RASIP AGRO PASTORIL S.A. RELATÓRIO DOS ADMINISTRADORES 2012 Apresentamos a seguir as informações relevantes sobre o desempenho da Companhia no exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2012. DESEMPENHO GLOBAL A Rasip Agro Pastoril S.A. encerrou o exercício com lucro líquido de R$ 3,9 milhões, a receita líquida de 2012 alcançou o total de R$ 98,57 milhões, representando um acréscimo de 15,7% em relação ao ano anterior. VOLUMES E PREÇOS DE MAÇÃS O volume de maçãs comercializadas, pela Companhia, para consumo in natura foi de 47.973 toneladas contra 48.407 toneladas no exercício anterior, sendo que desse volume comercializado 1.040 toneladas foram destinadas para o mercado externo, principalmente os países europeus. Os preços líquidos por tonelada apresentaram um acréscimo de 14,16% passando de R$ 1.114,07 em 2011 para R$ 1.271,85 em 2012. VOLUMES E PREÇOS DE QUEIJOS A divisão Láctea aumentou o volume de vendas de queijos em relação ao realizado no ano anterior. Em 2012 a companhia realizou venda de 858 toneladas, em 2011 o volume vendido foi de 692 toneladas. O volume de produção de queijos em 2012 atingiu 828 toneladas, em 2011 a produção atingiu 623 toneladas. No exercício de 2012 a companhia registrou receita líquida de R$ 28,96 por kg de queijo vendido (R$27,95 em 2011). Em 2012 a receita líquida oriunda da comercialização dos derivados do queijo (creme de leite e manteiga), atingiu R$ 3.074 mil, representando 10,8% da receita líquida desta unidade. GESTÃO DE CUSTOS E PROCESSOS A empresa tem atuado na revisão sistemática de seus processos e na qualificação de seu modelo de gestão, buscando aprimoramento de suas lideranças e redução na participação dos custos em relação ao faturamento. As despesas Administrativas e de Vendas representaram respectivamente 5,75% e 7,41% da receita líquida de 2012. INVESTIMENTOS No exercício a empresa realizou investimentos em imobilizações e ativos biológicos no montante de R$ 24,1 milhões sendo R$ 3 milhões na Unidade Láctea e R$ 21,1 milhões na Unidade Fruticultura. Os itens mais representativos são: rebanho de gado leiteiro, ampliação das instalações para classificação de frutas e continuidade da estratégia de reconversão de pomares de macieiras. GESTÃO DE PESSOAS A Rasip encerrou o ano de 2012 com 751 funcionários. A Companhia segue com programas de benefícios, tais como: plano de saúde, previdência privada, seguro de vida em grupo, cooperativa de crédito mútuo, alimentação, transporte de funcionários e transporte escolar para os filhos dos funcionários que residem nas fazendas; auxílio nos cursos de graduação, pós-graduação e idiomas, os quais permitem ao funcionário desenvolver suas atividades com saúde, segurança e bem-estar. Houve manutenção dos programas de treinamento dos funcionários e executivos, com programas de formação, aperfeiçoamento técnico e desenvolvimento de gestão, objetivando a formação e retenção de mão de obra qualificada. MEIO AMBIENTE A Companhia manteve em 2012 sua política de gestão ambiental, contribuindo para a manutenção dos recursos disponibilizados pelo meio ambiente TECNOLOGIA, QUALIDADE E SEGURANÇA ALIMENTAR. A empresa mantém um estreito vínculo com instituições de pesquisas e universidades visando estar sempre na vanguarda de produtos exigidos pelo mercado. A companhia possui um matrizeiro e um viveiro para produção de mudas de material vegetal de última geração (clones modernos), tanto para macieiras quanto para uvas viníferas. Grande parte deste material é utilizada na modernização dos pomares próprios. A companhia possui modernas instalações industriais para conservação da fruta e fabricação de queijos com máquinas de última geração. A Companhia está certificada em normas que visam à melhoria contínua de processos e produtos e ao mesmo tempo prezam pela segurança alimentar. As Normas certificadas são NBR ISO 9001:2000; Global GAP; BRC – British Retail Consortium e APPCC. INSTRUÇÃO CVM Nº 381 – Auditores Independentes Em atendimento à instrução CVM Nº 381/03 da Comissão de Valores Mobiliários, informamos o que segue: o valor pago pela empresa referente aos serviços de auditoria contábil de rotina foi de R$ 144 mil, e que, durante o exercício de 2012 não contratou serviços de auditoria que não estejam contemplados nas auditorias legais obrigatórias. Vacaria/RS, Março de 2013. Os Administradores DECLARAÇÃO DA DIRETORIA A Diretoria Executiva da Companhia, em atendimento ao disposto nos incisos V e VI do § 1º do Artigo 25 da Instrução CVM nº 480/2009, declara que: 1 – reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores elaborado pela Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S.; 2- reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações financeiras, relativas ao período iniciado em 01 de janeiro de 2012 e encerrado em 31 de dezembro de 2012, revisadas pela Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S. Vacaria, 20 de março de 2013. Rasip Agro Pastoril S.A. Diretoria Executiva Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Rasip Agro Pastoril S.A. Vacaria – RS Examinamos as demonstrações financeiras da Rasip Agro Pastoril S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 1 Opinião sobre as demonstrações financeiras Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Rasip Agro Pastoril S.A. em 31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Porto Alegre, 12 de março de 2013. ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6/F/RS Américo F. Ferreira Neto Contador CRC-1SP192685/O-9 2 Tatiana de Vargas Leal Harsteln Contadora CRC-RS082405/O-6 Rasip Agro Pastoril S.A. Balanços patrimoniais 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Nota 2012 2011 Ativo Ativo circulante Caixa e equivalente de caixa Clientes Estoques Impostos e contribuições a recuperar Ativos biológicos Despesas antecipadas Outros ativos circulantes 5 6 7 8 9 12.132 11.948 20.040 3.242 13.491 1.512 674 63.039 4.095 9.565 18.114 2.788 11.420 1.217 455 47.654 Ativo não circulante Impostos e contribuições a recuperar Depósitos judiciais Instrumentos financeiros derivativos Plano de pensão – Randonprev Outros ativos não circulantes 8 15 22 19 8.153 5.006 834 25 2 14.020 6.538 2.728 169 2 9.437 9 48.777 16 59.234 1.441 123.488 45.595 16 44.698 1.212 100.958 186.527 148.612 Ativos biológicos Investimentos Imobilizado Intangível Total do ativo 3 10 11 Nota Passivo Passivo circulante Empréstimos e financiamentos Fornecedores Impostos e contribuições Salários e encargos Dividendos a pagar e juros sobre o capital próprio Partes relacionadas Outros passivos circulantes Passivo não circulante Empréstimos e financiamentos Fornecedores Impostos e contribuições Impostos diferidos Provisão para litígios Total do passivo e patrimônio líquido 55.160 7.252 727 2.438 32.854 4.578 618 2.273 16 13 1.212 4.521 165 71.475 1.221 4.176 168 45.888 12 25 15 14 15 26.239 4.807 4.711 14.254 42 50.053 26.040 2.386 11.974 65 40.465 121.528 86.353 50.000 14.070 929 64.999 50.000 11.296 963 62.259 186.527 148.612 16 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 2011 12 Total do passivo Patrimônio líquido Capital social Reservas de lucros Outros resultados abrangentes Total do patrimônio líquido 2012 Rasip Agro Pastoril S.A. Demonstrações dos resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação) Receita operacional líquida Custos dos produtos vendidos Lucro bruto Receitas (despesas) operacionais Vendas Administrativas e gerais Honorários da administração Ajuste mensuração valor justo ativo biológico Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Lucro antes das receitas e despesas financeiras Despesas financeiras Receitas financeiras Lucro antes dos impostos sobre o lucro Imposto de renda e contribuição social Participação dos administradores Lucro líquido do exercício Lucro por ação básico e diluído - lucro do exercício atribuível a acionistas detentores de ações ordinárias básico e diluído - lucro do exercício atribuível a acionistas detentores de ações preferenciais Nota 17 21 2012 98.566 (76.817) 21.749 2011 85.188 (67.878) 17.310 21 21 21 21 (7.300) (4.150) (1.522) (50) 1.680 (1.430) 8.977 (6.933) (3.726) (1.265) 998 2.948 (1.100) 8.232 18 18 (6.023) 3.400 6.354 (5.130) 3.267 6.369 14 (2.280) (2.272) (128) 3.946 (118) 3.979 0,0185 0,0187 0,0204 0,0205 21 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 Rasip Agro Pastoril S.A. Demonstrações dos resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) 2012 Lucro líquido do exercício 2011 3.946 3.979 7 (3) 4 2 (1) 1 3.950 3.980 Outros resultados abrangentes: Ganho atuarial – Randonprev Imposto de renda e contribuição social - Randonprev Ganho atuarial, líquido Resultado abrangente para o exercício, líquido de impostos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 Rasip Agro Pastoril S.A. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) Capital social Saldos em 31 de dezembro de 2010 Lucro líquido do exercício Avaliação atuarial Realização da reserva de reavaliação (Nota 16) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre a reavaliação espontânea (Nota 16) Destinações propostas: Constituição de reserva legal Dividendos Constituição de reserva para investimento e capital de giro Saldos em 31 de dezembro de 2011 Lucro líquido do exercício Avaliação atuarial Realização da reserva de reavaliação (Nota 16) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre a reavaliação espontânea (Nota 16) Destinações propostas: Constituição de reserva legal Dividendos Constituição de reserva para investimento e capital de giro Saldos em 31 de dezembro de 2012 Reservas de lucros Reserva para Reserva investimento e legal capital de giro Outros resultados abrangentes Total do Patrimônio Líquido 50.000 - 1.010 - 7.488 - 1.000 1 (57) 3.979 57 59.498 3.979 1 - - - - 19 (19) - - 199 - - - (199) (1.219) (1.219) 50.000 1.209 2.599 10.087 963 (2.599) - 62.259 - - - 4 (57) 3.946 57 3.946 4 - - - - 19 (19) - - 197 - - - (197) (1.210) (1.210) 50.000 1.406 2.577 12.664 929 (2.577) - 64.999 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 Lucros acumulados Rasip Agro Pastoril S.A. Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) 2012 Fluxos de caixa das atividades operacionais Lucro líquido do exercício Ajustes para conciliar o resultado ao caixa e equivalentes de caixa gerados pelas atividades operacionais Provisão para imposto de renda e contribuição social corrente e diferido Depreciação e amortização Ajuste valor justo ativo biológico Provisões para litígios Provisão para crédito de liquidação duvidosa Provisão para abatimentos contratuais Custo residual de ativos permanentes baixados e vendidos Variação sobre empréstimos Instrumentos financeiros derivativos 2011 3.946 3.979 2.280 5.097 50 (23) 65 68 946 6.870 (834) 18.465 2.272 4.403 (998) 85 145 371 5.859 16.116 (2.516) (1.926) (2.278) (2.069) (364) (2.071) 7.481 (2.175) 1.180 (1.807) (1.318) (470) (1.884) 143 Outros passivos Fluxo de caixa líquido originado de atividades operacionais (2.213) 12.509 1.927 11.712 Fluxos de caixa das atividades de investimentos Aquisição de ativo imobilizado Adição ao intangível Adição ao ativo biológico Recebimento por venda de ativo imobilizado Fluxo de caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (13.264) (140) (5.829) (19.233) (3.972) (46) (9.189) 147 (13.060) Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Pagamento de juros de capital próprio e dividendos Empréstimos tomados Pagamento de empréstimos Juros pagos por empréstimos Empréstimos tomados com controladora Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de financiamentos Aumento (redução) do caixa e equivalentes de caixa (1.219) 59.133 (37.169) (6.329) 345 14.761 8.037 47.437 (45.076) (5.104) 406 (2.337) (3.685) Ajuste de capital de giro Contas a receber de clientes Estoques Depósitos judiciais Impostos a recuperar Outros ativos Ativos biológicos Fornecedores Demonstração do aumento do caixa e equivalente de caixa No início do exercício No fim do exercício Aumento (redução) do caixa e equivalente de caixa 4.095 12.132 8.037 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 7.780 4.095 (3.685) Rasip Agro Pastoril S.A. Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais) 2012 Receitas Vendas de produtos e serviços (-) devoluções Outras receitas Provisão para devedores duvidosos 2011 96.585 8.982 65 105.632 80.827 12.261 85 93.173 (42.953) (21.358) (50) (64.361) (32.406) (28.060) 998 (59.468) Retenções Depreciação e amortização (5.097) (4.403) Valor adicionado líquido gerado pela companhia 36.174 29.302 1.322 3.400 4.722 1.112 3.267 4.379 40.896 33.681 16.615 5.019 1.701 792 1.154 127 25.408 13.094 4.166 1.282 689 1.087 120 20.438 2.519 2.925 37 5.481 1.946 2.133 17 4.096 6.023 6.023 5.130 5.130 1.210 2.774 1.219 2.798 40.896 33.681 Insumos adquiridos de terceiros (inclui ICMS, IPI, PIS e COFINS) Matérias-primas consumidas Materiais, energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais Ganho (perda) no valor justo de ativos biológicos Valor adicionado recebido em transferência Aluguéis Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Empregados Remuneração direta Benefícios F.G.T.S Comissões sobre vendas Honorários e participações dos administradores Plano de aposentadoria Tributos Federais Estaduais Municipais Financiadores Juros e despesas financeiras Acionistas Dividendos Lucros retidos do exercício Valor adicionado distribuído 9 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. Informações sobre a Companhia A Rasip Agro Pastoril S.A. (“Companhia”), constituída como uma sociedade anônima domiciliada na Rodovia BR 116, Km 33 – Vacaria – RS, tem por objeto a produção agrícola e pastoril, a fruticultura e apicultura; a criação de rebanhos; a indústria, o comércio, a importação e a exportação de produtos alimentícios derivados de produtos da agricultura, da fruticultura e da pecuária, inclusive do leite; a elaboração e execução de projetos e atividades de fruticultura, florestamento e reflorestamento; a produção e comercialização de produtos agrícolas; e a prestação de serviços inerentes à essas atividades. As instalações de produção da Companhia e suas atividades de plantio de produtos são ambos sujeito às regulamentações ambientais. A Companhia diminui os riscos associados com assuntos ambientais, por procedimentos operacionais e controles e investimentos em equipamento de controle de poluição e sistemas. A Companhia acredita que nenhuma provisão para perdas relacionadas a assuntos ambientais é requerida atualmente, baseada nas atuais leis e regulamentos em vigor. 2. Sumário das políticas contábeis 2.1 Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), os pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) que estão em conformidade com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”). As demonstrações financeiras foram elaboradas com base em diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, avaliação a valor justo de ativos biológicos, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente, as estimativas do valor em uso dos terrenos, máquinas e edificações, análise do risco de crédito para determinação da provisão para devedores duvidosos, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. 10 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.1 Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos trimestralmente. As demonstrações financeiras da Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foram autorizadas em reunião da diretoria realizada em 08 de fevereiro de 2013. 2.2 Reconhecimento de receita A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para a Companhia e quando possa ser mensurada de forma confiável. A receita é mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas. A Companhia avalia as transações de receita de acordo com os critérios específicos para determinar se está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que está atuando como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios específicos, a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento de receita: Venda de produtos A receita de venda de produtos é reconhecida quando os riscos e benefícios significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao comprador, o que geralmente ocorre na sua entrega. Receita de juros Para todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados de caixa ao longo da vida estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado. Ativo biológico Os produtos agrícolas são mensurados a valor justo quando atingem o “ponto de colheita”, momento pelo qual o valor justo pode ser determinado com segurança. O aumento ou redução do produto agrícola é reconhecido no grupo de receitas. 11 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.3 Conversão de saldos denominados em moeda estrangeira As demonstrações financeiras são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço. Todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado. 2.4 Caixa e equivalente de caixa Inclui caixa, saldos em conta movimento, aplicações financeiras resgatáveis no prazo de até 90 dias das datas das transações e com risco insignificante de mudança de seu valor de mercado. As aplicações financeiras incluídas nos equivalentes de caixa, em sua maioria, são classificadas na categoria “ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado”. 2.5 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado, ajustado ao valor presente quando aplicável, incluindo os respectivos impostos diretos de responsabilidade tributária da Companhia, menos os impostos retidos na fonte, os quais são considerados créditos tributários. A provisão para devedores duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela administração para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos e teve como critério a análise individual dos saldos de clientes com risco de inadimplência. A provisão para abatimentos contratuais foi constituída em montante considerado suficiente pela administração e teve como critério os percentuais de abatimento indicados nos contratos com clientes e seus respectivos saldos de contas a receber. 12 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.6 Estoques Os estoques de matérias primas, insumos, materiais e mercadoria para revenda são avaliados ao custo médio de aquisição ou valor líquido realizável, dos dois o menor. Os estoques de produtos agrícolas produzidos pela Companhia são avaliados pelo seu valor justo. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para a realização da venda. As provisões para estoques de baixa rotatividade ou obsoletos são constituídas quando consideradas necessárias pela Administração. 2.7 Ativo biológico e produtos agrícolas Os ativos biológicos incluem pomares de macieira e videiras para o cultivo de frutas com fins de comercialização e rebanho de gado leiteiro para produção de leite, principal matéria prima da produção de queijos. Os produtos agrícolas produzidos pela Companhia são: a maçã, a uva e o leite. Estes produtos são registrados inicialmente ao custo incorrido, e avaliados ao seu valor justo no ponto de colheita, momento no qual o valor justo pode ser determinado de forma confiável. Os pomares e gado leiteiro são tratados como ativos biológicos dentro do escopo do CPC n° 29, e estão registrados e apresentados nas demonstrações financeiras por seu valor justo (“fair value”). A Companhia utiliza o preço de mercado, menos custos de venda, para calcular o valor justo das frutas e do leite. Os semoventes estão registrados ao valor de custo por não possuírem cotação de preço e mercado ativo confiável. Já os pomares, estão registrados pelo valor mensurado através do método de fluxo de caixa descontado. 2.8 Investimentos Os investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. 13 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.9 Imobilizado Registrados ao custo de aquisição ou formação. A depreciação é calculada de forma linear ao longo da vida útil do ativo, a taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens, conforme descrito abaixo. Intervalo de vida útil Máquinas e equipamentos Equipamentos administrativos Veículos Imóveis e instalações 10 a 25 anos 3 a 18 anos 5 a 15 anos 15 a 60 anos Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado no exercício em que o ativo for baixado. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a Companhia não verificou a existência de indicadores de que determinados ativos imobilizados poderiam estar acima do valor recuperável e, consequentemente, nenhuma provisão para perda de valor recuperável dos ativos imobilizados é necessária. O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso. Custos de empréstimos Custos de empréstimos diretamente relacionados com a construção de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser concluído para fins de uso são capitalizados como parte do custo do correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo. A Companhia capitaliza custos de empréstimos para todos os ativos elegíveis. 14 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.10 Ativos intangíveis Ativos intangíveis são mensurados ao custo no momento do seu reconhecimento inicial. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis são apresentados ao custo, menos amortização acumulada e perdas acumuladas de valor recuperável. Ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados ao longo da vida útil econômica e avaliados em relação à perda por redução no valor recuperável, sempre que houver indicação de perda de valor econômico do ativo. O período e o método de amortização para um ativo intangível com vida útil definida são revisados no mínimo ao final de cada exercício social. Mudanças na vida útil estimada ou no consumo esperado dos benefícios econômicos futuros desses ativos são contabilizadas por meio de mudanças no período ou método de amortização, conforme o caso, sendo tratadas como mudanças de estimativas contábeis. A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a utilização do ativo intangível. Ganhos ou perdas resultantes da baixa de um ativo intangível são mensurados como diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo. Os principais ativos intangíveis referem-se a marcas e patentes e direitos sobre softwares e licenças adquiridos de terceiros, amortizados ao longo de sua vida útil, estimada em 5 anos. A Companhia não possui ativos intangíveis gerados internamente. 2.11 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros A administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. 15 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis—Continuação 2.11 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros-Continuação O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia não verificou a existência de indicadores de que determinados ativos imobilizados, intangíveis ou outros ativos não financeiros poderiam estar acima do valor recuperável, e consequentemente, nenhuma provisão para perda de valor recuperável dos ativos imobilizados é necessária. 2.12 Ajuste a valor presente de ativos e passivos Os ativos e passivos monetários são ajustados pelo seu valor presente quando o efeito é considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. O cálculo do ajuste a valor presente é efetuado com base em taxa de juros que reflete o prazo e o risco de cada transação. Para as transações a prazo a Companhia utiliza a variação da taxa do Certificado de Depósito Interbancário – CDI, visto que é a taxa de referência utilizada em transações a prazo. O ajuste a valor presente das contas a receber se dá em contra partida da receita bruta no resultado e a diferença entre o valor presente de uma transação e o valor de face do faturamento é considerado como receita financeira e será apropriado com base na medida do custo amortizado e a taxa efetiva ao longo do prazo de vencimento da transação. O ajuste a valor presente de compras é registrado nas contas de fornecedores e custos, e sua realização tem como contra partida a conta de despesa financeira, pela fruição do prazo de seus fornecedores. Em 31 de dezembro de 2012 não foram identificadas outras transações que fossem consideradas relevantes e que requeiram ajuste a seu valor presente. 16 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.13 Provisões Geral Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que recursos econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação, e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas A Companhia é parte em processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todos os litígios referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar o litígio/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. 2.14 Tributação Impostos sobre vendas Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas exceto: • quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso; • quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas; e • o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial. As receitas de vendas e serviços estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas: 17 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.14 Tributação--Continuação Impostos sobre vendas--Continuação Alíquotas ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados COFINS – Contribuição para Seguridade Social PIS – Programa de Integração Social ISSQN – Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza Contribuição Previdenciária do Produtor Rural 7% a 17% 0% 0% a 7,6% 0% a 1,65% 3% a 4% 2,85% Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas. As receitas de vendas são apresentadas na demonstração de resultado, líquidas destes impostos.Os valores de impostos no exercício estão demonstrados na nota 17. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/COFINS são apresentados dedutivamente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado. Imposto de renda e contribuição social correntes Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar para as autoridades fiscais, e são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização e/ou liquidação. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aquelas que estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço. Imposto de renda e contribuição social relativos a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A administração periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando apropriado. 18 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.14 Tributação--Continuação Impostos diferidos Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias. Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados. O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data de balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos diferidos ativos baixados são revisados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto que é esperada de ser aplicável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço. Imposto diferido relacionado a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também é reconhecido no patrimônio líquido, e não na demonstração do resultado. Itens de imposto diferido são reconhecidos de acordo com a transação que originou o imposto diferido, no resultado abrangente ou diretamente no patrimônio líquido. Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridade tributária. 19 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.15 Plano de pensão e de benefícios pós-emprego a funcionários A Companhia é patrocinadora de plano de previdência complementar, do tipo contribuição definida com benefício mínimo garantido, que tem como objetivo principal a suplementação de benefícios assegurados e prestados pela previdência social aos seus empregados. O referido plano contempla os seguintes benefícios: aposentadoria normal, aposentadoria antecipada, aposentadoria por invalidez, pensão por morte, benefício proporcional e benefícios mínimos garantidos. O plano de benefício é avaliado atuarialmente ao final de cada exercício, por atuário independente, para verificar se as taxas de contribuição estão sendo suficientes para a formação de reservas necessárias aos compromissos atuais e futuros. Os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos imediatamente no patrimônio líquido, no grupo de resultados abrangentes, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC33 – Benefício a Empregados. Os custos de patrocínio de plano de pensão da Companhia são reconhecidos como despesas no momento em que são realizadas as contribuições. 2.16 Outros benefícios a empregados Outros benefícios concedidos a empregados e administradores da Companhia incluem, em adição a remuneração fixa (salários e contribuições para a seguridade social – “INSS”, férias e 13º salário) e remunerações variáveis como participação nos lucros. Esses benefícios são registrados no resultado do exercício à medida que são incorridos quando a Companhia tem uma obrigação, com base em regime de competência. 2.17 Lucro por ação A Companhia efetua os cálculos do lucro por ações – utilizando o número médio ponderado de ações ordinárias e preferenciais totais em circulação, durante o período correspondente ao resultado conforme pronunciamento técnico CPC 41 (IAS 33). A Companhia não mantém qualquer tipo de instrumento de capital, que pudesse causar divergência entre o lucro por ação, básico e diluído. 2.18 Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram preparadas pelo método indireto e estão apresentadas de acordo com o pronunciamento contábil CPC 03 (R2) / (IAS 7) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo CPC, aprovado em 3 de setembro de 2010. 20 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.19 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente a) Ativos financeiros Reconhecimento inicial e mensuração Os instrumentos financeiros da Companhia são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo acrescido dos custos diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão, exceto os instrumentos financeiros classificados na categoria de instrumentos avaliados ao valor justo por meio do resultado, para os quais os custos são registrados no resultado do exercício. Os principais ativos financeiros reconhecidos pela Companhia são: caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras de liquidez imediata, contas a receber de clientes, e instrumentos derivativos, classificados nas categorias de ativos financeiros a valor justo por meio de resultado e empréstimos e recebíveis. Mensuração subsequente A mensuração subsequente de ativos financeiros da Companhia são como segue: Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Esta categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pela Companhia que não satisfazem os critérios para a contabilidade de hedge, definidos pelo CPC 38. Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, são também classificados como mantidos para negociação. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração do resultado. Os juros, correção monetária, variação cambial e as variações decorrentes da avaliação ao valor justo, são reconhecidos no resultado quando incorridos. 21 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.19 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente--Continuação a) Ativos financeiros--Continuação Mensuração subsequente--Continuação Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou “prêmio” na aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização do método de juros efetivos é incluída na linha de receita financeira na demonstração de resultado. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado. Desreconhecimento (baixa) Um ativo financeiro é baixado quando: (i) os direitos de receber fluxo de caixa do ativo expirarem; e (ii) a Companhia transferir os seus direitos de receber o fluxo de caixa do ativo ou assumir uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um acordo de “repasse”; e (a) a Companhia transferir substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, ou (b) a Companhia não transferir nem reter substancialmente todos riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferir o controle sobre o ativo. 22 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.19 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente--Continuação b) Passivos financeiros Reconhecimento inicial e mensuração Passivos financeiros da Companhia são classificados como passivos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, conforme o caso. A Companhia determina a classificação dos seus passivos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial. Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos, são acrescidos do custo da transação diretamente relacionado. Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar e empréstimos e financiamentos. Mensuração subsequente Empréstimos e financiamentos Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos. Desreconhecimento (baixa) Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado. 23 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.20 Instrumentos financeiros derivativos Reconhecimento inicial e mensuração subsequente A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos, como swaps cambiais para fornecer proteção contra o risco de variação da taxas de câmbio. Os instrumentos financeiros derivativos designados em operações de hedge são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data em que o contrato de derivativo é contratado, sendo reavaliados subsequentemente também ao valor justo. Derivativos são apresentados como ativos financeiros quando o valor justo do instrumento for positivo, e como passivos financeiros quando o valor justo for negativo. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes de mudanças no valor justo de derivativos durante o exercício são lançados diretamente na demonstração de resultado. Classificação entre curto e longo prazo Instrumentos derivativos são classificados como de curto e longo prazo ou segregados em parcela de curto prazo ou de longo prazo com base em uma avaliação dos fluxos de caixa contratados. O instrumento derivativo é segregado em parcela de curto prazo e de longo prazo apenas quando uma alocação confiável puder ser feita. 24 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 2. Sumário das políticas contábeis--Continuação 2.21 Informação por segmento As informações por segmento operacional são apresentados de forma consistente com os relatórios internos fornecidos aos principais tomadores de decisões operacionais, sendo estes a diretoria executiva, que também é responsável pela tomada de decisões estratégicas da Companhia. As informações por segmento estão demonstradas na nota 23. 3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas A preparação das demonstrações financeiras da Companhia requer que a administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivos contingentes, na database das demonstrações financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros. Estimativas e premissas As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, são destacadas a seguir. Benefícios de aposentadoria O valor atual de obrigações de planos de pensão depende de uma série de fatores que são determinados utilizando métodos de avaliação atuarial. A avaliação atuarial envolve o uso de premissas sobre as taxas de desconto, taxas de retorno de ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de benefícios de aposentadorias e pensões. A obrigação de benefício definido é altamente sensível a mudanças nessas premissas. As premissas são revisadas ao final do exercício. A taxa de mortalidade se baseia em tábuas de mortalidade disponíveis no país. Aumentos futuros de salários e de benefícios de aposentadoria e de pensão se baseiam nas taxas de inflação futuras esperadas para o país. Para mais detalhes sobre as premissas utilizadas, vide nota 19. 25 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas-Continuação Estimativas e premissas--Continuação Valor justo de instrumentos financeiros Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas A Companhia reconhece provisão para causas cíveis e trabalhistas. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos trimestralmente. Valor justo de ativos biológicos Quando o valor justo de ativos biológicos apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, preço, produtividade, custo de plantio e custo de produção. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado nos ativos biológicos. 26 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 4. Novos pronunciamentos do IFRS e/ou revisões efetuadas Pronunciamentos do IFRS ainda não em vigor em 31 de dezembro de 2012 Listamos a seguir as normas emitidas que ainda não haviam entrado em vigor até a data da emissão das demonstrações financeiras da Companhia. Esta listagem de normas e interpretações emitidas contempla aquelas que a Companhia de forma razoável espera que possam produzir algum impacto nas divulgações, situação financeira ou desempenho mediante sua aplicação em data futura. A Companhia pretende adotar tais medidas quando as mesmas entrarem em vigor. • IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras: Apresentação de Itens de Outros Resultados Abrangentes. As revisões do IAS 1 alteraram o agrupamento dos itens apresentados em outros resultados abrangentes. Esta melhoria esclarece a diferença entre a informação comparativa adicional voluntária e a informação comparativa necessária. • IAS 32 Compensação entre Ativos e Passivos Financeiros: Clarifica a compensação de ativos e passivos, sendo sua vigência a partir de 1º janeiro de 2014, a Companhia não espera efeitos relevantes às suas demonstrações financeiras. • IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Compensação entre ativos Ativos Financeiros e Passivos Financeiros — Revisões da IFRS 7. A revisão entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de janeiro de 2013. • IFRS 9 Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração: O IFRS 9 na forma como foi emitido reflete a primeira fase do trabalho do IASB na substituição do IAS 39 e refere-se à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros conforme estabelece o IAS 39. A norma entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013. • IFRS 13 – Mensuração de Valor Justo: A IFRS 13 estabelece uma única fonte de orientação para fins das IFRS para todas as mensurações de valor justo. A IFRS 13 não muda quando uma entidade é requerida a usar o valor justo, mas fornece orientação sobre como mensurar o valor justo segundo as IFRS quando valor justo é requerido ou permitido. A Companhia está atualmente avaliando o impacto que essa norma terá sobre a sua posição financeira e desempenho contudo, com base nas análises preliminares, nenhum impacto material é esperado. Essa norma se aplica a exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na opinião da administração, ter impacto significativo no resultado ou no patrimônio líquido da Companhia. 27 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 5. Caixa e equivalente de caixa 2012 Caixa e bancos Aplicações financeiras 2.467 9.665 12.132 2011 1.795 2.300 4.095 As aplicações financeiras são de curto prazo, de alta liquidez, e prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Em 31 de dezembro de 2012 as aplicações financeiras referem-se, substancialmente, a certificados de depósitos bancários e fundos de renda fixa, remuneradas a taxa de 100% (100% em 31 de dezembro de 2011) do Certificado de Depósito Interbancário – CDI, com liquidez diária. 6. Clientes 2012 Circulante: No País Menos: Ajuste a valor presente Provisão abatimento contratual Provisão para devedores duvidosos 2011 12.640 10.305 (34) (410) (248) 11.948 (215) (342) (183) 9.565 O prazo médio de recebimento é equivalente a 46 dias (40 dias em 2011). A movimentação da provisão para crédito de liquidação duvidosa está demonstrada a seguir: 2012 Saldo no início do exercício Adições Recuperações/ realizações Saldo no final do exercício (183) (182) 117 (248) 2011 (98) (219) 134 (183) A movimentação da provisão abatimento contratual está demonstrada a seguir: Saldo no início do exercício Adições Recuperações/ realizações Saldo no final do exercício 28 2012 2011 (342) (4.262) 4.194 (410) (197) (3.214) 3.069 (342) Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6. Clientes--Continuação Em 31 de dezembro, a análise do vencimento de saldos de contas a receber de clientes é a seguinte: 2012 A vencer Vencidos a: De 1 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias Acima de 181 dias Total 2011 12.022 9.751 155 168 24 271 12.640 320 93 21 120 10.305 A Companhia não requer garantias sobre as vendas à prazo. 7. Estoques Materiais e insumos Produto acabado Mercadoria para revenda Adiantamentos a fornecedores (-) Provisão perda em estoques 2012 2011 4.394 14.455 341 899 (49) 20.040 3.818 13.606 25 708 (43) 18.114 A movimentação da provisão para perda em estoques está demonstrada a seguir: Saldo no início do exercício Adições Saldo no final do exercício 2012 2011 (43) (6) (49) (43) (43) 8. Impostos e contribuições a recuperar ICMS (a) Imposto de renda e contribuição social (c) COFINS (b) PIS (b) Outros Total (-)Circulante Não circulante 29 2012 2011 742 869 7.823 1.935 26 11.395 (3.242) 8.153 672 1.073 5.966 1.589 26 9.326 (2.788) 6.538 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8. Impostos e contribuições a recuperar--Continuação a) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS O saldo é composto por créditos apurados nas operações mercantis e de aquisição de bens integrantes do ativo imobilizado, gerados nas unidades produtoras e comerciais da Companhia. b) PIS e COFINS O saldo é composto por valores de créditos originados da cobrança nãocumulativa do PIS e da COFINS, apurados principalmente nas operações de aquisição de bens integrantes do ativo imobilizado, que são compensados em parcelas mensais sucessivas, conforme determinado pela legislação. c) Imposto de Renda e Contribuição Social Corresponde ao imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras e antecipações no recolhimento de imposto de renda e contribuição social realizáveis mediante a compensação com impostos e contribuições federais a pagar. 9. Ativos biológicos A determinação de um valor justo para os ativos biológicos constitui um exercício de julgamento e estimativa complexo, que requer entendimento do negócio da Companhia, da utilização desse ativo no processo produtivo, das oportunidades, restrições e ciclo de formação e crescimento das macieiras, videiras e gado leiteiro. A avaliação dos ativos biológicos foi realizada para refletir o modelo econômico de uma unidade de negócio (pomar). No fluxo de caixa futuro descontado, as projeções dos fluxos esperados pela expectativa de cultivo dos pomares, existente na data-base dos balanços, levam em conta premissas futuras de crescimento, produtividade do lote e os custos de formação dos ativos biológicos até o momento da colheita de fruto. O volume projetado considera a produtividade histórica estimada em bases similares às divulgadas no mercado. 30 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9. Ativos biológicos--Continuação As principais premissas utilizadas na elaboração dos fluxos de caixa são: a) Taxa de desconto: 8,21% (8,57% em 2011) b) Preços futuros estimados tendo como base a média aritmética simples dos preços históricos do período 2008-2012 para os pomares c) Tempo de vida útil dos pomares de 21 anos O valor justo do ativo biológico é calculado trimestralmente. Os efeitos da atualização são registrados na rubrica de outras receitas operacionais e sua realização mensal, através da depreciação, na rubrica de custo dos produtos vendidos. A seguir demonstramos o saldo dos produtos agrícolas em formação: Circulante Maçã Uva Mudas 2012 2011 10.943 975 1.573 13.491 8.404 944 2.072 11.420 A seguir demonstramos a movimentação dos saldos dos ativos biológicos: Não circulante Ativo Biológico – Produtivo Semoventes Pomares de macieira Pomares de videira 2011 2012 Saldo 1.659 33.686 35.345 Adições 166 166 Depreciação (296) (1.211) (175) (1.682) Baixas (356) (424) (780) Transferência 818 9.188 158 10.164 Ajuste valor justo (2.082) 17 (2.065) Saldo 2.957 7.293 10.250 Adições 1.114 4.400 149 5.663 Depreciação - Baixas (135) (135) Transferência (818) (9.188) (158) (10.164) Ajuste valor justo 2.006 9 2.015 Saldo 3.118 4.511 7.629 45.595 5.829 (1.682) (915) - (50) 48.777 Saldo 1.825 39.323 41.148 Ativo Biológico - Não Produtivo Semoventes Pomares de macieira Pomares de videira 31 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10. Imobilizado Máquinas, equipamentos Equipamentos administrativos Veículos Imóveis e instalações Terras Imobilizações em andamento Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 2011 Aquisições 29.202 1.523 1.742 36.130 8.999 2.751 80.347 1.677 178 131 35 - 16.050 18.071 Baixas (373) (80) - (1) - (13) (467) Transferências 312 263 - 2.375 - (3.365) (415) 30.818 1.884 1.873 38.539 8.999 15.423 Terras Imobilizações em andamento Saldo em 2012 Depreciação e perda do valor recuperável Saldo em 2011 Depreciação Baixas Saldo em 2012 Máquinas, equipamentos Equipamentos administrativos Veículos Imóveis e instalações 97.536 Total 16.081 1.037 1.066 17.465 - - 35.649 1.965 115 161 848 - - 3.089 - - - - (436) - 38.302 (372) (64) 17.674 1.088 1.227 18.313 - Saldo em 2011 13.121 486 676 18.665 8.999 2.751 44.698 Saldo em 2012 13.144 796 646 20.226 8.999 15.423 59.234 Valor residual líquido Custos de empréstimo capitalizados As imobilizações em andamento estão representadas substancialmente por projetos de expansão e otimização das unidades industriais, construção cívil nas áreas de pomares e na unidade lactea, e espera-se que esses projetos sejam concluídos em 2013. O valor dos custos de empréstimos capitalizados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foi de R$1.700 (R$1.510 em 31 de dezembro de 2011). A taxa média utilizada para determinar o montante dos custos de empréstimo passíveis de capitalização foi de 0,74% (0,72% em 31 de dezembro de 2011), que representa a taxa efetiva dos empréstimos específicos. 32 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11. Intangível Marcas e patentes Softwares Outros intangíveis Total Custo do intangível bruto Saldo em 2011 Aquisições Transferências Saldo em 2012 238 1.918 1 12 62 66 140 - 415 - 415 250 2.395 67 2.712 Marcas e patentes Amortização e perda do valor recuperável Softwares Outros Intangíveis 2.157 Total Saldo em 2011 - 945 - Amortização - 326 - 945 326 Saldo em 2012 - 1.271 - 1.271 Valor residual líquido Saldo em 2011 238 973 1 1.212 Saldo em 2012 250 1.124 67 1.441 12. Empréstimos e financiamentos Moeda nacional: Capital fixo - BRDE Capital fixo - FINAME Custeio agrícola Capital de giro Moeda estrangeira: Financiamento em moeda estrangeira Parcela classificadas no passivo circulante Passivo não circulante 33 Indexador Juros ponderados Vencimento Moeda BRDE URT TJLP Pré-fixado CDI 7,02% a.a. 6,63% a.a. 9,42% a.a. 7,90% a.a. Libor semestral 5,63% a.a. 2012 2011 15/09/2024 15/07/2022 13/07/2013 15/10/2017 15.939 272 17.068 47.854 81.133 15.445 120 16.907 26.109 58.581 15/05/2015 266 81.399 (55.160) 26.239 313 58.894 (32.854) 26.040 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 12. Empréstimos e financiamentos--Continuação As parcelas a longo prazo têm o seguinte cronograma de pagamento: 2012 Ano de vencimento: 2013 2014 2015 2016 2017 2018 até 2023 11.318 4.272 3.229 2.824 4.596 26.239 2011 11.102 6.030 3.319 2.263 3.326 26.040 Os financiamentos e empréstimos estão garantidos por avais da controladora no valor de R$77.180 (R$55.491 em 31 de dezembro de 2011), notas promissórias no valor de R$3.472 (R$2.155 em 31 de dezembro de 2011), alienação fiduciária no valor de R$94 (R$219 em 2011), hipotecas de terrenos no valor de R$588 (R$935 em 31 de dezembro de 2011), penhor de R$65 (R$94 em 31 de dezembro de 2011). Para mitigar os riscos de liquidez e a otimização do custo médio ponderado do capital, a Companhia monitora permanentemente os níveis de endividamento de acordo com os padrões de mercado e as cláusulas previstas em contratos de empréstimos e financiamentos. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia não possuía cláusulas de cumprimento de índices (covenants) em seus contratos de empréstimos e financiamentos em aberto. 34 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13. Informações sobre partes relacionadas Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, bem como as transações que influenciaram o resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, relativas a operações com partes relacionadas, decorrem de transações com as empresas relacionadas à controladora final da Companhia, DRAMD Participações e Administração Ltda., as quais foram realizadas em condições usuais de mercado para os respectivos tipos de operação e condições específicas considerando os volumes das operações e prazos de pagamentos. Ativo Contas a receber por vendas Randon S.A. Implementos e Participações Saldo em 2012 Saldo em 2011 Randon Implementos para Transportes Ltda Saldo em 2011 Randon Administradora de Consórcios Ltda Saldo em 2012 Saldo em 2011 DRAMD Paticipações e Administração Ltda Saldo em 2012 Saldo em 2011 Fras-le S.A. Saldo em 2012 Suspensys Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 2012 Saldo em 2011 Jost Brasil Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 2012 Saldo em 2011 Master Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 2011 Vínicola Almaden Ltda Saldo em 2012 Saldo em 2011 35 Passivo Contas a pagar Mútuo a por compras pagar 100 95 196 53 - 16 - - 1 2 - - - - 4.521 4.176 36 7 - 18 32 - - 2 8 - - 23 - - - 5 2 - Total Saldo em 2012 157 208 4.521 Saldo em 2011 176 55 4.176 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13. Informações sobre partes relacionadas--Continuação Transações Randon S.A. Implementos e Participações Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Randon Implementos para Transportes Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Randon Administradora de Consórcios Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 DRAMD Participações e Administração Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Fras-le S.A. Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Suspensys Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Jost Brasil Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Master Sistemas Automotivos Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Vínicola Almaden Ltda Saldo em 31/12/2012 Saldo em 31/12/2011 Total Saldo em 2012 Saldo em 2011 Prazo médio Compra de produtos Venda de produtos 187 172 Juros sobre mútuo Recebimento Pagamento 301 56 - 30 30 30 30 17 18 - - 30 30 - 6 2 - - 30 - - - - 424 505 75 73 7 - - 30 30 30 - 30 33 - - 30 30 - 7 11 - - 30 30 - 20 29 - - 30 30 - 95 17 16 15 - 30 30 30 30 437 355 324 71 424 505 - Termos e condições de transações com partes relacionadas As transações de vendas com partes relacionadas, referem-se a comercialização dos produtos produzidos pela Companhia, principalmente queijo e maçã. Em fevereiro de 2011 a Companhia contraiu empréstimo de mútuo com a controladora DRAMD Participações Administração Ltda., para manutenção de seu capital de giro. O contrato relativo a este empréstimo vigerá por prazo indeterminado. Os débitos e créditos relativos ao contrato são calculados mensalmente sobre os valores dos saldos, pela taxa média de financiamentos (DI-EXTRA), editada pela ANDIMA. 36 - Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13. Informações sobre partes relacionadas--Continuação Remuneração do pessoal-chave da administração Os montantes referentes a remuneração do pessoal chave da administração estão representados como segue: Benefícios de curto prazo (salários, ordenados, despesas com assistência médica, previdência privada e participações) 2012 2011 1.650 1.383 A Companhia não pagou as suas pessoas chaves da administração, remuneração em outras categorias de i) benefícios de longo prazo, ii) benefícios de rescisão de contrato de trabalho e iii) remuneração baseada em ações. 14. Impostos sobre o lucro A conciliação entre a despesa tributária e o resultado da multiplicação do lucro contábil pela alíquota fiscal local nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 está descrita a seguir: 2012 Lucro contábil antes dos impostos À alíquota fiscal de 34% Despesas não dedutíveis 6.354 (2.160) (120) 6.369 (2.165) (107) Imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício Alíquota efetiva (2.280) 36% (2.272) 36% A Companhia não apurou imposto corrente a pagar no exercício de 2012. 37 2011 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14. Impostos sobre o lucro--Continuação Imposto de renda e contribuição social diferido O imposto de renda e contribuição social diferidos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 refere-se a: Balanço patrimonial 2012 2011 Provisões para litígio Prejuízos fiscais a compensar Base de calculo negativa CSLL Provisão para participação de resultados Provisão para comissões sobre vendas Provisão para devedores duvidosos Provisão para abatimento contratual Provisão para perda em estoque Provisão ajuste a valor presente Ajuste valor justo produto agrícola Reserva de reavaliação Depreciação acelerada incentivada Avaliação atuarial Randonprev Ajuste ativo biológico Receita de imposto de renda e contribuição social diferidos Passivo fiscal diferido, líquido 14 5.501 1.880 81 27 84 140 17 (3) 418 (399) (19.286) (73) (2.655) 22 4.887 1.685 72 24 62 116 14 47 264 (418) (16.020) (57) (2.672) (14.254) (11.974) Resultado 2012 2011 8 (614) (195) (9) (3) (22) (24) (3) 50 (154) (19) 3.266 16 (17) (344) (111) (72) 11 (29) (49) (14) (37) (106) (20) 2.695 8 340 2.280 2.272 De acordo com a Instrução CVM nº 371/02, a Companhia, baseada na expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo aprovado pela Administração, reconheceu créditos tributários sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, que não possuem prazo prescricional. O valor contábil do ativo diferido é revisado anualmente pela Companhia e os ajustes decorrentes não têm sido significativos em relação à previsão inicial da Administração. Com base nesse estudo técnico de geração de lucros tributáveis futuros, a Companhia estima recuperar esses créditos tributários nos próximos 5 anos. As estimativas de recuperação dos créditos tributários foram baseadas nas projeções dos lucros tributáveis levando em consideração diversas premissas financeiras e de negócios. Consequentemente, essas estimativas estão sujeitas a não se concretizarem no futuro tendo em vista as incertezas inerentes a essas previsões. 38 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 15. Provisão para litígios A Companhia é parte em processos judiciais e administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, oriundos no curso normal das operações, os quais envolvem questões tributárias, trabalhistas, previdenciárias e cíveis. A perda estimada foi provisionada no passivo não circulante, com base na opinião de seus assessores jurídicos para os casos em que a perda é considerada provável. Passivo contingente O quadro a seguir demonstra, na data base 31 de dezembro de 2012 e 2011, os valores estimados do risco contingente (perda), conforme opinião de seus assessores jurídicos: Passivo contingente a) cível b) tributário c) trabalhista d) previdenciário Total Provável 42 42 2012 Possível 40 645 2.066 2.751 Remota 32 263 1.100 1.395 2011 Possível 231 1.450 1.681 Provável 65 65 Movimentação da provisão para litígios A movimentação das provisões para litígios é como segue: Trabalhistas 39 Saldo em 2011 Adição Reversão 65 65 17 17 (40) (40) Saldo em 2012 42 42 Remota 398 254 554 1.206 Depósito Judicial 2012 2011 4.474 2.200 70 66 462 462 5.006 2.728 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 15. Provisão para litígios--Continuação Tributário – As provisões de litígio tributárias possíveis onde a companhia é parte passiva tem como contraparte a Receita federal do Brasil e a União federal. As causas com a Receita Federal do Brasil referem-se a processos administrativos de compensações não homologadas e aproveitamento de créditos fiscais decorrentes de aquisição de serviço de comunicação não aceitos e contestação por parte da receita sobre os critérios de tributação dos derivados lácteos. O processo judicial que tem como contra parte a União Federal refere-se a execução fiscal cobrando suposto débito de COFINS, decorrente de compensações efetuadas com créditos de Finsocial. Trabalhista – As provisões de litígio de cunho trabalhistas onde a companhia é parte passiva se referem as reclamatórias de ex-funcionários principalmente no que tange indenizações por acidente de trabalho. Depósitos judiciais – os depósitos judiciais relativos a temas tributários, no valor de R$4.474, e previdenciários, no valor de R$462, referem-se a discussões judiciais sobre a constitucionalidade de certos tributos. Os valores correspondentes aos tributos em discussão estão registrados no passivo circulante, à rubrica impostos e contribuições. Os depósitos relativos a temas trabalhistas, no valor de R$70, foram efetuados para permitir a discussão judicial de reclamatórias trabalhistas. 16. Patrimônio líquido Ações autorizadas Ações ordinárias no valor de R$1 cada (em milhares) Ações preferenciais conversíveis no valor de R$1 (em milhares) 2012 2011 100.000 200.000 300.000 100.000 200.000 300.000 2012 2011 69.995 130.082 200.077 69.995 130.082 200.077 Ações subscritas Ações ordinárias no valor de R$1 cada (em milhares) Ações preferenciais conversíveis no valor de R$1 (em milhares) Reservas de lucros Reserva legal É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº. 6.404/76, até o limite de 20% do capital social. 40 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido--Continuação Reservas de lucros--Continuação Reserva para investimento e capital de giro Tem a finalidade de assegurar investimentos em bens de ativo permanente e acréscimo do capital de giro, inclusive através de amortização de dívidas da Companhia. Será formada com o saldo do lucro ajustado após dele deduzido o dividendo obrigatório e o adicional de dividendos das ações preferenciais e terá como limite máximo importe que não poderá exceder, em conjunto com reserva legal, o valor de capital social. Reserva para futuro aumento de capital Constituída a partir dos juros sobre capital próprio não distribuídos, líquidos da tributação. Outros resultados abrangentes Outros resultados abrangentes no patrimônio liquido são compostos como segue: Saldos em 2011 Adições (baixas) no exercício Saldos em 2012 Reserva de reavaliação Avaliação atuarial 884 (38) 846 79 4 83 Total 963 (34) 929 Reserva de reavaliação Constituída em decorrência das reavaliações de bens do ativo imobilizado da controladora, com base em laudo de avaliação elaborada por empresa especializada. A Companhia optou por manter os saldos de reservas de reavaliação, e sua respectiva realização através da depreciação dos bens reavaliados, conforme facultado pela Resolução CFC Nº 1.152/2009. A Companhia constituiu imposto de renda diferido sobre a reavaliação de terrenos, conforme previsto no CPC 32. 41 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16. Patrimônio líquido--Continuação Dividendos Conforme Estatuto Social da Companhia, as ações ordinárias e preferenciais fazem jus a dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro ajustado, cabendo às ações preferenciais uma importância adicional de 10% em relação aos dividendos atribuídos às ações ordinárias. Os dividendos foram calculados conforme segue Lucro líquido do exercício Realização reserva de reavaliação 2012 3.946 38 2011 3.979 38 Lucro líquido do exercício ajustado Reserva legal (5%) 3.984 (197) 4.017 (199) Lucro base para distribuição 3.787 3.818 Dividendo mínimo obrigatório (30%) Adicional as ações preferenciais (10%) Valor dos dividendos mínimos obrigatórios 1.137 73 1.210 1.145 74 1.219 A administração da sociedade proporá pagar os dividendos propostos em 2012, até 30 de junho de 2013. Os dividendos propostos pela administração representam um dividendo equivalente a R$ 0,00581 por ação ordinária e R$ 0,00639 por ação preferencial. 17. Receita líquida de vendas A receita líquida de vendas apresenta a seguinte composição: 2012 Receita bruta de vendas Ajuste valor justo produto agrícola Devolução de vendas e abatimentos Impostos sobre a venda Receita operacional líquida 18. Resultado financeiro Despesas financeiras: Variação cambial Juros sobre empréstimos e financiamentos Ajuste a valor presente Outras despesas financeiras Receitas financeiras: Variação cambial Juros sobre rendimentos de aplicações financeiras Ajuste a valor presente Outras receitas financeiras Resultado financeiro 42 2011 101.268 7.161 (4.683) (5.180) 98.566 2012 85.569 8.315 (4.742) (3.954) 85.188 2011 (117) (4.629) (580) (697) (6.023) (249) (3.595) (329) (957) (5.130) 257 377 962 1.804 3.400 162 406 1.015 1.684 3.267 (2.623) (1.863) Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 19. Plano de pensão e de benefícios pós-emprego a funcionários A Companhia é co-patrocinadora da RANDONPREV – Plano de Pensão, que tem como objetivo principal a suplementação de benefícios assegurados e prestados pela previdência social aos seus empregados. O plano de suplementação é do tipo contribuição definida de aposentadoria para seus funcionários, com regime financeiro de capitalização. O plano de benefício é avaliado atuarialmente ao final de cada exercício, por atuário independente, para verificar se as taxas de contribuição estão sendo suficientes para a formação de reservas necessárias aos compromissos atuais e futuros. As contribuições efetuadas no exercício montaram R$196 (R$184 em 31 de dezembro de 2011). O valor justo dos ativos do plano foi apurado com base nos parâmetros de mercado existentes no final do exercício de 31 de dezembro de 2012. A obrigação atuarial no final do exercício foi determinada com base nos cálculos do atuário independente utilizando-se o método da unidade de crédito projetada. As tabelas a seguir apresentam um resumo dos componentes da despesa de benefício liquido reconhecida na demonstração do resultado, bem como do status e dos valores reconhecidos no balanço patrimonial: Obrigação com benefícios definidos Valor justo dos ativos do plano Ajuste devido Ativo de benefícios 2012 2011 (308) 333 25 (255) 504 (80) 169 As movimentações no valor presente de obrigação com benefício definido são os seguintes: Obrigação com benefícios definidos no início do exercício Custo do serviço corrente Juros obre obrigação atuarial (Ganhos)/perdas atuariais Benefícios pagos Obrigação com benefícios definidos no final do exercício 43 2012 2011 (255) (30) (25) (12) 14 (308) (251) (33) (25) 42 12 (255) Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 19. Plano de pensão e de benefícios pós-emprego a funcionários-Continuação As principais categorias dos ativos do plano com uma porcentagem do valor justo dos ativos totais do plano são as seguintes: Ações Títulos 2012 96 237 333 2011 146 358 504 As movimentações no valor justo dos ativos do plano são as seguintes: 2012 Valor justo dos ativos do plano no início do exercício Retorno real sobre os investimentos Contribuições do empregador Benefícios pagos pelo plano (Ganho)/perda no valor justo dos ativos Valores transferidos Valor justo dos ativos do plano no final do exercício 504 4 28 (13) (190) 333 2011 446 55 27 (12) (12) 504 O ganho atuarial apurado no final do exercício encontra-se demonstrada a seguir: 2012 2011 Custo do serviço corrente Custo dos juros Rendimento esperado do ativo do plano Total 30 25 (64) (9) 33 25 (55) 3 (Ganho)/perda atuarial sobre obrigações Perda no valor justo dos ativos Variação do limite Outros resultados abrangentes 73 (80) (7) (42) 12 28 (2) O montante de funcionários ativos no plano de pensão Randonprev em 31 de dezembro de 2012 era de 711 participantes (722 em 2011), estando 1 funcionário usufruindo o benefício em 2012 e 2011. As principais premissas atuariais (expressas por médias ponderadas) são conforme segue: 2012 % Taxa de desconto em 31 de dezembro Taxa de rendimento esperada sobre os ativos do Plano Taxa de crescimento salarial Taxa de crescimento dos benefícios Expectativa de vida em planos de previdência privada para participantes assistidos com 60 anos: Homens Mulheres 44 2011 % 8,62 a.a. 12,67 a.a. 10,29 a.a. 12,24 a.a. 7,64 a.a. 4,5 a.a. 7,64 a.a. 4,5 a.a. 24,59 27,42 24,59 27,42 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20. Lucro por ação Em atendimento ao CPC 41 (IAS 33) (aprovado pela Deliberação CVM nº 636 – Resultado por Ação), a Companhia apresenta a seguir as informações sobre o lucro por ação para os exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011. O calculo básico de lucro por ação é feito através da divisão do lucro líquido do exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício. O resultado diluído por ação é calculado através da divisão do resultado líquido atribuído aos detentores de ações ordinárias da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média ponderada de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas em ações ordinárias. O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos lucros ou prejuízos básico e diluído por ação: 2012 Ordinárias Preferenciais Lucro líquido do exercício Média ponderada de ações emitidas (em milhares) Lucro por ação - básico e diluído 3.946 69.995 0,0185 3.946 143.090 0,0204 2011 Ordinárias Preferenciais 3.979 69.995 0,0187 Não houve outras transações envolvendo ações ordinárias ou potenciais ações ordinárias entre a data do balanço patrimonial e a data de conclusão destas demonstrações financeiras. 21. Despesas por natureza A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado por função. Conforme requerido pelo IFRS, apresenta, a seguir, o detalhamento da demonstração do resultado por natureza: 2012 Despesas por função Custo dos produtos vendidos Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Honorários da administração Participação dos administradores Ajuste ativo biológico Outras despesas operacionais Despesas por natureza Depreciação e amortização Despesas com pessoal Matéria prima e materiais de uso e consumo Energia elétrica Serviços profissionais Gastos logísticos Ajuste ativo biológico Outras despesas 45 2011 76.817 7.300 4.150 1.522 128 50 1.430 91.397 67.878 6.933 3.726 1.265 118 1.100 81.020 5.097 25.408 42.953 2.955 6.844 3.125 50 4.965 91.397 4.403 21.164 36.009 2.437 5.646 3.103 8.258 81.020 3.979 143.090 0,0205 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro Conforme mencionado na nota 2.19 – Instrumentos financeiros, os principais passivos financeiros da Companhia, que não sejam derivativos, referem-se a empréstimos, contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar. O principal propósito desses passivos financeiros é captar recursos para as operações da Companhia. Em contrapartida, a Companhia possui ativos financeiros representado por caixa e equivalente de caixa, aplicações financeiras, contas a receber de clientes e outras contas a receber que resultam diretamente de suas operações. A Companhia está exposta a risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. A alta administração da Companhia supervisiona a gestão desses riscos e conta com o suporte da controladora, que fornece garantias de que as atividades em que se assumem riscos financeiros são regidas por políticas e procedimentos apropriados e que os riscos financeiros são identificados, avaliados e gerenciados de acordo com as políticas do grupo e disposição para risco do grupo. Todas as atividades com derivativos para fins de gestão de risco são realizadas por equipes especializadas com as habilidades, experiência e supervisão apropriadas. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Os resultados obtidos com estas operações estão condizentes com as políticas e estratégias definidas pela Administração da Companhia. Risco de mercado O risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Os preços de mercado englobam três tipos de risco: risco de taxa de juros, risco cambial e risco de preço que pode ser de commodities, de ações, entre outros. Instrumentos financeiros afetados pelo risco de mercado incluem empréstimos a pagar, depósitos, instrumentos financeiros disponíveis para venda e mensurados ao valor justo através do resultado e instrumentos financeiros derivativos. Encontra-se a seguir uma comparação por classe do valor contábil e do valor justo dos instrumentos financeiros da Companhia apresentados nas demonstrações financeiras. 46 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Nota Ativos Caixa e equivalente de caixa Clientes Instrumentos financeiros derivativos Passivos Empréstimos e financiamentos em moeda nacional Empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira Mútuos a pagar Total (a) (b) (c) Categoria Valor contábil 2012 2011 2012 Valor justo 2011 5 6 22 (a) (a) (b) 12.132 11.948 834 4.095 9.565 - 12.132 11.948 834 4.095 9.565 - 12 (c) 81.133 58.581 81.133 58.581 12 10 (c) (c) 266 4.521 110.834 313 4.176 76.730 266266 4.521 110.834 Categorias: Empréstimos e recebíveis Valor justo por meio do resultado Empréstimos e financiamentos Hierarquia de valor justo A Companhia usa a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros pela técnica de avaliação: Nível 1: preços cotados (sem ajuste) nos mercados ativos para ativos ou passivos idênticos; Nível 2: outras técnicas para as quais todos os dados que tenham efeito significativo sobre o valor justo registrado sejam observáveis, direta ou indiretamente; Nível 3: técnicas que usam dados que tenham efeito significativo no valor justo registrado que não sejam baseados em dados observáveis no mercado.; A Companhia possui apenas instrumentos financeiros derivativos avaliados a valor justo considerando uma técnica de avaliação de Nível 2. Não houve transferências entre os níveis 1, 2 e 3 durante o exercício de 2012. 47 313 4.176 76.730 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Risco de taxa de juros Risco de taxas de juros é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de juros de mercado. A exposição da Companhia ao risco de mudanças nas taxas de juros de mercado refere-se, principalmente, às obrigações de longo prazo da Companhia sujeitas a taxas de juros variáveis. A Companhia somente realiza operações com instituições financeiras de baixo risco, aprovadas pela controladora. Para contas a receber por vendas a Companhia possuem ainda provisão para devedores duvidosos, conforme mencionado na nota 5. Os rendimentos oriundos das aplicações financeiras bem como as despesas financeiras provenientes dos empréstimos e financiamentos da Companhia são afetados pelas variações nas taxas de juros, tais como TJLP e CDI. Sensibilidade a taxas de juros A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma possível mudança nas taxas de juros, mantendo-se todas as outras variáveis constantes no lucro da Companhia antes da tributação (é afetado pelo impacto dos empréstimos a pagar sujeitos a taxas variáveis). Foi considerado três cenários, sendo o cenário provável o adotado pela Companhia, mais dois cenários com deterioração de 25% e 50% da variável do risco considerado. Esses cenários foram definidos com base na expectativa da Administração para as variações da taxa de juros nas datas de vencimento dos respectivos contratos sujeitos a estes riscos. 48 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Sensibilidade a taxas de juros--Continuação Nossa análise de sensibilidade leva em consideração as posições em aberto na data base de 31 de dezembro de 2012, com base em valores nominais e juros de cada instrumento contratado. AUMENTO DE DESPESA FINANCEIRA Instituições financeiras Referência para Passivos Financeiros R$ 1.958 2.446 2.934 Provável 5,5% 6,9% 0,6% 25,00% Possível 6,9% 8,6% 0,7% 50,00% Remoto 8,2% 10,4% 0,9% Apreciação da Taxa em TJLP CDI LIBOR Semestral Risco de câmbio O risco de câmbio é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de câmbio. A exposição da Companhia ao risco de variações nas taxas de câmbio refere-se principalmente às atividades operacionais da Companhia (quando receitas ou despesas são denominadas em uma moeda diferente da moeda funcional). Abaixo está demonstrada a exposição cambial da Companhia para operações em moedas estrangeiras: US$ Mil 2012 2011 Empréstimos e financiamentos Contas a pagar a fornecedores (121) (2.926) (148) - Déficit apurado (3.047) (148) Sensibilidade à taxa de câmbio A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma variação que possa ocorrer na taxa de câmbio do US$, mantendo-se todas as outras variáveis constantes, do lucro da Companhia antes da tributação e do patrimônio líquido da Companhia. Também são considerados três cenários, sendo o cenário provável o adotado pela Companhia, mais dois cenários com deterioração de 25% e 50% da variável do risco considerado. Esses cenários foram definidos com base na expectativa da Administração para as variações da taxa de câmbio nas datas de vencimento dos respectivos contratos sujeitos a estes riscos. 49 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Operação Taxa Déficit apurado Taxa Déficit apurado Risco Alta do US$ Baixa do US$ Cenário provável Controladora Cenário possível Cenário remoto 2,04 (6.216) 2,04 (6.216) 2,55 (7.770) 1,53 (4.662) 3,06 (9.324) 1,02 (3.108) Risco de estrutura de capital O objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar que esta mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de problemas a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor do acionista. A Companhia administra a estrutura do capital e a ajusta considerando as mudanças nas condições econômicas. A estrutura de capital ou o risco financeiro decorre da escolha entre capital próprio (aportes de capital e retenção de lucros) e capital de terceiros que a Companhia faz para financiar suas operações. Para mitigar os riscos de liquidez e a otimização do custo médio ponderado do capital, a Companhia monitora permanentemente os níveis de endividamento de acordo com os padrões de mercado e o cumprimento de índices (covenants) previstos em contratos de empréstimos e financiamentos. A Companhia inclui na dívida líquida os empréstimos e financiamentos, menos caixa e equivalentes de caixa, como demonstrado abaixo. Empréstimos e financiamentos (-) Caixa e equivalentes de caixa Dívida líquida Patrimônio Capital social e dívida líquida Quociente de alavancagem Nota 12 5 2012 81.399 (12.132) 69.267 64.999 134.266 51,6% 2011 58.894 (4.095) 54.799 62.259 117.058 46,8% Não houve alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011. Garantias A Companhia não tem ativos financeiros dados em garantia em 31 de dezembro de 2012 e 2011. 50 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Risco de crédito O risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposto ao risco de crédito em suas atividades operacionais (principalmente com relação a contas a receber) e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros. Contas a receber O risco de crédito do cliente está sujeito aos procedimentos, controles e política estabelecida pela Companhia em relação a esse risco. Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios internos de classificação. A carteira da Companhia é pulverizada. A qualidade do crédito do cliente é avaliada com base em um sistema interno de classificação e histórico de perda. A necessidade de uma provisão para perda por redução ao valor recuperável é analisada a cada data reportada em base individual para os principais clientes. O cálculo é baseado em dados históricos efetivos. A exposição máxima ao risco de crédito na data-base é o valor registrado que esta indicado na nota 6. Instrumentos financeiros e depósitos em bancos O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela Tesouraria da Companhia de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos excedentes são investidos apenas em instituições financeiras autorizadas e aprovadas pela controladora, avalizadas pela Diretoria Executiva, respeitando limites de crédito definidos, os quais são estabelecidos a fim de minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro no caso de potencial falência de uma contraparte. 51 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Risco de liquidez O risco de liquidez consiste na eventualidade da Companhia não dispor de recursos suficientes para cumprir com seus compromissos em função das diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. O controle da liquidez e do fluxo de caixa da Companhia é monitorado diariamente pelas áreas de Gestão da Companhia, de modo a garantir que a geração operacional de caixa e a captação prévia de recursos, quando necessária, sejam suficientes para a manutenção do seu cronograma de compromissos, não gerando riscos de liquidez para a Companhia. O quadro abaixo resume o perfil do vencimento do passivo financeiro da Companhia em 31 de dezembro de 2012 com base nos pagamentos contratuais não descontados. Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 Empréstimos e financiamentos Fornecedores Menos de 3 meses 9.923 5.075 14.998 3 a 12 meses 1 a 5 anos 45.237 2.177 47.414 21.643 4.807 26.450 Mais de 5 anos 4.596 4.596 Total 81.399 12.059 93.458 Instrumentos financeiros derivativos A Companhia tem por política efetuar operações com instrumentos financeiros derivativos com o objetivo de mitigar ou de eliminar riscos inerentes à sua operação. A Administração da Companhia mantém monitoramento permanente sobre os instrumentos financeiros derivativos contratados por meio de seus controles internos. Atualmente, a Companhia possui contratado um swap com objetivo de proteção dos financiamentos da Companhia indexados a taxa de juros variáveis quanto a riscos de variações das taxas. O valor de referência (notional) do contrato em aberto em 31 de dezembro de 2012 totalizam R$10.000, com valor justo de R$834. A Companhia não possuía operações em aberto em 31 de dezembro de 2011. 52 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 22. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro--Continuação Instrumentos financeiros derivativos--Continuação No quadro a seguir apresentamos três cenários, sendo o cenário mais provável o adotado pela Companhia. Esses cenários foram definidos com base na expectativa da administração para as variações da taxa de juros nas datas de vencimento dos respectivos contratos sujeitos a estes riscos. Além desse cenário a CVM, através da Instrução nº 475, determinou que fossem apresentados mais dois cenários com deterioração de 25% e 50% da variável do risco considerado. Esses cenários estão sendo apresentados de acordo com o regulamento da CVM. Operação Swap Risco Aumento da taxa CDI Cenário provável 834 Cenário Possível 517 Cenário Remoto 200 23. Informações por segmento Para fins de administração, a Companhia é dividida em unidades de negócio, com base nos produtos e serviços, com dois segmentos operacionais sujeitos à divulgação de informações, são eles: Segmento Fruticultura: referem-se aos resultados dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 da Rasip Agro Pastoril S.A., sendo os principais produtos deste segmento a maçã, uva e mudas. Segmento Lácteo: referem-se aos resultados dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 da Rasip Agro Pastoril S.A., sendo os principais produtos incluídos neste segmento o queijo, creme de leite e manteiga. A administração monitora separadamente os resultados operacionais das unidades de negócio, para poder tomar decisões sobre alocação de recursos e avaliar o desempenho. O desempenho dos segmentos é avaliado com base no lucro ou prejuízo operacional, e os financiamentos da Companhia (incluindo receita e despesa de financiamentos) e impostos sobre o lucro são administrados no âmbito do grupo, não sendo alocados aos segmentos operacionais. 53 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 23. Informações por segmento--Continuação Informações por segmentos de negócios Láctea 2012 Receita operacional líquida Custo dos produtos vendidos Lucro bruto Lucro líquido do exercício 2011 Total 2012 21.295 70.292 63.893 98.566 85.188 (18.781) 9.493 1.296 (14.951) 6.344 134 (58.036) 12.256 2.650 (52.927) 10.966 3.845 (76.817) 21.749 3.946 (67.878) 17.310 3.979 4.945 10.973 2011 4.617 10.467 Fruticultura 2012 43.832 13.491 48.261 Total 2012 2011 48.777 13.491 59.234 40.978 11.420 34.231 Despesas operacionais, outros ativos que não o imobilizado e passivos não foram divulgados por segmento, pois tais itens são administrados no âmbito do corporativo, não sendo informados de forma segregada ao responsável pela tomada de decisão. As vendas da Companhia são realizadas substancialmente no mercado doméstico. 24. Cobertura de seguros A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes por sua administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As principais coberturas de seguro são: Total dos limites de indenização Risco coberto 2012 2011 Máquinas e prédios Incêndio, explosão, vendaval, fumaça danos elétricos e perda de lucro bruto 113.140 32.400 Veículos Colisão, responsabilidade civil 25.519 27.301 Pomar de maçãs Granizo 33.611 27.021 172.270 86.722 25. Compromissos Em 31 de dezembro de 2012 a Companhia apresentou um montante de fornecedores de curto prazo no valor de R$1.201 e um montante de longo prazo de R$4.807, referente à aquisição de máquinas e equipamentos (em 2011 não apresentou saldo). O saldo de fornecedores está registrado a valor presente e será liquidado em 60 meses. A Companhia não possui quaisquer outros compromissos de longo prazo. 54 2011 28.274 Láctea 2012 Ativos biológicos – não circulante Ativos biológicos – circulante Ativo imobilizado Fruticultura 2012 2011 2011 45.595 11.420 44.698 Rasip Agro Pastoril S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 26. Outros assuntos Conforme fato relevante divulgado ao mercado em 22 de outubro de 2012, a Companhia recebeu correspondência de sua acionista controladora, DRAMD Participações e Administração Ltda., comunicando a apresentação de pedido de registro de Oferta Pública de Aquisição (“OPA”) das ações preferenciais e ordinárias da Companhia em circulação no mercado, com vistas ao cancelamento de seu registro de companhia aberta. No dia 26 de outubro de 2012, a Companhia divulgou comunicado ao mercado informando que o pedido de registro da OPA foi protocolado junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) naquela data. Até a data de encerramento destas Demonstrações Financeiras o pedido ainda não havia sido confirmado pela CVM. 55