A influência da luz artificial para a saúde humana na arquitetura de

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A influência da luz artificial para a saúde humana na arquitetura de interiores residencial
brasileira
Dezembro/2016
A influência da luz artificial para a saúde humana na arquitetura
de interiores residencial brasileira
Poliana Portela - [email protected]
Master em Arquitetura e Iluminação
Instituto de Pós-Graduação – IPOG
Resumo
O objetivo deste estudo é mostrar a influência da iluminação artificial residencial para
a saúde física e mental do indivíduo, identificando de que forma a luz artificial interfere
na saúde humana, levantando e identificando os pontos positivos e negativos desta
influência.A luz é um importante agente biológico e terapêutico e ela tem influência
diretana saúde humana, porém é um tema pouco conhecido entre os arquitetos e
projetistas. Além da grande evolução na tecnologia das lâmpadas e luminárias nas
últimas décadas, a luz começou a ser elemento de projeto na decoração, uma vez que,
ela é a responsável por alterar a percepção e a forma de um espaço. A luz artificial
passou a ser utilizada sem critérios e por consequência o aumento dos níveis de
iluminância passaram a ser cada vez maiores. A incompatibilidade entre a rotina atual
e a sincronização circadiana deram origem a vários distúrbios no sistema endócrino,
fisiológico, neurofisiológico e comportamental.Através deste estudo, pode-se concluir
que a saúde de quem vive com os ritmos biológico dessincronizados com o meio
ambiente, altera o metabolismo e funcionamento imunológico, aumentando as chances
de obesidade, depressão e transtornos de sono. Por isso se torna cada vez mais
importante uma correta elaboração e uso de um bom projeto de iluminação, uma vez
que, a luz artificial influencia diretamente a saúde humana. Aliado as novas
tecnologias pode-se propiciar aos usuários uma forma inédita de utilização e visão
sobre a luz artificial.
Palavras-chave:Luz artificial. Saúde humana. Espaço residencial.
1. Introdução
A iluminação elétrica foi introduzida na vida dos seres humanos a apenas 130 anos,
antes disso ela era usada como complemento a iluminação natural. A iluminação
residencial está presente na vida de grande maioria da população e pode-se considerar que é
objeto de uso da totalidade da população brasileira. A luz elétrica ampliou o período
iluminado nas residências até tarde da noite, modificando a rotina dos seres humanos.
A eficiência energética que por muitas décadas foi a condutora do
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos sistemas de iluminação agora
é superada pela busca de outros critérios de qualidade que incluam os
benefícios biológicos sobre o sistema circadiano que a iluminação
possa ter, influenciando o comportamento, o sono, a cognição, o
estado de alerta e o bem estar em geral. (MARTAU, 2009:129)
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Um bom projeto de iluminação deve levar em conta a interferência que a iluminação
artificial produz no organismo de quem vai utilizar os espaços, para tanto, precisa-se
que o arquiteto ou o projetista leve em consideração as características físicas e
biológicas da luz. A utilização correta da luz artificial proporciona conforto físico e
mental, interferindo diretamente na relação do indivíduo com o espaço, gerando
sentimento de atração ou repulsa. Em períodos de descanso, por exemplo, o usuário
pode controlar os níveis de iluminação do ambiente, afim de que se torne mais
confortável e que não interfira negativamente nos processos fisiológicos, contribuindo
de forma positiva a sua saúde. Mas para que isto seja possível, o usuário precisa
entender de que forma o a luz interfere no seu ritmo biológico. Com a descoberta de
conexões nervosas entre o cérebro e células fotorreceptoras da retina, os estudos sobre a
relação da luz no organismo tem sido amplamente discutidos. Estes estudos tem por
objetivo, reunir dados teóricos sobre a iluminação e seus efeitos para a saúde humana,
reformulando os métodos e critérios para a elaboração de projetos de iluminação.Sendo
assim, o conhecimento da luz circadiana deve fazer parte dos critérios para a formulação
de um bom projeto. Com o objetivo de averiguar estas questões, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica, para demonstrar a influência da luz artificial na saúde humana e
de que maneira esta influência interfere em nossos ritmos biológicos, buscando gerar
conhecimento parar que se possaauxiliar na compreensão destes fenômenos e também
ao controle da iluminação artificial.
2. Olho humano
O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é
produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro, é o centro da
nossa percepção visual. O olho é a porta de entrada do nosso cérebro, sendo através da
retina ocular que captamos as radiações da luz. A luz incide na córnea e converge até a
retina, formando as imagens.Todo o conjunto que compõem a visão humana é chamado
de globo ocular.
O globo ocular, é o responsável pela captação da luz refletida pelos
objetos à nossa volta. Essa luz atinge em primeiro lugar nossa córnea,
que é um tecido transparente que cobre nossa íris como o vidro de um
relógio. Em seu caminho, a luz agora passa através do humor aquoso,
penetrando no globo ocular pela pupila, atingindo imediatamente o
cristalino que funciona como uma lente de focalização, convergindo
então os raios luminosos para um ponto focal sobre a retina. Na retina,
mais de cem milhões de células fotossensíveis transformam a luz em
impulsos eletroquímicos, que são enviados ao cérebro pelo nervo
óptico. No cérebro, mais precisamente no córtex visual ocorre o
processamento das imagens recebidas pelo olho direito e esquerdo
completando então nossa sensação visual. (O olho humano-anatomia).
Para Neto (1980), o olho humano tem o formato aproximado de um globo, contendo em
seu interior líquidos diversos que além de manterem sua forma funcionam como um
sistema dióptrico. A câmara escura representada pelo espaço interno do globo ocular. É
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circundada por três membranas, a esclerótica, a coroide e a retina. O olho humano é
formado pelas seguintes partes:
Córnea: É a parte saliente e anterior do globo ocular, protuberante e visível. É
totalmente transparente e, juntamente com a esclerótica, forma o envoltório externo do
globo ocular.
A córnea cobre ligeiramente a íris e a pupila, por onde a luz passa. É portanto a córnea
um elemento de suma importância no sistema dióptrico do aparelho visual, pois com
sua curva acentuada, é o principal meio que faz com que os raios paralelos, que vem do
infinito, se convirjam e cheguem juntos à fóvea central.
Íris:É o colorido do olho. Trata-se de uma membrana de forma circular, com 12mm, de
diâmetro com uma abertura circular, no centro, chamada de pupila. A pupila tem uma
aparência preta mas é totalmente transparente e todas as imagens que vemos passam
através dela.Sua função é controlar a entrada de luz no olho e tem papel preponderante
na acuidade visual.
Humor Aquoso: trata-se de uma substância semilíquida, transparente, semelhante a
uma gelatina incolor. Esta substância preenche a câmara anterior do olho e, pela sua
pressão interna, faz com que a córnea se torne protuberante.
Cristalino: A função principal do cristalino é permitir a visão nítida em todas as
distâncias. Quando se olha para perto, o cristalino torna-se convergente, aumentando o
seu poder de refração e quando se olha para longe, torna-se menos convergente,
diminuindo seu poder dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as
distâncias.
Músculo Ciliar: Quem promove a acomodação, feita pelo cristalino, é o músculo ciliar,
que o circunda, através de pequenos ligamentos ciliares.
Humoro Vítreo: É também conhecido como corpovítreo. É uma substância totalmente
transparente, semelhante ao humor aquoso, que preenche internamente o globo ocular,
fazendo com que tome a forma aproximada de uma esfera, com a protuberância da
córnea.
Figura 1– Olho humano Fonte:sofisica.com.br/conteudos/Otica/Instrumentosoticos/olhohumano.php
Esclerótica: É o conhecido como branco do olho e trata-se de uma camada que
envolve externamente o globo ocular.
Coroide: Também conhecida como úvea e é assim chamada porque é toda entrecortada
de vasos sanguíneos, numa verdadeira trama de pequenas veias que envolvem o globo
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ocular, tornando a câmara posterior um local escuro, condição primordial para uma boa
visão.
Retina: É a camada que envolve internamente ¾ partes do globo ocular e tem papel
importantíssimo na visão. É ela composta de milhares de células sensíveis à luz,
conhecidas como fotossensoras. Estas células são conhecidas como: Cones (pertinentes
à visão a cores) e Bastonetes (são os que proporcionam a visão em preto e branco e
visão noturna).
Fóvea Central: É nela onde há o encontro focal dos raios paralelos que penetram no
olho. A fóvea é de suma importância para a visão pois a acuidade visual, nela obtida, e
de 100%, ou seja, a visão normal de uma pessoa emétrope. Fora da fóvea a acuidade
visual vai gradativamente perdendo a eficiência, à medida que a concentração de cones,
vai reduzindo. Basicamente a fóvea é composta de três cones: um para a cor verde,
outro para a amarela e outro para a vermelha.
Ponto cego: O ser humano tem um pequeno ponto cego no olho. Fica localizado no
fundo da retina. Está situado ao lado da fóvea e é o ponto que liga a retina ao nervo
óptico. Estranhamente é desprovido de visão.
Nervo óptico: É um grupo de fibras nervosas, de forma tubular, com algumas artérias,
que conduz as imagens captadas pela retina e fóvea, para o córtex cerebral. Seu ponto
de ligação com a retina é o ponto cego do olho.
Músculos externos: Também conhecidos como extrínsecos. Os globos oculares têm
seus movimentos conduzidos pelos músculos externos. Quatro destes músculos são
chamados de reto os outros dois músculos são conhecidos como oblíquo, ambos são
responsáveis pelos movimentos rotativos do olho.
Neto (1980) nos diz que a entrada de luz no olho é regulada pelo orifício pupilar situado
no centro da íris, o qual pode se contrair e se dilatar automaticamente sem esforço
consciente graças aos músculos antagônicos: o dilatador e o esfíncter da pupila. As
condições continuamente variáveis de intensidade de luz, exigem da vista adaptações,
que resultam em cansaço visual, podendo causar doenças oculares, dores de cabeça e até
outros males em outras partes do organismo.
O olho é o órgão através dos qual se torna possível perceber as
sensações de luz e cor e interpretar, por meio da imagem, o mundo
que nos cerca. (NETO, 1980:29)
Estudos na área da iluminação artificial tem se desenvolvido muito nos últimos tempos,
não apenas pelo fato dela ser responsável pela visão, mas também por acarretar não só
importantes efeitos biológico, como pelo efeito direto da energia fotópica na pele e
tecidos subcutâneos.
3. Visão
Conhecer a fisiologia da visão nos permite examinar de forma mais detalhadas sua
interferência na ergonomia dos espaços, envolvendo níveis de detalhamento,
movimento e estímulos de profundidade. A visão é o mais elaborado dos sentidos,
através do qual se torna possível perceber as sensações de luz, cor e interpretar por meio
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de imagem o mundo a nossa volta. É o canal pelo qual passa a maior quantidade de
estímulos e informações que recebemos. Ela é a responsável por 80% das informações
que recebemos.Foi no olhar que o homem começou a questionar a aparência do mundo.
Arnheim (1980) diz que “ver é compreender” e ainda afirma que a psicologia atual
induz a considerar a visão como uma atividade criadora da mente humana porque a
percepção, no plano do sensório, vai desenvolver o que racionalmente é tratado como
entendimento, por meio da produção de padrões organizados de interpretação de
existências e sua consequente compreensão.A luz que incide no sistema ocular humano
proporciona a observação de formas, cores, espaço e movimento que se farão distinguir,
principalmente, através da acuidade visual, da sensibilidade de percepção e da eficiência
visual. “Entretanto o próprio estudo da fisiologia da visão demonstra que as aparências
enganam, pois os olhos estão sujeitos a diversas formas de ilusão. Muitas vezes, a
expressividade é justamente o produto de uma ilusão (SCHMID 2005).
A visão nos dá acesso ao mundo a distância, a velocidade da luz. Pode
abranger num único instante uma porção considerável do espaço...a
cada fração de segundo, a visão de uma pessoa reconhece milhões de
diferentes pontos com características de luz e cor. Lê naqueles pontos
padrões; identifica materiais e objetos. (SCHMID, 2005:276)
Segundo Neto (1980) o processo visual depende de quatro fatores básicos associados ao
objeto visual, são eles:
Tamanho: é o fator de maior importância no processo visual. Os objetos de maior
tamanho em relação ao ângulo visual são vistos mais facilmente.
Luminância:é o fator primordial para o processo visual. A visibilidade de um objeto
depende da intensidade de luz que incide sobre ele e da proporção da quantidade
refletida até o olho. Quanto maior a luminância melhor a visibilidade.
Contraste: o contraste de luminância ou cor entre o objeto e seu fundo, é tão importante
para a visão quanto o nível geral de luminância. Por outro lado, os elevados contrastes
de brilho se tornam prejudiciais.
Tempo: o processo visual não é instantâneo, quando se trata de realizar uma
observação. Para fixar detalhes pequenos com baixos níveis de iluminação, o olho
necessita de mais tempo, enquanto que para uma visão rápida, torna-se necessário mais
luz. O fator tempo é ainda mais importante, quando se trata de ver objetos em
movimento.
Conforme os estudo de Neto (1980) os quatro fatores condicionantes do processo visual
estão intimamente relacionados. Dentro de certos limites, torna-se possível compensar
um deles reajustando os restantes, entretanto, a luminância e o contraste devem merecer
atenção especial. A capacidade de percepção do olho pode aumentar com uma melhor
iluminação, pois torna visível pequenos detalhes que não seriam visível com pouca luz.
Por esta razão o aumento da claridade funciona como amplificador da acuidade visual.
Neto (1980) nos diz que a acuidade visual, ou agudeza, diminui com a idade em virtude
da perda de elasticidade do cristalino.
Geralmente as fontes de luz não servem para serem vistas, mas para
iluminar os outros objetos. Procuramos ver sem ferir os olhos e sem
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sofrer estresse...de modo mais genérico, somo afetados pela
expressividade do visível. (SCHIMID, 2005:275)
A visão tem a capacidade de antecipar outras sensações, segundo Schmid (2005:276)
“ao olharmos uma escultura de longe, sem tocá-la, podemos pressentir sua textura; isto
requer somente que o objeto esteja iluminado com suficiente direcionalidade de modo a
produzir sombras.”Desta forma, a visão é o órgão dos sentidos que possibilita ao
homem um contato e uma percepção mais ampla e abrangente do mundo exterior, nos
permite perceber a luz, as características (cor, forma,tamanho e a tridimensionalidade) e
o movimento dos objetos.A visão, e consequentemente a percepção da luz, se faz
determinante no comportamento do indivíduo e sua relação com o espaço. Os seres
humanos são essencialmente visuais e contam com a informação óptica para a maioria
dos aspectos do seu cotidiano. Desta forma, a luz não se torna apenas responsável pela
visão, mas também exerce grande importância não só aos fatores biológicos mas
também aos fatores psicológicos, com influência direta na saúde humana.
4. Luz
Sem luz não há visão e não há vida. Com a luz artificial há mais vida, e uma vez que a
luz natural é inerente à vontade humana e está além do nosso controle, a luz artificial foi
a evolução plena do domínio do homem sobre a escuridão da noite.Ao passar dos
tempos, foram várias as teorias a respeito da natureza física da luz, porém, conforme
nos consta Neto (1980) foi somente no século XVII, quando as novas ideias científicas
consolidavam-se é que os estudo sobre o comportamento da luz sofreram um grande
desenvolvimento. Foi graças a necessidade de criar melhores meios para a observação
dos astros que surge a ótica e com ela, a noção de raio luminoso passou a representar
um papel importante no estudo da luz.
Em 1666, usando um prisma de vidro, Isaac Newton realizou uma de
suas mais célebres experiências ao decompor um feixe de luz. Newton
julgou que a luz fosse composta por corpúsculos materiais que,
atingindo a retina, a impressionavam, causando a sensação de cor.
Nascia dessa forma a teoria corpuscular da luz. (NETO, 1980:2)
Neto (1980) afirma que a luz é constituída de diferentes comprimentos de onda, ou de
pequenas partículas, os fótons, manifestando-se de uma ou de outra maneira, conforme
o caso. O homem, a procura de um bom lugar onde pudesse conviver com seu objetos
pessoais, criou pontos de luz que geraram a ideia do designda luz e incorporaram à luz
artificial os mesmos princípios que foram adotados à luz natural do começo do século.
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Entretanto, foi apenas com o uso de soquetes e lâmpadas tipo bulbo, que o design da luz
pôde ter um avanço significativo na década de 60. Conforme nos conta De Carvalho
(2008), em uma abordagem relacionada a percepção visual, poderíamos definir luz
como uma energia de radiação solar à qual o órgão do olho reage, analisando-a. As
radiações eletromagnéticas, nas quais a longitude de onda é inferior a 380 ou superior a
760nm (1nm = 1 nanômetro = 1 milionésimo de milímetro), não produzem sensação
visual no olho humano. A radiação compreendida entre 380 e 760nm é o que chamamos
“luz” (energia luminosa, pois a “luz” é uma sensação visual).
Figura 2- Espectro Visível. Fonte: De Carvalho (2008)
Segundo a Norma NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, a luz é
definida como uma potência radiante que, estimulando o olho humano, produz a
sensação visual. Neto (1980) ensina que a luz é uma forma de energia radiante que se
manifesta pela sua capacidade de produzir a sensação da visão. Para o estudo da
iluminação, a teoria ondulatória da luz é satisfatória para explicar seus diferentes
fenômenos.Conforme Neto (1980) a luz apresenta três propriedades fundamentais:
propaga-se no vácuo através de ondas; propaga-se em todas as direções do espaço;
transmite-se a distância. Sendo assim, o Autor nos diz que essas propriedades conforme
os princípios da física, caracterizam uma radiação.
Compreende-se por radiação a transmissão de energia através do
espaço, sem necessidade de um suporte material. (Neto, 1980:3)
A luz se propaga em forma de vibrações transversais e atravessam com maior ou menor
facilidade, todas as substâncias transparentes. A luz como uma modalidade de energia,
se reflete, é absorvida e se transmite. São quatro os fenômenos que ocorrem com a luz:
Reflexão: é o fenômeno que consiste na mudança de direção de um raio luminosos ao
incidir em determinada superfície de separação de dois meios homogêneos, sendo
devolvido para o meio originário. A reflexão da luz depende das condições da superfície
refletora e do ângulo de incidência dos raios luminosos.
Refração: é o fenômeno pelo qual a direção dos raios luminosos sofre modificação ao
passar de um meio para outro de diferente densidade. Tal fenômeno se dá em face de
que a velocidade da luz é tanto menor quanto maior for a densidade do meio que
atravessa.
Absorção: é o fenômeno que se dá quando uma parte do raio luminoso que incide sobre
uma superfície é absorvido, em maior ou menor grau, dependendo das características do
material de que é constituído cada corpo. A consequência mais importante desse
fenômeno é a cor dos corpos.
A transmissão: é uma característica dos corpos transparentes ou translúcidos, de deixar
passar a luz.
A luz cria espaços. Segundo Arnheim (1980), quando a iluminação é percebida como
uma superposição, o objeto iluminado é capaz de manter uma claridade e cor
constantes, enquanto as sombras e os brilhos são distribuídos a um gradiente de luz, que
tem uma estrutura própria simples.
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Primeiramente, a luz é, à semelhança do som, um fenômeno físico
fisiologicamente qualificado. Não é por ser luz que ela é visível, mas
por ser visível é que ela é luz. (SCHMID, 2005:278)
Todos os gradientes tem a capacidade de criar profundidade e os gradientes de claridade
se encontram entre os mais eficientes.Uma correta distribuição de luz serve para dar
unidade e ordem, não somente aos objetos, mas também a todo um conjunto, buscando
comunicar ordem visual.
5. Iluminação de interiores residencial
A iluminação artificial percorreu um longo caminho desde que Edison inventou a
lâmpada elétrica há mais de cem anos. Hoje podemos considerá-la como algo trivial,
mas ela mudou nossas vidas. Além da grande evolução na tecnologia das lâmpadas e
luminárias nos últimos cem anos, a luz começou a ser elemento de projeto na decoração,
passando a ser utilizada como recurso na arquitetura de interiores. Conforme nos diz
Neto (1980), para que se torne possível desenvolver um bom projeto de iluminação,
dois fatores são de grande importância, a qualidade da iluminação e a quantidade luz. A
qualidade de luz refere-se a escolha adequada do tipo de lâmpada, sua distribuição e
localização visando obter uma boa uniformidade de iluminação, assim como, a
orientação do feixe de luz,afim de que incida de modo correto sobre o plano de trabalho
ou objeto a ser iluminado. Com relação a quantidade de luz, esta, diz respeito aos níveis
de iluminamento, que devem permitir a realização da tarefa visual com um máximo de
rapidez, exatidão, facilidade e comodidade, despendendo o mínimo de esforço.” A
grande vantagem da iluminação artificial é permitir o desenvolvimento dos trabalhos
sem limitações de horário, estendendo-se durante a noite.” (Neto, 1980:62).
A iluminação pode valorizar ou não um espaço...os efeitos da
iluminação podem imprimir o caráter da edificação, pois os ambientes
são percebidos e compreendidos porque a luz os molda. (COSTI,
2002:124)
Conforme as atividades exercidas pelo homem, a quantidade de luz (medida em lux),
deve ser orientada especificamente para a superfície que pretendemos ver. Quanto
menor for o detalhe, ou mais baixo o contraste, maior quantidade de luz necessitam os
nossos olhos para o seu difícil trabalho. A iluminação deficiente tem um efeito negativo
no bem estar humano, além de conduzir a uma execução ineficiente ou perigosa das
tarefas humanas, incluindo circulação nos edifícios e estradas, aumentando o risco de
acidentes. Décadas de investigação científica internacional conduziram ao estudo dos
níveis luminosos necessários a várias tarefas específicas. Em locais onde estas
recomendações não forem seguidas, a iluminação pode prejudicar o conforto humano, a
segurança e produtividade. A Norma Brasileira NBR5413, por exemplo, indica os
níveis adequados de iluminâncias de interiores para a execução de tarefas em diversos
tipos de ambientes.Para realizar um projeto de iluminação de interiores existem
condições importantes que devem ser levados em consideração, são elas:
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Nível de iluminamento:deve ser de acordo com a utilização do ambiente. Para isso
existem normas técnicas brasileiras (NBR 5413) e internacionais como referência.
Porém estes valores são orientativos, pois variam muito conforme normas técnicas
regionais e idade média dos ocupantes do espaço. Verifica-se que se um homem de 40
anos realiza uma tarefa de leitura com 200lux, enquanto uma criança só necessita de
30% desse iluminamento, um jovem de 20 anos, de 50%, e um homem de 60 anos de
500% de seu valor básico. O nível recomendadovaria também, com a duração do
trabalho sob iluminação artificial, devendo ser mais elevado para longas jornadas.
Deve-se lembrar também que nossos olhos não distinguem níveis de iluminamento, e
sim, luminância.
Área
Salas de estar:
Geral
Local (leitura, escrita, etc)
Cozinhas:
Geral
Local (fogão, pia, mesa)
Quartos de dormir:
Geral
Local (espelho, penteadeira, cama, etc)
Hall, escadas, despensas, garagens:
Geral
Local
Banheiros:
Geral
Local (espelhos)
Iluminância (lux)
100 – 150 – 200
300 – 500 - 750
100 – 150 – 200
200 – 300 - 500
100 – 150 - 200
75 – 100 – 150
200 – 300 - 500
100 – 150 – 200
200 -300 -500
Tabela 2 - Iluminância por tipo de atividade. Fonte: NBR 5413
Uniformidade na iluminação:A distribuição adequada da iluminação é muito
importante para evitar sombras acentuadas e assegurar o conforto e a segurança para a
prática da atividade exercida na área. O contraste demasiado produzirá um efeito de
agitação que, por vezes, pode ter resultados desastrosos no que diz respeito ao
desempenho visual.Por outro lado, sombras em demasia não proporcionam boa
impressão tri-dimensional relativamente a pessoas e objetos, tornando mais difícil a sua
identificação. A uniformidade de uma iluminação é medida pela relação entre a
iluminância mínima e a média obtida na área iluminada.O valor do fator de
uniformidade mínimo necessário dependerá da utilização a ser feita do local iluminado.
Nas aplicações gerais, o fator de uniformidade deverá ser superior a 0,33. Se existe
combinação de iluminação local (para um pequeno trecho do ambiente) com a geral, o
fator de uniformidade entre ambas deve ser superior a 0,2.
Ofuscamento:É a sensação de mal estar que o olho humano experimenta quando recebe
fluxo luminoso de uma fonte de alta luminância. Sua consequência imediata é a
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perturbação da capacidade visual do indivíduo impedindo a função visual perfeita. É a
consequência direta das diferenças de luminância. É frequentemente acompanhado por
sensações de fadiga ou dor de cabeça, sem que a pessoa identifique a causa. Deve-se
evitar fontes de luz de grande potência no ângulo de visão das pessoas.
Obter uma correta reprodução das cores dos objetos e ambientes iluminados:Cor
não é exatamente uma propriedade fixa e permanente de um objeto, mas o que se
enxerga como cor é o fluxo luminosos refletido pelo mesmo. O sentido da visão se
adapta a cor da luz e tem a tendência de considera-la branca ainda que isso seja uma
anomalia. Para uma correta reprodução das cores é necessário utilizar fontes de luz de
elevado índice de reprodução de cores. Este índice é um número abstrato, variando de 0
a 100, indicando como o rendimento de cor de uma lâmpada se aproxima ao de uma
fonte ideal (corpo negro) que trabalha na mesma temperatura de cor.
Tabela 3 –Índice de reprodução de cores e ambientes. Fonte: Manual luminotécnicoprático Osram
Aparelhos de iluminação e o tipo de lâmpada:para que se possa analisar as condições
anteriores de forma econômica e que essas condições não se degradem sensivelmente
com o tempo, e também deve-se levar em conta a parte econômica.
A iluminação é parte de um projeto global: em muitos casos define as características
de um ambiente: se ele é alegre ou triste, quente ou frio, comercial ou íntimo. Deverá
também acentuar suas qualidades, valorizando-as ao máximo, de uma forma geral, não
se deve levar em conta unicamente os aspectos quantitativos, mas também os
qualitativos, de modo a criar uma iluminação que responda a todos os requisitos que o
usuário exige do espaço iluminado.
Em uma iluminação residencial, o projeto deve levar em conta, não só o fator decoração
mas a função do espaço a ser iluminado e quais as sensações que todo esse conjunto vai
despertar no usuário. As soluções são essencialmente pessoais, dependendo do
projetista ou do proprietário. A luz pode alterar a percepção da forma de um espaço,
com a iluminação pode-se redefinir contornos e limites e também as sensações que o
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espaço proporciona. ParaNeto (1980) conforme a distribuição do fluxo luminoso, um
sistema de iluminação se classifica em:
Iluminação direta: é quando o fluxo luminoso emitido é dirigido diretamente sobre a
superfície a ser iluminada.Muito utilizada para se destacar peças decorativas como
quadros e esculturas. É também utilizada sobre mesas de trabalho pois auxiliam na
leitura e concentração. Deve ser utilizada com bom senso pois pode tornar-se
cansativa, uma vez que cria sombras “duras” (com grande diferença entre os pontos
mais claros e mais escuros).
Iluminação semidireta: é obtida por um lado, parte pela incidência direta do fluxo
luminoso, e por outro, pelo fluxo luminoso refletido no teto e paredes. Proporciona
sombras mais tênues e menor possibilidade de ofuscamento.
Iluminação difusa: é obtida com o uso de luminárias difusoras que espalham o fluxo
luminoso em diversas direções.A luz difusa tende a se espalhar e não provoca sombras
fortes, demarcadas. Trata-se de uma luz mais confortável.
Iluminação semi-indireta: é o sistema de iluminação onde o maior fluxo incide nas
superfície iluminada através da reflexão de tetos e paredes, e apenas uma parte do fluxo
é enviado diretamente. Proporcionando um ambiente agradável com luz suave e menos
possibilidade de ofuscamento.
Iluminação indireta: é obtida quando o fluxo luminoso é dirigido a uma superfície e
então refletida em diversas direções.Além de suavizar a luz, esta técnica permite a
criação de belos efeitos, além de possibilitar soluções diferenciadas no design da
luminária.
Segundo Durak (2007) a iluminação pode afetar a percepção de um espaço por
despertar diferentes sensações com diferentes composições de iluminação e diferentes
níveis de iluminação. A capacidade que a iluminação artificial tem de modificar e criar
sensações nos usuários fez com que passasse a ser estudada e desenvolvida cada vez
mais no ambiente residencial. Para Lima (210) deve-se levar em conta o que os usuários
esperam dos ambientes e os materiais que irão revestir e ocupar estes locais, isso tudo
porque os materiais de que são revestidas as superfícies (paredes, tetos e pisos) afetam
diretamente a quantidade e a qualidade da luz.
As luminárias também aquecem o ambiente e criam movimento visual
em torno delas. Um cômodo que tenha apenas um foco de luz no teto
não permite muito movimento e atrai nosso olhar para cima, e não
para o ambiente que estamos. (GILLINGHAN-RYAN, 207:234)
Com o uso do forro de gesso, foi possível iluminar os espaços de forma mais adequada
e homogênea. Um espaço bem iluminado proporciona um aumento na qualidade de vida
do usuário além da integração do usuário com a residência. No cenário atual da
arquitetura, a luz é o elemento essencial e tem sido usada e maneira ampla. As novas
tecnologias permitem criar diferentes percepções no ambiente através da cor, efeito e
luz.
ParaBrandston (2010) cor e revelação da forma são dois dos mais importantes
elementos utilizados para integrar as pessoas num design ambiental com luz. Brilho
suave, luz e sombra criam visibilidade seletiva, dimensão, composição e atmosfera.
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6. Efeitos biológicos e psicológicos da luz
Embora o impacto da luz na saúde humana já tenha sido demonstrada, ainda há muito a
ser analisado e desenvolvido, principalmente no que se refere aos efeitos do sistema
visual. Um projeto de iluminação de um espaço deve levar em conta a interferência que
a iluminação natural e artificial produz no organismo dos indivíduos que irão utilizar o
mesmo. Conforme Costi (2002) a energia radiante, a luz visível e as regiões adjacentes
como o infravermelho e o ultravioleta são essenciais ao crescimento e a saúde do ser
humano. Portanto a qualidade, a intensidade e a densidade da iluminação devem ser
estabelecidas a partir de critérios específicos para cada ambiente. A indústria da
iluminação tem se desenvolvido muito nos últimos anos. Um dos principais objetivos é
proporcionar fontes de luz o mais próximo possível da luz solar, uma vez que já é
sabido, que ficar distante da luz solar é prejudicial à saúde humana. Porém deve-se usar
de cautela na utilização da luz artificial, uma vez que, a percepção do ambiente
luminoso inclui uma resposta emocional a uma informação recebida. A iluminação
artificial com ultravioleta, é necessária, pois ao penetrar na pele estimula a circulação,
produz vitamina D, previne o raquitismo, aumenta o metabolismo proteico, causa uma
queda na pressão sanguínea, afeta e estimula glândulas, reduz a fadiga, fornecendo
rápido impulso fisiológico e psicológico ao homem.Para Costi (2002) os efeitos
biológicos negativos da luz, que devem ser evitados são:
Brilho excessivo da fonte de luz: neste caso o usuário sente desconforto e o usuário
tem sua percepção reduzida. Quando os ambientes são intensamente iluminados por
todos os lados, a capacidade do olho para perceber a forma dos objetos fica reduzida,
dando a sensação de que eles diminuem a sua solidez, podendo distrair, causar redução
de visibilidade ou ambos.
Tamanho inadequado da fonte de luz: é o que se verifica quando as luminárias são
encontradas com menor número de lâmpadas, as quais foram removidas ou desligadas
para reduzir a iluminância excessiva.
Posição inadequada da fonte de luz: pode ocasionar incidência refletida ou direta
sobre o campo de visão.
Contraste excessivo entre pontos de luz e sombra: ocorre quando há áreas claras
demais se comparadas com a luminosidade geral, o ambiente parece dramático e há
sensação de insegurança.
Refletância de uma fonte de luz sobre uma superfície brilhante (polidas): os
revestimentos brilhantes e a luminância excessiva devem ser evitados mesmo que isso
signifique menor rendimento total menor do sistema de iluminação, pois tal refletância
ocasiona ofuscamento direto ou indireto.
Tempo de exposição da vista a alta luminância: podendo ela ser alta ou baixa.
Descansar em um ambiente com alta luminância é tão prejudicial quanto realizar um
trabalho de precisão com luz insuficiente, ocasionando fadiga física e uma sensação
psicológica que impede a concentração mental necessária.
Iluminância baixa: causa desconforto ao usuário, uma vez que, causa a perda da
identificação da textura e do formato dos objetos, ou seja, percepção reduzida. Precisase pensar em utilização de iluminação artificial complementar permanente onde a luz do
sol é insuficiente.
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Luminância baixa em superfícies com cores saturadas: utilizando-se de superfícies
coloridas com baixa refletância, as luminárias dirigidas a estas superfícies deverão
possuir maior luminância.
Efeito estroboscópico: as lâmpadas fluorescentes podem apresentar este efeito devido a
“tremulação” da luz. Este efeito é percebido em apenas 1% da população, pois
normalmente não é visível, porém seu efeito é extremamente desconfortável para estas
pessoas.
Inadequada temperatura de cor da lâmpada (TC): por modificar a sensação que o
usuário pode ter, deve ser definida no projeto levando-se em conta a especificidade de
cada ambiente. As cores frias (4.100k) são relacionadas a ambientes frios, normalmente
utilizadas em ambientes de trabalho. As cores quentes (3.000K) provocam sensação de
calor, normalmente utilizadas em ambientes de relaxamento e estar. Ambas podem
favorecer ou não sensação de conforto térmico.
Temperatura
cor
Faixa Kelvin
Efeitos associados e
sensações
de Quente
Neutra
Fria
Luz do dia
3.000k
3.500k
4.100k
5.000k
Amigável
Íntimo
Pessoal
Exclusivo
Amigável
Convidativo
Intenso
Preciso
Claro
Limpo
Eficiente
Brilhante
Excitante
Alerta
Tabela4 -Temperatura de cor e sensações associadas. Fonte (Costi, 2002)
Observar os ambientes para perceber qual a sensação que ele nos causa tem sido uma
grande preocupação nas últimas décadas. De acordo com Costi (2002) as luzes
passaram a ter significado. Por exemplo: uma luz colorida, pura, luminosa e radiante
possuía atributo celestial. Com o tempo, a iluminação passou a fazer parte da relação
com a música nas discotecas e transformou a vida noturna nas cidades. Atualmente, as
luzes coloridas também são utilizadas para tratamentos alternativos de saúde. Para Lacy
(1999), tanto luz de mais como de menos em um ambiente altera os sentimentos e
humores que ele nos causa.A iluminação sempre muda a densidade das cores: o efeito
laranja amarelado da iluminação de tungstênio aumenta a densidade das cores. A
iluminação fluorescente reduz a quantidade de cor que vemos, mas só a luz natural
mostra as verdadeiras cores.
As tonalidades claras do pêssego e do rosa dão uma luminosidade
suave e nos ajudam a relaxar, mas deve-se evitar os tons de verdes e
azuis, porque o azul é excessivamente frio e o verde não faz bem aos
olhos. Os tons amarelos usados nas áreas de estar estimulam o
ambiente. (LACY, 1999:126)
Os padrões uniformes e monótonos da luz branca, por exemplo, interfere
psicologicamente, portanto se faz necessário variações de luz dentro de um mesmo
espaço. Já a luz de destaque direcionada a objetos, proporciona uma atmosfera
qualitativa. Estudos da influência da luz no organismo humano vêm sendo apresentados
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e o entendimento desta é fundamental para que o projetista esteja consciente dos efeitos
(positivos e negativos) que a luz artificial pode ocasionar.
Segundo nos diz Lacy (1996) “a medida que o dia chega ao fim e começa a escurecer, a
falta de luz atinge a glândula pineal e ela começa a produzir melatonina, hormônio que
provoca o sono. Quanto mais escurece, mais melatonina é produzida e mais sonolentos
ficamos. Pela manhã, quando a luz volta, a produção de melatonina é interrompida e,
com isso acordamos. É assim que o nosso relógio interno sincroniza-se com o ciclo de
24horas.” A glândula pineal é afetada diretamente pelas alterações de luz, interferindo
no humor e padrões do sono e principalmente em todo o nosso ritmo circadiano.
A luz é o principal responsável pela sincronização dos nossos ritmos
biológicos através da estimulação cerebral direta aumenta a atenção, o
humor, o bem estar e o desempenho. (MARTAU, 2009).
Estudos levaram a descoberta de um terceiro fotorreceptor na retina dos mamíferos,
através desta descoberta foi possível descrever o mecanismo dos efeitos biológicos
controlados pelo ciclo circadiano (ritmos diários de 24 horas). A nova classe de células
descobertas na retina do olho, entendidas como receptores mais circadianos que visuais,
confirmam a hipótese de que, não só o homem mas todos os vertebrados, tem
fotorreceptores não visuais específicos que interferem nas respostas circadianas.O
estudo e o desenvolvimento de pesquisas e diretrizes de iluminação, que levam em
conta seus efeitos na saúde humana, trarão novas perspectivas de uso a todos os
recursos que a luz possa oferecer.
7. Percepção visual
No sentido da psicologia e das ciências cognitivas é uma de várias formas
de percepção associadas aos sentidos. É o produto final da visão consistindo na
habilidade de detectar a luz e interpretar as consequências do estímulo luminoso, do
ponto de vista estético e lógico.O maior problema no estudo da percepção visual, está
no fato de que, o que as pessoas veem não é uma simples tradução do estímulo
da retina (ou seja, a imagem na retina). Assim, pessoas interessadas na percepção têm
tentado há muito tempo explicar o que o processamento visual faz para criar o que
realmente vemos.
Se quisermos começar com as primeiras causas da percepção visual,
um exame da luz devia ter precedido a todos os outros, porque sem a
luz os olhos não podem observar nem a forma, nem a cor, nem espaço
ou movimento. (ARNHEIM, 1980:293)
Conhecer a percepção visual humana nos ajuda a entender fenômenos relacionados aos
ambientes virtuais 3D, animação, perspectiva, iluminação e nível de detalhe. A
quantidade de luz não é o único fator que determina a qualidade com que o homem vê
um objeto, mas também a cor por este refletida. Arnheim (1980) “nos diz que ver
significa captar características proeminentes dos objetos-o azul do céu, a curva de um
pescoço de cisne, a retangularidade de um livro, o brilho de um pedaço de vidro, a
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retitude de um cigarro. Através do uso de algumas linhas, brilhos ou cores precisas,
torna-se bastante fácil perceber o objeto representado. Como o faz o caricaturista, ou o
teatro de sombras.”
A percepção não é uma cópia autêntica do mundo exterior, pois este é
subjetivamente vivido e percebido por um processo sensorial e
modulado por um processo puramente subjetivo, tais como a
personalidade e a emocionalidade do indivíduo. GRANDJEAN
(1998:267)
São vários os aspectos que influenciam a percepção visual de um ambiente e dos
objetos nele inseridos. A percepção visual exerce influência na cognição do usuário do
espaço e consequentemente uma influência sobre as atividades exercidas no espaço e
também a saúde do usuário. Grandjean (1998) nos diz que existem fatores ambientais e
individuais relevantes no resultado final da nossa percepção visual. Para os fatores
ambientais o Autor considera a iluminação de fundo, adaptação a intensidade de luz,
dispositivo de exibição da imagem, interação com outros sentidos. Para os fatores
individuais são considerados a idade, percepção de cor, visão estereoscópica, formação
da lente, estado emocional e experiência.A percepção visual é toda a sensação interior
de conhecimento aparente, resultante de um estímulo ou de uma impressão luminosa
registada pela visão.
Segundo os estudos de Arnheim (1980)a percepção realiza ao nível sensório o que no
domínio do raciocínio se conhece como entendimento. O ato de ver de todo homem
antecipa de um modo modesto a capacidade, tão admirada no artista, de produzir
padrões que validamente interpretam a experiência por meio da forma organizada.
Verifica-se que a percepção visual tem grande influência na interação tridimensional.
Conhecer as implicações visuais da fisiologia do olho humano e seus estímulos nos
permite uma melhor interpretação dos espaços projetados e como consequência uma
experiência mais satisfatória e eficiente ao usuário. O ver é compreender. Sendo assim,
a percepção visual pode ser entendida como um conhecimento teórico, descritivo,
relacionada a forma e suas expressões sensoriais.
8. Saúde humana
Os ciclos solares regulam os ritmos diários (circadianos) e os anuais (circanuais) em
quase todos os animais, incluindo os humanos. Os ritmos circadianos podem ser
regulados por uma variedade de indicadores externos, porém a luz é de longe o
sincronizador maispoderoso para a maioria dos seres vivos.Costi (2002),nos diz que o
sistema que leva informação não visual sobre a luz é chamado de cicardiano. É formado
pela fase ergotrópica (fase do rendimento) e a trofotrópica (fase do descanso e
recuperação).
A eficácia biológica depende sobremaneira da fase circadiana na qual se percebe a luz.
Impressionadas pela luminosidade, as células da retina disparam através dos nervos
óticos uma mensagem elétrica que alcança o hipotálamo, na base do cérebro. Além de
comandar as glândulas do organismo, o hipotálamo possui um pequeno núcleo onde se
localiza o relógio biológico, considerado essencial à manutenção dos ritmos.
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A luminosidade do dia impede de trabalhar a glândula pineal, localizada na área dorsal
do cérebro e comandada pelo hipotálamo. Desbloqueada à noite ela começa a liberar um
hormônio, a melatonina, que, além de induzir o sono, age como uma espécie de
ativadora para todos os ritmos biológicos. A luz é um importante agente biológico e
terapêutico para a saúde do ser humano, sendo assim, procura-se estabelecer
parâmetros, no que se refere as relações da arquitetura e iluminação de ambientes, que
impliquem na saúde e bem estar dos usuários. Desde que o homem passou a viver em
um ambiente iluminado artificialmente, nunca se levou em consideração o quanto esta
luz interfere no ritmo circadiano, mas não há dúvidas de que o funcionamento adequado
do ciclo circadiano humano é importante para uma vida saudável. Sendo assim, a
iluminação artificial deve ser projetada de modo a minimizar as interferências com os
nossos ritmos biológicos.
A glândula pineal, que tem o tamanho de uma ervilha, está localizada
no centro do cérebro e é afetada pelas mudanças de luz; ela afeta o
humor e os padrões de sono e vigília. O excesso de luz artificial pode
perturbar seu equilíbrio. (LACY, 1993:125)
Segundo estudos do LightingResearch Center,além de permitir o efeito visual, a luz
captada na retina, influencia física e psicologicamente o ser humano. Desta forma, o ser
humano carrega estes significados, se forem positivos, irão atraí-lo a ficar mais tempo
no local, caso contrário, a reação será oposta e o levará a evitar o ambiente. Para Kapla,
Sadock e Grebb (1997), a depressão é o sintoma psiquiátrico mais comumente
associado com perturbações do ritmo biológico. Despertar nas primeiras horas da manhã
e as perturbações neuroendócrinas que são vistas na depressão podem ser entendidas
como um reflexo de um transtorno de coordenação dos ritmos biológicos. Outro
distúrbio que pode-se observar é com relação ao sono. Ficar exposto a luz artificial a
noite reduz o tempo que passamos dormindo. Este excesso de exposição a luz artificial a
noite, faz com que o ciclo circadiano fique desregulado, o que está relacionado a
desordens de humor, defeitos no metabolismo e certos tipos de câncer.
Ficar exposto a luz artificial por longos períodos, principalmente em
atividades interruptas, modificam o relógio biológico pelos efeitos não
visuais da luz. (COSTI, 2002:97)
A luz intensa causa problemas na fase de descanso (noturna), porque produz mudança
de fase no sistema orgânico.Conforme artigo da Revista Super Interessante (abril, 1989)
sobre a cronobiologia e os ritmos do homem “não seria pela temperatura que o
organismo percebe a mudança de estações, e sim pela quantidade de luz, que varia
conforme as estações. A cronobiologia responsabiliza a diminuição da quantidade de
luz, típica do inverno, especialmente no hemisfério norte, pelo aumento de surtos de
depressão nos meses frios. Por isso, em países europeus e nos Estados Unidos já se trata
a depressão com fototerapia, em que estímulos de luz servem para acertar os ponteiros
do relógio biológico. É fato, que a incorporação da luz elétrica no dia a dia do ser
humano, fez com que suas atividades deixassem de ser pautadas pela transição do dia
para a noite. A possibilidade de escolher quando o dia começa e termina fez com que a
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população aumentasse a fase clara expondo-se a luz artificial quando já está escuro,
provocando a desestabilização do nossos ritmos biológicos. Estas alterações podem
levar a distúrbios metabólicas no sistema imunológico, nos mecanismos relacionados a
obesidade, a depressão e ao sono.
9. Conclusão
Através deste estudo, foi possível obter algumas respostas ao grande objetivo deste
trabalho, que investiga qual a influência da luz artificial para a saúde humana em
espaços residenciais. A iluminação artificial de interiores interfere nas condições físicas
e emocionas dos seus usuários, portanto a qualidade, a intensidade e a densidade da
iluminação devem ser estabelecidas a partir de critérios específicos para cada ambiente.
Cada vez mais a indústria da iluminação tem feito progressos para proporcionar fontes
de luz mais próximo possível da luz solar, porque ficar distante dela por longos períodos
é prejudicial ao homem.Contudo, estes estudos devem ser criteriosos, uma vez que, a
exposição a luz artificial acarreta efeitos positivos e negativos a saúde humana.
Com relação as propriedades biológicas da luz, deve-se evitar os efeitos negativos que
ela acarreta. Uma má distribuição e uso da iluminação artificial acarreta desconforto
com relação ao uso do espaço e o usuário passa a ter a percepção reduzida, interferindo
diretamente em sua relação com o mesmo. Também pode-se perceber, como efeitos
negativos, o excesso no uso de contrastes entre luz e sombra, deixando o ambiente
extremamente dramático, trazendo a sensação de insegurança ao usuário e também
perda da sensação de textura e formato de alguns objetos já que a iluminação não é
uniforme, gerando espaços com iluminância reduzida. É muito importante tomar como
critério luminotécnico a temperatura de cor das lâmpadas (TC), uma vez que modifica a
sensação que o usuário possa ter de cada espaço. As cores quentes, por exemplo, que
estão na faixa dos 3.000k, provocam sensação de calor ao espaço, por isso na maioria
das vezes, são utilizadas em espaços para relaxamento. Porem as cores frias, 4.100k, por
provocarem sensação de frio são comumente utilizadas em ambientes de trabalho. A
NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, nos dá referência quanto ao
nível de iluminamento em função do uso em cada espaço, e isso se torna crucial para os
critérios projetuais para um projeto de iluminação de interiores, não só pelo fato da
importância correta dos níveis de luminância mas também com relação as sensações que
ela desencadeia no corpo humano. O sistema que leva informação não visual sobre a luz
é o chamado ciclo circadiano (ritmos diários de 24h),ele direciona nosso organismo com
base em fatores como variação da luz, o chamado ciclo claro e escuro. A influência da
luz e sua relação com os processos de saúde e doença tem sido um dos principais
motivos de estudos dentro do contexto nacional e internacional, porém, os estudos nesta
área estão apenas no início. O ritmo circadiano regula todos os ritmos fisiológicos do
corpo humano através de níveis hormonais, com influência sobre a digestão, o sono, o
crescimento, a renovação das células, a temperatura corporal, o ritmo cardíaco, a
pressão arterial e o cérebro. O bom funcionamento do organismo depende deste ciclo.
A atual prática da iluminação e a legislação sobre a iluminação artificial, baseadas
apenas em atender aos requisitos visuais, podem estar totalmente inadequadas para
atender os requisitos de estimulação biológica. Estudos comprovam que a saúde de
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quem vive com os ritmos biológico dessincronizados com o meio ambiente, altera o
metabolismo, o funcionamento imunológico e aumenta as chances de obesidade,
depressão e transtornos de sono. Por isso se torna cada vez mais importante uma correta
elaboração e uso de um projeto de iluminação, aliado as novas tecnologias,propiciando
aos usuários uma nova forma de utilização e visão sobre a luz artificial.
A luz transformou a sociedade moderna e trouxe inúmeros benefícios, entretanto o
impacto desta iluminação sobre a saúde humana precisa ser reconhecido e
compreendido.
O estudo e desenvolvimento de pesquisas e diretrizes de iluminação que levem em
conta seus efeitos na saúde humana trarão novas perspectivas de uso a todos os recursos
que a luz possa oferecer.O conceito de iluminação artificialque se começa a se
estabelecer permiteafirmar que, à medida que se entende os requisitos humanos, um
novo conceitose faz necessário nos projetos luminotécnicocontemporâneos. Isto
significa que é preciso estudar comoiluminar as atividades humanas e relacioná-las com
as respostas do corpo e da mente, e não mais apenas com aspectos visuais, estéticos ou
energéticos.
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