Porquê Gil Vicente - Secretaria Regional de Educação

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Contacto 291.740560
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O processo da Arte Inclusiva na DREER iniciou - se em 1989, com uma missão
que foi crescendo e evoluindo em função das pessoas com Necessidades Especiais e da
sua inclusão no universo social e cultural: “criar e afirmar oportunidades de criação
artística e mudar atitudes sociais pela Arte, nos artistas, nas famílias, nos
colaboradores e nos diferentes tipos de públicos”.
Neste processo, personalidades, cidadãos, entidades, empresas e parceiros
institucionais e privados têm constituído um impulso fundamental, marcante no
processo evolutivo e criativo da Inclusão pela Arte. Um impulso fundamental na
realização prática de eventos, espectáculos e outras iniciativas que, inevitávelmente, se
têm vindo a traduzir em qualidade e maior credibilidade das propostas de trabalho
apresentadas.
Queremos evidenciar os parceiros de co-produção no Teatro Inclusivo e que,
desde o início deste projecto, nos permitiram criar pontes e mostrar que é possível gerar
oportunidades iguais também no Teatro, porque, tal como em qualquer área activa do
tecido social, não importa as diferenças de cada um, mas aquilo que podemos edificar
em conjunto. E, com as ferramentas do Teatro, num conceito de Inclusão, paralelamente
ao processo da montagem teatral, cada um dos intervenientes tem de vencer barreiras e
ganhar sucessos de ordem pessoal, para poder crescer como indivíduo e,
consequentemente, crescer social e artisticamente.
A COMPANHIA CONTIGO TEATRO, surge nesta co-produção, como a 3ª parceria do
GRUPO DE MÍMICA E TEATRO OFICINA VERSUS, trazendo-nos mais uma
oportunidade do exercício artístico inclusivo, na perspectiva de um elenco misto,
intrusado no mesmo processo criativo e, em contexto de apresentação, cruzando
públicos e, eventualmente, mudando “olhares” e atitudes. Com um autor e um texto,
integrantes dos planos curriculares, no âmbito dos quais a Companhia Contigo Teatro
(por convénio com a DRE/SREC), tem já desenvolvido outras propostas de Teatro para
as Escolas em articulação com o Plano Nacional e Regional de Leitura, sentimos que
esta co-produção abraça uma série de objectivos comuns aos dois grupos parceiros,
facto que, certamente, presenteará o público com um belo resultado, a não perder.
Ester Vieira
Porquê Gil Vicente
Comemorados os 20 anos da Oficina Versus e os 10 anos da Companhia Contigo
Teatro, surge em 2010 o desafio de uma produção conjunta. A escolha vai para um
autor marcante do teatro Português: Gil Vicente. O texto escolhido é a tragicomédia de
Dom Duardos.
1
O grande propósito é contribuir para a divulgação da obra Vicentina
reconhecendo a sua intemporalidade e universalidade. Como sabemos, Gil Vicente é
estudado no 9ºano de escolaridade com o Auto da Barca do Inferno ou o Auto da Índia.
Nos currículos do Secundário só é contemplado nas disciplinas de Literatura
Portuguesa, com as peças Dom Duardos, o Auto da Lusitânia e A Farsa de Inês
Pereira.
Assim sendo, e tendo consciência da importância que o teatro tem enquanto
veiculo de divulgação dos nossos clássicos que os currículos escolares nem sempre
contemplam com a projecção que merecem, preparámos este espectáculo para o público
escolar do 3º Ciclo e do Ensino Secundário que, esperamos, enriqueça o conhecimento
desses mesmos clássicos, a prática da leitura. e contribua para uma maior sensibilização
do saber artístico.
Biografia de Gil Vicente
Gil Vicente é quase unanimemente considerado o “pai do teatro português”. Ainda
assim, a sua biografia apresenta muitas incógnitas e incertezas.
É comummente aceite que tenha nascido em 1565 e morrido em 1536. Teorizase que seja natural de Barcelos… ou de Lisboa … ou mesmo de Guimarães… Pensa-se,
sem grandes certezas, de que será das Beiras, devido a algumas referências toponímicas,
assim como a seus expressões próprias dessa zona usadas pelas suas personagens.
A sua identidade confunde-se com a de um ourives, mestre da balança,
responsável pela Custódia de Belém, ou mesmo com o mestre de retórica do Rei dom
Manuel.
Foi casado duas vezes, tendo dois filhos da primeira mulher, e três da segunda.
O seu primeiro trabalho conhecido, a peça em castelhano Monólogo do
Vaqueiro, foi representado nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de Dom Manuel,
para celebrar o nascimento do Príncipe (o futuro D. João III), na noite de 8 de Junho de
1502. Esta representação é considerada como o marco de partida da história do teatro
português.
A obra vicentina reflecte a mudança dos tempos, passagem da Idade Média para
o Renascimento, fazendo o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social
eram regidas por regras inflexíveis para uma nova sociedade onde se começa a
subverter a ordem instituída.
Cria uma galeria de tipos que permitem retratar a sociedade portuguesa do seu
tempo, ilustrando os seus vícios e os seus dramas. Muitas vezes, as personagens não são
identificadas por nomes, mas pela actividade que exercem ou por qualquer outro traço
social distintivo: parvo, sapateiro, onzeneiro, ama, juiz, clérigo, frade, bispo, alcoviteira.
Utilizando o teatro como fonte de moralidade, Gil Vicente retratou nas suas
obras a degradação dos costumes, a alcoviteirice, a infidelidade conjugal, a feitiçaria, a
superstição, a usura, a imoralidade dos religiosos, a incompetência dos médicos.
Um dos traços mais originais da obra vicentina é a linguagem que emprega,
reproduzindo os diferentes registos dos falares dos diferentes extractos sociais seu
tempo: nobres, juízes, médicos, lavradores, nobres, artesãos, pobres, parvos, crianças,
africanos.
Aliás, o uso da linguagem é, em Gil Vicente, um dos principais elementos de
produção de efeitos cómicos, ao incorporar trocadilhos, ditos populares e expressões
características de cada classe social.
Da sua autoria ficaram obras como a farsa Quem tem farelos (1505), o Auto da
Alma (1508), o Auto da Índia (1509), o Auto da barca do inferno (1517), a Comédia de
Rubena (1521), Dom Duardos (1522), a Farsa de Inês Pereira (1523), a Tragicomédia
pastoril da Serra da Estrela (1527), o Auto de Amadis de Gaula (1533), a Romagem dos
Agravados (1533), o Auto de Mofina Mendes (1534), entre outras que ficam por referir.
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Sinopse Dom Duardos
Numa audiência diante do Imperador Palmeirim, estando em disputa com
Primaleão, Dom Duardos conhece Flérida, por quem se apaixona imediatamente e de
quem fica vassalo. A partir daí, a verdadeira guerra que o cavaleiro toma como sua é a
do Amor: conquistar a paixão de Flérida.
A Infanta Olimba sugere a Dom Duardos um estratagema para conquistar a
paixão dessa mulher amada: o cavaleiro terá de fazer Flérida beber por uma taça mágica
que, supostamente, terá de encontrar na horta de Flérida, a cargo de Julião e Constança
Roiz, um casal de camponeses simples e felizes.
Entretanto outro cavaleiro, Camilote, vai à corte de Palmeirim mostrar que é
vassalo de Maimonda, o “cume de toda a fealdade”, onde é escarnecido e enfrenta Dom
Robusto, outro cavaleiro da corte que ousa desafiar a sua intenção e a sua amada.
As histórias cruzam-se e fazem-se entre sentimentos heróicos próprios dos
cavaleiros, que se confrontam em duelos (Dom Duardos e Primaleão, Dom Robusto e
Camilote), que sofrem por Amor e pela mulher amada (Dom Duardos e Flérida), a quem
de bom grado se submetem.
Herdeiro de uma visão do mundo medieval, Gil Vicente habilmente a critica e
subverte os valores que lhe são próprios. A paixão cavaleiresca, antes exclusiva das
altas classes sociais, deixa de o ser para estar presente no Amor florido de Julião e
Constança Roiz; o ideal da beleza da mulher, tão enaltecido pelo artificialismo do amor
cortês, é escarnecido pela fealdade de Maimonda, que se auto-elogia a toda a hora, e
pela defesa desse Amor feita por Camilote.
Não negando por completo essa mundividência medieval, Gil Vicente interpretaa já numa visão renascentista, realçando a verdadeira dimensão humana, onde a
sinceridade dos sentimentos é valorizada e o Amor vence as verdadeiras batalhas: omnia
vincit Amor
A Ida ao Teatro: Proposta de Actividades
Com o objectivo de preparar e motivar os alunos para a vinda ao teatro,
sugerimos algumas actividades que poderão ser realizadas numa perspectiva lúdica, em
contexto de sala de aula, articulando-se com os currículos escolares. Assim, e porque o
Amor é a temática do texto, propomos as seguintes propostas:
- Escrita de uma declaração de Amor;
- Criação de um diálogo entre um hortelão e uma princesa.
Estas actividades podem ser feitas no âmbito da disciplina de Português, em
articulação com a disciplina de História, Educação Visual, Educação Cívica ou outras e
poderá ser, também, uma sensibilização para a comemoração do dia de São Valentim.
Após o visionamento da peça, haverá espaço para debate, conjugando-se a temática do
espectáculo com a dos textos produzidos pelos alunos.
Haverá um prémio-surpresa para os 3 melhores textos dos alunos do 3ºciclo
e do Secundário.
Solicitamos a colaboração dos professores no sentido de:
• fazer a selecção dos 3 melhores trabalhos por turma;
• proceder ao envio dos trabalhos
para o endereço electrónico:
[email protected], até 24 de Fevereiro de 2010, acompanhados
das seguintes informações:
- Nome da Escola
- Nome do aluno, ano de escolaridade e respectiva turma
- Indicação da actividade escolhida
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- Nome do professor responsável
O resultado do concurso será divulgado no dia 3 de Março em
www.contigoteatro.com e em www.madeira-edu.pt/dreer/Serviços/DSIPEE/NIA .
A entrega dos prémios acontecerá no Teatro Municipal Baltazar Dias, após os espectáculos.
PARTICIPE NESTA INICIATIVA E VENHA COM OS SEUS ALUNOS AO TEATRO!
Calendário
Março
Teatro Municipal Baltazar Dias
3
Quarta
Estreia- 21h30
4
Quinta
Representação – público escolar – 11h00 e 15h00
5
Sexta
Representação – público escolar - 15h00 e 21h30
6
Sábado
Representação – 21h30
7
Domingo
Representação – 18h00
Tempo de Representação: Aproximadamente 1h20m
Chegada ao Teatro: 15 minutos antes do espectáculo
Preçário :
2,5€ - Escolas e grupos Institucionais
5€ - grupos de 10 ou mais pessoas
5€ - > 65 anos e estudantes
10€ - Público em geral
Reservas:
291740560 / 961547143 / 911100015
ou [email protected] ou [email protected]
Visite-nos em www.contigoteatro.com e www.srec.madeira-edu.pt /dreer
Nota: será passado um certificado a todos os professores e monitores que acompanharem
os alunos ao teatro.
FICHA TÉCNICA :
Autoria: Gil Vicente
Encenação: Duarte Rodrigues
Adaptação de texto: Duarte Rodrigues, Maria José Costa e Sandro Nóbrega
Personagens /Actores
Dom Duardos: André Carvalho
Flérida: Paula Silva
Imperador Palmeirim: António Neto
Imperatriz: Isabel Silveira
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Artada: Mónica Trindade
Amândria: Vanessa Azevedo
Primaleão: Ricardo Sales
Dom Robusto: Miguel Rosa
Camilote: Sandro Nóbrega
Maimonda: Maria da Luz
Infanta Olimba: Paula Camacho
Julião: Marco Andrade
Constança Roiz: Maria José Costa
Filhos de Julião e de Constança: Bruno Fernandes, Filipe Silva e Élio Maico
Donzelas músicas: Ana Isabel Rodrigues, Cândida Correia e Marisa Cochofel
Moço: Daniel Silva
Patrão: Jorge Martins
Cenografia: São Gonçalves
Composição e efeitos sonoros: Pedro Macedo
Operação de som: Rui Branco / Rolando Vasconcelos
Gravação e mistura: Pedro Macedo
Direcção musical (cantores): Noélia Ferreira
Desenho de Luz: Duarte Rodrigues
Montagem e Operação de Luz - António Freitas
Figurinos: São Gonçalves
Caracterização: São Gonçalves
Costura: Clarinda Martins e Fernanda Assunção (DREER) e Fátima Trindade
Concepção e Execução de Material Gráfico: Filipe António, Laura Gonçalves e São
Gonçalves
Edição de material gráfico: DREER e DRE
Divulgação: Ana Nóbrega, Ester Vieira, Isabel Silveira, Luís Miguel Rosa, Luísa
Gonçalves, Luz Maria, Mª José Costa, Paula Camacho, Rui Branco, Rolando
Vasconcelos, São Gonçalves e Sandro Nóbrega
Produção: Companhia Contigo Teatro e Núcleo de Inclusão pela Arte (DREER)
Produção Executiva: Ana Nóbrega, Duarte Rodrigues, Ester Vieira, Luz Maria, Mª
José Costa e São Gonçalves
Logística e Bilheteira: Luz Maria e Teatro Municipal Baltazar Dias
Transportes: Secção de Equipamento e Conservação /DREER
Apoio a refeições: Cozinha Geral - Quinta do Leme / DREER
Coordenação Geral : Ester Vieira, Maria José Costa, Sandro Nóbrega e São Gonçalves.
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COMPANHIA CONTIGO TEATRO:
HISTORIAL DO GRUPO
A “Contigo Teatro” nasceu da vontade de antigos membros do grupo de teatro escolar “O Moniz”, em dar
continuidade às actividades cénicas após o Ensino Secundário.
A primeira produção da “Contigo Teatro”, denominada “Duas Horas Antes”, marcou o início da
actividade desta Companhia, criada em Janeiro de 1999 e legalmente constituída como Associação
Juvenil em Abril desse mesmo ano.
O seu primeiro presidente, e membro fundador, foi o professor Carlos Varela, largos anos docente da
Escola Secundária de Jaime Moniz, coordenador do grupo teatral “O Moniz”, e uma das figuras
incontornáveis do teatro madeirense.
CRONOLOGIA DO GRUPO
Janeiro 1999: Sobe à cena do Teatro Municipal Baltazar Dias a peça “Duas Horas Antes” (encenação de
Carlos Varela), com representações diurnas destinadas às escolas secundárias da Região;
Abril de 1999: a companhia constitui-se legalmente como Associação Juvenil;
Março de 2000: é apresentada a 2ª produção, “Grande Circo Real” (encenação Carlos Varela), no Cine Teatro Santo António, novamente com representações vocacionadas para a camada estudantil do Ensino
Básico e Secundário (9º/10º/11º/12º anos);
Fevereiro de 2001: apresentação de “Stormy Weather”/”Além da Chuva” (encenação de Maria José
Costa), espectáculo destinado ao público em geral, incluindo uma representação para as escolas
secundárias;
Novembro de 2001: início do projecto “Contigo na escola” com “O Homem Que Via Passar as Estrelas”,
de Luís Mourão (encenação de Maria José Costa), peça destinada aos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico;
Abril/Maio de 2002: “Felizmente Há Luar”, de Luís de Sttau Monteiro (encenação de Maria do Céu
Carreira), destinada ao Ensino Secundário;
Fevereiro de 2003: “O Avarento”, de Molière – Jean-Baptiste Poquelin, destinado ao público em geral e
com representações destinadas ao Ensino Secundário. Encenação de Maria José Costa e José Luís
Fernandes;
Junho de 2003: “O Príncipe Nabo”, de Ilse Losa, integrado no projecto “A Magia do Conto”, tendo
como destinatários turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Encenação de Maria José Costa;
Fevereiro 2004: “O Pelicano” de August Stringberg, Encenação de Fabrízio Pelagati e José Luís
Fernandes;
Abril 2004: “O Rapaz de Bronze” de Sophia de Mello Breyner Andresen;
Fevereiro 2005: “Raízes Expressivas ou Do Sentir”, com textos de vários autores, e encenação de Miguel
Vieira;
Dezembro 2005: “O Natal do Campainha”, adaptação a partir do texto O Sonho do Palhaço de Maria
Alzira Cabral, com encenação de Maria José Costa;
Fevereiro de 2006: “A Birra do Morto”, de Vicente Sanches, com encenação de Miguel Vieira;
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Maio de 2006: “Contando e Brincando”, texto criado pelo grupo, com uma cena inspirada num texto de
Irene Lucília e encenação de Maria José Costa.
Dezembro de 2006: “Uma Prenda Especial”, texto criado pelo grupo, a partir da leitura de vários contos
de Natal, com encenação de Maria José Costa, Sandro Nóbrega e Jorge Paulos.
Março de 2007: “O Despertar da Primavera”, de Frank Wedekind, com adaptação e encenação de Marco
Mascarenhas e Onivaldo Dutra;
Outubro de 2007: “La Nonna”, de Roberto Cossa, com encenação de José António Barros;
Fevereiro de 2008: “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, adaptação de Hélia
Correia, com encenação de Marco Mascarenhas;
Novembro de 2008: “Desastre Nu”, de António Aragão, com adaptação e encenação de Maria José Costa
e de Sandro Nóbrega.
Fevereiro de 2009:Reposição do espectáculo “Desastre Nu” de António Aragão
Novembro de 2009: “O Português que se correspondeu com Darwin” de Paulo Renato Trincão, com
encenação de Duarte Rodrigues
OUTRAS ACTIVIDADES
Outubro de 1999: participação no lançamento do livro “Ilhas d’Invenção”, de Carlos Lélis, através das
performances “Carta a Lurdes Castro” e “Cartoons da Terra” (galeria da SRTC);
Agosto de 2000: estabelecimento de um protocolo com a Junta de Freguesia da Sta. Luzia, através do
“Projecto-Verão/Contigo Teatro”, que incluía actividades de animação tempos livres junto das crianças
(expressão dramática, dança, escrita criativa, expressão corporal, expressão plástica, expressão musical e
teatro de fantoches);
Dezembro 2000: realização da dramatização do conto “Natal”, da autoria de Miguel Torga, junto da
comunidade de idosos da já referida Junta de Freguesia (Colégio de Sta. Teresinha);
Setembro 2004/ Julho 2006: participação no projecto Raízes II: Juventude Activa do Século XXI,
Revalorizando a Cultura, integrado no programa de iniciativa comunitária – INTERREG IIIB;
Outubro 2005: Atelier de Expressão Corporal e Voz com o Actor Marco Mascarenhas;
Março de 2006: Acção sobre Dramaturgia e Encenação com o actor e encenador Onivaldo Dutra;
Maio de 2006: III Encontro Transnacional de Jovens dos Grupos de Acção Local- Projecto Raízes II:
Juventude Activa do Século XXI, Revalorizando a Cultura, integrado no programa de iniciativa
comunitária – INTERREG III B.
Outubro de 2007: 1ª Conferência Nacional de Educação Artística, organizada pelos Ministérios da
Educação e da Cultura, que decorreu na Casa da Música na cidade do Porto, nos dias 29, 30 e 31 de
Outubro.
Novembro de 2008: “Ciclo de Conferências e Workshop (re)ENCONTrOs com António Aragão:
sensibilização para linguagens mistas”
NÚCLEO DE INCLUSÃO PELA ARTE :
Arte e Cultura constituem “mundos” pouco explorados pelas pessoas com necessidades especiais. Muitas
barreiras imperam ainda, não sendo fácil a experienciação das diferentes linguagens artísticas para estas
pessoas e, de longe, a sua opção como profissão. Por outro lado, os edifícios públicos destinados à
cultura, ainda oferecem pouca acessibilidade, na sua maioria.
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Desta forma, o cidadão com deficiência goza de um leque de desvantagens que o coloca em grande
desigualdade face às opções e qualidade de vida cultural.
O Projecto OFICINA VERSUS surgiu em 1989, na Direcção Regional de Educação Especial e
Reabilitação para ajudar a veicular a prática das Artes e o acesso à cultura das pessoas com necessidades
especiais. Num processo de 20 anos, proporcionou e vinculou grupos, actividades, produção de
espectáculos e eventos, no âmbito das diferentes linguagens artísticas - Música, Expressão Musical e
Dramática, Teatro, Artes Plásticas, Dança e Terapia pela Arte.
GMT OFICINA VERSUS :
O GMT OFICINA VERSUS evoluiu do Projecto Oficina Versus, no exercício da Arte para pessoas com
necessidades especiais. Dos grupos iniciais de Expressão Dramática que deram face às primeiras práticas
deste Projecto, surgiu, espontâneamente, um elenco e com ele a prática do Teatro, associado à Inclusão
sóciocultural. Foi da junção do grupo de Teatro, com o grupo de Mímica (onde o elenco era formado por
crianças e jovens surdos), que nasceu um único grupo – o Grupo de Mímica e Teatro Oficina Versus.
A partir de 2001, o GMT OFICINA VERSUS tem vindo a funcionar num conceito inclusivo, com base
num elenco misto, formado por pessoas com e sem necessidades especiais, produzindo 2 a 3 espectáculos
anuais. No seu currículo, contam já 20 produções, tendo-se apresentado em: Lisboa, Porto, Abrantes,
Madeira, Porto Santo e Rio de Janeiro.
PEÇAS APRESENTADAS
EXPRESSÃO DRAMÁTICA: guiões e versões cénicas – Ester Vieira
“ A Cigarra e a Formiga” (Exp. dramática e Sombras) – 1989, “ O Circo Maravilhas” ( Sombras) – 1990,
“Fantasias” ( Sombras) – 1991, “A história da avó Leonor” (Dramatização) – 1991, “ Capuchinho
vermelho” (Dramatização) – 1991,“ Os gatos janotas” (Dramatização) – 1991, “ Era uma vez no Natal”
(Dramatização) – 1991, “ No reino da papelada” - (Dramatização) 1992 , “ Dança mimada” (Movimento e
Gesto) – 1992, “ História de um pinheirinho de Natal” - (Dramatização) – 1992, “ Coelhinho branco “
(Dramatização) – 1992, “ Pantomimas I”
(Dramatização)
(Dramatização) – 1992, “Carnaval no Jardim Zoológico”
- 1993, “ O rei vai nu…”
(Dramatização) – 1993, “ Aventuras de João Pateta”
(Dramatização) – 1993, “ Marcha do Espectáculo” (Canção Coreografada) – 1993, “Gota de Mel” Leon
Chancerel ( Dramatização ) – 1993
MÍMICA E TEATRO:
“Histórias do Silêncio” (Mímica) - 1993, “ Retalhos ”(Dramatização) – 1994, “ Silêncio ” (Dramatização ) –
1994, “Cenas da vida que passa” (Mímica) – 1994, “ Descoberta da Madeira “ (Dramatização) -1994, “ Nau
Catrineta” ( Dramatização) - 1994, “ Nascer Diferente ” ( Dramatização) - 1995, “ Existir ” ( Dramatização)
- 1996, “ Pequenos Nadas” ( Dramatização) - 1996, “A caixa“ ou “História do Sr. X “ Sérgio Godinho
(Mímica) - 1996, “Os brinquedos” ( Dramatização) - 1997, “As lavadeiras” ( Dramatização)
- 1997, “A
semente” (Sombras) – 1997, “A E I O U” (Sombras) – 1997, “ Os 5 sentidos ” (Dramatização ) - 1997, “ E
viva o Teatro” (Dramatização) – 1997, “A pastilha elástica” (Mímica) – 1998, “ Romeu e Julieta ” (Mímica)
- 1998, “A borracha” (Mímica) – 1999, “ Marionetes de trapo” Gabriel Garcia Marques (Monólogo) - 1999,
“O Apaixonado Secreto” Cristina Briona (Mímica) - 2000, “Entrelinhas” Ester Vieira (Mímica) – 2000.
TEATRO INCLUSIVO:
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“A Canção do Realejo” Ester Vieira (Teatro Inclusivo) – 2001, “ Lugares” Herberto Helder (Poema
dramatizado) – 2002, “O conto da Ilha Desconhecida” José Saramago (Teatro) - 2002, “Sobreágua” vários
autores (Teatro de Rua) - 2003, “Eu como, tu comes e eles não comem” Ester Vieira (Sketch) – 2003, “Mar”
Miguel Torga (Teatro) – 2003, “Invisível cordão” vários autores (criação colectiva - Teatro e Dança Inclusiva)
– 2004, “E viva o EURO!” Ester Vieira (Sketch) – 2004, “ Olhos de ver e olhos de não ver” Duarte
Rodrigues (Teatro) - 2004, “O Gato malhado e a Andorinha Sinhá” Jorge Amado (Teatro) – 2004, “O
Principezinho” Antoine Sain-Éxupery (Teatro) – 2005, “Mundos dentro de mim” Duarte Rodrigues, Elsa
Rebelo e Maurício Freitas (Dramatização) – 2006, “ Dama Pé de Cabra” Alexandre Herculano (Teatro) –
2006, “ A menina de Mar” Sophia de Melo Breyner (Teatro) - 2007, “ Amor de Dom Perlimplim com Belisa
em seu Jardim” Federico Garcia Lorca (Teatro) – 2007, “ A Nossa Cidade” Thornton Wilder ( Teatro –
parceria com o TEF ) – 2008, “ Pantomimas” Duarte Rodrigues (Mímica) – 2008, “ Enquanto a Cidade
Dorme” Álvaro de Magalhães (Teatro) – 2008, “ Galileu Galilei ” Bertolt Brecht (Teatro) – 2009, “Teatro
com gente dentro” – 2009.
Funchal, 2 de Fevereiro de 2010
Os coordenadores,
Ester Vieira
Maria José Costa
Sandro Nóbrega
São Gonçalves
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