RECURSO – CONSULTOR SENADO FEDERAL – LÍNGUA PORTUGUESA PROF. DIEGO AMORIM QUESTÃO COMPLEMENTO NOMINAL / ADJUNTO ADNOMINAL ARGUMENTAÇÃO (...) segundo Bechara, em sua Lições de Português pela Análise Sintática, adjunto adnominal consiste em expressões que giram em torno do núcleo de um termo com valor de substantivo para caracterizá-lo. Sua ligação se dá com substantivos que não denotam ação ou, ao indicarem ação, sua ligação se dá por agente da ação que o substantivo significa. O complemento nominal consiste em designação de pessoas ou coisas como objeto da ação ou sentimento que o substantivo ou adjetivo significa. Na comparação que se faz entre os dois termos, o complemento nominal se dá na ligação a substantivo com ação, portanto, sendo-lhe paciente da ação nominal/deverbal de tal substantivo. O contexto apresentado para análise na frase, em sua terceira ocorrência, não permite com segurança designar como agente ou paciente – sendo impossível a classificação como adjunto adnominal ou como complemento nominal respectivamente para o sintagma “domínio de doutrinas”. Ao analisar-se tal expressão, pode-se pensar tanto em ‘doutrinas’ como agente do domínio e como paciente dele: doutrinas dominam ou dominam doutrinas. Ambas as interpretações servem ao contexto proposto pela questão. Portanto, há duas respostas corretas para esta questão: para a expressão “domínio de doutrinas”, “de doutrinas” pode ser tanto adjunto adnominal quanto complemento nominal. Pede-se a anulação de tal questão para o bem da lisura do processo conduzido pela Douta Banca Examinadora. TÉCNICO LEGISLATIVO – SENADO FEDERAL – LÍNGUA PORTUGUESA PROF. DIEGO AMORIM QUESTÃO ABÚLICOS ARGUMENTAÇÃO (...) entende-se por abúlicos aquele que tem abulia, que significa falta de vontade, ausência de vontade ou ainda incapacidade relativa ou temporária de tomar decisões. Sendo assim, há duas opções corretas para esta questão: indiferentes e ineptos. Ora, o contexto comporta tanto um quanto o outro significado de tal expressão. A palavra abulia, dicionarizada, significa primariamente ausência de vontade, portanto seria ‘indiferente’ a opção correta. Contudo, pede-se o significado quanto ao contexto e se encaixa melhor no texto dado ‘ineptos’. Como há claramente duas opções corretas, pede-se a anulação de tal questão para o bem da lisura do processo conduzido pela Douta Banca Examinadora. QUESTÃO COLOCAÇÃO PRONOMINAL – LEMBRE-SE/TORNA-SE ARGUMENTAÇÃO (...) segundo Bechara, em sua Gramática Escolar da Língua Portuguesa, p.476, a presença de sujeito explícito na frase, expresso nela, pode-se tanto usar a próclise quanto a ênclise, sendo preferencial esta em detrimento daquela, porém as duas estão corretas. Afirma ainda, o renomado gramático, que até mesmo com mesóclise isso ocorre. O comando da questão pede que se marque a assertiva correta, portanto as duas estão e não a preferencial de acordo com o padrão culto da língua. Como há claramente duas opções corretas, pede-se a anulação de tal questão para o bem da lisura do processo conduzido pela Douta Banca Examinadora. QUESTÃO DISCURSO DIRETO/INDIRETO ARGUMENTAÇÃO (...) de acordo com Othon M. Garcia em sua Comunicação em Prosa Moderna, a transposição do discurso direto para o indireto pode se dar de diversas formas, desde que se mantenha o sentido original do texto e se respeitem as correlações verbais usadas. Sendo assim, há duas respostas possíveis para se transformar o discurso direto do peixe no quadrinho dado à análise para discurso indireto: os pares havia colocado / estava; colocara / estaria. As duas formas estão corretas quanto ao contexto dado da tirinha, portanto, como há claramente duas opções corretas, pede-se a anulação de tal questão para o bem da lisura do processo conduzido pela Douta Banca Examinadora. NÃO CABEM RECURSOS PARA: ANALISTA LEGISLATIVO – SENADO FEDERAL – LÍNGUA PORTUGUESA PROF. DIEGO AMORIM POLÍCIA LEGISLATIVA – SENADO FEDERAL – LÍNGUA PORTUGUESA PROF. DIEGO AMORIM