Informativo 2016. - Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto

Propaganda
Transplante de
córneas: novas
conquistas para
o Hospital
Credenciado em 2015 para poder realizar
operações de transplante de córneas, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto
inaugura uma nova fase em sua trajetória
Págs. 14, 15 e 16
Ampliação mobiliza
clubes de Lions
Fundação Internacional de Lions Clube
e Distrito LD7 organizam campanhas e
ações em prol da obra Pág. 12
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Mesmo com dificuldades Valorizando a visão
vamos continuar crescendo
Este informativo, que já está se
tornando tradicional – é apenas o
terceiro e há a convicção de que
deve ser mantido –, é editado com
a finalidade de apresentar a Comunidade Leonística, ao Poder Público e a sociedade de uma maneira
geral, todas as atividades desenvolvidas pelo Hospital de Olhos CL
Dyógenes Auildo Martins Pinto. A
informação, além de prestar contas
do que foi feito, torna transparente
as ações realizadas, recomendável
e necessária para uma Fundação
que tem a administração a cargo
do Lions e o apoio da Universidade
de Passo Fundo, instituições de reconhecido valor.
No ano que passou, a deterioração da economia brasileira atingiu
a pior de suas formas, aprofundando a crise na área da saúde pública.
Tivemos redução substancial no
volume de recursos do SUS, mais
um ano sem reajuste dos valores fixados por procedimento, extremamente defasados, além de frequentes e longos atrasos no pagamento.
Mesmo assim, mantivemos o
volume de atendimentos realizados
nos anos anteriores, com o elevado
percentual de mais de 80% pelo
SUS, dando com este procedimento, acesso ao atendimento oftalmológico de qualidade a população,
motivo principal da construção e
existência da Fundação Hospitalar
Oftalmológica Universitária Lions.
Em 2015, damos continuidade
ao desenvolvimento do Hospital
com a disponibilidade de mais
profissionais qualificados, incorporação de novos procedimentos
e utilização de equipamentos com
tecnologia de ponta. Neste sentido,
foi muito importante à obtenção
do credenciamento para realizar
Adelar Lucietto Presidente do Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto - Gestão 2016/2017
transplantes de córneas, permitindo
que mais pessoas possam ter uma visão de qualidade reforçando o conceito do Hospital como uma qualificada
casa de saúde.
Damos continuidade, também, ao
projeto de ampliação das instalações
físicas, planejando a instituição para
os próximos anos. Foi dimensionada
a obra, elaborado o projeto e aprovado pela Vigilância Sanitária. Estamos
fazendo as gestões necessárias para
a obtenção de recursos para iniciar a
execução da obra.
Importante registrar o apoio institucional do Lions. A visita ao Hospital,
em julho de 2015, do CL Joe Preston,
presidente da Fundação Internacional
do Lions – LCIF, o apoio recebido de
todas as lideranças leonísticas e dos
clubes de Lions do Distrito LD-7 nos
dão a motivação necessária para enfrentar os desafios diários e, também,
a convicção de que estamos no caminho certo.
Registramos, ainda, o apoio recebido dos Conselheiros Estatutários
do Hospital, bem como da diretoria, o
que nos levou a assumir o compromisso de administrar o Hospital por mais
dois anos, sabedores das nossas limitações e que só serão superadas com a
participação de todos.
Ao participar do 45º
Fórum Leonistico da
América Latina e Caribe
– Área III, da qual o Brasil faz parte, na cidade de
Montevidéu, no Uruguai,
nos dias 19 a 23 de janeiro
de 2016, acompanhei uma
apresentação do CL Zander em que ele propagava
o Hospital de Goiânia e as
atividades desempenhadas em sua cidade com
Maria Leonora Ribeiro Martins
tanta ênfase que senti a
Governadora do Distrito LD 7
necessidade de fomentar
e incentivar muito mais o Hospital de Olhos Dyógenes A.
Martins Pinto, do Distrito LD7, instalado na cidade de Passo
Fundo.
Aqui, em nossa cidade, em nosso Distrito Leonístico, possuímos uma obra grandiosa e gratificante, com um trabalhado reconhecido e referenciado. O Distrito deve se orgulhar
por possuir um Hospital que contribui para o combate da cegueira, pois esta é uma das bandeiras mais importantes para
o Lions Internacional que desde os seus primórdios se preocupou com a preservação da saúde da visão.
Helen Keller foi a primeira mulher a desafiar os Leões do
mundo inteiro a tornarem-se paladinos da visão. O Hospital
de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto, de Passo Fundo, vem
contribuindo em favor do serviço humanitário prestado pelos Lions em toda a região que abrange o Distrito LD7, preocupando-se com as crianças em idade escolar, através dos
exames de visão e posterior encaminhamento para consultas.
Mas, a missão do Hospital vai além. Também se preocupa
com aqueles que necessitam de um atendimento mais aprofundado e não esquece dos idosos, pois uma grande quantidade de cirurgias de cataratas são realizadas. Esse trabalho
justifica o lema Leonístico “Nós Servimos”. Neste Hospital
tem-se varias formas de encaminhamentos, para amenizar os
transtornos que a falta de visão ocasiona nas pessoas. A nossa
maior alegria é quando, após os procedimentos, os pacientes
voltam a ver a luz do dia.
Por isso, o Leonísmo continua sempre avante procurando Servir os mais necessitados. O desafio do centenário tem
como uma de suas metas o projeto de serviço à saúde da
visão, que deverá alcançar até julho de 2017, 25 milhões de
atendimentos da visão. Esse é o nosso compromisso. Esta é
a nossa luta.
Um bom trabalho para todos nós.
Expediente
Esta é uma publicação do Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto. Distribuição gratuita.
O Hospital esta situado Campus I, Prédio 2, Quadra K - CEP 99001-970 - Passo Fundo-RS - Fone: 54-3318-0200 - www.hospitaldeolhoslions.com.br
Diretoria 2016/2017
CL Adelar Lucietto
CLª Vera Lucia Franchini
CLª Janesca Maria Martins Pinto
Presidente
1ª secretária
1ª tesoureira
CL Adelvino Parizzi
CL Adelar Antônio Betiol
CLª Zaide Leticia Gabriel Weiller
Vice presidente
2º secretário
2º tesoureira
Reportagens, edição: Cristian Puhl - Jornalista Responsável: Cristian Puhl, MTB 14.390 - Fotografias: Cristian Puhl/Divulgação/Arquivo
Diagramação e Arte Final: Ederson Rodrigo Teixeira
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Uma missão do Lions que
beneficia a sociedade
No centenário de fundação do movimento leonístico, que será celebrado em 2017, a proposta inicial
que fomentou todas as ações em prol da coletividade
mantém-se em sua essência: cuidar da saúde da visão. Apoio dos clubes de serviços de Lions é fundamental para o Hospital
Para a governadora do Distrito LD7 no biênio 2015/2016, Maria
Leonora Martins, que integra o Lions Clube Passo Fundo Amizade,
é impossível separar a fundação e a manutenção das atividades do
Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto das atividades promovidas pelos clubes de Lions em prol do fomento da instituição.
“Desde o início do projeto, quando os companheiros Leões lançaram a proposta de construir este Hospital até os dias de hoje, os 78
clubes que compõem o Distrito nunca mediram esforços para nos
ajudar em todas as fases deste processo. Cada pedaço deste prédio é
resultado de uma ação voluntária feita por um companheiro Leão”,
afirma Maria Leonora.
“
E fazemos isso para todos os públicos, sejam
eles oriundos de sistemas privados ou públicos de saúde. É muito importante reiterar
sempre que a obra maior do leonismo é servir”, defende a governadora do Distrito.
Incentivos
O 2º vice-presidente do Conselho de Governadores do Distrito
Múltiplo LD, coordenador da Fundação Internacional de Lions
Clubes (LCIF) do DMLD, coordenador Distrital de LCIF e presidente do Lions Clube Carazinho Glória, Luiz Roberto Gobbi, relata que a captação de recursos para a obra de ampliação do Hospital
de Olhos (HO) será mais uma oportunidade para motivar os clubes de serviços a contribuírem de forma definitiva para a concretização do projeto. “Acompanhamos a evolução do HO desde a
sua implantação, com ajuda financeira proveniente de campanhas
de arrecadação de fundos. Somos testemunhas do trabalho sério
e criterioso das administrações que estiveram a frente do Hospital
em todos estes anos”, comenta ele.
Gobbi salienta ainda que os clubes são incentivados a fazer doações, encaminhar pacientes nos diversos níveis, desde particulares, conveniados e os carentes com consultas pagas pelos Lions
Clubes, para que haja volume de serviços que viabilizem as atividades. “A ampliação é necessária e crucial. Os custos fixos aumentam vegetativamente, o que é comum a todas as empresas e são
suportados pelo maior volume de atendimentos. A necessidade
de ampliação por si só já indica crescimento do HO”, assegura,
complementando que todos os companheiros Leões desejam o
desenvolvimento da instituição. “Visualizamos um Hospital de
excelência no atendimento aos que tem problemas de visão, o que
também é uma meta de Lions Internacional”.
Ainda segundo ela, a necessidade de ampliar o espaço físico do
Hospital para poder aumentar o número de atendimentos também
revela que a instituição está cumprindo com sua missão, que é a de
tornar-se referência no combate e no tratamento dos problemas que
afetam a visão. “E fazemos isso para todos os públicos, sejam eles
oriundos de sistemas privados
ou públicos de saúde. É muito
importante reiterar sempre que
a obra maior do leonismo é servir”, defende a governadora do
Distrito.
Prestes a celebrar 100 anos de
existência no mundo, o movimento leonístico, explica Maria
Leonora, pautou suas campanhas levando em consideração a
necessidade de se tratar da saúde oftalmológica. “Mais do que
uma ação esta é a nossa missão
fundamental. Por isso, todos os
clubes de serviços do Lions se
dispõem a apoiar o Hospital.
Isso é uma obra de todos para
o coletivo. E ficamos extremamente orgulhosos”, finaliza a governadora do LD7.
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Tecnologia é um dos diferenciais do HO referenciados
pelo Distrito LD7 de Lions
“Visualizamos um Hospital de excelência no
atendimento aos que tem problemas de visão, o
que também é uma meta de Lions Internacional”,
afirma Gobbi
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Internacionalmente reconhecido
Fotos: Arquivo Hospital de Olhos
Visita do presidente Internacional da Fundação
Lions Clube, Joe Preston, ao
Hospital referendou o trabalho da instituição e abriu
novas oportunidades para
captação de recursos visando a ampliação do prédio
No Brasil para visitar diversas
obras e ações sociais mantidas
pelos clubes de Lions, o presidente Internacional da Fundação Lions Clube, Joe Preston,
esteve em Passo Fundo para
conhecer a estrutura e os serviços prestados pelo Hospital de
Olhos Dyógenes A. Martins Pinto. O encontro ocorreu no mês
de julho de 2015 e, segundo o
presidente do Hospital, Adelar
Lucietto, foi uma oportunidade
de divulgar e mostrar o trabalho
da instituição para a Fundação
Internacional de Lions. “Ficamos muito satisfeitos em recebê
-lo, porque a vinda dele ao nosso
Hospital demonstra que estamos
sendo reconhecidos”, aponta.
Segundo Lucietto, Preston,
que é natural do Arizona, nos
Estados Unidos, conheceu cada
ambiente do Hospital e observou os equipamentos utilizados
pelo corpo clínico da instituição,
elogiando a estrutura, os atendimentos e a excelência no cumprimento da missão do Lions
Presidente do HO agradeceu a visita de Preston, ocorrida em julho de 2015
no combate e tratamento das doenças da
visão. “A visita fortalece o Hospital, o Lions
e o Distrito LD7, além de abrir uma porta
visando a solicitação de recursos para as
ações do Distrito”, comentou.
Após conhecer as instalações do Hospital, Preston falou a respeito das impressões
que teve ao visitar os consultórios, o Centro de Diagnóstico, as salas de recepção
e o Centro Cirúrgico. “Sabemos que este
é um hospital muito requisitado e muito
produtivo”, disse o presidente internacional da Fundação Lions, salientando que a
construção e a aquisição de equipamentos
também são frutos do auxílio que o Lions
Clube Internacional presta à instituição.
Além de Preston, a ex-diretora internacional, Rosane Jank; vários ex-governadores e autoridades do
Lions estiveram presentes durante a visita. Na oportunidade, o presidente internacional da Fundação recebeu homenagens do Distrito LD7.
“Durante a visita, Preston recebeu homenagens e conheceu a estrutura do Hospital”
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Projeto apresentado
Ainda durante a tarde em que
esteve em Passo Fundo, Preston conheceu o projeto de ampliação da
instituição. Conforme Lucietto, a
proposta de expansão tem o objetivo de dobrar a capacidade de atendimento do Hospital. Hoje, são cerca de 140 municípios conveniados
e cerca de 200 pacientes atendidos
diariamente. Apenas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) são realizadas
1500 consultas por mês.
Atualmente, a estrutura do Hospital tem 1.640 metros quadrados e o
projeto prevê a ampliação para mais
2.200 metros quadrados. “A intenção
é ampliar todos os setores, pois queremos dobrar a capacidade de atendimento. O atual prédio conta com
oito consultórios de atendimento e
queremos passar para 14, aumentar o
número de salas de cirurgia, salas de
procedimento e ampliar o centro de
diagnóstico”, explica Lucietto, dizendo que a ampliação também prevê
o aumento de espaços como o setor
administrativo, refeitório, lavanderia
e sala de espera dos pacientes.
Neste sentido, a visita de Preston
foi importante para, no entendimento de Lucietto, permitir que haja
possibilidade de se captar recursos
junto a Fundação Internacional de
Lions. “Preston ficou muito satisfeito e teve uma visão bem favorável
do Hospital, do atendimento, como
os recursos são empregados, com o
volume de atendimentos e a forma
que desenvolvemos”, argumenta ele,
reforçando que um dos princípios
do Lions é de dar acesso à população ao atendimento oftalmológico.
“A visita mostra que as lideranças do
Lions fizeram um esforço para mostrar o que temos hoje e o que ainda
precisamos”.
CL e
viúva de
Dyógenes
Martins
Pinto
conheceu
Preston
durante
a visita.
Para bem cuidar da sua visão
Uma das preocupações mais latentes da Administração do Hospital de Olhos diz respeito a qualificação do corpo
clínico que atua na instituição. Confira quem são os profissionais que compõem a especializada equipe de médicos
oftalmologistas que prestam atendimento a população:
Adriano Bertoni Frasson CRM 24418
Aline Weiller dos Reis CRM 36748
Carlos Buhler Junior CRM 32787
Carlos R. de Camargo Ramos CRM 96024
Cláudio Fernando Goelzer Filho CRM 12087
Dante Olivier Heckler CRM 26546
Denise Mombelli CRM 8724
Delano Jorge – CRM 31271
Eduardo Cavalheiro Pedroso CRM 28567
Eduardo Kuchockowolec CRM 24978
Gildrades da Costa Correa CRM 7657
Juliano Grandi
CRM 24824
Leonardo R. Fasolo CRM 23607
Luciana Emilia Reginato CRM 35667
Mirian Mitiko Sakuma
CRM 20658
Monique Avozani CRM 30219
Priscila Almeida Jorge CRM 30270
Roberto Reis dos Santos CRM 31359
Rubismar Evandro Guitel CRM 19411
Especialista Estrabismo
Especialista Retina/Catarata
Especialista em Refrativa/Trans. Córnea
Especialista em Plástica Ocular
Diretor Técnico
Especialista Catarata
Oftalmologista
Especialista/Catarata
Especialista Retina/Catarata
Especialista Retina/Catarata
Especialista Catarata
Especialista Catarata
Doutorado Especialista Glaucoma
Especialista em Córnea/Catarata
Anestesista
Especialista Estrabismo/Catarata
Especialista Córnea/Catarata
Diretor Clínico/Catarata
Especialista Catarata
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Para o futuro: perspectiva de muito
trabalho e qualidade nos serviços
Conferir ainda mais excelência aos atendimentos
oftalmológicos prestados no Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto é o que projeta a diretoria
reeleita para administrar a instituição no biênio
2016/2017
Do ano de sua fundação até os dias de hoje, o Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto passou por transformações em sua estrutura física, profissional e de recursos técnicos para garantir aos pacientes os melhores tratamentos oftalmológicos. Para isso, de acordo com o
presidente reeleito da instituição, Adelar Lucietto, foi necessário somar
esforços. “Os conselheiros, os outros membros da diretoria, os clubes de
serviços de Lions do Distrito LD7 e a Fundação Internacional de Lions
sempre estiveram ao nosso lado, promovendo campanhas e ações em
prol da captação de recursos que pudessem, além de manter o funcio-
namento do Hospital, nos auxiliar a adquirir equipamentos com alta
tecnologia”, afirma ele.
Nestes 17 anos de serviços prestados, o Hospital de Olhos conquistou
a confiança e a credibilidade indispensáveis para se tornar referência no
tratamento e no combate das doenças da visão. “Excelência na promoção da saúde da visão é o que nos move”, revela o vice-presidente da
instituição, Adelvino Parizzi. E o que desejam os diretores para o futuro
do Hospital? Os investimentos concretizados desde 1999 são suficientes
para garantir o cumprimento da missão estabelecida em sua fundação?
Foi para responder a estas perguntas que a Revista do Hospital de
Olhos conversou com os seis integrantes que formam o corpo diretivo
da instituição e que foram reeleitos para estar a frente da diretoria no
biênio 2016/2017. Confere o que eles têm a dizer sobre suas perspectivas
para o Hospital – uma obra que ficará eternizada na memória de quem
trabalha cotidianamente e de forma voluntária para o bem coletivo.
“Eu desejo para o Hospital...”
Presidente: Adelar Lucietto
O administrador de Empresas,
Adelar Lucietto,
iniciou suas atividades leonísticas
em 1999, quando ingressou no
Lions Clube Passo Fundo Integração. Em 2005,
assumiu
uma
função no Conselho Administrativo do Hospital e,
desde então, vem
trabalhando para
garantir os avanços necessários na
instituição. Para
Lucietto, reeleito para presidir
o Hospital de Olhos no biênio 2016/2017, o maior ideal é ver o
Hospital ampliado conforme o projeto em andamento. Além disso, Lucietto prospecta um quadro estável de profissionais qualificados, atendendo em todas as especialidades da oftalmologia e
utilizando a melhor tecnologia disponível. “Tudo isto sem abandonar o motivo principal da sua existência, que é a de facilitar o
acesso da população ao atendimento oftalmológico”, diz.
Vice-presidente: Adelvino Parizzi
Um dos fundadores
do Hospital de Olhos,
Adelvino Parizzi integra
o movimento leonístico
desde 1965, quando ingressou no Lions Clube
Passo Fundo Norte, ocupando todos os cargos no
Clube e diversas funções
no Distrito e no Conselho
de Governadores. Parizzi,
que é o atual vice-presidente do Hospital, afirma que o projeto maior
da instituição é a garantia de que a comunidade
continuará recebendo serviços oftalmológicos com excelência.
“De todos os projetos e perspectivas para o futuro, desejo que
possamos continuar agindo no sentido de assegurar para a população que necessita um atendimento sério, responsável de alta
qualidade”, conta ele, observando que a missão do Lions Clube
é justamente esta: servir ao próximo. “Em breve, o movimento
leonístico vai completar 100 anos de sua fundação internacional.
Para celebrar esta data é nossa função termos certeza de que nossa principal atribuição está sendo cumprida, que é a de oferecer
uma boa saúde da visão para todos os que dela demandam. Nosso
lema sempre deve ser respeitado: onde há uma necessidade, lá
estará um Companheiro Leão e um clube de Lions”.
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1ª Tesoureira: Janesca Maria Martins Pinto
Integrante do Lions Clube Independência, Janesca é filha de
Dyógenes A. Martins Pinto, um
dos companheiros Leões que tomou para si a tarefa de construir
o Hospital e permitir que todos
tivessem acesso aos serviços e
tratamentos que garantissem
a saúde da visão. Compondo a
diretoria reeleita para o biênio
2016/2017, ela tem a perspectiva
de que a instituição mantenha
o seu projeto de crescimento e
expansão. “Trabalhar no Hospital de Olhos CL Dyógenes Martins Pinto do Lions é muito
importante e gratificante, pois estamos representando toda
comunidade leonistica do Distrito LD7. Estamos empenhados
em cumprir a missão de Lions Internacional, que é o combate e
prevenção da cegueira”, ressalta.
2ª Tesoureira: Zaide Letícia Gabriel Weiller
Uma das sócias-fundadoras do
Lions Clube Passo Fundo Amizade, Zaide ingressou no leonismo
como Domadora Leão no ano de
1985. Para ela, o maior projeto
para o Hospital sempre deve estar
relacionado a melhoria e a evolução nos tratamentos oferecidos
para a população. “Nossa missão
é e sempre deve ser ajudar o próximo. Foi com este objetivo que
o Hospital de Olhos foi construído”, reforça ela, salientando que é
indispensável trabalhar somando
esforços e motivando os companheiros Leões a contribuírem fomentando e ampliando os serviços da instituição. “Nós crescemos
muito nestes 17 anos de fundação e só temos motivos para agradecer. O que eu desejo é que o nosso futuro seja sempre marcado
por melhorias, avanços e ampliações. Vamos agir neste sentido”.
1ª Secretária: Vera Lúcia Franchini
Vera ingressou no movimento
Leonístico em 2002, no Lions
Clube Passo Fundo Alvorada,
tendo ocupado o cargo de presidente, tesoureira e diretora Social
do Clube por duas gestões. Compondo a diretoria reeleita para o
biênio 2016/2017 na função de 1ª
secretária, ela projeta boas ações
para o futuro do Hospital. Na sua
perspectiva, é preciso trabalhar
para manter o crescimento dos
atendimentos realizados, tanto na
área Clinica, Cirúrgica e de Exames. “Não podemos perder o foco da excelência no atendimento
bem como a eficácia dos procedimentos realizados, pois são eles
que dão guarida e nos permitem projetar o Hospital como uma
das mais importantes instituições de saúde do país no segmento
oftalmológico, sobretudo com a ampliação do espaço físico, projeto já aprovado pela Anvisa que permitirá aumentar a capacidade
de atendimento hoje suportada”, atesta.
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Conselhos
Conselho Administrati- Conselho Curador
Titulares pela Fundação Distrito
vo 2016/2017
Lions Clube Integração Titular: CL Adelar Lucietto
Titular: CL Sergio Portela Pereira
Suplente: CL Juarez de S. Moreira
Lions Clube Alvorada
Titular: CL Vera Lucia Franchini
Titular: CL Solange Loreci Simões
Suplente: CLª Andréia Maria Begotto
Rubik
Lions Clube 2000 Titular: CL Raul Pedro Biazus
Titular: CLª Rita Danielli
Suplente: CL Verceli de Oliveira
Lions Clube Independência
Titular: CL Janesca Maria Martins
Pinto
Titular: CL Ilânia Pretto Martins Pinto
Suplente: CL Aldrian Ramires
Lions Clube Amizade
Titular: CLª Maria Leonora Ribeiro
Martins
Titular: CLª Zaide Leticia Gabriel
Weiler
Suplente: CL Claudir Pinheiro Machado
Lions Clube Centro
Titular: CL Carlos Buhler
Titular: CL Adelar Bettiol
Suplente: CLª Dionéia Therezinha
Cerati Canalli
Lions Clube Norte
Titular: CL Adelvino Parizzi
Titular: CLª Zaira Marluza Verardi
Suplente: CLª Giseli Motta Ponta
LD 7
Luiz Irajá Ferraz
Maria de Lourdes Nascimento
Suplentes pela Fundação Distrito
LD7
Antonio Jader Messa de Oliveira
Jacira Souza da Silva
Titulares pela Fundação UPF
Amândio Cavalcanti Junior
Tarcisio Hartmann
Suplentes pela Fundação UPF
Adriano Lourensi
Elci Lotar Dickel
Conselho Deliberativo
Conselheiros titulares Governadoria LD-7
Nilton Busato
Sebastiao Avani da Silva
Celso Basso
Conselheiros Suplentes Governadoria LD-7
Firminio Pietroski
Adroaldo José Cavasola
Dina Cilse Schuler
Conselheiros Titulares Fundação
LD-7
Maria Alice V. Miglioranza
Luiz Roberto Gobbi
Irineu Graebin
Conselheiros Suplentes Fundação
LD-7
Ivo Matuela
Olimpio Carniel
João Carlos Rockembach
2ª Secretário: Adelar Antônio Bettiol
Membro do Lions Clube Passo Fundo
Centro, Bettiol já exerceu as funções de
presidente, secretário, tesoureiro e diretor de Esporte e Social do Clube, além de
ter sido presidente de Divisão e Região
e assessor de esportes no Distrito LD7.
Para ele, a maior expectativa de futuro
está relacionada a expansão necessária
do Hospital. “Precisamos confirmar e
manter a referência e a excelência que
conquistamos em nossos atendimentos
e serviços prestados para a população”,
reitera Bettiol, salientando que para isso
é importante garantir a boa estrutura e
os investimentos constantes em tecnologia, além do qualificado corpo
clínico. “Para isso temos que pensar também na rentabilidade. Então, a
gestão do Hospital é outro projeto que precisamos focar. Temos conseguido avançar em tecnologia e para referendar ainda mais nosso atendimento é indispensável seguirmos nesta linha”.
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“Não esperamos milagres,
trabalhamos juntos”, afirma Lucietto
Diretoria reeleita para presidir o Hospital de Olhos
Reeleito para presidir o Hospital de
Olhos CL Dyógenes A. Martins Pinto
para a gestão 2016/2017, Adelar Lucietto ressalta que o envolvimento de
todos é fundamental para manter a
instituição
Construído para atender a uma demanda diária de
aproximadamente 200 pacientes, o Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto está operando em sua capacidade plena. Transcorridos 17 anos do início de
suas atividades, a instituição, segundo o presidente reeleito para a gestão 2016/2017, Adelar Lucietto, cresceu
de forma sustentável e fortalecida. “E é isso o que nos
permite expandir e projetar o nosso desenvolvimento.
Todas as administrações e diretorias focaram em dar
sustentação econômica para o Hospital. Nós mantemos
este projeto e conseguimos avançar em diversos setores”,
argumenta ele.
Conforme Lucietto, as características do Hospital o
tornam um centro de referência em atendimentos oftalmológicos.
“
Possuímos um Corpo Clínico com alta qualificação em
praticamente todas as áreas
da oftalmologia.
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Nossos servidores estão preparados para
prestar um serviço humanizado, o que significa muito quando falamos em saúde. Além
disso, nosso Centro de Diagnóstico é um dos
mais modernos do Estado”, cita ele, afirmando que é graças a estas variáveis que permitem serem realizadas 30 mil consultas por
ano, 3.700 cirurgias, exames e terapias necessárias para os procedimentos de recuperação.
“
Hoje, somos conveniados
a mais de 140 prefeituras,
além de termos convênios com
outras entidades e praticamente todos os planos de saúde. Nos
tornamos referência pela qualidade oferecida e isso faz com que
tenhamos praticamente a nossa
capacidade instalada ocupada”
O presidente comenta também que o
apoio e a parcerias dos clubes de Lions, da
Fundação Internacional de Lions, do Distrito
LD 7 e das prefeituras, que firmam convênios, tornam possível projetar o futuro. declara ele, observando que o HO implementa
aperfeiçoamentos constantes e que muitas
melhorias, às vezes, não são percebidas. “Mas
o trabalho e a preocupação neste sentido são
permanentes”.
Centro de Diagnóstico Pe. Elydo
Alcides Guareschi
Foi por unanimidade que os
conselheiros e os membros da
diretoria do Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto aprovaram uma pequena, mas cheia
de significados, homenagem a um
dos maiores incentivadores da
construção do HO: o padre Elydo
Alcides Guareschi. “Quando se iniciaram os debates sobre a viabilidade de se construir o Hospital, os
Companheiros Leões procuraram
a reitoria da Universidade de Passo
Fundo (UPF), cujo cargo de reitor
era então exercido pelo padre Alcides. Ele prontamente se dispôs a
ajudar, colocou a estrutura da Universidade à disposição dos clubes e
do Distrito e foi um dos mais importantes defensores da proposta”,
relata Lucietto.
Recentemente, com a ampliação tecnológica do Centro de
Diagnóstico e a aquisição de novos
equipamentos, surgiu a ideia de
nomear o espaço com o nome do
padre Alcides.
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Novas
conquistas
Em 2012, a demanda regional
e estadual por atendimentos levou
o Hospital a inaugurar um anexo
ao prédio, melhorando o conforto
oferecido e ampliando as áreas de
consultórios. Agora, a instituição
está captando recursos para construir um novo espaço, interligando diferentes setores e promovendo um crescimento que há anos
vem sendo planejado. Segundo
Lucietto, o projeto já foi aprovado pela ANVISA. “Há demanda
e nós queremos crescer, mas para
isto precisamos ampliar a área física. Este projeto é uma obra bem
significativa e que, além de adequar as instalações já existentes,
vai aumentar em muito a área,
permitindo dobrar a nossa capacidade de atendimento”, revela.
Ainda de acordo com ele, a
execução do projeto será feito em
etapas e a longo prazo. “Não precisamos de toda ampliação de ime-
“
Em 2012, a demanda por atendimentos fez com que a direção do Hospital ampliasse o prédio
diato e também não temos como
obter recursos de uma só vez. O
importante é termos o projeto e
executá-lo a medida da possibilidade e necessidade, sempre dentro de um planejamento”, salienta.
Todos concordaram quase que imediatamente. Sugerimos em uma reunião, os conselhos deliberaram e, dias depois
estava aprovado. Nosso Centro de Diagnóstico passa a se chamar Pe. Elydo Alcides Guareschi”, reforça o presidente do Hospital.
Transplantes
Planejamento é a palavra que pontua toda a gestão administrativa do Hospital de Olhos. Foi assim com a obtenção do credenciamento para que a instituição passasse a ser um órgão transplantador
de córneas. A autorização foi dada em julho de 2015 e, até o momento, uma dezena de pacientes já passaram pelo procedimento.
Lucietto comemora esta conquista, reforçando que este é mais
um serviço prestado para atender a missão do Lions, que é a de combater a cegueira e tratar da saúde da visão. “A obtenção do credenciamento foi uma grande conquista. Demonstra, em primeiro lugar,
a qualificação do Hospital de Olhos, dos médicos, dos servidores,
das instalações e dos equipamentos”, enumera ele, complementando
que há um volume significativo de pacientes que dependem deste
transplante para conseguirem voltar a enxergar. “Quando constatada a necessidade de transplante não precisamos encaminhá-los para
outras instituições. Isso é fundamental”.
Convênios facilitam atendimentos
Além do grande volume de pacientes atendidos pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) e por meio dos convênios firmados com as prefeituras, através
de suas Secretarias de Saúde e dos municípios do Distrito LD 7 de Lions,
o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto tem buscado ampliar sua
atenção também para os planos de saúde privados e empresariais.
Conforme o presidente da instituição, Adelar Lucietto, o credenciamento do Hospital em vários outros convênios contribuiu para a diversificação de sua clientela em relação ao atendimento, assim como também
favoreceu o aumento da receita, tornando assim o Hospital de Olhos cada
vez mais autossustentável. “Todas as modalidades de convênios tem um
objetivo comum: facilitar e ampliar os atendimentos”, pondera Lucietto,
citando que além dos convênios com o SUS, o Hospital mantém outras
modalidades de atendimentos. “Além do SUS e das Secretarias de Saúde, também dispomos de convênios empresariais, com planos de saúde e
consultas particulares, sendo que estas têm um preço acessível e justo, o
que garante atendimento para todos”.
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Trajetória de crescimento
Para o administrador do
Hospital de Olhos, crescimento
da instituição tem se dado de
forma sustentável. O credenciamento para o transplante de
córneas é um exemplo concreto
disso, afirma Freitas
Criado através de uma parceria entre a Fundação Universidade de Passo Fundo, que cedeu
a área, e o Lions Internacional, o Hospital de
Olhos Dyógenes A. Martins Pinto iniciou suas
atividades em 1999 como uma associação,
transformada, posteriormente, em Fundação,
coube a parte administrativa ao Lions, enquanto à Universidade a curadoria da instituição.
Nestes 17 anos de prestação de serviços
médicos em oftalmologia, o Hospital cresceu e
expandiu em todos os setores. De acordo com
o administrador da instituição, Ivan Paulo Xavier de Freitas, o Hospital de Olhos Dyógenes
Auildo Martins Pinto começou a sua trajetória
em janeiro de 1999 com dois consultórios e
uma sala cirúrgica buscando credenciamento
do Sistema Único de Saúde (SUS) e os convênios com municípios da região. “Em setembro
de 1999, obtivemos o credenciamento do SUS
e realizávamos as consultas sociais, que eram
os valores das prefeituras. Buscávamos, na
época, os planos de saúde Unimed e IPERGS
e outros, que foram agregando ano após ano,
possibilitando o nosso crescimento”, recorda.
Para Freitas, a trajetória do Hospital é marcada por avanços e conquistas. “O credenciamento do IPERGS ocorreu em março de 2001,
expandindo nosso número de atendimentos.
Em novembro de 2010, a diretoria do Hospital
optou por contratar uma colaboradora para, especificamente, tratar sobre os convênios. Nelsi
Lourdes Backes é a funcionária responsável por
este setor, agregando bastante para a instituição”, comenta ele, afirmando que, atualmente,
são 143 municípios e 23 planos de saúde conveniados. “O convênio da Unimed, após vários
anos de tratativas, se concretizou em 2015 é o
mais recente plano que se soma ao Hospital”.
Ivan de Freitas comenta que a história do Hospital é marcada por muitas conquistas
Transplante de córneas
Segundo o administrador do
Hospital, uma das maiores conquistas para a instituição foi obtida
em 2015, quando ocorreu o credenciamento para a realização de
cirurgias de transplantes de córneas. “Foi uma longa caminhada que
resultou, em setembro de 2015, na
realização do primeiro transplante”, comemora Freitas, explicando
que o Hospital de Olhos faz parte
da rede de transplante de córnea do
Rio Grande do Sul, através da Central de Transplante que coordena os
transplantes e a logísticas das córneas. “Considero um conquista que
vem a complementar e qualificar os
procedimentos de saúde ocular. Já
possuímos um centro de diagnóstico de excelência, os equipamentos
de última geração para os tratamentos e, agora, os transplantes”.
Conforme ele, o centro de diagnósticos do Hospital foi denominado de Padre Elydo Alcides Guareschi, uma homenagem a um dos
incentivadores e idealizadores da
construção do Hospital.
Centro de Diagnósticos recebeu o nome de um dos primeiros incentivadores e idealizadores do Hospital, o padre Elydo Alcides Guareschi
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Filantropia
O administrador do Hospital de Olhos destaca que a obtenção da filantropia é outra conquista importante para a instituição. “A filantropia foi almejada desde o início e intensificada
na gestão do padre Elydo Alcides Guareschi, em
2003. O efeito de toda essa mobilização veio em
2011, no mês de outubro, quando ela foi obtida. A partir da filantropia, o Hospital de Olhos
assumiu o compromisso de atender 60% SUS”,
declara Freitas.
Recursos Humanos
Tão importante quanto as inovações tecnológicas é o reconhecimento dos profissionais
que atuam na instituição. “A equipe de trabalho
Hospital de Olhos conta com 54 colaboradores
que vem crescendo ano após ano. Nós também
temos um corpo clínico de excelência, com 17
oftalmologistas prestadores de serviço com
todas as sub especialidades: retina, glaucoma,
músculos, plásticas oculares, córnea e catarata”,
reitera o administrador do Hospital, salientando que os números comprovam e qualificam
a grande demanda oferecido pelo Hospital de
Olhos. “No ano de 2015, realizamos 29.316
consultas num total geral de atendimentos
de 112.918. Deste quantitativo, 90.966 são os
atendimentos do SUS, com um percentual de
80,56%”.
Qualificação dos profissionais é uma constante no Hospital
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Alta tecnologia dos equipamentos favorece diagnósticos mais precisos
Convênios
Além do grande volume de pacientes atendidos pelo Sistema Único de
Saúde e por meio dos convênios firmados com as prefeituras, através de suas
Secretarias de Saúde e dos municípios do Distrito LD 7 de Lions, o Hospital
de Olhos tem buscado ampliar sua atenção também para os planos de saúde
privados e empresariais.
O credenciamento do Hospital em vários outros convênios contribuiu para
a diversificação de sua clientela em relação ao atendimento, assim como também contribuiu para o crescimento da receita, tornando-o assim cada vez mais
auto-sustentável. Atualmente, a instituição mantém os seguintes convênios:
ASBAF
Fusex
AFHSVP
GEAP
AFUPF
IPE – Instituto de Previdência do Estado
Bradesco Saúde
Lions
Cabergs
OAB
CAPASEMU
Polimed
Casembrapa
Prefeituras Municipais
Capsem
Saúde/Caixa
Capeser
Sest/Senat
Cartão Redesul /Odontoplus
Sistema Único de Saúde
CASSI
Unimed
CIRENOR
Unisaúde
COMAJA
Viamed
Coopusaúde
Clube Recreativo Juvenil
Fundação UPF
Convênios com empresas: Metalúrgica Marini, Maritel
Equipamentos Agrícolas,
Plasbil e Kuhn do Brasil.
Convênios com entidades sindicais: STR de Ilópolis
Convênios em processo de negociação: Correios, Perdigão e
Tapcard
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Mobilização de Lions irá garantir
recursos para ampliação do Hospital
Necessária para atender ao aumento da demanda nos serviços
oferecidos no Hospital, obra de
ampliação da estrutura predial foi
aprovada em dezembro de 2015.
Clubes de Lions já estão se mobilizando para captar recursos financeiros
Projeto que prevê a ampliação do Hospital já foi aprovado
Quando o Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto começou suas atividades junto ao público, em 1999, a demanda já era
expressiva, mas a estrutura inicial
suportava o número de pacientes
atendidos diariamente. Transcorridos 17 anos ininterruptos de
funcionamento e contabilizando a
realização de milhares de procedimentos e tratamentos em prol da
saúde da visão, a instituição precisa expandir sua área construída,
garantindo conforto, comodidade
e mais infraestrutura para comportar a elevação do quadro de
pessoas beneficiadas e de serviços
agregados.
Atualmente, a Fundação Hospitalar Oftalmológica Universitária Lions – razão social do Hospital
de Olhos – possui uma área total
de 4.000 m², com área física construída de 1.603 m², sendo 1.303
m² através do auxilio dos Clubes
Lions do Distrito LD-7, Lions Internacional e demais Clube Lions
da Região, e 303 m2 através de
verba conseguida por parceiros da
entidade junto ao Ministério da
Saúde – Fundo Nacional da Saúde
e Lions Internacional. A área total
construída divide-se em recepção,
salas de espera, salas de exames,
consultórios, centro cirúrgico, administração e uma área nova para
o centro de diagnóstico.
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Novo Projeto
No final de 2015, a diretoria e a presidência
do Hospital de Olhos obtiveram a aprovação do
Projeto Arquitetônico e o Memorial Descritivo
para a construção e ampliação do Centro Cirúrgico Ambulatorial, Ambulatório de Imagenologia, Processamento de Roupas e Centro de Material Esterilizado, com uma área total de 3.807.24
m². Elaborado pelo arquiteto e urbanista, Nino
Roberto S. Machado, o projeto atende as necessidades atuais do Hospital, preparando-o para
receber novos investimentos em equipamentos e
agregando ainda mais qualidade aos serviços já
prestados, como o transplante de córneas. “Para
crescer o Hospital precisa ter condições estruturais. E é isso o que o projeto que elaboramos para
a ampliação do prédio contempla”, destaca ele,
acrescentando que os méritos e o reconhecimento obtido desde a fundação da entidade é que gerou essa necessidade de progredir. “A atuação em
todos estes municípios conveniados e também os
da abrangência do Distrito LD 7 sempre foi muito elogiada. E isso precisa ser melhorado sempre”.
Machado relata que a ampliação prevista é bastante significativa em função da necessidade de
instalação de novos equipamentos e consultórios,
além da expansão dos setores que já existem. “Haverá ampliação e qualificação das áreas de diagnóstico e consultórios, até para que os profissionais
possam ter melhores condições de conforto, o que
vai se refletir na melhora do atendimento prestado
a população”, explica o arquiteto, destacando que
todo o Corpo Clínico precisa ter um ambiente de
trabalho condizente com as necessidades da profissão. “Isso inclui um consultório bem equipado e
mais individualizado, pois isso é benéfico até para
a relação entre médicos e pacientes”.
Recursos
Para viabilizar a obra de ampliação do
Hospital de Olhos todos os clubes de Lions,
lideranças políticas estaduais e federais e a comunidade serão convocados. “Nós precisamos
de mobilização, porque a obra é fundamental
para todos”, reforça um dos responsáveis pela
captação de recursos, Luiz Roberto Gobbi, que
exerce a função de 2º vice-presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo
LD.
De acordo com ele, o Distrito LD 7 e o
movimento leonístico como um todo acompanham a evolução do Hospital, apoiando e
contribuindo através de diversas campanhas
de arrecadação para manter a instituição. “A
ampliação do prédio é necessária e crucial. Os
custos fixos aumentam vegetativamente, o que
é comum a todas as empresas e são suportados
pelo maior volume de atendimentos. A necessidade de ampliação por si só já o indício do
crescimento do HO”, revela.
Gobbi comenta que o pontapé inicial para
a efetivação da obra será dado com a obtenção
de recursos junto a Fundação Internacional de
Lions no valor de US$100.000,00. “O projeto
já foi encaminhado. Contatamos pessoalmente no FOLAC de Montevideo com Erika Klotz,
responsável pela análise do projeto na Área
Constitucional III e sentimos que temos grandes possibilidades de sermos contemplados”,
afirma o 2º vice-presidente do Conselho de
Governadores do Distrito Múltiplo LD, ponderando, contudo, que a Fundação Internacional de Lions exige contrapartida de recursos
na ordem de 25%. “Isso equivale dizer que
mais US$25.000,00 serão bancados pelos Clubes do Distrito LD-7, o que é perfeitamente
possível tendo em vista a pujança do leonismo
neste Distrito”.
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Sobre ter
oportunidade
de servir
Trabalho
focado no bom
atendimento
Patrícia é auxilhar financeira
Cristiana Baumgardt de Lima trabalha há cerca de três anos no Hospital
Cristina Baumgardt de Lima trabalha há cerca de três anos no
Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto. Primeiro como telefonista, agora como atendente hospitalar, ela é uma das responsáveis por intermediar e facilitar o diálogo entre pacientes, Secretarias
Municipais de Saúde, convênios e planos de saúde e os profissionais
médicos que compõem o Corpo Clínico da instituição.
Para ela, este é mais do que um trabalho. “Eu me sinto realizada
neste local. Às vezes, pequenos gestos da nossa parte transformam
o mundo das pessoas que precisam de atendimento”, relata ela, contando que já se emocionou diversas vezes com as histórias e as reações dos pacientes que recuperam a visão. “As crianças e os idosos
são os que mais me marcam. É gratificante ouvir de um idoso que
ele irá pra casa feliz porque vai poder enxergar seus familiares”.
No caso das crianças a sensação é ainda maior, diz Cristina.
“Muitas chegam até o Hospital com dificuldades de aprendizagem
e enfrentando muitos desafios no dia a dia. Depois, o resultado é
satisfatório”, pontua a profissional, destacando que o Hospital atende pacientes de mais de 100 municípios gaúchos. “Trabalhando no
Hospital nós conhecemos diferentes realidade. E temos a oportunidade de servir ao próximo”.
Uma destas pessoas auxiliada por Cristina é a estudante Camila
Binda, de 20 anos. Moradora do município gaúcho de Fagundes
Varela, ela já procurou o Hospital por pelo menos três vezes. “Sem-
O funcionamento de todos os setores do Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto é resultado da dedicação de funcionários e colaboradores que desempenham suas funções objetivando agilizar os atendimentos, intermediando as relações entre pacientes e Corpo Clínico,
além de auxiliar a diretoria na gestão administrativa da instituição.
É neste setor que a assistente Administrativa, Tiziana Machado Pilar,
e a auxiliar Administrativa Financeira, Patricia Zanoni Pedroso, exercem
suas atividades. Tiziana trabalha no Hospital de Olhos desde 2005. “Em
2016, comemoro 11 anos de dedicação ao Hospital. Ao longo deste tempo pude acompanhar uma série de avanços, como o aumento do acesso
aos pacientes, a ampliação de novas salas, novos convênios, qualificação
do Corpo Clínico e a assinatura e a renovação da Filantropia”, relata.
A assistente Administrativa observa ainda que as evoluções são
constantes. “Recentemente, o Hospital recebeu autorização para realizar os transplantes de córneas, o que reforça o nosso papel de referência
na área da oftalmologia”, assegura Tiziana, complementando que o esforço coletivo é que promove os resultados positivos conquistados pela
instituição.
O pensamento de Tiziana é compartilhado pela auxiliar Administrativa Financeira, que atua junto à direção do Hospital. Na opinião de
Patrícia, que trabalha há seis anos na instituição, houve muitos avanços e progressos em todas as áreas hospitalares. “Ocorreram inúmeras
mudanças – e todas foram para melhorar a estrutura e a qualidade dos
serviços prestados. O Hospital adquiriu novos e modernos equipamentos para o diagnóstico, qualificou o Corpo Clínico e obteve o credenciamento para o transplante de córneas, o que ampliou ainda mais a gama
de procedimentos feitos dentro da instituição”, finalizou ela.
pre que preciso aumentar o grau
do óculos ou de uma consulta é o
Hospital de Olhos em Passo Fundo que eu me dirijo”, declara ela,
elogiando a estrutura da instituição e a qualidade do corpo clínico. “Sempre sou muito bem recebida pela equipe de profissionais”.
“Camila Binda é
uma das pacientes
do HO”.
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Tiziana é assistente administrativa
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“A vida ganhou outro contorno”,
diz primeira paciente transplantada
no HO
A funcionária pública aposentada Ida Maria dos Santos Noll, passou praticamente metade de sua vida sem conseguir distinguir com
perfeição as imagens que seus olhos captavam.
Um problema no olho esquerdo a deixou com
a visão prejudicada há pelo menos 30 anos. Aos
58, a moradora do município de Lagoa Vermelha conta que ouviu a notícia da possibilidade
de passar por um transplante de córneas no
Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto
como uma chance de redescobrir o cotidiano
que a cercava. “Eu não soube o que dizer quando a médica me falou do transplante. Simplesmente fiquei sem palavras”, recorda ela.
Ida fez a cirurgia em setembro de 2015,
tornando-se a primeira paciente a realizar o
procedimento após a instituição ter obtido o
credenciamento junto aos órgãos competentes
de saúde, em julho do mesmo ano. “Ao longo
de 30 anos procurei ajuda em diversas clínicas,
hospitais e em consultórios de oftalmologia.
Acreditava que passaria até o fim dos meus dias
sem enxergar por completo. Mas, no meu íntimo, eu não perdia a esperança e tinha a certeza
de que o problema teria solução”, conta ela.
Foi a oftalmologista, especialista em Córneas e Doenças Externas pela Fundação Altino Ventura, de Recife, e pós-graduanda, nível
Doutorado pela USP, Priscilla de Almeida
Jorge, quem deu a notícia de que Ida estava
apta a passar por um transplante de córneas.
“A paciente apresentava um leucoma, que é
quando a córnea toma aspecto branco em toda
sua extensão ou em parte. Vínhamos discutindo o tratamento desde o final de 2014, no
mesmo período em que o Hospital buscava o
credenciamento junto a Secretaria Estadual de
Saúde”, explica Priscilla, acrescentando que o
leucoma pode ser congênito ou se desenvolver
após doenças infecciosas, principalmente herpes ocular ou traumas. “Essa opacidade pode
se localizar centralmente e também provocar
alterações na curvatura corneana, diminuindo
a visão. Ida tinha uma cicatriz bastante antiga,
com mais de 20 anos. A cada nova consulta nós
discutíamos as possibilidades de recuperação,
então, quando houve o credenciamento optamos pelo transplante”.
Credenciado em 2015
para poder realizar operações de transplante de
córneas, o Hospital de
Olhos Dyógenes A. Martins
Pinto inaugura uma nova
fase em sua trajetória. Ida
Maria dos Santos Noll,
moradora de Lagoa Vermelha, fez o procedimento em
setembro
“
Ida foi a primeira paciente a passar
por um transplante de córneas no
Hospital de Olhos Dyógenes A.
Martins Pinto
Ver as coisas, as pessoas, o meu cotidiano com a visão completa deu um
novo sentido para mim. A vida ganhou um contorno diferente”, diz a
paciente
Motivos para celebrar
Assim como Ida, Priscilla também
tem motivos para celebrar a conquista
do Hospital de Olhos: ela foi a primeira médica oftalmologista a realizar um
transplante na instituição. “Fiquei muito feliz quando recebi a notícia de que
o cadastramento havia sido efetivado
com sucesso e que o Hospital se tornara
um centro transplantador. Isso é muito
motivante para mim, como especialista
nessa área e é, sem dúvida, um grande
avanço para o Hospital, que passará
a atender a demanda de toda a região
que vinha sofrendo com dificuldades de
acesso a esse tratamento”, argumenta ela.
Cerca de uma hora depois de ter entrado na sala de cirurgia, naquele mês de
setembro, Ida saiu pronta para dar início a uma nova fase de sua vida. “Ver as
coisas, as pessoas, o meu cotidiano com
a visão completa deu um novo sentido
para mim. A vida ganhou um contorno
diferente”, diz a paciente, que está sendo
acompanhada frequentemente em um
pós-operatório que contempla exames
e consultas com a médica responsável
pelo procedimento. “Passamos todas as
orientações para a recuperação desse
paciente, principalmente sobre a suspeita de uma rejeição ou falência, onde
nesses casos, são feitos tratamentos mais
intensos”, afirma Priscilla, completando
que a recuperação do transplante de
córnea é lenta.
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Comissão de Transplantes
Segundo a administração do Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto, até o momento já foram realizados oito transplantes de córneas. Para o presidente da
instituição, Adelar Lucietto, são conquistas que mantém a excelência dos serviços prestados pelo Hospital.
“É uma cirurgia importante para a população e para os
pacientes que necessitam desse procedimento. E assim
continuamos expandindo a missão do Hospital de Olhos
e dos clubes de Lions, que é o de combater a cegueira e
promover a saúde da visão”, destaca ele.
Além de Priscilla, outros dois profissionais oftalmológicos são responsáveis pela realização dos transplantes
de córneas: Carlos Buhler Junior e Adriano Bertoni Frasson. A médica explica que os três compõem a chamada
Comissão de Transplantes e atuam de forma conjunta. “A
comissão de transplantes do Hospital tem por objetivo
avaliar os pacientes e indicar os casos que necessitam da
realização do procedimento, dando fluidez ao processo”,
esclarece.
Para Buhler Junior, que atua no Hospital de Olhos
desde o ano de 2012, os transplantes de córneas se somam aos procedimentos que já eram realizados na instituição, ampliando o potencial do HO. “Sempre foi uma
demanda latente na região e no Estado ter mais um hospital para a realização do transplante. A trajetória e os
esforços do Hospital de Olhos do Lions para obter o credenciamento demonstram isso”, relata o médico, salientando que tornar-se um órgão transplantador é resultado
de um esforço coletivo, tanto da direção do Hospital,
quanto dos clubes de Lions e dos profissionais médicos,
que se preparam para este novo momento da instituição.
“Sem dúvida é um reconhecimento e uma qualificação
importante para todos”.
O médico oftalmologista reforça que, atualmente, a
fila para a realização de transplantes de córnea no Estado é praticamente inexistente, o que dá celeridade ao
processo. “Até há alguns anos era preciso esperar muito tempo para se conseguir fazer o procedimento. Hoje,
esse período está bem reduzido graças também ao crescimento do número de doadores”, revela Buhler Junior.
“
Priscilla de Almeida Jorge destaca que o credenciamento do Hospital para a realização
dos transplantes é uma conquista importante para ampliar os serviços prestados.
“
Passamos todas as orientações para a recuperação desse paciente, principalmente sobre
a suspeita de uma rejeição ou falência, onde
nesses casos, são feitos tratamentos mais intensos”, afirma Priscilla, completando que a
recuperação do transplante de córnea é lenta
Para o médico Carlos Buhler Junior, toda
a equipe de profissionais também se preparou para prestar os melhores serviços
Para Buhler Junior, que atua no Hospital de Olhos desde o ano de 2012, os
transplantes de córneas se somam aos procedimentos que já eram realizados na instituição, ampliando o potencial do HO. “Sempre foi uma demanda latente na região e no Estado ter mais um hospital para a realização do
transplante. A trajetória e os esforços do Hospital de Olhos do Lions para
obter o credenciamento demonstram isso”, relata o médico
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Dúvidas?
Foto Felipe Souza/Diário Da Manhã
A médica oftalmologista Priscilla de Almeida
Jorge esclarece algumas questões referentes ao transplante. Confira:
O que é a córnea?
A córnea é um órgão transparente que se localiza
na parte anterior do olho e é responsável pela visão,
junto com outras estruturas oculares, necessitando,
para isso, manter sua transparência.
Quando é indicado um transplante?
O transplante é indicado quando a córnea perde
a transparência ou quando apresenta alterações em
sua curvatura que impedem o paciente de enxergar, mesmo com a correção de óculos ou lentes de
contato. As principais indicações do transplante são
ceratocone, ceratopatia bolhosa, distrofia de Fuchs e
opacidades (leucomas).
Qual o tipo de transplante mais comum?
Os avanços no transplante de córnea são relacionados a técnica cirúrgica.
A melhor opção vai depender de cada caso. Atualmente, os transplantes lamelares, em que é retirada apenas parte da córnea são as principais escolhas,
uma vez que essa técnica permite uma recuperacao mais rápida e reduz os
riscos de rejeição.
Também há risco de rejeição?
O risco principal é a rejeição, mas também pode ocorrer falência primária, infecção, dificuldades na cicatrização, astigmatismo, entre outros. A rejeição é uma reação do organismo do paciente que recebeu a córnea doadora
que não reconhece aquele órgão e o rejeita, criando anticorpos nesse processo. A córnea passa a apresentar sinais como linhas e opacificações visíveis ao
microscópio e o paciente queixa-se, com frequência, de turvação visual, olho
vermelho e dor. A rejeição pode acontecer a qualquer momento, durante
toda a vida do paciente. Mas, a rejeição pode ser tratada e o quadro revertido
com sucesso. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e o tratamento,
melhores serão os resultados. Nos casos em que a rejeição não é revertida
com o tratamento medicamentoso, é possível realizar um novo transplante.
Qual a origem das córneas
utilizadas nos transplantes?
As córneas podem vir de qualquer cidade que
tenha centro de captação. São realizados exames no
paciente doador para verificar a existência ou não de
doenças contagiosas, como exemplo as hepatites B e
C e HIV. Mesmo a córnea sendo um órgão avascular,
existe um risco mínimo de transmissão de doenças.
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Mais próximo da comunidade
Unidade Móvel participa das Feiras de Saúde
A responsabilidade social do Hospital de
Olhos Dyógenes A. Martins Pinto vai além da
realização de atendimentos oftalmológicos com
excelência e alta resolutividade. Ao longo do ano,
diversas campanhas são promovidas pela instituição com o objetivo de fomentar os cuidados
e a saúde da visão.
Em parceria com os clubes de Lions, empresas e secretarias municipais de Saúde da região, o
Hospital participa de feiras de saúde que tenham
como foco chamar a atenção da população sobre
a importância do cuidado com os olhos e a identificação precoce de outras doenças oculares,
além de servirem como fontes de orientação sobre a busca de tratamento clínico junto a serviços
especializados em oftalmologia.
Nestas feiras é comum o Hospital disponibilizar a sua Unidade Móvel. Em 2015, através da
equipe volante, foram registrados 4.860 atendimentos em 39 feiras de prevenção e combate a
cegueira. Desses atendimentos, 1.822 pessoas
foram encaminhadas para realização de exames
complementares para diagnósticos mais precisos
e, posteriormente, tratamentos da visão.
Outra ação social desenvolvida pelo Hospital
de Olhos é a distribuição de armações de óculos
para as pessoas em situação de vulnerabilidade
social. Esta atividade é possibilitada pelo auxílio
financeiro e pelas doações concretizadas pelos
clubes de Lions. De acordo com o Setor de Estatísticas do Hospital, no ano passado, 170 pessoas
foram beneficiadas com armações de óculos.
Além de garantir
atendimentos qualificados a todos os
pacientes, o Hospital de Olhos reforça
seu compromisso de
promover a saúde da
visão
Um olhar de criança
O Hospital de Olhos e a Prefeitura de Passo Fundo firmaram um convênio em que a saúde oftalmológica das crianças é a prioridade. Criado em 2014,
o projeto ‘Olhar de Criança’ oferece atendimentos
para os alunos de 03 a 06 anos matriculados nas Escolas Municipais de Educação Infantil.
Confira os números dos atendimentos:
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Tratamento do glaucoma está entre os
mais procurados no Hospital de Olhos
Especialista nas áreas de Glaucoma e Catarata, Leonardo Reichmann Fasolo destaca a
alta resolutividade dos serviços prestados na
instituição
Atualização constante
Atuando na instituição desde o ano de 2005, Fasolo acompanhou os
avanços estruturais e tecnológicos que garantiram ao Hospital o reconhecimento de excelência nos serviços prestados em oftalmologia. “Certamente, o Hospital apresenta uma das melhores estruturas do Estado e
observamos uma constante atualização, seja por parte dos médicos ou
pelas melhorias no setor tecnológico. A tecnologia de ponta e a atualização dos profissionais são essenciais para a melhor assistência médica”, reforça Fasolo, acrescentando que o médico tem a obrigação de participar
de atualizações com frequência. “Para isso, devemos continuar sempre
estudando, uma vez que a nossa literatura é quase toda na língua inglesa.
Ainda, a participação em congressos médicos é fundamental. Participamos em média de quatro congressos nacionais ou internacionais por
ano e, com frequência, somos convidados para proferir palestras na área
de glaucoma”.
Desafios
Leonardo Reichmann Fasolo é especialista no tratamento do glaucoma
Segunda principal causa de cegueira no mundo, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é uma
doença multifatorial complexa, com características específicas,
em que ocorre um dano ao nervo óptico e perda progressiva e
irreversível do campo visual. Este dano óptico geralmente é causado por um aumento da pressão dentro do olho – pressão intraocular –, mas pacientes com níveis normais de pressão intraocular
também podem desenvolver glaucoma.
No Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto, a enfermidade é uma das que apresenta a maior taxa de procura por tratamento, de acordo com o médico oftalmologista Leonardo Reichmann
Fasolo. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFGRS) em 1997, Fasolo fez sua residência médica em Oftalmologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre
os anos de 1998 e 2000, além de possuir doutorado pela UNIFESP
na área. “Minha subespecialização é em Glaucoma e Catarata e o
Hospital de Olhos é referência para atendimento, por isso recebemos casos provenientes de uma grande região, todos atendidos
com grande capacidade de resolução”, pontua o profissional.
Atendimentos Glaucoma 2015
Uma estimativa da OMS referente à saúde da visão no mundo mostra
que ainda será preciso avançar muito para promover o atendimento e
os tratamentos necessários para combater a cegueira no mundo todo.
Os dados, por exemplo, revelam que em 2050, metade da população
mundial terá miopia – que cria dificuldade para enxergar à distância. A
estimativa é da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a partir
de uma metanálise de 145 estudos cobrindo 2,1 milhões de participantes, divulgada por um grupo de pesquisadores da organização. O documento afirma, também, que 10% da população mundial deverá ter alta
miopia, condição que abre porta para graves doenças oculares.
Para o médico oftalmologista do Hospital de Olhos, o grande desafio
da área médica também está no envelhecimento da população. “Como
a maioria das doenças oculares são mais frequentes com o passar dos
anos, observamos uma quantidade cada vez maior desses casos. Citamos
em particular a degeneração macular relacionada a idade, cuja prevalência aumenta muito com o passar dos anos. Esta doença ocorre principalmente após os 70 e 80 anos de idade, podendo ocasionar baixa visual
irreversível nestes pacientes”, relata Fasolo.
De acordo com ele, toda a doença, se diagnosticada de forma precoce, tem maior chance de cura ou controle. “A maior parte delas só pode
ser descoberta no exame oftalmológico, uma vez que podem ser assintomáticas nos estádios iniciais. Desta forma, o acesso a assistência médica
é fundamental”, finaliza o médico.
Foco no glaucoma
Desde 2011, quando aderiu ao Programa de Atenção ao Portador
de Glaucoma, instituído pelo Ministério da Saúde, o Hospital de Olhos
está ampliando o atendimento aos pacientes com o problema. Através
do profissional médico oftalmologista com especialização em glaucoma,
a instituição vem prevenindo e tratando seus pacientes com a infraestrutura adequada de equipamentos para exames de diagnose, equipe de
apoio para acompanhamento clínico e terapia combinada com associação de medicamentos aos pacientes portadores de glaucoma.
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Precisão no diagnóstico amplia
qualidade nos tratamentos
Diretor Clínico do Hospital de Olhos e especialista em Catarata, Roberto Reis Xavier dos
Santos afirma que a tecnologia é uma aliada
fundamental para a resolutividade dos serviços
prestados na instituição
Graduado em Medicina na Faculdade de Medicina de Teresópolis no ano em que o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto
iniciou suas atividades em Passo Fundo, Roberto Reis Xavier dos
Santos concluiu sua Especialização em Oftalmologia no Rio de Janeiro, em 2004, com ênfase em Clínica Geral e Cirurgia do Segmento Anterior e Glaucoma.
Atuando na instituição desde 2007, o atual diretor Clínico do
Hospital e especialista em Catarata afirma que sentiu-se desafiado
a trabalhar no município. “O que mais me motivou no início dos
meus trabalhos foi a grande agilidade em resolver as demandas das
patologias, pois a clínica é completa em termos de exames diagnósticos”, pontua o profissional, acrescentando que o corpo clínico e a
equipe de colaboradores são extremamente qualificados. “Há profissionais de oftalmologia habilitados nas principais subespecialidades
e, além disso, apresenta um centro cirúrgico muito bem equipado”.
Avanços
“
Para Santos, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto
vem evoluindo anualmente em todos os setores, oferecendo serviços oftalmológicos com excelência e alta resolutividade. “Desde
que iniciei as minhas atividades no Hospital tenho presenciado uma
série de avanços importantes, entre eles a melhoria na estrutura física, os investimentos na criação de dois novos consultórios bem
equipados, uma nova sala de espera moderna, ampla e muito confortável, além da ampliação e modernização da sala de telefonia”,
relata o diretor Clínico, reforçando que a capacitação profissional
também é constante.
Neste aspecto, ele aponta como um progresso a implantação de
uma Comissão de Infecção Hospitalar bastante atuante, cujo objetivo é promover rotinas em todos os setores do Hospital. “São rotinas
que englobam as análises de qualidade da água utilizada, rotinas
rigidas de esterilização de materiais seguindo protocolos internacionais, o estabelecimento de rotinas entre os profissionais, tanto do
corpo clínico quanto da enfermagem e colaboradores de todos os
setores”, destaca, salientando que a realização de palestras, cursos de
reciclagem e treinamentos são constantes. “Tudo isso com o intuito
de melhorar a abordagem com os pacientes e oferecer maior eficiência e qualidade em todos os procedimentos”.
Santos observa que outro diferencial do Hospital é a presença
de um anestesista em tempo integral no Centro Cirúrgico. “Também não podemos deixar de falar nos equipamentos dos Centros
de Diagnóstico e Cirúrgico que estão sendo modernizados. Hoje
podemos afirmar que estes dois setores estão equipados com os melhores equipamentos disponíveis no mercado”, declara.
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Recentemente, no que diz respeito aos diagnósticos, surgiram novos aparelhos com alta
tecnologia e capazes de fornecer imagens detalhadas de estruturas muito delicadas, como
áreas especificas da retina, que dão informações muito precisas e definem quais as melhores opções de tratamento para cada caso,
explica o diretor Clínico do Hospital de Olhos
Diagnósticos mais precisos
Conforme o diretor Clínico do Hospital, os investimentos feitos
pelas gestões da instituição na aquisição de equipamentos com alta
tecnologia foram determinantes para referendar a qualidade e a precisão dos atendimentos oftalmológicos. “A rotina no consultório compreende desde a prescrição de óculos até o diagnóstico e tratamento
de doenças comuns, como conjuntivite e alergias oculares, passando
por casos de glaucoma”, elenca Santos, apontando que na parte cirúrgica a patologia que se destaca é a presença da catarata numa grande
quantidade de pacientes. “A cirurgia de catarata é o carro chefe do centro cirúrgico, sendo realizadas mais de 120 por mês”.
Segundo ele, a oftalmologia é, atualmente, a especialidade, dentro
da medicina, que mais incorpora novas tecnologias no diagnóstico
e tratamento cirúrgico. “É também a especialidade que mais produz
material cientifico para o aprimoramento dos profissionais da área,
que devem ser frequentadores assíduos de congressos médicos e sempre leitores de revistas e periódicos”.
“
É também a especialidade que mais produz
material científico para o aprimoramento
dos profissionais da área, diz o médico
oftalmologista
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Dados estatísticos comprovam excelência no atendimento oftalmológico
As informações do Serviço de Estatística do
Hospital mostram o crescimento do número
de procedimentos realizados na instituição
Os arquivos mantidos pelo Hospital de Olhos (HO) Dyógenes A.
Martins Pinto contendo informações acerca do funcionamento da
instituição são enfáticos: nestes 17 anos de fundação, o crescimento
no número de procedimentos realizados é a confirmação do grau de
excelência conquistado na área oftalmológica.
De acordo com o Setor de Estatística do Hospital de Olhos, em
2015 o número de atendimentos prestados às pessoas com problemas de visão, entre consultas, exames, terapias e cirurgias, chegou
a soma de 112.918. Deste total, apenas 20,50% dos pacientes são
oriundos de Passo Fundo, onde está situado o Hospital; 79,22% são
provenientes de outros municípios do Rio Grande do Sul, enquanto
0,28% vem de outros Estados.
Para o administrador da instituição, Ivan Paulo Xavier de Freitas, os indicadores atestam que o Hospital consagrou-se como sendo de caráter regional. “Atendemos a uma área geográfica na qual
se localizam 78 clubes de Lions do Distrito LD-7 e 143 municípios,
onde vive uma população aproximada de 1,6 milhão de habitantes no norte do Estado”, comenta ele, acrescentando que todos estes
atendimentos demandam uma série de novos investimentos para
qualificar e aumentar a resolutividade dos tratamentos.
Neste sentido, Freitas relata que o HO investiu na aquisição de
tecnologias que auxiliam no diagnóstico e tratamento com segurança, qualidade e rapidez. “Apenas no decorrer de 2015, investimos na
compra de vários equipamentos que nos permitem prestar um atendimento de alto desempenho”, avalia ele, citando entre as aquisições
as mesas cirúrgicas elétricas para equipar duas salas cirúrgicas em
funcionamento, monitor cardíaco multiparamétrico, autoclave 30lts
para esterilização de materiais, carro de anestesia, autorrefrator com
ceratometria utilizado para realizar a refração objetiva do olho, indicar o grau de visão, lâmpada de fenda e lavadoras Ultrassônicas
utilizadas para lavagem de instrumentais cirúrgicos.
Demanda por atendimentos no Hospital de Olhos aumenta a cada ano
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Sustentabilidade compartilhada
A mobilização e o apoio dos clubes de Lions que integram
o Distrito LD7 e os aportes financeiros da Fundação Internacional de Lions, somadas as emendas parlamentares destinadas por deputados Estaduais e Federais, tornam a sustentabilidade e a saúde orçamentária do Hospital de Olhos Dyógenes
A. Martins Pinto uma responsabilidade compartilhada.
Organizando campanhas e promoções para arrecadar
recursos, os Lions Clubes contribuem de forma decisiva no
custeio de despesas operacionais, manutenção e outras necessidades. Em 2015, o Hospital recebeu dos Lions Clubes, a
título de doação, R$ 29.018,00. Também recebeu, através da
compra antecipada de serviços, o valor de R$ 33.100,00. Para
contribuir com a obra de ampliação do prédio hospitalar, a
instituição foi beneficiada com o valor de R$ 40.201,00. Além
disso, foram doadas 685 armações para óculos (confira as doações de Lions nas tabelas abaixo):
Metas para 2016
O aumento do número de atendimentos e a necessidade de
se investir em tecnologia demandam a aplicação constante de
recursos financeiros na melhoria da estrutura hospitalar. Para
2016, o objetivo da Administração do Hospital é adquirir os
seguintes equipamentos: retinógrafo digitalizado, microscópio especular de córnea, campímetro computadorizado, tomógrafo de coerência óptica com angiógrafo, vitreófago, microscópio cirúrgico com sistema de vídeo, facoemulsificador,
foco cirúrgico móvel e topógrafo de córnea.
Subsídios públicos
Um dos mais importantes centros para a prevenção e o tratamento de problemas da
visão do Estado, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto recebe, frequentemente,
a destinação de recursos federais e estaduais direcionados por lideranças políticas através
das chamadas emendas parlamentares. No ano de 2015, foram empenhadas as emendas:
R$ 500 mil – aguardando liberação do recurso. Encaminhado projeto para
aquisição de Tomógrafo de coerência óptica com angiografia de retina, autoria do
deputado Luiz Carlos Busato.
R$ 260.222,00 – aguardando a liberação do recurso. Encaminhado projeto
para aquisição de Vitreófago, cuja emenda é de autoria do deputado Marco Maia.
R$ 514.000,00 -Encaminhado projeto para aquisição de Microscópio Cirúrgico com sistema de vídeo e um Facoemulsificador. A emenda é de autoria do
deputado Beto Albuquerque.
R$ 270.000,00 -Encaminhado Projeto aquisição Vitreofago com Facoemulsificador. Emenda de autoria do deputado Gilmar Sossella
R$ 185.400,00 - Recurso liberado em julho de 2015. O projeto está em fase de
conclusão na aquisição de Mesas Cirúrgicas elétricas, Monitor Cardíaco Multiparamétrico, Carro de Anestesia, Autorefrator com ceratometria e Lâmpada de
fenda. A emenda é de autoria do deputado Vieira da Cunha
R$ 422.000,00 - Recurso liberado em outubro de 2015. O projeto está em fase
de conclusão na aquisição de Retinógrafo digitalizado, Fotocoagulador a laser,
Microscópio especular de córnea e Lavadoras ultrassônicas, emenda de autoria
do deputado Beto Albuquerque.
Doações Lions Clube: Periodo de fevereiro à dezembro de 2015.
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Uma obra construída por muitas mãos
Em 2016, o Hospital de Olhos
Dyógenes A. Martins Pinto
completa 17 anos de fundação
e serviços prestados em prol do
tratamento da visão
O ano era 1999. Na região de Passo Fundo,
os clubes de serviços de Lions vinham atuando,
há vários anos, de maneira conjunta para transformar a realidade das comunidades carentes
do município, influenciando e incentivando a
promoção de campanhas com os mesmos referenciais e objetivos nas cidades vizinhas e em
todo o Distrito LD7, que compreende 78 entidades e centenas de voluntários.
Naquela época, um dos objetivos mais latentes das diretorias que ocupavam a presidência dos clubes e a governadoria do Distrito era
expandir a importância do Lions e aumentar o
apoio prestado para a população. Um dos ex
-presidentes da entidade neste período de efervescência leonística, Adelvino Parizzi, recorda
que uma pauta era retomada com frequência.
“Nós tínhamos a pretensão de construir um
hospital para atendimentos oftalmológicos. A
missão do Lions Internacional, que congrega e
organiza os clubes de Lions em todo o mundo,
sempre esteve relacionada a saúde da visão. Por
isso, todos os companheiros Leões, as domadoras, os dirigentes e as autoridades municipais
à época abraçaram a ideia”, lembra ele, contando que dois nomes se destacaram na luta pela
aprovação da obra e o início da captação de recursos. “O Dyógenes Martins Pinto e o padre
Elydo Alcides Guareschi foram dois dos pilares
de tudo isso”.
Dar-se em prol do outro:
um gesto leonístico
Parizzi reforça que é comum aos clubes de Lions
possuírem em seus quadros de associados voluntários dispostos a doarem de si para o bem comum
da sociedade. “A fundação do Hospital de Olhos de
Dyógenes A. Martins Pinto é o exemplo mais concreto desta missão dos Companheiros Leões (CL)
do Distrito LD 7 que, entusiasmados com a oportunidade de transformar vidas e assegurar um atendimento de qualidade para a saúde da visão, lutaram
em conjunto para concretizar um sonho projetado
em grupo”, comentou.
Hospital de Olhos começou a prestar atendimentos em 1999
Missão reforçada pela história
A pedra fundamental que marca o início da história de sucesso do
Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto foi posta no Campus I
da Universidade de Passo Fundo (UPF) em 19 de maio de 1995, graças
ao empenho de homens e mulheres, ligados ao clubes de Lions, que
tinham um objetivo em comum: atuar de forma positiva na sociedade,
deixando para as próximas gerações um legado importante no trato da
saúde da visão.
Com área total de 4.000 m2, cedida em comodato pela Fundação
Universidade de Passo Fundo, foi iniciada a construção do Hospital
com área física de 1.303 m2, utilizando-se recursos oriundos do Lions
Internacional, com apoio dos Clubes de Lions do Distrito LD-7 e demais colaboradores e parceiros da iniciativa. Assim, a partir de diversas
campanhas para captar recursos, a edificação do prédio onde seria instalada a instituição iniciou efetivamente, tendo como entidade mantenedora a Associação Hospitalar Oftalmológica Universitária Lions,
uma entidade civil, sem fins lucrativos, com plena autonomia administrativa e patrimonial, instituída pela Fundação Lions do Distrito L-22
– atual LD-7 – e a Fundação Universidade de Passo Fundo.
Fundado com a missão de combater a cegueira, prevenir e recuperar
a visão, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto foi inaugurado
em 31 de maio de 1997, porém o início das atividades de atendimento
aos pacientes se deu em janeiro de 1999.
No ano de 2012, sobretudo em função da demanda regional, a instituição inaugurou uma nova ala para agilizar o atendimento, principalmente o cirúrgico, oferecendo uma melhor qualidade na prestação dos
serviços. Naquela ocasião, foi entregue ao público uma nova recepção,
com espaço ampliado e de conforto, totalizando um investimento de
cerca de R$ 100 mil, com recursos doados de todo o Distrito LD7.
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A conquista da filantropia
Outra passagem importante na história do Hospital desde o início de
suas atividades, em 1999, foi a obtenção da filantropia. Após o reconhecimento como Entidade Pública Estadual, em 2006, e Utilidade Pública
Federal, em 2009, o Hospital obteve mais uma conquista em outubro
de 2011, recebendo a certificação de Entidade de Assistência Social na
Área da Saúde. Com a concessão de Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos, a instituição se beneficia com a imunidade tributária sobre
seus respectivos patrimônios, rendas ou serviços, podendo aplicar esses
recursos em melhorias e atendimento cada vez mais qualificado aos pacientes. A validade da certificação foi renovada em outubro de 2014.
Para isso, a Fundação Hospitalar Oftalmológica Universitária
Lions realizou a verificação do percentual dos serviços prestados ao
SUS, utilizando os dados disponibilizados no Sistema de Informações
Ambulatoriais (SIA), no Sistema de Informações Hospitalares (SIH)
e nos dados estatísticos da instituição. A prestação dos serviços no
percentual mínimo de 60% foi apurado por cálculo com base no total
de internações hospitalares, medidas por paciente dia e no total de
atendimentos ambulatoriais realizados para pacientes SUS e Não-SUS.
Eternos na lembrança
Nestes 17 anos de fundação e prestação de serviços para a comunidade, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto mantém eternizada a história de luta e de manifestações positivas, cujo resultado foi
a construção de uma instituição que se tornou referência estadual no
tratamento da saúde da visão.
Mais do que manter as lembranças vívidas, recordar os fundadores é
permitir que as próximas gerações de administradores dêem continuidade aos trabalhos, fomentando ainda mais o desenvolvimento do Hospital. “Não podemos falar sobre o Hospital de Olhos sem rememorar a
trajetória de dezenas de lideranças que não mediram esforços para que
a obra acontecesse”, ressalta Parizzi, destacando entre tantos voluntários,
os companheiros Leões Dyógenes A. Martins Pinto, Pedro Ari Veríssimo da Fonseca e Elydo Alcides Guareschi.
As referências feitas por Parizzi, que também exerceu a presidência
do Hospital de Olhos, são corroboradas por outro ex-presidente da instituição, Carlos Bühler. “Fui presidente do Lions Passo Fundo Centro na
gestão 1993 a 1995. Recebi uma correspondência do Lions Internacional
informando que a Fundação Internacional de Lions ajudava em equi-
Assinatura do documento de comodato por 50 anos de uma área da UPF, em
18 de maio de 1995, com Irany Clemente Comin
pamentos para hospitais oftalmológicos. Naquela reunião estava o CL
Veríssimo, que mantinha um costume diário: tomar um café com o CL
Dyógenes. Foi neste ritual que começaram os planos do nosso Hospital”,
resgata Bühler, contando que a notícia se difundiu quase que instantaneamente. “Com auxílio dos clubes de Lions, eles entraram em contato
com a Universidade de Passo Fundo, com a Fundação Lions Internacional e a partir disso toda a movimentação foi acertada”.
Bühler olha para o passado com orgulho e satisfação. “Nossa história, a história deste Hospital é recheada de passagens que demonstram o
quanto o envolvimento e o engajamento social podem transformar uma
realidade. Lembro que, no início, tínhamos muitas preocupações com o
saldo em caixa, mas sempre pudemos contar com os clubes de Lions do
nosso Distrito, pois eles fizeram inúmeras doações. Muitos promoveram
rifas e outras ações para angariar recursos”, acrescenta ele, observando
que todos os esforços valeram a pena. “Construímos o Hospital, fizemos
funcionar e, mesmo diante de todas as dificuldades, chegamos aonde
tínhamos sonhado. Hoje, a instituição é a maior referência em oftalmologia no sul do Brasil e a maior obra do leonismo no país”.
As obras do HO contaram com apoio financeiro do Distrito LD7 e dos Clubes de serviços
CL Pedro Ari Veríssimo da Fonseca
04/09/1931
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