OS ACERVOS CARTOGRÁFICOS DAS SOCIEDADES DE GEOGRAFIA : MAPAS E REDES - O EXEMPLO DE LYON Cartographic collections from geographic societies : maps and networks – the example of Lyon Enali M. De Biaggi1 1 Université Jean Moulin Lyon 3 – UMR 5600 EVS CRGA – Centre de recherche en géographie et aménagement [email protected] RESUMO O propósito deste texto é discutir o potencial de estudo dos acervos cartográficos reunidos nas sociedades de geografia formadas principalmente no século XIX. Reunindo professores e pesquisadores eminentes na comunidade universitária, figuras políticas, soberanos ou dirigentes, ou ainda personalidades do mundo industrial e comercial. A organização destas sociedades que funcionam como um dos centros de difusão e mesmo de produção do « saber geográfico » está geralmente ligada a uma preocupação de fundamentar uma ação territorial eficaz nos projetos de ocupação de espaços, por vezes ainda pouco conhecidos pelos diversos atores envolvidos.Uma atenção especial sera dada à valorização dos acervos cartográficos sul americanos destas sociedades, por vezes já extintas, como é o caso da sociedade de geografia de Lyon. Palavras chaves: Sociedade de Geografia, Cartografia Histórica, Acervo Cartográfico. ABSTRACT The purpose of this text is to discuss the potential analysis of the cartographic collections belonging to the many Geographic Societies funded mostly during the XIXth century. Meeting place to lecturers coming from the academic, political and business realities, these organizations have been considered as one of the developing and diffusion centers of geographical knowledge, often related to an effective project of territorial expansion in spaces still little known to those occupying them. A special attention will be given to the ways South American maps included in these collections could be brought to light, especially in cases such as Lyon, when the geographic society no longer exists. Keywords: Geographic Society, Historic Cartography, Cartographic Collections 1. INTRODUÇÃO Acompanhando a expansão do poder colonial europeu, uma nova forma de organização aparece no século XIX capaz de indicar a “ênfase na territorialidade e controle sobre blocos de espaço (que) estendeu-se ao mundo extra europeu” (BLACK, J. 2005, pg. 108) : as sociedades de geografia. Reunindo professores e pesquisadores eminentes na comunidade universitária, figuras políticas, soberanos ou dirigentes, ou ainda personalidades do mundo industrial e comercial, seu modo de funcionamento como um dos centros de difusão e mesmo de produção do « saber geográfico » aparece geralmente ligado a uma preocupação de fundamentar uma ação territorial eficaz nos projetos de ocupação de espaços, por vezes ainda pouco conhecidos pelos diversos atores envolvidos. De fato, o objetivo de incorporar ao debate disciplinar um leque de atores bastante amplo não se encontra somente visível no momento da criação da sociedade, mas permanece vivo em várias entidades ainda hoje existentes: « Elle est ouverte à tous ceux qui, quelle que soit leur formation, sont intéressés par la discipline et l'éclairage qu'elle apporte à de grandes questions de notre époque » (texto sobre os objetvos da 1 sociedade de geografia de Marselha disponível em http://societegeomarseille.free.fr/sgdm_objectifs.htm) ou ainda “La Société de géographie de Québec (SGQ) est fière d’offrir une vitrine et une plate-forme d’échange aux amants de la géographie et aux individus et groupes d’individus désireux de travailler de manière solidaire à l’approfondissement de la vie citoyenne et à l’amélioration de la qualité de vie sur le territoire de la région de la Capitale Nationale » (texto de apresentação da sociedade de geografia de Quebec in http://www.socgeoquebec.org/Site/Accueil.html). 2. MECENAS, EXPLORADORES, NEGOCIANTES Estas sociedades, quase sempre reconhecidas como tendo uma « utilidade pública », vão bem além dos objetivos comumente citados em seus estatutos de contribuir et incentivar o estudo da geografia : vários textos testemunham o caráter utilitário que elas acabam exercendo em momentos chave da história local, quer seja enquanto membro da sociedade civil, ou mesmo no campo militar (HEFFERNAN, 1996). A experiência francesa é bastante relevante neste sentido, já que a Sociedade de Geografia de Paris é tida como a primeira do gênero. Fundada em 1823, em um momento onde a cartografia nacional é uma responsabilidade militar, a aliança de “correspondentes” civis e militares (diplomatas, engenheiros, militares, viajantes ou exploradores) vêm tentar responder à uma preocupação de criar uma “memória geográfica” que será útil nas diversas campanhas francesas, sobretudo na África e na Ásia. Em um momento onde o ensino e a pesquisa ainda não se encontram completamente institucionalizados, as sociedades de geografia são a oportunidade de afirmar uma abordagem científica graças à reunião de pessoas cujas observações, “descobertas” e teorias passam a ser difundidas por meio de conferências, publicações, por vezes chegando mesmo à criação de coleções organizadas e referenciadas em museus (DELMAS, 2012) . Se este tipo de organização se difunde rapidamente na Europa (Berlin em 1828, Londres 1830), os novos estados americanos não tardam a se lançar em modelos similares (Mexico 1833, New York 1852, Lima 1876, Rio de Janeiro 1883). QUADRO 1 : Lista das sociédades de geografia de importância international segundo a data de criação : Ano de criação 1821 Cidade Paris 1828 Berlin 1830 Londres 1833 Mexico 1836 Frankfurt am Main 1845 São Petersburgo 1852 Nova York 1856 Viena 1858 Genebra 1861 Leipzig 1863 Dresden 1867 Turim, Kiel 1869 Munique 1870 Bremen 1872 Budapest 1873 1875 Roma, Berna, Halle Amsterdã, Hamburgo Copenhague, Lisboa 2 Bucarest, Cairo 1876 1877 Madri, Bruxelas,Lima Antuérpia, Alger Stockholm, Varsovia Québec 1878 Hanover 1879 Tokyo 1883 Rio de Janeiro 1885 Neuchâtel 1886 Adélaïde 1888 Washington, Sidney Helsinki 1889 Oslo 1891 Filadélfia 1894 Praga 1898 Chicago 1899 Dacca 1901 Atenas 1902 Baltimore, Malta 1903 Bogota 1906 Havana 1910 Belgrado 1911 Santiago do Chile 1922 Buenos Aires 1928 Liège 1929 Ottawa 1941 Ankara 1949 Zagreb Fonte : Sociedade de Geografia de Paris, 2013. Org. : De Biaggi. Particularmente ativas na segunda metade do século XIX, como se vê no quadro 1, a criação dessas sociedades « savantes » chega a se regionalizar no interior dos países, reproduzindo localmente o trabalho de cooperação e apoio à uma ocupação territorial efetiva. Mais de quarenta sociedades são contabilizadas nas diversas capitais regionais francesas (Lyon 1873, Bordéus 1874, Marselha 1876), com trajetórias diversas no seio da vida política local (FRANCOIS, 2012). Todas estas sociedades locais propõem um boletim composto de artigos e crônicas geográficas, resenhas bibliográficas e atas de sessões. A exploração colonial e a conquista de novos territórios são um dos assuntos mais tratados de modo geral, e a participação do mundo acadêmico é, sobretudo no início das sociedades, quase sempre minoritária face às outras fontes de informações. Tanto no financiamento das atividades, quanto na formação de um acervo documentário importante, cada sociedade de geografia pode contar com o apoio de mecenas importantes. No caso das sociedades geográficas europeias, ficam particularmente claros os desafios coloniais sobretudos dirigidos à Ásia e África, conduzindo certas sociedades a exibir um intuito comercial mais direto, que pode se manifestar pela formação de organizações onde a apelação comercial é mais direta : “A la suite de celle de Paris, issue de l'alliance entre les syndicats du commerce parisien et une section de la Société de géographie, devenue autonome en 1871, des sociétés de géographie commerciale sont créées à Bordeaux (1874), Nantes (1882) ou Le Havre (1884), sous la pression des armateurs, négociants et chambres de commerce de ces villes, qui préconisent une géographie "utilitaire et commerciale". Le contenu de leurs bulletins reflète cette orientation et rend compte des problématiques économiques soulevées par la conquête africaine : tracés des chemins de fer ; 3 navigation sur les fleuves, itinéraires commerciaux, productions économiques locales, etc.. » (Texto preparado para o dossiê “Voyages en Afrique” na Biblioteca Nacional da França, portal Gallica – disponível em http://gallica.bnf.fr/dossiers/html/dossiers/VoyagesEnAfrique/Revues/T_Revues2.htm). A realização de croquis, desenhos, plantas, mapas das destinações mais “interessantes” fazem necessariamente parte de uma leitura territorial cujas funções imediatas aparecem de maneira clara assim que a leitura mais pormenorizada dos atos de reuniões é feita. A produção cartográfica vêm apoiar a demonstração do melhor traçado para uma via ferroviária, ou para indicar a navegabilidade dos rios, colocando em evidência os itinerários comerciais, as produções econômicas locais, os pontos de apoio possíveis para uma ação local. Publicados pelas sociedades de geografia, estes mapas cobrem diversas escalas (ver figuras 1 e 2) e se referem sobretudo a territórios “longínquos” – a cobertura cartográfica de realidades mais “locais” ou próximas, principalmente nas sociedades de geografia europeias, so aparecerão no momento onde os conflitos europeus se tornam mais próximos no século XX. Fig. 1 - “Afrique” , desenhado por J. Hansen, publicação da Société de Géographie de Paris, 1895 (Disponível em http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b7759109t/ ). Fig. 2 – América Noroeste Região Athabaska - Mackensie / publicado pela Société de géographie de Lyon, 1879 - desenhado segundo o Abade Petitot e um mapa publicado em Montréal (Disponível em http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b84692006 ) 4 3. UM ACERVO DISPERSO E HETEROGÊNEO Bibliotecas, cartotecas e fototecas, arquivos pessoais de personalidades diversas fazem parte constante dos acervos das sociedades de geografia que atualmente se encontram em diversos estados de conservação. A sociedade de geografia de Paris anuncia no seu site um total de 50.000 mapas e outros documentos cartográficos (globos, croquis, vistas obliquas), cuja classificação foi possível graças a um acordo com a Biblioteca Nacional da França desde os meados do século XX. No momento em que escrevemos, mais de 3000 documentos desta coleção se encontram à disposição (ver http://www.socgeo.org/bibliotheque/globes-et-cartes/ e http://expositions.bnf.fr/socgeo/). A National Geographic norte-americana propõe não só um acesso ao acervo histórico mediante uma inscrição prévia, mas igualmente um servidor de mapas atuais 2D e 3D de todo o planeta (disponível em http://maps.nationalgeographic.com/maps/print-collection-index.html). Os acervos de outras sociedades, no entanto, se encontram bem distantes destes objetivos, sobretudo quando a sociedade em questão deixou de existir, ou então passou por várias reestruturações no decorrer do tempo. De listas de obras à simples menções de existência de um fundo documentário, poucos acervos se encontram à disposição efetiva do público. Tal é o caso do acervo da sociedade de geografia de Lyon que, por uma questão de proximidade direta, nos propomos a analisar neste texto. Tendo sido a primeira sociedade regional criada na França após a fundação da sociedade de geografia de Paris, pode-se imaginar que, os 50 anos que separam as duas criações demonstram não só a importância do “centralismo francês” e de sua capital, mas também das relações entre as elites da cidade de Lyon. Criada em 1873, esta primeira sociedade de geografia « provincial » se especializa durante seus primeiros anos no estudo de expedições coloniais, particularmente nos continentes asiático e africano. Martine François descreve os três grupos sociais que formam a elite local no momento em que a sociedade é criada : o setor industrial ligado à manufatura da seda ao qual se associa uma indústria química nascente; um estado maior militar, diretamente ligado às expedições e conquistas coloniais; e finalmente, enquanto centro eclesiástico nacional, um poderoso setor religioso reunido em grupos missionários particularmente importantes na vida local (FRANCOIS, 2012 : 36). Mostrando uma união de interesses convergentes na segunda metade do século XIX, capazes de redesenhar a própria estrutura urbana de Lyon à partir da década de 1850, a primeira reunião da sociedade de geografia de Lyon ocorre nos locais da sociedade de comerciantes de seda, e sua primeira subvenção virá da câmara de comércio e indústria local. Em fevereiro de 1874 a sociedade conta 250 membros, em 1895 eles serão mais que o dobro : 535 (FRANCOIS, 2012 : 37); seu boletim, à princípio bianual e após 1890 com periodicidade anual, será editado igualmente em 500 exemplares nos primeiros quarenta anos de existência. Nesse contexto, não é de se admirar que certos temas sejam frequentemente abordados em Lyon. A produção da seda asiática, incitando a um maior conhecimento sobretudo da China e territórios adjacentes, será o objeto de uma publicação premiada pela sociedade em 1877 (“Géographie de la soie, étude géographique et statistique sur la production et le commerce de la soie en cocon”, de Léon Clugnet), antes que outros territórios coloniais sejam abordados graças às visitas de exploradores de diferentes nacionalidades cujas conferências encontram uma audiência importante. Lyon pode se vangloriar de ter realizado a primeira exposição colonial fora de Paris em 1894, antes que se forme o comitê nacional das exposições coloniais na França em 1906 . Apesar de tal entusiasmo, a sociedade de geografia de Lyon terá seu funcionamento interrompido durante a primeira Guerra Mundial, como a maior parte de suas congêneres. No período entre as duas grandes guerras ela reaparece nos meios universitários até que em 1970, em meio às reformas dos mesmos, ela deixa de existir (http://cths.fr/an/societe.php?id=2836#). 4. UMA PROPOSTA DE VALORIZAÇÃO PARA O ACERVO CARTOGRÁFICO DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LYON O trabalho atual de resgate do acervo cartográfico da sociedade de geografia de Lyon se iniciou após uma progressiva reunião de vários mapas encontrados em diferentes locais dos prédios históricos da universidade de Lyon, a partir de 2005. Embora tudo indique que o acervo da sociedade de geografia de Lyon se encontre disperso em vários locais, entre os quais a biblioteca municipal de Lyon que acolheu vários acervos 5 pessoais de antigos membros, o projeto que aqui descrevemos tem por ambição uma análise mais detalhada de todos os documentos cartográficos disponíveis no fundo documentário que permanece na universidade. Uma primeira avaliação havia considerado um total de 2000 mapas oriundos principalmente da Sociedade de Geografia de Lyon – atualmente, do total de 10000 documentos encontrados, pode-se dizer que cerca de 750 possuem um valor histórico indiscutível, indo desde exemplares do final do século XVIII até meados do século XX. Os múltiplos carimbos e assinaturas presentes em alguns dos mapas permitem testemunhar a dinâmica de trocas existentes entre os diferentes atores da vida local de Lyon, bastante ativos sobretudo no final do século XIX (ver figura 3). Os mapas da América do Sul constituem uma parte menor do acervo existente, sobretudos se comparados às centenas de mapas que demonstram o ímpeto colonizador francês na Africa e no oriente médio. Ainda assim, eles mostram uma série bastante rica de trabalhos originais dos países tendo acolhido pesquisadores franceses no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. O fundo sulamericano disponível é acima de tudo um testemunho de uma época de enraizamenteo de novas tradições cartográficas nos países visitados, cobrindo diversas escalas (planos de cidades, cartas topográficas, atlas) particularmente importantes para os países do Cone Sul. No caso dos mapas brasileiros, os mapas ali disponíveis serão realmente testemunhos de um período de intensa publicação de novas edições cartográficas, quer seja na criação do IBGE, mas também reunindo uma produção bastante diversificada sobre uma infinidade de temas. O caráter quase “enciclopédico” das coleções formadas nas missões francesas à América do Sul são talvez menos afirmativas de um interesse colonial direto, mas traduzem ainda asim o interesse de poder relatar a realidade local também em termos de polaridades e dinâmicas econômicas (mapas de ferrovias, aeroportos, navegabilidade de rios). Figura 3 : Série de carimbos e assinaturas disponíveis em mapas do acervo histórico da universidade de Lyon. (Fotos : De Biaggi, 2013). No momento, uma série de ações visando a restauração e a realização de um catálogo detalhado dos mapas existentes vêm sendo realizada. Os objetivos finais visam igualmente a digitalização dos mapas em diversos níveis de resoluções e a sua disponibilização a partir do catálogo digital da biblioteca universitária. Isto implica o envolvimento de diferentes grupos de trabalho com competências complementares, de bibliotecários à engenheiros em informática, bem como a participação de pesquisadores dos centros de pesquisa locais que determinam a seleção dos mapas de maior interesse face aos projetos de pesquisa em andamento. De fato, tornou-se claro que somente uma integração do processo de catalogação a projetos de pesquisa capazes de resgatarem o contexto das ações de levantamentos e conquistas territorias dos locais mapeados permite que se possa inferir das características dos mapas ali presentes. Os sistemas de projeções presentes, as interpretações de coordenadas geográficas e referenciais utilizados, a análise do conteúdo registrado só se tornam possíveis quando um conhecimento mais amplo do território e de sua geohistória existem. Desta forma, os pesquisadores envolvidos não só adquirem informações preciosas sobre os estudos de campo que vêm efetuando, mas também contribuem para esclarecer o tipo de cartografia realizada em períodos mais distantes, nem sempre explícitos nos documentos fazendo parte do acervo em questão. No caso de mapas das sociedades de geografia, onde as cópias de documentos eram frequentes, a contextualização do mapa em uma rede maior de produçao cartográfica se torna indispensável. Se por um lado a recuperação progressiva do acervo tem permitido a realização de novos projetos de pesquisa locais, por outro lado, de maneira mais ampla, esse trabalho permite que se possa trazer à luz novos aspectos das dinâmicas espaciais associadas às sociedades de geografia. O impacto destas sociedades, apesar de uma existência por vezes efêmera, suplantada pelos eventos históricos e pela organização de novos tipos de instituições responsáveis pela difusão de trabalhos cartográficos, merece uma atenção especial não só pela riqueza de seus acervos cartográficos, mas também por demonstrar as trocas existentes entre professionais de várias nacionalidades formando redes de difusão de conhecimentos importantes num período de aceleração da produção de mapas. As redes constituídas no seio destas sociedades são capazes de explicar vários dos projetos territorias em ação no período que vai da segunda metade do século XIX até as primeiras décadas do século XX. Embora vários destes projetos não sejam levados a termo, os acervos resultantes destas ações de coleta de 6 informações múltiplas e variadas, realizadas fora das instituições tradicionais de produção cartográfica, podem completar a análise da cartografia histórica de diferentes regiões e paises. 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Disponível em < http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/geo_00034010_1921_num_30_167_8906 Acesso: 15 setembro 2013. HEFFERNAN, M. “Geography, Cartography and Military Intelligence: The Royal Geographical Society and the First World War” in Transactions of the Institute of British Geographers, New Series, Vol. 21, No. 3, pp. 504-533, 1996. Disponível em http://www.jstor.org/stable/622594 Acesso : 15 setembro 2013. Sites acessados em 13/09/2013: http://cths.fr/an/societe.php?id=2836# http://expositions.bnf.fr/socgeo/ http://geographie-toulouse.monsite-orange.fr/ http://gallica.bnf.fr/dossiers/html/dossiers/VoyagesEnAfrique/Revues/T_Revues2.htm http://maps.nationalgeographic.com/maps/print-collection-index.html http://societegeomarseille.free.fr/ http://www.socgeoquebec.org/Site/Accueil.html http://www.socgeo.org/bibliotheque/globes-et-cartes/ 7