EFEITO DO ALTA FREQUÊNCIA APÓS A DEPILAÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA Gisele Alves dos Santos1, Patrícia Augusta Alves Novo2. 1. Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR) 2. Mestre em Educação, Prof. Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR) Endereço para correspondência: Gisele Alves dos Santos, [email protected] ___________________________________________________________________________ RESUMO: A busca por tratamentos estéticos eficazes tem aumentado muito nos últimos tempos, devido ao fato de que o cuidado com a aparência saudável possibilita um bem-estar, bem como, a elevação da auto estima. O mesmo ocorre com a depilação, não só mulheres, como também homens buscam procedimentos mais eficazes de eliminação dos pelos. Porém, percebe-se que alguns problemas podem surgir com a frequência aos procedimentos de eliminação de pelos, como irritações, foliculites e pseudofoliculites. Visando amenizar esses possíveis problemas foi que buscou-se na literatura, referenciais dos efeitos do aparelho de alta frequência após a depilação convencional com cera, a fim de verificar a sua real importância na ação antibacteriana, fungicida e germicida. Este estudo tem como objetivo discutir o efeito da utilização do aparelho de alta frequência após a realização de depilação convencional. Palavras-chave: depilação, alta frequência, bactericida. ___________________________________________________________________________ ABSTRACT: The search for effective aesthetic treatments has increased greatly in recent times due to the fact that the care of their appearance allows a healthy well-being as well as the elevation of self esteem. The same goes for shaving, not only women but also men seek more effective procedures for the disposal. However, it is clear that some problems may arise with the frequency to the clearance procedures, such as irritation, folliculitis and pseudofolliculitis. Aiming to alleviate these potential problems was that we sought in the literature, references of the effects of high frequency device after the conventional hair removal with wax in order to verify its real importance in antibacterial, fungicide and germicide. This study aims to discuss the effect of using high-frequency device after the conventional hair removal. Keywords: hair removal, high frequency, bactericidal. __________________________________________________________________________ 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INTRODUÇÃO A preocupação com a aparência A eliminação de excessos de pelos saudável do corpo e os cuidados com a já vem há um certo tempo, pessoas de pele, fazem com que tanto mulheres, como diversas sociedades buscam eliminar esses homens busquem os tratamentos estéticos excessos tanto para fins estéticos, bem na tentativa de solucionar incômodos, como de higiene pessoal. como é o caso da remoção dos pelos, que Olegário (2010), a história nos revela que mesmo em pilosidade normal, como a da em 1500 A.C. os homens já removiam os axila, se pelos com um depilador feito de sangue de a diversos animais, gordura de hipopótamo, frequente necessidade de se submeter à carcaça de tartaruga e trissulfeto de processos de remoção, como as irritações antimônio. geradas pela simples presença do pelo ou referem a por métodos algumas das quais convencionais depilação com cera, laminas cáustica como um e cremes depilatórios. Na tentativa de principais. (OLEGÁRIO, 2010). Cleópatra amenizar os problemas que são gerados tirava seus tão indesejáveis pelos com após a depilação como, por exemplo, sinais faixas de tecidos finos banhados em cera de irritação e foliculites geradas pela quente. Embora os depilatórios químicos simples presença do pelo ou por sua sejam retirada, é que se analisou a eficácia do contemporânea, o processo para remoção efeito do aparelho de alta frequência. dos virilha transformando sua e em retirada barba acabam problemas com os com Neste romanos pelos também composições através surgiu se depiladoras, continham dos considerados química METODOLOGIA Os Conforme soda ingredientes uma invenção de decomposição na Antiguidade. (OLEGÁRIO, 2010). Na Grécia antiga era revisão usado como instrumento para depilação bibliográfica, buscou-se analisar diversas uma varinha de 16 a 30 cm chamada fontes de documentos tais como livros, estrígil. As mulheres entravam num banho artigos e sites seguros de busca disponíveis quente antes da depilação, passavam uma na internet. Discutiu-se sobre os efeitos do pasta a base de vegetais e cinzas, depois aparelho a retiravam raspando a pele com o estrígil. depilação convencional e reforçando sua As mulheres muçulmanas depilavam-se indicação como agente bactericida. por achar que os pelos tinham um aspecto de estudo alta de frequência após sujo e maléfico. Mas, é no século XX que 2 a depilação se torna uma questão de ocasionando excreção de sebo para a higiene. Nos décadas de 20 e 30 a superfície. Para depilação era feita apenas nas pernas. A Du Vivier (2004), o depilação das axilas tornou-se uma prática desenvolvimento do folículo é iniciado em a partir da segunda metade do século. E torno do terceiro mês da vida fetal quando foi nas duas ultimas décadas que a a epiderme começa a enviar invaginações depilação em geral nas pernas, axilas e para a derme que irão se transformar em virilha passou a vigorar com ênfase até a folículo piloso e darão origem aos pelos. atualidade.(OLEGÁRIO, 2010). Por volta do quinto ou sexto mês de vida intra-uterina, o feto está coberto por uma fina camada de lanugem, que ele perde PELO os antes do nascimento, exceto no couro aspectos relativos à anatomia, fisiologia e cabeludo, nas sobrancelhas e nos cílios. O ao ciclo de crescimento do pelo, pois faz- corpo humano ao nascer é revestido por se essencial para compreensão de como o cerca de cinco milhões de folículos pilosos, mesmo surge e como se dá a sua remoção. não sendo formados folículos adicionais Analisando-se na literatura O pelo é formado por um folículo após o nascimento. piloso onde estão anexados uma glândula De acordo com Cucé e Neto (2001), sebácea e um músculo eretor. Para Cucé e o pelo tem uma haste, parte que se projeta Neto (2001), as glândulas sebáceas são da superfície da constituídas epiteliais representada pela região mergulhada na denominadas sebócitos. O sebócito contém pele. A haste do pelo é constituída de três pouco citoplasma sendo dominado pelo partes: medula, córtex e cutícula. A medula núcleo, mas durante a diferenciação o é formada por um eixo central de células citoplasma se distende com gotículas de queratinizadas e mal interconectadas; o lipídios que rompem a célula, constituindo córtex representa a maior porção do pelo a secreção do sebo. O músculo eretor do sendo formada por células alongadas mais pelo é um pequeno feixe de fibras queratinizadas; as células do córtex contém musculares lisas presas à bainha conjuntiva grânulos de pigmentos que dão cor ao pelo; do folículo piloso ao nível da porção a cutícula é a camada mais externa da raiz mediana do do de células mesmo. Sua contração pelo pele e uma constituída de raiz, células determina que o pelo fique arrepiado e queratinizadas que o cobrem sob a forma também comprime as glândulas sebáceas de escamas formando um entrelaçamento fixando fortemente o pelo no folículo. 3 Na extremidade inferior do folículo O pelo é uma estrutura de reposição está situado o bulbo que é a parte mais constante. Com base em Soriano e espessa e profunda. Segundo Sampaio e Busquets (1989), cada folículo passa por Rivitti (2007), o bulbo contém a matriz ciclos de crescimento ativo e de repouso, germinativa, a qual recobre uma papila de que se traduzem clinicamente como fases tecido papila de crescimento progressivo e subsequente dérmica. A papila dérmica é composta de queda, impulsionada pela presença de um fibroblastos novo pelo que surgirá do mesmo pilo conjuntivo denominado localizados na base do folículo, controlando o número de células sebáceo. A duração relativa das diferentes da matriz e assim o tamanho do pelo. Segundo Sampaio e Rivitti (2007), fases do ciclo variam com a idade do cada folículo piloso apresenta três bainhas indivíduo e da região do corpo, podendo envolvendo a raiz do pelo: a bainha ser modificada por diversos fatores como radicular externa e interna e a bainha fisiológicos e patológicos. O que acontece conjuntiva. A bainha radicular externa durante representa uma invaginação da epiderme compreendido pela análise de um folículo situada entre a matriz germinativa e a no final de um pleno crescimento ativo superfície; a bainha radicular interna da (SORIANO & BUSQUETS, 1989). o ciclo folicular pode ser raiz desenvolve-se em torno do pelo Os pelos tem distribuição quase que separando-o da bainha externa da raiz, e universal na superficie cutânea, de acordo estende-se pelo com Cucé e Neto (2001), sendo ausentes folículo; a bainha conjuntiva é uma bainha somentes nos lábios, palma das mãos, de tecido conjuntivo constituindo uma planta dos pés, superficie dorsal das extensão da derme que envolve toda falanges, distais dos dedos, glande, clitóris. apenas parcialmente Conforme Borges (2006), o pelo estrutura epitelial do folículo piloso. Na fase de crescimento as células apresenta três fases cíclicas de da matriz germinativa multiplicam-se e se crescimento: anágena é a fase ativa em movem para cima dentro do folículo que diferenciando-se em células do pelo e da crescimento, é caracterizada por intensa bainha epitelial interna. Entre as células da atividade mitótica da matriz, dura de 2 a 3 matriz germinativas existem os corpos anos, mas no couro cabeludo pode chegar celulares de melanócitos que liberam até 8 anos; catágena é a fase de transição melanina conferindo cor ao pelo. em que as células deixam de se multiplicar o pelo encontra-se em pleno cessando sua atividade, os folículos sofrem 4 de suas dimensões, durando sétimo ou oitavo mês de gestação ou então cerca de três semanas; telógena é a fase logo após o nascimento; vêlus é o pelo que que representa o estágio final do pelo, substitui a lanugem após o nascimento, é também chamada de fase de repouso que macio, não medulado, fino, curto e dura aproximadamente seis semanas, é a raramente fase de desprendimento do pelo, o pelo cai encontrado normalmente nas faces das empurrado por um novo pelo anágeno que mulheres ou na área de calvície dos começa a nascer, iniciando um novo ciclo homens; pelo terminal: é o pelo que piloso. substitui o vêlus em determinadas áreas do regreção pigmentado, podendo ser Pode-se também constatar que os corpo e em determinada idade da vida, é pelos crescem de maneira diferente em um pelo mais comprido, mais grosso, cada que pigmentado, visível e medulado, sendo influenciam essas diferenças são: idade, encontrado nas axilas, regiões pubianas, região, sexo, estações do ano, peso, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e metabolismo, cabelos do couro cabeludo. indivíduo. As variáveis medicações, hormônios, entre outros fatores, porém todos passam Os pelos crescem em fases cíclicas, em proporções diferentes para diferentes por estas fases. Conforme Sampaio e Rivitti (2001), partes do corpo e os modelos de no ser humano os cabelos, os pelos nas crescimento podem variar de um indivíduo narinas, nos condutos auditivos e nos olhos para outro. (BORGES, 2006). tem a função de proteção. Entretanto, pelos e cabelos tem fundamentalmente no FOLICULITE A foliculite é a inflamação do homem uma importância estética e suas alterações acarretam problemas folículo piloso geralmente ocasionada por psicossociais, eventualmente graves, na bactérias qualidade de vida. irritação ou lesão física nos folículos Conforme Junqueira e Carneiro (2004), identificou-se que a pele do corpo que causam uma infecção, pilosos danificando os pelos. (HABIF, 2005). humano é revestida por diversos tipos de A foliculite afeta a porção externa pelos: lanugem é o pelo que cobre o feto e do canal do folículo piloso. Podendo surgir desaparece após o nascimento, é macio, em pacientes que estão em tratamento com não corticóides pigmentado produzido pelos e não folículos medulado, fetais e tópicos potentes. Também pode-se ocorrer secundariamente após a desprendendo normalmente no útero no 5 exposição a ceras reutilizadas que possam podem não estar contaminadas (DU VIVIER, 2004). importante. apresentar uma infecção O surgimento da foliculite é muito Em geral, segundo Habif (2005), o comum na população em geral, sendo problema é mais grave entre os homens considerada um componente de várias durante a realização da barba, nas áreas do outras doenças cutâneas inflamatórias. pescoço, onde os folículos pilosos tem Podendo ocorrer espontaneamente ou por mais probabilidade de serem orientados em outros fatores, como: excesso de suor, ângulos baixos com a superfície da pele, raspagem de pelos ou depilação de cera, tornando a repenetração da pele mais fricção, agentes químicos, falta de higiene, provável. A alterações imunológicas. pseudofoliculite pode se Porém existem outros fatores que desenvolver em qualquer tipo de pele que também podem ocasionar a foliculite, tais seja depilada regularmente e em todos os como o uso de roupas justas que resultam fototipos cutâneos. Nas mulheres esse no atrito do tecido e da pele, o tratamento distúrbio vem sendo observado comumente com abrasivos, coçaduras (HABIF, 2005). nas regiões pubianas e axilares. Outro A foliculite pode atingir tanto aspecto importante a crianças como adultos, podendo surgir em observar, considerando o que diz Sampaio qualquer localização onde existam pelos. e Rivitti (2001), é que esse distúrbio São mais frequentes na barba, entre os também pode ser causado pela raspagem homens e nas virilhas, entre as mulheres. dos pelos. A raspagem torna os pelos mais afiados que perfuram o folículo invadindo a PSEUDOFOLICULITE Pseudofoliculite é o nome científico derme, produzindo uma reação em retirar inflamatória. dado para o que comumente chamamos de pelo encravado, conforme cita Du Vivier, 1995 apud Rescaroli e Silva, 2009. DEPILAÇÃO A depilação consiste Acontece simplesmente quando o pelo temporariamente os pelos supérfluos, com nasce e volta para o folículo podendo gerar objetivo estético em função das modas, dos até um processo inflamatório. hábitos sócio-culturais, além de ser um Os pelos mais grossos gesto de higiene. A melhor opção ocasionalmente podem curvar-se e penetrar depilatória varia de pessoa para pessoa, na pele conforme seu hábito e a sensibilidade da provocando irritação, porém pele. A lâmina, por exemplo, remove o 6 pelo na superfície, o que significa que em descartável, lençol descartável, jaléco, bem três dias ele estará novamente aparecendo. como, com a aplicação de uma loção pré- Contudo, raramente dá origem aos pelos depilatória e a higienização das mãos dos encravados e não engrossa os fios, como clientes com álcool 70% devido ao fato da explica Martinez e Rettes (2004), que proliferação de bactérias. discorda de Sampaio e Rivitti (2001), quando citam que a raspagem do pelo A cera depilatória é um dos métodos podem causar a pseudofoliculite. Outro aspecto CERA importante a de eliminação efetividade com de maior observar é que a cera é uma alternativa aceitação mais duradoura, pois arranca o fio de resultados. Segundo Soriano e Busquets dentro do bulbo da pele, fazendo com que (1989), se utilizada corretamente consegue leve cerca de vinte dias para voltar a eliminar o pelo desde a raiz. Em função da reaparecer, é mais rápida e menos dolorosa temperatura de aplicação, existem alguns que a cera fria. Para Martinez e Rettes tipos diferentes de cera. Foram analisadas (2004), tanto a cera quente, algumas dessas ceras: cera quente consiste como a pela de pelos seus pelos basicamente em algumas resinas e ceras encravados, pois nesses casos, o pelo que diversas, incluindo cera de abelha, ficando nasce dentro do bulbo não rompe a pele, em consistência sólida ao ser exposta a enrolando-se sob a superfície e podendo temperatura ambiente, porém com um ocasionar inflamações. baixo ponto de fusão, que se aplicam sobre cera fria podem causar mais a a parte a ser depilada em forma semi- importância de realizar a depilação com sólida. O calor faz com que ocorra uma um especialista, para evitar manchas, dilatação dos folículos. Ao se solidificar, cicatrizes e queimaduras, e que o mesmo aderem ao pelo e ao se eliminar o emplasto adote também boas medidas de assepsia e formado, o pelo se elimina com ele. não reutilize a cera. Requer destreza em sua aplicação, para O mesmo autor salienta Outro fator importante para se evitar queimaduras e para facilitar a observar na importância de um especialista operação. Atualmente é um dos métodos é a escolha de um profissional tecnólogo mais empregados; cera fria, cera de em estética que mantenha a questão da consistência fluída quando exposta a assepsia e da biossegurança, com o uso de temperatura equipamentos individual, consiste basicamente em se colocar a cera como: touca, máscara cirúrgica, luva em um papel celofane e aderir a pele a ser de proteção ambiente, sua utilização 7 depilada, retirando-a a seguir. A sua ozônio na superfície da pele. As faíscas extração torna-se mais dolorosa por não que saltam entre a superfície do eletrodo e ocorrer a dilatação do folículo, pois não há a pele geram o ozônio a partir do oxigênio o fator calor neste procedimento, o que em ambiental. muitos casos faz com que o pelo não sai O aparelho consiste num gerador de por completo, ou seja, pela raiz. Demanda alta frequência, um porta eletrodo e em técnica e agilidade no desenvolvimento diversos deste geralmente são tubos ocos de vidro, onde procedimento. (SORIANO & eletrodos de vidro, que há um gás como o neon por exemplo. BUSQUETS, 1989). Ainda de acordo com Borges (2006), a passagem ALTA FREQUÊNCIA O Alta Frequência é um aparelho da corrente provoca uma ionização das moléculas de gás que sob o que produz uma corrente alternada de impacto energético ondas magnéticas formando um campo fluorescentes. tornam-se eletromagnético em torno de um condutor As aplicações mais comuns são elétrico, cujos padrões de frequência e aplicação direta ou efluviação, que consiste tensão podem variar de acordo com o na aplicação direta do eletrodo sobre a área fabricante do aparelho. a ser tratada, efetuando-se uma suave A passagem eletromagnéticas pelo de ar ondas provoca massagem. Com relação a intensidade da a formação de ozônio, de acordo com Winter aplicação, (2001), como acontece na ozonosfera do máximo de faiscamento ou luminosidade nosso do eletrodo, associado ao conforto e planeta, onde as ondas eletromagnéticas do sol passam pelo ar normalmente se busca o tolerância do paciente. O uso do alta frequência é indicado rarefeito da ozonosfera, gerando ozônio. Segundo Borges (2006), o principal no tratamento após a depilação como efeito das correntes de alta frequência ao prevenção, principalmente em locais com atravessar o organismo é a produção de histórico de foliculite ou pseudofoliculite calor. Do efeito térmico ocorre a ação que é causada normalmente pela presença vasodilatadora periférica do local, seguida de bactérias oportunistas que estão na pele de uma vasoconstrição de onde a ação é e penetram nos poros após a extração do descongestionante. O efeito bactericida é o pelo. alta Sugere-se que pode ser usado após frequência, ocorre devido à formação de o ato da depilação, e o tempo de aplicação principal fator do aparelho de 8 indicado é de 10 a 30 minutos dependendo O ozônio possui da reação causada e da área que foi significância depilada. Deve ser aplicado sobre a área enfermidades causadas por vírus, fungos e limpa. Após a aplicação é importante fazer bactérias a CARDOSO, 2009) podendo ser aplicado assepsia do material utilizado, principalmente dos eletrodos. à eletromagnéticas ação no tratamento (SUNNEN, 2001 das organismo ondas em regiões enfermas e a injeção da mistura como de ozônio-oxigênio na região lesionada. O ozônio tem propriedades marca-passo cardíaco, podendo alterar o importantes, tais como: seu funcionamento; nos três primeiros • meses bactérias que colonizam a pele; gestação, apud de óleos ozonizados, a insuflação do gás indica Borges (2006): pessoas que tem de de de várias maneiras, como: aplicação tópica Algumas contra-indicações estão relacionadas no grande podendo haver Bactericida: profilaxia de algumas problemas na formação do feto; pacientes • Germicida: profilaxia e controle da com distúrbios de sensibilidade. proliferação de alguns germes; • Fungicida: ação profiláxica de certos fungos. OZÔNIO O ozônio é um gás estruturalmente parecido com o gás oxigênio. Enquanto o DISCUSSÃO oxigênio que respiramos tem moléculas Ao analisar-se a revisão com dois átomos de oxigênio (O2), o bibliográfica acerca do tema proposto, ozônio tem moléculas formadas por três constatou-se que há muita informação a átomos de oxigênio (O3). O gás ozônio respeito do fator positivo com relação aos (O3) tem sido utilizado como agente efeitos do alta frequência terapêutico e esterilizante. depilação. Tanto autores como Borges, O nome ozônio tem origem após a na bem como, Soriano e Busquets são palavra grega “ozein” (cheiro), pelo seu unanimes em sugerir e aprovar o uso forte odor. O gás ozônio é bactericida, fungicida e germicida do produzido naturalmente na estratosfera, pela ação aparelho fotoquímica dos raios ultravioleta sobre as depilação convencional com cera. moléculas de oxigênio, formando assim a de alta frequência após a Não houve constatação de autores camada de ozônio, que protege o planeta que Terra contra os raios solares (SUNNEN, negativamente ao uso do aparelho de alta se colocassem contra ou 2001 apud CARDOSO, 2009). 9 frequência após a realização da depilação REFERÊNCIAS com cera. BORGES, F. S.; Dermato Funcional: Modalidades CONCLUSÃO Há tempos a depilação vem sendo realizada para fins estéticos e de cuidados Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. com o corpo, a aparência e a higiene pessoal. A utilização de cera no processo CARDOSO, R. F.; Avaliação do perfil depilatório é o que mais comumente se antimicrobiano do gás ozônio. Trabalho utiliza por apresentar resultados mais de significativos com relação à eliminação (Universidade Luterana do Brasil) Campus eficaz de pelos, porém, com isso podem Carazinho. surgir alguns problemas causados pela Disponível em: exposição da pele a processos depilatórios http://www.ulbracarazinho.edu.br constantes, como irritações, a foliculite e a Acessado em: maio de 2011. Conclusão de Curso. ULBRA Rio Grande do Sul, 2009. pseudofoliculite. para CUCÉ, L. C.; NETO, C. F.; Manual de amenizar esses problemas gerados pela Dermatologia. 2° ed. São Paulo: Atheneu, depilação, em alguns tipos de pele, bem 2001. Buscando uma solução como, no sentido de prevenir possíveis problemas, foi que buscou-se analisar o DU VIVIER, A.; Atlas de Dermatologia efeito do aparelho de alta frequência após Clinica. 3° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, processos depilatórios com cera. 2002. Obteve-se com a presente revisão bibliográfica a análise esperada, pois foi DU VIVIER, A.; Atlas de Dermatologia unanime a defesa da ação antibacteriana, Clinica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. fungicida e bactericida do ozônio formado durante a aplicação do aparelho de alta GUIRRO, E; GUIRRO, R.; Fisioterapia frequência, realmente previne e age de Dermato Funcional. São Paulo: Manole, modo a diminuir, quando os casos já 2004. existem, problemas com a pele, justificando, portanto, a importância do HABIF, T. P.; Doenças da Pele: profissional tecnólogo em estética neste Diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre: processo. Artmed, 2002. 10 HABIF, T. P.; Dermatologia Clínica com.br/img_editor:/revistaina2.pdf Guia Acessado em: março de 2011. Colorido para Diagnóstico e Tratamento, 4° ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. RESCAROLI, A. C.; SILVA, G. M.; Foliculite e a depilação: sequelas, JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; tratamentos e o papel do tecnólogo em Histologia Básica. 10° ed. Rio de Janeiro: Cosmetologia Guanabara Koogan, 2004. Científico UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí). e Estética. Artigo Santa Catarina, 2009. MARTINEZ, M. RITTES, P.; Beleza sem Disponível em: http://siaibib01.univali.br Cirurgia - Tudo o que você pode fazer Acessado em: março de 2011. para adiar a plástica. SENAC, São Paulo, 2004. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A.; Dermatologia. 2.° ed . São Paulo: Artes MODESTI, F.; HABITZREUTER, M.; Médicas, 2001. GALLAS,J.; Ação da Alta Frequência no processo tratamento pós da depilatório foliculite. o SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A.; Balneário Dermatologia. 3.° ed. São Paulo: Artes para Camburiú, 2007. Médicas, 2007. OLEGÁRIO, Alexandra. Enfermeira e Esteticista. Depilação e Epilação. In: Revista Científica INA. Revista online em Saúde n.° 2. SORIANO, M. C. D.; BUSQUETS, J. L. V.; Depilacion Epilacion. Graphic. Barcelona, 1989. Santa Catarina, 2010. Disponível em: http://www.inainstituto. WINTER, W. R.; Eletrocosmética. 3° ed. Rio de Janeiro: Vida Estética, 2001. 11