189 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 OS BENEFICIOS DA OXIGENIOTERAPIA (CÂMARA HIPERBÁRICA) NO TRATAMENTO DO PÉ DIABETICO SILVEIRA, RAYLENE COSTA1; SILVA; JULIA CAROLINE SOUZA¹; ALMEIDA, MARIA OLYNTHA ARAÚJO DE2; LYRA, JAIRO R. MENDONÇA Área de Conhecimento: MEDICINA Subáreas: ENFERMAGEM _________________________________________________________ Resumo: Quando o paciente é submetido a uma pressão maior que a atmosférica utilizando a oxigenioterapia como tratamento, ocorre uma reação que proporciona o combate a isquemia em locais que podem ocorrer á necrose. A câmara hiperbárica promove efeitos terapêuticos, tais como: proliferação de fibroblastos, neovascularização, atividade osteoclástica e osteoblástica e ação antimicrobiana. Promovendo assim regeneração de tecido se mostrando como a melhor forma de tratamento do pé diabético. Este estudo tem como objetivo demonstrar os benefícios da oxigenioterapia com uso da câmera hiperbárica como meio de tratamento do pé diabético, retratando a importância da assistência de enfermagem. Demonstrando as vantagens da oxigeioterapia perante as demais formas de tratamento. Trata-se de um estudo bibliográfico realizado por meio de pesquisas nos sites da BVS, ABEn, LILACS e banco de dados da SciELO, no período de março a abril de 2016. A câmara hiperbárica é uma forma de tratamento com maiores benefícios para o paciente, que requer habilidades precisas da equipe de enfermagem. O presente estudo mostrou as vantagens dadas pelo tratamento com uso da câmera hiperbárica em pacientes com pé diabético, o tratamento mostrou-se de maior eficiência, e que proporciona mais vantagens ao paciente, trazendo mais segurança e conforto e com melhores resultados. Além disso evidenciou-se a importância do profissional enfermeiro como ferramenta de suma importância no regimento de tal procedimento. Palavras-chaves: Câmara hiperbárica; Oxigenioterapia; Enfermagem. 1 Julia Caroline Sousa Silva, 5º período do curso de enfermagem da Faculdade de Imperatriz – FACIMP. 2 Orientadora: Maria Olyntha Araújo Almeida, Enfermeira, Mestre em doenças tropicais pela Universidade Federal do Pará- UFPA, Docente da Faculdade de Imperatriz – MA. FACIMP, [email protected] 190 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 ___________________________________________________________________ Abstract: When the patient is subjected to a pressure greater than atmospheric using oxygentherapy as treatment, there is a reaction that provides combat in local ischemia that may occur to necrosis. The hyperbaric chamber promotes therapeutic effects, such as: proliferation of fibroblasts, osteoclastic and osteoblastic activity, neovascularization and antimicrobial action. Thus promoting tissue regeneration if showing as the best form of treatment of the diabetic foot. This study aims to demonstrate the benefits of oxygentherapy with use of hyperbaric camera as a means of treatment of the diabetic foot, depicting the importance of nursing care. Demonstrating the advantages of the oxigeioterapia in relations with the other forms of treatment. This is a bibliographic study conducted through research on the sites of the VHL, ABEn, LILACS and SciELO database in the period from March to April 2016. The hyperbaric chamber is a form of treatment with greater benefits for the patient, who requires precise skills of nursing staff. The present study showed the advantages given by treatment with hyperbaric camera use in diabetic foot patients, treatment was shown to be of greater efficiency, and providing more advantages to the patient, bringing more security and comfort and with better results. In addition highlighted the importance of the professional nurse as a tool of paramount importance in the regiment of such procedure. Keywords: Hyperbaric chamber; Oxygentherapy; Nursing. ___________________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO O diabetes mellitus é uma doença caracterizada por uma síndrome metabólica crônica, onde a glicose não é metabolizada adequadamente pelo organismo, devido o comprometimento que ocorre pela falta ou incapacidade do hormônio insulina. Esse hormônio é produzido pelo pâncreas e tem a responsabilidade de quebrar a glicose transformando o mesmo em energia para o organismo realizar suas atividades. Perante esse déficit as células do corpo não recebem energia, diminuindo assim suas funções, interferindo assim no transporte de diversas substâncias, intervindo assim em um conjunto de fatores interligados. (GRILLO; GORINI 2007). De acordo com a ADA, existem 4 classificações de diabetes mellitus (DM): tipo1 ou insulino-dependente (DM1); tipo 2 ou não insulino-dependente (DM2), gestacional; e segundaria a outras patologias. Independente da classificação a principal característica do DM é a manutenção da glicemia em níveis acima dos 191 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 valores considerados normais. O retardo do início do tratamento de DM pode acorrentar no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, retinopatias, neuropatias autonômicas e periféricas, nefropatias, doenças vasculares periféricas, aterosclerose, hipertensão, susceptibilidade a infecções e doenças periodontais. 3 O diabetes mellitus por ser uma doença crônica que associa-se á neuropatia (diminuição da sensibilidade) e doença vascular periférica (diminuição da circulação sanguínea em membros inferiores) favorece o surgimento de feridas, que logo se infeccionam agravando ainda, mais o estado da pessoa portadora. Estimase que ao menos 15% das pessoas que possuem diabetes mellitus vão adquirir pelo menos uma lesão cutânea no pé ao decorrer de sua vida. (SALOMÉ, 2009). A prevalência de úlceras nos pés atinge 4% a 10% das pessoas portadoras de diabetes. (TAVARES, 2009). A amputação estar associada com significantes custos e pode ter repercussão a longo termo, tais como o risco elevado para reulceração, perda de mobilidade e diminuição da qualidade de vida. 4-5 Os tratamentos para úlceras diabéticas são medicamentosos por via intravenosa e a base de curativos, essas formas de tratar são dependente do comportamento do paciente, e não garantem total eficiência, o paciente pode passar por mais de uma medicação dependo da aceitação do organismo, os curativos podem vir a não serem feitos sua devida manutenção e ocasionarem um problema maior, além de serem tratamentos que dependendo do caso requerem atenção de toda uma equipe de saúde, não apresentando prazo para finalização e que em sua grande maioria culmina-se em amputação do membro com presença da úlcera. Em outra ótica, tem-se o tratamento das úlceras constituintes do pé diabético feito à base de exposição da região lesada a altas concentrações de oxigênio, aumenta-se o nível de saturação de oxigênio, submetendo o paciente a uma pressão maior que a da atmosfera, assim criando uma reação que combate a isquemia, esse combate se dar por ter-se como resposta do aumento de oxigênio a proliferação de fibroblastos, neovascularização e outras ocorrências que juntas combatem a isquemia e desencadeiam a proliferação de tecido novo, causando assim a regeneração da área anteriormente lesada. Desta forma a oxigênioterapia vai ganhando espaço cada vez mais significativo no meio das diversas formas de se tratar uma úlcera do pé diabético (Lacerda 2006). 192 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 A oxigenioterapia é uma forma de tratamento mais rápida e que oferece mais comodidade ao paciente que dura em torno de 2horas cada uma das sessões, onde destas duas horas já estar incluso o preparo do paciente, o número de sessões e definido pelo estado do quadro clinico do paciente, as sessões são intercaladas entre dois e sete dias. 6. Na realização deste estudo foram analisados 60 artigos, dentre os quais 27 tiveram importância para o estudo, pesquisas realizada por meio de pesquisas nos sites da BVS, ABEn, LILACS e banco de dados da SciELO, no período de março a abril de 2016. Diante disso os objetivos desse trabalho foi demostrar os benefícios da oxigenoterapia (câmara hiperbárica) no tratamento do pé diabético. 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Oxigenioterapia A oxigenioterapia consiste em administrar oxigênio medicinal em concentrações maiores que aquelas do ar ambiente, visando tratar ou prevenir os sintomas ou manifestação de hipóxia. Como em qualquer tipo de droga, existem especificações para tratamento, níveis de dosagem, e metas adequadas de fornecimento. O uso de oxigênio vem sendo indicado e usado em situação como hipoxemia comprovada, traumatismo grave, infarto agudo do miocárdio e algumas vezes por curto espaço de tempo na recuperação pós-anestésica e por vias da câmara hiperbárica, este oxigênio e administrado em sistemas de baixo e alto fluxo e sistemas de reservatórios. 2. 2 Oxigenioterapia Hiperbárica (OTH) Consiste na administração de uma fração inspirada de oxigénio próximo a 1(oxigénio puro ou a 100%) num ambiente com pressão superior (geralmente duas ou três vezes) à pressão atmosférica ao nível do mar. Este aumento de pressão 193 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 causa aumento da pressão arterial e tecidual o que estará na base da maioria dos efeitos fisiológicos e terapêuticos do oxigénio hiperbárico. O papel do oxigénio no aumento da expressão de enzimas anti-oxidativas bem como na modulação da expressão de fatores de crescimento e citocinas já e algo bem estabelecido. Para que seja possível a realização da OTH se faz necessárias instalações capazes de suportar pressões que podem chegar a ser muito superiores a atmosféricas, no caso da câmara hiperbárica monologar (que tem capacidade para apenas uma pessoa) o oxigénio será inalado diretamente do ambiente da câmara, no caso de múltiplos pacientes em uma mesma câmara hiperbárica esse oxigénio e distribuído por vias de mascaras, tenda cefálica e tubo endotraquial. Durante o processo de tratamento hiperbárico tense as ações bioquímicos e celulares, onde a OTH previne a hipóxia tecidual e celular, restaurando as defesas orgânicas e aumenta inclusive a capacidade fagocítica sobre bactérias, atuando de forma favorável em tecidos infeccionados. Nos tecidos lesados hipóxicos a OHB (Oxigenioterapia hiperbárica), ao contribuir para a reversão desta hipóxia, estimula também a formação de matriz de colagénio, essencial para a angiogénese e cicatrização. No decorrer das seções a OHB promove quatro principais efeitos: -Proliferação de fibroblastos- O aumento de oxigênio dissolvido nos líquidos, permite a chegada de concentrações adequadas de oxigênio em tecidos pouco vascularizados favorecendo a cicatrização de feridas problemáticas. -Neovascularização- Durante as sessões de OHB, os tecidos recebem maior quantidade de oxigênio que o normal. Imediatamente após a sessão, os tecidos corporais são submetidos a uma hipóxia relativa, efeito este responsável pela estimulação da e nova vascularização. -Atividade osteoclástica e osteoblástica- A OHB, através do aumento de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais, permite a chegada de concentrações adequadas de oxigênio nos ossos, permitindo as atividades osteoclásticas e osteoblásticas, sendo indicado desta forma, no tratamento adjuvante da osteomilite crônica. -Ação antimicrobiana- Várias condições patológicas, como lesões ou infecções podem diminuir notavelmente a tenção de oxigênio no sítio afetado, 194 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 condições de considerável hipóxia ou mesmo anaerobiose são verificadas em tecidos orgânicos infectados, favorecendo o crescimento de bactéria específicas. O relatório do comitê do oxigenioterapia hiperbárica de 2003 explica que esse tratamento pode ser realizado em dois tipos diferentes de câmaras: “pode ser levado tanto em câmaras “mono” ou “multiplaces”. A primeira acomoda somente um paciente, a câmara inteira é pressurizada com oxigênio 100% puro e o paciente respira o ambiente da câmara diretamente. (LACERDA, 2006) 2. 3 A OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA E O PÉ DIABÉTICO As amputações e úlceras de extremidades inferiores (pé diabético) são um problema crescente para pessoas com diabetes mellitus, além de representar um custo muito elevado para sistema de saúde pública. “Até 6% de todas as hospitalização por diabetes incluem uma úlcera de extremidade como diagnósticos final”. Uma vez que a amputação ocorre, de 9% a 20% dos pacientes diabéticos evoluirão para outra amputação ipsilateral ou contralateral dentro de 12 messes e de 28% a 52% dentre de 5 anos. Sabe-se que as feridas em diabéticos são frequentemente infectadas de forma polimicrobiana e com uma grande incidência de organismos anaeróbios, mas a infecção não é o único motivo pelo qual estas lesões são muito difíceis de tratar. A hipóxia tecidular, geralmente provocada por alterações circulatórias e agravada pela infecção concomitante, tem uma grande responsabilidade na etiopatogenia destas lesões. A hipóxia não só impede a cicatrização, mas também pode prejudicar a capacidade. Esta hipóxia e a infecção que, muitas vezes co-existe, são a base racional para a aplicação da oxigenoterapia hiperbárica neste tipo de patologia, tendo em conta já referidos efeitos anti-isquémicos, prócicatrizantes, anti-infecciosos e anti-edematosos do oxigénio hiperbárico, atuando inclusive de forma sinérgica com a pentoxifilina na melhoria do fluxo sanguíneo. A utilização da OTH nas feridas de difícil cicatrização em diabéticos tem sido corroborada em diversos estudos, alguns dos quais prospectivos e aleatorizados. Nota-se, no entanto, que a OTH não substitui a revascularização cirúrgica na insuficiência arterial avançada pelo que a necessidade de intervenção cirúrgica deve ser sempre avaliada e está efetuada se possível. 195 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 A maioria dos estudos centra-se em pacientes que apresentam lesões com classificação de Wagner ou Wagner Modificada (Classificação Profundidadeisquemia) que auxilia o profissional a caracterizar como se encontra a ulcera diabética. Ulceras de grau 3 e isquemia C (Quadro 1) são mais avançadas e encontram-se emestado grave. Assim, não estão ainda bem definidos quais os pacientes nos quais a OTH poderá ter mais benefício. 2.4 O ENFERMEIRO FRENTE AO TRATAMENTO COM A CÂMARA HIPERBÁRICA. Vasconcelos (2006) disse que o profissional de enfermagem precisa adotar uma postura crítica, autônoma e atuante, devendo saber trabalhar em parceria com toda a equipe de saúde, a fim de atender com eficiência e prestar, todas as necessidades do paciente, essa competência necessita de um amplo conhecimento da equipe onde o enfermeiro atribui tarefas que condizem com a capacidade que sua equipe dispõe, assim se oferece um atendimento adequado e de maior eficaz, assim se fornece um tratamento de maior probabilidade na recuperação, com melhores formas de orientação com esclarecimentos dados de melhor forma e devidas instruções de autocuidado com relação ao tratamento, tendo assim um melhor controle e promovendo prevenção de possíveis complicações. A Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica orienta em suas “Diretrizes de Segurança e Qualidade” que só poderão atuar com esse tipo de tratamento e prestar os devidos cuidados aos pacientes, enfermeiros e técnicos de enfermagem, conforme determina a Lei nº. 7.498/86 que regulamenta o Exercício Profissional de Enfermagem. No entanto, para operar a câmara multiplace ou monoplace, esclarecem Lacerda e outros (2006), o profissional de enfermagem precisa de uma capacitação específica, que não é ofertada nos programas dos cursos de graduação, pósgraduação e técnicos de enfermagem, sendo de inteira responsabilidade do interessado em atuar nessa área, a busca pela qualificação técnica profissional. O profissional de Enfermagem devidamente qualificado tem um papel muito importante no uso da oxigenoterapia no tratamento do pé diabético, uma vez que cabe à equipe de saúde realizar a observação dos pacientes, monitorar os 196 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 equipamentos da câmara hiperbárica, estando também atento as mudanças que o quadro do paciente pode apresentar durante a administração de oxigênio e ou depois da mesma, para assim fazer as devidas intervenções, tem seu papel no tratamento primário fornecendo meios comunicativos de fácil compreensão ao paciente e meios secundários com a medicação da glicemia analisando parâmetros normais ou fora do normal, sempre visando evitar as complicações. Os profissionais qualificados devem saber como amenizar as complicações explicando como evitá-las, como por exemplo: implementar a educação das equipes profissionais e dos pacientes estimulando a adesão ao tratamento. E necessário ter conhecimento de formas para melhorar a circulação, posições adequadas e exercícios, e massagens que auxilio na melhora, saber informa sobre como deve se seguir a alimentação, esta ciente da influência do peso corporal, além de fazer a devida orientação do uso correto de calçados terapêuticos, palmilhas, e todo auxilio requerido para um melhor conforto do paciente. A medição glicêmica é importante para manter o controle metabólico e uma vida equilibrada, sendo necessárias explicações sobre os valores visualizados no glicosímetro, podendo ser hiperglicêmico, hipoglicêmico e normoglicêmico. O tratamento de infecções é feito através de: antibiótico oral e parenteral. Outras formas de tratamento são: os medicamentos tópicos, curativos, debridamento e enxertos de pele. O cuidado ao paciente diabético vai além da dos cuidados de uma equipe de enfermagem e demais profissionais, se faz necessário ação do paciente e família para que o tratamento possa ser de maior eficiência. 3. CONCLUSÃO O uso de oxigênio vem sendo indicado e usado em situação como hipoxemia comprovada, traumatismo grave, infarto agudo do miocárdio e algumas vezes por curto espaço de tempo na recuperação pós-anestésica e por vias da câmara hiperbárica, este oxigênio e administrado em sistemas de baixo e alto fluxo e sistemas de reservatórios. Ressalta sua grande eficiência no tratamento do pé diabético A hipóxia não só impede a cicatrização, mas também pode prejudicar a capacidade. Esta 197 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 hipóxia e a infecção que, muitas vezes co-existe, são a base racional para a aplicação da oxigenoterapia hiperbárica neste tipo de patologia, tendo em conta já referidos efeitos anti-isquémicos, prócicatrizantes, anti-infecciosos e anti- edematosos do oxigénio hiperbárico, atuando inclusive de forma sinérgica com a pentoxifilina na melhoria do fluxo sanguíneo. Ressalta-se que o enfermeiro deve ter sido previamente capacitado para a realização deste procedimento, sendo recomendada a promoção da educação permanente em saúde e o desenvolvimento de práticas de enfermagem e saúde baseadas em evidências científicas atualizadas. REFERÊNCIAS 1 - TAVARES DMS, Dias FA, Araújo LR, Pereira GA. Perfil de clientes submetidos a amputações relacionadas ao diabetes mellitus. Ver. Bras Enferm 2009;62(6):825-830; 2 -VAN BATTUM P, Schaper N, Prompers L, Apelqvist J, Jude E, Piaggesi A, Bakker K, Edmonds M, Holstein P, Jirkovska A, Mauricio D, Ragnarson Tennvall G, Reike H, Spraul M, Uccioli L, Urbancic V, van Acker K, van Baal J, Ferreira I, Huijberts M. Differences in minor amputation rate in diabetic foot disease throughout Europe are in part explained by differences in disease severity at presentation. Diabet Med 2011;28(2):199-205 In Dorland’s Illustrated Medical Dictionary. 30th Edition; 3 - KINDWALL EP, WHELAN HT: Hyperbaric Medicine Practice 2nd Ed. Revised. Best Pub Comp 2002:pg. IX; 4 - TIBBELS PM, EDELSBERG JS: Hyperbaric-oxygen therapy. N Engl J Med 1996; 334:1642; 5 - DESOLA J: Bases y Fundamento terapêutico da Oxigenoterapia Hiperbárica. JANO/Medicina. nº 1260, 5-11 de Junho 2006;LIV; 6 - ASSUNÇÃO, Thaís Silva; URSINE, Priscila Guedes Santana. Estudo de fatores associados à adesão ao tratamento não farmacológico em portadores de diabetes mellitus assistidos pelo Programa Saúde da Família, Ventosa, Belo Horizonte. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 2189-2197, dez. 2008. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=63009624>. Acesso em: 12 abril. 2016; 198 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 7 - GRILLO, Maria de Fátima Ferreira; GORINI, Maria Isabel Pinto Coelho. Caracterização de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n.1, p. 49-54, jan./fev. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n1/a09v60n1.pdf >. Acesso em: 12 abril. 2016; 8 - JORGE, S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas-São Paulo: Editora Atheneu, 2006; 9 - LACERDA, Elias Pereira de. et. al. Atuação da enfermagem no tratamento com oxigenoterapia hiperbárica. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.14 nº 1 Ribeirão Preto Jan./Feb. 2006. 14 (1):118-23. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a16.pdf>. Acesso em: 13 abril. 2016 Lei n. 7498 de 25 de junho de 1986 do Conselho Federal de Enfermagem (BR). Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. In: CORENSP. Documentos Básicos de Enfermagem: Enfermeiros, Técnicos, Auxiliares. São Paulo (SP): CORENSP: 2001. p. 36-41; 10 - MARCONDES, Carla Montenegro; LIMA, Edgard de Barros. A oxigenoterapia hiperbárica como tratamento complementar das úlceras de membros inferiores. 2003.65. Disponível em:<http://www.hiperbaricasantarosa.com.br/arquivos/OXIGENOTERAPIA_HIPERB ARICA_COMO_TRATAMENTO_COMPLEMENTAR_DE_ULCERAS_DE_MEMBRO S_INFERIORES.pdf>. Acesso em: 13 abril. 2016; 11 -,VIEIRA-SANTOS ICR et al. Prevalência de pé diabético e fatores associados nas unidades de saúde da família da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, em 2005. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(12): 2861-2870, dez, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102311X2008001200015&script=sci_arttext. Acesso em: 15 de abril de 2016; 12 - IAZZETTI PE, Oxigenoterapia Hiperbárica em Feridas Crônicas ou de Alto Risco: Reestabelecimento e Potencialização da Regeneração em Lesões Refratárias Específicas. In: Jorge AS, Dantas, SRPE. Abordagem Multiprofissional do tratamento de Feridas. São Paulo (SP): Atheneu; 2006; 13 - CONSENSO BRASILEIRO SOBRE DIABETES, Diagnóstico 16. e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito tipo 2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Rio de Janeiro: Diagraphic; 2006. Cavalheira JBC, Zecchin HG, Saad MJA. Vias 17. de Sinalização da Insulina. Arq Bras Endocrinol Metab 2006; 46(4):419-425