ÓLEO ESSENCIAL DE MELALEUCA NO TRATAMENTO DE PSEUDOFOLICULITE Marinely Zorek1,RuthieliLarissa Marins2, Viviane de Almeida Oliveira3, Silvia Patricia de Oliveira4 1 Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti Paraná (Curitiba, PR); 2 Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti Paraná (Curitiba, PR); 3 Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti Paraná (Curitiba, PR); 4 Msc. Fisioterapeuta Dermato Funcional, Prof.ª Silvia Patricia de Oliveira. Adjunta Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná. do do do do Endereço para correspondência: Marinely Zorek: [email protected] Ruthieli Larissa Marins:[email protected] Viviane de Almeida Oliveira:[email protected] RESUMO: A pseudofoliculite é uma afecção cutânea que atinge o folículo piloso. Essa manifestação afeta principalmente os jovens adultos do gênero masculino e desenvolve no local um processo inflamatório multifatorial, seja por infecção bacteriana ou favorecida pela má higiene e o barbear incorreto. O óleo essencial de Melaleuca vem de uma planta medicinal e aromática, nativa da Austrália, sendo que dentre suas atividades farmacológicas destacase a antimicrobiana. Tendo em vista a sua importância, apresenta-se, um estudo de caso com 3(três) pacientes dogêneromasculino, na faixa etária de 20 a 33 anos, com evidencia de pseudofoliculite, em região de contorno mandibular,onde foram realizadas 8 aplicações em dias alternados. O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos do óleo essencial de Melaleuca na pseudofoliculite, o que obteve resultados significativos e melhora no quadro dos pacientes. Palavras-chave:Foliculo Piloso, Pseudofoliculite e Óleo Essencial deMelaleuca. ____________________________________________________________________ INTRODUÇÃO Nos últimos anos é notado o aumento da procura de homens por tratamentos estéticos. Com as inovações e diferentes cosméticos, o tratamento de pequenas infecções no folículo piloso, na região da barba, é um dos muitos requisitados dentre eles. Diagnosticada de uma forma inflamatória, caracterizada por pápulas e pústulas, desenvolve-se a partir de um desequilíbrio da flora normal, a mesma é mais comum em adultos do gênero masculino, causada por bactérias, como os estafilococos, que são de formas esféricas aderidas umas as outras (CATARINA, et.al. 2007) Quando afeta a região da barba de um homem é conhecida clinicamente como pseudofoliculite. Havendo está disfunção, os pelos raspados, ao crescerem, se curvam e voltam para o interior da pele, invadindo a derme, produzindo uma reação inflamatória, na maioria das lesões podem ser notadas pápulas foliculares, pústulas e hiperpigmentação pós inflamatória e às vezes, a cicatrizes na face e no pescoço. Podendo se desenvolver em qualquer tipo de pele e fototipo cutâneo (RIVITTI, 2001). Oóleo essencial de Melaleuca que também é conhecido como teatree, é obtido por destilação das folhas de uma espécie arbórea originária da Austrália, a Melaleuca, é de grande importância medicinal (CASTRO et al., 2005).Considerada uma planta muito importante na área da aromaterapia, dentre suas atividades farmacológicas destaca-se a antimicrobiana (BROPHY e DORAN, 2004). O objetivo deste trabalho será: avaliar os efeitos do óleo essencial de Melaleucae estudar a eficácia do mesmo no tratamento da pseudofoliculite. Foliculite É uma inflamação do folículo piloso, provocada pela contaminação de uma bactéria chamada estafilococo, que causa um eritema ao redor do pelo com um ponto de pus (SENAC, 2004). É uma infecção bacteriana denominada de piordemite, que se desenvolve a partir de um desequilíbrio da flora normal. A foliculite superficial geralmente é causada por uma bactéria chamada Staphylococus aureus, mas ocasionalmente pode ser causado pela bactéria Staphylococuspyogenes, que afetam os folículos pilosos, tendo como características pústulas brancas ou amareladas, com pelo central e discreta hiperemia (CATARINA, et al, 2007). A infecção danifica os pelos possibilitando arrancá-los mais facilmente (DU VIVIER, 1995). Podem ser crônicas em regiões onde os folículos se encontram profundamente enraizadas na pele, como na barba (MANUAL MERCK, 2009). Essa reação inflamatória pode ocorrer pelos fatores: excesso de suor, raspagem de pelos e depilação a cera, fricção, agentes químicos, falta de higiene e alterações imunológicas (MODESTI; HABITZREUTER; GALLAS, 2007). A foliculite atinge crianças e adultos, surgindo em qualquer localização onde existam pêlos. São mais frequentes na barba (homens) e virilha (mulheres) e também pacientes com doenças de base como diabetes ficam sujeitos a esta infecção (MAZZAMBANI, 2009). Foliculite porPityrosporum é uma infecção causada pelo fungo Pityrosporumorbiculare. É uma erupção papulopustular discreta, frequentemente pruriginosa, localizada principalmente na porção superior dos troncos e dos ombros (HABIF et al, 2002). AFoliculite superficial se apresenta como uma pequena pústula folicular, que após ruptura e dissecação forma crosta, que não interfere no crescimento do pêlo. As lesões normalmente são numerosas, localizandose no couro cabeludo, extremidades, pescoço, troco e mais raramente nas nádegas. As lesões podem ter duração de alguns dias ou tornarem-se crônicas (BRASIL, 2002). Pseudofoliculite É um distúrbio inflamatório crônico comum, que se evidenciam por pápulas inflamatórias na região da barba dos homens, principalmente nos que tem fototipos cutâneos mais pigmentados e pelos muito enroscados, porém pode se desenvolver em qualquer fototipo cutâneo. Nas mulheres, esse distúrbio é observado mais comumente nas regiões pubianas e axilares, consequente ao hábito de depilarem-se. Havendo esta disfunção, os pelos raspados, ao crescerem, se curvam e voltam para o interior da pele, processo que leva à inflamação e, às vezes, a cicatrizes. Também é conhecida como piliincarnati, decorrente do fator anatômicos dos pelos, da maneira que os mesmos crescem (AVRAM et al, 2008). Pseudofoliculite é o nome cientifico do pelo encravado, ocorre de maneira em que o pelo nasce e volta para o folículo, podendo gerar um processo inflamatório (DU VIVIER, 1995). O distúrbio pode ser causado pela raspagem dos pelos, pois os mesmos perfuram o folículo, invadindo a derme, produzindo uma reação inflamatória, nas maiorias das lesões podem ser notadas pápulas foliculares, pústulas e hiperpigmentaçãopós-inflamatória (RIVITTI, 2001). Folículo Piloso O folículo piloso é uma invaginação da epiderme profunda na derme. Em sua parte inferior, o folículo incha para formar o bulbo piloso que repousa sobre a junção dermohepidérmica, onde se insere o músculo pilomotor. O fundo do bulbo está deprimido por uma expansão da derme, a papila do pelo. A glândula sebácea fica suspensa no folículo piloso por um pequeno canal (PEYREFITTE, G.; MARTINI, M. C.; CHIVOT, M. 1998). De acordo com DU VIVIER (2002) o folículo piloso se desenvolve como um crescimento arqueado de células epidérmicas, ocorrendo na direção da derme ou do tecido subcutâneo, que se torna canalizadas para formar a bainha radicular externa, sendo imóvel. A proliferação das células germinativas na base do pelo forma a bainha radicular interna dos cabelos a haste do pelo, que fica no canal folicular. Complementando Peyrefitte, Martini, Chivot, (1998), citam que a bainha epitelial interna se modifica de baixo para cima, desaparecendo na altura do canal de excreção da glândula sebácea. O canal pilar começa assim que a glândula sebácea desemboca no folículo piloso. A bainha epitelial externa continua sem interrupção e forma a parede do canal pilar, prolongando-se depois pela epiderme. A atividade do folículo é responsável pelo crescimento do pelo. A haste é desembaraçada da bainha epitelial interna. Todas as células da bainha são queratinizadas. A raiz é viva e o bulbo é a base que recebe os nutrientes, sendo circundada por receptores sensoriais (GUIRRO; GUIRRO, 2004) Harris (2005) dividiu os folículos estão divididos nas seguintes categorias: Folículos terminais: produzem os cabelos e barbas que possuem glândulas sebáceas médias ou grandes; Folículos de velus: presente nas demais áreas do organismo, exceto nas regiões possuindo pelos finos e pequenos, e glândulas sebáceas também pequenas e Folículos sebáceos: com pelos muito pequenos, que não chega à superfície da pele. Óleo Essencial de Melaleuca Um dos principais óleos utilizados em terapias naturais é a Melaleuca, (também chamado de óleo de teatree),suas atividades farmacológicas têm sido amplamente estudadas. Considerada uma planta muito importante na área da medicina e aromaterapia, dentre suas atividades farmacológicas destaca-se a antimicrobiana (BROPHY e DORAN, 2004). Para a produção do óleo essencial, alguns critérios devem ser considerados para a seleção das espécies promissoras, características qualitativas próprias e quantidade final de óleo essencial produzido a partir de folhas frescas, que deve ser igual ou maior a 1% (CRAVEN, 1999). O óleo essencial de melaleuca é comercializado na forma concentrada ou diluída, sendo considerado um remédio de amplo espectro para problemas de pele. Este óleo essencial é amplamente empregado nos cuidados dermatológicos para feridas, bolhas, manchas, infecções, herpes, erupções cutâneas, verrugas, queimadura, acne, mordidas de insetos e micoses de unha (CARSON e RILEY, 1993; GRUENWALD, BRENDLER e JAENICKE, 2000; ABURJAI e NATSHES, 2003). A Melaleuca e seu óleo essencial possuem ação antimicrobiana contra bactérias Grampositivas e Gram-negativas (SIMÕES et al., 2002). Um estudo realizado por Hammer, Carson e Riley (2004), mostrou que o óleo de teatree e seus componentes aumentaram a permeabilidade das células de levedura e a fluidez da membrana plasmática, além de inibir a acidificação do meio extracelular. Descreve, ainda, que os componentes deste óleo possuem vários mecanismos de ação antifúngica. Outro aspecto, levantado por Silva (2001), são seus estudos sobre o teor, a composição química e atividade antimicrobiana do óleo de teatree cultivado no Brasil, onde indicam que este possui as mesmas características do óleo de origem australiana. Atualmente, este óleo vem sendo empregado em formulações cosméticas, devido às suas propriedades biológicas, além de ser um conservante natural. Acrescenta-se também, que este composto é utilizado para o tratamento de uma variedade de situações comprometedoras da pele, incluindo a acne (HAMMER; CARSON; RILEY, 2004). Aromaterapia O uso de aromaterapias vem utilizado há muitos anos, e cada vez mais sendo empregado na medicina terapêutica (MUKHERJEE et al., 2010), O termo “aromaterapia” teria sido criado por um químico francês, Maurice René de Gattefossé em 1937, após um acidente queimando sua mão, coincidentemente colocou-a em um tanque contendo óleos essências, pensando que fosse água, a dor diminuiu e ocorreu cicatrização da queimadura sem infecção. Após este acontecimento passou a pesquisar mais as atividades dos óleos essenciais, que eram utilizadas em cosméticos como odorizantes (HUDSON, 1999). O uso de óleos essenciais vem sendo dividido em dois níveis fisiológicos, uma vez que as substâncias constituintes são absorvidas pelo organismo via oral, cutânea, respiratória e injetável, o nível psicológico, onde os óleos atuam sobre o estado emocional e mental trazendo equilíbrio pela estimulação ou sedação. Com o passar dos tempos as indústrias químicas vem criando diversas formas de óleos diferenciados, um deles são os sintéticos, que vem com o preço mais acessível, porém nunca será comparado com óleo natural, pois seus componentes químicos são muito mais eficazes (SIMÕES et al., 1999). Silveira et al. (2008) citou que nas ultimas décadas a procura vem aumentando cada vez mais pelo uso das terapias naturais. A medicina natural vem sendo utilizada não só em países desenvolvidos mais também em países que a medicina convencional é aplicada no sistema público de saúde (WHO, 2001). Existem diversas denominações para estas terapias, porém uma delas as define como todas as formas de cuidado com a saúde (HARIS E REES 2000). Visando o conhecimento, as plantas com propriedades terapêuticas utilizadas no cuidado de saúde, tradicionalmente constituem uma importante fonte de novos compostos biologicamente ativos (OLIVEIRA et al., 2006). Alguns estudos vêm destacando várias propriedades dos óleos essenciais, sendo elas as seguintes: antiviral, antiespasmódica, analgésica, antimicrobiana, cicatrizante, expectorante, relaxante, anti-séptica das vias respiratórias, larvicida, vermífuga e antiinflamatória (OYEDJI; AFOLAYAN, 2006; LIMAet al., 2006; COSTAet al., 2005; HALCON; MILKUS, 2004). Dentre os produtos mais utilizados na aromaterapia estão os óleos essências, que são incluídos entre os produtos de grandes vantagens terapêuticas e farmacológicas (EDRIS, 2007). Desde o inicio da humanidade, as plantas aromáticas já vinham sendo empregadas tanto no tempero de comidas como de bebidas: empiricamente usadas para disfarçar odores desagradáveis, atrair outros indivíduos e controlar problemas sanitários, contribuindo também para a comunicação entre os indivíduos e influenciando o bem-estar dos seres humanos e animais, demonstrando assim uma antiga tradição sociocultural e socioeconômica da utilização destes produtos. Os óleos essenciais são compostos naturais, voláteis e complexos, tem característica forte pelo seu odor, sendo sintetizados por plantas aromáticas durante o metabolismo secundário e normalmente extraídas de plantas encontradas em países quentes, como as do mediterrâneo e dos trópicos, onde representam parte importante da farmacopéia tradicional. Tendo várias propriedades o óleo essencial tem grandes atribuições na área farmacológicos sendo alguns mais destacados do que os outros por sua ótima eficácia como, por exemplo: a sua volatilidade que o torna ideal para banhos, imersões, nebulizações e até mesmo inalações. Por ter baixo peso molecular sua permeação o torna um dos fatores primordiais no seu uso. (FRANZ, 2010). Depilação Consiste em retirar temporariamente os pelos, com o objetivo estético, além de ser um gesto de higiene pessoal. Podendo ser praticada por meio mecânico ou destruição elétrica (PEYREFITTE, MARTINI, CHIVOT, 1998). É um método mecânico de remover os pelos. Há vários tipos de depilação, entre os principais estão: cera quente, cera fria, lâmina, a linha ou a fio, pinça e as epilações que são depilação por eletrólise, Laser e luz pulsada (DRAELOS, 1999). Como pode ser observada no quadro 1: Quadro1: Tipos de depilação Tipos Depilação com cera Descrição É um dos mais utilizados, a cera pode ser encontrada em formas de plaquetas, cubos ou pastilhas prontas para serem introduzidas nos aquecedores. Composição: Ceras de abelhas, carnaúbas e cera de própolis; resinas sintéticas; ceras parafinadas; vaselina, ceresina; óleo de rícino; azuleno; extrato de escovinha; camomila; calêndula; suavizantes; pigmentos minerais para modificar a cera e as propriedades reológicas. A cera deve ser aquecida a 40°C, temperatura ideal para que não queime o cliente, aquecer a mesma até que amoleça, deve ser aplicada em faixas de 2 a 3 cm de largura, com a espátula, deve ser retirada da pele ao sentido contrário do pelo, para que ocorra a remoção total, e se utiliza apenas a espátula, será necessário esperar o resfriamento da cera para posterior remoção. Cera Fria Lamina Linha ou fio a fio Pinça Epilação Eletrolise É ideal para depilações em peles sensíveis, podem ser encontrada em tubos, potes ou faixas prontas. Composição: cera de abelha; colofanos; derivados do látex; e resinas sintéticas. A utilização é de pequena quantidade nos locais a serem depilados, com auxilio da espátula espalha-se uma leve camada sobre a pele, coloca-se uma faixa de celofane sobre a cera, alisando-a com a palma da mão para melhor aderêcia e retirando-a rapidamente no sentido contrario do pelo. Método muito conhecido e o mais prático, é o que mais encrava os fios. Quando são raspados, é cortada a haste do pelo, assim eles crescem sem pontas dando sensação de estarem mais grossos. Porém não ocorre a remoção do pelo por inteiro, dando a impressão do crescimento mais rápido e intenso. É um procedimento delicado e não agride a pele, procurado por pessoas que tem sensibilidade. É um método utilizado para depilar todas as áreas da face, mas pode ser utilizado em outras partes do corpo como: virilha, nuca, seio, pescoço e axilas com intervalos de 30 a 40 dias. Composto por uma linha de costura 100% poliéster, a linha é enrolado entres os indicadores e polegares, entrelaça no mínimo oito vezes e forma um “X”, assim ela desliza e arranca os pelos. Requer habilidades, delicadeza e firmeza das mãos do profissional. Utilizado para remover pelos das sobrancelhas, pois arranca fio a fio, indicado para essa região, pois sua precisão torna adequada para delineamento e desenho da mesma. Utilizada para retirada de pelos com foliculite e dos pelos resultantes dos processos depilatórios. É um processo de depilação de toda haste do pelo, o tempo de durabilidade é maior, não é permanente. Como efeito colateral pode produzir dor, irritação na pele, pelos encravados e até mesmo infecções localizadas. Ocorre por meio de corrente elétrica, inserida através de uma agulha fina na base do folículo piloso destruindo a Laser Luz Intensa Pulsada papila dérmica. O local deve ser raspado e recomenda-se a utilização de creme anestésico tópico, 1 hora antes dos procedimentos. Seu mecanismo de ação é a fototermólise seletiva, ocorre quando há uma lesão térmica em tecido biológico especifico provocada por pulsos de radiação que são absorvidos de maneira seletiva pelo cromóforo- alvo. O laser, por apresentar um único comprimento de onda, tem afinidade para uma única estrutura, onde apresenta comprimento de onda maior que 600nm, quanto maior comprimento de onda mais ele penetra na pele. Como a melanina só é encontrada no bulbo piloso, na fase anágena, o laser será eficaz quando alcançar a porção do bulbo piloso a uma determinada potência e produzir uma temperatura média de 60°. É preciso proteger e esfriar a epiderme, com recursos como o spray de criogênio, gel, pois com a fototermólise, há uma grande produção de calor que, além de destruir o bulbo piloso, pode também destruir a melanina na epiderme, alterando assim outras células, promovendo alterações de pigmentação, crosta, queimaduras. Por isso recomenda-se procedimento para pessoas com pele clara e pelos escuros. As cores liberadas pela mesma incluem as cores azuis, verdes, amarelas e vermelhas. O sistema utiliza flash de luz pulsada de alta potência, provoca o aquecimento da raiz do pelo (acima dos 70 graus) e a coagulação das proteínas do bulbo, atrofiando-o e destruindo-o por completo. Fonte: PEYREFITTE; CHIVOT; MARTINI, 1998; HERNANDEZ; MERCIER; FRENEL, DRAELOS 1999; RIOS, 2001; ARCANGELI, 2002; BORGES, COELHO; 2006; DRUMMOND, 2007; AVRAM et al, 2008. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com publicações dos anos de 1997 a 2012, por meio de artigos do Google acadêmico para consulta. Os descritores utilizados foram: pseudofoliculite, folículo piloso e óleo essencial de Melaleuca. A parte prática foi realizada com 3 (três) pacientes do gênero masculino, que apresentam pseudofoliculite e que fazem a barba com lâmina regularmente. Os pacientes foram selecionados de uma faixa etária próxima, entre 20 a 33 anos e que tem tendência à disfunção. O mesmo foi composto por 8 sessões, realizando a aplicação do óleo e óleo vegetal carreador. A marca da lâmina escolhida foi a bic, a barba foi feita apenas 8 vezes durante o protocolo e no sentido contrário do pelo. Características dos pacientes: • Paciente 1: 20 anos, pele branca e lipídica, cabelo liso; • Paciente 2: 23 anos, pele branca e lipídica, cabelo liso; • Paciente 3: 33 anos, pele branca e mista, cabelo liso. Protocolo do tratamento: • Higienização da face com sabonete neutro facial; • Aplicação de uma gota do óleo essencial de Melaleuca, com uma gota do óleo vegetal carreador sobre a pseudofoliculite, deixando por 10 minutos; • Retirada do óleo da face; • Aplicação de filtro solar em todo o rosto. RESULTADOS E DISCUSSÃO O tratamento para pseudofoliculite com óleo de melaleuca visa minimizar lesões instaladas na região da barba e o desconforto causado pelo pós barbear, melhorando a aparência, e a irritabilidade da pele do indivíduo, tratando de lesões já instaladas, diminuindo o desconforto desencadeado pelas lesões. A Pseudofoliculite è uma infecção de pele que afeta o gênero masculino, tendo como agente etiológico bactériasStaphylococos, sendo que outros gêneros também de podem gerar esta afecção da pele. A lesão é apresentada por hiperemia folicular, dor, podendo haver ou não pus. Apesar de não ser uma afecção potencialmente letal e com resposta terapêutica efetiva, ala pode causar um intenso prurido no paciente. Esta doença tem um papel social importante, podendo vir interferir na qualidade de vida (CATARINA, et al, 2007). Como interesse por medicamentos alternativos, principalmente daqueles provenientes de extratos naturais, tem aumentado nas últimas décadas. A Melaleuca alternifolia é um arbusto pertencente ao gênero Melaleuca, popularmente conhecida como árvore de chá, cujo principal produto é o óleo essencial teatree de grande importância medicinal por possuir comprovada ação bactericida e antifúngica contra diversos patógenicos humanos em virtude da atividade terapêutica em diversas especialidades médicas, passou se a ser empregado na área da cosmética, aromoterapia e estética (BROPHY e DORAN, 2004). O óleo de melaleuca pode ser incorporado como ingrediente ativo em formulações tópicas utilizadas para tratamento de diversas infecções cutâneas, dentre elas, a acne (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999; CARSON et al., 2006). Segundo De Santi (2003), o óleo pode ser apresentado na forma hidrossolúvel e lipossolúvel. Hidrossolúvel é a característica dos produtos que podem ser dissolvidos em água. Assim, o óleo essencial de melaleuca pode ser desenvolvido para formulações límpidas por se tratar de uma micro emulsão aquosa, sob a forma de gel antiacne, sabonete líquido antibacteriano ou gotas. Já a versão lipossolúvel, por se tratar de substância altamente solúvel na presença de lipídeos e gorduras, além da indicação para o tratamento da acne, pode ser utilizada como antisséptico e antifúngico na forma de sabonete e loção. O óleo possui características terapêuticas interessantes contra determinadas patologias como ação antiacne, onicomicoses, dermatite, eczema, dor de dente, mau hálito, dentre outros (PRIEST &PRIEST, 2002; ANDRADE et al., 2003 apud GARCIA et al., 2009). Dentre as suas grandes propriedades, destacam seu poder bactericida, cicatrizante, expectorante, fungicida, antiinfeccioso, balsâmico, antiinflamatório, anti-séptico, antiviral, febrífugo, inseticida, imunoestimulante, diaforético, parasiticida e vulnerário (MALUF, 2009). O objetivo deste artigo e estudo de casofoi mostrar a eficácia do óleo de melaleuca no tratamento estético de pseudofoliculite. Portanto, observou-se que o óleo de melaleuca possui boa ação antiflamatória. O presente estudo se propôs avaliar os efeitos do óleo de melaleura sobre pseudofolicilite. Com 3 (três) pacientesde gênero masculino compseudofoliculite na barba, foi realizado o tratamento com os mesmos, onde além das aplicações com o óleo, eles receberam orientações sobre o barbear correto e a utilização do óleo de melaleucasobre a lesão, após o barbear. A avaliação foi conduzida pela contagem e classificação da gravidade das lesões durante 16 dias, com 8 sessões de aplicação do óleo. Estabelecendo os critérios de se barbearem a cada 2 (dois) dias,sempre no sentido contrario do pelo e utilizando o creme ou espuma de barbear neutro, com uma lâmina nova a cada higienização, de uso exclusivo e pessoal. Em analise foi observada que nas lesões ocorreu uma redução significativa na gravidade da pseudofoliculite, sendo comparado e mostrando em registros de imagens. Foi afirmado que, na adoção de hábitos corretos associado ao uso do óleo de melaleuca sobre a lesão da barba tem comprovada ação antiflamatória. Portanto, observa-se que nas sessoes8aplicõeso óleo de melaleuca possui sim, uma boa ação antiflamatória sobre a pseudofoliculite. Descrição do paciente: Paciente1: 20 anos, pele branca e lipídica, cabelo liso. Fonte: as autoras. Descrição do paciente: Paciente 2: 23 anos, pele branca e lipídica, cabelo liso. Fonte: as autoras. Descrição do paciente: Paciente 3: 33 anos, pele branca e mista, cabelo liso. Fonte: as autoras. CONCLUSÃO Em virtude dos fatos apresentados, a pseudofoliculite distúrbio inflamatório crônico, que se evidencia por pápulas inflamatórias na região da barba dos homens consequentemente ao hábito de depilarem-se com giletes, havendo uma disfunção dos pelos raspados, que leva a um processo inflamatório, obteve-se resultado significativo com o procedimento estético de aplicação do óleo essencial de melaleuca há 3 (três) pacientes do gênero masculino. O óleo essencial de melaleuca tem como objetivo atividades farmacológicas onde se destaca a antimicrobiana, é um remédio de amplo espectro para problemas de pele, amplamente empregado nos cuidados dermatológicos para feridas, bolhas, manchas, infecções, acne, mordidas de insetos, e possui uma ampla ação antibacteriana. A partir do procedimento estético realizado aos pacientes no período de (16)dissésseis dias, obteve um excelente resultado, óleo essencial de melaleuca obtém uma ótima ação inflamatória, bactericida e cicatrizante com êxito ao foco do distúrbio pseudofoliculite em barba masculina. REFERÊNCIAS AFONSO S.R.; CAMILLO, J.; CASTELO, A. V. M.; MELO, R. R.; MENEZZI, C. H. S.; VIEIRA, R. F. Rendimento e composição química do óleo essencial de Melaleuca alternifólia Chell, na região do Distrito Federal. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 2012. AFONSO S.R.; CAMILLO, J.; CASTELO, A. V. M.; MELO, R. R.; MENEZZI, C. H. S.; VIEIRA, R. F. Rendimento e composição química do óleo essencial de Melaleuca alternifólia Chell, na região do Distrito Federal. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 2012. ANTONIOLLI, A. R.; BARBOSA A. M. NASCIMENTO, P. F.C.; NASCIMENTO A. C.; SANTOS P. O.; RODRIGUES C. S.; TRINDADE R.C. 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