HS103 – ANTROPOLOGIA NA FRANÇA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
EMENTA DE DISCIPLINA
Código
Disciplina
Ementa
HS 103
Antropologia na França: perspectivas clássicas e
contemporâneas
A formação da Escola Sociológica Francesa. Teorias
clássicas, eixos temáticos e contribuições etnográficas.
Diálogos teóricos com outras antropologias e repercussão
na antropologia brasileira. Desdobramentos teóricometodológicos e debates contemporâneos.
Carga Horária
Teóricas
60
Pré-Req.
Curso
Práticas
-
Estágio
-
Total
60
Ciências Sociais (/ Outros)
DOCENTE(S)
Professor(a)
Assist/Monitor
Ciméa Barbato Bevilaqua
VALIDADE
Validade
Horário
1º semestre / 2017
Segunda-feira
7h30 – 11h30
Turma
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Objetivos
O objetivo da disciplina é propiciar uma primeira aproximação a alguns dos principais eixos temáticos
e orientações teóricas da antropologia na França. De um lado, busca-se evidenciar a centralidade da
reflexão acerca do pensamento humano para o delineamento de uma abordagem da vida social e de
sua diversidade empírica que se distingue das de outras vertentes da disciplina. De outro, trata-se de
não perder de vista que essa abordagem se desdobra em um intinerário não-linear, que se renova e se
diferencia a partir do diálogo com as contribuições das gerações anteriores e de outras vertentes da
disciplina.
Programa
Aula 1 – 20/02 – Apresentação do programa
27/02 – Feriado Carnaval
I. A Escola Sociológica Francesa
1. O que faz a sociedade? Categorias de pensamento e formas de classificação
Aula 2 – 06/03
Introdução à Escola Sociológia Francesa: projeto intelectual e ambiente político-institucional
Durkheim, Émile; Mauss, Marcel. 1995 [1903]. “Algumas formas primitivas de classificação”.
In J.A. Rodrigues (org.). Durkheim. São Paulo: Ática (Coleção Grandes Cientistas Sociais). pp.
183-203. [tb. disponível em: Mauss, M. 1999. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Perspectiva].
Aula 3 – 13/03
Durkheim, Émile. 1996 [1912]. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins
Fontes. (Introdução [v-xxviii] e Conclusão [pp. 457-498]).
Lévy-Bruhl, Lucien. 2008 [1922]. A mentalidade primitiva. São Paulo: Paulus. (Introdução [p.
10-21] e Capítulo 1- Indiferença da mentalidade primitiva pelas causas segundas [p. 23-47]).
Aula 4 – 20/03
Hertz, Robert. 1980 [1909]. “A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade
religiosa”. Religião e Sociedade nº 6, pp. 99-128.
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DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
Mauss, Marcel. 1999 [1933]. “A polaridade religiosa e a divisão do macrocosmo”. In Ensaios
de Sociologia. São Paulo: Perspectiva, pp. 391-395.
Bourdieu, Pierre. 1999 [1970]. “A casa kabyle ou o mundo às avessas”. Cadernos de Campo
nº 8, pp. 147-157.
Filme: La maison Kabyle
2. Sobre o individual e o coletivo: uma reflexão renovada
Aula 5 – 27/03
Mauss, Marcel. 1999 [1921]. “A expressão obrigatória dos sentimentos”. In Ensaios de
sociologia. São Paulo: Perspectiva, pp. 325-335.
Mauss, Marcel. 2003 [1935] “As técnicas corporais”. In Sociologia e Antropologia. São Paulo:
Cosac&Naify, pp. 399-422.
Filme: Mauss, segundo suas alunas (Carmen Rial e Miriam Grossi, NAVI/PPGAS/UFSC, 2002).
Aula 6 – 03/04
Wacquant, Loïc. 2002. Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará (excerto pp. 78-125).
Filme: The thriller in Manila
Aula 7 – 10/04 - PROVA
3. A reciprocidade como princípio e experiência
Aula 8 – 17/04
Mauss, Marcel. 2003 [1925]. “Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades
arcaicas”. In Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac&Naify, pp.183-314.
Aula 9 – 24/04
Lévi-Strauss, Claude. 1982 [1949]. “O princípio de reciprocidade”. In As estruturas
elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, p. 92-107.
CLASTRES, Pierre. 2003 [1974]. “Troca e poder: filosofia da chefia indígena”. In A sociedade
contra o Estado. São Paulo: Cosac&Naify, p. 43-63.
CLASTRES, Pierre. 2004 [1980]. “Arqueologia da Violência: a guerra nas sociedades
primitivas”. In Arqueologia da Violência. São Paulo: Cosac&Naify, p. 229-270.
Trabalho – entrega em 08/05
01/05 – Feriado Dia do Trabalho
II. A análise estrutural: um método e suas implicações
Aula 10 – 08/05
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Lévi-Strauss, Claude. 1970 [1945] “A análise estrutural em linguística e antropologia”. In
Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp. 45-70.
Lévi-Strauss, Claude. 1970 [1952] “A noção de estrutura em etnologia”. In Antropologia
Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp. 313-360.
Aula 11 – 15/05
Lévi-Strauss, Claude. 1986 [1962] O totemismo hoje. Lisboa: Ed. 70. (Capítulos 3, 4 e 5 - pp.
76-132).
Aula 12 – 22/05
Lévi-Strauss, Claude. 1970 [1955]. “A estrutura dos mitos”. Antropologia Estrutural. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro (:237-265).
Lévi-Strauss, Claude. 1991 [1971]. O cru e o cozido (Mitológicas 1). São Paulo: Brasiliense.
(“Abertura I”, excerto pp.11-22).
Lévi-Strauss, Claude. 1986 [1983]. “Estruturalismo e ecologia”. In O olhar distanciado. Lisboa:
Edições 70, p. 149-173.
III. O mundo moderno e a antropologia
Aula 13 – 29/05
Descola, Philippe. 2015 [2006]. “Além de natureza e cultura”. Tessituras 3(1): 7-33.
Dumont, Louis. 2000 [1983]. “O valor nos modernos e nos outros”. In O individualismo. Uma
perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, p. 237-278.
Aula 14 – 05/06
Latour, Bruno. 1997 [1979]. A vida de laboratório. RJ: Relume-Dumará (Capítulos 1, 2, 3 e 6).
Aula 15 – 12/06
Latour, Bruno. 2006 [2005]. “Como prosseguir a tarefa de delinear associações?”
Configurações 2: 11-27 [a tradução é melhor] ; ou Latour, Bruno. 2012 [2005]. “Introdução:
como retomar a tarefa de descobrir associações”. In Reagregando o social: uma introdução à
teoria do ator-rede. Salvador/Bauru: EDUFBA/EDUSC, p. 17-38.
Latour, Bruno. 2015. [1999] “Faturas/Fraturas: da noção de rede à noção de vínculo”. Ilha
17(2):123-146.
19/06 - PROVA
Procedimentos
didáticos
Bibliografia
Básica
Bibliografia
Complementar
Aulas expositivas. Leitura e discussão de textos. Trabalhos escritos e apresentações orais de
alunos. Apresentação e discussão de filmes. Provas dissertativas.
Ver programação acima.
Calavia Sáez, Oscar. 2008. “Lévi-Strauss, ciência e renúncia”. Campos 9(2): 9-22.
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Descola, Philippe. “As duas naturezas de Lévi-Strauss”. Sociologia & Antropologia 1(2): 35-51.
Dumont, Louis. 2000 [1977]. “Um estudo comparativo da ideologia moderna e do lugar que
nela ocupa o pensamento econômico”. In Homo Aequalis: gênese e plenitude da ideologia
econômica. Bauru, SP: Edusc, pp. 13-44.
Goldman, Marcio. 1999. “Lévi-Strauss e os sentidos da História”. Revista de Antropologia
42(1-2): 223-238.
Granet, Marcel. 1997 [1934]. “O tempo e o espaço”. In O pensamento chinês. São Paulo:
Contraponto.
Lanna, Marcos. 2000. “Nota sobre Marcel Mauss e o ensaio sobre a dádiva”. Revista de
Sociologia e Política, 14. http://www.scielo.br/pdf/rsocp/n14/a10n14.pdf .
Latour, Bruno. 2001 [1999]. A esperança de Pandora. Bauru, SP: EDUSC.
Latour, Bruno. 2002 [1984]. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru,
SP: EDUSC.
Le Breton, David. 2008. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas: Papirus.
Lévi-Strauss, Claude. 1997 [1962] O Pensamento Selvagem. Campinas, SP: Papirus.
Lima, Tânia Stolze. 1999. “O pássaro de fogo”. Revista de Antropologia 42(1-2): 113-132.
Mauss, Marcel. 1979 [1904]. “As origens dos poderes mágicos nas sociedades australianas”.
In R.C.Oliveira (org.) Mauss. São Paulo: Ática (Coleção Grandes Cientistas Sociais), pp. 60101.
Mauss, Marcel. 2003 [1938]. “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de
‘eu’”. In Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac&Naify, pp. 367-397.
Vargas, Eduardo Viana. 2007. “Gabriel Tarde e a diferença infinitesimal”. In G. Tarde,
Monadologia e Sociologia e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify, pp. 7-50.
Formas de
Avaliação
Duas provas dissertativas. Um trabalho escrito. Leituras e apresentações de textos.
Participação em classe.
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(Ciméa B. Bevilaqua)
Professor responsável
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(Nome)
Chefe de Departamento
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