LAC1909 - Instituto de Artes da Unesp

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Câmpus de São Paulo
Plano de Ensino
Curso
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Ênfase
Identificação
Disciplina
LAC1909T1 - Partitura Corporal
Docente(s)
Lúcia Regina Vieira Romano
Unidade
Instituto de Artes
Departamento
Departamento de Artes Cênicas, Educação e Fundamentos da Comunicação
Créditos
0
Carga Horaria
60
Pré - Requisito
Co - Requisito
Seriação ideal
Câmpus de São Paulo
Plano de Ensino
Objetivos
A disciplina tem por objetivo desenvolver um conhecimento prático e teórico sobre
procedimentos que privilegiam a ação física e a criação de partituras corporais e vocais. Para
tanto, vale-se das noções de partitura enquanto modelo de procedimento, seleção de repertório
e sistema de notação, presentes na música, dança e artes cênicas. Aprofundando o conceito, a
disciplina discute a ideia de partitura no teatro, nas abordagens de autores como Stanislavski,
Meyerhold, Grotowski Decroux, Lecoq e Barba; assim como nas linguagens teatrais híbridas, tais
como a dança-teatro e o teatro físico-visual. Comparando a tradição Ocidental às formas cênicas
orientais, discute a partitura enquanto ferramenta de criação e de repetição. A disciplina deverá
conduzir o aluno na pesquisa sobre o tema, a partir da leitura e discussão teórica, além da
experimentação prática do processo de elaboração de partituras corporais e da aplicação destas
para a criação cênica.
Conteúdo
A) A partitura e composição
Partitura e improviso.
Partitura enquanto instrução e modelo de interação.
Partitura e coreografia.
Partituras corporais e/ou vocais na elaboração de cenas.
Notação e partitura.
B) A partitura na história do ator - breves considerações:
As máscaras e os lazzi: partitura do comediante da Commedia dell’Arte.
Kathás e partitura corporal nos teatros orientais.
Princípios de partitura na tradição teatral ocidental: Stanislavski, Meyerhold, Grotowski e Barba.
C) Partitura e Ação:
O conceito de partitura: ação e movimento. Do improviso ao treinamento: partitura e trabalho
atoral na expressão teatral.
Construção de partituras convencionadas e estratégias para exploração de variações nas
partituras (Laban, Decroux e Lecoq).
Partitura e linguagem.
D) Partitura vocal: o texto e a música.
A expressão vocal como ação física.
A materialidade da emissão sonora.
Variações: distância, altura, timbre, ritmo, associações.
Partituras percursivas.
Elaboração de partituras vocais individuais e coletivas.
F) A construção da cena
Texto e partitura.
Dramaturgia no teatro físico e nas formas teatrais híbridas.
Dramaturgia do ator – subpartitura e partitura no Odin Teatret.
Metodologia
Aulas práticas (acompanhadas de avaliações individuais e coletivas) e teóricas, de cunho mais
expositivo. Emprego de textos teóricos relevantes, encaminhando práticas e reflexões. Debates
em grupo e fóruns, com a finalidade de delinear a conceituação de partitura nas artes cênicas e
linguagens afins (em especial, na dança) e apreciar aspectos pedagógicos e poéticos da
construção de partituras corporais e vocais, num panorama amplo. Revisão dos conteúdos a
partir da avaliação da experimentação prática, no decorrer do ano letivo.
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Plano de Ensino
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BARBA, Eugenio e SAVARESE, Nicola. A Arte Secreta do Ator. Dicionário de Antropologia Teatral.
São Paulo: Hucitec, 1995.
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Apectos da Pesquisa Prática de Étienne Decroux”. In Revista Percevejo On Line, vol 3, n. 1, jan-jul
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e BONFITTO, Matteo. O Ator- compositor. As Ações Físicas como Eixo: de Stanislavski a Barba
São Paulo, Ed. Perspectiva, 2006.
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COLLA, Ana Cristina. Da Minha Janela Vejo... Relato de uma Trajetória Pessoal de Pesquisa no
Lume. São Paulo, Hucitec, 2006.
DAGOSTINI, Nair. O Método de Análise Ativa de K. Stanislavski Como Base Para a Leitura do
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em Letras, São Paulo, 2007.
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FERRACINI; Renato. A Arte de Não Interpretar como Poesia Corpórea do Ator. São Paulo,
Unicamp, 2001.
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2009. Disponível em http://www.luizcarlosgarrocho.redezero.org/estudos-de-composicao-cenicae-corporal-uma-abordagem; acesso em 20/10/2012.
GREINER, Christine.e AMORIM, Claudia (orgs) Leituras da Morte. São Paulo, Annablume, 2007.
GREINER, Christine.O Corpo, Pista para Estudos Indisciplinares. São Paulo, Ed Annablume, 2006.
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HOGH, Raimund e WEISS, Ulli. Bandoneon: em que o tango pode ser bom para tudo? São Paulo,
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LECOQ, Jacques. O Corpo Poético - Uma Pedagogia da Criação Teatral. Jean-Gabriel Carasso e
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PAVIS, Patrice. A Análise dos Espetáculos, Trad. Sérgio Sálvia Coelho. São Paulo, Perspectiva,
2003.
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On Line de Mímica e Teatro Físico, Ano 1, no. 1, pp. 31-52.
RODRIGUES, Graziela. O Bailarino, Pesquisador, Intérprete. Processo de Formação. Rio de
Janeiro, Funarte, 1997
ROMANO, Lúcia. O Teatro do Corpo Manifesto: Teatro Físico. São Paulo, Perspectiva, 2005.
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Plano de Ensino
VARLEY, Julia. Pedras d’Água: Bloco de Notas de uma Atriz do Odin Teatret, Trad. de Juliana
Zancaro e Luciana Martuchelli. Brasília, Teatro Caleidoscópio, 2010.
Critérios de avaliação da aprendizagem
A avaliação apreciará:
1. Presença, engajamento, apreensão dos conteúdos e colaboração com o grupo em todas as
atividades experimentais práticas.
2. Entrega de atividades escritas (relatórios de aula, resumos e artigos), relacionando prática e
teoria.
3. Organização do Caderno de artista, individual, relatando os percursos da pesquisa
desenvolvida nos projeto propostos.
4. Apresentação e relato de procedimento da partitura de conclusão, ao final do segundo
semestre.
Ementa (Tópicos que caracterizam as unidades do programa de ensino)
Abordar aspectos do treinamento do ator, tendo em vista a organização de sua expressividade
em partituras corporais e vocais, considerando ainda a relação entre a partitura do ator, a
dramaturgia e a construção da cena. Por fim, compreender a evolução do conceito de partitura
atoral na história do teatro e sua centralidade na cena contemporânea.
Aprovação
Conselho Curso
21/05/2013
Cons. Departamental
15/05/2013
Congregação
23/05/2013
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