1 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE GESTÃO

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE GESTÃO AMBIENTAL
Anderson Victor Cardoso (G-Uem)
Roberto Rivelino Martins Ribeiro (UEM)
Resumo
Realiza-se, ao longo deste trabalho, um estudo teórico sobre o meio ambiente e seu gerenciamento. Para
viabilizar o estudo, procurou-se, mediante as técnicas da pesquisa bibliográfica, conhecer e analisar a literatura
disponível e acessível sobre tema, contemplando aspectos de entendimento do meio ambiente, benefícios,
sistemas de gerenciamento, padrões, benefícios e outros. Ao final, conclui-se que a preocupação crescente que se
percebe na sociedade, sobre o meio ambiente, tem sido contemplada no universo empresarial, e também, na
literatura, no sentido de que se observa que vários autores já apresentam trabalhos sobre como gerenciar a
maioria dos fatos ligados ao meio ambiente.
Palavras-chave: Meio ambiente, Gestão ambiental, Gerenciamento
1 INTRODUÇÃO
A questão ambiental tem causado preocupações atualmente, em todos os ramos e
atividades humanas, dada a necessidade de uma utilização mais racional e consciente dos
recursos, consumo, resíduos e sobras. Nota-se também, uma forte preocupação do universo
empresarial, em todas estas questões, principalmente, com a sustentabilidade.
Uma parte essencial do desenvolvimento desta tendência vem do envolvimento com a
causa ambiental em relação ao que sempre foi esperado, e que deve ser cada vez mais seguido
pelas empresas. Então, os órgãos, a cada momento histórico econômico que se vive,
envolvem-se cada vez mais em assuntos de cunho ambiental, seja por articulações com o meio
em si ou por influência da comunidade, conduzindo sempre a direção dos bons negócios de
acordo com princípios éticos.
Portanto, ressalta-se um ponto positivo as empresas em atribuir um crédito pelo grande
comprometimento com os princípios de sustentabilidade e responsabilidade corporativa,
buscando divulgar ao público suas ações por meio de demonstrações contábeis.
Do exposto, depreende-se a necessidade de gerenciamento efetivo das atividades
empresarias, que potencialmente causa impacto na área ambiental, de modo a conseguir um
nível adequado de informações de como tem sido tratado seus possíveis passivos ambientais,
bem como identificar quais as medidas estão sendo adotadas no sentido de evitá-los. De
qualquer forma, prevenindo ou remediando, há consumo de recursos que acabam por impactar
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na área financeira da empresa, logo, há que se mensurarem os possíveis custos destes
passivos.
Nesse sentido, Bergamini Junior (1998, p. 3), esclarece que a contabilidade financeira
ambiental tem o objetivo de registrar as transações da empresa que causam impacto no meio
ambiente e os efeitos das mesmas que afetam, ou deveriam afetar a posição econômica e
financeira dos negócios da empresa, assegurando que:
a) Todos os custos, ativos e passivos ambientais, devem ser contabilizados de acordo
com os princípios fundamentais da contabilidade ou, na sua ausência, com as
práticas contábeis geralmente aceitas; e
b) È necessário evidenciar as informações de natureza ambiental, de modo
transparente a todos os usuários da informação contábil.
De tal entendimento, e considerando que, em geral, os produtos gerados pelas
empresas confrontam com questões ambientais, por potencialmente impactar, seja na
produção ou no consumo, há uma necessidade de gerenciamento das questões que se
relacionam com o meio ambiente.
Diante disso, viu-se uma oportunidade de pesquisa, de cunho bibliográfico, a qual
contemplará, considerando a literatura existente e disponível, quais as principais questões
sobre a gestão ambiental. Para Silva e Menezes (2001, p. 21), a pesquisa bibliográfica vem a
ser desenvolvida com base em material já elaborado, normalmente composto de livros e
artigos científicos e na atualidade, com materiais disponibilizados online (internet). Logo,
entendeu-se como justa a realização da pesquisa, na medida em que se buscou conhecer como
tais questões têm sido tratadas e interpretadas, a luz da teoria.
2 ENTENDENDO O MEIO AMBIENTE
Pela lei 6.938, criada em 31 de agosto de 1981, pela Política Nacional de Meio
Ambiente, definiu-se meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências,
alterações e interações de ordem física, química e biológica. Conforme Emídio (2006, p. 28)
têm-se duas visões de meio ambiente, a estrita define-o como sendo o patrimônio natural e
das relações com e entre os seres vivos, menosprezando o contexto dos recursos naturais, já a
outra visão, a visão ampla, contextualiza o termo como sendo toda natureza original e os
elementos artificiais, ou seja, solo, água, fauna, flora, edificações e equipamentos.
Já, na Constituição de 1988, define desta forma o termo meio ambiente:
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Art. 98. São públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito publico interno; todos os outros são particulares, seja qual for à pessoa a
que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I.
Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II.
Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades;
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.
Na visão ecológica, meio ambiente, engloba o espaço de reprodução das espécies e a
fonte de recursos para tal reprodução. Podemos, conforme Sabroza e Leal (1992, pg. 53) que
todo este completo cria um espaço social em organização, isto é, um espaço aonde vem a se
realizar processos econômicos e sociais.
Segundo Madeira e Barbosa apud Keinert (2007, p. 229) a contabilidade é um sistema
de informações, que possui como objetivo fornecer informações para o controle do
patrimônio, avaliação de desempenho e relatórios para tomada de decisão. Partindo deste
contexto, a contabilidade relaciona-se com o meio ambiente associando preceitos teóricos da
contabilidade, sendo que desta forma, irá demonstrar uma forma de transição para a ótica
sustentável, correlacionado a questão ambiental aos diversos relatórios, tendo o contador
como desafio evidenciar nestes, informações que demonstrem com clareza e eficácia
informações de práticas ambientais adotadas pelas companhias.
No endereço eletrônico do Ministério das Relações Exteriores, temos o cronograma da
preocupação criada frente ao Desenvolvimento Sustentável, quando já no ano de 1972, a
ONU vem a organizar a primeira conferência ambiental, em Estocolmo. Em seguida, em
1987, foi escrito o relatório "Nosso Futuro Comum", das Nações Unidas, lançando assim o
conceito de desenvolvimento sustentável.
Em 1992, é realizada no Brasil a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o
Desenvolvimento, designada também como Cúpula da Terra ou Eco-92, vindo a reunir 175
chefes de Estado para buscar mecanismos que rompessem o abismo norte-sul preservando os
recursos naturais da Terra.
Na ECO-92 foram assinados dois documentos: a Carta da Terra e a Agenda 21. A
Carta Terra, conhecida também como Declaração do Rio, descreve 27 princípios que não são
obrigações para os países participantes e pretende ter o mesmo teor da Declaração dos
Direitos Humanos. O ponto principal é constatar que países ricos poluem mais o planeta,
logo, devem ajudar os países mais pobres com inovações tecnológicas limpas e avançar
cientificamente, conduzindo tais nações para a um desenvolvimento mais eficiente.
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Em 1997, em Kyoto (Japão), cria-se um protocolo assinado por 84 países, que
atualmente conta com 31 ratificações. Tal termo, batizado de Protocolo de Kyoto ficou
estabelecido o compromisso dos países desenvolvidos de reduzir em 5% suas emissões até o
período de 2008-2010, tomando por base o ano de 1990.
A Rio +10, ocorrida em Johannesburgo (África do Sul) em 2002, avaliou o progresso
feito na década transcorrida desde a Eco-92 na questão ambiental. Espera-se que ela produza
mecanismos de implementação da Agenda 21, um volumoso programa de 2500 ações global
proposto em 1992 no Rio de Janeiro.
O modelo de crescimento econômico utilizado recentemente vem gerando grandes
desequilíbrios. Do um lado, tem-se a prosperidade, nunca se viu tanta riqueza e fartura
espalhadas pelos quatro cantos do mundo. De outro lado, tem-se a conseqüência, a miséria
coletiva, a degradação ambiental e a poluição não param de alcançar níveis cada vez mais
alarmantes. Frente a este modelo, consegue-se constatar a necessidade de um
Desenvolvimento Sustentável, tentando de alguma forma unir o desenvolvimento econômico
a preservação ambiental e, por que não, conseguir com isto, o fim da miséria mundial.
Segundo Paiva (2006, p. 09) após a degradação quase que total de seus territórios, os
países classificados como de Primeiro Mundo, começam a se conscientizar quanto a real
necessidade de controle dos processos pesados utilizados pelas suas indústrias, isto é, de uma
forma ou outra, querer recuperar o meio ambiente degradado. Para tanto, iniciaram um
desenvolvimento de políticas de redução na emissão de gases e resíduos derivados de seu
processo industrial. Além disso, órgãos como ONU, Banco Mundial e demais órgãos
competentes de seus respectivos países, não estão medindo esforços em acompanhar e auxiliar
as regras a serem seguidas. Certamente, esta prevenção ao combate de poluição vem a ser
uma conquista que diz respeito a todos os seres humanos, que dividimos o mesmo meio
ambiente com tais indústrias.
Então, o desenvolvimento econômico necessita em alinhar-se com o desenvolvimento
ecológico, em especial, porque ambos interagem juntos, não sendo assim mutuamente
exclusivos, mas duas metades que vão se complementar segundo Ribeiro (2006, p. 2). Logo,
não há formas de escolher entre um ou outro desenvolvimento, pois a convivência harmoniosa
entre ambas as partes é de vital importância para a humanidade, pois uma terceira parte, a
população que habita a terra, necessita cada vez mais de qualidade de saúde que está ligada
diretamente a boa qualidade do meio ambiente, e no mesmo ritmo, o bom desenvolvimento
econômico gera melhorias quanto a alimentação, moradia, vestuário, oferta de trabalho, etc.
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Conseguindo atender a estes procedimentos, conseguiremos atingir condições reais de
sustentabilidade, que segundo Callaes (2006, p. 114) vem a ser um real estado de equilíbrio
entre o capital ambiental e os recursos naturais, sendo que capital ambiental vem a ser o uso e
as funções do ambiente e já recursos naturais, os recursos auxiliados pela natureza em si,
conseguindo serem caracterizados cientificamente.
Então, a sustentabilidade precisa equilibrar o desenvolvimento com a manutenção de
processos ecológicos, a sua variedade biológica e seus recursos biológicos, melhorando as
condições sociais e fortalecendo desta forma a identidade das comunidades inseridas,
alinhando-se a cultura e aos valores da comunidade onde esta ocorrendo o desenvolvimento e
necessita ser eficiente, gerando um equilíbrio entre as gerações.
3 A PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL
A questão do desenvolvimento sustentável, conforme Cassa, Carneiro e Brum (2001,
p. 28) parte da necessidade de que o modelo atual é incapaz de administrar os efeitos nocivos
que as companhias vêm causando frente ao descaso da preservação ambiental e até mesmo
como uma forma de remodelar a sobrevivência dos seres humanos, o que cria um sinal de
alerta radical frente ao velho modelo atual e desta forma, faz com que a proteção ambiental
deixe de ser uma preocupação de ambientalistas, adentrando na ciranda dos negócios.
Uma pesquisa recente realizada pelo Greenpeace mostra que o Brasil é o maior
mercado mundial de energia renovável, graças às suas indústrias hidrelétricas e de bioetanol.
O investimento em energia sustentável no Brasil continuou a ser dominado pelo etanol em
2007, quando o interesse dos investidores se transferiu do mercado de etanol dos EUA para o
Brasil. A produção de etanol foi de 22 bilhões de litros em 2007, dos quais 3,5 bilhões foram
exportados. O investimento de ativos foi de US$ 6,1 bilhões, (40% a mais que em 2006), a
maioria direcionada a projetos de biocombustíveis e pequenas centrais hidrelétricas. Há ainda
um interesse crescente na co-geração por bagaço de cana-de-açúcar, que pode, de acordo com
a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), gerar até 15% da eletricidade brasileira
em 2020. Outro destaque é a energia eólica, que deve receber investimentos nos estados do
Ceará e Rio Grande do Norte.
Desta maneira, não conseguimos enxergar o desenvolvimento sustentável sem aliar
esta preocupação frente aos diversos setores que compõem a economia. Esse conglomerado
com enorme participação no PIB, em especial as empresas de capital aberto por possuírem
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demonstrações com maior visibilidade demonstra em suas fases de produção grandes
impactos ambientais: extração de matérias-primas, produção de materiais, construção, uso e
demolição.
Como exemplo, Sjöström apud Cassa, Carneiro e Brum (2001, p. 30), relata que o
setor da construção civil vem a ser um dos maiores consumidores de matérias-primas naturais,
consumindo algo em torno de 20% a 50% do total dos recursos consumidos pela sociedade e
para agravar a situação, depositam de forma ilegal os resíduos de forma ilegal, causando
transtornos urbanos, como enchentes, poluição, proliferação de doenças, etc.
Com tamanha preocupação, fatos que envolvem uma construção mais consciente
começam a tornar-se constantes em publicações. A edição n.º 914 da Revista Exame, traz uma
reportagem especial, de um fato inédito ocorrendo no Oriente Médio, onde hoje estão situadas
90% das reservas petrolíferas de todo continente. Sabe-se que hoje os xeques do petróleo
ocupam uma posição privilegiada no ranking dos vilões do aquecimento global. Frente a essa
má imagem causada pela sua atividade econômica principal, o governo de Abu Dhabi, esta
construindo uma metrópole com emissão zero de CO2 na atmosfera.
Neste seguimento, no Brasil, conforme a edição n.º 2034 da Revista Veja, esta onda
verde começa a tomar conta das construtoras e incorporadoras. Um dos casos pioneiros em
conceitos de sustentabilidade é o projeto EcoLife, desenvolvido pelo grupo Esfera. Começam
a surgir em São Paulo, prédios que visam o aproveitamento da água da chuva, buscando
utilizar somente madeira certificada e descartam materiais que agridem a natureza. A idéia é
mostrar aos clientes uma forma mais consciente de construção, que se preocupa com o meio
ambiente, recicla lixo e querem saber como neutralizar sua emissão de carbono. Segundo
dados da empresa, um dos complexos residenciais, 30% dos compradores foram seduzidos
por diferenciais como água filtrada em todas as torneiras e lâmpadas inteligentes com
sensores de presença, que visam à economia de energia.
A mesma edição traz também que tal tendência começa a ganhar espaço também em
edifícios comerciais. Um destes casos é o da incorporadora americana Tishman Speyer, que
investiu algo em torno de 600 milhões de reais para erguer o que vem sendo considerado "o
maior complexo empresarial ecológico do país". O primeiro dos quatro prédios do Rochaverá
Corporate Towers tem a fachada envidraçada, o que ocasiona uma entrada de iluminação
natural e gerando economia de energia. Há um reservatório de água da chuva, que
posteriormente é usada para molhar o jardim. Outro caso é o do Eldorado Business Tower, da
Gafisa, composto de janelas com vidros revestidos, absorvendo menos calor, economizando a
instalação de 700 aparelhos de ar condicionado. Além disso, os banheiros são equipados com
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válvulas inteligentes, que liberam 1,5 litro para resíduos líquidos e 6 litros para sólidos,
gerando com este reuso de água, uma economia de 15 000 litros por dia. Além disso, o projeto
paisagístico inclui área verde de 5 300 metros quadrados.
4 GERENCIANDO O MEIO AMBIENTE
4.1 CONTABILIZANDO O MEIO AMBIENTE
De primeiro momento é de ímpar importância salientar que a Contabilidade Financeira
Ambiental, não objetiva registrar, o controle e a apresentação do balanço, de forma única e
exclusiva como um meio distinto de demonstrar transações que causam ou venham causar
certas modificações na situação econômico-financeira da companhia, e se assim o fosse,
simplesmente nos ateríamos frente aos pressupostos teóricos dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade, citados na resolução do Conselho Federal de Contabilidade de nº 750, de 29 de
dezembro de 1993, de uso obrigatório no exercício de nossa classe.
Logo, Kraemer (2008, p. 17) ressalta que a Contabilidade Financeira Ambiental
consegue gama de ramo da ciência contábil em meados de 1998, com a conclusão do
“Relatório Financeiro e Contábil sobre Passivo e Custos Ambientais” pelo United Nations
Intergovernanmental Working Group of Experts on International Standards of Accounting
and Reporting – ISAR (Grupo de Trabalho Intergovernamental das Nações Unidas de
Especialistas em Padrões Internacionais de Contabilidade e Relatórios).
No nosso contexto contábil, nossa ciência, a Contabilidade possui quatro dimensões:
a)
Jurídica: que considera a distinção entre os interesses dos proprietários e da
empresa em si;
b) Econômica: que analisa o aspecto patrimonial da entidade;
c) Organizacional: que examina a atuação dos gestores responsáveis pelo controle
dos recursos possuídos pela entidade;
d) Social: que valora os benefícios sociais da entidade. (RIBEIRO, 2006, p. 40)
Logo, vimos que a Contabilidade não só avalia como o momento econômico vivido
pela companhia, mas engloba também suas contribuições e responsabilidades sociais.
Portanto, companhias de capital aberto, que possuem como característica tradicional a
pulverização de capital, condizem à significância do termo “capital aberto” como
oportunidade e responsabilidade.
Segundo Ribeiro (2006, p. 40), o termo oportunidade se explica pela empresa
conseguir efetuar um crescimento sustentável e continuo, graças ao auxilio de aporte
conseguido na abertura do capital, amplamente mais vantajoso que empréstimos. Já o termo
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responsabilidade sustenta-se graças por arbitrar que seus investidores consigam sempre ter as
condições mais favoráveis para mensurar a tendência da evolução do empreendimento, tanto
na parte operacional quanto na evidenciação plena, fornecida pelas informações contidas em
relatórios.
A Contabilidade Financeira Ambiental tem como foco o registro de transações da
companhia que causam impactos ao meio ambiente e seus efeitos na esfera econômica e
financeira da entidade que divulga tais transações, com a responsabilidade de garantir,
conforme Bergamini Junior (2000, p. 11), que custos, ativos e passivos ambientais sejam
contabilizados de conforme os princípios fundamentais da contabilidade e que o desempenho
ambiental almeje total transparência aos usuários deste tipo informação contábil, conforme
necessitem da mesma.
O intuito desse ramo da ciência contábil é propor a divulgação do relato ambiental de
forma visível nos demonstrativos contábeis, logo, sua tal forma de divulgação necessita de
uma política contábil definida. Esta política irá segregar os itens necessários aos impactos
ambientais das atividades da companhia no meio ambiente, prognosticando antecipadamente,
como exemplo, apresentar os custos ambientais de forma segregada, desdobrar tais custos em
itens de natureza operacional e não-operacional, e também em itens extraordinários e
recorrentes.
Ainda Bergamini Junior (2000, p.11) cita que as novas técnicas elaboradas pela
Contabilidade Financeira Ambiental associam-se no mínimo a três temas: a) definição de
custo ambiental; b) método de mensurar o passivo ambiental, dando ênfase aos oriundos de
ativos de vida longa; e c) ao uso de indicadores de desempenho ambiental, padronizados no
processo de fornecimento de informações ao público, aliado a utilização constante de notas
explicativas.
Esse ramo da ciência contábil baseia-se na materialidade dos valores envolvidos,
buscando, conforme Bergamini Junior (2000, p.11), demonstrar a usuários externos da
informação toda informação que não constar em evidência, ou mal evidenciada, que esta pode
induzir a erros por sua avaliação frente ao empreendimento e suas tendências, o que se aplica
de forma plena às informações quanto ao desempenho ambiental das companhias.
Segundo o mesmo autor, a avaliação da utilidade da Contabilidade Financeira
Ambiental deve ser elaborada levando em consideração o atendimento das finalidades que
pretende atingir: mostrar o progresso da companhia em gerenciar questões ambientais de
forma semelhante a empresas semelhantes e no decorrer do tempo, divulgar o nível da
exposição a riscos ambientais para instituições financeiras, fundos de pensão, seguradoras e
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potenciais parceiros de negócios e a sociedade e demonstrar a capacidade gerencial da
companhia perante questões ambientais, apresentando qual sua estratégia geral de longo
prazo.
4.2 GASTOS AMBIENTAIS
Segundo Restrepo (2007, p. 218) gasto ambiental vem a ser o total das despesas para a
proteção ambiental, ou seja, a soma do capital e das despesas correntes relacionadas a
atividades e instalações desembolsadas em relação ao meio ambiente.
Já Martins apud PAIVA (2006, p. 25) defende que gastos são sacrifícios financeiros
que a companhia desembolsa para obter um produto ou qualquer serviço qualquer,
representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos.
Tais gastos podem ser divididos em ativados e não ativados; os ativados são gastos
registrados no ativo da empresa, e representam um benefício a longo prazo, sendo transferidos
para as despesas à medida que esses benefícios venham a ocorrer, baseando-se no princípio da
competência; os não ativados são registrados como despesas no momento em que ocorrem no
período. Segundo Paiva (2006, p. 28) como modelo de gastos ativados, aquisições de matériaprima do período e novos equipamentos e como gastos não ativados, despesas com
treinamento e manutenção, relacionados com o meio ambiente, visando à geração de receitas.
Como outros tipos de gastos há situações em que a companhia vem a ser autuada por
danos ambientais, o que caracteriza uma perda, gerando passivos novos. Gastos podem ser
destinados para a prevenção e/ou remediação de impactos ambientais causados pela
companhia, desta forma há de se fazer uma análise minuciosa, caso contrário novos gastos
ambientais podem passar percebidos.
Desta forma,
Além dos gastos efetuados no processo produtivo diretamente identificados como
sendo ambientais, existem outros que, apesar de serem operacionais, de alguma
forma contribuirão para uma evolução do relacionamento da empresa com seu
ambiente natural e, indiretamente com a sociedade. Podem-se entender como tais os
gastos referentes a pesquisas com novos produtos ou novas formas de produção,
visando melhorar a qualidade dos produtos, reduzir o consumo de insumos naturais
esgotáveis e não renováveis [...].(PAIVA, 2003, p. 29).
Identifica-se que há alguns gastos ocultos aos gestores, trazendo conseqüências futuras
à companhia, devido ao não reconhecimento desses gastos no momento presente. Para Paiva
(2006, p. 31) os gastos de caráter ambiental irão contribuir para a formação, manutenção,
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recuperação ou degradação da imagem de uma companhia, conforme venha a ser sua essência
e qual sua finalidade.
4.3 CUSTOS AMBIENTAIS
Para Carvalho et al. (2000, p. 15) custos ambientais vão compreender todos aqueles
gastos com relação direta ou indiretamente ligados a proteção do meio ambiente e que irão ser
ativados em conforme a proporção de sua vida útil, isto é, conforme a amortização, exaustão e
depreciação, aquisição de insumos para controle, redução ou eliminação de poluentes,
tratamento de resíduos de produtos, disposição dos resíduos poluentes, tratamento de
recuperação e restauração de áreas contaminadas, mão-de-obra utilizada nas atividades de
controle, preservação e recuperação do meio ambiente.
Estes custos ambientais são desta forma classificados pelo Conselho Federal de
Contabilidade – CFC:
TIPO
FUNDAMENTO
EXEMPLO
Custos de Prevenção
Destinados à redução da quantidade de
poluentes expelidos do processo produtivo
Investimentos em
tecnologias limpas
Custos de Controle
Destinam-se a manter as agressões
ambientais dentro dos limites
estabelecidos anteriormente
Verificação periódica
dos níveis e poluição
Custos de Correção
Destinam-se às recuperações decorrentes
dos danos causados ao meio ambiente
Reflorestamento de
áreas devastadas
Custos de Falhas
Referem-se aos custos de falhas ocorridas
no processo de redução, controle e
correção da agressão ao meio ambiente
Multas e sanções
Custos das Externalidades
Decorrem dos impactos gerados pelas
empresas, que poderão no futuro, vir se
tornar importantes
Danos causados à
saúde pela poluição
atmosférica
Fonte: http://www.cfc.org.br/
Quadro 1 – Classificação dos Custos Ambientais
Quando buscamos confrontar a inter-relação empresarial e as causas ambientais
surgem complexos obstáculos para calcular custos intangíveis ambientais. Segundo Rocha e
Ribeiro (1999, p.1), custos ambientais são valores significativos e é necessário desenvolver
controles para acompanhamentos específicos de tal forma a ter elementos que gerem um
desempenho de resultado e análise do retorno, obtido pelas aplicações de recursos nesta área.
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4.4 BENEFÍCIOS DA GESTÃO AMBIENTAL
Por várias décadas a Gestão Ambiental vem sendo debatida por diversas correntes ao
redor do mundo. Segundo Sanandares e Quelhas apud Keinert (2007, p. 217), o processo de
gestão ambiental está interligado a prática de gestão, que conforme vem ocorrendo mudanças
sociais, como altos crescimentos urbanos, gerando cada vez mais moradias, cria-se uma
preocupação por parte da sociedade em preservar o meio ambiente.
Conforme Ribeiro (2006, p. 143), a Inglaterra pelo British Standard – BS 7750 foi o
país pioneiro a divulgar normas de orientação para a gestão ambiental nas companhias, tal
normal foi amplamente aceita em países europeus e foi uma das bases para elaborar a ISSO
14000.
Mesmo poucos considerados na atualidade, a gestão ambiental de acordo com
Valeriano apud Quinello et al. (2006, p. 122), vai além de obstáculos internos do projeto,
levando em consideração a utilização racional de recursos naturais e preservando a qualidade
do meio ambiente. No Brasil, tais projetos devem enquadrar-se nos preceitos da Associação
Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), através das normas NBR ISO 14000 e suas subséries que tratam de diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio que devem
ser seguidos por companhias que apresentem grande potencial de poluição.
4.5 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
Na Contabilidade, conforme Tinoco e Robles (2007, p. 05) têm-se três fundamentais
razões para que uma companhia venha a aderir esta a Contabilidade Ambiental:
 Gestão interna: relaciona uma gestão ativa ambiental com seu controle,
gerando redução de custos e despesas operacionais, visando a melhoraria da
qualidade de seus produtos;
 Exigências legais: estas podem vir a obrigar que administradores iniciem o
controle mais eficiente de riscos ambientais, sob pena de indenizações e de
infrações;
 Demanda dos parceiros sociais: neste cenário ambiental, a companhia vê-se
cada vez mais submetida a pressões internas e externas, logo, tais demandas
tende a vir de clientes, empregados, ONG’s, seguradoras, comunidade,
stakeholders, administração pública, bancos, investidores, etc.
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Os sistemas de gestão ambiental são exercidos por companhias que visam demonstrar
a interação entre instituições, recursos e ferramentas que auxiliam numa gestão limpa de bens
e processos da forma mais sucinta possível com o meio ambiente, tornando a prática da gestão
ambiental um leque de opções de normas e tecnologias apropriadas, incluindo aspectos de
gestão e reciclagem de dejetos, possibilitando também ao consumidor acesso a “produtos
limpos”.
Segundo Sepúlveda (2005, p. 10), os sistemas de gestão ambiental seguem quatros
objetivos naturais, tais como: produtos com qualidade, os processos necessitam de uma gestão
ambiental; alimentos que não trazem danos a saúde e tornar estes produtos acessíveis ao
consumidor.
A ISO 14000, traz uma característica interessante que além da norma ser utilizada na
certificação, ela pode também ser utilizada como auto-declaração de conformidade. Logo, não
estaremos somente certificando processos, mas há a possibilidade de enquadrá-los em um
objetivo ambiental, cumprindo assim as exigências das leis ambientais.
Para Mach e Longo (1998, p. 06), o ciclo de melhoria contínua da ISO 14000 pode ser
segmentado em cinco fases: política ambiental, planejamento, implementação e operação,
monitoramento e ações corretivas e revisão de gerenciamento.
a) Política Ambiental: é a fase que identifica se a legislação e regulamentos existentes
(se estão ou não sendo cumpridos) se existem efeitos ambientais das diversas
atividades sobre o sistema, quais meios para atingir metas e objetivos traçados e
formular o programa de gestão ambiental.
b) Planejamento: são definidas as responsabilidades de operação do sistema de
gestão, a conscientização de todos perante o ambiente, se há necessidades de
treinamento, situações de risco em potencial e plano de emergência.
c) Implementação e operação: fase de elaboração do Manual de Gestão Ambiental,
incluindo o apoio necessário para a efetiva implementação da sua política
ambiental e cumprimento de seus objetivos e metas.
d) Monitoramente e Ações Corretivas: nesta etapa é feito o controle de tarefas
individuais, determinado procedimentos e instruções, visando à contínua melhoria.
e) Revisão de Gerenciamento: esta última etapa permite realizar a revisão periódica,
avaliar possíveis melhorias na política, objetivos e metas, verificar o compromisso
com a gestão ambiental e avaliar o desempenho do sistema de gerenciamento
ambiental.
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Logo, vê-se que enquanto sabe-se que sistemas de gestão da qualidade tratam das
necessidades dos clientes, os sistemas de gestão ambiental, vão em busca de atender
necessidades de um amplo conjunto de partes interessadas e às atuais preocupações da
sociedade frente à questão de proteção e preservação ambiental.
4.6 PADRÕES AMBIENTAIS DO SISTEMA DE GESTÃO
Quando as companhias desejam colocar no mercado produtos com qualificações
ambientais, respeitando normas, elaboram-se sistemas de certificação, tanto para as empresas,
quanto para seus produtos, sendo possível desta forma diferenciar companhias que atendem a
legislação e visam cumprir o desenvolvimento sustentável.
Logo, para Fusco (2002, p. 201), para obter uma certificação ambiental, uma
companhia deve primeiramente implantar um sistema de gestão ambiental, depois deverá
cumprir a legislação ambiental da localidade em que se localiza a companhia e finalmente,
firmar um compromisso de melhorar constantemente seu desempenho ambiental.
Com isso, vive-se hoje uma efervescência ambiental pelas companhias buscarem cada
vez mais se alinhar aos padrões ambientais que os órgãos exigem, e para superar estas
expectativas ambientais, que se torna uma poderosa de propaganda para as companhias, estas
reconhecem a real necessidade de criar uma integração da gerência ambiental em suas
operações de negócio.
Embasado neste cenário, o setor ambiental passa por um crescimento amplo de
padrões nacionais e regionais, que conforme Kraemer (2008, p. 07) hoje há a ISO 14001, a
EMAS e a BS7750, ambos sendo os padrões ambientais do sistema de gerência de base
internacional, européia e nacional, possuindo grande similaridade entre si, que dentre elas,
podemos citar:
 compreensão objetiva de aspectos ambientais e de seus impactos;
 necessidade de uma política ambiental que esclareça os princípios ambientais
praticados pela companhia;
 objetivos e alvos que irão definir os objetivos ambientais e o trajeto para sua
realização;
 um programa ambiental de gerência, definindo como objetivos e alvos serão
cumpridos;
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 auditoria interna do sistema de gerência ambiental que assegure eficácia e
cumprimento;
 revisão da gerência do sistema para ter certeza de que este continue sendo
apropriado e praticado de forma eficaz para a organização e seus alvos.
Segundo o International Organization for Standardization – ISO, a ISO 14000 possui
o vem segmentada em dois tipos padrões:
a) Padrões da organização: podem ser utilizados para execução e avaliação do Sistema de
Gerência Ambiental (EMS) dentro de uma companhia, incluindo também a ISO 14010
séries de padrões de auditorias ambientais e a ISO 14030 série dos padrões para a
avaliação de desempenho ambiental.
b) Padrões de produtos: podem ser praticados para avaliação dos impactos ambientais
dos produtos e de seus processos. Compondo este grupo, tem-se a ISO 14020, série de
padrões de rotulagem ambiental, a ISO 14040, série de padrões da análise do ciclo de
vida e a ISO 14060, série de padrões do produto.
Já o padrão britânico BS 7750, conforme o British Standards Institution – BSI é
utilizado com o intuito de detalhar o Sistema de Gerência Ambiental da companhia, visando
avaliar o desempenho e definir a política, as práticas, os objetivos; fornecendo um catalisador
para a melhoria contínua.
Com isso, o foco principal desta norma vem a ser servir de ferramenta de verificação e
assegurar que os efeitos das atividades, produtos e serviços de uma determinada companhia
estarão de acordo com conceitos de proteção ao meio ambiente, trazendo em destaque tal
preocupação com o causa ambiental, por parte das companhias. Esta norma vem de restrições
determinadas pela legislação e pelo desenvolvimento de medidas econômicas e diversas
outras medidas, com o objetivo de incentivar as práticas focadas na proteção ambiental.
Ainda, conforme o British Standards Institution – BSI, esta norma necessita de uma
política ambiental conforme a legislação ambiental que proponha a organização efetuar e
fazer cumprir um compromisso frente à melhoria contínua. A BS 7750, foi desenvolvida para
ter compatibilidade com o formato da Eco-Management and Audit Scheme – EMAS,
juntamente com o padrão internacional da ISO 14001.
O último padrão, o Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria, conforme a EcoManagement and Audit Scheme – EMAS, foi estabelecido pelo regulamento (CEE) n.º
1836/93, e é uma ferramenta voluntária focada em empresas que tendem a avaliar e melhorar
suas atitudes ambientais e divulgar isto ao público geral interessado, seu desempenho e
15
preocupações ao nível ambiental, sem se limitar com cumprimentos da legislação ambiental
nacional e comunitária, se existente.
Em 2001 publicou-se o novo regulamento (EMAS II), instituído pelo Regulamento
(CE) n.º 761/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Março de 2001,
revogando o primeiro, possuindo estas principais revisões:

ampliar a aplicação do EMAS a todos os setores de atividade econômica, inclusive
locais;

adotar um modelo de sistema de gestão ambiental da norma ISO 14001;

levantamento ambiental mais abrangente e exigente;

adotar um logotipo visível e de fácil reconhecimento, permitindo às companhias
registradas no EMAS sua publicação de forma mais eficaz;

maior compromisso dos colaboradores para implementar o EMAS;

melhoria do conteúdo da Declaração Ambiental;

elaborar uma Declaração Ambiental Global;

validação anual das alterações à Declaração Ambiental.
Como o próprio nome sugere, o Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria
(EMAS) é aberto à participação voluntária de organizações com interesse em melhorar o
desempenho ambiental de um modo como um todo, prestando informações de certa relevância
quando ao resultado da gestão frente aos aspectos ambientais para o público e interessados.
4.7 BENEFÍCIOS DA CONTABILIDADE DE GESTÃO AMBIENTAL
Segundo Tinoco e Robles (2007, p. 04), a Contabilidade de Gestão Ambiental, pode
ser associada a, no mínimo, três tópicos:

definir custos, despesas operacionais e passivos ambientais;

mensurar o passivo ambiental, dando ênfase para ativos de vida longa; e,

ampla utilização de notas explicativas, divulgar relatórios ambientais com mais
clareza, utilizando indicadores ambientais padronizados.
Logo, esta forma de gestão relaciona-se aos aspectos econômico-contábeis, visando
identificar custos ambientais gerados pelas atividades e seus processos organizacionais, isto é,
a companhia consegue traçar planos de ações e ferramentas de controle, objetivando descobrir
ou eliminar estes custos, trazendo melhoria a eficiência da utilização de recursos da
companhia, o que gera acumulação de riquezas para a mesma.
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Conforme Cagnin apud Kraemer (2000, p. 07) este processo de gestão ambiental, pode
trazer diversos benefícios a companhia que o adota, e podemos dividi-los em dois grupos
distintos, benefícios econômicos, como economia de custos, gerando redução de água,
reciclagem e comércio de resíduos, incrementando a receita com linha de novos produtos e
benefícios estratégicos, criando uma melhor imagem institucional da companhia, aumentando
sua produtividade e melhorando a relação com órgãos governamentais, a comunidade em si e
grupos ambientalistas.
Logo, a existência de um sistema de gestão ambiental convencional, não será
suficiente, pois a evolução da companhia frente aos problemas ambientais por estes
enfrentados dependerá sempre das suas ações da administração, com isso, os benefícios após a
implementação do sistema será amplamente relacionado à mudança de comportamento,
inovação organizacional e conscientização da companhia.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste estudo teórico, observaram-se algumas importantes questões que se
referem ao objetivo deste trabalho, que é verificar o tratamento de gestão que tem sido
proposto, pela literatura, sobre como gerenciar o meio ambiente.
Há uma crescente preocupação da sociedade sobre como as empresas tem tratado tais
questões, refletindo em um consumo mais consciente de produtos, exigindo das companhias
uma maior responsabilidade nos processos de produção, e por conseqüência, da gestão de tais
fatores.
Como resposta, encontrou-se na literatura, que as questões de sustentabilidade de
produtos, recursos e processos, podem ser contempladas pela empresas em seu processo
normal de produção. Em alguns casos, com poucos recursos adicionais e uma boa estratégia
de gestão são suficientes para tal.
Especificamente, a literatura apresenta formas de como tratar a forma correta de
contabilização dos ativos e passivos ambientais, e em seguida, como evidenciá-los aos
usuários, bem como a adequada separação dos gastos, em termos de custos e despesas.
Verificou-se também, que a adoção dessa política ambientalmente correta, trás
vantagens para as empresas, seja junto aos consumidores, aos investidores e a sociedade em
geral, uma vez que cada vez mais, isso é um fator determinante para o consumidor.
17
Logo, adotar um bom padrão de gestão torna-se cada vez mais um diferencial
competitivo, e verifica-se na literatura, que algumas instituições têm investido muito nesta
área, e tem divulgado várias formas de padronizar e disponibilizar meios e conhecimento para
que as empresas adotem e pratiquem formas de gestão saudáveis e sustentáveis.
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