A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS Na Alta Idade Média, os

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A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
Na Alta Idade Média, os senhores feudais (nobreza) e o clero (membros da
Igreja) detinham, quase completamente, o controle da riqueza e da força militar e
aplicavam a justiça segundo sua vontade. Os reis eram, na maioria das vezes, figuras
sem grandes poderes na vida dos reinos da Europa. A partir do século XI, no entanto,
esse quadro começa a mudar em função das atividades comerciais e do
desenvolvimento dos núcleos urbanos. No século XIV, a ordem feudal ficou abalada
com a crise europeia. Somente uma organização política centralizada teria condições
de resolver os problemas que afetaram a Europa. Foi nesse processo que começaram
a surgir os Estados Nacionais. O poder unificado passou a ser exercido por reis sobre
cada nação, dando origem aos Estados Modernos europeus.
A condição básica para a unificação política foi a centralização de poderes em
torno do soberano, criando-se assim um estado, com seu governo, seu exército, suas
leis e sua organização política. O rei, que antes não possuía grande poder, era o único
que teria condições de uniformizar e reorganizar a economia, mandar juizes
escreverem leis e ao mesmo tempo organizar a expansão em direção ao mercado
externo, padronizando as moedas e os sistemas de pesos e medidas, criando
condições para o crescimento das atividades comerciais.
Para cumprir o processo de centralização política e criar os estados
centralizados, os soberanos tiveram que dominar a cobrança de impostos,
monopolizar a violência pelo domínio da força militar, criar uma justiça única
baseada num código de leis escrito e exercer o poder através da administração de
funcionários públicos capazes de exercerem suas funções no governo.
FATORES QUE LEVARAM AO SURGIMENTO DOS ESTADOS
MODERNOS NACIONAIS - o enfraquecimento do poder da nobreza e do clero,
devido a crise do século XIV; o crescimento do poder econômico da burguesia com a
ascensão do comércio europeu; a desorganização das relações entre os servos e a
nobreza feudal e a contestação ao poder da Igreja Católica, através das revoltas
camponesas e urbanas.
O ABSOLUTISMO - As monarquias nacionais europeias evoluíram, entre os
séculos XV ao XVIII, para os regimes monárquicos absolutistas. O absolutismo era
o sistema político em que o poder do Estado concentrava-se nas mãos do rei. O poder
do rei era absoluto por direito e ninguém podia duvidar ou se opor à vontade do
soberano.
O absolutismo era um aparelho de dominação destinado a sujeitar as massas
camponesas servis à sua posição social tradicional, ou seja, sempre exploradas. Os
reis absolutistas colocaram a nobreza e o clero para ocupar os cargos da alta
administração dos Estados Nacionais, preservando-os ainda como classes
importantes, mantendo, assim, tradições feudais. Por outro lado, os monarcas
procuraram negociar com as classes burguesas, pois estas controlavam o comércio e
possuíam o poder econômico necessário para ajudar os reis absolutistas da Europa a
fortalecerem os seus Estados.
OS FILÓSOFOS DO ABSOLUTISMO - De acordo que as monarquias nacionais foram
evoluindo para os Estados Absolutistas, inúmeras obras literárias apareceram para justificar o
poder soberano dos reis. Essas ideias eram baseadas nas teorias do "contrato social" e a do
"direito divino".
A teoria do contrato social foi defendida por vários pensadores da época, os quais
publicaram livros argumentando que somente um governo fortemente centralizado seria
capaz de pôr fim à desordem reinante, mantendo-se a unidade nacional, a segurança e a
prosperidade. Um dos mais importantes foi o renascentista italiano Nicolau Maquiavel,
autor de "O Príncipe". Ele afirmava que o Estado estava acima dos indivíduos e que era
preferível um rei temido e não amado. Na Inglaterra o grande nome foi Thomas Hobbes,
autor de "O Leviatã". Ele considerava que a sociedade, inicialmente, vivia em estado natural,
na mais completa anarquia. Para se protegerem da violência, os indivíduos, espontaneamente,
abrem mão de seus direitos em nome do rei, para manter a segurança.
Na teoria do direito divino, destacou-se na França o cardeal Jacques Bossuet.
Segundo ele, o rei era o representante de Deus na terra e, por direito divino, não devia
satisfação de seus atos. Revoltar-se contra o poder real era o mesmo que se revoltar contra a
vontade de Deus.
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ATIVIDADES:
1) Quais os grupos sociais que detinham o
controle da riqueza e da força militar,
durante a Idade Média ?
2 linhas
2) Qual a situação política dos reis
europeus, durante a Idade Média ?
4 linhas
3) De que forma a crise do século XIV
poderia ser resolvida ?
6 linhas
4) Quem passou a deter o poder unificado
nos Estados Nacionais, a partir
dos séculos XV e XVI ?
4 linhas
5) De que forma os reis criaram condições
para uniformizar e reorganizar a
economia ?
3 linhas
6) Quais as medidas tomadas pelos reis
para cumprir o processo de centralização
política e criar os estados modernos ?
5 linhas
7) Cite 3 fatores que levaram ao surgimento dos estados modernos nacionais?
2 linhas
8) O que se entende por absolutismo ?
3 linhas
9) Quais os grupos nomeados pelos reis
europeus para ocupar o alto escalão nos
cargos públicos dos Estados Modernos?
6 linhas
10) Por que os monarcas (reis) europeus
tiveram que negociar com a burguesia, no
processo de formação dos estados
nacionais ?
2 linhas
11) Explique a teoria do contrato social?
Quais os principais pensadores que
defenderam essa ideia ?
6 linhas
12) Explique a teoria do direito divino dos
reis ?
5 linhas
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