vestes sacerdotais

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[Ano]
VESTES SACERDOTAIS
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Quantas vezes não estamos na missa e reparamos que o Padre usa uma
cor ou uma veste diferente, daquela que reparámos da ultima vez? Será
assim mesmo ou apenas nós não estamos com atenção?
Se usa uma cor diferente qual a razão? Será uma opção, um desejo do
momento? Ou terá algum significado?
Na realidade tudo na Eucaristia está carregado de significado e simbolismo… de
história e mensagens. Nesta pequena “sebenta” poderemos descobrir um pouco do
muito grande significado que cada cor, cada veste pretende transmitir ou significar.
E portanto, nada é por acaso ou por desejo próprio do Padre ou de quem quer que
seja. Ao longo do ano litúrgico existe muita diversidade nas cores das vestes sagradas,
que exprimem o tempo ou mistério que estamos a viver na vida Cristã.
Assim, de acordo com o tempo ou o mistério a viver, surgem as cores que são as
seguintes:
VERMELHO: Símbolo do fogo… do fogo
manifestado a Israel na sarça ardente e
na coluna de fogo – simboliza Deus
Pai e o seu amor divino, ardente,
face à criação, ao homem. Evoca o
Espirito Santo
Simboliza ainda o sangue, o martírio… a
memória dos santos mártires.
Assim, pode-se perceber porque se adopta no Domingo de Ramos, na Sexta feira
Santa, no Domingo de Pentecostes, nas missas votivas da Paixão de Senhor, nas festas
dos Apóstolos e dos Evangelistas e nas celebrações do Mártires
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SEBENTA DA FÉ
- Vestes Sacerdotais-
VERDE: Símbolo de esperança, usado nas
missas do Tempo Comum. A cor verde é
formada pela combinação do azul celeste,
que simboliza o Espírito Santo, com o
amarelo – cor da realeza do Senhor Jesus
Cristo.
Se quisermos aprofundar mais o uso dessa
cor, descobrimos que também se adopta
no dia da Santíssima Trindade, na Entrada
do Senhor em Jerusalém e no dia do
Espírito Santo. O verde é ainda usado nos dias de memória dos veneráveis (monges) e
ascetas.
ROXO: Cor roxa, vinho ou púrpura. A cor púrpura é símbolo do
sangue derramado por Nosso Senhor na Cruz para a nossa
redenção. Memória da Santa Cruz.
É, pois, símbolo de penitência e conversão, usado durante a
Quaresma, Advento, celebrações de índole penitencial e,
também, facultativamente, a par com o preto, em Missas de
defuntos.
Preto e/ou roxo: nas celebrações da Quaresma. Nos sábados e domingos do ciclo
quaresmal, usam-se paramentos de cor roxa. Na Quaresma a liturgia dos Dons Présantificados é realizada com paramentos pretos e roxos. Também na Quinta-feira
Santa usam-se os paramentos de cor roxa
BRANCO: Símbolo da alegria, de pureza e de Cristo Glorioso (cor
das vestes de Jesus no monte Tabor). Usa-se o Branco nas
Missas do Tempo da Páscoa, Natal, nas festas e memórias do
Senhor, nas festas e memórias da Virgem Maria e dos restantes
Santos (não-mártires) e em alguns sacramentos (Baptismo e
Matrimónio).
Na Páscoa segue-se uma ordem especial para a mudança da cor
dos paramentos litúrgicos. Começando pela cor branca, como
sinal da Luz Divina no túmulo do Salvador ressuscitado, passa-se
na Liturgia Divina (e depois durante toda a Semana Santa) aos
paramentos vermelhos, significando o triunfo do amor candente
de Deus pela humanidade, manifestado no acto salvífico do
Filho de Deus.
ROSA: Simboliza a alegria dentro de um tempo destinado à penitência.
Usa-se no 3º Domingo do Advento e no 4º Domingo da Quaresma:
serve para indicar que está próximo o Natal ou a Páscoa quando já há
muito se estende o tempo de interioridade.
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CADERNO DE CAÇA
-Manual de OrientaçãoComunidade 130 - Bobadela
PRETO: Simboliza o luto, dor e tristeza. Usada nas Missas de defuntos pela morte dos
seus filhos, antigamente também na Sexta-Feira Santa em que significava o luto da
Igreja com a morte de Jesus.
AZUL: Representa a tranquilidade, ternura, afectuosidade e paz. É normalmente usada
celebrações em honra da Virgem Maria, sendo, no entanto o seu uso considerado um
privilégio.
A essência da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade se expressa da melhor maneira
pelo AZUL do céu, que derrama os dons do Espírito Santo e Suas graças. O céu material
é reflexo do Céu Espiritual. E claro que as Pessoas da Santíssima Trindade são unas em
sua essência, por isto qualquer das cores pode reflectir simbolicamente as ideias sobre
qualquer uma das realidades Divinas.
Deste modo, as cores acima, podem ser utilizadas nas seguintes vestes/paramentos:
ALVA: veste branca que cobre o corpo do sacerdote, chegando até
aos tornozelos, significa a nova vida, a pureza recebida no Baptismo,
símbolo da ressurreição.
A cor branca faz lembrar ao sacerdote que ele deve ter sempre a
alma pura e levar a vida sem vícios. Alem disso, simboliza a túnica
que usava na terra o próprio Jesus Cristo e com a qual realizou a
nossa salvação.
É a veste comum a todos os ministros da liturgia: sacerdote,
diácono, acólitos, etc.
CÍNGULO ou CORDÃO: É um cordão branco ou da cor do tempo
litúrgico, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote cinge a
alva à cintura. Tem como objectivo cingir os rins o que indica
busca da pureza e ainda vigilância, uma vez que facilita o andar
pois não se tropeça na alva.
ESTOLA: É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Mede
uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta
ao pescoço e cai da parte da frente. É uma evolução
do manto da oração dos judeus e, na Liturgia
Católica, simboliza a autoridade do ministro (tem
usos diferentes consoante o grau do sacramento).
A estola designa uma graça especial dupla, na comparação com o
diácono, concedida ao sacerdote para ministrar os Sacramentos da
Igreja. Sem a estola o sacerdote não pode realizar nenhuma
celebração.
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CADERNO DE CAÇA
-Manual de OrientaçãoComunidade 130 - Bobadela
Nas imagens anteriores: à esquerda, a estola do Padre; mais em baixo, à direita, a estola do
Diácono.
CASULA: É a última veste que o sacerdote usa, por cima de todas
as outras, sem mangas. Tem, geralmente, atrás, uma grande Cruz,
para veneração dos fiéis. Casula, em latim, significa "pequena
casa", pelo que é símbolo da protecção que todos podem obter
debaixo da tenda da Igreja. Simboliza a paz e a caridade que devem
envolver todo aquele que se aproxima do altar.
Além disso, este paramento lembra aos sacerdotes a veste da
verdade, da qual devem estar revestidos como servidores de Cristo.
Existem mais vestes que são usadas em comemorações mais especificas ou ainda
outras que caíram em desuso. Seja como for, cada peça destas vestes ao ser vestida
por um sacerdote, é acompanhada de uma oração na qual é lembrado o significado da
própria veste.
Sendo uma Sebenta, o que aqui se apresenta faz-se de forma muito resumida, mas
cremos, o suficiente para que quando participarmos na Eucaristia, saibamos
interpretar o significado e saibamos relacioná-lo com as vestes adoptadas pelo
celebrante.
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