Análise de Redes Resistivas INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Trabalho de Laboratorio nº 1 ANÁLISE DE REDES RESISTIVAS Prof. Fernando Gonçalves Trabalho Realizado por: Lisboa, 3 de Abril de 2005 Gustavo Lopes (55741) Lígia Figueiredo (54781) Nuno Santos (55746) Página 1 de 9 Análise de Redes Resistivas 4. Divisor de Tensão 4.2 – Análise Teórica Calculamos o valor teórico da tensãoV 0 , a partir dos valores dados de R 1 , R 2 e V 1 , e que são, respectivamente, 10 kΩ, 4,7 kΩ e 9V. O valor obtido foi de 2,88 V. 4.3 – Procedimento experimental Antes de montar o circuito determinamos o valor das resistências, R 1 e R 2 , através do multímetro, assim como o valor das diferenças de potencial aos terminais daquelas duas resistências e da pilha utilizada, isto depois de o circuíto estar montado. De seguida é apresentado uma tabela com os valores registados. Resistência R1 Valor (Ω) R2 4,67 Tensão V1 Valor (V) V R1 6,01 V R2 2,83 9,87 8,83 Nota: os valores obtidos no ecrã do multímetro, para as resistências R 1 e R 2 , foram de facto estes, mas estes valores foram medidos numa escala de 1000 Ω. 4.4 – Análise dos Resultados 1. Pela fórmula do divisor de tensão: V R2 = R2 V1 R 1 R 2 A partir dos valores experimentais de R 1 , R 2 e V 1 chegamos a um valor teórico experimental de VR 2 , que coincide com V0 . V R2 = 4,67 8,83 = 2,84 V 9,87 4,67 2. Página 2 de 9 Análise de Redes Resistivas Comparando os três conjuntos de resultados, verfica-se que estes coincidem em grande medida. Recorrendo aos valores experimentais de R 1 , R 2 e V 1 chegamos a um valor teórico experimental de V 0 de 2,84 V, muito próximo do valor experimental obtido através do multímetro para aquele parâmetro, que é igual a 2,83 V. Assim sendo, estes valores estão mais próximos um do outro do que está cada um deles em relação ao valor teórico, que é de 2,88 V. Isto já era de esperar uma vez que o valor experimental e o valor teórico experimental foram afectados por muitos dos mesmos erros. As principais causas que levaram à discrepância entre os valores teóricos e experimentais (ou teóricos experimentais), que, como pudemos verificar anteriormente, não foi muito elevada, foi o facto de os valores marcados para as resistências e para a pilha se afastarem o suficiente dos valores reais para se detectarem erros de exactidão. (as resistências tinham entre 5% e 10% de tolerância). A pequena discrepância entre os valores experimentais e valores teóricos experimentais são insignificantes e perdem-se na precisão dos instrumentos usados e nos arredondamentos dos cálculos. 5. Leis de Kirchhoff 5.2 – Análise Teórica Considerando como referência o nó A, determinamos o valor das tensões nos nós B, C, D e E, assim como o valor das correntes que convergem para o nó A, a partir dos valores dados de V 1 (1,5V), V 2 (9V), R 1 (1kΩ), R 2 , R 4 (ambos de 10 kΩ), R 3 e R 5 (ambos de 2,2 kΩ). Os valores obtidos estão presentes na seguinte tabela; Tensão VB Valor (V) 1,500 VC -0,940 VD -1,183 VE - 9,000 Corrente I V1 Valor (mA) -0,926 Página 3 de 9 Análise de Redes Resistivas I R3 -0,538 I R4 0,782 I R5 0,682 5.3 – Procedimento experimental Depois de montar o circuito, que consiste no protocolo, efectuamos uma série de medições, nas quais constam tensões e intensidades de corrente (estas últimas convergem para o ponto A). Os valores obtidos, associados àqueles parâmetros, estão presentes na seguinte tabela: Tensão V AB Valor (V) V BC 2,513 V CD 0,251 V DE 7,790 V EA 8,960 V DA 1,172 Corrente I V1 Valor (mA) I R3 0,522 I R4 0,778 I R5 0,705 1,594 0,943 5.4 – Análise dos Resultados 1. Malha ABCDA V R 1 + V R 2 +V R 3 -V 1 = 0 Como V R 1 = V C - V D = V CD V R 2 = V B - V C = V BC V R 3 = V D - V A = V DA V 1 = V B - V A = -( V A - V B ) = - V AB Página 4 de 9 Análise de Redes Resistivas Assim V CD + V BC + V DA + V AB = 0 Substituindo pelos valores obtidos e observando as convenções para os pólos. 0,251 + 2,513 + (-1,172) + (-1,594) = - 0,002 V 0 V Malha ADEA V R 3 - V R 4 +V 2 = 0 Como V R 3 = V D - V A = V DA V R 4 = V D - V E = V DE V 2 = V A - V E = -( V E - V A ) = - V EA Assim V DA - V DE - V EA = 0 Substituindo pelos valores obtidos e observando as convenções para os pólos: 1,172 + 7,790 – 8,96 = 0,002 V 0 V Conclusão: Ao aplicarmos a 2ª lei de Kirchhoff às malhas ABCDA e ADEA e utilizarmos os valores obtidos experimentalmente para as tensões, verificamos que realmente os valores obtidos (0,002V para a primeira e 0,002V para a segunda) são aproximadamente zero. Desta maneira, verifica-se a validade da lei das malhas e aferimos que os valores experimentais não estão afectados por muitos erros. 2. Nó A I R 3 + I V1 + I R 4 + I R 5 = 0 Substituindo a expressão de cima pelos valores obtidos experimentalmente, e considerando o sentido da corrente, temos: -0,522 - 0,943 + 0,778 + 0,705 = 0,018 mA 0 V Conclusão: Página 5 de 9 Análise de Redes Resistivas Ao aplicarmos a 1ª lei de Kirchhoff ao nó A, e se utilizarmos os valores obtidos experimentalmente para as intensidades de corrente, verificamos que valor obtido (0,018 mA) é aproximadamente zero. Desta maneira, verificamos a lei dos nós. As pequena diferença está provavelmente relacionada com factores como a precisão do multímetro. 3. Podemos confirmar, novamente, a validade da lei das malhas e da lei dos nós, utilizando, desta vez, os valores obtidos no ponto 5.2. Desta forma podemos também comparar os resulatados experimentais com aqueles que foram obtidos teoricamente. Malha ABCDA V R 1 + V R 2 +V R 3 -V 1 = 0 V CD + V BC + V DA + V AB = 0 Substituindo pelos valores teóricos. (-0,940+1,183) + (1,500+0,940) + (-1,183-0) +(-1,500) = 0 V Malha ADEA V R 3 - V R 4 +V 2 = 0 V DA - V DE - V EA = 0 Substituindo pelos valores teóricos: (-1,183-0) – (-1,183+9,000) – (-9,000-0) = 0 V Nó A I V1 + I R 3 + I R 4 + I R 5 = 0 Substituindo a expressão de cima pelos valores teóricos: - 0,926 -0,538 + 0,782 + 0,682 = 0 mA Comparando os resultados teóricos com aqueles que foram obtidos através das medições experimentais, verificamos que estes últimos se aproximam bastante dos valores Página 6 de 9 Análise de Redes Resistivas esperados, isto é, para a malha ABCDA obtivemos -0,002V, para a malha ADEA 0,002V e para o valor da soma das correntes que entram no nó A obtivemos o valor 0,018 mA, muito próximos, então, dos valores teóricos descritos anteriormente. As causas que levaram a esta ligeira diferença entre os valores obtidos no ponto 1 e 2 e aqueles que apresentamos, terá contribuído o facto da medição do valor das resistências através do multímetro, não revelar o valor tabelado. Por exemplo, para a resistência R 1 obtivemos o valor de 0,98 Ω e para as resistências R 2 e R 3 obtivemos 9,87 Ω e 2,14Ω, respectivamente. Finalmente, verificamos que os resultados teóricos que obtivemos estão correctos, pois a partir deles confirmamos a validade da lei dos nós e da lei das malhas. Assim, os objectivos desta experiência foram atingidos com sucesso. 6. Ponte de Wheatstone 6.2 Análise Teórica Feitos os cálculos, o valor obtido para a resistência do potenciómetro com o qual a corrente no amperímetro seja nula é Rpot = 4,68 K. 6.3 Procedimento experimental 3. Segue-se uma tabela, não só da resistência potenciómetro para anular a corrente, mas também das resistências: Elemento R1 Resistência/kΩ 2,16 R2 4,62 R3 9,87 R pot 4,56 Para este conjunto de valores, obteve-se uma corrente de 0,001 mA. 6.4 Análise dos Resultados O valor obtido experimentalmente aproxima-se bastante do valor previsto - obtiveramse 4,62 k contra 4,68 k . Esta pequena diferença deve-se essencialmente ao facto de as Página 7 de 9 Análise de Redes Resistivas resistências e fonte de tensão usadas não possuirem, respectivamente, os valores de resistência e tensão com os quais os cálculos foram efectuados. 7. Conversor de Sinal Digital para Analógico 7.2 Análise Teórica 1. A função obtida é: V V VA = S1 + S2 . 3 6 2. Eis uma tabela com todas as combinações possíveis: VS1 (V) 0 0 9 9 VS2 (V) 0 9 0 9 VA (V) 0 1,5 3,0 4,5 7.3 Procedimento Experimental Eis os valores obtidos para a tensão no nó VA : ( VS1 , VS2 )/(V,V) VA (V) (0,0) (0,9) (9,0) (9,9) 0,06 x 10-3 1,50 2,98 4,48 7.4 Análise dos Resultados 1. Os resultados obtidos experimentalmente são muito semelhantes aos esperados. As pequenas diferenças poderão dever-se (mais uma vez) ao facto de as resistências e a pilha nao possuírem um valor suficiente próximo do marcado. Neste caso, também é provável que Página 8 de 9 Análise de Redes Resistivas a pilha tenha ligeiramente diminuído a sua tensão à medida que a corrente aumentava (ligouse a pilha em paralelo para simular duas fontes de tensão). Tensao em funcao do estado das fontes representacao decimal 4 3 2 Fun . Teorica 1 2. Reg . Linear 0.5 1 1.5 2 2.5 3 Página 9 de 9