Visualização do documento Capitulo_5_-_Peixes.doc (220 KB) Baixar 45 Zoologia Aquática –Engenharia de Aquicultura - UFFS Organismos Cultivados em Ambientes Aquáticos Capítulo 5 Peixes Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, tipicamente ectotérmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em barbatanas ou nadadeiras (ausentes em alguns grupos) sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, guelras ou brânquias com que respiram o oxigênio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas. À primeira vista os tunicados como os esguichos do mar não parecem ser os candidatos mais indicados a ser os ancestrais dos vertebrados. O tunicado adulto passa a vida toda ancorado em alguma superfície marinha não possui uma notocorda, um tubo nervoso dorsal e uma cauda pós-anal, órgãos dos sentidos e musculatura segmentada. Contudo, sua larva denominadagirinóide ”“ devido a semelhança com as la sapos apresenta todas as qualificações para ser membro dos cordados, pois apresentam os quatro caracteres primordias dos cordados (notocorda, tubo neural, fendas branquiais e cauda pós-anal) e aspectos adicionais como encéfalo e órgãos dos sentidos. Essa hipótese sustentada por Walter Gargstang (1928) conhecida como hipótese de Gargstang sugere ainda que o desenvolvimento de formas larvais no estoque ancestral adulto dos urocordados como as ascídia, ocorreu para que a espécie conseguisse alcançar irradiação adaptativa (conquista de novos habitats). Provavelmente num determinado momento essas larvas pro influência de alguma mutação, não conseguiram se metamorfosear em adulto, e desenvolveram gônadas para poderem se reproduzir mesmo no estágio larval. Esse processo denominado de pedomorfose (Gr. Pais, criança + morphe, forma) é típico de alguns anfíbios, e se caracteriza pela retenção evolutiva de traços juvenis ou larvais no corpo adulto. Assim sugere-se que tais larvas teriam evoluído dando origem aos primeiros vertebrados conhecidos, os peixes ostracodermes e os cefalocordados (anfioxos). Acreditava-se antigamente que os primeiros vertebrados existentes na terra, os peixes ostracodermes teriam se originado do cefalocordado anfioxo, pois nenhum grupo mostrava características tão próximas dos peixes como esses animais. Contudo, alguns caracteres desfazem essa possibilidade, os cefalocordados não apresentam um encéfalo e todos os sistemas sensoriais que caracterizam os peixes, não ocorrem brânquias na faringe ou na boca, e não existe nenhuma musculatura especializada na faringe para bombear água para as fendas faríngeas, sendo á água transportada por ação mecânica do cílios ao redor da boca. Atualmente aceita-se a idéia que os peixes e os cefalocordados na realidade são grupos irmãos que tiveram sua origem a partir de um ancestral comum representado pela larva girinóide dos urocordados. A linhagem de peixes com esqueleto ósseo surgiu na era paleozóica e período siluriano (aproximadamente 570 milhões de anos atrás) e são os grandes responsáveis pelo surgimento de 96% dos peixes e todos os vertebrados atuais. Envolve grupos de peixes primitivos como os ostracodermes, placodermes, acantódios, e os peixes ósseos atuais os actinopterígios e sarcopterígios. Os ostracodermes (Gr. Ostrakon, concha + derma, pele) eram peixes primitivos revestidos por uma couraça óssea, sem nadadeiras pares e sem raios nas nadadeiras, desprovidos de mandíbulas com hábito de filtrar pequenas partículas do fundo marinho. Os ostracodermes representam a forma dos quais os animais aquáticos agnatos (sem mandíbulas) como a feiticeira e lampréias se derivaram, pelo fato de compartilharem uma boca sem mandíbula com forma circular. Entre os primeiros vertebrados com maxilas estão os placodermes (Gr. Plax, placa + derma, pele), peixes primitivos que tinham como armadura escamas com formatos de diamantes ou com grandes placas ósseas. As nadadeiras se tornaram pares, contudo ainda não apresentavam os raios típicos da maioria das espécies de peixes. Como sugerido anteriormente a mandíbula deve ter se originado a partir de uma modificação do conjunto de arcos brânquias que se dobraram. Essa inovação possibilitou uma melhoria na qualidade da dieta, especialmente no consumo de proteína adquirido pela capacidade de morder outros animais (carnivoria), ou de comer alimentos maiores. Todavia, os Acantódios foram peixes com maxilas contemporâneos ao placodermes e se diferenciavam destes por possuir armaduras menores, espinhos robustos em todas as nadadeiras (exceção da caudal) e pelo de algumas espécies invadiram o ambiente de água-doce. Os peixes ósseos atuais representados pelas classes Actinopterygii e Sarcopterygii provavelmente evoluíram de um grupo comum aos Acantódios pelas similaridades morfológicas. Dessa forma muitos autores consideram os acantódios um grupo irmão dos peixes ósseos atuais. Os peixes são recursos importantes, principalmente como alimento, mas também são capturados por pescadores recreativos, mantidos como animais de estimação, criados por aquaristas, e expostos em aquários públicos. A Piscicultura refere-se ao cultivo de peixes principalmente de água doce, pois uma pequena parcela dessa forma de produção destina-se aos peixes marinhos. É uma atividade praticada há muito tempo, existindo registros de que os chineses já há cultivavam vários séculos antes de nossa era e de que os egípcios já criavam a tilápia-do-nilo há 4000 anos. No Brasil, a maior parte das atividades relacionadas ocorre em propriedades rurais comuns, na grande maioria, em fazendas dotadas de açudes ou represas. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Os peixes fazem parte do Filo dos Cordados (L. Chorda, corda).porque apresentam notocorda, tubo nervoso dorsal, bolsas faríngeas com fendas e cauda pós anal. A notocorda (Gr. Noton, dorso + L. Chorda, corda) que 46 Zoologia Aquática –Engenharia de Aquicultura - UFFS corresponde a um bastão rígido de células envolvidas por uma bainha fibrosa, que se estende, em muitos casos, por todo o comprimento do corpo entre o sistema nervoso central e o tubo digestivo. Sua principal finalidade é dar rigidez ao corpo, isto é, atuar como um esqueleto axial, onde os músculos se prendem, cujo dobramento e encurtamento permite movimentos ondulatórios do corpo. Na maioria dos protocordados e vertebrados sem maxilas, a notocorda persiste durante toda a vida e nos peixes é inteiramente substituída por vértebras, tornando-se reduzida, o que os enquadra dentro do Subfilo Vertebrata ou Craniata. O tubo nervoso dorsal ou tubo neural por sua vez é um cordão nervoso tubular que passa pelas vértebras no arco neural e o encéfalo que nos vertebrados é envolvido por um crânio cartilaginoso ou ósseo, e está relaciona a formação da medula espinhal. As fendas faríngeas são aberturas em forma de fenda que comunicam a cavidade faríngea com a superfície externa. A faringe perfurada surgiu como um aparato de alimentação de filtração sendo usada como tal nos protocordados. A água é conduzida através de cílios para a abertura bucal e flui para fora através das fendas faríngeas, onde o alimento é retido no muco. Nos peixes a atividade ciliar foi substituída pela ação muscular de sucção da água da cavidade faríngea e essa tornou-se extremamente vascularizada com capilares sanguíneos facilitando trocas gasosas e evoluindo posteriormente em brânquias internas. Dessa forma nos cordados primitivos observa-se a faringe como um aparato para alimentação e nos peixes como um aparato para respiração. A última estrutura corresponde a cauda pós-anal que juntamente com a musculatura somática e rigidez da notocorda permite a mobilidade de que as larvas dos peixes necessitam para sua existência livre natante. Sua eficácia é aumentada com o incremento de nadadeiras. A Superclasse Pisces é a unidade taxonômica que define o grupo dos peixes devido há uma série de inovações morfológicas e fisiológicas que podem assim ser enumeradas: (1) Endoesqueleto vivo: o endoesqueleto é caracterizado como uma estrutura de sustentação interna e uma armação para o corpo, o que trouxe diversas vantagens em relação ao exoesqueleto de invertebrados como os artrópodes. Crescendo junto com o corpo, o endoesqueleto permite quase um tamanho corpóreo ilimitado com uma grande economia de materiais de construção. O endoesqueleto forma uma excelente armação, ou suporte para os músculos e estes por sua vez, protegem-no e amortecem o esqueleto de impactos potencialmente danosos. Algumas partes do endoesqueleto conservaram caracteres de revestimento externo como, por exemplo, o crânio e a caixa torácica que assumiram essa configuração pelo fato de protegerem e envolverem órgãos vulneráveis. A estrutura do endoesqueleto é protegida mecanicamente e fisiologicamente por anexos epidérmicos como escamas, que podem promover isolamento térmico e proteção mecânica. O endoesqueleto inicialmente era composto de cartilagem e posteriormente cedeu lugar ao tecido ósseo. A cartilagem é perfeita para os peixes, porque possibilita os movimentos ondulatórios necessários a locomoção aquática. Por sua vez o tecido ósseo pode servir também como depósito temporário de alguns minerais e substâncias, especialmente o fosfato tão essencial na produção de energia para o desenvolvimento; (2) Surgimento das maxilas: a origem das maxilas foi um dos mais importantes eventos na evolução dos peixes, porque elas permitiram predar formas grandes e ativas de alimento, que não estavam disponíveis para animais que não a possuíam. Uma ampla evidência sugere que as maxilas surgiram por meio de modificação dos primeiros dois arcos branquiais cartilaginosos em série, que se dobraram para frente para assumir a posição das maxilas dos vertebrados. Basicamente o surgimento da mandíbula também permitiu a mudança do hábito alimentar filtrador para carnívoro, que permitiu o desenvolvimento evolutivo dos vertebrados, pois através de uma dieta carnívora muitas proteínas puderam ser incorporadas aos sistemas corporais sustentando o desenvolvimento de novas estruturas; (3) Transformação da faringe e melhoria da respiração: nos cordados primitivos como o anfioxo a água entrava pela cavidade bucal e era dirigida para as fendas faringianas onde o alimento era capturado pela adição de um muco, uma alimentação conhecida como filtração. Nos peixes a faringe tornouse um aparato muscular para bombear maior volume de água nas fendas faringianas. Essa transformação foi acompanhada de uma intensa vascularização que ocorreu pela adição de capilares nas dobras musculares da faringe e pelo desenvolvimento do coração ventral e arcos aórticos musculares. Todas essas mudanças levaram a um aumento da taxa metabólica que teria de acompanhar a transição para uma vida ativa de predação seletiva; (4) Sistema nervoso avançado: quando os ancestrais dos peixes abandonaram o hábito filtrador assumindo um postura de predação ativa, novos controles integrativos, sensoriais e motores se tornaram essenciais para a localização e a captura de presas maiores. Os órgãos sensoriais pares como os olhos, receptores de pressão, ouvido evoluíram para a recepção a distância, e posteriormente assumiram papéis mais refinados dentro da percepção do ambiente. Os ouvidos, por exemplo, se adaptaram além da percepção de vibrações para a recepção de sons e observou-se o surgimento de eletroreceptores para localização de presas e receptores químicos como os botões gustativos (paladar) e receptores de odor nas narinas. O desenvolvimento da cabeça e órgãos sensoriais pares nos invertebrados foi o resultado incontestável de duas inovações embrionárias, presentes somente nos vertebrados: a crista neural e os placódios epidérmicos. A crista neural é representada por uma população de células da pele (ectodérmicas) localizadas ao longo do comprimento do tubo neural embrionário, contribui para a formação de muitas estruturas diferentes, entre elas o crânio, os nervos cranianos, o esqueleto branquial e os arcos aórticos. Os placódios epidérmicos são espessamentos ectodérmicos, em forma de placa, que surge cranialmente em ambos os lados do tubo neural. Eles originam o nariz, os olhos, os ouvidos, os receptores de paladar e os mecanorreceptores da linha lateral, bem como eletroreceptores; (5) Membros pares: os apêndices peitorais e pélvicos presente na maioria dos peixes na forma de nadadeiras pares, originaram-se como estabilizadores da natação. Os peixes de interesse da aquicultura são espécimes da Classe dos Actinopterygii ou Actinopterígeos (do grego aktis, raio + pteryx, nadadeira; asa) são os peixes com nadadeiras suportadas por "raios" ou lepidotríquias, esqueleto interno tipicamente calcificado e aberturas branquiais protegidas por um opérculo 47 Zoologia Aquática –Engenharia de Aquicultura - UFFS ósseo. São o grupo dominante dos vertebrados, com mais de 27 000 espécies presentes em todos os ambientes aquáticos. São tratados como membros da Infraclasse Telostei (Gr. Teleos, perfeito + osteon, osso) ou peixes teleósteos, em função da maior parte do esqueleto ser constituído de tecido ósseo verdadeiro. ESTRUTURA CORPORAL EXTERNA MORFOLOGIA CORPORAL O corpo da maioria de peixes ósseos é fusiforme, mais alto do que largo, de seção transversal oval para facilitar a passagem da água. A cabeça estende-se da extremidade do focinho até o canto posterior do opérculo, o tronco deste ponto até o ânus e o resto é a cauda. A grande boca é terminal, com maxilas e mandíbulas distintas apresentam dentes finos. Na parte dorsal do focinho há duas narinas duplas (bolsas olfativas), os olhos são laterais, sem pálpebras, e atrás de cada um há uma cobertura fina das brânquias, o opérculo, com margens livres embaixo e atrás. Por baixo de cada opérculo existem quatro brânquias em forma de pente. O ânus e a abertura urogenital precedem a nadadeira anal. No dorso há duas nadadeiras dorsais separadas, na ponta da cauda a nadadeira caudal e ventralmente na cauda a nadadeira anal; todas estas são medianas. As nadadeiras laterais ou pares são as nadadeiras peitorais, atrás dos opérculos e as nadadeiras pélvicas ou ventrais, logo abaixo. As nadadeiras são expansões membranosas do tegumento, sustentadas por raios das nadadeiras. Os espinhos são rígidos e não-articulados; os raios moles são flexíveis, têm muitas articulações e geralmente são ramificados. As nadadeiras ajudam a manter o equilíbrio, a direção e a locomoção. PELE E ESCAMAS Os peixes ósseos apresentam o corpo coberto por uma epiderme lisa, que produz muco que facilita a movimentação na água e é uma proteção contra a entrada de organismos causadores de doenças. O tronco e a cauda apresentam escamas finas, arredondadas, dérmicas, em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como mas telhas num telhado; cada uma situa-se numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal. A porção livre é coberta por uma camada fina de pele. A linha lateral, ao longo de cada lado do corpo, é uma fileira de pequenos poros comunicados com um canal longitudinal situado abaixo das escamas. Existem basicamente quatro tipos de escamas nos peixes ósseos: ganóides, ctenóides e ciclóides. As ganóides são escamas de forma rombóide e dispostas em fileiras diagonais, recebem este nome devido a presença de uma substância a ganoína que da certa dureza a escama. As ciclóides têm uma forma arrendondada e são constituídas de anéis concêntricos de crescimento comparado aos anéis de crescimento das árvores. As escamas ctenóides são semelhantes as ciclóides e só diferem quanto a forma, e pela presença de uma borda com projeções em forma de pente. Os peixes ósseos são de coloração variada devido as células pigmentares, os cromatóforos, na derme, tanto por fora como por baixo das escamas. Pigmentos pretos, amarelos, alaranjados e vermelhos estão presentes em diferentes espécies. Da combinação destes resulta o verde (preto+amarelo), marrom (vermelho ou amarelo+preto) e outras cores. Cristais refletores de guanina e hipoxantina em outras células (iridócitos) fornecem cores “estruturais” resultantes de fenômenos de de placas, refletem luz de diferentes comprimentos de onda de acordo com a sua largura e a das camadas citoplasmáticas que os separam. Quando estas camadas têm aproximadamente a mesma largura que os cristais, é refletida a luz de um longo comprimento de onda como o vermelho, quando são menos largas, é refletido comprimentos de onda mais curtos como o amarelo ou verde. O aspecto prateado brilhante comum nos peixes é provocado pela imbricação de camadas de plaquetas que refletem diferentes partes do espectro. Uma faixa de onda não refletida por uma camada pode penetrar mais profundamente para ser refletida por outra camada. Em conjunto as camadas podem refletir luz de todo o espectro. A pele dos peixes com capacidade de camuflagem contém cromatóforos, com pigmento amarelo, pardo, laranja, vermelho, azul e preto em uma cápsula elástica circundada por células musculares. As alterações de cores são reguladas por células musculares ao redor dos cromatóforos que quando contraídas fazem com que os pigmentos fiquem espalhados sobre a pele, e quando relaxados contribuem para que fiquem concentrados tornando a coloração menos aparente. Os cromatóforos são controlados pelo sistema nervoso e provavelmente pelos hormônios, sendo a visão o principal estímulo visual que identifica aspectos de coloração do substrato do fundo de areia, rocha e assim por diante. Isso permite que peixes como o linguado consiga mudar facilmente de cor de um ambiente para o outro sem a menor dificuldade. RELAÇÕES DA FORMA DO CORPO COM A AQUISIÇÃO DE ALIMENTO Outras características importantes são a posição da boca, posição e tamanho dos olhos, tipo de nadadeira caudal que também podem servir como indícios do habitat e do tipo de alimentação do peixe. Dessa forma podemos reconhecer algumas características: (1) Predadores pelágicos: apresenta boca terminal ou levemente obliqua, pedúnculo terminando em nadadeira caudal bifurcada ou lunada. Esses peixes apresentam uma natação muito estável e comumente migram grandes distâncias, constantemente perseguindo suas presas e forrageando. Os espécimes que melhor representam essa característica são os salmões e dourados; (2) Predadores enboscadores: o corpo é alongado, a cabeça deprimida, boca ampla com dentes pontudos, a coloração é críptica e o comportamento é discreto. Essa característica é comum em peixes que capturam presas de natação rápida, como a traíra e trairão; (3) Capturadores de plâncton e pequenos insetos: boca orientada para a superfície, tamanho pequeno, cabeça deprimida, olhos grandes, nadadeira dorsal inserida 48 Zoologia Aquática –Engenharia de Aquicultura - UFFS posteriormente, características essas comuns nos lebistes e lambari; (4) Bentônicos: os nadadores de fundo apresentam a cabeça deprimida, costa alta, nadadeiras peitorais desenvolvidas, olhos pequenos, barbilhões, papilas gustativas ao redor da boca. Entre eles se destacam os bagres, os cascudos, as carpas e linguados. NADADEIRAS O corpo dos peixes é composto de nadadeiras ímpares representados pela dorsal, anal e caudal e nadadeiras pares a peitoral e pélvica (ventrais), que podem apresentar raios e espinhos. Os raios são projeções moles, finas e articuldadas, podendo ser bifurcadas ou ramificadas. Os espinhos são projeções rígidas, não articuldadas. Estas estruturas são muito utilizadas para o estudo do crescimento de uma espécie. Conforme a posição que as nadadeiras assume no corpo do peixe pode destacar algumas funções: (1) Nadadeiras dorsal e anal: normalmente são longas em predadores pelágicos e peixes de corpo alto. Tem a função de dar estabilidade ao peixe, mas pode funcionar como forma auxiliar de propulsão em enguias. (2) Nadadeiras peitorais e pélvicas: são as principais responsáveis pela locomoção, variam em tamanho e número. As peitorais podem adaptar-se à defesa como ocorre em mandis e outros pimelodídeos. Em alguns casos o primeiro raio destas nadadeiras encontra-se conectado a uma gl6andula de veneno provocando efeito cáustico e paralisante ao homem. A nadadeira caudal tem a mesma função em algumas raias. As nadadeiras pélvicas servem como acessórios para a cópula em alguns machos de peixes cartilaginosos (tubarões, rais e quimeras) tendo a mesma função em nadadeiras anais no caso de alguns machos de peixes ósseos. (3) Nadadeira caudal: atuam principalmente como leme dando direcionamento ao corpo do peixe, entretanto participam como coadjuvantes no processo de estabilização do nado. Embora alguns peixes cultiváveis tenham nadadeira anal dificerca (afunilamento caudal e terminando ponta) como no caso da tuvira, a grande maioria possui nadadeira anal do tipo homocerca... Arquivo da conta: evaldofarteski Outros arquivos desta pasta: IGSg(1).dll (1361 KB) libEGL.dll (58 KB) libGLESv2.dll (507 KB) IGOptExtension.dll (142 KB) alchemyext.dll (15 KB) Outros arquivos desta conta: Documentos Galeria Privada Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br