mercado financeiro

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Unidade I
MERCADO FINANCEIRO
Profa. Ana Maria Belavenuto
Objetivo
 Entender como se estabelece as relações
entre o lado monetário (moeda) com o lado
real da economia (insumos e fatores de
produção), na formação da riqueza dos
países.
Funções da moeda
São basicamente três as funções exercidas
pela moeda:
 função de intermediária de troca –
facilita a compra e a venda de
mercadorias e serviços
 função de unidade de conta ou medida
de valor – facilita as relações contratuais
de compra e de vende uma vez ser
possível identificar uma medida
monetária.
 função de reserva de valor – desde o
momento do recebimento até o momento
do pagamento, a moeda
conserva o mesmo valor.
Evolução histórica da moeda
A moeda, ao longo do tempo, assumiu
diversas formas:
 Moeda-mercadoria (sal, gado)
 Moeda-papel (certificados bancários
com lastro)
 Papel-moeda (moeda fiduciária sem
lastro)
 Moeda escritural (depósito bancário)
Base monetária
BM = PMPP + R
 Representa toda a moeda física
disponível (exceto a que ficou no caixa
do Banco Central do Brasil), mais o total
das reservas bancárias
 Moeda física = papel-moeda + moeda
metálica
 Reservas bancárias = voluntárias e
compulsórias
Meios de pagamento
Corresponde a:
 papel moeda em poder do público, de
liquidez imediata, também denominada
de Moeda Manual
 depósito nos bancos comerciais também
denominado de Moeda Escritural.
 MP = moeda manual + moeda escritural
Agregados monetários e quase
moeda
M1
PMPP + DV
M2
M1+ Títulos em poder do setor
privado
M3
M2 + Depósitos de Poupança
M4
M3 + Depósitos
D ó it a prazo e outros
t
títulos privados
Quase-moeda
 São ativos financeiros com grau elevado
de liquidez.
 Por exemplo: títulos do Banco Central e
do Tesouro Nacional, depósitos a prazo
fixo, depósitos em cadernetas de
poupança, etc.
Interatividade
Sobre
S
b os agregados
d monetários
tá i podemos
d
afirmar que:
a) Estão organizados por critério de liquidez,
do mais líquido ao menos líquido.
b) O M1 representa o conceito de meios de
pagamento;
t
c) O saldo de poupanças apresenta menor
liquidez relativa do que os saldos de
aplicações financeiras de curto prazo
d) Os agregados monetários servem para
que a autoridade monetária avalie a
capacidade de demanda dos agentes
econômicos;
e) Todas as alternativas
propostas são verdadeiras;
Agentes que ofertam moeda
 A autoridade monetária
á
((Banco C
Central))
tem a prerrogativa da emissão de moeda,
mas os bancos comerciais também
criam moeda.
Agente monetário:
Cria moeda.
Exemplo, o Banco Central e os Bancos
Comerciais
Agente não-monetário:
Não apresentam
Nã
t
condições
di õ de
d criar
i
moeda.
Exemplo: Bancos de Investimentos
 Sistema monetário = Banco Central +
bancos comerciais/múltiplos.
Agregados monetários x inflação
Monetização:
Quando ocorre alta inflação, como no
Brasil, antes de 1994, o M1 tende a ser
mais reduzido em relação a M4, por
exemplo.
Remonetização:
Numa situação inversa,ou seja, de queda
da inflação, há um aumento do M1.
Processo de criação de moeda
O processo de criação de moeda tem duas
formas:
1. Quem imprime moeda é a Casa da
Moeda, subordinada ao Banco Central.
Então, o BCB é o agente monetário com
poder de criar moeda
2. Outra forma é pelo efeito multiplicador.
O Bancos Comerciais que recebem
depósito à vista, multiplicam esse valor
ao emprestar para outros agentes
agentes.
Reservas compulsórias
 Tem o efeito de controlar o multiplicador
bancário.
Reservas compulsórias
Um percentual do total dos depósitos à
vista devem ser depositada junto ao
Banco Central – RC
Reservas voluntárias
Percentual dos depósitos à vista para
fazer frente a contingências dos bancos
Multiplicador bancário
Efeito do multiplicador bancário
Depósito Inicial
Depósito compulsório
de 20%
Recursos livres
para empréstimos
100
20
80
80
16
64
64
12,80
51,2
51,20
10,24
40,96
40,96
8,19
32,77
32,77
6,55
26,21
26,21
5,24
20,97
20,97
4,19
16,78
Funções do Banco Central
 Agente monetário
 Regulador do sistema financeiro
 Banco dos bancos
 Depositário e controlador das reservas
internacionais
 Financiador do Tesouro Nacional
 Emissor de papel moeda
Em síntese o BC é responsável pela política
monetária e taxa de câmbio
Balancete do BC
Ativo
Passivo
Empréstimos TN
PME
Redesconto
Depósitos do TN
Reservas
internacionais
Reservas Bancárias
Títulos Públicos
Federais
Empréstimos
externos
Criação e destruição de moedas
 Criação de moeda
Reservas internacionais (exportação e
investimento direto) que eleva M1 e ativo
do BC
Resgate de CDB e CDI dos bancos
comerciais – eleva M1
Déficit nas contas de governo
 Destruição de moeda
Quebra dos bancos
Venda de letras do Banco Central
Instrumentos de controle monetário
 Reserva compulsória – reduz capacidade
dos bancos comerciais de criar moeda
 Política de redesconto – concessão de
empréstimos visando solucionar
problemas de liquidez das instituições
financeiras
 Open market – mercado aberto para
venda e compra de títulos públicos
Interatividade
A autoridade monetária tem como instrumento de
política monetária a oferta de moeda. Ao expandir ou
restringir a oferta de moeda a taxa de juros também se
altera. Sobre os instrumentos de política monetária,
indique a alternativa correta:
a) Quando o Banco Central eleva a taxa de juros é uma
forma de incentivar o consumo e o investimento
investimento.
b) Quando o Banco Central eleva o coeficiente de
recolhimento compulsório, a taxa de juros tendem a
se elevar;
c) Quando o Banco Central seleciona o crédito, está
preservando as funções da moeda, principalmente a
unidade de conta;
d) Quando o Banco Central promove uma venda de
títulos públicos, promove uma elevação da moeda
em poder do público;
e) Quando o Banco Central compra títulos
públicos tende a elevar a taxa de juros.
Demanda por moeda
Os agentes econômicos demandam moeda
por:
a) Transação – retenção da moeda para
realização de transação numa data
específica
b) Precaução – contingências inesperadas
c) Especulação – incerteza quanto ao
comportamento futuro da taxa de juros
Teoria quantitativa da moeda - TQM
Estabelece uma relação entre preços e
quantidade de moeda em circulação.
MV = PY
M = quantidade de moeda (estoque)
V = velocidade da moeda (quantas vezes a
moeda muda de mão em mão) Considerada
constante no curto prazo – fatores
institucionais – intervalos de recebimento
P = nível de preços (varia
proporcionalmente com a quantidade de
moeda e a velocidade de circulação)
Y = renda (formação da riqueza dada um
determinado estoque e
velocidade de moeda)
Taxa de Juro nominal e real
 Taxa de juro nominal (i) = Taxa de juro
real (r) + inflação (π)
 Taxa de juro real ( r) = Taxa de juro
nominal – inflação (π)
Demanda por moeda e taxa de juros
Expectativa sobre a taxa de juros
 A taxa de juro nominal sempre se ajusta
em função da taxa de juro real e da
inflação, pois os agentes econômicos
desejam ganhos reais (r), e não somente
ganhos nominais (i).
 Dois conceitos são importantes sobre a
taxa de juro real:
a) taxa de juro real (r) ex ante;
b) taxa de juro real (r) ex post.
Expectativa inflacionária e a decisão
de investimento
 O investidor ao tomar a decisão de
investir ele espera que o seu
investimento lhe garanta um retorno em
termos reais.
 Para isso a taxa de juro nominal deverá
incorporar uma expectativa inflacionária
(ex ante) para que o poupador tenha o
retorno desejado.
 Definida a taxa de juros ex-ante e se
ocorrer uma elevação na expectativa
inflacionária (futura), a taxa de juros
nominal também irá aumentar .
Título de renda fixa
Pagar com
rendimento
Investidor
Compra
títulos
Empréstimo
E i
Emissor
Funcionamento do mercado de
renda fixa
 No documento de compra são
estabelecidas as condições da operação
referente a:
 prazo
 taxa de juros
 forma de pagamento dos juros.
 Podem ser classificados segundo:
 a natureza do emissor
 op
prazo (maturidade
(
do título))
 forma de pagamento dos juros
Natureza do emissor
 Governos (Federal, Estadual ou
Municipal)
 Banco
 Empresas
Prazo (maturidade do título)
 Depende das regras definidas em cada
economia:
 Por exemplo:
 Nos Estados Unidos
 Bills – são títulos de curto prazo de até 1 ano
 Notes – são títulos de médio
prazo – de 2 a 10 anos de prazo
 Bonds – são títulos de longo
prazo superior a 10 anos de
prazo.
Prazo (maturidade do título)
 Brasil
 Títulos com prazo de menos de 1 ano
são classificados como de curto
prazo. São as LTN – Letras do
Tesouro, CDB – certificados de
depósito bancário e commercial
papers.
 Títulos com maturidade superior a 1
ano são definidos como títulos de
longo prazo. São as NTN-B - Notas do
Tesouro Nacional série B, NTN-C –
Notas do tesouro nacional série C.
Forma de pagamento
Existem títulos que são prefixados
(rendimento é conhecido no momento da
emissão),
Existem títulos pós-fixados
(rendimento somente é conhecido
posteriormente, no momento do
vencimento), e
Existem títulos mistos
(possuem uma taxa prefixada em um
primeiro período e, no segundo, a taxa
passa a ser pós-fixada)
Riscos
 Quanto maior o risco, maior costuma ser
a remuneração do título
 Os de menor risco são emitidos pelo
governo e pagam menos
 Os títulos emitidos por instituições
privadas pagam mais, decorrente do
maior risco embutido no negócio
Interatividade
O mercado de crédito está compreendido
pela:
a) política fiscal;
b) política cambial;
c) política comercial;
d) política de rendas;
e) política monetária;
Mercado de capitais – renda variável
 Como o próprio nome indica é um
mercado onde as empresas podem se
capitalizar
 É uma forma alternativa de
financiamento pelas empresas
 Para se utilizar desse mecanismo as
empresas colocam à venda para o
público as ações.
 Ações são documentos emitidos por
empresas
 Esse mercado é regulado pela Bolsa de
Valores.
 Sociedades anônimas de capital aberto
ou fechado podem emitir ações
Sociedades anônimas
 Tanto as sociedades anônimas de capital
aberto como a de capital fechado
emitem ações.
 Nas de capital aberto, os papéis podem
ser negociados nas bolsas de valores.
 Nas de capital fechado as ações têm
circulação apenas a um restrito grupo de
investidores.
Ações
 Quando compramos ações, passamos a
ser detentores de valores mobiliário
 Representam uma fração mínima do
capital da empresa
 Não possui prazo de resgate e pode ser
vendida no mercado
 É considerada como renda variável por
terem valorização e benefícios que são
desconhecidas no momento do
investimento
Classificação das ações
Podem ser de 2 tipos:
Ordinárias (ON) – proporcionam
remuneração e direito de voto no
conselho de administração das
empresas
Preferenciais (PN) – garantem prioridade
no recebimento dos rendimentos e no
reembolso de capital (no caso de
fechamento). Não tem direito a voto
Benefícios obtidos com uma ação
 Proventos
Que são classificados em:
 dividendos (parcela dos lucros,
estabelecido em estatuto, obrigatório a
cada exercício – 25% de acordo com a Lei
das Sas)
S )
O quanto é distribuído pode ser medido
pelo índice payout (Dividendos
distribuídos / lucro líquido do exercício)
 juros sobre capital próprio
 bonificações em ações – recebimento de
um número de ações proporcional à
quantia possuída
 Subscrição de ação (direito de preferência
na aquisição de ações)
Liquidez
 Uma forma de aumentar a liquidez das
ações é desdobrá-la em “n” ações de
modo que um número maior de agentes
possa ter acesso às ações.
 Esse mecanismo é denominado de
“split”
Mercador primário e secundário
 Toda vez que uma ação é lançada pela
primeira vez no mercado, ela é
negociada no mercado PRIMÁRIO.
 Mercado SECUNDÁRIO – é onde ocorrem
as negociações de títulos adquiridos no
mercado primário. É uma mera
transferência de recursos, não gera
novos recursos para as empresas.
Abertura de capital
 A Comissão de Valores Mobiliários –
CVM é a entidade que supervisiona as
operações que ocorrem na Bolsa de
Valores
 Para lançar ações no mercado precisa
ter a prévia autorização da CVM
 A subscrição das ações é feita pela
instituição contratada com vista à
colocação à venda no mercado.
Abertura de capital
 Underwriting é o lançamento público das
ações.
 Underwriting puro ou firme – a
instituição se compromete pelo
pagamento total das ações à companhia
emitente
 Stand by underwriting – as ações não
vendidas no mercado podem ser
devolvidas à companhia emitente
Vantagens e desvantagens
Vantagens
 A empresa consegue os recursos a
prazo indeterminado.
 A remuneração é vinculado ao sucesso
do empreendimento .
 Menor risco financeiro e maior
capitalização
 Incentivo à profissionalização das
empresas
Vantagens e desvantagens
Desvantagens
 Novas obrigações e custos
 Transparência nas informações
 Elevação de custo administrativo
(departamento de relacionamento com o
mercado)
 Contratação serviços especializados,
auditorias independentes,etc
Interatividade
Sobre os atributos do Banco Central,
enquanto autoridade monetária, indique a
alternativa incorreta.
a) Agente do Tesouro Nacional
b) Banco emissor
c) captador de depósitos de poupança
d) Banco dos Bancos
e) fiscalizador do sistema financeiro
nacional
ATÉ A PRÓXIMA!
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