1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Eveline Mileide Mattos Ferreira Renata Vieira Lima Ferreira Tatiana Cristina da Silva Souza MARKETING EDUCACIONAL: Um estudo de caso das estratégias mercadológicas adotadas pela Escola Adventista de Lins LINS-SP 2009 2 EVELINE MILEIDE MATTOS FERREIRA RENATA VIEIRA LIMA FERREIRA TATIANA CRISTINA DA SILVA SOUZA MARKETING EDUCACIONAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de administração, sob a orientação das Professoras M.Sc Máris de Cássia Ribeiro Vendrame e Esp. Ana Beatriz Lima. LINS-SP 2009 3 Ferreira, Eveline Mileide Mattos; Ferreira, Renata Vieira Lima; Souza, Tatiana Cristina da Silva F44m Marketing educacional: um estudo de caso das estratégias mercadológicas adotadas pela Escola Adventista de Lins / Eveline Mileide Mattos Ferreira; Renata Vieira Lima Ferreira; Tatiana Cristina da Silva Souza. – – Lins, 2009. 86p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2009 Orientadores: Máris de Cássia Ribeiro Vendrame; Ana Beatriz Lima 1. Estratégia. 2. Marketing Educacional. 3. Escola Adventista. I Título. CDU 658 4 EVELINE MILEIDE MATTOS FERREIRA RENATA VIEIRA LIMA FERREIRA TATIANA CRISTINA DA SILVA SOUZA MARKETING EDUCACIONAL Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: ___/___/___ Banca Examinadora: Profª Orientadora: Máris de Cássia Ribeiro Vendrame Titulação: Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP. Assinatura: ______________________________________ 1º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ______________________________________ 2º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ______________________________________ 5 Dedicatória À Deus... Por ser meu criador, redentor e mantenedor... Por todas as oportunidades e privilégios... Por ser a fonte de toda a sabedoria e paz... “Mesmo sem merecer, sinto as bênçãos em meu viver...” Aos homens da minha vida... Aos meus avôs, Juvêncio e José Mendonça (in memorian) que foram meus maiores exemplos! Ao meu pai, Dagoberto e ao meu irmão, Everton pela honestidade e pela força! “...você foi meu herói meu bandido...” E ao meu noivo, Edson por ser meu príncipe encantado, meu docinho, minha vida, meu gatão! “Teu coração será meu lar...” Às mulheres da minha vida... Às minhas avós, Faustina e Ruth pelos almoços e orações... À minha mãe, Maria Luíza, por ser simplesmente tudo para mim! Por ser minha amiga! Por compartilhar dos melhores momentos e apoiar nas horas difíceis... “Mãe és minha inspiração, és minha canção!” À minha sobrinha, Luíza... Por ser a minha fonte de ânimo, energia e alegria! Por ser minha pititica com quem eu sonhei antes de saber que já estava encomendada! Que eu acompanhei cada passo... Que me fez rir e chorar (de emoção)... “Eu queria que você ficasse do tamanho de um pezinho de feijão...” Aos meus familiares e amigos... Pelo incentivo, pelas orações, pela ajuda... “Você esteve ao meu lado até o fim me ajudando a vencer...” Eveline 6 À Deus... Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que além da vida que me concedeu, me deu também inteligência, sabedoria e saúde. Também o agradeço pelo conforto e compreensão que somente Ele pode dar nos momentos difíceis. À minha filha Luiza... Minha filhinha tão desejada, amada e querida que me deu o prazer de ser mãe e sempre me faz feliz com sua presença. Luiza: mamãe te ama muito, você é um sonho realizado. Ao meu esposo Everton... A você que me ensinou que sonhar é preciso. Meu amor, meu amigo que me ajudou tantas vezes. Temos uma vida inteira pela frente e muitos sonhos a serem realizados. Desejo a você que consiga conquistar tudo aquilo que almeja com toda a honestidade que você tem e que nunca se esqueça que Jesus estará sempre ao teu lado. Aos meus familiares e amigos... Aos meus pais por tudo que fizeram por mim, a minha querida irmã tão especial, aos meus irmãos que me ajudaram consideravelmente todas as vezes que precisei, aos meus sogros que considero como meus pais também e sempre me auxiliaram, a minha cunhada Eveline que é integrante do grupo, pela ajuda nas horas difíceis e aos colegas de trabalho que me apoiaram a não desistir nunca e me auxiliaram sempre que precisei. Renata 7 À Deus Por todas provações que tenho passado desde o início deste projeto da minha vida, apesar de muitas dificuldades ainda encontrei em Deus, disposição para realização desse projeto e através dessa monografia adquiri experiências para o mercado de trabalho. Aos meus familiares Agradeço aos meus familiares por toda compreensão e ajuda durante o processo do trabalho e da faculdade. Pela colaboração e esforço em me manter sempre calma. Pelas orações para que tudo ocorresse bem. Realmente sem a ajuda de vocês seria muito difícil para a finalização deste projeto. Sou totalmente grata a vocês por tudo que sou hoje. Ao meu marido e minha filha Pela companhia, pelo apoio nas horas difíceis, pelo carinho, pelo entendimento da falta de tempo. Vocês são meu alicerce, obrigada por acreditar em mim, pela confiança, este sucesso é mérito de vocês também. Às minhas parceiras Eveline e Renata que trabalhamos muito para este projeto, pela dedicação, pela amizade verdadeira, companheirismo, pelo entendimento, superamos as dificuldades e a correria, enfim a meta estabelecida pelo grupo foi alcançada. Tatiana Cristina 8 AGRADECIMENTOS À Deus... Pelo dom da vida, pelo cuidado, carinho, paciência e sabedoria que foi concedida sem nenhum merecimento, não só na realização desse trabalho, como também durante os quatro anos de cursos... “Eu agradeço por me fazer depender de Ti, Senhor...” À Prefeitura Municipal de Lins... Pela oportunidade de estagiar por mais de três anos, através da Secretaria dos Negócios Administrativos, representada pelos senhores José Roberto e Olegário. Principalmente à Cleide, por ser muito mais que uma chefa, por ser a minha Tahta, com quem estabeleci elos para toda a vida. Pelos demais colegas de trabalho que sempre foram companheiros... Ao Unisalesiano, aos funcionários e aos mestres... Pelas experiências compartilhadas, pelo auxílio na definição de ideais e valores e pela consciência e maturidade implantada... Às orientadoras, Máris e Bia Não apenas pela atenção, compreensão, disposição e dedicação, mas também por muitas vezes oferecer um ombro amigo... À Escola Adventista de Lins... Que através do Diretor, Prof.º Eliézer, a Coordenadora, Prof.ª Cleide e aos demais funcionários, concedeu a oportunidade de como ex-aluna voltar e realizar o meu trabalho de conclusão de curso... À minhas colegas de grupo, Rê e Tati... Pela paciência e colaboração, por serem mais que minhas colegas de grupo, por serem minhas irmãzinhas... Por serem minha cunhada e minha comadre, prediletas... Eveline 9 À Deus... Que em todos os momentos esteve ao meu lado, dando saúde, inteligência, sabedoria. Pelo conforto nas horas difíceis e angustiantes em que somente Ele é capaz de trazer refúgio. Por ter concedido está vitória e pelas pessoas que foram colocadas em meu caminho para me auxiliar. À Empresa... À direção e coordenação da Escola Adventista de Lins que abriram as portas para que este trabalho fosse realizado e a toda a equipe que direta ou indiretamente ajudou na construção deste trabalho. À nossa orientadora Máris... Pela dedicação, prontidão em auxiliar e também pela compreensão nas horas de “desespero”. À nossa orientadora Bia... Que sempre foi paciente, pronta em atender as dúvidas e oferecer um ombro amigo. Renata 10 À Deus... Por conceder mais uma chance de conquista, por mais uma etapa em nossas vidas. Apesar dos momentos exaustivos e das dificuldades encontradas, uma força maior sempre inspirou a prosseguir. À nossa orientadora Prof.ª Ms. Máris... Pelo apoio e incentivo que proporcionou ao longo desses meses, uma contribuição fundamental para o conteúdo deste trabalho, apresentando novas idéias, materiais de pesquisa e sugestões. À nossa Prof.ª Ana Beatriz... Uma pessoa especial, que com muita paciência, clareza e receptividade sempre esteve disposta em aprimorar o conteúdo e estrutura do nosso trabalho. Aos familiares... Que de uma forma ou de outra, sempre estavam presentes apoiando cada passo, e ajudando a superar as dificuldades encontradas. À Escola Adventista de Lins... Em atender cordialmente, fornecendo informações e materiais de fundamental importância e contribuição para o desenvolvimento da pesquisa. Tatiana Cristina 11 RESUMO Atualmente, a definição de marketing não se refere somente a propaganda, mas sim à satisfação das necessidades dos clientes, no tocante a análise, planejamento, implantação e controle de programas feitos para atingir os objetivos da empresa. Torna-se necessária a busca de diferenciais que possam atender e surpreender os clientes. Quando o marketing passou a ser alvo das instituições de ensino, surgiu o conceito de marketing adequado ao serviço educacional. O marketing educacional proporciona ferramentas para a valorização da marca e captação de alunos, oferecendo aos mesmos valores, benefícios e vantagens. A educação experimenta como os outros setores a concorrência e a competitividade. Assim, torna-se necessária maior atenção aos clientes planejando ações com os olhos voltados às mudanças que ocorrem no mercado. Para que o marketing educacional seja praticado com qualidade as ações devem estar harmoniosamente elaboradas, não perdendo o foco da organização. Uma instituição constrói sua imagem no mercado ao longo de um período de bons serviços e fica difícil posicioná-la competitivamente no mercado sem conhecer o que o público consumidor realmente valoriza em uma instituição de ensino. Nesse contexto é que entram em cena as estratégias, ou seja, planos elaborados para defender os negócios, baseados na análise ambiental para alcançar metas ligadas à segmentação, mercado-alvo e posicionamento. O objetivo do trabalho foi demonstrar as estratégias do marketing educacional da Escola Adventista de Lins. Após a pesquisa, concluiu-se que as estratégias adotadas pelo marketing educacional da empresa em estudo, são suficientes não somente para garantir a captação de alunos como também para a manutenção dos mesmos e sua competitividade no mercado educacional de Lins e região. Palavras-chave: Estratégia. Marketing Educacional. Escola Adventista de Lins. 12 ABSTRACT Currently, the marketing`s definition does not only mention the propaganda, but yes to the satisfaction of the necessities of the customers, in the regards to the analysis, planning, implantation and control of made programs to reach the objectives of the company. It is become necessary the search of differenttials that can attend and surprise the customers. When the marketing passed to be target of the education institutions, appeared the concept of adequated marketing to the educational service. The educational marketing provides tools for the appreciation of the mark and captation of pupils, offering to the same values, benefits and advantages. The education tries as the other sectors the competition and the competitiveness. Thus, it is become necessary greater attention to the customers planning actions with the eyes directed to the changes that occur in the market. To that the educational marketing is practiced with quality the actions must be harmoniously elaborated, not losing the focus of the organization. An institution constructs its image in the market throughout a period of services good and stays difficult to locate it competitively in the market without to know what the consumer public really values in an education institution. In this context it is that the strategies enter in scene, that is, elaborated plans to defend the businesses, established in the ambient analysis to reach goals linked to the segmentation, market-target and positioning. The objective of the work was to demonstrate the strategies of the educational marketing of the Lins Adventist School. After the research, It is concluded that the strategies adopted for the educational marketing of the company in study, are enough not only to guarantee the captation of pupils as well for the maintenance of the same and its competitiveness in the educational market of Lins and region. Word-key: Strategy. Educational Marketing. Lins Adventist School 13 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Futura Sede da Associação Paulista Oeste...................................... 26 Figura 2: Foto da entrada principal da Escola Adventista de Lins ................... 27 Figura 3: Foto externa da Escola Adventista de Lins....................................... 28 Figura 4: Logomarca........................................................................................ 31 Figura 5: Frente e verso do flyer da campanha de matrícula .......................... 58 Figura 6: Frente e verso do folder da campanha de matrícula 2010 ............... 59 Figura 7: Outdoor da campanha de matrícula 2010 ........................................ 60 Figura 8: Vídeo da campanha de matrícula 2010 ............................................ 60 Figura 9: Papel de Parede da campanha de matrícula 2010 .......................... 61 Figura 10: Power point da campanha de matrícula 2010 ................................ 62 Figura 11: Cartaz da campanha de matrícula 2010 ......................................... 62 Figura 12: Banner da campanha de matrícula 2010 ........................................ 63 Figura 13: Adesivo da campanha de matrícula 2010....................................... 64 Figura 14: Busdoor da campanha de matrícula 2010...................................... 65 Figura 15: Cardoor da campanha de matrícula 2010 ...................................... 65 Figura 16: Envelopamento de Van da campanha de matrícula 2010 .............. 66 Figura 17: Envelopamento de Ônibus da campanha de matrícula 2010 ......... 67 Figura 18: Revista da campanha de matrícula 2010 ....................................... 68 Figura 19: Capa de Poltrona da campanha de matrícula 2010 ....................... 68 Figura 20: Agenda da campanha de matrícula 2010....................................... 69 Figura 21: Sacola da campanha de matrícula 2010 ........................................ 70 Figura 22: Camisetas da campanha de matrícula 2010 .................................. 70 14 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................. 17 CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO ADVENTISTA .................................................... 19 1.1 Histórico dos Testemunhos sobre Educação ........................................ 19 1.2 Fonte e Objetivo da Verdadeira Educação............................................ 22 1.3 A Educação Adventista no Brasil .......................................................... 23 1.4 A organização Adventista...................................................................... 24 1.5 A História da Associação Paulista Oeste .............................................. 26 1.6 Histórico da Rede em Lins .................................................................... 27 1.6.1 Visão ..................................................................................................... 28 1.6.2 Missão ................................................................................................... 28 1.7 Filosofia da Empresa............................................................................. 29 1.8 Objetivos ............................................................................................... 30 1.9 Os Princípios Educacionais................................................................... 30 1.10 A Educação ........................................................................................... 31 1.11 Manutenção........................................................................................... 31 1.12 A Logomarca ......................................................................................... 31 1.12.1 A Chama: Símbolo do Espírito Santo .................................................... 32 1.12.2 O Livro: Símbolo da Bíblia Aberta ......................................................... 32 1.12.3 A Cruz: Símbolo do Evangelho da Salvação......................................... 32 1.12.4 As Mãos: Símbolo do Criador e Mantenedor......................................... 33 1.13 Clientes ................................................................................................. 33 1.14 Propaganda........................................................................................... 33 1.15 Concorrentes......................................................................................... 33 1.16 Preocupações ....................................................................................... 34 1.17 Planos para o futuro .............................................................................. 34 CAPÍTULO II – MARKETING EDUCACIONAL............................................... 35 2.1 Fundamentos de Marketing................................................................... 35 2.2 Marketing Adequado ao Serviço Educacional ....................................... 36 2.3 Planejamento de Marketing................................................................... 37 15 2.4 Estratégia de Marketing ........................................................................ 39 2.4.1 Segmentação ........................................................................................ 39 2.4.2 Mercados-Alvo ...................................................................................... 43 2.4.3 Posicionamento..................................................................................... 43 2.5 Imagem de uma Instituição de Ensino .................................................. 47 2.6 Marca de uma Instituição ...................................................................... 49 2.6.1 Diferenciação ........................................................................................ 50 2.7 Fatores que Influenciam na Escolha de uma Instituição de Ensino ...... 51 2.7.1 Comunicação ........................................................................................ 51 2.8 Atração e Retenção de Alunos.............................................................. 52 2.9 Marketing em Sala de Aula ................................................................... 53 CAPÍTULO III – COMPROMISSO COM SEU FUTURO ................................. 55 3.1 Introdução a Pesquisa........................................................................... 55 3.2 Relato e Discussão Sobre o Marketing Educacional na Escola Adventista de Lins ............................................................................................................. 57 3.2.1 Flyer ...................................................................................................... 58 3.2.2 Folder .................................................................................................... 59 3.2.3 Outdoor ................................................................................................. 59 3.2.4 Vídeo ..................................................................................................... 60 3.2.5 Papel de parede .................................................................................... 61 3.2.6 Power point ........................................................................................... 62 3.2.7 Cartaz.................................................................................................... 62 3.2.8 Banner................................................................................................... 63 3.2.9 Adesivo.................................................................................................. 64 3.2.10 Busdoor ................................................................................................. 64 3.2.11 Cardoor ................................................................................................. 65 3.2.12 Van ........................................................................................................ 66 3.2.13 Ônibus ................................................................................................... 66 3.2.14 Rádio ..................................................................................................... 67 3.2.15 Revista .................................................................................................. 68 3.2.16 Capa de Poltrona .................................................................................. 68 3.2.17 Agenda .................................................................................................. 69 3.2.18 Jornal..................................................................................................... 69 16 3.2.19 Sacola ................................................................................................... 70 3.2.20 Camisetas ............................................................................................. 70 3.3 Parecer Final sobre o Caso................................................................... 71 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.................................................................... 73 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 75 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 77 APÊNDICES .................................................................................................... 80 17 INTRODUÇÃO Atualmente as instituições de ensino, bem como qualquer empresa, devem buscar soluções para desafios como: mudanças no mercado, falta de recursos, altos níveis de inadimplência, aumento das expectativas, dos concorrentes e dos custos e a situação econômica do país. As empresas não se importam suficientemente com planejamento estratégico e com as ferramentas de marketing. Diante disso é que o marketing educacional se fundamenta. O marketing deixou de operar somente em propagandas e divulgação de eventos, mas sim está colaborando para uma gestão e um planejamento com visão estratégica. Há pouco mais de dez anos é que o marketing educacional abandonou a antiga visão de algo desnecessário ou de pouca importância e tornou-se essencial, sendo implantado ou profissionalizado. Para uma adequação no marketing educacional deve-se usar como estratégia a coleta de dados e saber usar as informações para conhecer o perfil do aluno e o que ele considera importante. Entre as mais variadas estratégias de marketing procura-se estabelecer uma diferenciação em seus serviços oferecidos, objetivando promover atividades de ensino contextualizadas. Mediante as descrições da importância das estratégias para o marketing educacional, propõe-se a seguinte questão: As estratégias adotadas pelo marketing educacional da Escola Adventista de Lins garantem a captação de alunos? Em resposta ao questionamento levantou-se a hipótese: As estratégias adotadas pelo marketing educacional da Escola Adventista de Lins são suficientes não só para garantir a captação de alunos como também para a manutenção dos mesmos e sua competitividade no mercado educacional de Lins e região. Com o objetivo de demonstrar as estratégias do marketing educacional da Escola Adventista de Lins, foi realizada uma pesquisa de campo numa 18 Escola Adventista de Lins que está localizada na cidade de Lins, estado de São Paulo. Para a realização da pesquisa de campo foram utilizados os seguintes métodos: Estudo de caso, observação sistemática e histórica, que estão descritos no Capítulo II e suas respectivas técnicas. Capítulo I: aborda sobre a história da Educação Adventista, bem como sua evolução. Capítulo II: descreve o Marketing Educacional. Capítulo III: demonstra a pesquisa de campo realizada na Empresa em estudo. Finalizando, apresentam-se a proposta de intervenção e a conclusão. 19 CAPÍTULO I EDUCAÇÃO ADVENTISTA 1.1 Histórico dos Testemunhos sobre Educação Tiago e Ellen White tinham por ideal uma escola no campo, com oportunidades para o estabelecimento de indústria e agricultura. A família White estava ausente de Battle Creek, quando se tomou a decisão final. Os irmãos compraram cinco hectares e meio em Battle Creek, perto do Hospital de Battle Creek. Não vendo, porém, necessidade de tanta terra para o campus do colégio, venderam dois hectares e meio aos adventistas que desejavam estabelecer-se nas proximidades do colégio. Nos três hectares restantes foi construído o Colégio de Battle Creek. Inicialmente a planta consistia em apenas um edifício, com salas de aula e capela. Os alunos tiveram que se arranjar com as acomodações. Quando a família White retornou à Battle Creek no outono de 1874, e Ellen White viu o colégio construído na cidade, sem terra para agricultura, sentiu-se desalentada e chorou. Contudo ela prestigiou a instituição. A jovem instituição fez razoável progresso. Sidney Brownsberger, um educador adventista do Michigan, emprestou-lhe forte liderança; e Goodloe Bell, professor com experiência, tomou parte preeminente na organização do programa escolar. Esses educadores pioneiros, entretanto, não apreenderam toda a importância do tipo do programa educativo que a igreja devia levar a cabo. O currículo consistia, em grande parte, em assuntos clássicos, e nenhum curso bíblico regular era oferecido pelo colégio em seus primeiros anos. Urias Smith, porém, redator de Review and Herald, cuja residência ficava logo atrás do colégio, sempre que podia vinha e fazia preleções sobre temas bíblicos. Logo sobrevieram dias difíceis para o colégio. Alguns pais em Battle Creek fizeram restrições à alguns dos métodos do professor Bell. Em certas 20 situações os pais tomavam posição ao lado de alguns de seus jovens que estavam freqüentando a escola. No verão de 1881, um novo converso, Alexandre McLearn, homem de alta graduação escolar e alguma distinção, foi chamado para dirigir o colégio em lugar do Prof. Brownsberger. Esperava-se que ele e Bell pudessem trabalhar juntos, mas o que houve foi apenas confusão. Havia certa obsessão da parte de alguns líderes da obra em Battle Creek por uma educação segundo os padrões do mundo. Uma atitude crítica para com Ellen G. White tomou vulto a ponto de ameaçar tornar as mensagens do Senhor de pouco efeito. Em 28 de março de 1882 o Prof. Bell havia renunciado; o Prof. McLearn estava na direção, e conquanto o capítulo seja aberto com uma característica aparentemente generalizada, o cerne de toda a questão era a atitude de indivíduos em sua relação com a situação crítica da escola e uma nova oportunidade que o Senhor havia dado a Ellen G. White, de aconselhar em relação com o trabalho da escola. O nome de McLearn pode ser subentendido como aquele que "veio para o vosso meio não familiarizado com o trato do Senhor para conosco". Tendo sido adventista por apenas poucos meses, pouco conhecia da história e filosofia dos adventistas do sétimo dia. A despeito do seu excelente preparo no campo da educação, estava mal preparado para assumir a responsabilidade da direção do primeiro colégio, especialmente naqueles primeiros anos. O Prof. Brownsberger tinha sido chamado para a Costa do Pacífico, a fim de assumir a direção do novo colégio, aberto em abril de 1882, em Healdsburg. O Prof. Bell fora chamado para Lancaster do Sul, Massachusetts, a fim de tornar-se o professor principal na nova escola estabelecida pelo Pastor Haskell em Massachusetts nos fins do ano escolar de 1881-1882. O colégio de Battle Creek fechou as portas por um ano (1882-1883). Cujo fato eliminou McLearn, que prontamente se uniu aos batistas do sétimo dia. O Colégio de Battle Creek foi reaberto e por dezoito anos levou avante o seu trabalho em Battle Creek, continuamente tolhido pelo restrito campus que lhe tornou impossível promover os ideais expostos perante os adventistas do sétimo dia com ênfase educacional bem definida. 21 Nos anos de 1890, Ellen White esteve na Austrália e reclamou uma escola nos primeiros anos dessa década, de modo que os obreiros para o campo australiano pudessem ser preparados em seu próprio país. Veio assim à Sra. White uma nova oportunidade de fazer sentir sua influência no estabelecimento de uma escola mais em harmonia com os ideais de Deus colocados diante de nós. Ao virem os irmãos na Austrália a necessidade de uma escola e começarem a agir no sentido de estabelecê-la, Ellen White ficou firme no propósito de levar a cabo um programa que evitasse os embaraçantes erros cometidos em Battle Creek. A história da aquisição de um trato de terra com seiscentos hectares, distante de Sydney uns 130 quilômetros, para o estabelecimento do colégio na Austrália, é bem conhecida. A providência de Deus se manifestou de modo bem marcante. Uma escola como aquela era inteiramente contrária aos conceitos correntes sobre educação, tanto nesse país como em qualquer outro do mundo. O dinheiro era escasso e o número de membros da igreja pequeno. Contudo, os irmãos foram avante. A influência do desenvolvimento da obra na Austrália fez-se sentir nos Estados Unidos. Educadores de coragem começaram a compreender o plano que lhes havia sido exposto, e que estava agora sendo levado a cabo de modo prático. Assim é que em 1901 tornou-se oportuno mudar o Colégio de Battle Creek para um local mais favorável. Em assembléia da Associação Geral, a primeira a que Ellen White assistia em dez anos, ela apelou para que se mudasse o Colégio de Battle Creek para uma localização rural. Como imediata resposta, os líderes denominacionais decidiram mudar o colégio. O voto foi tomado em 1901, no mês de abril. No período seguinte, a escola foi aberta em Berrien Springs, Michigan, onde se encontra presentemente a Universidade Andrews. Com a aquisição da propriedade em Loma Linda para ser usada como sanatório e escola de preparo de enfermeiros, Loma Linda tornar-se-ia centro vital de educação da igreja. Ellen White apreendera isto muito além do que perceberam os seus associados. Era-lhes difícil compreender sua afirmação em 1906, de que "médicos serão preparados aqui". Responderam, porém, ao seu apelo para que se criasse em Loma Linda um centro educacional, e eles abriram o Colégio de Loma Linda para Evangelistas. Não muito claro a 22 princípio quanto aos objetivos específicos da escola, eles prosseguiram, e logo se desenvolveu a idéia de um centro de preparo de obreiros médicos. Ao reunir-se em assembléia a Associação Geral em 1909, Ellen White pleiteou este empreendimento educacional em Loma Linda. Ao longo de toda a sua palestra ela deu ênfase ao lugar muito importante que a nova instituição ocuparia como centro educativo. No início de 1910, ao se virem os líderes da igreja a braços com a questão da instituição educativa em Loma Linda, procuraram o conselho de Ellen White quanto à precisa natureza da obra a ser promovida ali. Seu conselho foi que se desse início à educação médica, o que habilitaria os estudantes a fazer face aos exames requeridos pelo governo; e que a obra devia ser da mais alta qualidade. Apelou também no sentido de que a obra fosse conduzida de tal modo que jovens adventistas pudessem obter sua educação médica inteiramente dentro da própria instituição. Isto se tornou a tônica e a palavra de ordem que conduziu ao estabelecimento do Colégio de Médicos Evangelistas. E a declaração da Sra. White de que a instituição em Loma Linda se tornaria líder no campo educacional dirigido pela igreja no Oeste, tem-se cumprido no desenvolvimento da Universidade de Loma Linda. 1.2 Fonte e Objetivo da Verdadeira Educação O que é educação? É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. A verdadeira "educação superior" é transmitida por Aquele com quem estão a "sabedoria e a força" (JO 12:13) e de cuja boca "vem o conhecimento e o entendimento". PROV; 2:6. Todo o saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus. A mente humana é colocada em comunhão com a mente divina, o finito com o Infinito. O efeito de tal comunhão sobre o corpo, o espírito e a alma está além de toda estimativa. É o próprio método de Deus para o desenvolvimento. 23 Cada ser humano criado à imagem de Deus, é dotado de certa faculdade própria do Criador - a individualidade - faculdade esta de pensar e agir. É a obra da verdadeira educação desenvolver essa faculdade, preparar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem. Em vez de limitar o seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a pesquisas na Natureza e na revelação. Que contemplem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á e fortalecer-se-á. Em vez de fracos educados, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções. 1.3 A Educação Adventista no Brasil Foi no inverno de 1896, há 113 anos, mais precisamente no dia 1º de Julho que a primeira Escola Adventista no Brasil surgia em Curitiba, capital do Paraná, com o nome de Colégio Internacional. O primeiro professor foi Guilherme Stein Jr., homem poliglota e de grande cultura. Com entusiasmo e o apoio da esposa, abriu as portas da Educação Adventista neste país. No início eram doze alunos, mas esse número foi crescendo a ponto de serem, aproximadamente, 100 no final do primeiro ano letivo, da alfabetização até a 8ª série. Com o rápido crescimento do número de alunos, a Escola foi transferida para o prédio da Av. Cândido de Abreu, do qual resta atualmente apenas uma parte, incorporada à fachada do Shopping Müller. Com o passar dos tempos, chegou de Hamburgo, Alemanha, o professor Paulo Kraemer para assumir a Escola de Curitiba. O professor Guilherme Stein mudou-se para a zona rural de Gaspar Alto, em Santa Catarina. Ali, em meio à natureza, fundou a segunda Escola Adventista. Já era então 1897. Mas em Curitiba, a Escola crescia e, na virada do século, já contava com mais de 200 alunos. Foi então necessário alugar outro prédio, o maior palacete que havia na época, já utilizado como sede do 24 Palácio do Governo, hoje tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná, onde funciona a sede da Fundação Cultural de Curitiba, na Praça Garibaldi. Essa pequena semente, plantada a mais de 100 anos, cresceu e frutificou. 1.4 A organização Adventista Está presente em 205 países, atuando nas áreas de Saúde, Assistência Social, Religiosa e Educacional, com milhares de instituições e pessoas envolvidas no sentido único de promover melhoria nas condições de vida e cidadania humana, através do desenvolvimento das potencialidades do indivíduo nos aspectos físico, mental, social e espiritual. A Escola Adventista é parte de uma rede mundial de escolas que hoje abrange 160 países totalizando 1.400.000 de alunos, com ensino desde a educação infantil até à livre docência, propondo uma educação fundamentada nos quatro pilares da UNESCO/1996: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. No Brasil, há mais de um século, a escola adventista contempla todos os estados, com mais de 320 unidades, e mais de 138.000 alunos. No Estado de São Paulo a rede de Escolas Adventistas é mantida pela IPAEAS (Instituição Paulista Adventista de Educação e Assistência Social), com sede administrativa localizada em Artur Nogueira - SP, inscrita no CNPJ/MF, sob o nº 43.586.122/0001-14. Dividida em seis regiões administrativas, sendo três na capital e três no interior do Estado. Atualmente com 76 unidades escolares e aproximadamente 46.000 alunos, envolvidos desde a Educação Infantil a pós-graduação (UNASP). Na Região Administrativa Central do Estado de São Paulo chamada Associação Paulista Oeste, a Educação Adventista está presente em doze municípios, sendo: Assim e Catanduva até o 5º ano, Araraquara, Franca e Lins até o 9º ano, Bauru, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Tupã e Votuporanga até o Ensino Médio. 25 Além destas unidades, a organização mantém colégios em regime de internato, com Educação Básica a Superior e um Centro Universitário em São Paulo. Todas estas escolas seguem uma mesma proposta pedagógica e um único regimento, possibilitando aos alunos tranqüilidade na transferência entre as diversas unidades da rede e assegurando a continuidade do seu processo de desenvolvimento. Abaixo estão algumas Escolas e Universidades Adventistas no Brasil e no mundo. a) Universidades e Faculdades no Brasil: - Centro Universitário Adventista; - Faculdade Adventista da Bahia; - Instituto Adventista de Ensino (Engenheiro Coelho-SP); - Instituto Adventista de Ensino (IAE - Campus São Paulo); - Instituto Adventista de Ensino de Minas Gerais (Lavras-MG); - Instituto Adventista de Ensino do Nordeste (Cachoeira-BA); - Instituto Adventista Paranaense (Maringá-PR); - Instituto Adventista de São Paulo (Hortolândia-SP); - Seminário Adventista Latino-Americano do Nordeste (Cachoeira - BA). b) Universidades na América Latina: - Universidade Adventista Del Plata (Argentina); - Universidade União Peruana; - Universidade Adventista da Bolívia; - Universidade Adventista do Chile; - Corporação Universitária Adventista (Colômbia); - Instituto Universitário Adventista da Venezuela; - Universidad Adventista de Centro América (Costa Rica); - Universidade Adventista Dominicana (Rep. Dominicana); - Universidade de Montemorelos (México); - Universidade de Navojoa (México); - Antillean Adventist University (Porto Rico); - Caribbean Union College (Trinidad E Tobago). 26 c) Universidades e Faculdades nos EUA e Canadá - Andrews University; - Atlantic Union College; - Canadian University College; - Columbia Union College; - Florida Hospital College of Health Sciences; - Griggs University; - Kettering College of Medical Arts; - La Sierra University; - Loma Linda University; - Oakwood College; - Pacific Union College; - Southern Adventist University; - Southwestern Adventist University; - Union College; - Walla Walla College. 1.5 A História da Associação Paulista Oeste Fonte: http://www.apo.org.br/new/paulistaoeste/sede.asp, 2009. Figura 1: Futura Sede da Associação Paulista Oeste No dia 7 de Agosto de 1989 foi inaugurada a nova sede da Associação Paulista Oeste, na cidade de São José do Rio Preto, na ocasião localizada na rua Jamil Khauan, 19 – Vila Imperial. Naquele mesmo ano, mais precisamente 27 no dia 2 de Julho, a Federação Paulista Oeste (que mais tarde viria a tornar-se Associação Paulista Oeste) deu início oficialmente às suas atividades. Nesta ocasião, a Federação Paulista Oeste contava com 10.856 membros, distribuídos em 22 distritos pastorais e 94 igrejas. 1.6 Histórico da Rede em Lins Foi em 1945 que a Escola Adventista teve o seu início na cidade de Lins. Um começo bem modesto com apenas uma sala de aula, tendo funcionado por alguns anos com classes multiseriadas. No ano de 1995 foi reinaugurada como Escola de Educação Infantil, funcionando então na Avenida Tiradentes. O sonho de ter uma escola no padrão da cidade de Lins estava no coração de alguns, e finalmente no dia 26 de outubro de 1996 foi inaugurado o novo prédio da Escola, na Rua Vitor Meirelles, 175, passando a funcionar a partir de 1997 como Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Fonte: Elaborado pelas autoras, 2009. Figura 2: Foto da entrada principal da Escola Adventista de Lins 28 No ano de 2008 a Escola Adventista ampliou suas instalações construindo mais 4 salas de aula, banheiro e rampa para deficientes físicos, além de uma nova fachada. Fonte: Elaborado pelas autoras, 2009. Figura 3: Foto externa da Escola Adventista de Lins 1.6.1 Visão Ser uma escola cristã, reconhecida pela alta qualidade de ensino, onde os educadores reflitam as virtudes de Jesus. 1.6.2 Missão Promover, através da educação cristã, o desenvolvimento harmônico dos educandos, nos aspectos físicos, intelectuais, sociais e espirituais, formando cidadãos pensantes e úteis à comunidade, à pátria e a Deus. 29 1.7 Filosofia da Empresa O Sistema Educacional Adventista objetiva promover atividades de ensino contextualizadas em que possa ser vivenciada a filosofia cristã de educação. Assim fazendo, provêem modelos das mais diversas ordens para professores, estudantes, administradores e estudiosos em geral. A filosofia Adventista de Educação é fundamenta nas seguintes crenças: a) Deus, o Criador, é a realidade última do universo. Por isso, conhecêlo e compreender Sua vontade é de crucial importância desde cedo na vida; b) O homem, criado perfeito por Deus, é o resultado de uma sutil e judiciosa combinação do material com o espiritual. Um ser racional destinado a ser completo e feliz na medida em que, harmoniosamente, relacionar-se com Seu Criador e bem conviver com seus semelhantes; c) Separado de Deus, o homem está sujeito à degradação. Por isso, estabelecer ligação com Deus na forma e no tempo devidos, deve ser o grande objetivo da vida; d) Criado o homem, com potenciais a desenvolver, chama-se Educação Cristã a obra que permite seu harmonioso desenvolvimento em comunhão com o Criador. A maior tragédia é não desenvolver plena e harmoniosamente os potenciais humanos. Em outras palavras, é apenas “poder ter sido”. Por isso, em se tratando de educação, excelência é o mínimo desejável; e) Na vida humana, ações e atividades dos primeiros anos são de crucial importância para o posterior desenvolvimento. Assim, é sobre a boa educação e a felicidade do educando que se constrói o futuro bem-estar e o destino do homem; f) Deus, o Criador, é também fonte de todo o conhecimento e se revela ao homem mediante a Bíblia Sagrada, Jesus Cristo, a natureza – seu segundo livro – e através do trato com pessoas e povos de todas as épocas. 30 1.8 Objetivos: Dentre os objetivos destacam-se: a) promover o reconhecimento de Deus como fonte de toda sabedoria; b) reconhecer e aplicar a Bíblia como referencial de conduta; c) estimular o estudo, a proteção e a conservação da natureza criada por Deus; d) incentivar a utilização das faculdades mentais na aquisição e construção de conhecimento em favor do bem comum, tendo como ferramenta as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos; e) promover a aquisição de hábitos saudáveis por meio do conhecimento do corpo e das leis que o regem; f) oportunizar o desenvolvimento do senso crítico, da criatividade, da pesquisa e do pensamento reflexivo; g) incentivar o desenvolvimento dos deveres práticos da vida diária, a sábia escolha profissional e a formação familiar, o serviço a Deus e à comunidade; h) promover a autonomia e a autenticidade ancoradas nos valores bíblico-cristãos; i) favorecer o desenvolvimento da auto-estima positiva, do sentimento de aceitação e de segurança; j) resgatar a prática da regra áurea nos relacionamentos interpessoais: amar ao próximo como a si mesmo. 1.9 Os Princípios Educacionais São estabelecidos a partir da perspectiva bíblico-cristã, constituindo-se no processo que promove o desenvolvimento físico, intelectual, social, moral e espiritual, formando cidadãos realizados e participativos. 31 1.10 A Educação Como um dever da família, inspirada nos princípios educacionais cristão na liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade, desenvolvimento pleno do educando em todas as suas dimensões, prepará-lo para o exercício consciente da cidadania e qualificá-lo para o trabalho. 1.11 Manutenção A Manutenção do sistema ocorre mediante anuidade paga pelo estudante ou seu responsável, pactuado através do correspondente contrato. Sendo a Entidade Mantenedora considerada filantrópica e de utilidade pública, não tendo finalidade lucrativa e visando, tão somente, à educação integral das crianças, adolescentes e jovens da comunidade, usufrui doações de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia e de admiradores de seu trabalho educacional, como também, dos benefícios provenientes de sua imunidade e isenção tributária e fiscal, com dispensa do recolhimento de alguns tributos devidos ao Estado. 1.12 A Logomarca Fonte: http://www.educacaoadventista.apac.org.br, 2009. Figura 4: Logomarca 32 A nova logomarca incorpora o logo da Igreja Adventista, bem como sua família de letras, seguida de Educação Adventista, com destaque para as duas letras A maiúsculas, no início e no final da palavra Adventista, que simboliza A de adventista, A de alfabeto e escola, e A, de nota máxima. Esta logomarca com a designação Educação Adventista é o Logo Oficial, para ser usado nos Uniformes, é na designação geral da Educação Adventista. Escolas e Colégios poderão localmente usar a logomarca isolada para identificar sua escola, seguida do termo Escola Adventista ou Colégio Adventista, usando a mesma família de letras da logomarca da Igreja. 1.12.1 A Chama: Símbolo do Espírito Santo As três linhas circundando um globo implícito representam as três dimensões básicas da educação adventista integral: física, mental e espiritual, circundando o globo, mostrando a abrangência mundial do Sistema Adventista de Educação. Também representam os três anjos de Apocalipse 14, com as três mensagens angélicas circundando o globo, e nossa Comissão de levar o Evangelho ao mundo inteiro. 1.12.2 O Livro: Símbolo da Bíblia Aberta Fundamento Bíblico da Educação Adventista. A posição totalmente aberta sugere plena aceitação da Palavra de Deus. 1.12.3 A Cruz: Símbolo do Evangelho da Salvação 33 Está posicionada no centro do desenho para enfatizar o sacrifício de Cristo, que é o tema central da fé e da Educação Adventista. 1.12.4 As Mãos: Símbolo do Criador e Mantenedor Tudo está nas mãos do Criador e Mantenedor do Mundo, protegendo e cuidando dos educandos. Também representam as mãos dos educadores. 1.13 Clientes Os clientes da empresa são pais de crianças que estejam em idade escolar (quatro a catorze anos), bem como pais adventistas ou de outras religiões evangélicas. Esses clientes estendem-se por toda região. 1.14 Propaganda A empresa faz a divulgação de seus serviços em jornais locais, rádios, panfletos, vestibulinhos, convênios com empresas, eventos promovidos para o público-alvo e sites na internet. Porém, a maior estratégia de propaganda consiste no encantamento dos clientes que passam a fazer o chamado “boca a boca”, bem como o bônus pago aos pais que indicam novas matrículas. 1.15 Concorrentes 34 Classificados como sendo os principais concorrentes desta empresa estão: Colégio Objetivo, Instituto Americano de Lins, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e ETL. Outras escolas são classificadas como fracos concorrentes. 1.16 Preocupações Pode-se notar a preocupação por parte dos dirigentes em manter um padrão de qualidade de seu atendimento bem como na qualidade de ensino oferecido e também em relação à preparação de seus funcionários de maneira geral. 1.17 Planos para o futuro Visto que este mercado está em constante crescimento e que seus concorrentes se diferenciam basicamente pelo atendimento, os dirigentes almejam a melhoria de suas instalações, para atender também alunos de ensino médio, proporcionando assim, um maior conforto e comodidade aos alunos que terminam o ensino fundamental. 35 CAPÍTULO II MARKETING EDUCACIONAL 2.1 Fundamentos de marketing O marketing é essencial para a sobrevivência de uma empresa que tenha como objetivo o crescimento dos seus serviços e produtos, principalmente diante da atual competitividade do cenário mundial. De acordo com Cobra e Braga (2004), pode-se definir marketing como uma atividade cujo o principal objetivo é satisfazer, com produtos ou serviços, os desejos e necessidades do consumidor por meio do processo de trocas. O marketing tem que conhecer o que o consumidor necessita ou deseja. Diante deste conceito, o marketing tem a função de estudar os canais de distribuição do produto, o comportamento do cliente e incrementar as vendas. Segundo Kotler e Fox (1994), o marketing é a análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados para causar trocas voluntárias de valores com mercados alvo e alcançar os objetivos institucionais. O marketing envolve e programa as ofertas da instituição para atender as necessidades e os desejos de mercados alvo, usando preço, comunicação e distribuição eficaz para informar, monitorar e atender a esses mercados. O marketing é uma das maiores ferramentas na luta pela sobrevivência e o crescimento de uma empresa. A administração de marketing é a arte e a ciência da escolha de mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente, firmam Kotler e Keller (2006). O marketing é uma forma lucrativa de satisfazer as necessidades. São funções ou processos de uma empresa que envolva a comunicação e crie valor aos clientes, que administre o relacionamento com eles beneficiando a mesma. 36 Cobra e Braga (2004), ainda afirmam que devido à concorrência e a sofisticação do cliente, o conceito de marketing evoluiu para uma orientação no sentindo de satisfazer as necessidades do cliente. Sob esse conceito, como algo oposto à orientação tradicional para vendas, o produto é uma variável a ser realizada e modificada em resposta às mudanças nas exigências do cliente. De acordo com Kotler e Fox (1994), marketing é uma atividade humana básica pela qual pessoas obtêm o que necessitam e desejam através da criação e troca de produtos, serviços e outras coisas de valor com outros. O marketing tem como função mais do que encontrar clientes para comercializar produtos e serviços, o mesmo tem que integrar-se com os clientes. Para Cobra e Braga (2004), marketing é uma atividade de descobrir, conquistar e manter clientes. Inicialmente o termo marketing foi introduzido com significado de mercadologia, a partir da década de 70 que marketing passou a significar o ato de comercializar ou de negociar. O marketing deixou de operar somente em propagandas e divulgação de eventos, mas sim. está colaborando para uma gestão e um planejamento com visão estratégica. Não é correto definir o marketing como a arte de vender produtos ou serviços, mas sim, como a arte de entender o cliente de forma que a venda dos mesmos ocorra naturalmente, resultando em um cliente disposto a comprar. 2.2 Marketing adequado ao serviço educacional Marketing educacional é o esforço de posicionamento/comunicação desenvolvido por instituições de ensino (colégios, universidades, faculdades, entidades representativas destas instituições etc.) junto aos usuários de seus produtos e serviços (estudantes, professores ou profissionais) ou a grupos sociais determinados ou ainda à própria comunidade. 37 O marketing antigamente não era considerado importante para as instituições de ensino, mas às mudanças do cenário educacional, fizeram com que as instituições o praticassem. O sucesso do marketing de uma instituição educacional depende da satisfação das necessidades, desejos e demandas. De acordo com Cobra e Braga (2004), o serviço educacional pode ser entendido como um desempenho oferecido por uma parte à outra. O desempenho é essencialmente intangível. Os serviços educacionais são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para os alunos entendidos como clientes e para as empresas que os empregam. No caso do serviço educacional, os produtos são os cursos e as diversas modalidades oferecidas pelas instituições. O marketing para instituições de ensino determina que a instituição decida sobre as necessidades e os desejos de mercados-alvo, satisfazendo-os através de projetos, comunicação, serviços apropriados e viáveis. Essa satisfação é de vital importância, pois o contrário pode fazer com que as instituições caiam no esquecimento. Entretanto, a satisfação de mercados-alvo, não significa fornecer qualquer programa, e sim, tornar mais atraente as ofertas para os consumidores interessados. Em longo prazo, a instituição deve assegurar as necessidades dos clientes, pois um aluno não está interessado somente em um diploma, mas também no domínio real de informações e habilidades que justifiquem essa conquista, além, é claro, das necessidades da sociedade, que esperam pessoas preparadas para serem produtivas e que assumam responsabilidades. Há pouco mais de dez anos é que o marketing educacional abandonou a antiga visão de algo desnecessário ou de pouca importância e tornou-se essencial, sendo implantado ou profissionalizado. Para uma adequação no marketing educacional deve-se usar como estratégia a coleta de dados e saber usar as informações para conhecer o perfil do aluno e o que ele considera importante. 2.3 Planejamento de marketing 38 O planejamento estratégico deve estar em primeiro plano nas empresas. Para Las casas (2006), planeja-se quando há um objetivo a alcançar, delineando-se as formas de alcançá-lo. A base do planejamento estratégico são os objetivos traçados, pois possibilita a visualização das ameaças e oportunidades dos ambientes. De acordo com Kotler e Fox (1994), o planejamento estratégico envolve identificar a missão da instituição, avaliar seus recursos e examinar o ambiente para determinar quais devem ser suas prioridades e estratégias. As instituições educacionais têm sistemas de planejamento com vários graus de sofisticação, desde simples sistemas orçamentários a sistemas de planejamento formal a longo prazo. Planejamento de marketing é a direção a ser seguida por uma instituição para obter vantagem aos seus mercados e oportunidades. Segundo Cobra e Braga (2004), planejar é uma ação decorrente da visão estratégica formada pela intuição e por percepções situacionais decorrentes de experiências e julgamentos dos dirigentes das Instituições de Ensino Superior, e que proporciona o senso de direção. A estratégia existe na mente do educador-estrategista como uma visão dos negócios. Ainda de acordo com Cobra e Braga (2004), a formulação de estratégias decorre do processo de planejamento das Instituições Ensino Superior, que, dependendo da metodologia utilizada, começa com a finalidade socioeconômica fundamental da instituição em termos da sua missão e termina com a definição de programas e projetos. Com base numa verificação do ambiente constituído de concorrentes atuais e potenciais, a idéia do planejamento é defender os negócios da instituição de ensino orientando o seu posicionamento estratégico, que, por sua vez orienta a estrutura organizacional e o funcionamento da escola. Segundo Kotler e Keller (2006), o processo de planejamento de marketing consiste em analisar oportunidades de marketing, selecionar mercados-alvo, projetar estratégias de marketing, desenvolver programas de marketing e gerenciar o esforço de marketing. É o planejamento que orienta as instituições no mercado. 39 2.4 Estratégia de marketing Estratégia de marketing é o esforço das instituições para atingir seus objetivos. São as informações coletadas na elaboração do plano de marketing. A estratégia de marketing focaliza a vantagem competitiva em longo prazo, está baseada na análise dos clientes, dos concorrentes e outras forças ambientais, que pode ser combinado com dados de outros departamentos, formando uma estratégia integrada. Segundo Kotler e Fox (1994), estratégia de marketing é a seleção de um mercado-alvo, escolha de uma posição competitiva e desenvolvimento de um composto de marketing eficaz para atingir e servir o mercado escolhido. Estratégia de marketing é a seleção de um ou mais segmentos de mercadoalvo, escolha de uma posição competitiva e desenvolvimento de um composto de marketing eficaz para atingir e servir os consumidores escolhidos. Estratégia é um plano de ação para atingir metas. Construída em cima de segmentação, mercado-alvo e posicionamento. As estratégias do marketing educacional estão na possibilidade do ambiente crescer e na capacidade da instituição em se posicionar. De acordo com Cobra e Braga (2004), ao definir objetivos consistentes com os recursos disponíveis, é preciso formular ações estratégicas que permitam conquistar o mercado, conquistando novos alunos e retendo os atuais. A formulação de planos estratégicos precisa contemplar ações táticas de preço por tipo de curso, definir ações de localização e logística dos cursos e de canais de vendas. 2.4.1 Segmentação Segmentação é a divisão de um grupo para formar outros grupos heterogêneos. Segundo Cobra e Braga (2004), segmentar o mercado e direcionar o seu foco para públicos específicos pode ser uma saída interessante. O mercado, 40 além de ser específico para cada região do país, guarda características específicas dada a complexidade social das diversas camadas da população. O fundamento da segmentação de mercado é relativamente simples. Baseia-se na idéia de que um produto comum não pode satisfazer necessidades e desejos de todos os consumidores. O motivo é simples: os consumidores são muitos, dispersos em diversas regiões; têm hábitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades, desejos e preferências. Assim sendo, não se pode tratar todos da mesma forma, bem como, não se pode tratar todos de forma diferente. O que se pode fazer é tentar reunir grupos de pessoas com características, preferências e gostos semelhantes, e tratá-los como se fossem iguais. Como se percebe, o centro de toda a discussão é que existem diferenças entre os consumidores, diferenças essas, que devem ser consideradas no processo decisório da empresa. Inicialmente, para uma instituição de ensino ter sucesso, ela deve definir seu público-alvo e posicionarse no mercado. Os segmentos de preferência de segmentação possuem três padrões possíveis, classificados por Kotler e Fox (1994) como: a) preferências homogêneas: descreve o caso onde todos os alunos têm quase a mesma preferência. O mercado não mostra nenhum segmento natural, pelo menos em relação aos dois atributos que estão sendo considerados. Poder-se-ia prever que se os alunos, em geral, têm a mesma preferência, as faculdades seriam muito semelhantes porque teriam que agradar o mesmo tipo de estudante; b) preferências difusas: em outro extremo, as preferências individuais dos alunos podem ser tão diferentes que ficariam espalhadas no espaço sem nenhuma área de concentração. Pode-se prever que seriam necessários muitos tipos diferentes de faculdades para satisfazer o mercado diversificado; c) preferências aglomeradas: uma possibilidade intermediária é o surgimento de aglomerado de preferências, chamados segmentos de mercado naturais. 41 Ainda de acordo com Dias (2005), descreve alguns tipos de segmentação de mercado, como: a) segmentação demográfica: estuda estatisticamente as populações e suas características. Algumas variáveis são: faixa etária, sexo, estado civil, nacionalidade, religião, raça e número de unidades domiciliares; b) segmentação socioeconômica: divide o mercado com base nas características sociais e econômicas da população. Algumas variáveis são: classe social, renda, escolaridade, ocupação profissional e posse de bens; c) segmentação geográfica: divide o mercado com base em critérios geográficos, como localização e densidade populacional. Os critérios podem ser: países, estados, municípios, bairros e microrregiões; d) segmentação psicográfica: divide o mercado com base no modo como as pessoas pensam e levam suas vidas. Por meio de segmentação psicográfica, podem ser analisados: estilo de vida, fatores psicológicos, sociológicos, antropológicos, personalidade, valores atividades, interesses e opiniões. O marketing identifica os segmentos e decide em qual deles deve se concentrar, ajustando os programas de marketing. Kotler e Fox (1994), dizem que a segmentação de mercado é baseada no fato de que as preferências dos consumidores são freqüentemente aglomeradas. Somente algumas pessoas ficaram satisfeitas com o programa educacional sob medida e puderam pagar um preço alto, enquanto que a maioria delas ficaram mais satisfeitas com um programa mais barato, destinado a um mercado mais amplo. Cobra e Braga (2004), também descrevem procedimentos para a segmentação de mercado educacional, que são: a) pesquisa de mercado: para definir a escala de atributos a serem utilizados, por exemplo: faixa etária, classe de renda, origem educacional e formação básica do candidato a aluno do curso. Escala de preferência de cursos; atitude do candidato em relação aos diversos cursos; e demais fatores demográficos - sexo, religião, etc.; dados geográficos - do tipo local de residência e trabalho do candidato a aluno; e fatores psicográficos - estilo de vida, valores sociais, entre outros; 42 b) análise dos dados obtidos: com base em análises qualitativas e quantitativas é possível estabelecer o potencial de mercado de cada agrupamento obtido; c) estudo de mercado: estudo da lucratividade de cada segmento de mercado identificado. De acordo com Dias (2005), sabe-se que os consumidores não são todos iguais e tampouco suas preferências são para o mesmo tipo de produto. Há uma complexidade de realidades que devem ser analisadas, selecionadas e definidas para que se tenha uma boa imagem do perfil qualitativo do mercado potencial. Sexo, idade, renda, escolaridade, tipo de localização de domicílio, profissão, grau de utilização do produto, personalidade, entre outros, são algumas das variáveis dessa realidade analisada. As vantagens da segmentação são diversas e Dias (2005) descreve algumas: a) talvez a mais importante seja que, se você conhece melhor seu cliente, você poderá servi-lo melhor, quanto mais detalhado for esse conhecimento, melhor será o ajuste das variáveis de marketing, portanto, melhor será o plano de marketing; b) conhecendo quem são seus clientes e tendo-os agrupados, será mais fácil contá-los: então, a segmentação de mercado acaba sendo um prérequisito fundamental para o trabalho de qualificação de mercado, definindo-se quantos são os clientes potenciais; c) quando se sabe quem são, onde estão e quantos são, fica mais fácil o trabalho de definir o tipo e a intensidade da distribuição que se deve desenvolver para atender corretamente aos clientes-alvo: pode definir com mais precisão o tipo de distribuição, o perfil do intermediário ideal, a quantidade e a localização desses intermediários, o que nos remeterá também às informações sobre a logística necessária e seu custo; d) conhecendo as características dos grupos de clientes-alvo, seus costumes e hábitos, pode-se comunicar melhor com os mesmos: dado que, estando interados de seus hábitos de costume de mídia, são maiores as chances de utilizar os recursos da propaganda; 43 e) fica mais objetiva a tarefa de pesquisar o mercado: desenvolver cada vez mais as informações sobre os segmentos-alvo, os planos e as estratégias mais adequados a esses segmentos; f) o conhecimento do segmento-alvo: permite que faça um trabalho de melhor resultado no que diz respeito aos esforços de posicionamento do produto, ficando mais fácil identificar oportunidades de novos lançamentos. Ainda de acordo com Dias (2005), faz-se necessário voltar a frisar que a segmentação de mercado é importante em qualquer circunstância, para qualquer tipo de negócio e qualquer objetivo de plano mercadológico. Assim, a segmentação de mercado é essencial para a formulação dos planejamentos e estratégias de marketing. 2.4.2 Mercados-alvo Mercados-alvo são grupos menores, mais definidos, focados nas necessidades. A definição é importante para determinar quem serão os clientes que a empresa pretende atingir. Para Kotler e Fox (1994), o público é constituído de um grupo distinto de pessoas e/ou organizações que têm interesse real ou potencial em afetar uma instituição. Para a instituição, público significa cada um dos importantes grupos que tem interesse real ou potencial. Ainda de acordo com Kotler e Fox (1994), uma instituição que responde totalmente ao seu mercado deve, além de fazer levantamentos para medir a satisfação dos consumidores, pesquisar suas necessidades e preferências ocultas, para encontrar um modo de melhorar seus serviços. Uma Instituição de Ensino, para responder ao seu mercado, deve se esforçar para sentir, atender e satisfazer às necessidades e aos desejos de seus consumidores e públicos. 2.4.3 Posicionamento 44 Segundo Cobra e Braga (2004), as escolas precisam estabelecer estratégias de marketing consistentes com os desafios de mercado para poder sobreviver e crescer em um ambiente bastante competitivo, como o atual. Dentre as principais estratégias que podem ser adotadas, destacam-se a de posicionamento. Ainda para Cobra e Braga (2004), o posicionamento é como o mercado vê a instituição de ensino. O posicionamento é configurado pelos atributos de cada curso e pelos benefícios proporcionados. Posicionamento é a projeção do produto, da imagem da empresa e da marca em um lugar diferenciado da mente dos consumidores, a fim de proporcionar vantagem à empresa. Para Cobra e Braga (2004), posicionar a escola na mente do aluno significa trabalhar a imagem da Instituição de Ensino Superior junto aos diversos públicos com as quais ela interage, direta ou indiretamente: a) influenciador (parentes e amigos dos alunos); b) usuário e comprador (alunos e pais); c) comprador / pagador (pais). Segundo Cobra e Braga (2004), o posicionamento deve transparecer em todas as outras estratégias e componentes de marketing, com o objetivo de reforçar a imagem e a identidade da Instituição de Ensino Superior. Posicionar um serviço educacional na mente do consumidor é um esforço de longo prazo, pois exige conhecimento e reconhecimento. Ou seja, é preciso que o serviço seja conhecido e admirado. Uma instituição constrói sua imagem no mercado ao longo de um período de bons serviços e fica difícil posicioná-la competitivamente no mercado sem conhecer o que o público consumidor realmente valoriza em uma instituição, diz Cobra e Braga (2004). Para criar uma posição competitiva, a instituição tem que oferecer algo que a concorrência não consiga. Cobra e Braga (2004) enfatizam que, a formulação de estratégias decorre do processo de planejamento da Instituição de Ensino Superior que, dependendo da metodologia utilizada, começa com a finalidade 45 socioeconômica fundamental da instituição em termos da sua missão e termina com a definição de programas e projetos. Com base em uma verificação do ambiente constituído de concorrentes atuais e potenciais, a idéia do planejamento é defender os negócios da Instituição de Ensino Superior orientando o seu posicionamento estratégico, que, por sua vez, orienta a estrutura organizacional e o seu funcionamento. Para Cobra e Braga (2004), destacam-se algumas dificuldades e falhas no posicionamento estratégico, tais como: a) a maior parte das Instituições de Ensino Superior privadas oferece o mesmo conjunto de cursos, existindo poucos cursos originais; b) são raras as Instituições de Ensino Superior que conseguem posicionar-se em um conjunto homogêneo de cursos, em uma mesma área ou setor da economia. A maioria das Instituições de Ensino Superior quer ter de tudo um pouco e acaba não sendo referência em nada; c) não há segmentação do público-alvo as Instituições de Ensino Superior utilizam estratégias de divulgação idênticas para diferentes tipos de clientes potenciais, pois mesmo ao saberem que os valores e as percepções de egressos do ensino médio (jovens adolescentes) são distintos dos valores e das percepções de pessoas com mais idade e que já estão no mercado de trabalho há mais tempo; d) outra falha na distinção da segmentação do público-alvo diz respeito à classe econômica: a forma de abordar estrategicamente pessoas das classes A e B é uma, das classes C e D é outra. Por exemplo, se a instituição se posicionar para atender essas classes, deverá buscar outros tipos de diferenciais qualitativamente válidos para fazer frente a uma forte concorrência e deve considerar prioritária a questão do preço. Nesse segmento socioeconômico da população (C e D), 30 reais a mais ou a menos na mensalidade podem representar a perda ou ganho de centenas ou milhares de alunos. Se optar por esse posicionamento, a Instituição de Ensino Superior deve buscar uma maior lucratividade no ganho em escala e em fontes alternativas de receita (cross-selling) para se tornar competitiva. 46 No caso de uma instituição de ensino, a propaganda não pode ser usada isoladamente, pois a mesma deve estar ligada aos demais elementos de marketing para demonstrar os valores agregados e os diferencias da instituição. Cobra e Braga (2004) definem porque as Instituições de Ensino Superior falham em definir seu posicionamento estratégico. Entre os principais estão: a) o corpo docente é um elemento chave para a imagem da qualidade percebida da instituição: no entanto, no Brasil ele ainda é tratado como commodity, ou seja, os mesmos professores dão aula em diversas Instituições de Ensino Superior, tornando difícil a criação de uma identidade singular no processo educacional de uma instituição; b) há uma geração de mantenedores que ainda acredita que “boas instalações, bons professores e estrutura curricular adequada” são sinônimos de qualidade institucional, e que, se bem divulgados, serão percebidos pelo público como elementos de valor: esses são apenas elementos básicos, de exigência obrigatória, condição sine qua non para uma Instituição de Ensino Superior pleitear um lugar no mercado. No entanto, eles não são mais diferenciais competitivos, não criam posicionamento e não são suficientes para influenciar a decision making (tomada de decisão de compra); Depois de estabelecer o tipo de clientela a ser atendida é preciso definir como irá se posicionar perante a mesma. O posicionamento deve transparecer em todas as outras estratégias de marketing, visando reforçar a imagem e a identidade. Segundo Cobra e Braga (2004), em um período como o atual, de consolidação do mercado do ensino superior particular, em que muitas Instituições de Ensino Superior já estão sucumbindo, somente dois tipos de instituições sobreviverão: a) de um lado, as grandes Instituições de Ensino Superior: que souberem tirar partido do ganho em escala, de estratégias de localização dos seus campi e que tiverem gestão profissionalizada; b) de outro, as pequenas e médias Instituições de Ensino Superior: que foram segmentadas e tiveram posicionamento bem definido com diferenciais qualitativos e específicos. As que ficarem no meio termo, 47 isto é, não forem nem uma nem outra, terão sérias dificuldades competitivas. Os principais usos do posicionamento são: prover um diagnóstico para definir e entender o relacionamento entre os cursos e o mercado, identificar oportunidade de mercados e tomar decisões estratégicas em relação à concorrência. 2.5 Imagem da instituição de ensino Assim como uma empresa, as instituições de ensino têm forte interesse em saber como são vistas pela sociedade, uma vez que relacionadas a uma imagem, querem assegurar-se que ela mostre favoravelmente sua realidade. Segundo Kotler e Fox (1994), a imagem é a soma de crenças, idéias e impressões que uma pessoa tem de um objeto. Uma instituição que responde ao mercado tem forte interesse em saber como seus públicos vêem a escola, seus programas e serviços, uma vez que as pessoas se relacionam freqüentemente. Públicos que têm a imagem negativa de uma instituição vão evitá-la ou desprestigiá-la, mesmo se for de alta qualidade, e aqueles que têm uma imagem positiva, ficarão indecisos. Uma imagem distorcida de uma instituição pode evitar que a mesma se beneficie com o marketing boca a boca. Kotler e Fox (1994), também afirmam que o termo imagem começou a ser popular nos anos 50 e, atualmente, é utilizado em uma variedade de contextos: imagem institucional, corporativa, nacional, marca pública, autoimagem e assim por diante. A imagem da marca da instituição de ensino surge em função das ações tomadas pela escola e pela sua comunicação. E como numa escola tudo comunica: seu corpo docente, seu corpo discente, seus funcionários, seu atendimento, sua infra-estrutura e até o comércio que se forma ao redor das escolas, é necessário bastante cuidado e zelo com a sua imagem. Para a instituição educacional é importante mensurar a familiaridade de sua imagem e como os grupos avaliam suas qualidades, para decidir se o 48 resultado está de acordo com a imagem que deseja passar, caso contrário, deve se readequar e comunicar essas mudanças para seu público. Geralmente, as pessoas têm uma predisposição à formarem a imagem de uma Instituição baseado em informações limitadas e parciais e não do todo. Essas imagens distorcidas afetam a possibilidade de receber matrículas vindas do marketing boca a boca. De acordo com Cobra e Braga (2004), as classificações da Instituição de Ensino Superior quanto à imagem para o mercado são: a) best-price: são Instituições de Ensino Superior de todos os tamanhos que competem com base no menor preço. São exclusivamente diplomadoras, que atraem alunos das classes econômicas C, D e parte da classe B - aqueles preocupados apenas com a obtenção do diploma; b) convenientes: são Instituições de Ensino Superior que captam alunos com base na tríade localização, acesso e preço. A maior parte das Instituições de Ensino Superior do país se classifica nessa categoria, onde estão também as faculdades isoladas de qualidade variável, situadas em cidades de pequeno e médio porte, onde existe apenas uma ou duas Instituições de Ensino Superior. Seus cursos não apresentam diferencias competitivos (são commodities); c) tradicionais: são Instituições de Ensino Superior que existem há mais de duas décadas e hoje estão na categoria de universidade. Atraem alunos com base no amplo portfólio de produtos, na tradição e no porte da instituição; d) segmentadas: competindo na mesma categoria e faixa de preço que as Instituições de Ensino Superior tradicionais, as Instituições de Ensino Superior estão segmentadas por serem relativamente recentes e estarem focadas em determinada área ou nicho de mercado; e) diferenciadas: são Instituições de Ensino Superior que conquistaram um share of mind do público-alvo, ou seja, são marcas lembradas por apresentarem diferenciais claramente percebidos pelo mercado; f) elitizadas: são Instituições de Ensino Superior que já consolidaram uma imagem de excelência no mercado e cobram mensalidades bem mais altas que as demais. 49 Uma imagem forte começa a surgir quando todas as suas ações estão intimamente relacionadas com os atributos de sua marca, quando ela tem um bom desempenho e quando gera satisfação real. Dar um pouco mais do que o aluno espera também faz parte de uma boa estratégia de fortalecer a imagem da escola. A imagem da sua marca no mercado deve ser de uma instituição de credibilidade e de boa qualidade. Para Cobra e Braga (2004), investir em propaganda tem dois objetivos: fixar a imagem da marca e crescer as vendas de cursos. As escolas particulares dependem da receita gerada pelo pagamento de mensalidades. Assim, quanto maior o número de matrículas maior será o lucro e melhor será o serviço prestado. Por isso, a necessidade de tornar a imagem da marca sedutora e objeto de desejo dos seus alunos e futuros alunos. 2.6 Marca de uma instituição De acordo com Cobra e Braga (2004), a marca pode ser entendida como um nome, termo, logo, símbolo, desenho ou uma combinação de tudo isso, criada com a finalidade de identificar bens ou serviços de um vendedor e diferenciá-los dos competidores. No caso de uma Instituição de Ensino Superior, representa mais do que um nome, é o valor de uma imagem, um verdadeiro símbolo que caracteriza valores morais, éticos e de qualidade no saber. As marcas precisam ser diferenciadas para ganharem relevância e precisam ser lembradas e amadas, para poderem conquistar o coração do consumidor. Para Cobra e Braga (2004), há quatro pilares para a construção de uma marca de uma instituição de ensino: a diferenciação, uma marca se distingue das demais quando tem fatores que as diferenciam das outras; a relevância, os cursos oferecidos devem ter importância para o mercado, avaliando a relevância para o consumidor; a estima, respeito, afeto e reputação junto ao público consumidor; e o conhecimento, a divulgação da marca no mercado 50 educacional os quais podem fortalecer o conhecimento que o mercado tem dela. Uma escola deve se destacar pela qualidade de seus cursos, e a sua marca deve espelhar uma diferenciação, ou seja, a marca tem tudo a ver com a qualidade do ensino e com a credibilidade da instituição. Segundo Gracioso (2005), a imagem da marca é a impressão coletiva que as pessoas têm a respeito de uma marca de produto ou serviço. Trata-se da informação positiva ou negativa que alguém adquiriu naturalmente sobre uma marca em particular. Se dependesse apenas das experiências pessoais a imagem da marca se difundiria muito lentamente. Devido a isso, para apressar esse processo, surgiu a propaganda. Segundo Cobra e Braga (2004), existem fatores para a construção de uma marca de sucesso no mercado educacional, os quais são: a) é preciso agregar valor à marca da escola, isso requer penetrar no mundo real, demonstrando os atributos da marca educacional; b) é importante que a marca gere forte emoção: adrenalina pura; c) é preciso penetrar no mundo real das pessoas: benefícios da marca; d) é importante penetrar no mundo imaginário: mensagens simbólicas de amor; e) é necessário criar preferência pela marca; f) a marca deve provocar lealdade: amor e paixão; g) fidelidade: amor, paixão e exclusividade. As marcas precisam ser diferenciadas para ganharem relevância se chegarem ao consumidor. E mais do que isso, precisam ser lembradas amadas, para poderem conquistar o coração do consumidor, afirmam Cobra e Braga (2004). 2.6.1 Diferenciação Diferenciação é a capacidade que uma empresa tem de ser percebida como diferente dos concorrentes, em função de suas vantagens competitivas. Ela pode se diferenciar a partir da segmentação de seu mercado, seu 51 posicionamento e seu Mix de Marketing (produto, preço, promoção e ponto-devenda/distribuição). 2.7 Fatores que influenciam na escolha de uma instituição de ensino Dado a grande mobilidade social promovida pela Educação no Brasil a escolha da escola dos filhos é uma prioridade em muitas famílias. Na verdade, muitos pais e mães sacrificam uma parcela importante de suas disponibilidades em tempo, dinheiro e energia para oferecer a melhor educação às suas crianças. Os pais que estudaram em boas escolas atribuem a esse fato, com razão, muito do sucesso que obtiveram na vida profissional. Aqueles que venceram dificuldades e suplantaram os obstáculos por terem estudado em escolas menos conhecidas ou posicionadas também desejam, freqüentemente, oferecer uma opção de estudo melhor que a que tiveram a seus filhos. 2.7.1 Comunicação Comunicação são todos os mecanismos que envolvem a seleção e o relacionamento de todos os modelos de comunicação mais adequados para acessar e sensibilizar as pessoas inseridas no foco escolhido. Estão inclusos nesse item todas as ações de publicidades, propaganda, etc. Para Cobra e Braga (2004), o papel da comunicação, é essencial podendo ser utilizada para: a) informar acerca de cursos oferecidos e demais dados pertinentes a cada programa; b) persuadir o possível aluno acerca de determinados cursos, oferecidos como a melhor a suas necessidades; c) relembrar o aluno potencial das vantagens de um curso e motivá-lo a se inscrever. 52 Os passos para a elaboração de uma comunicação convincente são: atrair os clientes e quem mais poderia vir a comprar, definir a área geográfica de atração da escola, definir a concorrência, elaborar um briefing da campanha, fazer o planejamento da estratégia de comunicação, realizar pesquisa de mídia e fazer o processo de criação. (COBRA; BRAGA, 2004). 2.8 Atração e retenção de aluno A razão de uma instituição de ensino são os alunos. De acordo com Cobra e Braga (2004), o processo de recrutamento de alunos consiste em seis etapas: identificação dos problemas de matrícula; definição das metas e objetivos de matrícula; pesquisa do mercado potencial de alunos; estabelecimento da estratégia de marketing; planejamento e implementação de programas de ação e avaliação dos resultados e procedimentos. Tão importante quanto a atração é a retenção de alunos, para isso devese aumentar o nível de satisfação dos mesmos. Para Cobra e Braga (2004), o processo de retenção deve incluir oito etapas: criação de um comitê diretivo de retenção; avaliação da avaliação de retenção; determinação das razões que levam o aluno a abandonar o curso; encorajamento de uma atitude de prestação de serviço ao estudante; criação de construções que atendam aos objetivos de recrutamento e admissões; facilitação do trânsito do aluno nas instalações da instituição; fornecimento de aconselhamento e orientação e criação de um ambiente de atenção, voltado pra os alunos. Em tempos difíceis e quando o aluno não dispõe de um fundo de bolsas, os custos podem parecer elevados, então a instituição deve proporcionar facilidades para que o aluno consiga reduzir gastos fora da escola. Ainda segundo Cobra e Braga (2004), os desafios para a sobrevivência em uma sociedade a cada dia mais competitiva exigem a busca do conhecimento e de valor. 53 Mudar o conceito de que marketing em sala de aula é apenas um dos princípios básicos da retenção de alunos, é o grande desafio da escola moderna, aliando boas instalações e equipamentos à figura carismática do professor. 2.9 Marketing em sala de aula Cobra e Braga (2004) enfatizam que, em sala de aula, o professor deve procurar proporcionar conveniência que estimule o aluno à busca incessante do conhecimento. Com material didático atualizado, bibliografia de interesse e outros recursos didáticos estimulantes, como a internet para pesquisa bibliográfica, o professor deve agir com muita magia e sedução em sala de aula, pois tem a sua disposição uma audiência cativa. Sabendo estimular seus ouvintes, ele deixa de ser apenas “um profissional de dar aulas” e se torna uma referência na vida atual e futura do aluno. Agindo de forma mágica e sedutora, pode motivar o aluno à pesquisa de informações e ao aprendizado contínuo. De acordo com Cobra e Braga (2004), o marketing em sala de aula tem ganhado novos adeptos de uma forma quase intuitiva. O professor que procura ganhar a estima de seus alunos se auto-promove, dá shows de conhecimento, usa técnicas multimídia, entre outros recursos. Os autores também descrevem a luz do conhecimento de marketing denominado 4Cs, de Robert Lauterbom, os quais são: a) cliente: o aluno é o cliente da escola e do professor. Mas a estória de que o cliente tem sempre razão nem sempre é válida. Como cliente, é preciso saber o que estimula o aluno a prestar atenção na aula e de que maneira ele deve ser estimulado a estudar. A pesquisa intuitiva do professor nem sempre funciona, por isso muitas vezes uma pesquisa de opinião precisa ser realizada, para descobrir o que tem valor para o aluno; b) conveniência: para estimular o aluno a estudar, é preciso proporcionar conveniências que o motivem ao bom desempenho acadêmico. As facilitadas de acesso a escola, estacionamento, lanchonetes com bons 54 lanches, espaço para confraternização dos alunos, mesmo sendo ambientes externos à sala de aula, são importantes. Dentro da sala de aula, conforto, número adequado de lugares, boa visibilidade, acústica, temperatura ambiente e bons equipamentos fazem parte do cenário de marketing para um aprendizado eficiente. Em suma, é preciso proporcionar um elenco de conveniências aos alunos; c) comunicação: ter bons recursos físicos na sala de aula não basta, é preciso que o professor seja um bom comunicador. O professor deve ter boa expressão corporal, tal qual um artista em um palco de teatro, boa dicção, boa entonação de voz e, sobretudo, trazer bons assuntos para sala de aula. Um verdadeiro e entusiasmado narrador, é contador de boas estórias; d) custo: o “produto” sala de aula nem sempre é barato. Com todos os equipamentos multimídia necessários, é preciso um bom investimento para compor o cenário da sala de aula. Professores bem remunerados também compensam. É importante atender às necessidades de conforto e bem-estar do cliente, e somar alguns desejos específicos de cada Instituição de Ensino Superior. Um serviço educacional bem elaborado faz parte do bom marketing em sala de aula. O professor precisa estar motivado a ser um personagem importante do marketing da sua Instituição de Ensino Superior. Para isso, deve ser orientado e estimulado, afirmam Cobra e Braga (2004). 55 CAPÍTULO III COMPROMISSO COM SEU FUTURO 3.1 Introdução à pesquisa As empresas estão em busca de novas mudanças, como o tema marketing educacional que vem nesse ambiente de concorrência acirrada e de exigência de competitividade, seu próprio caminho e galgando posições estratégicas da importante hierarquia da gestão educacional, como ferramenta fundamental na condução da escola. Já relatam vários os práticos e mesmo os teóricos que reconhecem a necessidade do dirigente, seja ele o mentor por unidades ou centros importantes do negócio, de conhecer e se aprofundar no tema sobre o marketing educacional, não para exercer tarefas operacionais ou para realizar uma gestão educacional, mas para visualizar e compreender o Marketing Educacional como uma postura gerencial. Marketing é a análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados para causar trocas voluntárias de valores com mercados alvo e alcançar os objetivos institucionais. O marketing envolve e programa as ofertas da instituição para atender as necessidades e os desejos de mercado alvo, usando preço, comunicação e distribuição, eficaz para informar, monitorar e atender a esses mercados, afirmam Kotler e Fox (1994). Segundo os autores Cobra e Braga (2004), o serviço educacional pode ser entendido como um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. O desempenho é essencialmente intangível. Os serviços educacionais são atividades econômicas que criam valores e fornecem benefícios para os alunos entendidos como clientes e para as empresas que os empregam. 56 De acordo com Kotler e Armstrong (2003), a estratégia de marketing preocupa-se em encontrar caminhos sustentáveis para que as organizações possam competir em um mundo em permanente mudança. Com um aumento de 37% em escolas em relação à década passada, a educação adventista está prosperando no Brasil. Escolas dirigidas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia são consideradas entre as mais competitivas do país, atraindo significativa matrícula de não-adventistas. A Escola Adventista é parte de uma rede mundial de escolas que hoje abrange 160 países, com ensino desde a educação infantil até a livre docência, totalizando 1.400.000 alunos. No Brasil, a Educação Adventista já existe há mais de 110 anos. Possui mais de 320 unidades escolares, comprometidas com a formação de 138 mil alunos nos diversos níveis e modalidades de ensino. Os alunos sabem que fazem parte de uma rede mundial, que soma 5.968 Escolas e Colégios, oferecendo Educação Cristã a mais de 860.715 jovens, por mais de 46.192 professores. A Escola Adventista de Lins é uma instituição com doze anos, mas apresentou um crescimento notável na cidade de Lins e região, além disso, mostra um grande potencial para conquistar novos espaços no mercado em que atua graças à ampliação do espaço físico conquistada neste ano de 2009. Com o objetivo de demonstrar as estratégias de Marketing Educacional foi realizada uma pesquisa de campo na Escola Adventista de Lins no período de fevereiro a outubro de 2009, que situa-se na Rua Vitor Meirelles, 175, Jardim Santa Clara, na cidade de Lins, no interior do estado de São Paulo. Para a realização e total aproveitamento da pesquisa, foram utilizados os seguintes métodos e técnicas: Método de estudo de caso: foram analisados os aspectos voltados para as estratégias do Marketing Educacional adotadas pela mesma. Método de observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados ao Marketing Educacional da Escola Adventista de Lins. Método histórico: foram analisados os dados referentes à evolução histórica da Escola Adventista de Lins, relacionados ao Marketing Educacional, como suporte para desenvolvimento do estudo de caso. Técnicas: 57 Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B) Roteiro do Histórico da Escola Adventista de Lins (Apêndice C) Roteiro de Entrevista para o Administrador Escolar (Apêndice D) Roteiro de Entrevista para a Coordenadora e Orientadora Pedagógica (Apêndice E) Roteiro de Entrevista para a Tesoureira (Apêndice F) Segue relato e discussão da pesquisa. 3.2 Relato e discussão sobre o marketing educacional na Escola Adventista de Lins. O Marketing Educacional é pouco falado. O posicionamento, os resultados e o valor de marca resultam das relações que ocorrem em sala de aula e da satisfação dos alunos. Os dirigentes planejam a melhoria de suas instalações, para atender também alunos de ensino médio, proporcionando assim, um maior conforto e comodidade aos alunos que terminam o ensino fundamental. Cada aula é um momento mágico e uma oportunidade única para o Marketing Educacional, afirma Rodrigues et al (2008). As instituições de ensino estão presentes em todo o mundo, disputando a preferência do mercado pelos seus serviços. A evolução da sociedade e dos clientes relacionados em geral põe em cheque, a todo instante, a capacidade das instituições de se manterem ativas na tênue linha de estabilidade. Instituições educacionais variam no uso de idéias modernas de marketing. Algumas universidades e faculdades estão começando a aplicar ativamente idéias de marketing, enquanto muitas escolas particulares estão ainda se conscientizando sobre o que marketing tem a oferecer. Escolas públicas, em geral, não têm mostrado qualquer interesse em marketing, mas gostariam de maior apoio público, afirmam Kotler e Fox (1994). Atualmente, não se pode convencer o aluno de se matricular em uma instituição de ensino apenas por sua publicidade. Não que a mesma não seja 58 importante, mas o critério de escolha da instituição implica em fatores psicológicos complexos, que envolvem os objetivos de vida do aluno, as expectativas de seus familiares, o status pretendido, a identificação dos valores do aluno com os da instituição, os vínculos de amizade, além dos tradicionais fatores fora da esfera psicológica, tais como: valor das mensalidades, localização, instalações, corpo docente, entre outros. Diante disso, a Escola Adventista de Lins enfatiza em suas ações e estratégias mercadológicas seus valores, compromisso com a educação e com a formação ética, humana e cristã. As várias estratégias e ações mercadológicas utilizadas pela Escola Adventista de Lins, para captação de alunos e continuidade da tradição de sua marca, serão descritas a seguir: 3.2.1 Flyer Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 7: Frente e Verso do Flyer da Campanha de Matrículas 2010 Conforme Rodrigues et al (2008), flyers são impressos, geralmente, em ambos os lados e visam atingir a um público específico, visto que são distribuídos com o objetivo de incentivar o comparecimento de determinada camada da população ao evento, produto ou serviço anunciado. As filipetas ou 59 flyers diferem dos panfletos ou folhetos, principalmente pela sua gramatura especial. A Escola Adventista de Lins planeja com cuidado o conteúdo de cada flyer para que o objetivo do mesmo seja atingido com eficácia. 3.2.2 Folder Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 8: Frente e Verso do Folder da Campanha de Matrículas 2010 A Escola Adventista de Lins planeja o folder cuidadosamente para que todo o ensino sejam divulgados igualmente, sem favoritivismo. É uma maneira de transmitir rapidamente as noções de cada ensino e a data da matrícula. È o nome utilizado no Brasil para designar um tipo de impresso publicitário parecido com o flyer, mas com dobras. (Rodrigues et al, 2008). Este material é utilizado quando se quer passar uma grande quantidade de informação ou quando é necessário dar uma aparência estética a alguma mensagem publicitária. 3.2.3 Outdoor 60 Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 3: Outdoor da Campanha de Matrículas 2010 Segundo Rodrigues et al (2008), entende-se por outdoor como designação de um meio publicitário exterior, sobretudo em placards modulares, disposto em locais de grande visibilidade, como à beira de rodovias ou nas empenas de edifícios. A Escola Adventista de Lins utiliza-se de outdoor para comunicação com os diversos públicos de Lins e micro região. Por ser um canal eficiente, é capaz de traduzir em poucas palavras as mensagens de campanhas da matrícula, como: dia, data, inscrições e endereço. 3.2.4 Vídeo Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 4: Vídeo da Campanha de Matrículas 2010 61 Conforme Roy Armes (1999), o vídeo, do latim eu vejo, é uma a tecnologia de processamento de sinais eletrônicos analógicos ou digitais para capturar, armazenar, transmitir ou apresentar imagens em movimento. O vídeo ganhou com o tempo uma grande abrangência, chama-se também de vídeo uma gravação de imagens em movimento, uma animação composta por fotos sequenciais que resultam em uma imagem animada, e principalmente as diversas formas para se gravar propagandas ou outras mídias. A Escola Adventista de Lins utiliza-se de vídeo para alcançar seu público com diversas fotos seqüenciais para chamar a atenção visual dos alunos. 3.2.5 Papel de Parede Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 6: Papel de Parede da Campanha de Matrículas 2010 Segundo o site Wikipédia (2009), papel de parede é uma imagem (de qualquer natureza, desenhos, fotografias ou imagens digitais) que tem por função ilustrar e personalizar a tela principal de computadores, celulares, entre outros dispositivos. A Escola Adventista de Lins aderiu esta imagem nos computadores da escola a fim de demonstrar a campanha da matrícula de 2010. 62 3.2.6 Power Point Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 5: Power Point da Campanha de Matrículas 2010 De acordo com Denning (2006), o Power Point é um programa que permite a criação e exibição de apresentações, cujo objetivo é informar sobre um determinado tema, podendo usar imagens, sons, textos e vídeos, que podem ser animados de diferentes maneiras. A Escola Adventista de Lins aderiu este programa a fim de uma extensa gama de efeitos de animação e composição de slides. 3.2.7 Cartaz Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 9: Cartaz da Campanha de Matrículas 2010 63 Conforme Rodrigues et al (2008), entende-se por cartaz um canal eficiente de comunicação. A Escola Adventista utiliza para divulgar a sua marca, data da matrícula e seus diversos eventos. 3.2.8 Banner Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 10: Banner da Campanha de Matrículas 2010 De acordo com Levinson (2004), o banner é a forma publicitária mais comum, muito usado em propagandas para divulgação de sites na Internet que pagam por sua inclusão. É criado para atrair um usuário a um site através de um link. Embora todos os tipos de sites sejam suscetíveis a ter banners, são os sites com maior tráfego e conteúdo de interesse que atraem os maiores investimentos de anunciantes. A Escola Adventista de Lins aderiu a este serviço por ter várias dimensões, sendo a mais conhecida a de 468x60 pixels. Essas imagens freqüentemente têm uma forma alongada, na horizontal ou na vertical, se adaptando conforme a propaganda. 64 3.2.9 Adesivo Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 11: Adesivo da Campanha de Matrículas 2010 Segundo o site Wikipédia (2009), os adesivos também conhecido como mídia offline é uma mídia impressa e um meio de comunicação, o qual referese particularmente aos materiais, de caráter publicitário ou jornalístico, que são impressos em gráficas, birôs de impressão, ou em locais específicos. O meio impresso pode ser veiculado em veículos de comunicação, como jornais; revistas; tablóides; informativos; anuários; etc, ou em peças avulsas, como folhetos; malas-diretas; folders; flyers; panfletos; cartazes; encartes; etc. A Escola Adventista de Lins utilizou deste adesivo para ter total efeito de sua propaganda, agradando aos alunos que gostam de colocar adesivos em casa ou pastas da escola. 3.2.10 Busdoor 65 Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 13: Busdoor da Campanha de Matrículas 2010 Segundo Kotler (2001), os adesivos são colados na parte externa dos ônibus busdoors, os quais são feitos por corte de vinil, que é resistente ao sol, e chuva. A Escola Adventista de Lins aderiu este serviço para divulgar seu site e telefone gratuito para eventual pesquisa em ônibus escolares. 3.2.11 Cardoor Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 12: Cardoor da Campanha de Matrículas 2010 66 Conforme Kotler (2001), entende-se como cardoors como os serviços de plotagem para divulgação de propagandas, os adesivos são colados na parte externa dos carros, os quais normalmente são feitos por corte de vinil, que é resistente a chuvas. A Escola Adventista de Lins aderiu este serviço para divulgar seu site e telefone gratuito para eventual pesquisa em carros particulares. 3.2.12 Vans Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 14: Envelopamento de Vans da Campanha de Matrículas 2010 De acordo com Melo (2003), o serviço de Vans tende a crescer ainda mais, pois empresas estão investindo parcelas cada vez maiores de seus orçamentos de propaganda e publicidade, envelopando e adesivando veículos, fazendo dos olhares dos motoristas no trânsito, uma importante estratégia de divulgação de suas marcas, produtos e serviços. A Escola Adventista de Lins adotou este serviço com o intuito de chamar a atenção dos motoristas. 3.2.13 Ônibus 67 Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 15: Envelopamento de Ônibus da Campanha de Matrículas 2010 Conforme Melo (2003), o número de ônibus envelopados tende a crescer ainda mais, é que muitas empresas estão investindo parcelas cada vez maiores de seus orçamentos de propaganda e publicidade, envelopando e adesivando ônibus, fazendo dos olhares dos motoristas no trânsito, uma importante estratégia de divulgação de suas marcas, produtos e serviços. A Escola Adventista de Lins adotou este serviço, pois o trabalho é satisfatório chamando a atenção das pessoas no trânsito. 3.2.14 Rádio Um dado importante talvez seja o de evidenciar que o rádio representa, por motivos variados, um dos segmentos mais vivos da mídia entre os quais se destaca a sua maleabilidade, entendida aqui como a capacidade de se adaptar a momentos e situações distintas. Segundo Cunha (2003), o rádio é um meio de comunicação para transmissão de informação, podendo ser realizada por radiação eletromagnética que se propaga através do espaço. A radiodifusão é uma emissão comercial que ocorre apenas por transmissão de sinais, sem transcepção dos mesmos. A Escola Adventista de Lins divulga seus jingles e informações pertinentes à matrícula através das rádios locais, tais como: Rádio Cidade. 68 3.2.15 Revista Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 17: Revista da Campanha de Matrículas 2010 A propaganda em revista é utilizada pela Escola Adventista de Lins divulgando e fidelizando seus clientes com a Campanha de matrícula de 2010. Assumindo o compromisso de educar e priorizar valores em seus alunos. 3.2.16 Capa de Poltrona Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 16: Capa de Poltrona da Campanha de Matrículas 2010 69 Capa de poltronas em ônibus, amovível, fácil de manter limpa e com bom aspecto. Utilizada em ônibus de viagem para fazer divulgação da Campanha da Escola Adventista de Lins. 3.2.17 Agenda Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 18: Agenda da Campanha de Matrícula 2010 Agendas da Campanha levam o logotipo da marca da Escola Adventista de Lins, lembrando seu público alvo da educação sólida da Escola. Propaganda pelo ano todo, compromisso com o futuro. 3.2.18 Jornal Conforme Perrotta (1994), jornal é um periódico de notícias e comentários sobre educação, política, economia e outros assuntos de interesse jornalístico. Além de informar sobre os acontecimentos, trazem discussões sobre o significado dos mesmos na vida de todos nós. Diferentemente de livros. 70 A Escola Adventista de Lins divulga seus eventos e campanhas da matrícula através dos jornais da micro-região, tais como: O Jornal Correio de Lins e Debate. 3.2.19 Sacola Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 19: Sacola da Campanha de Matrícula 2010 Sacolas é um dos materiais da Campanha da Escola Adventista de Lins, com slogan da Campanha de matrícula de 2010. 3.2.20 Camisetas Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ea/ Figura 20: Camisetas da Campanha de Matrícula 2010 71 É um dos materiais da Campanha mais disputados pelos alunos da Escola Adventista de Lins, todos querem uma camiseta, até professores, pois carrega a marca e o símbolo da Educação Adventista. Além do mais, serve como uniforme para os alunos e professores. 3.3 Parecer Final Sobre o Caso O Marketing Educacional é, sem dúvida, uma ferramenta indispensável em uma instituição, pois em um mercado altamente competitivo não se pode perder o foco na captação de alunos. Inúmeros veículos e propagandas são utilizados pela Escola Adventista de Lins para atrair os alunos para efetivação da matrícula. Portanto, pode-se afirmar que a Escola Adventista de Lins utiliza adequadamente o Marketing Educacional, os quais servem de indicadores para a gestão da Instituição, com relação ao seu posicionamento e aos objetivos para cada etapa do ciclo do Marketing Educacional. O aluno da Escola Adventista tem diferencial competitivo no mercado estuda em uma escola que planta uma excelente educação, para colher bons frutos e resultados positivos. A Escola Adventista, através da propaganda “boca a boca” tem como o bônus pago aos pais que indicam novas matrículas. A escola está investindo em uma nova estrutura física que marcará a educação superior em Lins. O tema marketing educacional é muito amplo mas pouco explorado pela empresas e pelos acadêmicos. Ainda há muito que se estudar sobre o assunto, para que seja escolhida sempre a melhor estratégia, pode-se dizer que o fator de solidificação da marca da Escola Adventista é reconhecida como fator de qualidade percebida pelos alunos e sociedade, validada MEC e enraizada por colaboradores comprometidos com o mercado educacional. Esta pesquisa possibilitou um enriquecimento muito amplo para os acadêmicos desse trabalho, pois permitiu fazer uma comparação entre a teoria utilizada por diversos autores, com a prática utilizada pela empresa. 72 Conforme exposto, conclui-se que a pergunta problema de que as estratégias de Marketing adotadas pela Escola Adventista de Lins são suficientes não só para garantir a captação de alunos como também para a manutenção dos mesmos, foi respondida. E a hipótese de que a capacitação educacional, estrutura física e os valores disseminados pela Escola Adventista de Lins aliados às estratégias mercadológicas adotadas pelo marketing educacional auxiliam positivamente a instituição na captação dos alunos no mercado regional atual, foi comprovada. 73 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Diante de pesquisa de campo realizada na Escola Adventista de Lins, identifica-se que para manter-se em um lugar distinto, determinado e diferenciado no mercado são necessárias algumas intervenções. Assim sendo, pode-se propor as seguintes medidas de intervenções que farão com que a instituição obtenha um diferencial competitivo, agregando valor à sua marca: a) Promover com maior frequência treinamento para os funcionários para que se tornem aptos o atendimento ao público de maneira adequada sendo atenciosas e cordiais; b) Manter programas motivacionais para a equipe, principalmente para os professores que são aqueles que estão mais ligados aos alunos; c) Divulgar mais as ações sociais realizadas pela Rede Adventista; d) Promover mais parcerias com entidades que tenham vasto público em potencial; e) Instalações de câmeras de segurança e alarmes para maior tranqüilidade dos pais de alunos; f) Melhoria e ampliação do playground infantil; g) Criação de brinquedoteca para a Educação Infantil; h) Realizar programas de incentivo e/ou auxílio aos professores para se especializarem em sua função; i) Contratar mais pessoas para que cada funcionário possa desempenhar bem, apenas a sua função, sem se sobregarregar; j) Construir uma quadra coberta com arquibancada e banheiros; k) Melhorar a refrigeração do ambiente das salas de aula; l) Manter um serviço de sugestões, reclamações e elogios sobre a Escola em todos os aspectos, tanto para pais de alunos, como para funcionários; m) Criar benefícios para funcionários e professores como convênio médico e odontológico e auxílio alimentação; n) Manter convênios com academias e clínicas, visando proporcionar um desconto para alunos da escola; 74 o) Ampliação do espaço físico e aquisição de recursos para a implantação de Ensino Médio; Posicionar um serviço educacional na mente do consumidor é um processos a longo prazo. É preciso que o serviço seja sentido, admirado e finalmente reconhecido, destacando-se dos demais, na mente do cliente. Conhecer o que o público valoriza e espera e transformar em realidade é fator imprescindível para posicionar a escola e torná-la competitiva. 75 CONSIDERAÇÕES FINAIS O marketing educacional vem ganhando corpo, ainda que timidamente, porque falta a estas instituições nacionais uma cultura de comunicação/marketing. A pesquisa teve como objetivo demonstrar que o marketing é uma ferramenta indispensável para qualquer tipo de organização, inclusive para instituições de ensino, pois as estratégias utilizadas farão com que mesma tenha um diferencial no mercado competitivo. Como a concorrência e a demanda da sociedade por uma postura ética podem provocar grandes alterações, é justo pensar que o Marketing Educacional deverá atingir, em breve, um novo patamar no Brasil. Algumas instituições, que já têm feito um trabalho importante neste sentido, como a Escola Adventista de Lins, deverão servir de exemplo para as demais. O Marketing Educacional pode aperfeiçoar e melhorar todas as atividades de uma instituição, desde a captação de alunos, segmentação de mercado, relacionamento com os clientes, até a divulgação e valorização da marca. O Marketing Educacional não pode, como percebem algumas instituições, ficar à mercê dos desejos e idiossincracias dos diretores e empresários da educação, pois planejamento e ações continuadas, não podendo restringir-se a determinadas situações, como o recrutamento de alunos às vésperas das matrículas. O Marketing bem planejado fortalece a imagem da instituição, criando credibilidade e solidez no mercado. Tal afirmação ficou comprovada através da teoria e prática observada e vivenciada na Escola Adventista de Lins. Pode-se concluir que os objetivos da pesquisa foram alcançados com êxito, tendo em vista o conteúdo teórico abordado e a pesquisa de campo realizada. A pergunta problema formulada foi respondida e a hipótese comprovada, ficando demonstrado que a Escola Adventista de Lins desenvolve e utiliza estratégias propostas pelo Marketing Educacional e, consequentemente, tem um grande potencial competitivo e uma influência na região em que atua. Com este trabalho realizado, percebe-se que a Escola Adventista de Lins tem um extremo valor agregado à sua marca, transmitindo confiabilidade e 76 segurança aos seus clientes, destacando-se das demais instituições de Lins e região, crescendo gradativamente e obtendo o sucesso esperado e merecido pela escola. Esta pesquisa trouxe um maior aprofundamento teórico, mas cabe ressaltar que esse assunto não está totalmente esgotado, visto que o Marketing Educacional oferece novas estratégias, idéias e procedimentos que poderá ser aprofundada e aplicada nas instituições, podendo outros alunos aprofundá-lo e redirecioná-lo posteriormente. 77 REFERÊNCIAS ARMES, ROY. O significado do vídeo nos meios de comunicação. São Paulo: Summus, 1999. ASSOCIAÇÃO PAULISTA OESTE. Projeto Pedagógico 2009. São José do Rio Preto, 2008. 62 p. CASAS, A. L. L. Plano de Marketing: para micro e pequena empresa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2006, 164 p. COBRA, M.; BRAGA, R. Marketing educacional: ferramentas de gestão para instituições de ensino. São Paulo: Cobra Editora e Marketing, 2004. CONEGLIAN, O. Propriedade eleitoral: de acordo com o código eleitoral e c/ a lei 9.504/97. Edição 3. Juriá Edição,1998. CUNHA, M. R.; HAUSSEN, D. F. Rádio brasileiro: episódios e personagens. São Paulo: Edipucrs, 2003. DENNING, S. 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Levantamento e análise dos processos aplicados pela empresa, dentro das normas de marketing educacional com ênfase nas estratégias adotadas. 2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO. a) Levantamento dos processos e rotinas de marketing educacional, abordando suas estratégias e proporcionando à empresa maior competitividade no mercado. b) Depoimentos dos profissionais envolvidos nas estratégias do marketing educacional. 3 DISCUSSSÃO Análise da teoria levantada comparada com a prática utilizada, tendo como finalidade verificar se a técnica atual está atendendo às expectativas e necessidades da empresa. 4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE A MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS 82 APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Atividade econômica: Porte: II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Histórico da empresa 2 Estruturação do marketing 3 Tipos de estratégias utilizadas 4 Evolução da marca 5 A influência do marketing na empresa 83 APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Escola Adventista de Lins I IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Atividade econômica: II ASPECTOS A SEREM DESCRITOS 1 Evolução das instalações 2 Evolução e escolha das estratégias de marketing educacional utilizadas no processo 3 Resultados obtidos com a evolução no marketing 4 Cenário atual da empresa 84 APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Administrador Escolar I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo, Função, Profissão: Sexo: Idade: Escolaridade: Última Experiência Profissional: Residência/Local: II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Quais são as principais estratégias mercadológicas usadas pela Escola Adventista de Lins? 2 Existem previsões de futuras demandas do mercado? 3 A Escola Adventista de Lins tem definido seu público-alvo? 3.1 Como? 4 A Escola Adventista de Lins desenvolve alguma estratégia de retenção e fidelização dos alunos? 4.1 Se sim, qual? 4.2 Se sim, como? 85 APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para a Coordenadora e Orientadora Pedagógica I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo, Função, Profissão: Sexo: Idade: Escolaridade: Última Experiência Profissional: Residência/Local: II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual o diferencial da Educação Adventista? 2 Quais são as mídias utilizadas pela Escola Adventista de Lins? 3 As estratégias do marketing educacional da Escola Adventista de Lins são desenvolvidas em sala de aula? 3.1 Como? 4 Como é o processo de recrutamento e seleção de alunos? 86 APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para a Tesoureira I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cargo, Função, Profissão: Sexo: Idade: Escolaridade: Última Experiência Profissional: Residência/Local: II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Existem realizações periódicas de pesquisas de mercado? 1.1 Como? 2 Existem pesquisas e levantamentos referentes à satisfação dos pais e alunos? 2.1 Como são realizadas? 3 A Escola Adventista de Lins trabalha com estratégias de preço? 3.1 Como é elaborada? 4 Como são realizados os programas de bolsas de estudo e descontos?