3200-2300 a.C.) - Médio Império (2134-1580 a.C.) - Novo Império (1580-1090 a.C.) ANTIGO IMPÉRIO No Antigo Império, a capital ficava em Tinis, depois em Mênfis. Este período compreendeu a III e IV Dinastias. A IV Dinastia inicia com Snefru, sucessor de Huni. Sendo seus sucessores Quéops, Quéfren e Miquerinos. São deste período: as pirâmides na planície de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos, estes nomes correspondem aos respectivos faraós), a Pirâmide de Degraus, em Sacara, erigida como mausoléu real por Inhotepe, a gigantesca esfinge que representa o rei Cafre, da IV dinastia. A primeira pirâmide da planície de Gizé mede 146 metros de altura. Os provérbios de Ptaotepe, que serviu como grão-vizir sob um Faraó da Vª Dinastia, merecem atenção por seus conselhos práticos. O Antigo Império terminou em meio a agitações provocadas pelos pesados impostos e pela formação de uma nobreza proprietária de terras. O Antigo Império termina em um período de confusão e depressão chamado o Primeiro Intermediário. Durante mais de um século, o Egito derivou à mercê de convulsões sociais e da anarquia agravada por incursões estrangeiras, trata-se de uma época agitada. Mas no segundo milênio a.C., o Egito procurou recuperar-se e preparou para entrar numa fase de prosperidade, que é sob os Faraós do Médio Império. MÉDIO IMPÉRIO: Após um período longo de convulsões, termina (por volta de 2160 a.C), e a unidade do poder é restaurada com os nomarcas de Tebas. Esta restauração não foi obra de apenas um faraó, mas de toda uma dinastia, a XI, que em suas origens é contemporânea da X, a heracleopolitana. Na XI Dinastia temos os primeiros a tomar o título de rei do Alto e do Baixo Egito. A obra essencial da XI Dinastia foi reunificar o país. Retomaram a política de expansão na Núbia. Abriram a estrada de Uadi Hammamat que tornava a ligar o Egito ao mar Vermelho, e servia de ponto de partida para as expedições ao Sinai e ao reino de Punt. Esta estrada atravessa o deserto arábico, e os reis desta dinastia utilizaram para enviar expedições militares contra os nômades que percorriam o país e organizar os pontos de água. Na XII Dinastia mantém a estabilidade interna e externa. Esta Dinastia instalou na região de Menfis, onde poderia governar melhor o país. Um dos faraós mais notáveis foi Amenemá III, que realizou grandes obras públicas, abrindo canais de irrigação e construindo açudes. Os faraós mais importantes do Médio Império foram: Amenemhat I, Senusret I, Amenemhat II e Amenemhat III Por volta de 1730 a.C., o Egito foi invadido pelos hicsos povo semita que, atravessando o Istmo de Suez, dominaram o país durante quase dois séculos. O nome Hicsos nos é dado por Manethon. Parece que se trata de deformação da palavra composta egípcia Héqa-khasut. Os hicsos estabeleceram a capital em Aváris, junto ao Delta do Nilo. Os hicsos tinham cavalos e carros de combate, desconhecidos no Egito. Neste período que a “Casa de Jacó” (Israel) vai para o Egito. NOVO IMPÉRIO: Os hicsos são expulsos em 1540 a.C., iniciando assim o Novo Império. Talvez estimulado pelas lutas travadas contra o invasor, teve início uma fase de grandes vitórias militares. À morte de Thutmés II foi proclamado rei Thutmés III, seu filho natural, mas como era ainda muito novo sua tia Hatshepsut (15051484 a.C.), mulher de Thutmés II assumiu a regência. Reinou sózinha vinte e dois anos. Interessante que foi o clero de Amon que proclamou rei Thutmés III, rei. O sumo sacerdote é um dos fiéis da rainha Hatshepsut. Esta para fundamentar seu poder se declara a própria filha do deus Amon. O reinado de Hatshepsut foi militarmente tranqüilo. A excursões militares foram substituídas por expedições comerciais, sobretudo a região de Punt. Este foi um período de grande esplendor artístico. O templo funerário da rainha, em Deir-el-Bahari, construído por seu arquiteto e valido Senenmut. Thutmés III invade a Ásia, atingindo o rio Eufrates depois de dominar a Síria. Para defender a costa oriental do Mediterrâneo constrói uma poderosa frota de guerra. É deste período o templo de pedra calcária branca. Este necrotério foi erigido com terraços munidos de colunas, tendo por fundo o penhasco de Deir-el-Bahri. Um dos dois grandes obeliscos erigidos (que contém 180m3 de granito e alcança quase trinta metros de altura), que está em Karnak. Thutmés IV (1425?-1408 a.C.), foi quem mandou construir a esfinge. Não era o primogênito de Amenófis II, não se sabe como chegou ao trono. Teve um reinado calmo. Fez duas campanhas no Sudão e outra na Ásia. Devido ao perigo hitita, um inimigo do Egito, os mitanianos buscaram aproximação com o faraó. Daí resultou uma aliança entre os dois, que resultou Thutmés IV toma por esposa uma princesa mitaniana. Devido a esta, que seu filo Amenófis III tinha sangue indo-europeu. Amenófis IV – Akhenaton (1372-1354 a.C.). Segundo alguns, tinha uma platicefalia na sua parte superior e uma protuberância do occipital. Tinha o nariz muito proeminente, testa achatada, olhos amendoados. A reforma religiosa de Amenófis IV nasceu de idéias concebidas no reinado de Amenófis III. Desde a origem da dinastia, o clero de Amon, exerceu importante ação no governo. A sua primeira intenção nesta iniciativa é sacudir o jugo do clero de Amon. Tenta acabar com a religião do deus Amon, fecha seus templos e dispersa seus sacerdotes. Instala seu governo em Tell al-Amarna, no Médio Egito. Enfim, muda seu próprio nome, composto com o nome de Amon para Akhenaton, em honra ao sol, mandando eliminar o nome de amon em todas as inscrições monumentais. Tenta impor a crença em um só deus Aton, o disco solar, para adorá-lo não era necessário estátuas, pois se dirigirá ao deus que brilha nos céus. Esta novidade religiosa foi extremamente curta, e a religião de Aton foi abandonada talvez ainda em vida do próprio Akhenaton. Parece que a sua mulher Nefertiti exerceu influência na revolução operada pelo marido. Ela, ao que parece, permaneceu fiel mais tempo neste culto do que o próprio marido. Quando morre este faraó, o clero de Amon recobrou todo seu poder. Parece que Amenófis IV no fim da sua vida associou ao trono o marido da filha mais velha, Semenkaré, e que os dois aderiram ao culto de Amon. Amenófis IV e Semenkaré morrem e o poder retorna ao marido da segunda filha de Amenófis IV, Tutankhaton, provavelmente filho de Amenófis IV e a rainha Kya, que ainda muito jovem permaneceu junto a sua mãe em Amarna. Após três anos, Tutankhaton (significa: “imagem viva de Áton”) deixou Tell-Amarna e parte para Tebas, onde tomou o nome de Tutankhamon. Consta que ele levou consigo para Tebas o cadáver embalsamado de seu pai para o enterrar no Vale dos Reis. Tutankhamon morre aos dezoito anos, após um reinado de nove anos. Segundo os hieróglifos encontrados e traduzidos, morreu “de forma inesperada” Sua esposa, Ankhesenamon, agora viúva, tenta desposar um princípe hitita, mas este é assassinado a caminho do Egito. A descoberta da tumba de Tutankhamon, ocorreu em 1922, por Howard Carter. Ao morrer, seu sucessor foi seu cunhado Ay. Seu reinado foi confuso e breve, não durando mais que quatro anos. O último faraó desta Dinastia (XVIIIª) foi Horemheb, antigo funcionário de Amenófis IV, cuja esposa está vinculada a realeza. Horemheb descendia de família de “nomarcas”, governadores provinciais. Usurpou os monumentos de Tutankhamon, dos quais raspou o nome do seu predecessor para colocar o seu. Ao iniciar a XIXª Dinastia, o exército passa a ser força no estado, e não é de estranhar vê-lo em função política. Ramsés I (1314-1312 a.C)., foi designado por Horemheb. Subiu ao trono já com idade avançada. Sethi I (1312-1298 a.C) , filho de Ramsés I, foi elevado ao trono por seu pai. Retoma a política de conquista do Oriente. O Egito experimenta um período de grandeza. Sethi I, sua política se caracteriza pela retomada de conquista no Oriente. Ramsés II (1298-1235) sucedeu ao seu pai normalmente. Em 1294 percorreu Israel até a altura de Byblos. Os hititas opuseram com uma aliança de vinte povos. O confronto ocorreu diante da cidade de Kadesh. O êxodo (libertação de Israel da escravidão egípcia) que teve lugar muito provavelmente com Ramsés II em 1250 a.C.. Contudo há discussão a este respeito. Meneptah (1325-1224). Com este reinado inicia a decadência do Egito. O reinado de Ramsés II foi longo, assim quando seu trigésimo filho Meneptah chega ao poder, já estava com idade avançada. O destaque no seu período foi a campanha da Líbia. Arquivo da conta: minhateca2015 Outros arquivos desta pasta: Estudo-A ARCA DA ALIANÇA.doc (40 KB) Estudo-A História Completa de Purim.doc (91 KB) Estudo-EGITO.doc (42 KB) Estudo-FIGURAS E FOTOS RELACIONADAS AO TEXTO.doc (264 KB) Estudo-FORMAS TEXTUAIS.doc (156 KB) Outros arquivos desta conta: Aborto Adoração Amor Anjos Apostolos Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br