a sociologia de émile durkheim

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COLÉGIO TIRADENTES – JUIZ DE FORA
1º ANO – ENSINO MÉDIO
APOSTILA SOCIOLOGIA
A SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIM
PROF. TIAGO FÁVERO DE OLIVEIRA
A Sociologia de Émile Durkheim
1. Biografia:
Émile Durkheim (1858 – 1917). Nasceu em Epinal, na Alsácia, descendente de uma família de
rabinos. Iniciou seus estudos filosóficos na Escola Normal Superior de Paris, indo depois para a
Alemanha. Lecionou sociologia em Bordéus, primeira cátedra dessa ciência criada na França.
Transferiu-se em 1902 para Sorbonne, para onde levou inúmeros cientistas, entre eles seu
sobrinho Marcel Mauss, reunindo-os em um grupo que ficou conhecido como escola sociológica
francesa. Suas principais obras foram: Da Divisão do Trabalho Social, As Regras do Método
Sociológico, O Suicídio e As Formas Elementares da Vida Religiosa.
2. Morfologia Social: as Espécies Sociais
Para Durkheim, a sociologia deveria ter por objetivo comparar as diversas sociedades. Constituiu assim o
campo da morfologia social, ou seja, a classificação das espécies sociais, numa nítida referência às espécies estudadas
em biologia. Essa referência, utilizada também em outros estudos teóricos, tem sido considerada errônea uma vez que
todo comportamento humano, por mais diferente que se apresente, resulta da expressão de características universais de
uma mesma espécie.
Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído seguindo um continuum evolutivo, todos
tendo o início no mesmo ponto, seguiriam pelo mesmo caminho e chegariam ao ponto mais evoluído do continuum.
Para ele, a sociedade africana estaria em um dos primeiros estágios da evolução, enquanto a Europa estaria muito à
frente nesse continuum. Logo, a África representaria o passado da Europa, e a Europa, o futuro de todas as sociedades
“menos evoluídas”.
3. O que é fato social
Durkheim é apontado como um dos primeiros grandes teóricos da sociologia. Ele e seus colaboradores se
esforçaram por emancipar a sociologia das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina científica.
Seguidor dos princípios positivistas, Durkheim queria definir com rigor a sociologia como ciência, estabelecendo seus
princípios e limites e rompendo com as idéias do senso comum que interpretavam a realidade social de maneira
vulgar, sem critérios.
Em uma de suas principais obras, As Regras do Método Sociológico, Durkheim definiu com clareza o objeto
da sociologia: os fatos sociais.
Os fatos sociais possuem três características básicas. A primeira delas é a “coerção social”, ou seja, a força
que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformarem-se às regras da sociedade em que vivem,
independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo é criado e se submete a um
determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a certo código de leis ou regras morais. Nessas
circunstâncias, o ser humano experimenta a força da sociedade sobre si.
A força coercitiva dos fatos sociais se torna evidente pelas “sanções legais” ou “espontâneas” a que o
indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra ela. “Legais” são as sanções prescritas pela sociedade, sob a
forma de leis, nas quais se define a infração e se estabelece a penalidade correspondente. “Espontâneas” são as que
afloram como resposta a uma conduta considerada inadequada por um grupo ou uma sociedade. Multas de trânsito,
por exemplo, fazem parte das coerções legais. Já os olhares de reprovação quando comparecemos a um local com uma
roupa inadequada constituem sanções espontâneas.
O comportamento desviante num grupo social pode não ter penalidade prevista por lei, mas o grupo pode
espontaneamente reagir castigando quem se comporta de forma discordante em relação a determinados valores e
princípios. A reação negativa da sociedade a certa atitude ou comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora que a
lei. Podemos observar ação repressora até mesmo nos grupos que se formam de maneira espontânea como as gangues
e as “tribos”, que acabam por impor a seus membros uma determinada linguagem e formas de comportamento. Apesar
destas regras serem informais, uma infração pode resultar na expulsão do membro insubordinado.
A educação (formal ou informal) desempenha, segundo Durkheim, uma importante tarefa nessa conformação
dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas nos
membros do grupo e transformadas em hábitos. O uso de uma determinada língua ou o gosto por determinada comida
são internalizadas no indivíduo, que passa a considerar tais hábitos como pessoais.
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A segunda característica dos fatos sociais é que eles atuam e existem sobre os indivíduos independentemente
de sua vontade ou de sua adesão consciente sendo, assim, “exteriores aos indivíduos”. Ao nascermos já encontramos
regras sociais, costumes e leis que somos coagidos a aceitar por meio de mecanismos de coerção social, como a
constituição familiar. Não nos é dada a possibilidade de opinar ou escolher, sendo assim independentes de nós, de
nossos desejos e vontades. Por isso, os fatos sociais são ao mesmo tempo “coercitivos” e dotados de existência
exterior às consciências individuais.
A terceira característica dos fatos sociais apontada por Durkheim é a “generalidade”. É social todo fato que é
geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles; que ocorre em distintas sociedades, em
um determinado momento ou ao longo do tempo. Por essa generalidade, os acontecimentos manifestam sua natureza
coletiva, sejam eles os costumes, os sentimentos comuns ao grupo, as crenças ou os valores. As formas de habitação,
sistemas de comunicação e a moral existente em uma sociedade apresentam essa generalidade.
4. Sociedade: um Organismo em Adaptação
Para Durkheim, a sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar soluções
para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresenta estados que podem ser considerados estados
“normais” ou “patológicos”, isto é, saudáveis ou doentios.
Durkheim considera um fato social como “normal” quando se encontra generalizado pela sociedade ou
quando desempenha alguma função importante para a sua adaptação ou sua evolução. Assim, por exemplo, afirma que
o crime é normal não apenas por ser encontrado em toda e qualquer sociedade e em todos os tempos, mas também por
representar um fato social que integra as pessoas em torno de determinados valores. Punindo o criminoso, os membros
de uma coletividade reforçam seus princípios, renovando-os. O crime tem, portanto, uma importante função social.
A “generalidade” de um fato social, isto é, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que
representa o consenso social, a vontade coletiva ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão.
Partindo, pois, do princípio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade
consigo mesma e com as demais sociedades e que essa harmonia é conseguida por meio do consenso social, a “saúde”
do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos. Quando um fato põe em risco a harmonia, o
acordo, o consenso e, portanto, a adaptação e a evolução da sociedade, estamos diante de um acontecimento de caráter
mórbido e de uma sociedade doente.
Portanto, “normal” é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma
determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população. “Patológico” é
aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. Os fatos patológicos, como
as doenças, são considerados transitórios e excepcionais.
5. A Objetividade do Fato Social
Identificados e caracterizados os fatos sociais, Durkheim procurou definir o método de conhecimento da
sociologia. Para ele, como para os positivistas de maneira geral, a explicação científica exige que o pesquisador/a
estabeleça e mantenha certa distância e neutralidade em relação aos fatos, procurando preservar a objetividade de sua
análise.
Segundo Durkheim, para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los de acordo
com seus desejos e interesses particulares, deve deixar de lado suas pré-noções, isto é, valores e sentimentos pessoais
em relação àquilo que está sendo estudado. Para ele, tudo que nos mobiliza – nossas simpatias, paixões e opiniões –
dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir o que vemos com aquilo que queremos ver. Essa
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neutralidade em face da realidade, tão valorizada pelos positivistas, pressupõe o não-envolvimento afetivo, ou de
qualquer outra espécie, entre o cientista e seu objeto.
Levando às últimas conseqüências essa proposta de distanciamento entre o cientista e seu objeto de estudo
assumido pelas ciências naturais, Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos sociais como “coisas”, isto é,
objetos que lhe são exteriores. Diante deles, o cientista, isento de paixão, desejo ou preconceito, dispõe de métodos
objetivos, como a observação, a descrição, a comparação e o cálculo estatístico, para apreender suas regularidades.
Deve o sociólogo manter-se também afastado das opiniões dadas pelos envolvidos. Tais juízos de valor individuais
podem servir de indicadores dos fatos sociais, mas mascaram as leis de organização social, cuja racionalidade só é
acessível à/ao cientista. Para levar essa racionalidade às últimas consequências, Durkheim propõe o exercício da
dúvida metódica, ou seja, a necessidade do cientista se perguntar sempre sobre a veracidade e objetividade dos fatos
estudados, procurando anular sempre a influência de seus desejos, interesses e preconceitos.
Para identificar os fatos sociais entre os diversos acontecimentos da vida, Durkheim orienta o sociólogo a aterse àqueles acontecimentos mais gerais e repetitivos que apresentem características exteriores comuns. De acordo com
esses critérios, são fatos sociais, por exemplo, os crimes, pois existem em toda e qualquer sociedade e têm como
característica comum provocarem uma reação negativa, concreta e observável da sociedade contra quem os pratica, ou
seja, a pena. Agindo desta forma objetiva e apreendendo a realidade por suas características exteriores, o cientista
pode analisar os crimes e suas penalidades sem entrar nas discussões de caráter moral a respeito da criminalidade, o
que, apesar de útil, nada tem a ver com o trabalho científico do sociólogo, segundo Durkheim.
A generalidade é um aspecto importante para a identificação dos fatos sociais que são sempre manifestações
coletivas, distinguindo-se dos acontecimentos individuais ou acidentais. É ela que ajuda a distinguir o essencial do
fortuito e aponta para a natureza sociológica dos fenômenos.
6. A Consciência Coletiva
Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e
independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua “consciência
individual”, seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou
sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de
“consciência coletiva”.
Consciência coletiva, para Durkheim, é o conjunto de crenças e sentimentos comuns à média dos membros de
uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria.
A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas
está espalhada por toda a sociedade. Ela revelaria, segundo Durkheim, o “tipo psíquico da sociedade”, que não seria
apenas o produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria através
das gerações.
A consciência coletiva é, em certo sentido, a forma moral vigente na sociedade. Ela aparece como um
conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam os atos individuais. É a consciência coletiva
que define o que, em uma sociedade, é considerado “imoral”, “reprovável” ou “criminoso”.
7. A divisão do trabalho social: solidariedade mecânica e solidariedade orgânica
Para este pensador, a sociedade só pode existir segundo a solidariedade ou sentimento de interdependência
que o ser humano possui em relação ao outro. Não é possível existir sociedade sem tal princípio, de tal maneira que a
vida coletiva pressupõe, para Durkheim, a formação de um contexto que possui vida própria, para além das vontades
individuais. A sociedade se sobrepõe ao indivíduo. Assim, todo grupo existe segundo o desenvolvimento de regras
comuns a partir das quais a vida social é possível.
Durkheim considerava que a crescente divisão do trabalho, levava a um aumento da solidariedade entre os
homens, pois a especialização das atividades dos indivíduos aumentava a dependência entre eles, unindo-os e
reforçando a coesão e solidariedade social. A divisão do trabalho no capitalismo se intensifica em função do aumento
do volume da população. Esse aumento leva a uma maior aproximação dos membros da sociedade, no espaço físico, e
maior comunicação e interdependência, no espaço social.
Em sua obra A divisão do trabalho social, Durkheim relaciona a divisão do trabalho social à ordem moral. A
divisão do trabalho resultaria na relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No entanto, como as
transformações sócio-econômicas eram aceleradas nas sociedades europeias capitalistas, inexistia um novo e eficiente
conjunto de idéias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos, isso levava ao mau funcionamento da
sociedade.
Durkheim identifica a existência na história das sociedades de dois tipos de solidariedade: a mecânica e a
orgânica.
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A solidariedade mecânica surge nas sociedades simples e tradicionais, onde os indivíduos se identificam por
meio da família, da religião, da tradição, dos costumes. É uma sociedade que tem coerência porque os indivíduos
ainda não se diferenciaram e reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os mesmos objetos sagrados,
porque pertencem a uma coletividade. Os indivíduos compartilham a tal ponto padrões de conduta que não há grande
diferenciação entre eles, pois numa tribo ou cidade do interior, o padrão moral se efetiva sobre os indivíduos a tal
ponto que o que é válido para um, também, é aos demais. Existe uma forte imposição moral nessas sociedades
tradicionais.
A solidariedade orgânica surge nas sociedades mais complexas e modernas, onde existe uma maior divisão
do trabalho e uma maior individualidade, pois as pessoas criam autonomia em relação à consciência coletiva. Por meio
da divisão do trabalho social, os indivíduos tornam-se interdependentes, garantindo, assim, a união social, mas não
pelos costumes, tradições. Assim, o efeito mais importante da divisão do trabalho não é o aumento da produtividade,
mas a solidariedade que gera entre os homens.
Nas grandes cidades industriais, observadas por Durkheim no final do século XIX e início do XX, as relações
sociais não estavam pautadas pela intensa imposição moral presente nas sociedades simples e tradicionais. A presença
do individualismo e da diversidade causavam a perda de coesão e do consenso da vida em sociedade.
Na solidariedade orgânica, mesmo com a diminuição da força da consciência coletiva, a interdependência é
possível pela divisão do trabalho, no sentido que com a especialização das profissões, cada um fica mais dependente
do trabalho do outro: o médico do advogado, este do comerciante, aquele do professor, assim por diante.
Toda sociedade passaria necessariamente da solidariedade mecânica para a orgânica. Ao comparar os dois
tipos de formações sociais, simples e complexa, Durkheim conclui que as diferenças estão no tipo de sanção legal
predominante, ou seja, é no direito que se tornam visíveis essas diferenças.
8. O normal e o patológico – o conceito de anomia
Durkheim caracterizou o fenômeno social de normal ou patológico. Para ele, o fenômeno pode ser
considerado normal se for encontrado na sociedade de forma generalizada, não coloque em risco a integração social e
esteja dentro de um determinado nível.
O crime é um fenômeno normal, pois é encontrado em todas as sociedades de todos os tipos, é geral, e, ao
mesmo tempo em que, ao se impor a punição, serve para lembrar e fortalecer os valores de toda sociedade.
Fato social normal é geral, recorrente e que favorece a integração social.
Fato social patológico é excepcional, transitório e põe em risco a integração social.
Para ele, o suicídio também é normal, pois existe em todas as sociedades. Torna-se anormal se houver o
aumento das taxas.
O conceito de anomia é essencial para o estudo do direito. A anomia é patológica, pois põe em risco a
integração social. Para Durkheim, quando a divisão do trabalho não produz solidariedade, ocorre a anomia, ou seja, a
ausência de regras. Há uma crise moral resultante das intensas mudanças na sociedade daquele momento, marcada
pelo descompasso entre o avanço material e as normas morais e jurídicas.
Anomia é uma demonstração de que a sociedade está doente, está sem regras morais. Anomia é uma condição
em que as normas reguladoras do comportamento humano perderam a validade. A validade estaria demonstrada pela
força das sanções. Se as sanções não são aplicadas significa que a eficácia das leis está em perigo, prevalecendo a
impunidade.
As diferentes funções da nova sociedade industrial não estavam reguladas, visto que existiam constantes
conflitos entre empresários de setores distintos por causa da concorrência e entre estes e os trabalhadores assalariados
devido às lutas por melhores salários. O desenvolvimento econômico e técnico não foi acompanhado por um
desenvolvimento moral. A sociedade industrial passava por uma crise moral, principalmente no setor industrial e
comercial. Neste sentido, o conceito de anomia não deve ser entendido como a total ausência de normas, mas como
um período de transição em que as normas morais estão em crise e novos mecanismos de regulação da vida social
ainda não foram instituídos e efetivados.
ANEXO 1:
LEITURA DE APOIO: O ESTUDO DE DURKHEIM SOBRE O SUICÍDIO
Um dos estudos clássicos da sociologia que explora a relação entre o indivíduo e a sociedade é a análise de
Durkheim sobre o suicídio (Durkheim, 1952: originalmente publicado em 1897). Embora os seres humanos se vejam a
si próprios como indivíduos livres na sua vontade e opções, os seus comportamentos são muitas vezes padronizados e
determinados pelo mundo social. O estudo de Durkheim demonstrou que mesmo um ato tão pessoal como o suicídio é
influenciado pelo mundo social.
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Tinha havido anteriormente pesquisas sobre o suicídio, mas Durkheim foi o primeiro autor a insistir numa
explicação sociológica para o fenômeno. As obras anteriores tinham reconhecido a influência de fatores sociais no
suicídio, embora destacando fatores como a raça, o clima ou perturbações mentais, para explicar a probabilidade de
alguém cometer suicídio. Contudo, segundo Durkheim, o suicídio era um fato social que apenas podia ser explicado
por outros fatos sociais. O sucídio era algo mais do que um simples conjunto de atos individuais – era um fenômeno
com características padronizadas.
Ao examinar registros oficiais sobre o suicídio na França, Durkheim descobriu que determinadas categorias de
pessoas eram mais propensas a cometer suicídio do que outras. Descobriu, por exemplo, que se verificavam mais
suicídios entre os homens do que entre as mulheres, mais entre os protestantes do que entre os católicos, mais entre os
ricos do que entre os pobres e mais entre os solteiros do que entre os casados. Durkheim percebeu também que as
taxas de suicídio tendiam a ser menores durante épocas de guerra e mais elevadas em alturas de mudança econômica
ou de instabilidade.
Estes achados levaram Durkheim a concluir que existem forças sociais externas ao indivíduo que influenciam
as taxas de suicídio. O autor relacionou a sua explicação com a idéia de solidariedade social e com dois tipos de laços
na sociedade – a integração social e a regulação social. Durkheim acreditava que as pessoas que estavam
solidariamente integradas em grupos sociais, e cujos desejos e aspirações se regiam pelas normas sociais, tinham uma
menor probabilidade de se suicidar. Identificou quatro tipos de suicídio, em função da presença ou ausência da
integração e da regulação.
Os suicídios egoístas caracterizam-se por uma fraca integração na sociedade e ocorrem quando o indivíduo
está sozinho, ou quando os laços que o prendem a um grupo estão enfraquecidos ou quebrados. As baixas taxas de
suicídio entre os católicos, por exemplo, podem explicar-se pela sua forte noção de comunidade social, enquanto que a
liberdade moral e pessoal dos protestantes significa que “estão sozinhos” perante Deus. O casamento funciona como
uma proteção em relação ao suicídio, ao integrar o indivíduo num relacionamento social estável, ao contrário das
pessoas solteiras, que permanecem mais isoladas no seio da sociedade. A menor taxa de suicídios em tempo de guerra,
segundo Durkheim, pode ser vista como um sinal de uma maior integração social.
O suicídio anômico é causado por uma ausência de regulação social. Para Durkheim, tal reportava-se às
condições sociais de anomia, quando as pessoas se vêem “sem normas” em contextos de mudança súbita ou de
instabilidade na sociedade. A perda de um ponto de referência fixo no que diz respeito às normas e desejos – como
sucede em tempos de convulsões econômicas ou de conflitos pessoais como o divórcio – pode perturbar o equilíbrio
entre a realidade da vida das pessoas e os seus desejos.
O suicídio altruísta tem lugar quando um indivíduo se encontra “excessivamente integrado” – os vínculos
sociais são demasiado fortes – e valoriza mais a sociedade do que a si próprio. Neste caso, o suicídio transforma-se
numa espécie de sacrifício por um “bem maior”. Os bombistas suicidas islâmicos são exemplos de suicidas altruístas.
Para Durkheim, este tipo de suicídio é característico das sociedades tradicionais, onde prevalece a solidariedade
mecânica.
O último tipo de suicídio é o suicídio fatalista. Embora para Durkheim este tipo de suicídio fosse pouco
relevante na sociedade contemporânea, o autor acreditava que este se verificava quando um indivíduo era
excessivamente regulado pela sociedade. A opressão do indivíduo traduz-se num sentimento de impotência perante o
destino ou a sociedade.
Embora variem de sociedade para sociedade, as taxas de suicídio apresentam padrões reguladores em cada
sociedade ao longo dos anos. Para Durkheim, tal provava que existem forças sociais consistentes que influenciam o
comportamento suicida. Uma análise das taxas de suicídio revela até que ponto podem ser identificados padrões
sociais gerais em ações individuais.
Desde a publicação de O Suicídio, foram levantadas muitas objeções a este estudo, especialmente acerca da
utilização nas estatísticas oficiais, da sua rejeição de influências de caráter não-social sobre o suicídio, e da insistência
em classificar em conjunto todos os tipos de suicídio. De qualquer maneira, esta obra continua a ser um estudo
clássico e sua asserção fundamental permanece válida: mesmo um ato tão pessoal como o suicídio exige uma
explicação sociológica.
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TRABALHO DE SOCIOLOGIA – 1º ANO
PROF. TIAGO FÁVERO
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1) Para Durkheim, quais eram os objetivos da Sociologia?
2) Quais são os passos que um cientista social deve seguir para garantir a sua neutralidade na análise dos fatos sociais?
3) Que lei geral Durkheim estabelece para a evolução das espécies sociais?
4) Na visão de Durkheim, como podemos descrever um fato social? Que características ele possui? Descreva cada
uma delas.
5) Durkheim considerava a generalidade elemento essencial do fato social. Cite três exemplos de fato social e explique
cada um deles.
6) O crime, para Durkheim, é um fato social normal ou patológico? Por quê? Discorra sobre o fato de que o aumento
vertiginoso da criminalidade no Brasil, nos últimos anos, permite ainda classificar o crime como fato social normal.
7) Defina o que é Solidariedade Mecânica e Orgânica para Durkheim.
8) Sobre certos sentimentos que eram até então considerados inatos aos seres humanos – como amor filial, piedade,
ciúme sexual, Durkheim afirma que eles não são encontrados em todas as sociedades.“Tais sentimentos resultam
então da organização coletiva, em vez de constituírem a base dela.” (As regras do método sociológico).
a)Podemos dizer que para Durkheim os sentimentos humanos são frutos da coerção? Por quê?
b) O que seria necessário para que um sentimento fosse considerado inato ao homem e parte de sua natureza?
9) Quais são as sanções que o indivíduo sofre quando tenta se rebelar contra as normas e regras sociais? Explique e
exemplifique cada uma delas.
10) A escola/educação é um fato social? Justifique sua resposta.
11) O que é consciência coletiva para Durkheim? Como ela é formada?
12) Explique o conceito de “anomia” dentro da sociologia de Durkheim.
13) Por que Durkheim pode ser considerado um evolucionista?
14) Por que, para Durkheim, o suicídio é considerado um Fato Social e não um Fato Individual?
15) Quais são os quatro tipos de suicídio classificados por Durkheim? Quais as características de cada um deles?
16) (UFU/PAIES/2ª ETAPA/2003) Assinale as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) que correspondem às
formulações teóricas de Émile Durkheim sobre a divisão social do trabalho.
1 ( ) Para Durkheim, a concentração da população nas cidades, a expansão da produção e da concorrência econômica,
a expansão das comunicações, enfim, o desenvolvimento da divisão social do trabalho acarretou a diminuição da
solidariedade orgânica.
2 ( )A condensação da sociedade, ao multiplicar as relações intersociais, leva ao progresso da divisão do trabalho que,
quanto mais acentuada, mais reduz a solidariedade mecânica e aumenta a solidariedade orgânica e os processos de
individualização.
3 ( )Segundo Durkheim, os indivíduos na sociedade moderna só existem porque participam de uma divisão social do
trabalho altamente diferenciada por funções especializadas, na qual a consciência coletiva reduz-se em face da
consciência individual.
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4 ( )Na sociedade moderna, os indivíduos tornam-se solidários na medida em que cumprem uma tarefa ou uma função
especializada, que guarda interdependência com outras tarefas ou funções, decorrendo, disso, a integração e a unidade
do corpo social.
17) De acordo com a definição de Fato Social formulada por Durkheim, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A escola é um fato social e – como instituição – cumpre um relevante papel na formatação do comportamento
individual em consonância com as regras e valores presentes na consciência coletiva.
b) O ato de adoecer é um fato social, pois possuindo motivações biológicas podem ser percebidos como exteriores aos
indivíduos; excetuando-se as doenças psicossomáticas e influenciadas por fatores sociais.
c) A arquitetura de nossas casas constitui um fato social, na medida em que seguimos padrões e obedecemos a um
senso estético exterior às nossas consciências individuais.
d) O sistema eleitoral é um fato social, porque pertence à esfera da vida política.
18) Sobre a Sociologia de Durkheim assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as falsas.
a) ( ) O objeto de estudo da Sociologia segundo Durkheim é a ação social.
b) ( ) O casamento, a educação, a escola, a religião, o crime, são exemplos de fato social.
c) ( ) Durkheim se esforçou para emancipar a Sociologia das demais teorias da sociedade.
d) ( ) Segundo Durkheim, a sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar
soluções para vida social.
e) ( ) O objetivo máximo da vida social, de acordo com Durkheim é promover a harmonia da sociedade consigo
mesma e com as demais sociedades.
f) ( ) O crime não pode ser considerado um fato social normal.
g) ( ) A sociedade apresenta como todo organismo, estados normais e patológicos.
h) ( ) Sanções espontâneas são aquelas prescritas pela sociedade em forma de leis nas quais se estabelece a infração e
a penalidade subseqüente.
i) ( ) Sanções legais são aquelas que surgem como decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou
da sociedade à qual o indivíduo pertence.
j) ( ) Segundo Durkheim, o aborto e o suicídio não podem ser considerados fatos sociais, pois são atos individuais.
19) Para Émile Durkheim, o fato social constitui o objeto de estudo da Sociologia. Em sua obra As Regras do Método
Sociológico ele formula com clareza os passos da construção desse objeto. A respeito deste conceito e de outros
elaborados por Durkheim, analise as proposições abaixo. Posteriormente, assinale a alternativa que contenha as
proposições ERRADAS:
I- Segundo Durkheim, os indivíduos possuem uma constante compulsão para subverter as regras sociais ou o acordo
coletivo, sendo necessário, por isso, a atuação de órgãos de repressão como a polícia, para garantir a ordem e o
respeito às hierarquias.
II- Segundo Durkheim, a intensa divisão do trabalho social que caracteriza a sociedade industrial moderna, leva,
inevitavelmente, à predominância de uma solidariedade orgânica, uma vez que é no dia-a-dia que a interdependência
entre os indivíduos pode ser observada, garantindo a coesão social, e comprovando o maior avanço social da
sociedade industrial comparado à sociedade primitiva.
III- Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, a preocupação de Durkheim dirigiu-se à conduta
necessária ao cientista social. Para Durkheim, é necessário que o pesquisador afaste as suas prenoções e sentimentos
pessoais para garantir a objetividade do conhecimento.
IV- Para Durkheim, o fato social pode ser normal ou patológico. O fato patológico é aquele não extrapola os limites
dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela
maior parte da população.
V- Segundo Durkheim, o trabalho de classificação das sociedades, deveria ser efetuado com base em apurada
observação experimental. Guiado por esse procedimento, estabeleceu a passagem da solidariedade orgânica para a
solidariedade mecânica como o motor de transformação de toda e qualquer sociedade.
A) I, II e V.
B) I e II.
C) II, III e V.
D) IV e V.
E) I e IV.
20) “O homicídio constitui um ato odioso em tempos normais e não o é em tempos de guerra, porque não há neste
caso um preceito que o proíba. Isto é, um ato, intrinsecamente o mesmo, que pode ser condenado hoje por um país
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europeu, pode não sê-lo na Grécia, simplesmente porque não violava, pois, na Grécia nenhuma norma
preestabelecida.” (DURKHEIM, Émile. Sociologia y Filosofia, p. 160, Buenos Aires. Kraft, 1951).
Após a leitura do trecho acima reproduzido e de seus conhecimentos, analise as assertivas abaixo julgando-as como
VERDADEIRAS ou FALSAS:
A ( ) A noção de normalidade ou patologia só pode viabilizar-se ao considerarmos que cada sociedade possui uma
consciência coletiva singular, e portanto, diferentes padrões de comportamento.
B ( ) O organismo social não é o mesmo em dois momentos distintos, da mesma forma que muitos organismos vivos
mudam sua morfologia ao longo de sua vida. Por isso, o que é normal hoje, pode não sê-lo amanhã.
C ( ) É patológico o fato social que extrapola os limites permitidos pela ordem social desafiando a moral vigente.
D ( ) É normal apenas o fato social que é geral, ou seja, faz parte do regulamento social de todas as sociedades
simultaneamente.
E ( ) Constitui-se um fato social patológico aquele que tem conotações diferenciadas em cada sociedade.
21) (UFU/JAN/2004) Em Émile Durkheim, a Sociologia aparece como conhecimento científico, como uma espécie de
autoconsciência da sociedade. Assinale as alternativas corretas com (V) que corroboram esse princípio, nos termos de
suas formulações teóricas e as falsas com (F).
A ( ) Os fatos sociais instalam-se nos indivíduos de maneira irrefletida, não permitem que os sujeitos se tornem
conscientes de sua coerção, como acontece na educação, porque se assim o fosse haveria crítica à sua generalidade e
exterioridade e, também, uma revolução permanente contra as representações coletivas.
B ( ) Os conceitos constituem modos como as sociedades, em certas épocas, representam a natureza, os sentimentos,
os objetos e a as idéias; as categorias do conhecimento são conceitos que expressam coisas sociais. Ambos são
representações coletivas, irredutíveis aos preceitos individuais, sendo o conceito de religião um exemplo.
C ( ) Os fatos sociais são genéricos, exteriores aos indivíduos e coercitivos, mas possuem certos limites que permitem
a alguns sujeitos, individualmente, construir novos fatos sociais, como se observa em inúmeros exemplos de
fundadores de religiões, de partidos políticos e de outras instituições sociais que refletem a consciência humana.
D ( ) A ciência e a moral são fenômenos propriamente humanos, constituídos por representações coletivas, ao
contrário da religião, cuja fonte é de inspiração divina e de humano apenas guarda o fato de manifestar-se em um
profeta, como se vê nas grandes religiões monoteístas, que formaram a consciência humana no mundo.
22) Sobre a Consciência Coletiva, um dos principais conceitos sociológicos de Durkheim, assinale (V) para as
alternativas verdadeiras e (F) para as falsas:
A ( ) Toda teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais não têm existência própria, já que
dependem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular.
B ( ) Durkheim afirma categoricamente que no interior de qualquer grupo ou sociedade, podem ser observadas formas
padronizadas de conduta e pensamento. Isto significa que não existe a consciência individual.
C ( ) A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas está
espalhada por toda a sociedade.
D ( ) A consciência coletiva aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e
delimitam os atos individuais e a consciência individual define o que, numa sociedade, é considerado “imoral”,
“reprovável” ou “criminoso”.
23) Sobre as formulações teóricas de Durkheim, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:
A ( ) Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído a partir da horda, a forma social mais simples,
igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam aos átomos, isto é, se apresentavam
justapostos e iguais.
B ( ) Segundo Durkheim através do processo evolutivo, foi possível uma série de combinações das quais originaramse outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos.
C ( ) Segundo Durkheim, a sociologia não tem o objetivo de comparar as diversas sociedades pelo fato de que todo
comportamento humano, por mais diferente que se apresente, resulta da expressão de características universais de uma
mesma espécie.
D ( ) Para Durkheim a normalidade do fato social só pode ser entendida em função do estágio social da sociedade em
questão, pois do ponto de vista puramente biológico, o que é normal para o selvagem não o é sempre para o
civilizado, e vice-versa.
24) (UFU/JUL/2007) Segundo Durkheim, em Educação e Sociedade (1975, p.45), “todo o sistema de representação
que mantém em nós a idéia e sentimento da lei, da disciplina interna ou externa, é instituído pela sociedade.”
Conforme a teoria desse autor assinale a alternativa correta.
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A) Apesar de sua natureza social, o fim da educação é individual.
B) A educação não possui natureza social, antagonizando indivíduo e sociedade.
C) Cabe à educação constituir no homem a capacidade de vida moral e social.
D) A educação tem por objetivo suscitar o individualismo a fim de conservar a ordem.
25) (UFU/FEV/2007) Sobre o significado de consciência coletiva na teoria durkheimiana, marque a alternativa
correta.
A) Representa um conjunto de regras e valores sociais que se coloca acima das consciências individuais,
estabelecendo uma coesão social fundada nas diferenças entre os membros da sociedade.
B) Representa o conjunto de crenças, hábitos e sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade,
agindo sobre as consciências individuais e estabelecendo um padrão de comportamento.
C) Está intimamente relacionada à sociedade de grande divisão social do trabalho, sendo predominante no tipo de
solidariedade orgânica, uma vez que estabelece um alto grau de conformidade e semelhanças a esse tipo de
organização social.
D) Define um tipo de coesão social, particularmente aquele no qual se estabelece uma rede de funções
interdependentes, ao mesmo tempo em que os indivíduos são diferentes uns dos outros.
26) (UFU/FEV/2007) Acerca da divisão social do trabalho em Émile Durkheim, marque a alternativa INCORRETA.
A) A solidariedade do tipo mecânica é marcada por uma relação de justaposição entre os indivíduos e de forte
presença da consciência coletiva em relação às consciências individuais.
B) A divisão social do trabalho, mais acentuada na solidariedade do tipo orgânica, pode levar a sociedade a um estado
de anomia, isto é. enfraquecimento da coesão social.
C) A solidariedade do tipo orgânica caracteriza-se por uma acentuada divisão do trabalho, resultando em alto grau de
especialização e, ao mesmo tempo, interdependência entre os indivíduos.
D) A partir da divisão social do trabalho, Durkheim estabelece dois tipos de solidariedade social, a mecânica e a
orgânica, sendo a primeira definida pela predominância das consciências individuais sobre a consciência coletiva.
27) (UFU/FEV/2007) Sobre a concepção de fato social para Émile Durkheim, marque a alternativa correta.
A) O fato social é um tipo ideal que o sociólogo constrói, sem possibilidade de descobrir leis e tendências gerais.
B) Os fenômenos sociais decorrem das escolhas racionais que os indivíduos fazem, motivados estes por tradições,
estados afetivos ou objetivos e valores desejados.
C) O método sociológico não deve se fundamentar na observação empírica, pois esta se restringe às ciências naturais.
D) O sociólogo deve olhar para os fenômenos sociais como coisas, controlando suas prenoções e se pautando pela
objetividade comum a outros ramos da ciência.
28) (UFU/JUL/2006) Sobre a divisão social do trabalho, de acordo com a formulação de Émile Durkheim, marque a
alternativa correta.
A) Quanto maior for a divisão social do trabalho, maior a solidariedade mecânica.
B) Os serviços econômicos que ela pode prestar são sua real e mais importante função.
C) Não apresenta nenhuma relação com a coesão social.
D) Seu mais notável efeito é o de tornar solidárias as funções divididas.
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